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: :-"1; Je Almekfa
, . PsicófóO!I
Direção Editorial
Produção Editorial
SAIDUL RAHMAN MAHOMED
EQUIPE QUALlTYMARK
editor@qualitymark.com.br
Capa
Editoração Eletrônica
WAGNER DIAZ
EQUIPE QUALlTYMARK
1a Edição: 2002
Ia Reimpressão: 2003
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
M 88h
Militão, Albigenor
Histórias & fábulas aplicadas a treinamento. / Albigenor & Rose Militão. _ Rio de
Janeiro: Qualitymark Ed., 2002.
160p.
Inclui bibliografia
ISBN 85-7303-374-6
o -1228
CDD 158.2 "A Deus pela vontade, saúde, garra e parceria de Nós Três.
CDU 159.954.4
Aos nossos clientes, amigos, treinandos, par,c~iros,. Equ~pe Q~alitymark e
Equipe ImagemDomínio pelas histôrias vivenciadas Juntos.
2003
IMPRESSO NO BRASIL
I I n••, nu Mil 11 v
'Tôda história que se preza,
co;meça com.,..,
peramos, sinceramente, que você aproveite e que este livro -,-~--:""",~ =~Parte1i:'" ~U'AH.1~T6~,U~_
\
I vu ti seus propósitos: estimular, emocionar, ensinar, aprender, ,- -' 1. Proativo versus reativo, 3
\
tuu Lir, horar.... trazer, para você e seus treinandas, lições e aprendi-
2. .:« a vacafoi pro brejol, 5
, I tos para a vida.
3. Uma estória de sapo, 7
Obrigado por você fazer parte da nossa história! Receba um
4. Perseverar, sim.', 10
ibra ,de nós dois.
5. A crise, 13
6. Os lenhadores, 15
7. O menino e o bombeiro, 17
8. O passarinho, 19
9. O incêndio na floresta, 21
10. Estrelas-do-mar, 23
11. Alface ou mangueira?, 24
12. Almoços grátis, 26
13. Os quatro animais, 28
14. O maior talento, 30
15. O caminho do bezerro, 31
16. O elefante e os cegos, 33
17. O padre teimosa, 35
18. Ofeixe de lenha, 37
19. Os dons de Deus, 38
20. Carinhos quentes, 40
"'",
.••.••
ri
XI
Albigenor (# Rose Militão
x Alblgenor &o Rose MlIltão
21. ,\'tr sfiltros, 43 49. O carpinteiro, 98
22. O casal silencioso, 45 50. O sapinho e a cobrinha, 99
23. O gole d'água, 47
24. Como eu.amei essa mulhert, 50
25. Jóias de valor, 51
26. Pequenas coisas, 54 1. Bênção, 105
27. Os sons dajloresta, 56 2. Mude, 105
28. Mapa-múndi, 58 3. A morte devagar, 108
29. Oportunidade perdida, 60
4. A urgência de viver, 109
30. O bebê enjeitado, 62
5. Oparadoxo do nosso tempo, 110
31. A cobra e o vagalume, 63
32. Afrigideira~ 65 6. É tempo de mudar, 112
33. A rebelião contra o estômago, 66 7. Algo para se pensar, 113
34. Tirem a pedral, 69 8. Pai nosso, 114
35. Moisés e Ramsés~ 71 9. Para que serve um amigo?, 115
36. A corrida de bigas, 73
10. O farmacêutico e o menino, 116
37. A parábola dos talentos, 74
38. Águia ou galinha?, 76 11. Salmo 23, 117
39. A caneca de chá, 78 12. Riscos, 118
40~ A garota e os monges, 82 13. Desejo a você, 119
41. A maiar lição, 83 14. Pessoas estrelas e pessoas cometas, 120
42. A carpintaria, 85
15. Aproveite o momento, 121
43. A parábola do semeador. 87
16. Receita de ano novo, 123
44. A cidade, 89
45. Os azares de uma festa de aniversário~ 91 17. Um dia você aprende, 124
46. O sítio 93 18. Conselhos de Jetro, 126
47. Construindo pontes. 94 19. Metade, 128
48. O cachorrinho esperto. 96 20. O que é amar?, 129
XII q
Bibliografia, 141
XIV
Albisenor ", Rose Mil/tão Albisenor ", Rose Militão XV
EISCOLHA SUA
HI:S,T'ÓRI:A
~:~a~~~~~~fd~
.
~~~~:~~~ ~~~i::'Sp:~~~~
;~~:':~~~~~:t:~:;;,,~r
icazes, estacam-se com mais facilidade e tornam-se
ram do sítio, o mestre ordenou ao discípulo que ele pegasse a vaca e a
atirasse num precipício. O jovem, surpreso, não só se chateou como
mais aptas a. ~xercer novas funções, novas atribuições e conse Ü ficou revoltado com a atitude desumana do seu mestre: <: Como pode-
temente, ter êxito - na vida pessoal e profissional. ' q en- mos destruir a única fonte de sobrevivência dessafamília?"
Relutou um pouco, mas limitou-se a cumprir a ordem do mestre.
Alguns anos depois, o jovem, retomando sozinho àquela região, resol-
veu dirigir-se ao sítio daquela família que lhes hospedara.
terra era fértil e boa para legumes e frutas. Fomos, aos poucos, crian-
L gosto e hoje é essa beleza que o senhor está vendo, Graças à perda
da nossa vaquinha".
0' Objetivo
~ .
Albigenor ~ Rosc Militão Albigenor ~ Rosc Militão 7
•• SOl( 11I11 ·\'(IeO, ora!" - r 'spond 'U () urunho visitant .
" M IS, S tpo sou eu!" - qucstion u O hal itaruc do buraco. Li lio
.,- J~U.lI! L i!"
.. - surpreendeu-se, mais. uma
. v e z, o sapo do bura-
'0.
<: M zu amigo, existem milhares de sapos no mundo lá fora. "
I' 'lru 1o Litro. -: Sim, meu amigo. Sapo pula. E, a propósito, você não gosta-
Mundo láfora?! Como assim?" - indagou o dono do buraco.
«:
ria de ir comigo?" . .'
«: É, meu amigo ... o mundo lá fora é maravilhoso. E uma das "- Pensando bem, com esse negócio de <homem'... ~e '~obra ...
(·OI.\'ClS que faz com que ele seja mais maravilhoso ainda, são umas cri-
desses perigos todos que você falou, acho melhor n~o. Prefi:o fi~ar tor
tturinhas especiais, razão maior da nossa vida de sapo: as sapinhas. aqui. Pelo menos, aqui eu já sei que tá bom. Pode ir ... eu to multo em
aqui. "
"111 disso - continuou ele - é magnífico o entardecer, quando ficamos
I nlasjuruos, cantando nas lagoas e nos alimentando dos mosquitos que E ali ficou o sapão: gordo, feliz, inchado e acomodado.
votun desgovernados. "
111
"- Lagoas?.' Mosquitos?.' - mais surpresas para o velho e aco-
dado sapo.
o Objetivo
Ressaltar a importância de sair da zona de conforto, ousar, ar-
E tem mais: quando anoitece, é lindo o céu cheio de estre-
«:
riscar, empreender.
las!" - ressaltou, romanticamente, o sapinho sapeca.
<: Epa! Aí você não me pega. Eu, também, todas as noites, con-
sigo contar quatro a cinco estrelas, vistas daqui de casa. " - gabou-se o o Sugestão de Aplicação
ti' rnodado.
Ideal para ser contada a grupos onde o enfoque sej.a mudança.
<: Não, meu amigo. Vemos milhões e milhões de estrelas ... " Reforçar a necessidade de sair em busca de outros cammhos.
E, assim, o sapinho foi dissertando sobre as belezas e vantagens É uma fábula excelente para ser aplicada em workshops de
do mundo lá fora, Mas, parou um pouco e, reflexivamente, prosseguiu: planejamento estratégico, principalmente antes de o, grupo res-
"- Por outro lado, tem um bicha terrível, do qual precisamos ter muito ponder e listar a velha pergunta: O que nos ameaça no nosso ne-
cuidada e que não tem reconhecido o quanto somos úteis no processo gócio?
fi, quilibrio do meio ambiente... quando a gente menos espera, ele
'li iga, de repente ~ chuta a gente e a gente rola, rala, que parece uma o Aprendizado
bola murcha ... joga sal no nosso dorso ... coloca álcool em nossas cos-
tas e depois (ai!) ateia fogo e a gente sai pulando, pulando, no desespe-
ro das labaredas queimando o nosso corpo: é o bicho-homem. Além do É reciso experimentar "sair da zona de conforto. Vimos o exemplo
homem, tem outra bicho traiçoeira, peçonhento, e que precisamos estar de dOi~ "sapos" ou "gentes': um, acomodado, preguiçoso, enfurnado no
sempre em alerta: as cabras. Mas, é bom. Bom, não ... é maravilhoso seu mundinho limitado, curtindo a felicidade ao seu modo; o outr?, en-
viv r e amar nesse mundão todo lá fora! ... Bem, tá ficando tarde. Eu tusiasmado, ágil, criativo, buscando sempre coisas novas, ambientes
li 1U dar um pulinho e continuar meu passeio. " novos, novos amigos, novas realizações.
Que tipo de sapo você está sendo? Acomodado, medroso, gor.do e
ultrapassado? Ou um sapinho sapeca, que arrisca, mesmo consciente
dos perigos? Que sai do buraco.
8 :j;WW,j;O'I),.;:cúav,ó,-j":,::';''',+,>",·,;;i<:.",.,lli'i',:.'.:'';,o;::>.A00d',·:';:".>;i~JiE-,·,',,·'j':::;'
Albigenor & Rose Militão
Alblgenor & Rose Militão 9
f r I xl t m multo p rlgo ,m , m comp nsaç o, também uv LI achou mais. av LI n utro., noutr lugar, achou de
v xl t m col as extraordinárias a serem descobertas e realizadas por
n v . A gu a esposa, sabiamente, disse: «: Se nós dermos com a
llngua nos dentes, vamos ficar ilhados. Vai ser uma corrida louca pra
á. Acho melhor a gente tentar convencer algumas pessoas da nossa
família a fazer o que nós fizemos. Compraremos máquinas, consegui-
remos licença para mineração, contratamos quem for necessário e aí
nós vamos ficar muito ricos!" E assim fizeram: em menos de três meses
estavam de vento em popa garimpando ouro, muito ouro.
Mas, em pouco tempo, o ouro começou a ficar escasso e, natu-
ralmente, o sonho milionário foi se desmoronando. As cobranças ao
é a história verdadeira de um vendedor, que morava na re-
ESTA
Debye sua esposa eram constantes: <: Vocês disseram que nós íamos
p'. d
Colorado (EU~.). O relato que vamos contar é verdadeiro e
ficar ricos ... e, agora, o que produzimos só está dando para cobrir des-
11 ou; eu por volta do final dos anos 50 ... início dos anos 60. Deb era
o H LI nome. Era casado e não tinha filhos. y pesas de manutenção e pagamento dos trabalhadores!"
Depois de muitas críticas, Deby resolveu: <: Vamos vender
Insatisfeito com a sacrificada rotina de vendedor um di .
'flp S . d ' Ia sugenu tudo. Pelo menos a gente recupera o capital empregado... Cada um
.' ,. a que gostana e vender tudo o que tinham, comprar um peda o
retoma ao seu antigo trabalho, inclusive eu, que vou voltar pra minha
ti t .na e começar a fazer algo diferente. Depois de muito insistir Ja
I rmmou cedendo. ' vidinha de vendedor." E assim fizeram: venderam as terras, meio im-
prestáveis, para uma construtora e cada um retomou às suas origens .
. .i., E assim, fizeram: venderam a casa, algumas outras posses e ad- Por volta de um mês depois, Deby estava andando por uma calçada,
qumrarn uma area bem razoável de terra. Lá, construíram uma outra
segurando a sua pastinha de vendedor, e ficou curioso ao ver uma man-
';ISU, cavaram um poço e começaram a trabalhar na terra. Num belo dia chete nurnjomal: -
. . ~ateu com a enxada numas pedras estranhas e... despretensiosa~
III nte, lavou-as, colocou-as numa mochila e foi até à cidad " h DESCOBERTO O MAIOR FILÃO DE OURO DO PLANETA!
ond pr'o'curou um ounves. e vizm a '
Como ele havia trabalhado com ouro até pouco tempo, nada
O ourives analisou cada uma das pedras e, finalmente curio- mais natural a curiosidade. Aproximou-se e viu uma foto que lhe fez
,'{ , perguntou ao Deby'" O d h . ' acelerar o coração: reconheceu uma das suas máquinas e o novo pro-
A '" - n e o sen or conseguiu estas pedras?"
o,que ele respondeu: - Olhe, moço ... elas estavam no fundo de um prietário das terras. Embaixo da foto, uma legenda:
I uu lá em casa e me eram parte da herança de minha avó daí eu
J~lerer saber se elas têm algum valor." O ourives voltou'~' f I "Se os antigos donos tivessem sido perseverantes, não
UISflC' "<Re I tIL a ar e tivessem desistido e, por outro lado, tivessem cavado um
... a mente, e as va em um bom dinheiro ... isto é ouro!"
