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Durante o regime militar, que vigorou no Brasil de 1964 a 1985, a imprensa enfrentou desafios
significativos em manter a imparcialidade. Muitos veículos de comunicação foram censurados,
e alguns adotaram uma postura alinhada aos interesses do governo. A TV Globo, por exemplo,
é frequentemente citada como uma emissora que, em alguns momentos, teria colaborado
com a narrativa oficial da ditadura, enquanto outras vozes críticas eram suprimidas.
O impeachment do presidente Fernando Collor de Mello em 1992 foi marcado por intensa
cobertura midiática. Entretanto, a imprensa também desempenhou um papel polêmico ao, em
alguns casos, ser acusada de parcialidade. Algumas emissoras foram criticadas por sua postura
agressiva e sensacionalista, enquanto outras foram elogiadas por revelar esquemas de
corrupção. Essa dualidade de abordagens destaca a complexidade da relação entre imprensa e
governo.
O escândalo do Mensalão, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, novamente
colocou a imprensa sob escrutínio. Enquanto alguns veículos denunciavam amplamente o
esquema de corrupção, outros foram criticados por abordagens sensacionalistas e pela criação
de narrativas que poderiam prejudicar a reputação do governo. A dualidade na cobertura
ressaltou a dificuldade de manter a imparcialidade em meio a questões políticas complexas.
Considerações Finais:
Embora a imprensa seja essencial para a transparência e accountability, sua imparcialidade
pode ser comprometida em determinados momentos da história política brasileira. É vital que
a sociedade esteja atenta a esses episódios, questionando a veracidade das informações
apresentadas e defendendo a diversidade de vozes na cobertura jornalística. A imprensa,
como guardiã da democracia, deve buscar constantemente a imparcialidade para cumprir
efetivamente seu papel como informante e fiscalizador dos poderes constituídos.