Departamento: Administração Disciplina: Sociologia Discente: Antony José Dantas Sobral Data: 06/02/2023 Filme analisado: A onda, (2008), Diretor: Dennis Gansel
Logo no inicio do filme, vemos o professor Wenger discutindo a sua
diretora, pois ele queria dá aula de anarquia, visto que é o tema que ele se da muito bem, porém a sua chefe mandou ele da aula de autocracia, pois outro professor apresentou um planejamento muito bem feito para as aulas de anarquia, com isso Wenger fica bastante zangado. Ele é uma pessoa com um estilo autoritário, por isso ele tem bastante interesse no tema de anarquia. Mas, para a sua surpresa a sala estava cheia de alunos, a aula começa e logo vem à tona a discussão se seria impossível outro regime autoritário na Alemanha, alguns alunos chegam a tirar saro, pensando que seria impossível algo assim em tempos de democracia. Diante disso, Wenger decide fazer um experimento com os alunos. Seu objetivo era mostrar para esses jovens como é fácil cair em um discurso autoritário sem que eles percebam. O professor instala na sala um sistema ditatorial, mas antes disso acontecer ele fez uma votação para ver se todos estão a favor, pois estamos em uma democracia. A maioria votou a favor, isso mostra como as pessoas votam e tomam decisões sem nem saber o que pode acontecer, estão fazendo aquilo porque estão sendo estimuladas por outras pessoas. Wenger impõem alguns regras e normas na turma, como por exemplo, para falar tem que se levantar, para falar precisa de permissão etc. O movimento começa a ganhar força e atrair outras pessoas, logo a classe já está cheia de alunos. O grupo cria um nome do movimento que é chamado de “ A ONDA” , um uniforme e logotipo, atraindo cada vez mais pessoas. Os membros da onda começam a olhar os alunos da classe de anarquia com outros olhos, como se fossem gangues rivais ou partido político em disputa. Isso mostra o quão fácil é manipular as pessoas pelo discurso em massa e aderir a um comportamento autoritário e infelizmente aquele que tenha um pensamento contrário a onda vai ser julgado como errado. Podemos citar a aluna Karo que foi com uma blusa diferente das usadas pelos membros do grupo, ela foi totalmente excluída pela turma e pelo professor. Pode-se, a partir disso, analisar como uma ideologia é capaz de influenciar os indivíduos, uma vez que o individuo na massa, sente, pensa e age de forma diferente do que se esperaria dele de forma individual. Um jovem do grupo chamado Tim, que é negligenciado pelos seus pais em casa acha na onda o seu grande proposito, ele chega a comprar uma arma para ajudar a defender o grupo. Muitos jovens que se sentem ameaçados e injustiçados veem a onda como seu novo lar. Os alunos, diante destes problemas se mostram totalmente abertos ao totalitarismo e bastante influenciado pela onda. Wenger já perdeu o controle da coisa, seu experimento já extrapola o limite da sala de aula, alguns membros do grupo fazem atos de vandalismo pela cidade. O próprio professor está se deixando levar pelo movimento, até a sua vida pessoal está sendo afetada, a sua esposa tenta alerta-lo que a coisa está fora de limite mas ele não se importa e acaba brigando feio com ela. Podemos dizer que a mente mais forte do grupo também foi corrompida pelo poder do totalitarismo. No grupo todos podem ser “contagiados” de tal forma que o indivíduo sacrifique seu interesse pessoal pelo coletivo. Chegando ao final do filme, acontece uma confusão em um jogo de polo aquático envolvendo os integrantes da onda, por conta disso o professor decide reunir a turma para acabar com a onda. Com todos reunidos, Wenger tenta convencê-los que o que estão fazendo está errado, porém Tim não concordou com o fim da onda, e acabou puxando uma arma e atirando em um dos seus amigos, logo após isso Wenger tentou acalmá-lo, mas Tim acabou tirando a sua própria vida. Depois do ocorrido o professor Wenger foi preso e todos os alunos ficaram desesperados. O filme “A ONDA” mostra como é fácil manipular os indivíduos e levá-los a uma alienação totalitária, apresentando a necessidade de defender a liberdade e a democracia. 1