. O Deby fic~u numa felicidade contida, mal esperando che ar metro a mais, a partir de onde a máquina ficou parada,
(111, asa para contar a esposa a grande notícia. g teriam encontrado o que nós encontramos. "
Chegando em casa, pegou-a pela mão e saiu com a enxada na
nutra, e foram até o local onde ele havia achado as pedras. Naquele momento, ele disse que tinha duas opções: dar um tiro
na cabeça ou ... levantar, sacudir a poeira, dar a volta por cima e dizer,
10
Albigenor ~ Rose Militã~ Albigenor ~ Rose Militão 11
v m no esquecimento .., na hora de desistir, é bom refletir, buscar aju-
/' 111/ 11/(/11/ -onvl 'r p rtlr d ho]
o: m qualquer situação da da, parceria ... é hora de CAVAR UM METRO A MAIS!
mlnh vlc}. 1 J8m Is,deixarei de CAVAR UM METRO A MAIS! Cavar um metro a mais ... na vida profissional, nos projetos pes-
I luto, a,l arttr, daqu le dia cl não mais foi vendedor e passou soais, na relação conjugal, no diálogo com os filhos, na relação com
1 IlIz I' pai ,stras 111 entivando as pessoas em como não desistirem d Deus.
I 'us prop JlOS, os
,'. ,Sla .his,tólia veio à, to?a, publicada num exemplar da Revista
I (J~ tuu . A repórter, em ~elO a entrevista ao Deby, indagou-lhe: "Qual
I I (:~( o do seu sucesso? Ele lhe respondeu, mostrando uma pequena
pln n louro que estava numa prateleira da sua estante:
14
Albigenor & Rose Militã~ A1bigenol' & Rose Militão 15
um Indo, () ')V '111, forte, robusto in .unsãv I, mantinha-se H vinda das p 5S as para pr pri event que viem s fazer
r Ime, I as suas árvor i. Do utro, o velho I nhador, d envol-
'OJ'tUI1
aqui?
vende S LI trabalh , silenci so, tranqüilo, também firme e sem de-
monstrur nenhum cansaço,
0' Aprendizado
Num dado momento, o jovem olhou para trás a fim de ver como
istava velnc lenhador e qual não foi a sua surpresa, ao vê-l o sentado,
j vem riu e pensou: "Além de velho e cansado, está ficando tolo; por
I• É PRECrSO PARAR, PARA ... AHOLAR O HACHADO!
/(' ,lSO não sabe ele que estamos numa disputa?" E assim, ele prosse- v' Repensar as ações e estruturas internas,
v' Dar uma parada nas áreas de trabalho, possibilitando maior e
pUIlI cortando lenha sem parar, sem descansar um minuto,
melhor reflexão sobre o desempenho das tarefas do dia-a-dia.
Ao final do tempo estabelecido, encontraram-se os dois e os re- < Trelnar. Desenvolver-se continuamente,
pr 'S ntantes da comissão julgadora foram efetuar a contagem e medi-
'li e, para admiração de todos, foi constatado que o velho havia corta-
d duas vezes mais árvores que ojovem desafiante.
Este, espantado e irritado, ao mesmo tempo, indagou-lhe qual o
s gredo para cortar tantas árvores, se, uma ou duas vezes que parara,
?
apen~s para olhar, v~lho estava sentado bem tranqüilo, enquanto que
le nao parou um so mmuto. O velho, bastante tranqüilo, respondeu:
UM garoto de seis anos estava morrendo, vítima de Ieucemia.
-.,/> -, ~-',.\.,.- :;:'-h~,': 'i<", ,»., ;i::!~,.• ~ ':'.-;>;- .<,<,:.. ,tf,.- ::'ii.• /? ,->,',';=,:,;.,;,,;,y_,___ . _,., Sua mãe, consciente da gravidade da doença, resolvera fazer tudo para
vezes que. )',oce"!:.(! VIa a~senta4o, eu. não agradar ao filho, Estava ao lado dele em todos os momentos e queria
a"siinplesmenteparado,dêscansa· . muito que nada lhe faltasse,
u-ésiava amolando o meumaêhado. Certo dia pegou a mão do filho e como que ignorando o pouco
tempo que lhe restava, perguntou: <: Filho, o que você gostaria de ser
0' Objetivo quando crescer? Você já imaginou ou sonhou o que faria da sua
vida?" O garoto, num lampejo de felicidade, respondeu: Mamãe, eu
H_
Intemalizar bem o conteúdo da estória. Em seguida, trabalhar Se o seu filho estiver pronto às sete horas da manhã, faremos dele um
com o grupo o significado de amolar o machado. Fazer o link com bombeiro honorário por um dia. Ele ficará conosco no Corpo de Bom-
beiros, comerá conosco. sairá conosco em todas as chamadas de incên-
'16
Albigenor " Rose Militão Albigenor " Rose Militão 17
l/o, (',(/illl, fi todo ') noss J tral. dito. Ali! Ainda podemos
'olllprllllwr,
Sugestão de Aplicação
.Ia ,. mais: s a S uih ora nos d r as medidas do garoto. tons guir mos
1111/ uniforni > de b tnb ira para ele - com chapéu, botas de borracha Reflita com o grupo como eles estãorealiza~do o trabalho n,o
luvas. ti ser. t um bombeiro mirim de verdade. " dia-a-dia da empresa. Será que só fazem o estntamente ~ecess~-
im aconteceu. O garoto saiu do hospital para o seu glorioso
A rio? Os erros repetidos, a falta de motivação ... faltando vmte rm-
dia d b mbeiro mirim e não cabia em si de contente. Acompanhou três nutos para sair, todos já estão de "bagagem" arrumada.
.harnadas de incêndio, andou em várias viaturas, na caminhonete dos Na vida de cada um, quantos já se perguntaram: eu posso fazer
purarnédicos e até no carro do chefe dos bombeiros. melhor?
A alegria que aqueles bombeiros proporcionaram ao menino lhe
scentou ainda três meses de vida, até que, numa noite, sua situação
I 'I' 0' Aprendizado
v It u a se agravar e todos os sinais vitais começaram a cair drastica-
111 .nte, I• EU POSSO FAZER HELHOR!
A mãe lembrou do dia em que o seu filho realizou seu sonho de Vivemos na era da valorização do ser humano. Nunca se ~alou
s r bombeiro e como havia sido bom pra ele. Telefonou para o chefe tanto em iniciativa, vontade de fazer as coisas, dar o melhor de SI. Eu
ti bombeiros e solicitou que enviassem um bombeiro uniformizado ao posso fazer melhor é o diferencial das pessoas de sucesso, aquelas
que fazem a diferença.
h pital para estar com o garoto nesses últimos momentos da sua vida.
O chefe dos bombeiros disse que atenderia o seu pedido e res-
p ndeu: «, Nós podemos fazer melhor! Estaremos ai em poucos mi-
nutos. Por favor, avise à direção e às pessoas do hospital que quando
virem as luzes e a sirene tocando, não se tratará de incêndio _ será
apenas o Corpo de Bombeiros que veio visitar um dos seus melhores
til mbros. Ah! Por favor, abra as janelas do quarto. " ..-.. :
o~
~.
Cinco minutos após, um caminhão com sirene, guincho e escada EXISTIA próximo a uma pequena cidade, uma casinha bem
hega ao hospital e vários bombeiros entram e entregam ao menino uma simples, no alt~ da serra, onde morava um velho, sábi~, ~ontador de
medalha e o uniforme de Bombeiro Honorário. O olhar do garoto vai estórias, uma pessoa querida e respeitada por todos que VIVIamnaquela
m direção ao chefe dos bombeiros e pergunta: "- Chefe, sou mesmo
um bombeiro, agora?" re~~. .
Certo dia, um grupo de garotos travessos e com energia trans-
"- Sim, filho ... um dos melhores. " Ouvindo aquelas palavras, o bordando, tiveram uma "brilhante" idéia:
menino sorriu pela última vez.
"- Hoje nós vamos desbancar aquele velho! Vamos mostrar
0' Objetivo pra ele que ele' é capaz de errar. A gente pega um passarinho, bel~
pequenininho, coloca entre as mãos, vai até ele e pergu~ta o que e
Esta história é excelente para grupos em que o facilitador que a gente tem na mão. Como ele é sábio, facilmente VQl responder.
queira trabalhar proatividade, iniciativa e envolvimento com o
trabalho.
Aí é que a gente ferra ele: vamos pe~gu.ntar, =: que ele acertar
que é um pássaro, se o passarinho esta VlVO ou esta morto. Se ele res-
18 .0.<,
Ob}dlVlJ
ntc S a uando v cê sentir ncc ssiclacle de reforçar com-
10 ~k-~
pr mis os pessoais, envolvimento, engajamento em algum proje-
UM homem estava caminhando ao pôr-do-sol em uma praia de-
t , tc.
" rta. À medida que caminhava, começou a avistar um outro homem,
ti re vinha em sua direção, mas, ainda, um pouco distante.
0' Sugestão de Aplicação Percebeu que ele se inclinava, apanhava algo e atirava ao mar.
Às vezes, nos nossos grupos, encontramos pessoas que dizem 'azia isso repetidamente. Intrigado, ele se aproximou ainda mais e per-
não valer a pena qualquer tipo de mudança de atitude, pois depen- ebeu que o que o homem lançava ao mar eram estrelas-do-mar, que
dem de outras pessoas: o chefe imediato, o dono da empresa, o haviam sido levadas para a praia. Uma a uma, ele arremessava as estre-
colega do lado, o marido, a mulher, o governo, etc. las de volta ao mar.
Essa historinha, pela objetividade da aplicação, é bastante útil Aproximou-se do homem, cumprimentou-o e questionou porque
em momentos como esses. Chame as pessoas para um compro- ele estava fazendo aquilo. O homem respondeu: H_ Estou devolvendo
metimento pessoal. Diga-lhes que vale a pena fazer o seu melhor. estas estrelas-do-mar ao oceano. Com a maré baixa, elas ficarão im-
possibilitadas de sobreviver sem oxigênio. " O outro retrucou: "- Mas,
0' Aprendizado deve haver muitas estrelas-do-mar nesta praia. Provavelmente, você
não será capaz de apanhar todas elas. Será que o senhor não vê que
I• EU ESTOU FAZEN7)O A HrNHA PARTE! não fará diferença algumarl"
O homem sorriu, curvou-se à areia, mais uma vez, apanhou ou-
Esta frase é o grande aprendizado dessa história. Se cada um fizer tra estrela-do-mar e jogou de volta às águas. Em seguida, disse: Está H_
a sua parte, como deve ser feita, certamente o resultado geral será ex-
celente. Se todos os bichos se juntassem e unissem o fazer pessoal de vendo?! Fiz diferença para aquela. "
cada um, eles não teriam que esperar por alguém para apagar o fogo.
Rapidamente ele seria apagado e nenhum deles precisaria fugir em
busca de outro lugar. 0' Objetiva
Faça a sua parte. Envolva-se naquilo que você está fazendo. Não
Da mesma forma que a história O incêndio na floresta", esta
H
23
Alblscnor ~ Rosc Milltão
22 Alblsemor ~ Rosc Milltão
til
Faça a ,diferença! Ce~amente, você perceberá que é muito gostoso também cresce, vai ficando frondosa, floresce e vêm as mangas, os
- melh?rara sua auto-estima, será exemplo e, conseqüentemente, fará frutos ... e, ano após ano, cada vez mais, vai produzindo. Diante disso,
de voce uma pessoa melhor. . gostaria de lhe fazer a seguinte pergunta: a senhora gostaria que o seu
filho fosse alface ou mangueira? Retendo-o aqui, certamente ele irá se
acomodar e ficar limitado, não passar do que ele já é hoje. Permitindo
que ele se vá, a senhora terá, no futuro, frutos, e agradecerá sempre a
, Deus pelo filho que Ele lhe deu. "
NUMA pequena cidade do interior, morava uma senhora viúva Enfatizar o combate às situações de conformismo. Aposta no
mãe de um único filho. O rapaz tinha, aproximadamente, de dezessete futuro, na garra e determinação de fazer acontecer.
anos de idade e trabalhava, junto com a mãe, numa pequena lavoura,
[uc Ihes proporcionava o sustento. 0" Sugestão de Aplicação
Chegou o dia da sua conclusão (atingida de forma sacrificada) Excelente para grupos de jovens e grupos de pais. Reflexão
d segundo grau. Aproximou-se da mãe e lhe falou da necessidade de ir acerca desse momento em que vivemos: o descartável, o imedia-
rnbora daquele lugar, pois deveria continuar os seus estudos. A mãe
tismo, a pressa em querer as coisas.
r cebeu a notícia como uma bomba: como ficar sem aquele filho?
O não investimento dos pais no futuro dos filhos, no seu
Item iria ajudá-Ia na lavoura? Se ele fosse embora, além de ter que
acompanhamento diário e, no momento certo, apoiá-los quando
, ntratar outra pessoa, ainda teria que custear as despesas do filho na
'Idade grande. Tudo isso foi terrível para aquela senhora. querem "voar".
