Você está na página 1de 1

EM BUSCA DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NAS LUTAS PELA

INDEPENDÊNCIA POLÍTICA DA AMÉRICA LATINA

A leitura do texto de Maria Lígia do Padro, chamado Em busca da participação


das mulheres nas lutas pela independência política da América Latina, é algo
muito reflexivo e que agrega muito para compreendermos parte da nossa história
que se reflete até os dias de hoje. O texto desde seu início tem como objetivo
focar no modo com que as mulheres da época foram participativas nas lutas e
na moldagem de um lugar entre os heróis nacionais.
Durante a obra, o uso de exemplos de mulheres é feito pela autora, que busca
através disso nos apresentar e demonstrar como a história e a participação
feminina estão entrelaçadas com o processo ocorrido na América espanhola.
Com essa base, ela sustenta sua ideia principal, passando a mensagem de que
a atuação das mulheres nesse período é algo inegável, embora seja por muitas
vezes desconsiderado e apagado da história.
É nítido, até os dias de hoje, que a imagem feminina, quando comparada com
a dos homens, não obtém o mesmo reconhecimento, sendo sempre deixada em
segundo plano, e quase nunca recebendo o valor que merece. O mesmo
aconteceu com as mulheres durante os processos de independência: Mesmo
depois de conquistarem tudo que visavam, todos os objetivos, não ganharam o
mínimo de espaço, sendo na verdade alvos de descaso, retornando à rotina a
qual já estavam acostumadas, o matriarcado dentro de suas casas.
A fim de ganharem reconhecimento e o título de heroínas participantes da
independência, as mulheres tiveram de passar por diversos obstáculos, os quais
muitos perduram até hoje, até mesmo porque suas próprias biografias, as
histórias e atos de cada uma delas, foram escritas justamente por homens, que
assim não teriam nenhuma dificuldade de alterar a verdade, contribuindo para
uma alteração da realidade da história. Devido principalmente a esse fator, a
justificativa para os atos das mulheres foi dada pela paixão à nacionalidade,
insinuando que as mesmas eram capazes apenas de agir pela emoção.
Concluindo, mesmo depois de séculos o mundo não tomou partido total da
importância feminina em diversas áreas de conhecimento. O machismo
estrutural é algo presente e perseverante dentro de praticamente todos os
grupos sociais, onde acaba se tornando muitas vezes algo tão comum que passa
despercebido. Assim, a obra vem justamente com o propósito de quebrar esse
paradigma e reafirmar a presença das mulheres durante processos tão
marcantes da nossa história

MIGUEL DAMASCENO SANTOS - 2°C

Você também pode gostar