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ACIDENTE DE TRABALHO EM AMBIENTES PERIGOSOS E INSALUBRES

CONCEITO
Assim, são consideradas insalubres as atividades ou operações que por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, expõem o empregado a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da
intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos. Em longo prazo, a
exposição à essas situações que ultrapassam o limite de tolerância deterioram a
saúde do colaborador, o que pode resultar em danos irreparáveis. Periculosidade
é um trabalho periculoso caracterizado por atividades que põem em perigo a vida
do trabalhador. Em caso de perigo, o tempo de exposição não é levado em conta,
uma vez que atividades perigosas podem ser fatais em minutos.

TIPOS
Operações perigosas: pode ocorrer o manuseio incorreto, transporte e fabricação
de explosivos, inflamáveis, exposição a raios ionizantes ou substâncias radioativas,
exposição à energia elétrica e exposição a roubos ou violência física, como
segurança pessoal e patrimonial, pode ocorrer risco de vida, o contato com
substâncias químicas o trabalhador sem um treinamento ou manuseio incorreto
pode acontecer um acidente fatal. Atividade insalubre aquela na qual o profissional
é exposto a agentes que podem prejudicar sua saúde ao longo do exercício diário
da sua função: ambientes com algum nível de radiação, produtos químicos tóxicos,
ruídos altos ou temperaturas excessivas (altas ou baixas). Já na insalubridade o
trabalhador é exposto ao risco e pode a longo prazo desenvolver alguma sequela,
exemplo: trabalhador exposto a ruídos e não faz o uso correto dos EPIS em
específico o protetor auricular e isso ao longo prazo causará mal a sua audição
podendo até fica surdo. A diferença entre estes dois é que a insalubridade ocorre
ao longo do tempo e o profissional vai sendo afetado por aquela atividade que aos
poucos poderá gerar danos à sua saúde de forma geral.
Um exemplo são aquelas atividades de manuseio de produtos químicos que vão
afetando a saúde do empregado um pouco a cada dia.
Já a atividade que oferece risco periculosidade causa um dano “imediato”, como
situações de risco de morte em explosões.
Insalubridade: Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente, Limites
de Tolerância para Ruídos de Impacto, Limites de Tolerância para Exposição ao
Calor, Radiações Ionizantes, Trabalho sob Condições Hiperbáricas, Radiações Não-
Ionizantes, Vibrações, Frio, Umidade, Agentes Químicos Cuja Insalubridade é
Caracterizada por Limite de Tolerância Inspeção no Local de Trabalho, Limites de
Tolerância para Poeiras Minerais, Agentes Químicos, Benzeno, Agentes Biológicos
Periculosidade: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos, Atividades e
Operações Perigosas com Inflamáveis, Atividades e Operações Perigosas com
Radiações Ionizantes ou Substâncias Radioativas, Atividades e Operações Perigosas
com Exposição a Roubos ou Outras Espécies de Violência Física nas Atividades
Profissionais de Segurança Pessoal ou Patrimonial, Atividades e Operações
Perigosas com Energia Elétrica, Atividades Perigosas em Motocicleta

INCIDÊNCIA E FREQUÊNCIA

https://smartlabbr.org/sst

RESPONSABILIDADES
A Responsabilidades dos acidentes de trabalhos em lugares insalubres e perigosos,
são do empregador que muitas das vezes não oferecem os EPIS corretos, não dão
treinamentos a esses colaboradores, mais como vemos na prática não é bem assim
que funciona os empregadores é bem comum por não se sentirem responsáveis
pela causa do acidente e, tampouco, serem condenados ao pagamento de
indenização por dano moral ou material ao empregado acidentado. Assim como o
empregador acredita muitas vezes não ser o culpado pelo empregado sofrer um
acidente, não seria razoável acreditar que o empregado tivesse a intenção de
provocar o acidente, sob pena de ficar inválido ou incapacitado, sem poder prover
o sustento à sua família ou pelo risco de estar "descartando" sua vida pessoal ou
profissional.

IMPACTOS
Os impactos que podem trazer para a vida do colaborador, lesão corporal ou
perturbação funcional, que pode causar a morte, a perda ou a redução permanente
ou temporária da capacidade para o trabalho, ou até mesmo o impacto emocional
e familiar, dificilmente mensuráveis.