25
24 Albigenor ~ Rose Militão Alblgenor ~ ROR Militão
Apr tulizado
"NÃO EXISTEM ALMOÇOS GRÁTIS!"
I• EU5QUE HELHORAR A CADA DIA!
O rei disse: "- Finalmente, vocês acertaram! Parabéns. "
. ~ simbologia da alface são as nossas realizações e conquistas
Imediatas, a pressa do ter e do ser. A simbologia da mangueira é a per-
severança, o investimento, o plantar e regar as sementes e acreditar 0' Objetivo
que o melhor ainda está por vir.
Incentivar a valorização das coisas, das conquistas diárias.
Perseverança. Investimento.
26 -
Albigenor & Rose Militão Alblgenor & Rose Mllltão 27
Objetivo
ssa fábula é excelente para ser contada logo no início de al-
gum treinamento, onde o propósito seja ~eciclagem, busca de
Os bichos da floresta estavam em polvorosa, pois estavam aperfeiçoamento, melhoria de habilidades. E uma das nossas pre-
111 H1' endo, por aquelas bandas, terríveis caçadores, que matavam feridas, além de ser bastante "coringa", ou seja, aplicável em si-
qu rn encontrasse pelo caminho. tuações bem diversas.
Certo dia estavam reunidos, à margem do lago, um pássaro,
p ixe, um coelho e um pato, conversando sobre o que cada um
li li I 0' Sugestão de Aplicação
pod ria fazer, caso algum caçador aparecesse.
Leve o grupo a refletir sobre suas principais habilidades.
Dizia o pássaro: <: Ah, se aparecer algum caçador, eu saio
Como anda sua empregabilidade? Que competências foram adqui-
v iando como um foguete, Com toda a minha/orça e habilidade, não ridas durante os últimos doze meses? Quando você se ausenta da
I im como ele me acertar, pois, ninguém consegue voar mais rápido
do que eu." empresa, em que sua falta é sentida?
Obviamente alguém sempre indagará sobre a necessidade de
O peixe olhou para o pássaro e comentou: "- Quanto a mim, hoje - ser multifuncional, poli valente. A questão não ~ fazer ~e~
s esse tal caçador aparecer, eu mergulho no lago e nado como nun- apenas uma coisa (a era dos especialistas já passou). E necessano
a. Com a minha destreza e velocidade, ninguém nada melhor do que se busque e desenvolva várias habilidades.
que eu. "
O coelho, por sua vez, ponderou: <: No meu caso, não tenho
0' Aprendizado
°
nem que pensar. Corro o mais veloz que puder. Com toda a minha
ilasticidade e leveza, vocês acham que alguém me alcançaria?"
I• EH QUÊ VOCÊ É EXCELENTE?
O pato, demonstrando um certo ar de superioridade, deu um
Experimente fazer essa pergunta pra você. E, avaliando a sua
I asso à frente e declarou: <: Coitados de vocês, companheiros! Tão
resposta, busque o aperfeiçoamento.
limitados! Se aparecer algum caçador, eu não terei problema algum,
O pato é medíocre nadador, voa com dificuldade e corre pior ainda.
pois eu sei fazer tudo isso que vocês dizem que fazem: eu nado, cor- Fazer tudo e não ser excelente em nada, é suicídio profissional.
ra e vôo. No momento certo, utilizo qualquer uma dessas habilida- Como sugestão, ainda, apliqu~ ? d.inâmica-~i~ên?ia "Comp~tên,c~as
des. "
& Carências", do livro "Jogos, Dmamlcas & vtvéncies Gtupeis , pagma
190 - Qualitymark Editora - Albigenor & Rose Militão.
De repente, surge um caçador e, mais que depressa, o pássaro
vou, o coelho saiu em disparada e o peixe entrou no lado e nadou
l em fundo. O pato, porém, foi apanhado. Literalmente, "pagou o
pato". Mesmo tendo todas as habilidades dos demais, não tinha des-
nvolvido nenhuma com excelência.
28 ..
Albigenor ~ Rose Militão Albigenor ~ Rose Militão 29
11I
Sugestão de Aplicação
Depois, refletiu melhor e achou que nas profundezas do oceano I• vALORIZE OS TALENTOS QUE DEUS LHE DEU '.
-, staria mais bem escondido. Continuou achando, que o oceano não O melhor de mim cabe a eu buscar. O esforço é pessoal. E preciso
'ru um bom lugar e repensou: <: Creio que, no espaço, em meio aos farejar as oportunidades e aproveitá-Ias, com talento. Quem tem talento
J lanetas e estrelas, estará bem guardado e será bem mais difícil de ser e competência, se estabelece ... e cresce.
encontrado por qualquer um. "
Mesmo assim, voltou a refletir e concluiu, finalmente: "_ O ho-
11I m é muito curioso. Fatalmente acabará criando aparelhos para ex-
30 - -
Albigenor & Rose Militão Albigenor & Rose Militão 31
, 1111 nho que o I "" 'ITO nhriu " lumh 111, '0111 .urum H usufruir d le. Aprendizado
VI UHl1t f), ' m us SUtiS carroças, descobriram 11 nr pr ci ariam mais
ti »rubar árv rcs para atravessar a floresta: bastaria seguir o caminho do I• INovE 05 CAHINH05 DA 5UA VIDA
b 'l rI' .
As pessoas costumam achar mais prático fazer o que já existe,
Os tempos mudaram, vieram os primeiros automóveis ... o cami- manter os modelos padronizados, não questionar os procedimentos.
11110 do bezerro se transformou numa estreita estrada margeada pela Hoje, tudo muda o tempo todo, no mundo ... É preciso identificar no-
rim sta. Os desbravadores e exploradores resolveram se firmar no tre- vas formas de abordagem ao cliente, descobrir o que o concorrente
está fazendo diferente, para copiarmos aprimorando.
'he da floresta onde era cortada pelo antigo caminho do bezerro, que,
Ser competitivo é fazer um caminho diferente e criativo. Afinal, o
11'( ra, já era uma rodovia asfaltada, palco de um comércio bem diversi-
igual todo mundo já faz!
ri ad
Ao longo dessa rodovia, nos trechos mais íngremes, que outrora
fora caminho do bezerro, pessoas resolveram fazer pontes, viadutos,
pistas duplas ... que continuavam bastante sinuosas, tal qual o antigo
uminho do bezerro.
Os anos, as gerações se passaram ... O caminho do bezerro fez
chegar o progresso naquela região, que ainda abrigava parte da antiga
floresta. CHEGOU um grande circo a uma cidade. Quatro cegos, passean-
E, hoje, tantas gerações depois, os velhos deuses da floresta ain- do juntos, aproximaram-se do local onde o domador estava cuidando de
da riem da ignorância e acomodação dos homens! um dos elefantes do circo. Pararam e perguntaram ao domador se podi-
am tocar no animal, ao que ele concordou.
o Objetivo Um deles, mais alto, de braços erguidos, bateu na orelha do ele-
fante; outro encontrou a barriga; outro apalpou a perna e o quarto segu-
Mostrar o perigo da rotina e da eterna repetição das coisas, rou a tromba. Logo depois voltaram ao seu passeio satisfeitos, porque
sem questionamento, sem a busca de inovação e melhoria, agora sabiam o que era um elefante. E foram conversando, até que para-
ram numa pracinha, assentaram-se e começaram a discutir sobre o ele-
o Sugestão de Aplicação fante:
"- Elefante é apenas uma espécie de ventarola grande, felpuda
A estória pode ser narrada, à medida que diversos "bezerros" no meio, e rugosa" - disse o cego alto.
vão fazendo as diversas situações, semelhantes ou em forma de «: Nada disso - retrucou o que examinou a tromba - eu exami-
metáfora. nei cuidadosamente o bicho. Trata-se de um tubo maleável, pesado,
Ao final de duas ou mais formas do "caminho do bezerro", forte e que se movimenta o tempo todo. "
proceder à discussão do que são, no dia-a-dia de trabalho esses «: Tudo errado! - falou o que tocara a perna. Eu constatei que é
:11
I
Aprendizado
I d. I\qll mulh 'r dizlu qu " quanto mais inrinhos as P .ssoas dessem
III
I m Ihor elas se sentiriam. Era com uma rccarga de novas
(HIII'IIN,
I 1H'l'gins, im forma de carinhos quentes. Os adultos, preocupados, fize-
I 1111 umn lei dizendo ser crime distribuir carinhos quentes sem uma
llccnçn. PAI e filho, na tentativa de purificar a água que utilizavam em
casa, resolveram limpar o filtro que estava na cozinha. Enquanto limpa-
Mesmo assim, as crianças daquele lugar, ainda hoje, teimam em
va, o passou a explicar ao filho a importância de filtrar a água antes de
lrocnr carinho com a pessoa especial.
bebê-Ia. Terminada a limpeza, fizeram o teste e o pai comentou:
Objetivo <: Veja como a água está limpa! Todas as impurezas ficam nos
filtros. O sujo que consegue passar por um, fica no outro ou no outro e
Essa história é quase obrigatória para ser contada a grupos em o resultado final é maravilhoso!"
que as pessoas estejam vivenciando conflitos nos relacionamen-
A mãe, ouvindo o comentário do esposo, aproveitou a oportuni-
tos.
dade e disse: <: Há, também, três filtros que podemos construir dentro
de nós, e são aquilo que de mais precioso alguém pode ter, ao pensar
0' Sugestão de Aplicação que está ajudando ou prejudicando alguém. E não precisa ser de car-
Excelente para encerramento de workshops de Relações Inter- vão. São os filtros da VERDADE, da BONDADE e da UTILIDADE.
pessoais. Assim como você, meu filho, viu o resultado do uso do filtro de carvãc
Após contar a história, distribuir bolinhas de algodão per- um dia vou lhe mostrar o que acontece quando utilizamos esses outros
fumado, dentro de sacolinhas. Falar que é a saco linha de cari- filtros que carregamos dentro de nós.
nhos quentes. Cada vez que estiverem se sentindo carentes de Passado algum tempo, o menino voltou da escola e veio co-
um bom carinho, é só pedir a alguém, que tenha a sacolinha. mentar com a mãe um fato, num tom sensacionalista: "- Mãe, sabe o
Ah! ...o mais importante: não é verdade que os carinhos quen- que disseram da familia do Nelsinho?!"
tes acabam.' Quanto mais a gente dá, mais eles se multiplicam, "- Bem, meu filho, chegou a hora de usar os três filtros internos
pois são inesgotáveis. de que lhe falei naquele dia. Comecemos com o filtro da VERDADE:
Convidar todos, ao som de uma gostosa música, a trocarem você tem certeza de que o que vai me contar é verdade?"
carinhos na sala, usando as bolinhas de algodão. «: Bem ... não sei, não ... só estou repetindo o que disseram. "
«: Pois bem, vamos agora passar pelo filtro da BONDADE (ou
0' Aprendizado amor): se isso que estão falando fosse algo acerca da nossa família,
I• EXPERfHENTE DAR CARfNHOS ... E HAf5 CARfNHOS! você gostaria que fosse espalhado, contado?"
"- Ah! Não! Se fosse com a nossa família, de jeito nenhum."
Recarregue suas baterias de carícias. pois amar se aprende aman-
«: Finalmente, usemos o filtro da UTILIDADE (ou necessida-
do. Treine gostar do outro. Comece já colocando a mão na sua sacoli-
nha de carinhos quentes e distribua a todos à sua volta. de): você acha útil e necessário passar essa notícia adiante?"
Objetivo ERA uma vez um casal de namorados. Ele eram bastante popu-
hamar a atenção para o perigo da fofoca, do disse-me-disse lares e entre os seus amigos e eram identificados pelas suas duas carac-
H m fundamentação, provocando a existência de ambientes tensos, terísticas bem marcantes - ele, a pessoa mais persistente e ela, a mais
.arregados. teimosa.
Apaixonaram-se e resolveram se casar. Após a cerimônia de ca-
0' Sugestão de Aplicação samento, ofereceram uma grande festa na própria casa onde iriam mo-
rar. Fim de festa e lá pelas tantas os convidados foram saindo, um a um.
Excelente história para encontros sobre Relações Interpes-
O jovem casal estava exausto. Começaram a tirar os sapatos, gravata,
s ais, na empresa, na igreja, ou na sua comunidade.
paletó, vestido... quando o mando observou que estavam realmente
Pode ser simplesmente contada ou representada. Ou, ainda, sozinhos, tudo aceso e o último convidado havia deixado a porta princi-
adaptada, trazendo uma situação real já vivida pelo grupo.
pal aberta.
