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Primeiro texto

Para fazer isso, a sequência de tarefas que o professor deve adotar é:

1. Distribuir para cada aluno uma folha na qual devem responder a uma série de perguntas sobre os seus

gostos pessoais. 

2. Dividir os alunos em pequenos grupos para que compartilhem as respostas, sem desqualificar nenhum

dos colegas de classe. 

3. Entregar uma cartolina para cada grupo, na qual devem escrever os  gostos  comuns que têm entre si em

uma coluna e, na outra, as preferências diferentes.

4. Ler em voz alta cada uma das cartolinas, sem dizer o nome do grupo ao qual pertencem, para que  os

alunos tentem adivinhar a identidade do grupo que escreveu cada uma delas.

Agora, trabalhem o conteúdo da lição. Vejam as sugestões abaixo:


- Apresentem o título da lição: Bullying.
- Iniciem o estudo, utilizando a dinâmica “Discriminação, não!”
- Depois trabalhem o conteúdo da lição, de forma mais específica para os alunos, contextualizando a vivência deles.
Deixem que eles falem se já sofreram ou estão sofrendo algum tipo de discriminação na escola, na Igreja ou em outros
lugares.
Lembrem aos alunos que se porventura estão sendo discriminados, os pais precisam ter conhecimento, além dos
professores e outras pessoas que eles têm confiança, para que sejam tomadas as devidas providências.
- Sugiro a leitura do texto sobre Bullying, no momento da preparação da aula. Vejam a postagem abaixo da dinâmica.

Dinâmica: Discriminação, não!


Objetivo:
Exemplificar que atos de discriminação devem ser combatidos e denunciados.
Material:
¼ da folha de papel ofício e caneta para cada aluno.
Procedimento:
- Organizem os alunos em círculo.
- Distribuam ¼ da folha de papel ofício.
- Solicitem para que cada aluno escreva o que ele deseja que seu colega do lado esquerdo realize, naquele momento da
aula. Normalmente as ações são engraçadas e até “micos”.
Veja um exemplo: Maria deve fazer tal coisa. João( nome da pessoa que está escrevendo).
Orientem que o colega não pode ver o que o aluno está escrevendo.
- Recolham todos os papéis.
- Agora, falem: A regra da brincadeira está mudada, o “feitiço virou contra o feiticeiro”. Quem vai realizar a tarefa é a
pessoa que escreveu e não o colega para quem você desejou.
- Então, os alunos deverão realizar as tarefas.
Certamente, haverá um pouco de rejeição ou vergonha, mas encorajem os alunos.
- Depois, falem: Esta é a finalidade da brincadeira: não desejar aos outros ou fazer algo com os outros, que você não
gostaria para você.
- Então, comecem a trabalhar os temas da indiferença, discriminação, Bullying, falta de respeito.
- Falem: Comece por você, não discriminando ninguém. Faça a diferença!
- Para concluir, leiam:
“E, como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós também” Lc  6.31
Ou se preferir a versão NTLH: “Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês”.

Ideia original desta técnica desconhecida


Esta versão da dinâmica por Sulamita Macedo.
Leiam este texto sobre Bullying, no momento da preparação da aula:
Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais
ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos,
causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se
defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b)
bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social
da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou
sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam,
tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma
tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se
negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é
mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de
temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção
contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando
sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima.
Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos
extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em
que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores
geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e
possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações
típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática
são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que
determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode
também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos
consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola, Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP,
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
http://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm

Professor, antes de dar esta aula pesquise com muito afinco todos os pontos abordados em seu Plano de Aula, pois não
adianta falar só de achismo, ou porque conheceu este Blog e acha suficiente para dar aula. Entenda que eu não conheço a
realidade social, psicológica, física e espiritual de seus alunos, por isso, tente chegar no âmago das dúvidas de seus alunos,
não os faça de meros espectadores de um "show" de conhecimento, pois isso não será suficiente, o conteúdo precisa de
aplicabilidade para a situação de vida de seus alunos e isso é o mais importante. Deguste à vontade o conhecimento, mas
não ache que irá inculcá-lo de uma hora pra outra nos seus alunos, por isso procure ser criativo na exposição do assunto.

DINÂMICA PARA TRABALHAR, BUILLYING, RESPEITO MÚTUO, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS,


LIDAR COM DEFICIÊNCIAS – SEGUINDO O CHEFE

OBJETIVO: Levar o grupo a perceber a importância do respeito mútuo, respeito às diferenças individuais e com isso
iniciar o trabalho de temas como Bullying e como evita-lo.
PARTICIPANTES: até 15 pessoas.
TEMPO: de 1h a 1h30.
MATERIAL: Papel sulfite, Canetas Coloridas, Vendas, Mesas, Cadeiras de trabalho, tiras de pano, tapa ouvidos.
DESCRIÇÃO: O facilitador explica ao grupo que a tarefa será a de desenhar um barco, sendo que irão ser divididos em
grupos e caberá a cada participante a execução de uma parte desse barco. Dizer que o grupo que conseguir completar a
tarefa,  primeiro será o vencedor.