NEXO CAUSAL
Nexo causal é a relação entre causa e efeito entre uma conduta e um resultado. Na
responsabilidade subjetiva, é formado pela culpa genérica do agente. Já na
responsabilidade objetiva, é composto pela conduta e previsão de legal da
responsabilização sem culpa ou pelo exercício de atividade de risco pelo agente.
Quando ocorre um acidente de trabalho ou quando uma doença ocupacional é
diagnosticada, a empresa pode ser responsabilizada pelos danos causados. Para
isso, porém, é preciso que seja comprovada a relação entre o fato e as atividades
desenvolvidas pelo empregado. Essa conexão é o chamado nexo causal, termo
muito encontrado nas normas regulamentadoras e que vamos explicar em detalhes
neste artigo. Em linhas gerais, o nexo causal é caracterizado pela relação direta
entre a conduta do agente e o dano causado, sendo impossível dissociar os dois. É
uma relação de causa e consequência, não necessariamente ligada à Segurança e
Saúde do Trabalho – com implicações no Direito Civil e Criminal. No Direito
Trabalhista, porém, está intrinsecamente conectado à área de SST. Se há uma falha
em um equipamento, por exemplo, pode haver um acidente. Se as condições de
trabalho são insalubres, uma doença pode ser desenvolvida. E esses são apenas
alguns dos exemplos que podem ser vistos como nexos causais.
A análise do nexo em acidentes de trabalho envolve uma série de fatores
ideológicos, éticos, legais e humanísticos, mas três elementos são essenciais:
1. O diagnóstico do agravo à saúde, doença, ou sequela com dano físico ou
mental;
2. 2. A presença no ambiente de trabalho de riscos ocupacionais capazes de
causar o agravo à saúde
3. 3. O estabelecimento da relação entre o agravo apresentado e o ambiente
de trabalho, ou seja, o nexo causal.

Ele é caracterizado de acordo com o tipo de responsabilidade atribuída, sendo


dividido em dois grandes grupos. Na responsabilidade subjetiva, é composto por
uma culpa genérica, marcada pelas hipóteses de culpa estrita – como imprudência,
imperícia e negligência – ou de dolo. Já na responsabilidade objetiva, o nexo é
gerado pela conduta, com a previsão legal de responsabilização sem culpa ou o
exercício de uma atividade de risco.
“Embora seja incumbido ao Poder Público, por meio do INSS, conceder e acolher
os trabalhadores que sofreram algum tipo de acidente de trabalho, a
responsabilidade civil pelos acidentes recai sobre o empregador”. Cada caso,
porém, deve ser avaliado de individualmente para determinar o nexo e a
responsabilidade. Se a culpa for exclusiva da vítima ou de terceiros, por exemplo,
ele pode até mesmo ser afastado.
Um exemplo comum envolve o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Se a empresa não fornecer os materiais indicados, deixou de realizar os
treinamentos obrigatórios e não fiscalizou o uso, são altas as chances de ser
penalizada em casos de acidente ou doença. Se tudo tiver sido seguido e o caso
ocorrer por culpa exclusiva do trabalhador, ela pode acabar não respondendo pelos
danos sofridos.
Além disso, o nexo pode ser dividido em três tipos:
 Causalidade indireta: o que gerou o acidente/doença não está ligado à
execução direta das atividades, como é o caso de agressões praticadas por
terceiros contra funcionários no local de trabalho.
 Causalidade direta: é caracterizado quando há relação direta entre o
acidente/doença e a atividade ou o serviço praticado pela empresa.
 Concausualidade: ocorre quando um acidente/doença, mesmo ligado ao
trabalho, ocorre por outros fatores cujas causas são relacionadas ao
trabalho.

Por que definir se há nexo causal?


Para que o empregado tenha seus direitos trabalhistas garantidos no âmbito
previdenciário, é preciso mostrar a relação entre o acidente/doença e as atividades
realizadas na empresa. Em caso de afastamento pelo INSS, por exemplo, a
companhia é obrigada a continuar depositando o FGTS quando for comprovado o
nexo. Além disso, o auxílio-doença não exige o cumprimento da carência de 12
meses, além da pessoa ter estabilidade de um ano após retornar às antigas
funções. Em alguns casos é mais difícil realizar essa relação, principalmente nas
relações de doenças ocupacionais. Como provar, por exemplo, que um câncer foi
desenvolvido em razão das atividades realizadas? Se a pessoa tem contato com
agentes químicos cancerígenos, isso pode ter contribuído para o quadro, mas ele
também pode ter se desenvolvido por outros fatores da vida, inclusive genéticos.
Por isso é necessário realizar uma investigação individual para avaliar cada caso e
garantir os direitos adquiridos.