O marido falou para esposa: «: Querida, porfavor, vá fechar a
0' Aprendizado
porta, pois o último convidado deixou-a aberta e está entrando uma
I• AlMrxo A RÁDro-coRREDOR! corrente de arfrio. " A esposa, igualmente cansada, respondeu: <: Por-
que eu deveria ir?! Estou tão cansada quanto você. Além do mais, a
São um perigo informações distorcidas circulando pelos ambientes, distância é a mesma ... Vá você fechar a porta!"
setores. Algo dito, sem a certeza de que é verdade, pode ser desastro-
so. Além de NEM TUDO, MESMO VERDADE, PODE SER DITO, ESPALHA- "- Ah! Então é assim que serão as coisas? Bastou colocar o
DO, SEM O CONSENTIMENTO DO OUTRO. anel no dedo para você se transformar numa grande preguiçosa. " Ela
Nenhuma qualidade nos proporcionará mais amigos do que a dis- retruca e diz: <: Mas, que atrevido você é! Não faz nem um dia que
posição para admirar as qualidades dos outros, ao invés de divulgar estamos casados e você já está me xingando e dando ordens! Já estou
suas fraquezas. Por que disseminar uma fofoca, quando podemos - quase me arrependendo da besteira que fiz, casando-me com você. "
utilizando o princípio dos três filtros - eliminá-Ia?
Durante alguns intermináveis segundos, cada um ficou remoen-
do seus pensamentos, imaginando o pior do outro, até que a esposa teve
uma idéia: "- Nenhum de nós quer fechar a porta. Proponho, então, um
desafia; aquele que falar primeiro, a partir de agora, irá fechá-ia."
Assim, o casal ficou: silencioso.
Ele pensava: "Que mulher atrevida ... Amanhã mesma peço o
As histórias de 22 a 25 nós preparamos para você utilizar nas suas divórcio! Como pude me enganar tanto!" Ela pensava: "Graças a
reuniões de Grupos de Casais. Deus que descobri a tempo o tipo com quem me casei! Se eu me descui-
/1.1',\'(1, I/(I.J I conioçcui« IIlt1'" lan 10 sm mim. Por nada no mundo 'U VOlt preferir, divida m p quenos grup s para um compartilhar
/;-,-//(/r ('SS(/ p irtal'' Ass! m fi 'aram, de frente U!TI para o outro, sem pro- da relação. De qualquer forma, o facilitador ou palestrante poderá
IIIII! -jur' m LIITI'l palavra, sequer. iniciar o seu evento com essa história ou deixá-Ia para o encerra-
mento. Nos dois casos, ela será muito bem-vinda.
N sse tempo, dois ladrões aproveitaram
a porta aberta, entra-
"1111, P \ raram tudo o que puderam e nenhum dos dois fizeram qualquer
movirn nt para impedir. Até as jóias que estavam neles foram tiradas e o Aprendizado
1\ »rhuma palavra ou reação foi esboçada. Ela pensava: "Não é possível
nu: cl não vai fazer nada para impedir. Não posso acreditar que ele
1
I• CONvER5A~ CONvER5A~ CONvER5AR ..·
P(JIJi'c Ir parado!" Ele pensava: "Porque ela não grita, não pede socor- Fala-se muito em excelência profissional. Acreditamos que não é
I(I' Será possível que vai ficar alheia, como se nada estivesse aconte- possível ser um excelente funcionário, gestar, se não houver a busca
c '/'/Uü> Y! ' pela excelência pessoal.
Um dos vizinhos, percebendo os movimentos estranhos, chamou Valorizar a família, o casamento, aplicar conceitos de trabalho em
equipe, motivação, qualidade, no dia-a-dia em casa. Buscar a excelência
I pol] ia e avisou do assalto. Quando chegou a viatura, os ladrões já
11viam saído. Os policiais entraram e um deles tentou interrogar o ca-
°
pessoal na vida a dois é primeiro passo para a excelência profissional.
al. Não obtendo resposta, começou a ficar irritado e gritou para o ma-
rld ,dando-lhe uns solavancos.
Ao ver a cena do marido na mão do policial, a mulher não se
.onteve e gritou: <: Não se atreva! Ele é o meu marido e nós é que
[onios roubados. "
"- Ganhei!" - gritou o marido. "Agora, vá você fechar a por-
I ti"
EXISTIA um homem que vivia insatisfeito, estressado e bastante
infeliz, pelo relacionamento sofrível que tinha com a esposa. Todos os
o Objetivo dias, ambos chegavam cansados dos seus respectivos trabalhos e o que
O objetivo dessa história é chamar atenção para aquelas coisas acontecia entre os dois era um total desentendimento, desarmonia e,
bobas que desgastam a relação a dois e que, às vezes, nem nos conseqüentemente, era impossível haver diálogo.
damos conta. É a valorização de tolices que não valem a pena, no No momento em que ele chegava em casa, normalmente já en-
cotidiano familiar. contrava a esposa que, indignada e não menos estressada com os afaze-
res do dia e mais o acúmulo do "terceiro expediente", começava a falar
e reclamar, sem parar. O marido, por sua vez, não agüentava a pressão
o Sugestão de Aplicação
e, impaciente, respondia em cima de cada palavra - quer gostasse, quer
Como anda a comunicação no seu casamento? De quantas coi- não gostasse. Na verdade, os dois não conseguiam se entender e ele,
sas tolas a relação a dois de vocês está alimentada - como essa esbravejando, saía batendo a porta e só retomava bem tarde da noite. E,
história onde bastaria um dos dois fechar a porta. assim, aconteceu durante muito tempo.
qual normulrn intc lcsuhufuvu, 1\ .ons 111 LI-O ti sentido que 'SICU/LOS us 'guindo .otiversar. O que' que está a .ont ,-
piO -urur urn h m m qu ra tid 'orno Lima p ss a muit b ti apaz, .end ?"
, pt .iullsta '11') ns lhamcnt d casais. crtamcntc, el leria alguma
ti Bem feliz agora, C0m os resultados alcançados, retomou no dé-
I 1111 't I ara seu pr blerna com a esposa. Meio cético, o machucado cimo-primeiro dia à casa do velho. Lá chegando, indagou-lhe qual era o
Illllri I r i pr curar o tal homem. conteúdo milagroso que ele tinha lhe dado. O velho, então, respondeu:
hegando lá, deparou-se com um local muito bonito, uma casa =: Água ... Com apenas um gole d'água na boca, você conseguiu fazer
impl s, fincada em meio a muito verde, pássaros soltos nas árvores, uma coisa que é o calo de muita gente: saber ouvir. "
•• 11 ti , s das cigarras e uma brisa suave, com cheiro de terra batida e
VI'I'tI silvestre. 0' Objetivo
Foi ao encontro do homem e contou-lhe o seu problema com a
t' posa. Após ouvi-lo, o velho homem adentrou na casa e voltou com Esta história tem o princípio de "Os sons da floresta": exer-
duus arrafas - uma maior e uma pequenina. As duas garrafas conti- citar o hábito de saber ouvir, principalmente nas relações familia-
nham um líquido transparente. Entregou-as ao visitante e deu-lhe a se- res - especialmente, entre marido e mulher.
iulntc orientação:
«: Mantenha com você, sempre, esta garrafinha pequena (por 0' Sugestão de Aplicação
s 'r mais prática de carregar), cheia. No exato momento em que você
P,,. .hegando em casa, tome um gole bem grande do líquido e fique com É uma ótima história para ser contada em grupos de casais -
ele na boca, sem engolir, durante trinta minutos. Faça essa receita por palestras, workshops.
/(IZ dias consecutivos e, depois, volte aqui. " Destacar, ao final, o que precisa ser melhorado no processo de
O homem achou estranho, mas resolveu seguir à risca a orienta- comunicação na família. Com certeza, muitos "calos" do relacio-
do outro. Foi embora e, como estava mesmo na hora de voltar para
'ti namento estão associados ao problema de falta de comunicação.
'usa, percebeu que já era o momento de fazer o primeiro teste. De fato,
11) xato momento de entrar em casa, levou a garrafinha à boca e deixou
0' Aprendizado
o le durante o tempo em que o velho havia lhe ensinado fazer. Sua
'S[ a fez o de sempre: começou a falar, reclamar, soltando "cobras &
lugartos" e o marido, no seu desespero de querer responder, não dizia
I• RE5prRE, gEgA AC;UA. E5PERE, OUÇ!A!
Sugestão de Aplicação
24 Eis aqui uma boa história para abrir ou encerrar seu encontro
com casais. Somos apaixonados por ela, pois cabe em qualquer
UMA senhora de, aproximadamente, sessenta anos, havia faleci- ocasião - não só em grupos compostos por casais.
do O padre estava terminando a cerimônia fúnebre, à beira do túmulo.
É excelente, se o facilitador quiser abordar ou dar ênfase à ur-
1)111"' nte todo tempo, de casa até o cemitério, seu marido, um senhor de
gência de não deixar alguns aspectos do relacionamento para
, l »ita e cinco anos, não parava de chorar e exclamava, num brado de
amanhã.
dOI': «; Ah! Como eu amei essa mulher!"
Sugerimos a letra da música "Pais e Filhos" (Legião Urba-
Aquela lamentação, feita de forma tão apaixonada, interrompeu na), para ~er cantada pelo grupo. Reforce o que os autores da letra
(\ r speitoso recolhimento da cerimônia. Parentes e amigos já estavam dizem: "E preciso amar as pessoas como se não houvesse ama-
vlsi velmente constrangidos. Os filhos se aproximaram, tentando acal- nhã, porque, se você parar pra pensar, na verdade, não há. "
mar o pai: <: Tudo bem, pai. Nós entendemos o que o senhor sentia
p ila mamãe, mas não precisa mais ficar dizendo assim. "
O viúvo olhava fixamente para o caixão sendo lentamente baixa- 0"' Aprendizado
do à cova. Ao final da oração, os familiares jogaram um pouco de terra,
xceto o marido enlutado. Outro brado, agora mais forte: <: Como
I• DIetA QLlE AHA, HOJE! DIetA, DE NOVO
'U amei essa mulher!!!" Os filhos tentavam, em vão, contê-lo, mas o "A maior fraqueza dos seres humanos é a hesitação em dizer o
h mem continuava a dizer: «: Como eu amei essa mulhe~!" quanto amam, enquanto estão vivos."
Um a um, os parentes e amigos começaram a se retirar, mas Perdão, palavras de amor, elogios ... nunca são demais. É necessá-
rio que não se economize, pois, definitivamente, amanhã poderá ser
aquele se recusava sair de perto da sepultura. O padre se aproximou, a
muito tarde.
fim de consolá-lo: <: Sei como se sente, mas está na hora do senhor ir
para casa e continuar a viver. "
«: Como eu amei essa mulher!" Gemia desconsolado. O padre
lhe disse: "- Tenho certeza que ela sabe que o senhor a ama." Ele res-
pondeu: "- Padre, o senhor não entende ... É que uma vez eu quase
disse a ela!"
0" Objetivo
UM casal, bastante religioso, tinha dois filhos. O marido era
Ideal para reuniões, encontros de casais, em que o facilita- comerciante e necessitava, constantemente, viajar, ficando fora por
dor (ou palestrante) pretenda dar ênfase à necessidade de vários dias. A esposa normalmente ficava em casa e, como se ama-
construir uma vida familiar baseada em palavras de incentivo e vam muito, as ausências do marido jamais causara qualquer proble-'
carinho. ma na relação.
\'1'111V '~, ) hom '1~1 '1111I' \ .nd 'li Lima via''( 'l ti nc S [uc «; Pois b m, meu querido. O tesouro será devolvido. As duas
ti moruriu mais ti qu ( hubitual. Durunt a sua ausência, um grave jóias preciosas eram nossos filhos. Deus os confiou à nossa guarda e
I .ld 'lIt ' pr vocou a m rtc d s dois filhos. Mesmo com o coração dilu- durante a sua ausência, Ele veio buscá-los. Eles se foram ... "
cern 10 p Ia d r, a mulher suportou a perda com bravura. Aquele homem compreendeu a mensagem, agradeceu a Deus
Lmpo ibilitada de contactar com o marido, uma preocupação por ter uma esposa tão sábia, abraçou-a e, juntos, derramaram muitas
111, vinha à mente: "Como lhe dar a notícia da morte dos meninos? lágrimas.
('0//1. dizer que os garotos foram enterrados e nunca mais ele os veria
rc lfI vida?" Pedi LI a Deus sabedoria para resolver a questão, pois temia,
tnml m, pela saúde do marido, uma vez que ele tinha problemas no
o Objetivo
'Ol"t. ão. Ótima para ser compartilhada em eventos onde o tema sej a fi-
Dias depois, o esposo retoma ao lar. Abraça longamente a espo- lhos - na escola, empresa, igreja, etc. Essa história tem por objeti-
sa vai Jogo perguntando pelos filhos. A esposa fala para ele não se vo levar o grupo à reflexão sobre a qualidade da relação com os
pr cupar e pede que ele tome banho. Pergunta sobre a viagem e fala filhos.
sobre amenidades. O esposo volta a perguntar pelas crianças e ele res-
p nde: Deixe os meninos para depois. Agora, quero que você me
H_
d eu afé e, junt
, um cartã que dizia: ' ua marca predil ta d
café. Bom apetite!" Era mesmo! Como eles podiam saber desse deta-
lhe? De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca
preferida de café.
