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Docente: Margarida Sacadura Botte Ano letivo 2018/2019

Fundamentos de Química

CROMATOGRAFIA
DE
ADSORÇÃO

Departamento de Química e Bioquímica - Química

Trabalho realizado em: 05 de Novembro de 2018

Trabalho entregue em: 12 de Novembro de 2018

Trabalho realizado por:

Mónica Miranda Nº45723

Rodrigo Melo Nº47798

José Brás Nº51654

Fundamentos de Química
12 de Novembro de 2018
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa 0
Docente: Margarida Sacadura Botte Ano letivo 2018/2019
Fundamentos de Química

Discussão

Parte A

1) Determine os valores do fator de retardação (𝑅𝑓) tendo em conta que:


𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑚𝑎𝑐ℎ𝑎
𝑅𝑓 =
𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑒𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒
Exemplificando os cálculos utilizando os valores referentes ao alaranjado de metilo:
4,7
𝑅𝑓 = = 0,860
5,7

Tabela 1. Distâncias percorridas e fatores de retardação para os diferentes componentes.

Distância percorrida Distância percorrida


Rf
pelo eluente / cm pela macha / cm
Azul de metileno 5,7 0 -
Alaranjado de metilo 5,7 4,7 0,860
Mistura 5,7

2) Comente a eficiência da separação.

Em relação à cromatografia em camada fina, determinámos a separação como muito eficiente, uma
vez que a mistura originou duas manchas, uma alaranjada que percorreu a mesma distância que o padrão
do alaranjado de metilo e uma mancha azul que não foi arrastada, semelhante ao padrão do azul de
metileno.

3) Porque é importante usar um lápis para marcar a linha de base na placa cromatográfica e não se
deve usar caneta?

Caso fosse utilizada uma caneta para marcar a linha na placa de sílica, a tinta desta seria arrastada pelo
eluente de semelhante forma aos componentes a separar, contaminando a placa com manchas de tinta
e podendo afetar os resultados obtidos. Poderia influenciar os resultados obtidos uma vez que a tinta da
caneta é por si só uma mistura de corantes. A grafite é constituída apenas por átomos de carbono, que
não vão ser “arrastados”, logo não vai influenciar os resultados.

4) Porque é que o copo em que se realiza cromatografia em camada fina deve estar bem tapado?

O eluente utilizado na cromatografia em placa é, muitas vezes, extremamente volátil. No nosso caso
foi utilizado etanol, este sabemos que evapora facilmente e caso a câmara cromatográfica não fosse
tapada, o etanol iria simplesmente evaporar da placa de sílica e nunca chegaria ao topo. e o facto de que
a câmara de eluição se encontra fechada diminui o risco de contaminação.

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Parte B
1) Analise visualmente a sucessão da eluição e construa uma tabela do tipo indicado a seguir para
cada uma das eluições:

Tabela 2: Dados da cromatografia em coluna

Número da amostra Cor Produto


1
Incolor Etanol
2
3 Azulado
4 Azul claro
5
6
7 Azul
8
9
10
11
12
13
Azul de
14
Azul escuro metileno
15
16
17
18
19
20
21 Azul turquesa
22
23
Azul claro
24
25 Azulado
26
27
28
29 Quase incolor
etanol
30
31
32
33 Incolor

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34 Amarelo
35 Laranja claro
36 Laranja
37
38
Alaranjado de
39 Laranja escuro
metilo
40
41
42 Laranja claro
43 Amarelo
44 Alaranjado
45
46
Turvo
47 Água destilada
48 com amónia
49
Incolor
50

2) Uma vez que todos os tubos de ensaio têm volumes eluídos aproximadamente iguais, esboce um
cromatograma para a cromatografia em coluna.

Gráfico 1: Cromatograma para a cromatografia em coluna

Cromatograma
6
5
Tom da cor

4
3
Azul metileno
2
alaranjado metilo
1
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Numero da amostra

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Parte A e B
1) Compare o processo cromatográfico utilizado na separação do azul de metileno e do alaranjado
de metilo para ambas as técnicas utilizadas.

A separação do azul de metileno e do alaranjado de metilo foi feito por dois tipos de cromatografia de
adsorção, em cada fina e em coluna.

A primeira é um processo rápido, pouco dispendioso (as placas são o componente que mais encarece
a técnica), simples e utiliza quantidades pequenas de material e reagentes, é adequada a ensaios
qualitativos, e.g. seguir o desenvolver de uma reação. É de se destacar que também pode ser utilizada em
ensaios quantitativos e como uma cromatografia preparativa, no entanto são utilizadas placas de maiores
dimensões (mais caras) maiores quantidades de reagentes e é necessário isolar o material de que é feita
a placa do componente desejado.

Para os ensaios quantitativos é mais adequada a cromatografia em coluna, esta técnica utiliza maiores
quantidades de reagente e material e é um processo muito mais demorado que a técnica anterior, no
entanto é possível a recolha dos componentes separados.

Em relação à nossa experiência laboratorial a separação do azul de metileno e do alaranjado de metilo


foi satisfatória em ambos os casos, na camada fina foi um processo muito rápido sem que seja necessária
muita atenção ao longo do processo, por outro lado na cromatografia em coluna a separação foi
extremamente demorada, após discussão entre a docente, assistentes e os alunos foi determinado que a
demora pode ter sido fruto de uma coluna entupida.

2) Refira os cuidados a ter na realização dos dois tipos de cromatografia.

Cromatografia em camada fina:

• Não traçar a linha com tinta, mas sim com um lápis → A tinta pode eluir juntamente com os
componentes a separar;
• Não danificar a placa → Pode alterar (ou até parar) o percurso do eluente e das manchas em caso
de riscos e “cortes” na placa, ou então apresentar machas aleatórias resultantes de
contaminantes;
• Não submergir a placa até ao nível dos componentes a separar → As manchas podem dissolver-
se no eluente;
• Tapar a câmara cromatográfica → O eluente evapora rapidamente podendo arrastar de forma
repentina os componentes a separar;
• Secar as machas antes/depois da separação → Antes porque pode resultar numa mancha
demasiado alargada, influenciando os resultados. Depois porque as machas podem continuar
mover-se com o eluente após marcado o fim da separação;
• Marcar a linha referente à distância percorrida pelo eluente → Após a secagem da placa esta pode
não ser visível;

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• Não mexer com a câmara cromatográfica durante a separação → Pode influenciar o percurso
percorrido pelo eluente e pelas machas, alterando os resultados.

Cromatografia em coluna:

• Preparação de uma coluna compacta → Caso apresente bolhas, os componentes vão percorrer a
coluna a velocidades diferentes;
• Não deixar a coluna secar → Podem originar rachas, que resulta no mesmo que o caso anterior,
os componentes vão percorrer a coluna a uma certa velocidade e caso hajam rachas eluem a uma
velocidade muito superior, influenciando a separação;
• Aplicar a amostra lentamente → Caso contrário pode, não só danificar a coluna como pode diluir
a amostra no eluente, não obtemos assim as bandas desejadas;
• Aplicar o eluente lentamente → Semelhante ao caso anterior, pode danificar a coluna, originando
fossos;
• Recolher o volume eluído um pouco antes da banda colorida chegar ao fundo da coluna → Pelo
lado exterior pode parecer que o componente colorido ainda não chegou ao fundo mas no centro
da coluna pode já ter percorrido a coluna toda, as bandas não se mantêm nesta forma ao longo
da coluna.

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