MÉTODOS
Não raras vezes, o ambiente de trabalho ou a função exercida pelo colaborador o
coloca em condições que são desfavoráveis à saúde humana. Por isso, a legislação
trabalhista traz normas que visam garantir a segurança e saúde do trabalhador, por
exemplo, a adoção de medidas que eliminem ou neutralizem a exposição do
empregado ao ambiente insalubre.
Além de oferecer riscos à integridade física e ao bem-estar do trabalhador, a
exposição deste às condições insalubres, sem a devida observância dos
procedimentos de segurança determinados na legislação, pode ocasionar inúmeros
transtornos à sociedade empresária, tais como reclamações trabalhistas, multas e,
até mesmo, a responsabilidade criminal por negligência.
A NR15 aborda 3 tipos de agentes que podem tornar um ambiente insalubre:

 Agentes físicos: ruídos de impacto; exposição ao calor; radiações ionizantes


e não ionizantes; condições hiperbáricas; vibrações; frio; umidade.
 Agentes químicos: benzeno; arsênico; carvão e poeiras minerais; chumbo;
cromo; fósforo; hidrocarbonetos e outros compostos de carbono; mercúrio;
silicato; substâncias cancerígenas.
 Agentes biológicos: pacientes em isolamento por doenças
infectocontagiosas; carne, glândulas, vísceras, ossos, pelos e dejetos de
animais portadores de doenças infectocontagiosas; esgotos e galerias;
tanques; lixo urbano (tanto coleta quanto industrialização).

Além disso estão previstas na NR15 as atividades nas quais existe contato com
pessoas, animais ou materiais infectos contagiantes. Neste exemplo podemos citar
hospitais (inclusive veterinários), salas de autópsia, anatomia e
histoanatomopatologia, laboratórios de análises clínicas e histopatológica, além de
estábulos e cavalariças.

ACIDENTES NO RAMO ELÉTRICO


São vários os acidentes e doenças relacionadas ao exercício da profissão, aos quais
estão expostos os trabalhadores do ramo elétrico. Conforme a ANEEL (2014),
grande parte desses acidentes ocorre com os trabalhadores no ambiente da
empresa, e em outros casos é advindo da atividade profissional fora do ambiente
empresarial. Independente do caso, esses acidentes são considerados acidentes do
trabalho, e que para estes há as normas regulamentadoras criadas para disciplinar
as obrigações e responsabilidades dos envolvidos, os cenários que caracterizam
como acidentes mais comuns presentes em empresas com atividades do ramo
elétrico:
1. Contato direto do trabalhador com linha energizada;
2. Contato direto do trabalhador com equipamentos energizados;
3. Contato de veículos com linha energizada;
4. Equipamentos instalados de forma incorreta ou danificados;
5. Contato com equipamento condutor energizado.

Abrange-se também, as categorias de trabalhadores que estão expostos aos riscos


de acidentes:
1. Trabalhadores que estão expostos frequentemente às linhas de alta tensão
(trabalhadores da rede elétrica, trabalhadores de telecomunicações, e
cortadores de árvore);
2. Técnicos de manutenção (profissionais que estão em contato direto com
equipamentos energizados);
3. Trabalhadores que executam cargas suspensas com guindaste ou mesmo
trabalhadores em pé ao lado de um guindaste (podendo ocorrer algum
contato do guindaste com a linha energizada);
4. Profissionais e população em geral (expostos aos equipamentos instalados
incorretamente ou danificados);
5. Trabalhadores da construção civil, serviços e comércio (expostos a
equipamentos condutores).

MÉTODOS
As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das
instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema
de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. O aterramento
de proteção é a colocação de partes metálicas de equipamentos eletroeletrônicos
em contato direto com a terra, através de eletrodos devidamente instalados, afim
de drenar “vazamentos” de corrente nas massas, evitando choque elétrico. Terra
funcional é o aterramento da malha ou equipamento afim de garantir o bom
funcionamento do equipamento, exemplo aterramento da parte eletrônica do
inversor de freqüência.