UM fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jor- Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia
I1ti: st s quatro elementos fazem parte de uma das melhores histórias um jornal. "Mas, como pode?! É o meu jornal! Como eles adivinha-
,obr atendimento que conhecemos. ram?" Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcio-
Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, re,. nista havia perguntado qual jornal ele preferia.
nlv 'LI procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos O cliente deixou o hotel encantado. Feliz pela sorte de ter fica-
rulnut , avistou um letreiro luminoso com o nome: Hotel Venetia. do num lugar tão acolhedor. Mas, o que esse hotel fizera mesmo de
Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma
-om luz suave. Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou xícara de café e um jornal.
amavelmente: "- Bem-vindo ao Venetia!" Três minutos após essa
saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no "O Mito do Empreendedor" - Michael Gerber, Editora Saraiva.
s .u quarto e impressionado com os procedimentos: tudo muito rápido
, prático. Adaptação livre nossa,
-
-. ~
... _-~.,-
Albigenor ~ Rose Militão 55
54 Albigenor ~ Rose Militão
11I
Âpl' ndiuulo ""nto ,certa munhí omeç u a distin uir s ns vu S, diícr .nt '1{
de descrever os sons da floresta. A morte de um país começa quando os líderes ouvem apenas as
palavras pronunciadas pela boca, sem mergulhar a fundo na
Retomando ao templo, após um ano, o mestre lhe pediu para
alma dos seus liderados, para ouvir os seus sentimentos, de-
descrever os sons de tudo aquilo que conseguira ouvir.
sejos e opiniões reais. É preciso, portanto, ouvir o lado inaudí-
Disse o príncipe: "- Mestre, pude ouvir o canto dos cucos, o ro- vel das coisas, o lado não mensurado, mas que tem o seu valor,
'ar das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o pois é o lado do ser humano.
zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus." Ao termi- É preciso lembrar que atrás das máquinas sempre têm dois
nar o seu relato, o mestre pediu que o príncipe retomasse, novamente, à olhos, e atrás dos dois olhos tem um
floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível. Apesar de intrigado, SER HUMANO. "
o príncipe obedeceu a ordem do mestre, pensando: "mas eu já não dis-
tingui todos os sons da floresta?"
!ir Objetivo
, Por dias e noites ficou sozinho na floresta ouvindo, ouvindo,
ouvindo ... mas não conseguiu distinguir nada de novo, além dos sons já Destacar a importância de se exercitar a sensibilidade do saber
mencionados, anteriormente, ao mestre. ouvir.
0' Objetivo
UM jovem morava com a sua mãe. Não tinha irmãos e o pai, 0' Sugestão de Aplicação
há pouco, os havia abandonado, para construir uma outra família. Era
Após contar essa história, leve o grupo à reflexão acerca das
um jovem muito solitário. Passava mais tempo em seu quarto, do que
na companhia de outras pessoas, outros rapazes da sua idade. vezes em que deixamos de fazer as coisas, com medo de arris-
car. Quantos projetos que não saíram do papel, quantas pessoas
Um dia, entrou numa loja de CD's e deparou-se com uma que deixamos de falar, com medo de levarmos "um fora".
v ndedora. Jamais tinha visto garota tão linda. E como ela era gentil!
Excelente complemento desse momento é a música do Lulu
ompra um CD e retoma para casa e, naquela noite, quase não con-
I{ gue dormir, só pensando naquela garota.
Santos/Nelson Mota, "Como uma onda". Sugerimos que você
oportunize para o grupo a letra da música para todos cantarem.
Alguns dias depois, volta à loja e compra um outro CD. Pede
para embrulhar para presente. A vendedora lhe sorri e conseguem
trocar algumas palavras. Semanas se passam e aquele jovem vai qua- 0' Aprendizado
se que diariamente à loja para comprar um CD e ser atendido pela
vendedora. Saía sempre com um CD embrulhado num papel de pre- I• Vlv6R É ARRI5CAR-56 CONTlNLlAH6NT6!
ente.
Ousar. Não ter medo de levar um não. Jogar a bola na trave e vê-Ia
Um dia, uma fatalidade acontece: o rapaz adoece e morre. Sua entrar para o gol. Se não fizer isso, as chances de fazer esse gol são
mãe, com o coração dilacerado pela dor, resolve arrumar suas coisas. remotas.
Qual não foi a sua surpresa! Existia, numa parte do guarda-roupa do
filho, dezenas de CD's embrulhados para presente. Um a um, aquela
mãe foi abrindo as embalagens. Percebeu que em todos os CD's ha-
~ft~. _
ACONTECEU um fato inusitado e curioso dentro de uma grande 0' Sugestão de Aplicação
mprcsa. Misteriosamente, uma pequena cesta de vime, muito bonita,
Criar um suspense, dizendo que aconteceu um fato que abalou
iontcndo - pasmem! - um bebê, foi colocada, sem que ninguém visse,
'111 cima da mesa do presidente.
muita gente, que não teve tanta divulgação, mas que era preciso
ser compartilhado.
Quando o presidente chegou, o assunto já era notícia, veiculado
p Ia "rádio-corredor". Ele ficou indignado e, imediatamente, nomeou "Vocês estão sabendo do bebê que foi colocado em cima da
lima comissão para apurar se o "achado" era de responsabilidade de
mesa do presidente?!"
111 iuérn da casa. A comissão recolheu a criança e foi iniciada a investi- Em seguida, é só contar a história, enfatizando as cinco razões
'UÇé o. porque a criança não poderia ser de alguém da empresa.
Uma semana depois, o relator da comissão informou ao presi-
dente que já havia chegado a um veredicto. O presidente reuniu um 0' Aprendizado
número máximo possível de funcionários e pediu que fosse informado
publicamente o resultado da investigação. • C;OnE DA SUA EHPRE5A. TENHA AHOR PELO QUE
Assim concluiu a comissão: "- Essa criança deverá ser enca- VOCÊ FA2!
minhada a um orfanato, pois ela não pode ser de nenhum funcionário
Sair de casa, todos os dias, para um local de trabalho com o qual
desta empresa, pelas razões que passaremos a expor: não nos identificamos, não gostamos e não temos bons relacionamen-
1- Em nossa empresa nunca foi feito nada com prazer, tos ... é o fim.
nem amor. Trabalhar no que se gosta é difícil. Mas, é possível, mesmo não
sendo uma atividade ou tarefa das melhores, procurar realizá-Ia da
2 - Aqui nunca foi feito nada que tenha pé, nem cabeça.
melhor maneira possível. É, portanto, mais fácil gostar do que se
3 - Em nossa empresa, jamais aconteceu de duas pessoas faz.
colaborarem tão intimamente entre si.
4 - Aqui jamais aconteceu de uma coisa ficar pronta num
período de nove meses.
5 - Nunca alguém, aqui, ousaria oferecer, o que quer que
fosse, aos membros da Diretoria. "
0' Objetivo
Esta é uma excelente história para levar o grupo a refletir so- NA floresta, todos os animais temiam a cobra. Quando ela pas-
bre como anda o nível de comprometimento das pessoas, como sava, os bichos se esquivavam para não aborrecê-Ia.
0' Objetivo .amos h ias de sujeira. Enquanto isso, você só fica aí sentado, pegando
a comida toda!"
Esta é uma boa história, para reflexão, junto ao seu grupo, so-
"- Nós concordamos! - gritaram os pés - Pense só como nos
bre a repetição de procedimentos, das rotinas, sem questionar, sem
desgastamos, andando para lá e para cá o dia inteiro. E você só fica se
procurar alternativas de como fazer melhor - "Sempre fizemos as-
entupindo, seu porco ganancioso, cada vez mais pesado para a gente
sim! Pra quê mudar?!"
carregar: "
<: Isso mesmo! - choramingou a boca. De onde você pensa que
0' Sugestão de Aplicação vem toda a comida que você tanto ama? Eu é que tenho que mastigar
Normalmente, é aplicável em situações de repensar processos, tudo e, logo que termino, você suga tudo aí para baixo, só para você.
Você acha que isso éjusto?"
planejamento. Pode-se contá-Ia para introduzir novos modelos, ou
antes, de algum "brainstorming" de sugestões para aprimoramento "- E eu? - gritou o cérebro - Você acha que é fácil ficar aqui em
ou elaboração de projetos. cima, tendo que pensar de onde vai vir a sua próxima refeição?"
Uma por uma, as partes do corpo aderiram às reclamações contra
0' Aprendizado o estômago, que não disse coisa alguma.
"- Tenho uma idéia! - o cérebro finalmente anunciou. Vamos to-
I• Ql1ESTlONE! PROCl1RE \lER E fAZER DE Ol1TRA fORHA. dos nos rebelar contra essa barriga preguiçosa e parar de trabalhar
para ela."
A preguiça mental de pensar, questionar, identificar o porquê das
formas e procedimentos é antiprodutivo. Experimentar fazer diferente "- Soberba idéia! - todos os outros membros e órgãos concorda-
ou questionar um modelo preestabelecido leva-nos a novas idéias ou ram - Vamos lhe ensinar como nós somos importantes! Assim, talvez,
processos mais simplificados.
você também acabe fazendo algum trabalho. "
E todos pararam de trabalhar. As mãos se recusaram a levantar
ou carregar coisas. Os pés se recusaram a andar. A boca prometeu não
mastigar nem engolir, um bocadinho sequer. E o cérebro jurou que não
teria mais nenhuma idéia brilhante. No começo, o estômago roncou um
pouco, como sempre fazia quando estava com fome. Mas, depois, ficou
quieto.
Nesse ponto, para surpresa do homem que sonhava, ele desco-
vez um homem teve um sonho muito estranho: sonhou que
UMA briu que não conseguia andar. Não conseguia segurar nada mais nas
suas mãos, pés, boca e cérebro começaram a se rebelar contra o estômago. mãos. Não conseguia nem abrir a boca. E, de repente, começou a se
"- Sua lesma imprestâvelt - as mãos disseram - Nós trabalha- sentir bem doente.
mos o dia inteiro, serrando, martelando, levantando e carregando. De O sonho pareceu durar vários dias. A cada dia que passava, o
noite estamos cobertas de bolhas e arranhões, nossas juntas doem e fi- homem se sentia cada vez pior.
Por fim, o homem ouviu uma vozinha fraca vinda da direção dos Celebrar e aproveitar as diferenças de cada um é uma atitude
bia. As pessoas são diferentes, têm ritmos diferentes, pensam e ag m
pés. Isso mesmo, eram os pés "falando": diferentemente, mas são capazes.
Pode ser que estivéssemos enganados - eles diziam - será
H_
Basta estarem colocadas no lugar certo.
que o estômago não estava trabalhando o tempo todo, do jeito deleê!"
"- Estava pensando a mesma coisa - murmurou o cérebro - É
verdade que ele fica pegando a comida toda, mas parece que ele manda
a maior parte de volta para nós. "
Devemos admitir nosso erro - disse a boca - O estômago tem
H_
Iniciar perguntando às pessoas quais as suas funções ou tarefas Uma grande multidão O havia seguido, até o local onde Láza-
específicas. Quem considera que a sua tarefa é mais vital do que ro fora sepultado. Diante do túmulo, Jesus pediu: <: Tirem a pedra!"
as demais? Depois, fazer uma correlação com os órgãos do corpo Em seguida, orou ao Pai e, depois, ordenou: Lásaro, venha para
H_
o Objetivo
Possibilitar às pessoas a reflexão de que não existe milagre, CONTA-SE que Moisés, o grande líder de Israel, foi "d idurado"
em si, isolado. Tem coisas que nós podemos fazer; outras, só ao Faraó, pelo seu primo Ramsés, acusando-o de conceder regalias 110.
Deus. "Tirar as pedras" é difícil, mas é possível e é tarefa nos- escravos hebreus. O Faraó, imediatamente, mandou chamá-Io e Moisc:
sa. O impossível é simples pra Deus. E nós podemos contar com mandou-lhe dizer que não poderia naquele momento, pois estava muito
Ele. ocupado, construindo a cidade para o Jubileu - conforme o próprio I ia
raó o determinara.
o Sugestão de Aplicação Indignado e sentindo-se desobedecido, o Faraó foi até o I 111
das obras. Chegando lá, acompanhado de Ramsés, deparou-s '0111
Pode-se efetuar a leitura do texto bíblico - João 11: 1-44 ou um Moisés totalmente absorto no trabalho que realizava. Naqu .lr
apresentar o nosso resumo. Em seguida, trabalhar em pequenos exato momento, estava sendo levantado um gigantesco obelisco, que
grupos as atitudes de Jesus: o choro, a oração, o tirar a pedra. seria o monumento-símbolo do Jubileu do Faraó. Mais de três mil
Fazer uma correlação com o dia-a-dia da nossa vida - qual a homens - técnicos, gerentes e operativos - faziam parte daqu 'I ~
dimensão das "pedras" que obstruem os nossos propósitos. grande projeto.
