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Guerra do Golfo

Guerra do Golfo (2 de agosto de 1990 até 28 de fevereiro de 1991) foi um conflito militar
travado entre o Iraque e forças da Coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos e
patrocinada pela Organização das Nações Unidas, com a aprovação de seu Conselho de
Segurança, através da Resolução 678, autorizando o uso da força militar para alcançar a
libertação do Kuwait, ocupado e anexado pelas forças armadas iraquianas sob as ordens
de Saddam Hussein.[1]
Em 2 de agosto de 1990, o exército iraquiano invadiu e conquistou o Kuwait. Esta ação
trouxe imediata e veemente condenação internacional, com os países do Conselho de
Segurança da ONU impondo sanções econômicas contra o Iraque. Com apoio militar
da premier britânica, Margaret Thatcher,[2] o presidente dos Estados Unidos, George H. W.
Bush, enviou uma enorme quantidade de soldados das forças armadas
estadunidenses para a Arábia Saudita e exortou nações amigas pelo mundo a fazer o
mesmo. No final, mais de trinta países contribuíram com algum meio militar para a
Coalizão, formando uma das maiores alianças militares que o mundo viu desde a Segunda
Guerra Mundial. Ainda assim, a maioria esmagadora dos soldados que lutaram na guerra
eram americanos, com o Reino Unido, os sauditas, a França e o Egito também
contribuindo com várias unidades de combate. O Kuwait e a Arábia Saudita auxiliaram
ainda a Coalizão com cerca de US$ 32 bilhões, com o esforço de guerra, como um todo,
consumindo mais de US$ 60 bilhões no total.[3]
A Guerra do Golfo Pérsico foi uma das maiores campanhas militares da história moderna,
com uma enorme mobilização de recursos humanos e materiais em um curto espaço de
tempo, introduzindo no campo de batalha diversos novos meios bélicos e tecnologias
sofisticadas de ponta, para a época. Novos vocábulos foram adicionados ao léxico global,
como aviões stealth e bombas inteligentes.[4] Este conflito também foi um dos primeiros a
ser mostrado ao vivo das linhas de frente, com transmissão via satélite, catapultando à
notoriedade a rede de televisão CNN e o formato de "jornalismo 24 horas".[5][6][7]
A guerra em si viu cinco semanas de um intenso bombardeio aéreo por parte da Coalizão
(de 17 de janeiro até 24 de fevereiro), seguido por menos de cem horas de campanha
terrestre que resultou na rápida expulsão das forças iraquianas do Kuwait. No final, os
aliados da Coalizão conseguiram uma avassaladora vitória, libertando o Kuwait, enquanto
infligiam pesadas baixas nos iraquianos, embora suas próprias perdas tenham sido
mínimas. Em 28 de fevereiro, a Coalizão internacional declarou que seus objetivos foram
completados com a libertação do território kuwaitiano e a retirada das tropas de Saddam,
firmando um cessar-fogo e encerrando as hostilidades. No decorrer da guerra, os
combates se restringiram a apenas o Iraque, Kuwait e a regiões de fronteira saudita. O
Iraque tentou atrair Israel para a guerra ao lançar mísseis Scud contra o seu território,
tendo como objetivo tentar causar uma cisão entre as potências ocidentais e seus
aliados árabes.[8]

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