A NR10 define que o empregador deve Elaborar e manter um PIE - Prontuário das
Instalações Elétricas
 Elaborar Procedimentos de Trabalho a nível gerencial e de execução de
serviços
 Elaborar Relatório Técnico de Inspeções/ Relatório das Instalações
Elétricas
 Treinar os trabalhadores em eletricidade  Providenciar EPI adequados

MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA


Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e
adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante
procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores.
As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a
desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o
emprego de tensão de segurança.
Na impossibilidade de implementação do estabelecido, devem ser utilizadas outras
medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos,
barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação,
bloqueio do religamento automático

MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva
forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser
adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às
atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6. As vestimentas de
trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a
condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. É vedado o uso de
adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS


Capacetes Isolantes de Segurança; Óculos de Segurança; Máscara / Respiradores;
Luvas Isolantes; Calçados (Botinas sem biqueira de aço); Cinturão de Segurança;
Protetores Auriculares.

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
a) identificação de circuitos elétricos;
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos;
c) restrições e impedimentos de acesso;
d) delimitações de áreas;
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de
movimentação de cargas;
f) sinalização de impedimento de energização;
g) identificação de equipamento ou circuito impedido

A NR-15: ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES


Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de
tolerância, define as situações que, vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos
trabalhadores, demonstrem a caracterização do exercício insalubre e também os
meios de protegê-los das exposições nocivas à saúde.
“Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os trabalhadores a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. ”
De forma simples a insalubridade pode ser entendida como a exposição do
trabalhador a determinados agentes físicos, químicos ou biológicos em
circunstancias prejudiciais à saúde, que porventura possa existir no ambiente de
trabalho.
O exercício de trabalho em condições de insalubridade, assegura ao trabalhador
a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalent
e a:
 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas conside
rado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a p
ercepção cumulativa.
Os possíveis motivos que caracterizam um trabalho insalubre. São eles:
 Ruídos contínuos ou intermitentes;
 Exposição ao calor ou ao frio excessivo;
 Radiações ionizantes e não ionizantes;
 Condições hiperbáricas;
 Vibrações;
 Umidade;
 Poeiras minerais;
 Agentes químicos e biológicos;
 Benzeno.

NR 16: ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS


Define as atividades e operações perigosas, atuando diretamente sobre as
atividades que contenham grau de risco permanente, devido à natureza ou método
de trabalho, e que exponham o trabalhador a condições permanentes de risco.
Sendo que a periculosidade é a condição de trabalho que exponha o trabalhador
constantemente a riscos que possam causar danos a sua saúde e segurança, devido
a própria natureza das atividades ou métodos de trabalho.

As atividades consideradas perigosas de acordo com a NR 16 podem ser divididas


em:
 Atividades que envolvam combustíveis e materiais inflamáveis;
 Atividades que envolvam explosivos;
 Atividades que atuem com energia elétrica;
 Segurança pessoal ou patrimonial;
 Atividades que envolvam substancias radioativas;
 Atividades realizadas por motociclistas.
O trabalhador que executar atividades consideradas perigosas, de acordo com a NR
16, deverá receber uma percepção adicional de 30% a seu salário base, sem
contabilizar as adições proporcionadas por bônus, comissões ou gratificações.

INTERVENÇÕES:
 Adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos
limites de tolerância;

A importância de ações preventivas


Depois de identificar os riscos que os trabalhadores, é preciso implementar ações
preventivas dentro da rotina de trabalho e não somente isso, mas também
monitorar constantemente essa implementação e a mensuração de seus
resultados:
 O primeiro passo no monitoramento efetivo é analisar os riscos
periodicamente. Isso é necessário porque o ambiente pode mudar
continuamente e exigir a adoção de novas medidas para evitar acidentes.
 Em seguida, é necessário analisar todas as deficiências de segurança nos
postos de trabalho e revisar quais foram os acidentes documentados ao
longo dos anos. Além de ser obrigatória por lei, a documentação de
acidentes de trabalho é uma ótima maneira de identificar o que deu errado
para tomar decisões que farão com que o evento não se repita.

NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Operacional (PCMSO)


Um programa que especifica os caminhos que devem ser tomados para a
preservação da saúde dos trabalhadores de uma empresa. Suas diretrizes são
dadas pela NR 7.
O programa é implementado de acordo com os riscos à saúde relacionados ao
trabalho em questão. Seus focos são:
 Prevenção, incluindo o fornecimento de equipamentos de proteção individual
e treinamento, por exemplo;
 Rastreamento de possíveis agravos à saúde gerados pelo trabalho;
 Diagnóstico de riscos existentes no ambiente de trabalho.
Um dos pontos importantes que constam no PCMSO é a obrigatoriedade do
Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) para que um trabalhador possa exercer uma
função. Ele tem como finalidade atestar a aptidão ou a inaptidão psicofísica de um
profissional para determinado ofício, bem como demonstrar as condições de saúde
dos trabalhadores antes da admissão na empresa.

NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)


Listar e classificar os riscos presentes no ambiente de trabalho. Essa norma propõe
formas de diminuição e, sempre que possível, de neutralização desses riscos.
Todas essas medidas devem ser acompanhadas de “treinamentos dos
trabalhadores quanto os procedimentos que assegurem a sua eficiência e de
informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam”.

NR 23 – Proteção contra incêndios


Aplicada a todos os ambientes de trabalho em relação à proteção contra os
incêndios. Os edifícios devem ser desenvolvidos com locais apropriados para
retirada ágil de pessoal em caso de fogo. Além disso, devem incluir equipamentos
de combate a incêndio. Deve haver um número adequado de colaboradores que
saibam manejar esses dispositivos. Ou seja, é essencial oferecer treinamentos para
que a equipe tenha acesso a treinamentos sobre o tema.

Além disso, não basta para caracterizar uma atividade ou operação perigosa. A
Norma Regulamentadora 16 afirma que a caracterização da periculosidade ou
insalubridade se dá por meio de laudo técnico.
Tal laudo técnico precisa ser elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro de
Segurança do Trabalho inscrito no Conselho Regional de Engenharia.

E há regras para a elaboração do laudo de periculosidade, que tem a finalidade


de identificar os riscos presentes no ambiente de trabalho.

Por isso, o laudo deve conter:


 Identificação das áreas de risco e localização dos agentes periculosos;
 Identificação das atividades exercidas nos locais de risco;
 Embasamento em normas técnicas e legais das condições de periculosidade;
 Orientações sobre eliminação ou diminuição dos riscos observados;
 Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.
Sendo necessário refazer o laudo anualmente ou sempre que for constatada
necessidade de revisão. Além disso, a empresa empregadora precisa manter o
laudo por um período de pelo menos 20 anos.

 Utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que


diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.

Eles são de extrema importância, tanto para o trabalho em condições insalubres


quanto em condições de periculosidade. Isso porque tais equipamentos tendem a
diminuir o risco do trabalhador exposto a estas situações, amenizando o fator
perigoso ou insalubre ali existente.

NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI)


Os EPIs são todos os produtos ou dispositivos de uso individual que têm como
finalidade proteger o colaborador dos riscos presentes no local de trabalho,
visando garantir a segurança e integridade física de cada funcionário durante o
desempenho das suas atividades laborais.
 Existem diversos tipos de EPI. Alguns exemplos são: cintos de segurança,
roupas adequadas, botas de segurança, luvas, óculos, protetores auditivos,
capacetes e máscaras respiratórias.
 O que define qual equipamento deve ser utilizado pelo trabalhador é o risco
à atividade que ele desempenha. Logo, o EPI varia de acordo com a atividade,
devendo o dispositivo ideal ser indicado por profissional habilitado em
segurança do trabalho.
 Cabe ressaltar que a empresa tem a obrigatoriedade de adquirir e fornecer
ao colaborador os equipamentos de proteção necessários para a atividade.
Além disso, o empregador deve exigir o uso dos equipamentos e treinar os
funcionários da empresa para utilizá-los corretamente.
 É de extrema importância que sejam observadas as datas de validade do
produto ou as exigências governamentais de tempo de uso de cada um deles.
Dessa maneira, cabe à empresa conceder aos empregados os materiais
necessários e dentro do prazo de validade.
 Compõe, igualmente, dever da empresa, a fiscalização do uso do material de
proteção. Ou seja, não pode o empregado simplesmente deixar de utilizar o
EPI em razão de sua vontade. Isso, inclusive, pode trazer sérios prejuízos à
empresa.
 Por fim, vale ressaltar a importância de contratar um engenheiro
especializado na segurança do trabalho, que será responsável por
acompanhar o uso dos equipamentos (assim como a utilização correta deles)
e controlar o ambiente de trabalho a fim de evitar acidentes e exposição
demasiada dos trabalhadores aos aspectos que caracterizam a
periculosidade.

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