Finalmente, o obelisco ficou erguido e, agora, seria necessário,
apenas o acabamento para firmá-lo mais ao chão. Começa, entã , o
o Aprendizado
interrogatório do Faraó a Moisés:
• REHOt;A AS PEDRAS DA SUA t;rDA. .. DEIXE O HILAC;RE PRA "- É verdade que você deu trigo dos celeiros do templo para os
DEUS. escravos?" "- É verdade. " Respondeu Moisés.
Nesse momento, Ramsés, numa muda torcida, pegou uma p -
Dois aspectos dignos de reflexão:
quena pedra e colocou num dos pratos de uma balança e o prato com
1 - "Tirem a pedra!" O que era mais fácil pra Jesus: ordenar que a
pedra se movesse ou ordenar que Lázaro saísse do túmulo? Provavel-
çou a pender.
mente, Ele quis nos dizer: "Façam o seu trabalho, aquilo que Ihes é Continuou o Faraó: "- É verdade que você permitiu uma hora
possível realizar. O milagre e o impossível Deus faz!" de descanso, por dia, para os escravos?" Moisés lhe respondeu: "- l~'
2 - "Pai, graças Te dou por me ouvires. Sei que sempre me ouves, mas verdade. " E outra pedra foi colocada na balança, por Ramsés.
falo assim para que a multidão que me cerca saiba que Tu me enviaste."
Jesus, nesse momento, não levou para Si todas as honras. Ele reco-
"- É verdade que você concedeu um dia de descanso semanal
nheceu que, mesmo Ele, sem Deus, era pequeno. Jesus reconheceu, para os escravos?" "- É verdade." Respondeu-lhe Moisés, ao tempo
portanto, a soberania do Pai. em que Ramsés colocava uma terceira pedra no prato da balança, qu .
baixou totalmente para um lado.
"E o que você me diz disso que fez?" Concluiu o Faraó.
I• PESSOAS HOTfvADAS SÃO PESSOAS APAfXONADA5f "Você tem excelentes cavalos, isoladamente ...
porém, eles não formam uma equipe. "
Motivação está sendo, cada vez mais, a grande necessidade nos
ambientes de trabalho. O processo de motivação é uma postura que
depende de cada pessoa, é uma força que vem de dentro: a autorno-
tivação. 0" Objetivo
Automotivação é o desejo de se realizar algo, fazendo diferente. É
ter iniciativa, fazer mais do que o óbvio, ser proativo, sair da mesmice. Mostrar a importância do trabalho em equipe e do valor de se-
Motivação é querer, firmeza e determinação caminhando juntos, pro- rem colocadas as pessoas certas nos lugares certos.
duzindo força e impulsionando o indivíduo na busca do objetivo de-
sejado.
0" Sugestão de Aplicação
0' Aprendiuula
DOIS monges em peregrinação chegaram à margem de um rio.
IJá avistaram uma garota que necessitava, também, atravessar aquele
I• H6NT6 VAZIA OFICINA DO DIAfW!
rio, porém a correnteza estava muito forte e ela ficou com medo. Um Pessoas desocupadas tendem a ficar "remoendo" coisas do passa-
do, principalmente, com o intuito de denegrir, acusar, prejudicar.
dos monges, vendo-a, pegou-a nos braços, atravessou-a e depositou-a
A Bíblia nos ensina que devemos "prosseguir para o alvo ... esque-
m solo seco, do outro lado. cendo-nos das coisas que pra trás ficam".
E continuaram seu caminho. Porém, o outro monge, ao longo
das duas horas seguintes, ficou a reclamar: <: Não é certo tocar uma
mulher ... é contra os mandamentos ter contato íntimo com mulhe-
res... Como você pode ir contra as leis da nossa ordem?! Você pecou
fortemente! ... "
O monge que carregara a jovem seguia junto com o compa-
nheiro, em silêncio. Mas, finalmente, observou:
41
Eu a deixei no rio há duas horas. Por que você ainda a
«: oex-presidente americano, Jimmy Carter, um dia, relatou, com
está carregando?" orgulho, a sua experiência como fuzileiro naval. O sonho de milhares
de jovens daquele país era servir como fuzileiro na Marinha dos Esta-
dos Unidos.
o Objetivo
Foram quase doze meses a bordo de um gigantesco navio-
Refletir sobre as atitudes e palavras que reforçam, negativa- escola. A riqueza dos aprendizados, no dia-a-dia, era, certamente, para a
mente, situações vividas no passado e o quanto elas são nocivas vida. Porém, a ansiedade de todos os jovens fuzileiros era o momento
para o desempenho produtivo. da entrevista final com o almirante, e que ocorria, em poucos e precio-
sos minutos, durante o último mês de treinamento.
tnáximo de si?"
O jovem refletiu um pouco e respondeu: H_ Não, senhor. "
O almirante sai da sala, mas, segundos depois, abre a porta, co-
lo a só a cabeça para dentro do ambiente e faz a última pergunta: «; E
porque não?"
42 A~
O jovem fuzileiro Jimmy considerou aquele momento como a melhor NUMA carpintaria houve uma estranha assembléia: As ferra-
li ão que aprendera durante todo o período como aluno naquele navio. mentas resolveram se juntar para acertar suas diferenças.
Ao iniciar a assembléia, o martelo pediu silêncio ~ disse que as-
0' Objetivo sumiria a presidência dos trabalhos. Imediatamente, todos exigiram que
ele renunciasse. Diziam que ele passava o tempo todo golpeando e que,
Incentivar as pessoas para a necessidade de, ao realizar algo,
além do mais, fazia muito barulho. Sem alternativas, o martelo declinou
qualquer que seja o trabalho, procurar não fazê-lo de forma super-
o cargo, mas exigiu a expulsão do parafuso. Alegou que ele dava muitas
ficial, medíocre, só por fazer.
voltas para conseguir alguma coisa.
Quando se viu atacado pelo martelo, o parafuso se enfureceu e
• 0' Sugestão de Aplicação
pediu, também, a expulsão da lixa. Ele não agüentava mais conviver
É uma boa história para ser contada em treinamentos ou com ela, pois era muito áspera no tratamento com os demais, entrando
palestras motivacionais. As pessoas, normalmente, baixam a sempre em atrito com todos. A lixa acatou a decisão, desde que expu 1-
- -
84 Albigenor & Rose Militão AlbigGmor & Rose Militão 85
11I
É uma história muito boa para reforçar a importância do tra- "Certo homem saiu para semear os seus campos. Enquanto
espalhava as sementes pelo solo, algumas foram caindo pelo ca-
balho em equipe ou quando surge, no grupo, um clima hostil, de
acusação e foco nos defeitos.
mintio. Vieram as aves e as comeram. Outra parte das sementes
caiu num lugar onde havia muitas pedras e pouca terra. As se-
mentes brotaram logo, porque o solo era pouco profunda, mas,
o Sugestão de Aplicação quando o sol apareceu, queimou as plantas, elas murcharam, se-
caram e morreram, porque tinham pouca raiz. Outras sementes
Excelente para fechamento da dinâmica-vivência "Compe- caíram entre espinhos, mas os espinhos sufocaram as plantas.
tências & Carências", do livro 'Vogas, Dinâmicas & Vivências Mas, algumas caíram em terra bola, e deram uma colheita que era
Grupeis", página 190 - Qualitymark Editora - Albigenor & Rase trinta, sessenta e, até mesmo, cem vezes tanto o que ele tinha
Mifitão. plantado,"
.-
~,.N_-'~""·'-'· A v',,"~<-'_"'__
V '~A, "' •..•.• A- __ ~.V'~"~ ••••. "'., '<.<MN>
Nllo SIlo IIssil11 IIfl I ssous parti III 'm Ialum S, ri ruamos LI
1\1lIi Il'1I1l10fl Ir inum 'l1l 5, pr r rim S palestras? Aqueles ensinam nt s
!lll' I .ntnn os disseminar, ma eles ficam pelo caminho - não são colo-
I'I/t/r/,\' ('til práti 'a. utras vezes, o participante fica até bem intenciona-
do '111dar c ntinuidade no que aprendeu, mas é sufocado pelo pique do NUMA região de excelente clima, solo fértil e pouco montanho-
/l, ti-dia, pelas situações do ambiente de trabalho. Tem ocasiões em so, foi construída uma cidade. E a fama de que aquela cidade era
!lUt' //1 10 o que falamos ou tentamos ensinar é rebatido e não encontra muito boa e promissora, virou sonho de muita gente.
II:fiíf.lio nos corações de pedra. Já outras pessoas são semelhantes às Dois homens, quase que simultaneamente, morando em lugares
,\' '11/ -tues que caíram em terra boa: elas ouvem, entendem a mensagem, diferentes, resolveram se mudar para aquela cidade. Praticamente,
tsshniiam e produzem novos frutos, dão continuidade. chegaram à mesma hora. Dirigiram-se para o centro de triagem, uma
espécie de portão de entrada da cidade, onde uma pessoa recepcionava
os que chegavam e preenchia um pequeno questionário.
Objetivo
Além dos dados pessoais, referências, a entrevista tinha algu-
É uma parábola adequada para se refletir até que ponto os mas perguntas específicas: "- Como era a cidade que o senhor mora-
aprendizados, de fato, são absorvidos e colocados em prática pelas va?" Perguntou a moça da recepção, a um dos homens. "Era terrível.
pessoas. Muita violência, marginal idade, trânsito louco e perigoso, as pessoas
não se respeitavam, um alto índice de egoísmo, os relacionamentos
o Sugestão de Aplicação eram superficiais, não se podia andar livremente pelas ruas ou con-
versar nas calçadas. Por isso, eu vim pra cá e gostaria de saber como
Pode ser uma história contada ou representada - tanto no iní- é aqui."
cio como no final de alguma apresentação, treinamento ou pales- A jovem respondeu: "- Aqui também é assim ... não tem muita
tra. Quem são as sementes? Quem são os espinhos ... pedras ... ca- diferença dessa sua cidade!" Ele, mesmo assim, ficou por ali pensan-
minhos ... solo fértil? do para decidir se entraria ou não.
Em seguida, a mesma pergunta foi feita ao outro homem:
o Aprendizado <: Como era a cidade que o senhor morava?" Ele respondeu: "Ah!
Lá era maravilhoso. Tão boa que eu já estava saturado de tanta tran-
• EXPERfHENTE SER TERRA FÉRTtL PARA FAZER EROTAR qüilidade - as crianças podiam brincar livremente nas calçadas, pra-
NOVOS CONHECfHENTOS. ticamente não se ouvia buzina de carros, casas sem muros, sem siste-
É verdade que nem todas as pessoas absorvem o que foi minis-
mas de segurança, as pessoas se relacionavam e se cumprimentavam
trado. Outras ficam com aquela vontade de sair por aí modificando o alegremente, enfim, era uma cidade pacata e acolhedora. Por isso, eu
mundo (leia-se seus ambientes, seus lares, seus locais de trabalho). vim pra cá, pensando em ter algo mais agitado e gostaria de saber
Cada ser é diferente e essa é a riqueza de trabalhar com as pes- como é aqui. "
soas. A jovem respondeu: "- Aqui também é assim ... não tem muita
diferença da sua cidade!" Imediatamente, o primeiro homem, que
~ ~~ ~.
=
04 Albigenor & Rose Militão Albigenor & Rose Militão 95
o homem r 'NpOIHI 'u:" I~'I/ tulorarla, tna« I{J/tI/o outras !'(JI/- tigre pára bruscamente, dá meia volta e sai apavorado, cor-
trs [utr« -onstrulr ... li rendo com medo do cachorrinho. "Que cachorro bravo'! Por pouco não
come a mim também. "
Objetivo Um macaco, que havia visto a cena, sai correndo atrás do tigre e
conta como ele havia sido enganado pelo cachorrinho. =: Maldito ca-
História apropriada para workshops, treinamentos, palestras chorro!" Brada o tigre. «: Ele vai me pagar!"
Nobre Relações Interpessoais. Quando o cachorrinho estava bem tranqüilo, avista o tigre vindo
em sua direção, com cara de poucos amigos e o com o macaco em suas
-.-
[11 Sugestão de Aplicação
Aprendizado
o Sugestão de Aplicação
41 o~ Após contar a história, o facilitador divide o grupo em subgru-
pos e entrega, para cada um, diversos objetos. Solicitar que enu-
o velho carpinteiro
já estava cansado de tanto construir casas de merem as melhorias que aquele objeto necessita (escova de den-
IIIIlll 'ira! uas casas sempre foram tidas como as melhores, verdadeiras tes, cadeira, roupas, etc.).
uhrns-] rimas. Comunicou ao proprietário da empresa o seu desejo de se Outra sugestão é deixar os grupos olharem objetos da sala e
IpUS ntar. Queria, mesmo, era ficar mais tempo com a família, apro- elaborarem sugestões de melhoria.
vcuur o tempo que lhe restava. É certo que iria sentir falta dos colegas
(1(,rrubalho e do ambiente da empresa, mas já estava na hora de largar o 0' Aprendizado
crviço de carpintaria.
