Você está na página 1de 5

Aglutinação direita e indireta.

Aglutinação é uma reação entre a ligação do anticorpo e antígeno particulado,


ou seja, ocorre o agrupamento de partículas, geralmente a molécula de
anticorpo que irá se ligar na superfície do antígeno de partículas adjacentes.
Em virtude disse obtemos a aglutinação direita e indireta.

Aglutinação direta obtém o antígeno como parte natural da célula insolúvel,


assim ocorrendo aglutinação desta, pelo anticorpo. Em consequência disso,
seus testes ocorrem em tubos, que serão incubados a amostra de soro em
diluições seriadas na presença da concentração de antígeno, logo após 30 a
90 minutos de incubação, irá verificara formação dos agregados visíveis, pode-
se também realizar o recurso de corar as células bacterianas e realizar o teste
em lâmina ou placa. A partir disso obtém teste como a identificação de
antígenos eritrocitários na tipagem sanguínea e reação de Widal (febre tifóide).

Aglutinação indireta/ passiva é um método que emprega a adsorção de


anticorpos ou antígenos solúveis proteicos ou polissacarídeos em uma
superfície de micropartículas inertes, de modo que não interfira na reação,
como o látex, utilizado na maioria das vezes. Assim obtemos como testes
laboratoriais que emprega esse método do ASO – Antiestreptolisina O,
Proteina C Reativa e Fator reumatoide.

Hemaglutinação direta e indireta em placa de 96 poços.


A hemaglutinação direta envolve um método em que o antígeno estará
associado na própria hemácia, ou seja, o antígeno irá realizar a aglutinação da
hemácia, como exemplo o antígeno da rubéola, sarampo e influenza

Inibição da hemaglutinação direta seu método ocorre pela competição entre o


antígeno agregado a hemácia e o antígeno solúvel pelos sítios de ligação do
anticorpo, de modo que o grau de inibição estará relacionado com a quantidade
de antígeno presente na amostra e sua afinidade com o sítio de ligação do
anticorpo.
A hemaglutinação indireta envolve um processo em que irá sensibilizar a
hemácia com antígeno, de modo que a adsorção irá ocorrer em cima dela. A
hemaglutinação indireta pode ser qualitativo, que irá definir se uma amostra é
reagente ou não, e quantitativo ou para titulação, confirma os resultados das
amostras reagentes.

Todas estas reações citadas anteriormente são realizadas em placa de


microtitulação de 96 poços, colocadas contra a luz ou em espelho próprio, de
forma que quando reagente as hemácias são distribuídas de maneira
homogênea em formato de tapete, ocupando 50% ou mais do fundo da placa e
não reagente as hemácias de acumula no fundo do poço, dando o formato de
botão.

Floculação e imunocromatográfico.

A floculação é um teste imunológico que se baseia em uma molécula de


colesterol marcada na sua superfície principalmente pela cardiolipina, de modo
que irá pesquisar anticorpos anticardiolipínicos, chamados de reaginas.

A lesão pelo treponema faz com que os antígenos tipo cardiolipina fiquem mais
expressos no organismo, ou seja, o paciente passa a produzir anticorpos
contra esses antígenos próprios.

Com isso ocorre a formação de micelas, que são estruturas arredondadas, e a


partir destas, resulta na floculação, a floculação em si nada mais é flocos ou
grumos, grandes ou pequenos, que podem ser vistos a olho nu em alguns
testes, mas com o auxílio do microscópio.

A floculação é teste muito utilizado para detecção da sífilis.

O teste imunocromatográfico é mais conhecido como o teste rápido, nele irá


obter uma região solúvel, caracterizado pelo conjugado do teste, nele que irá
adicionar a minha amostra analisada, nesta região está associado a coloração
insolúvel, como o ouro coloidal (róseo) ou o prata coloidal (azul marinho) ao
revelar a interação antígeno-anticorpo. Este conjugado pode ser marcado tanto
com o anticorpo como o antígeno, dependendo o teste. É importante mencionar
que no teste imunocromatográfico possui regiões fixas, que a partir delas irão
me dar o resultado, exemplo da região que contenha IgG, se na reação
estudada tiver anticorpos contra IgG, este irá capturar e promover a reação
naquela região.

Para interpretar os resultados como positivo, irá apresentar duas linhas


visíveis, sendo a região do controle e a região teste, de modo que a
intensidade da cor da região teste pode variar de acordo com a concentração
presente na amostra. Negativo, seria quando obtém apenas a linha da região
controle. Invalido, não apresenta nem a região controle.