DESENVOLVIMENTO:
1-    Dividir os participantes em grupos de 5 ou 4 participantes, cada.
2-    Entregar para cada grupo uma folha de sulfite e canetas coloridas.
3-    Explicar que cada componente do grupo só poderá fazer um traço de cada vez para executar o barco e que quando
terminar o seu traço deve passar a folha para o próximo colega que por sua vez irá executar o traço que lhe cabe. Por
exemplo: O primeiro participante faz o traço que se refere à parte de baixo no barco, cabe então ao próximo participante
fazer uma das laterais. E assim por diante até que todos possam ter executado sua parte e o barco esteja, totalmente,
desenhado.
4-    Pedir para que iniciem a atividade. Enfatizar que cada grupo deve ter seu desenho pronto no prazo máximo de 2’.
5-    Após a execução da atividade verificar se todos completaram o desenho e qual grupo a terminou mais rapidamente. (A
tendência é que todos os grupos terminem rapidamente e não tenham dificuldade para executar a tarefa).
6-    Agora, explicar que isso foi apenas um ensaio e que irão novamente fazer o desenho do barco, só que agora serão
estabelecidas algumas características para cada participante como descritas a seguir. (colocar na lousa ou levar um
cartaz).
Participante 1- Não tem o braço esquerdo, nem pernas e pés e só tem o braço direito.
Participante 2- Tem somente a pena direita e só tem o braço esquerdo.
Participante 3- Não tem os dois braços.
Participante 4- não tem mãos e pés.

OBS: Essas combinações são feitas de acordo com o número de participantes de cada grupo, podendo ser acrescentadas ou
retiradas dificuldades. O facilitador pode levar fitas para prender a mão ou mãos dos participantes que não podem usá-
las, pois estes tendem a não respeitar as instruções até mesmo por ato reflexo. Outras combinações podem ser feitas:  cego e
surdo, só tem o braço esquerdo, etc.
7-   Depois de explicado quais serão as dificuldades dos membros do grupo, pedir para que estabeleçam quem irá assumir qual
característica, entregando as vendas para os que serão cegos, tiras de pano para amarrar os braços que não deverão
utilizar e tapa ouvidos para os surdos.
8-   Quando todos estiverem prontos, estabelecer o tempo de 4’ para que executem a tarefa.
Obs: O facilitador deverá permanecer em silêncio, apenas observando o trabalho. Caso alguém solicite ajuda ou
informações, reforçar as instruções já ditas sem dar outras orientações. Caso algum participante faça perguntas do tipo
está certo? Pode fazer assim? Deixar o grupo decidir. Não deve interferir. Estas situações poderão ser retomadas no
momento de debate, para análise e como ilustração para outros comentários.

OBS: É bastante provável que a maioria do grupo não consiga realizar a tarefa. O facilitador poderá dar um tempo para
que o grupo discuta como poderia melhorar e propõe que façam, novamente. Se quiserem tentar mais o facilitador pode
permitir. (Em alguns casos pode deixar que executem até 3 ou 4 vezes, sempre tendo momentos para discutir o que fazer
para ter melhor desempenho e colocar em prática as ações sugeridas.

DISCUSSÃO:
 Depois de terminada a atividade o facilitador pergunta ao grupo:
1-    Como se sentiram durante a atividade?
2-   Conseguiram executar o barco? Se não conseguiram, por quê? O que faltou? Se conseguiram, o que fizeram para isso?
3-   Quais as dificuldades que sentiram? O que são deficiências? Elas são só físicas?
Levar o grupo a perceber que foram as limitações impostas que dificultaram ou fizeram com que não conseguissem
executar o trabalho. Lembrar que conseguiram facilmente, desenhar o barco na primeira tentativa, já que não havia
limitações ou deficiências? Enfatizar que deficiências todos trmos: não só físicas, ser cego, por exemplo, como podemos ter
dificuldade para aprender matemática.., ou falar em público, etc.
4-    Perguntar: Essa experiência pode ser transportada para o nosso dia a dia? Frequentemente, encontramos pessoas com
dificuldades/ “deficiências”? Como, geralmente lidamos com elas? Será que todos nós em algum grau temos alguma
deficiência? Como podemos lidar com tudo isso? O que é BUILLYING. Será que esta prática é nova ou sempre existiu
com outros nomes.
Levar o grupo a refletir sobre como tentamos rotular e afastar as pessoas com dificuldade.   Não respeitamos as diferenças
individuais e por isso tentamos enquadrá-las aos nossos padrões. Todos somos diferentes e temos qualidades e aspectos a
melhorar e que o convívio se torna melhor quando são respeitadas estas diferenças. Que podemos nos voltar para a ajuda
ao próximo e não para o julgamento.
       Que os rótulos são dados a partir de preconceitos e estereótipos. Que todos podemos   
       vencer nossas dificuldades com esforço e ajuda mútua. 
Perguntar-: O que o BUILLYING pode acarretar na autoestima da pessoa? Há casos onde a pessoa tem que deixar de
frequentar alguns lugares para se preservar ou porque não suporta mais viver com todos os preconceitos. 
Há, também, rótulos positivos. Por expl.: O bom aluno. Mesmo sendo positivo isso ajuda a pessoa rotulada? Ela pode se
sentir tão pressionada que pode também não aguentar.

CONCLUSÕES:
Todo tipo de preconceito, rótulos e estereótipos são prejudiciais às pessoas e relacionamentos. É preciso que aprendamos o
respeito, a paciência e tolerância para que tenhamos relacionamentos mais saudáveis e, por conseguinte uma vida mais
saudável.
Que todos nós temos “deficiências”, mas que precisamos saber lidar com elas. Que o não julgamento dessas “deficiências”
facilita em muito a superação delas. Que todos podemos nos ajudar e respeitar para que nos desenvolvamos cada vez mais.
Todos podemos melhorar, basta querer e acreditar que podemos. E quando recebemos aceitação e ajuda as coisas ficam
ainda muito mais fáceis. 
Desejamos que esta aula seja portadora de grandes frutos para vida de seus alunos!

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