Você está na página 1de 8

1

Índice

Introdução .............................................................................................................................................. 3

Aristóteles .............................................................................................................................................. 4

Vida e obras políticas ........................................................................................................................... 4

Pensamento político ............................................................................................................................. 5

Finalidade do estado ............................................................................................................................. 5

Origem do estado .................................................................................................................................. 5

As formas de governo .......................................................................................................................... 6

O Exercício da cidadania ..................................................................................................................... 7

Conclusão .............................................................................................................................................. 8

2
Introdução

O presente trabalho de filosofia vai abordar o pensamento político de Aristóteles.


Aristóteles foi um filósofo, cientista e investigador sem comparação na sua época e com uma
produção literária vastíssima além de diversificada, exceptuando a matemática.

Entretanto, a vida e obra de Aristóteles é discutida, tal como o seu pensamento político,
a finalidade do estado, a origem do mesmo, as formas de governo, e finalmente o exercício da
cidadania.

Falar do pensamento politico é de extrema importância, pois, é entendendo este conceito


que, percebe-se a organização do estado.

Nesta senda, no referente a esta abordagem, a mesa foi baseada efetuada através do livro
de filosofia da 12ª classe.

3
Aristóteles

Vida e obras políticas

Nasceu entre 384/383 a.C, na Trácia, grécia imperial, Concretamente em Estagira, daí
o nome de «esta- girita» pelo qual é as vezes designado. Seu pai,

Nicómaco, era médico do rei da Macedónia e em virtude disso acredita-se que


juntamente com os pais Aristóteles tenha morado na capital da Macedónia e tenha frequentado
a corte real. Muito cedo iniciou-se, com a ajuda do pai, na ciência médica e nos métodos de
investigaçāo das ciências naturais. Órfão de pai, parte aproximadamente aos 17 anos para
Atenas a fimde continuar com os estudos. Ai conhece e torna-se discípulo de Platão emCuja
escola Aristóteles permaneceu até à morte do mestre. A divergênciade perspectivas filosóficas
entre ele e o sucessor do mestre levaram Arist-teles a abandonar a academia e a cidade de Atenas
com destino à AsiaMenor, onde exerce a função de conselheiro e educador de soberanos, com
destaque para o jovem príncipe Alexandre. Com a subida do seu pupilo ao trono como
Alexandre o Grande, Aristóteles regressa e funda em Atenas a Sua própria escola que ficou
conhecida por dois nomes: liceu, por se situar perto do tempo de Apolo Lício. Também foi
chamada escola <peripatética”, nome derivado do costume que próprio Aristóteles tinha de
ministrar as lições passeando pelo corredor do ginásio. A diferença entre a academia ig 3

Aristóteles (384-322 aC) platónic e o liceu fundamental residia nas perspectivas de


filosofar: a pri-iera era pela matematização da filosofia e a segunda por uma filosofia ligada às
ciências naturais. Apesar de ministrar aulas durante passeios, Aristóteles foi um filósofo,
cientista e investigador sem comparação na sua época e com uma produção literária vastissima
além de diversificada, exceptuando a matemática. De facto, ele explorou o mundo do
pensamento em todas as direcções escrevendo sobre todas as ciências: ora criando novas
ciências, ora organizando as até então existentes. Essa vastíssima literatura dividia-se em duas
partes: uma destinada às pessoas externas ao liceu, designada por «escritos exotéricos»; e outra
destinada aos internos, aos discípulos, chamada «escritos esotéricos». Apenas esses últimos se
conservaram até aos nossos dias e é constituída de seguintes matérias ou campos: (organon), a
Filosofia Natural (Física, Meteorologia), a Psicologia como estudo da alma, a Metafisica e por
fim a filosofia pratica que compreendia a Ética e a Politica.

aioncategorias (divisāo) dos órgãos políticos relacionando-os com a extensão territorial


dos estados.

4
As obras e, consequentemente o pensamento, político de Aristóteles resultaram não de
estudo histórico e comparativo de constituições concretas de diferentes governos, desde a dos
tiranos e bárbaros (de Cartago e Roma) até as de Atenas. Procura-se estudar a origem das
instituições estudos resultaram duas obras propriamente políticas, das quais apenas A Política
Conservou-se e perdurou até hoje. A esta acrescenta-se o tratado da Etica que, embora seja
cronologicamente anterior, senta a continuação e subdivisão da política: «(...) a política, que é
a arte/ciência do comportamento colectivo, abarca a moral (...) que é a ciência do
comportamento individual» (Prelot, Lescuyer, 2000:8)

Filosofia Prática que compreendia a Etica e a Política.

Pensamento político
Finalidade do estado

Para Aristóteles, o bem do indivíduo é da mesma natureza e inferior que o da Cidade. O


bem edo indivíduo é a felicidade a qual consiste não no prazer ou na honra, nem nas riquezas,
mas no ano aperfeiçoamento naquilo que o diferencia das outras coisas, no viver bem segundo
a razão. Enfim, o individuo «alcança a felicidade quando uma vez livre das preocupações
materiais, entrega-se livremente aos prazeres do espírito» (Prelot, Lescuyer: 89). Mas este
filósofo defende que somente a vida em sociedade salestado pode permiti-lo tal proeza. Aliás,
é nisso que consiste o fim do estado: é assegurar aos homem não só o viver ou a vida, mas o
bem-viver, a vida feliz enquanto vida ordenada para a perfeição; é facilita consecução da
felicidade, tornar possível a realização completa de todas as capacidades humanas.

Por isso, para Aristóteles o homem é por natureza um animal político, no sentido de que
é um anmal que vive não apenas em sociedade (pois até muitos outros animais chegam), mas
que vive num sociedade politicamente organizada; um animal cívico; é educar os cidadãos para
agirem com rectidadensiná-los a fixare perseguir uma meta nobre de vida.

