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EDITORA PERSPECTIVA
Introdução
dirá apenas: (1) o que se entende por tese; (2) como escolher o tema
e organizar o tempo de trabalho; (3) como levar a cabo uma pesquisa
bibliográfica; (4) como dispor o material selecionado; (5) como dis-
por a redação do trabalho: E a parte mais precisa é justamente a
última, embora possa parecer a menos importante: porque é a única
para a qual existem regras bastante precisas.
3. O tipo de. tese a que nos referimos neste livro é o que se
efetua nas faculdades de ciências humanas. Dado que minha expe-
riência se limita às faculdades de letras e filosofia, é natural que
a maior parte dos exemplos se reftra a temas nelas estudados. Mas,
dentro dos limites que o livro se propõe, os critérios sugeridos se
prestam igualmente às teses normais de ciências políticas, eduazção
e direito. Se se tratar de teses históricas ou de teoria geral, e não expe-
rimentais e aplicadas, o modelo servirá igualmente para arquitetura,
economia e algumas faculdades de ciências. Mas nestes casos é neces-
sário alguma prudência.
4. Enquanto este livro estava sendo publicado, discutia-se a
reforma universitária. Falava-se em dois ou três níveis de graduação.
Podemos nos perguntar se · tal reforma mudará radicalmente
o conceito em si de tese.
Ora, se tivermos vários níveis de graduação e se o modelo for
utilizado na maioria dos países estrangeiros, verificar-se-á uma situa-
ção semelhante à descrita no primeiro capítulo (1.1). Isto é, tere-
mos teses de Licenciatura (ou de primeiro nível) e teses de Dou-
torado (ou de segundo. nível).
Os conselhos dados aqui dizem respeito a ambas e, no caso
de existirem diferenças entre uma e outra, elas serão esclarecidas.
Julgamos, pois, que o que se diz nas páginas que se seguem se aplica
igualmente no âmbito da reforma, em especial no âmbito de uma
longa transiÇão rumo à concretização de uma eventual reforma.
S. Cesare Segre leu os originais datilografados e fez-me algu-
mas sugestões. Como acolhi muitas delas, e quanto a outras obsti-
nei-me em minha posição, ele não é responsável pelo produto fmal.
Naturalmente, agradeço-lhe de coração.
6. Uma derradeira advertência. O discurso que se segue é, obvia-
mente, tanto para estudantes do sexo masculino quanto do sexo femi-
nino. Como em nossa língua (italiano) não existem expressões neu-
tras válidas para ambos os sexos (os americanos utilizam cada vez
mais o termo person, mas para nós seria ridículo dizer "a pessoa
estudante•' (la persona studente) ou "a pessoa candidata" (la persona
azndidata), limito-me a falar sempre de estudante; azndidato, profes-
sor e relator. Não vai nesse uso gramatical qualquer discriminação
de sexo4!
• Poder-se-á perguntar-me por que então não usei professora, candidata
etc. :!! porque trabalhei baseado em notas e experiências pessoais e assim me
identifiquei melhor.
1. Que é uma Tese e para que Serve
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QUE É UMA TESE E PARA QUE SERVE 5