Lembrando que neste teste o reagente passa a ser marcado.

Imunodifusão simples e dupla.

A imunodifusão é um teste baseado na difusão de substâncias solúveis por


meio de movimentos moleculares ao acaso em meio gelificado, como ágar ou
gel de agarose. Estes movimentos ao acaso irão ocorrer até formar
imunocomplexos de elevado peso molecular, de modo que dependendo de seu
tamanho, ficam imobilizadas no gel, assim permitindo a visualização como
turvação nítida, que é o imunoprecipitado. Em consequência disso, obtemos
técnicas radial simples e radial dupla.

A imunodifusão radial simples, consiste em uma variação quantitativa, de modo


que o anticorpo é uniformemente distribuído no gel e o antígeno (amostra) é
aplicado e tende a difunde radialmente no formando um halo de precipitação
circular em torno do orifício da amostra. A formação do tamanho do halo
precipitado é proporcional a concentração presente na amostra. Esta técnica é
utilizada principalmente na quantificação de proteínas como imunoglobulinas,
fatores de completo, proteínas de fase aguda, cadeias leves e proteínas de
transporte.

A imunodifusão radial dupla, também conhecida como difusão de Ouchterlony,


é uma técnica semi-quantitativa que consiste no princípio de ambos os
reagentes, ou seja, um antígeno desconhecido e moléculas de um anticorpo
poliespecífico. Ambos os reagentes irão se difundir no meio, de modo que se
encontram, sendo visualizado como uma linha ou banda de precipitação.

Imunofluorescência indireta e sanduíche.


A imunofluorescência é uma técnica que permite detectar e localizar o
anticorpos/antígenos em células e tecidos utilizar anticorpos marcados, este
com fluorocromos, assim tornando visível ao microscópio de fluorescência.
Dessa forma, obtemos a imunofluorescência indireta e sanduiche.

Para entender melhor, vamos mencionar a imunofluorescência direta é um


método que consiste em detectar diretamente os antígenos, utilizando
anticorpo antígeno-específico marcado com o fluorocromo. Pode ser utilizado
para detectar antígenos em tecidos biológicos, sendo raramente quantitativo.

A imunofluorescência indireta compreende o anticorpo presente na amostra


que irá reagir com um antígeno específico fixado em uma lâmina, que após sua
lavagem é adicionado um anticorpo secundário conjugado marcado com
fluorocromo. Uma das vantagens desta técnina é a possibilidade de obter uma
fluorescência mais evidente, já que o anticorpo marcado irá se ligar apenas aos
anticorpos primários.

Por fim, a imunofluorescência sanduiche nada mais é que uma


imunofluorescência indireta, de forma que o antígeno fica entre dois anticorpos.

Elisa indireto e sanduíche.

Elisa é uma técnica utilizada para quantificar a concentração de antígenos e


anticorpos, por apresentar grande sensibilidade e especificidade. Nesse
método, uma enzima é covalentemente ligada a um anticorpo específico que
reconhece um antígeno alvo. Caso ocorra esse reconhecimento, a enzima irá
reagir com um substrato incolor para produzir um produto colorido. Se o
antígeno estiver presente, o complexo anticorpo-enzima irá ligar-se a ele e a
enzima catalisará a reação. Então, a presença de produto colorido indica a
presença de antígeno.

Para entender melhor o Elisa direto é quando o antígeno/alvo está ligado na


placa, e um anticorpo (AC) primário já conjugado com um emissor de cor ou
fluorescência é colocado diretamente sobre o alvo. A sensibilidade deste tipo
de ELISA é a mais baixa e quase não é usado.
Dessa forma o Elisa indireto é semelhante ao direto, mas se utiliza um AC
secundário marcado. Apresenta maior especificidade no teste, por usar o AC
secundário.

O Elisa Sanduíche é o ELISA mais comum, e parte do princípio de ter o


anticorpo de captura específico para o alvo já adsorvido em uma placa (ou
deixado para se ligar à placa overnight, o que chamam de sensibilizar a placa),
e a amostra é adicionada na placa, incubada, e os analitos-alvo se ligam ao
seu AC de captura, e ficam aderidos à placa. Então um outro AC específico
para o alvo é adicionado, e um AC secundário marcado, que tem como alvo o
AC colocado anteriormente é adicionado. Possui grande sensibilidade e poder
de amplificação do sinal.

Você também pode gostar