Origem do estado

Como referimos, o estado ou cidade é o espaço para a realização plena da felicidade do


individuo Esse indivíduo, para Aristóteles, tem uma inclinação natural para viver na cidade,
numa sociedade pocamente organizada, daí o nome animal político.

Por isso, o homem vive no estado ou cidade não por simples acordo ou convencional
para suprir necessidades mútuas como defendiam os sofistas e Platão, mas o faz por inclinação

5
natural. O estado tem origem natural, no sentido de que é por inclinação natural para a
procriação que o homem e mulher juntam-se e formam família, e as famílias, por sua vez, junta-
se em aldeias, vilas e daí em cidades. A civilidade está no facto de, em cada uma dessas
instâncias, a autoridade paternal (inicialmente restrita a uma família e depois alargada ao
conjunto de famílias) ser o element:ordenador, organizador da vida em sociedade.

Aristóteles submete o indivíduo à cidade no sentido de que o homem é feito para a vida
social, por conseguinte, é inconcebível para este filósofo que o homem viva fora da cidade.
«Quem não pode fazparte de uma comunidade, quem não tem necessidade de nada, bastando-
se a si mesmo, não é parte duma cidade, mas é fera ou deus».

As formas de governo

Aristóteles distingue, por um lado, a Constituição enquanto o que dà a estrutura e ordem


à cidade e estabelece o funcionamento de todos os cargos e, por outro, as demais leis
subordinadas à Constituição. Apenas a Constituição é que cria o estado, de tal sorte, que a
mudança da Constituição implica a do tipo de estado. Contrariamente ao seu mestre, Aristóteles
admite que a melhor forma de governo possa variar conforme as épocas e povos. Por
conseguinte, ele apresenta uma classificação de formas de governo quecura espelhar essa
diversidade das melhores formas de governo. Para o efeito, o estagirita adopta deseja, O aspecto
quantitativo e o qualitativo respectivamente.za, de um modo fecundo, dois critérios: o número
dos governantes da natureza (recta) dos governos, Enquanto a quantidade dos governantes
justifica a tripartiçāo das formas de governos, a qualidade da natureza dos governos organiza
as três formas em governos rectos e Corruptos conforme esteja em entre o bem comum Ou
interesses privados respectivamente.

Embora por razões diferentes das de Platão, Aristóteles classifica a democracia (pelo
menos aquela praticada em Atenas) como uma das formas corrompidas de governo. O principal
motivo é que, para Aristóteles, a democracia é governo, por constituição, da maioria, o que
viola o princípio aristotélico do segmento médio. Ademais essa maioria é de pobres contra
ricos: o seu principal erro é considerar que aigualdade na liberdade implica igualdade em tudo
o resto.

Para Aristóteles a politeia ou república evidencia-se como a melhor forma de governo


sobre as duas restantes - a monarquia e aristocracia - se se tiver em conta que os homens sãoo
que såo. A repúblicala0 só é uma forma melhorada da democracia, mas também resulta do

6
temperamento da democracia e da oligarquia, curiosamente da junção de duas formas corruptas
de governo. O segundo elemento de censura em Aristóteles é que ele mistura, na sua
classificação governos ideias (a aristocracia e república) e os reais (todos os demais) sem
nenhuma discriminação.

O Exercício da cidadania

A designação «animal político» ou cidadão não se aplica a todo e qualquer homem pelo
simples facto de viver numa cidade. Aplica-se, sim, apenas àqueles que participam da
administração da coisa pública, ou seja, que tomam parte das assembleias que legislam e
governam a cidade e aplicam a justiça. Aristóteles, politicamente, era afeiçoado pela
constituição e funcionamento da democracia ateniense da qual ele estava excluído, ele mostra-
o abertamente ao definir o exercício Deve sublinhar-se que se cidadania que permitia o seu
pensamento político. De facto, em Atenas não só era como obrigatória a participação de homens
de pais atenienses na vida pública e quem se desinteressasse por ela era chamado idiota, como
também tal participação estava vedada por lei aos estrangeiros, escravos e mulheres. O
conceição cidadania de Aristóteles decalca precisamente esses mecanismos restritivos.

Assim, estão excluídos do exercício da cidadania na república aristotélica todos os


estrangeiros povos conquistados por causa da sua condição; os operários já que não dispõem de
«tempo livre»> para se dedicar à coisa pública. Resulta daí que para Aristóteles, a cidadania
cabe apenas a um número muito limitado de homens dentro da cidade e os demais não passam
de instrumentos ao serviço dos bens do que necessitam esses homens. É precisamente nesse
grupo maioritário em que Aristóteles situa os escravos feitos tanto pela natureza (isto é, as
características físicas) como pela guerra de gregos contra os babaros. Aos escravos, o estagirita
recomenda obediência aos senhores. E preciso lembrar que em Atenas, realidade mostrava que,
apenas participavam da vida pública atenienses que tivessem escravos que lhes assegurassem o
cultivo dos campos.

7
Conclusão

Ao terminar o presente trabalho, importa deixar ficar aspectos que pela importância
merecem destaque. Referente a isto, Aristóteles classifica a democracia (pelo menos aquela
praticada em Atenas) como uma das formas corrompidas de governo.

Portanto, daí que o principal motivo é que, a democracia é governo, por constituição, da
maioria, o que viola o princípio aristotélico do segmento médio.

Contudo, na perpectiva de Aristóteles, politeia ou república evidencia-se como a melhor


forma de governo sobre as duas restantes - a monarquia e aristocracia.

Você também pode gostar