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Cap 4 - K e MV : a lei econômica fundamental do Kismo (que é capitalizar o

mais-valor - nada a ver com roubo e adulteração de preços nas trocas).

1) A fórmula universal do K ( que é? D-D')

Tudo começa com a circulação hegemonizada pela forma M (historicamente


coincidentes com o avanço do comércio e mercado mundiais). Mas não é preciso ir
à história para vermos K ser sempre em primeiro lugar D.

Análise dos #s modos de circulação do D, como meio e como fim, pois faz toda
diferença….
Vender para comprar - M - D - M
Comprar para vender - D - M - D

Em M — D — M,
- D é desembolsado.
- a mesma moeda troca duas vezes de mãos.
- há duas operações que findam (uma venda e uma compra, e o dispêndio de
D não tem nada a ver com o seu refluxo).
- #s de magnitudes de valor são casuais.
- a finalidade da operação está fora, usufruir algo.

Em D — M — D,
- D é adiantado.
- a mercadoria é quem troca de mãos.
- a operação não acabou, falhou, se D não refluir (aqui a venda completa e
conclui a compra).
- #s de magnitudes de valor são obrigatórias.
- a finalidade está dentro, e voltar sempre à circulação é exigência.

Como portador consciente desse movimento, o possuidor de dinheiro torna-se


capitalista. A sua pessoa, ou antes, a sua algibeira, é o ponto de partida e o ponto
de chegada do dinheiro.

O capitalista sabe que todas as mercadorias, por muito mau aspecto que tenham e
por muito mal que cheirem, na fé e na verdade são dinheiro, judeus circuncidados
interiormente e, além disso, meios milagrosos de, a partir do dinheiro, fazer mais
dinheiro.

Por que diz Marx que o entesourador é o capitalista louco e o capitalista é o


entesourador racional ? (Porque o primeiro tenta de tudo pra não deixar o dinheiro
cair de novo na circulação, e o segundo sabe que o correto é entrar sempre de novo
nela!)

Por que Marx diz que na circulação D-M-D, M e D são modos de existência do
valor que torna-se um "sujeito automático"? (Porque quando muda de forma, se
conserva e se expande, sem parar!, ou, quando pára é fria…)

Qual é a definição que Marx dá aí de K? (Valor em processo, D em processo, que


se conserva e multiplica na circulação. Comprar para vender acrescentando valor.
D-D').

Qual a definição de mais-valia até aqui? (Nenhuma, só D-D')

2) Contradições da fórmula universal (que a mais-valia "brota"e "não brota" da


circulação… Ou: que O capital não pode, portanto, brotar da circulação e tão-pouco
pode não brotar da circulação. Tem simultaneamente que brotar nela e não nela.

As trocas fazem sentido pros participantes produtores diretos se: se trocam


valores-de-uso #s e valores-de-troca =s.

Se eu troco vinho que produzo em 50 horas por trigo que preciso e nos quais foram
gastos igualmente 50 horas, não fiquei mais rico ou pobre, mas mais ou menos feliz.
Se o D intervêm nada muda.

O valor das mercadorias está exposto nos seus preços, antes de elas entrarem
na circulação, é portanto pressuposto e não resultado da mesma.

"Onde há igualdade não há lucro.» As mercadorias podem, na verdade, ser


vendidas a preços que se desviam dos seus valores, mas este desvio
aparece como uma infracção da lei da troca de mercadorias. Na sua figura
pura , ela é uma troca de equivalentes, portanto não um meio de enriquecer em
valor. Ou, não tem VALORIZAÇÃO AÍ, TEM ROUBO!

O engodo, o roubo, não cria riqueza nova, CAPITAL!, só desloca de mãos a riqueza
já em circulação.

Se se trocam equivalentes, não resulta mais-valia alguma e, se se trocam


não-equivalentes, também não resulta qualquer mais-valia. A circulação ou a troca
de mercadorias não cria qualquer valor. O mais aí, ASSIM COMO VEM, VAI! Só
se mantém com VIOLÊNCIA EXTRA-ECONÔMICA (ex, a colonização).

Resumo - NA CIRCULAÇÃO SÓ SE TRANSFERE RIQUEZA!


O nosso possuidor de dinheiro, presente só ainda como lagarta de capitalista, tem
de comprar as mercadorias pelo seu valor, vendê-las pelo seu valor e, todavia, no
fim do processo, retirar mais valor do que lá lançara. O seu desabrochar em
borboleta tem de processar-se na esfera da circulação e de não se processar na
esfera da circulação. São estas as condições do problema. Hic Rhodus, hic salta

3) Compra e venda da FT (aqui a mágica….)

A modificação do valor do dinheiro (D-D') NÃO TEM a ver com o dinheiro!

Também não tem a ver com a condição de comprador ou vendedor, mas com
O QUE se está comprado…

O que Marx quer dizer com "basta uma circulação de mercadorias relativamente
pouco desenvolvida para a formação de todas as formas do dinheiro, mas não para
a formação do capital". PORQUE O TR TEM SE SER "ACHADO" LIVRE PRA
SER COMPRADO!

Moral é que a FT é e não é M. Por que?

E qual o seu valor? (O necessário à sua produção, manutenção e reprodução.


Mas, ao mesmo tempo, só tem esse valor se alguém o quiser utilizar)

MAS, ao final, ele não disse como D vira D'!

Mas encaminha uma solução. Sair da circulação. (Onde reinam liberdade,


igualdade, propriedade e Bentham) Temos de ir para onde se consome a força de
trabalho, onde ….

Tal como o consumo de qualquer outra mercadoria, realiza-se fora do mercado ou


da esfera de circulação. Deixamos, pois, esta esfera ruidosa, que mora à superfície
e é acessível a todos os olhos, juntamente com o possuidor de dinheiro e o
possuidor da força de trabalho, para seguir a ambos até ao lugar oculto da
produção, em cuja entrada se pode ler: No admittance except on business.

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