6.
Listar as principais complicações e discutir o invasivo, de custo acessível, fácil acesso, rápido,
diagnóstico e tratamento da torção testicular
Complicações:
Quadro 1: Complicações da torção testicular. {Retirado da referência 1}
Diagnóstico:
Ademais da história clínica, o achado mais consistente
no exame físico é a perda de reflexo cremastérico do
testículo; no entanto, no aparecimento agudo, isso
pode ser difícil de avaliar. O melhor método de imagem
para confirmar é ultrassonografia com Doppler do
escroto, que mostra ausência de fluxo arterial no
testículo na torção. Nos pacientes com suspeita de
torção do testículo, não existe necessidade de adiar a
exploração do escroto para obter exames de imagem
ou de laboratório.
• O reflexo cremastérico consiste em estimular a
parte interna da coxa, obtendo como resposta
positiva, a elevação do testículo, por causa da
contração do músculo cremáster.
A avaliação laboratorial, por meio de exame de urina
tipo I, pode diferenciar um processo vascular de um
processo infeccioso, mas, existem casos de torção do
testículo que evoluem com exame de urina alterado.
Portanto este exame isolado não tem valor absoluto no
diagnóstico. Os dois exames principais que podem
mostrar a anatomia do cordão e o fluxo sangüíneo, são
a ultra-sonografia com Doppler do escroto e a
cintilografia escrotal com emprego de tecnésio 99m. A
ultra-sonografia com Doppler é um exame pouco
mostrando uma sensibilidade de 89,9% e especifi
cidade de 98,8% em mãos experientes. A cintilografia
escrotal também demonstra com precisão a irrigação
dos testículos, porém demanda mais tempo e não é
acessível na maioria dos serviços.
Tratamento:
O tratamento da torção do testículo envolve
exploração cirúrgica através de uma incisão mediana
ou transversal no escroto, com inspeção do testículo e
distorção do cordão espermático. No caso dos
testículos considerados como viáveis, é realizada
orquidopexia com sutura ou fixação à parede interior
do escroto, seguida de orquidopexia semelhante no
lado oposto no mesmo contexto, para prevenir torção
contralateral. Dadas as importantes considerações
médico‐legais nestes casos, a exploração urgente ainda
está indicada mesmo em pacientes que apresentam
suspeita de torção tardia (p. ex., vários dias de inchaço
permanente, rigidez). Muitas vezes, é difícil saber
exatamente há quanto tempo existe isquemia e se
ainda existe um potencial testículo viável. Os demais
casos de escroto agudo devem ter seu tratamento
direcionado ao diagnóstico, não constituindo urgência
na maioria das vezes. Em caso de dúvida, não havendo
recursos propedêuticos que esclareçam o caso, a
exploração cirúrgica é indicada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BMJ Best Practice. Torção testicular. BMJ Best
Practice. 2021. Disponível em:
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/506
2. MOSCONI, Alcides et al. Escroto agudo. Revista de
Medicina, v. 87, n. 3, p. 178-183, 2008.
3. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da
prática cirúrgica moderna / Courtney M.
Townsend... [et al.]; tradução GEA; [colaboração
Cary B. Aarons... [et al.]]. - 20. ed. - Rio de Janeiro:
Elsevier, 2019.