O proprietário da empresa lamentou ao saber que perderia um I• FAÇA CORRETO E EEH FEITO NA PRrHErRA vsz
ti melhores funcionários e pediu que ele construísse uma últi-
fi 'L1S
Fazer correto e bem feito, desde a primeira vez. Jamais baixar a
Ili li asa, como favor especial. O patrão ainda lhe disse que ele pode- guarda. A vida é um projeto de nós mesmos.
ria colher o modelo, o tamanho, o tipo do material - tudo ao seu Costumamos, no dia-a-dia, não nos empenharmos para fazer o
rit rio. O carpinteiro cedeu ao pedido do patrão, mas seu coração já melhor. Pense em você como carpinteiro: você está fazendo o melhor?
III estava mais comprometido com aquele trabalho. Na verdade, ele
sentia, naquele momento, injustiçado. Logo agora, ele teria que
faz r mais uma casa ... Será possível que não tenha outros carpintei-
ros aqui?
A contragosto, iniciou a construção da casa. Para isso, utilizou
mã -de-obra e matéria-prima de qualidade inferior. Quando terminou a
'a a - mais rápido do que o seu habitual-, o proprietário veio inspecio-
ERA uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido,
nar a obra e lhe disse: Esta casa, que você acabou de construir, é
H_
'lhos do pai. "Se ele chegar perto, eu pulo e devoro. " Mas, lembrou-
I
,. 0' Objetivo
Excelente fábula para enfatizar preconceitos, dificuldades de
conviver com o diferente.
&2=
-- ._-~~~~~~~==~~::====--~~~~~~~==~~
Albigenor & Rose Militão 103
11/
1 ~
"o Senfíor te abençoe e teguaráe. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e
tenha. miseticâtdia de ti. O Senfíor sobre ti leuante o seu rosto e te áê a P5'lZ.
(I'J{úmeros 6:24-26.
2 H~
•'t'llt li m outru iud 'jl'll, no ( 1111'0 lndo 111 m 'NII. SC 111'1 utr mercado ... Outra marca d sab n t ,
M titl ltll'd ,mud de rn 'su. Outro creme dental... Tome banho em novos horários.
uund sai r, pr cur andar pel outro lado da rua. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
pois, mud de caminho, ande por outras ruas, calmamente, Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
observando com atenção os lugares por onde você passa.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre
T me outro ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas. novos óculos, escreva poesias.
os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias.
ê
Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas dife- Experimente coisas novas. Troque novamente.
rentes, novos temperos, novas cores, novas delícias. Mude, de novo. Experimente outra vez.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que
o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida. as já conhecidas, mas não é isso o que importa. O mais im-
portante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Só o que está morto não muda!
Faça novas relações. Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo qual a vida não vale a pena!
de bebida, compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
..--, - ~
106 Albigenor ~ Rose Militão Albigenor ~ Rose Militão 107
",
M 1'1"1 ntarncnte quem não trabalha e quem não estuda. Quem
passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva inces-
sante, desistindo de um projeto antes de iniciá-Io, não per-
guntando sobre um assunto que desconhece e não respon-
Martha Medeiros dendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente. E esta é a morte mais ingrata e
•.•QUE ao menos evitemos a morte em suaves prestações.
traiçoeira, pois, quando ela se aproxima, de verdade, aí já
M rre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo
evita as próprias contradições. restante.
MOlTelentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os
Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que
dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado.
não podemos evitar um final repentino, que, ao menos, evi-
Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá temos a morte em suaves prestações, lembrando, sempre,
papo para quem não conhece. que estar vivo exige um esforço bem maior do que, sim-
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro plesmente, respirar.
diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada
no cinema, mas muitos podem, e ainda assim, alienam-se di-
ante de um tubo de imagens que traz informação e entrete-
nimento, mas que não deveria, mesmo com apenas quatorze
polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto
no branco e os pingos nos "is" a um turbilhão de emoções
indomáveis, justamente as que resgatam o brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no {(o que vocêfez fioje é muito importante, porque você está
trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um trocando um dia de sua uida por isso. })
sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos con-
ESPERAMOS demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo
selhos sensatos.
que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do
Morre lentamente quem não viaja, não lê, quem não ouve música. amanhã. Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos
Quem não acha graça de si mesmo. como se tivéssemos à nossa disposição um toque inesgotável
Morre lentamente quem não destrói seu amor - próprio. Pode ser de tempo.
depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional.
Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser
Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
ditas, para por de lado os rancores que devem ser expulsos,
108 Alblgenor & Rose Militão Albigenor & Rose Militão 109
pura .xprcssar irutidl ,[ ara dar ânimo, para r n
'I m S asas mai r .Tarnília rncn rcs, mai c nvcniên ias, I -
si. ESI rum s d mai para s r csp ntânc S.
r m menos tempo; temos mais grau acadêmicos, mas me-
nos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamen-
Hsp 'ramos d mais para ser pais de nossos filhos pequenos, csqu_ - to ... mais proficiência, porém mais problemas; mais medici-
ccnd quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quao na, mas menos saúde.
depressa a vida os faz crescer e ir embora.
Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulá-
"1 .perarnos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e ria, rimos de menos, dirigimos rápido demais, irritamo-nos
amigos. Quem sabe quão logo será tarde demais? muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos
Esperamos demais para ler os livros, ouvir as musicas, ver ~s cansados demais. Raramente paramos para ler um livro, fi-
quadros que estão esperando para alargar nossa mente, enn- camos tempo demais diante da TV e, raramente, oramos.
quecer nosso espírito e expandir nossa alma. Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Fa-
ssperamos demais para enunciar as preces que estão esperando lamos demais, amamos raramente e odiamos mais.
para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida.
estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida
amor que, talvez, não seja mais possível amanhã. à extensão de nossos anos.
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atra-
para desempenhar no palco. . vessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho.
Deus também está esperando nós pararmos de esperar. Esperando Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior.
que comecemos a fazer, agora, tudo aquilo para o qual este Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpa-
dia e esta vida nos foram dados. mos o ar, mas poluímos a alma. Dividimos o átomo, mas
não nossos preconceitos.
Escrevemos mais, mas aprendemos menos. Planejamos mais, mas
realizamos menos. Aprendemos a correr contra o tempo,
mas não a esperar com paciência.
Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Temos
mais comida, mas menos apaziguamento. Construímos mais
computadores para armazenar mais informações, par". pro-
PARADOXO do nosso tempo, na História, é que temos edifícios duzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comuni-
mais altos, porém pavios mais curtos; auto-estradas mais cação.
largas, porém pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade. Esses são
porém temos menos; nós compramos mais, no entanto, des- tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens al-
frutamos menos.
IOH 'urát r baix ; lucros expressivos, mas relaci nu: 'nlON VO' . ainda tcn tempo I ara acertar sua. vida, todos os dias [uan 10
rusos. esses sã tempos em que se almeja paz mundial, mas v cê acorda e recebe o mais belo de todos os presentes: a
perdura a guerra nos lares; temos mais Jazer, porém m nos dádiva da vida!
diversão; maior variedade de comidas, mas menos nutrição.
ão dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de DEUS lhe deu e você a administra. Portanto, faça com que real-
residências mais belas, no entanto, lares quebrados. mente valha a pena.
Será inútil dizer "perdaai as nossas ofensas, assim como nós per- Verdade verdadeira: amigos recentes custam a perceber essa ali-
doamos a quem nos tem ofendido", se não importo em ferir, ança, não valorizam ainda o que está sendo contraído. São
oprimir, injustiçar e magoar os que atravessam o meu cami- amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrenta-
nho. rão com solidez as tempestades ou se serão varridas numa
chuva de verão.
Será inútil dizer "livrai-nos do mal", se, por minha própria vonta-
de, procuro os prazeres materiais e tudo o que é proibido me Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises
seduz. de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. Um
amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo,
Será inútil dizer "Amém", porque sei que sou assim, continuo me empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a
omitindo e nada faço para me modificar.
jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela,
recomenda um emprego, recomenda um país.
Um amigo não dá carona apenas para a festa. Te leva para o
mundo dele, e topa conhecer o teu.
10 ot~~~ 11
".•.•.
r_,A.. ' A_,ft
_, .•.... Uma inlê.fpretaçãodo te;xto;'orlginaf"Salmo 23", de Davi
(1,. .purus-rnc uma mesa na presença de meus adversários - isso A P ss us que ru correm nenhum risc ,!li: fazem nada, ru
'sp rança. têm nada e não são nada. Elas podem até evitar sofrimentos
Un s-rne a cabeça com óleo - isso é consagração. e desilusões, mas não conseguem nada, não sentem, não
mudam, não crescem, não amam, não vivem.
M u cálice transborda - isso é abundância.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de
ndade e misericórdia, certamente me seguirão todos os dias da sua própria liberdade.
minha vida - isso é bênção.
A pessoa que corre riscos é livre .
. habitarei na Casa do Senhor - isso é segurança.
Pura todo o sempre - isso é eternidade.
lia -
Alblgenor ~ Rose Militão
c ..
( li ijo '( 111 ioiabada, p r-d -sol na roça ... Uma festa, um violí o, lIú n c s .ida I. de criar um mundo de estrela. To los os dias P -
urnu seres ta. Recordar um amor antigo, ter um ombro sem- der contar com elas, todos os dias ver a luz e sentir seu calor.
pre amigo, bater palmas de alegria. Assim são os amigos estrelas na vida da gente.
ma tarde amena, calçar um velho chinelo, sentar numa velha Pode-se contar com eles. Eles são presença. São coragem nos
poltrona, tocar violão para alguém, ouvir a chuva no telhado, momentos de tensão. São luz nos momentos escuros. São
vinho branco, Bolero de Ravel e... segurança nos momentos de desânimo.
...muito carinho meu. Ser estrela, neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pesso-
as cometas, é um desafio, mas, acima de tudo, uma recom-
pensa.
É nascer e ter vivido e não apenas existir.
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esc h r · ILI S P rqu alguém 11:' UIl H [u r d j ·it lU VQ • N.. tem muit t mp para [alar c rn o r, p is I r 'iSH 'ol1ti
lU ame, não significa que esse algu m não o ama com tudo nuar atender às pe soas que vêm falar com ele, Ih I lir
qu pode. Existem pessoas que nos amam, mas sirnpl s- conselhos e que ficam numa fila aparentemente interminá-
mente não sabem como demonstrar ou viver isso. vel. Moisés quase não tem tempo para mais nada. E Jetro
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. observa que o genro resolve, pessoalmente, todos os pro-
Algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si blemas que lhes são trazidos pelas pessoas.
mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que jul- Bem ~o final da tarde, Jetro leva Moisés até o alto de uma colina,
ga, você será um dia condenado. onde podem conversar sem serem incomodados. Assim, Je-
Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi tro começa a lhe questionar: «: Moisés, por que você tem
partido. O mundo não pára para que você o conserte. Apren- que ficar resolvendo pessoalmente todos os casos que lhe
de que o tempo não é algo que possa voltar atrás, portanto, são trazidos? O que você está fazendo não está certo. Desse
plante seu jardim e decore a sua alma, ao invés de esperar jeito, você vai ficar cansado demais e o povo também. Isso é
que alguém lhe traga flores. muito trabalho para você fazer sozinho. "
E você aprende que realmente pode suportar. Que realmente é Moisés retrucou: "- Ora, Ietro, esse é o meu serviço. Eu tenho
forte e que pode ir muito mais longe, depois de pensar que que fazer assim, porque as pessoas vêm falar comigo para
não se pode mais. saber o que Deus quer; Você já imaginou se outros fizerem
por mim e algo sair errado?"
E que realmente a vida tem valor, que você tem valor diante da
vida! Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o O sogro voltou a lhe falar e disse: "- Isso não deve preocupâ-lo,
bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de Moisés. Agora, escute o meu conselho e Deus o ajudará.
tentar. Você deve ensinar ao povo as leis de Deus e explicar o que
devem fazer e como devem viver. Mas, você escolher alguns
homens capazes e colocá-los como chefes do povo: chefes
de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. Devem ser homens
que respeitem a Deus, que mereçam Sua confiança e que
sejam honestos em tudo. Serão eles que sempre julgarão as
questões do povo. Os casos mais difíceis serão trazidos a
você, mas os mais fáceis eles mesmos poderão resolver; As-
sim, será melhor para você. "
Noutras palavras, Jetro sugeriu a Moisés:
, A época é o século XIV antes de Cristo. Liderados por Moisés, 0' Escolha pessoas da sua confiança.
cerca de 600 mil hebreus saíram do Egito e se dirigiam à
0' Alie confiança, competência e habilidade.
Terra Prometida, já há tempo. Moisés, muito cansado, rece-
be, em sua tenda, a visita de Jetro, seu sogro. 0' Treine-as e capacite-as para lhe ajudar.
Ensina-lhas as regras e dê-Ihes as diretrizes para aplicá-Ias. uc a minha v ntude de ir .mbora se trunsíonn lia .ulrnu I1,
paz que eu mereço. Que a tensão que I e orr i por d ntro
Faça-as responsáveis.
seja um dia recompensada ... porque, metade de mim é o que
0' Informe a todos que existem, a partir de agora, essas pes- penso, mas a outra metade é um vulcão.
soas.
Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo
0' Delegue conforme as habilidades de cada uma. se tome, ao menos, suportável. Que o espelho reflita meu
rosto num doce sorriso, que me lembro ter dado na infân-
cia ... pois, metade de mim é a lembrança do que fui, a outra
Estudo de Caso "OS CONSELHOS DE lETRO"
Colaboração: Aldenora Paiva (Analista de Sistemas) metade não sei.
MARISOL NORDESTE/Pacatuba-CE
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fa-
Adaptação livre nossa, baseada no texto de Êxodo, zer aquietar o espírito, e que o seu silêncio me fale cada vez
Capítulo 18:14-23 (Bíblia Sagrada)
mais ... pois, metade de mim é abrigo, a outra metade é can-
saço.
Que a arte me aponte uma resposta, mesmo que ela mesma não
saiba. E que ninguém a tente complicar, pois é preciso sim-
plicidade para fazê-Ia florescer... pois, metade de mim é
platéia, a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada ... pois, metade de mim é
amor e a outra metade também.
QUE a força do medo que tenho não me impeça de ver o que an-
seio. Que a morte de tudo em que acredito não me tape os
ouvidos e a boca ... pois, metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço, ao longe, seja linda, inda que tristeza, que
a mulher que eu amo seja pra sempre amada, mesmo que
distante ... pois, metade de mim é partida, mas a outra meta-
de é saudade. JUNHO/99. Noite-véspera da nossa primeira expenencia a
bordo de um navio. Até então, o nosso conhecimento
Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece, nem re-
marítimo ou fluvial se limitava aos passeios que fazía-
petidas com fervor - apenas respeitadas, como a única coisa
mos à Barra dos Coqueiros (Aracaju-SE) ou quando
que resta a um homem inundado de sentimentos ... pois, me-
íamos pegar uma praia na Barra do Ceará (Fortaleza-
tade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.
IFn
128 Albigenor ~ Rose Militão Albigenor ~ Rose Militão 129
",
'U) ,mais r \' nl li) nt ,I 10 ar: 111XI 'ri 'li .iu virtu-
"Amar é o caminho para crescer e nunca descuidar
ul . m "Tirani ".
que o outro também cresça ... " pois, "quando a gente
Estávum s ansiosos. Quase 24 horas de aventura (B?/ m-
Macapá), num camarote só nosso, experimentando a gosta, é claro que a gente cuida!"
sensação do balanço das ondas - aliás, só sensação, pois
não dá pra perceber nada -, enfim, seria uma viagem de
navio. E de primeira classe! Dormimos.
Mas, enquanto não chegava o dia seguinte, curtíamos o acon-
chego da suíte presidencial no apê dos nossos queridos
anfitriões Elias & lrenice, com direito a amendoim, P.S. A viagem foi ótima. Eu me senti o próprio Iack e a Rose, a
Rose (referência ao Titanic).
castanha-da-pará, açaí, bacuri, tudo de cupuaçu, varanda
com vista para a Igreja do Círio de Nazaré e navegação
nos canais de TV a cabo.
Naquela noite, a gente queria só dormir mesmo. Estávamos
muito cansados e a viagem (implantação do 1Q• Encon-
tro de Casais com Cristo/ECC, em Macapá) seria uma
excelente oportunidade para repor as energias. Rose, já
bem grudadinha em mim, semi-adormecida, permitiu-
me passear um pouco na TV. ASSIM era você quando tinha cinco ou seis anos de idade:
aventureiro, corajoso, podia ficar de cabeça para baixo
Parei no Jô (que já era por volta de uma da manhã) e me horas e horas, sem pensar nisto. Era espontâneo, cheio de
chamou a atenção a entrevista com o cantor Guilherme energia. Um participante entusiasta em tudo o que fazia.
Arantes. Ao final, a música que ele cantou, não desper-
tou nenhum interesse de imediato. No entanto, ao repe- Mas, porque estamos mostrando esse auto-retrato do seu passa-
tir, na passagem dos caracteres de encerramento do pro- do? Por que o trazemos de volta ao futuro? Porque acha-
grama, a parte inicial da letra me aguçou a curiosidade e mos que você tem muito a aprender de como era em cri-
eu levantei para anotar os primeiros versos: "O que é ança.
amar, senão o caminho pra crescer e nunca descuidar Sobre a criatividade, sobre a solução de problemas, sobre o tem-
que o outro também cresça?" po em que as únicas pedras em seu caminho serviam para
construir castelos imaginários e não para bloquear sua
Nesse momento, eu me reportei a uma outra letra, que o Cae-
criatividade ou impor quaisquer limites.
tano (em composição do Peninha] "estourou", e juntei
as duas: Você vivia no mundo da imaginação, onde poderia fazer tudo
que sua vontade mandasse: podia cozinhar sem fogo, en-
~,..
'h r um 1ul ' H '111 tj'lIl1, tomnr 'I'h S J1) n 'nllllll1 -hú, po- SLlSI 'Ira xplorar. isas qu p dium stur atrás de Ul1t1
dia 1 var UI1 'rup de amigos para r rias nu praia, S !TI P rta, m smo que h uvesse outras crianças atrás dela.
sair d quadrad d areia. Ou voar até à Lua, s n sair d
As crianças estão dispostas a arriscar um pouco de si de outras
chão ou criar um modelo de estilista, sem ter teeid .
maneiras. Pergunte a qualquer classe de cinco ou seis anos,
im, assim era você antes. Adorava as diversões, as pessoas. quem quer ser cachinhos de ouro. Todos querem. Eu que-
Envolvia-se. Era engenhoso, curioso. Ao contrário dos ro estava decididamente em alta. Não tinha importância se
adultos, ao fazer perguntas, você podia parecer burro. você era bom ou ruim. Bastava o prazer de fazer;
Você não ligava. Você parecia entender que as perguntas Deixando sua mente fértil correr livre, você tinha uma boa
levam a melhores perguntas, as respostas levam a melho- imagem de si mesmo. Ninguém ainda tinha convencido
res respostas. Se quisesse saber algo, você ia procurar. você de que não fica bem acreditar que é especial. Nin-
O mais maravilhoso em como você era antes, é que o céu não guém tinha acabrunhado você com o peso da dúvida de si
tinha que ser azul. Podia ser da cor que quisesse. Para mesmo, do temor ou fracasso. Era natural ter um alto
gostar de pintar, não precisava acreditar que tinha o ta- conceito de si e você tinha!
lento de Michelangelo. Você tinha o direito de fazer al- Instintivamente, os adultos tropeçam sempre em suas inibições
guma coisa da maneira como achava certo pra você. Nem e vivem a vida como expectadores. Instintivamente, as
sequer precisava de pincel para pintar - só uma bolinha crianças interessadas nas experiências vivem a vida
de gude. como participantes. Pela alegria, as crianças dessa idade
Você era criativo com todos os seus sentidos. E como não ti- se congratulam mutuamente. Não pretendem julgar nem a
nha idéia do que era conformidade, gostava de ser dife- si nem aos outros. Quando estão dançando cada um se crê
rente. Ainda não tinha adotado nenhum estereótipo. Os um Fred Astaire ou Ginger Roger. Ninguém se preocupa
meninos podiam gostar de flores tanto quanto as meninas. em saber quem é o melhor. Cada um cria o seu estilo.
As meninas gostavam delas porque eram bonitas e chei- Cada um, simplesmente, se solta e vai em frente.
rosas e não porque eram coisas de meninas. O mesmo se dá quando cantam - todos são um coro de uma só
Para você, bastava ser naturalmente criativo. Parecia enten- voz. Ninguém se recusa a cantar só porque não é um Pa-
der bastante bem que se desenvolve a criatividade crian- varotti ou Maria Caras.Todos gostam do velho e cansado
do. Tentando coisas novas, aprendendo daqueles que vie- "atirei o pau no gata".
ram antes de você ou sendo a primeiro a criar algo úni- Você era igualmente entusiasta quando podia aprender algo
co. A inovação era algo natural para você. Não estava novo. Os desafios eram fascinantes, divertidos e valiam a
amarrado em noções preconcebidas, em limites precon- pena. Toda experiência nova, novos amigos eram bem-
cebidos. vindos. Nunca deixava de se aproximar de alguém só
Tudo tinha um uso e depois mais outro. Porque você e todas as porque era diferente de você. Você era curioso sim! Ti-
crianças sabiam quantas coisas maravilhosas poderiam nha perguntas sim! E sempre havia uma aventura à frente
ser criadas a partir de outras. Coisas para usar juntas, coi- para você. Como a tartaruga, preferia ficar fora da casca.
- - ~ _.--., ~
132 Albigenor & Rose Militão Albigenor & Rose Mllitão 133
\'im,llssilll I'UV' untes! 'CI1~O 'wlsjl1'lll ol'H,p'lls'nisll
l
A tr Z do mês ele fezispcriença, perdeu sua crença nas p dra d
P 'IlS111 voltar a você de ontem - ria mais, brinqu sá ... Mas, noutra esperança com gosto se agarra, pensando
11Itis, experiment mais, questione mais, force a sua 'ria- na barra do alegre natá.
tividade. Rompeu-se o natá, porém barra não veio. O sol bem vermeio nas-
I srmita-se, às vezes, colorir fora das linhas. ceu muito além ... Na copa da mata buzina a cigarra, nin-
guém vê a barra, pois barra num vem.
Permita-se ter orgulho do que realiza.
Sem chuva na terra descamba janeiro, depois fevereiro e o mesmo
Balance para longe os moldes tradicionais. verão... Entonce o nortista pensando consigo, diz: Isso é
Libere a sua imaginação, suas inibições, sua energia, o seu eu. castigo, num chove mais não.
As pessoas vão gostar de como você era! Apela pra março, que é o mês preferido, do santo querido, Senhor
São José ... Mas, nada de chuva, tá tudo sem jeito, lhe foge
do peito o gosto da fé.
Texto do filme "COMO VOCÊ ERA", distribuído no
Brasil pela S/AMAR - Filmes de Treinamento Agora, pensando, ele segue outra trilha. Chamando a famia, co-
meça a dizer: Eu vendo o meu burro, meu jegue e o cavalo,
nóis vamu a São Pala, viver ou morrer.
Nós vamu a São PaIo que a coisa ta feia, por terras alheia nôis
vamu vagar ... Se o nosso destino não for tão mesquinho, ai,
pro mesmo cantinho nôis toma a vortá.
22:A~~ E vende seu burro, o jumento e o cavalo, inté mesmo o galo ven-
dero também ... Pois, logo aparece feliz fazendeiro, por pou-
co dinheiro lhe compra o que tem.
"Seu. áautô me áê fiança pra minha histâria eu contá ... J-{oje, eu to numa ter- Em um caminhão ele joga a famia, chegou triste dia, já vai via-
ra estranha e é bem triste o meu pená, masjá fui jar ... A seca terrivel, que tudo devora, lhe bota pra fora da
terra natá.
muito fe(iz. 'Eu sou fio ia 9{oráéste, não nego o meu naturá ...
:Mas, uma seca medonha me tangeu áe Cápra cá... JI.
O carro já corre no topo da serra, oiando pra terra, seu berço, seu
lar. .. Aquele nortista, partido de pena, de longe acena:
Adeus, meu lugá!
Trecho dos versos de "Vaca Estrela, Boi Fubá"
No dia seguinte, já tudo infadado e o carro embalado, veloz a cor-
SETEMBRO passou com outubro e novembro, já tamo em dezem-
rer. .. Tão triste, coitado, falando saudoso, um seu fio choro-
bro ... Meu Deus, o que é de nôis? Assim fala o pobre do
so exclama a dizê:
seco Nordeste, com medo da peste, da fome feroz.
l\IIIUTÃ.ú, Albigenor & Rose, So.s. DINÂMICII DE ,/W/' . Qunlit 11\ 11I
Os autores apresentam cerca de 75 técnicas de dinâmicas de grupos, organi;zada
em cinco grupos principais: Dinâmicas de Apresentação, Dinâmicas de Integroçeio
Editora, 1999 - Rio ele Janeiro - RJ.
e Conhecimento, Dinâmicas de Recreação, Dinâmicas de Aprendizagem, e E:stó-
'JI(NYASHIKI, Roberto, A CARÍCIA ESSENCIAl",.Eelit. ru ente, I 9HH rias e Fábulas, destinadas à abertura e ao fechamento de eventos.
São Paulo - SP.
Jogos, Dinâmicos & Vivências Grupais
Z(G ZIGLAR. O QUE EU APRENDI NO CAMINHO PARA O TOI) Autores: Albigenor & Rose Militão
Editora United Press, 2000 - Campinas - SP. Págs. 248/Formato: 22 x 22cm
Destinado a profissionais que desenvolvem trabalhos com pessoas, este livro re-
quer do leitor algum conhecimento dos fenômenos que ocorrem nos grupos, suas
características, contextos, além de algum conhecimento prévio teórico-vivel1cial
na área. Os autores explicam que o facilitador deve estar atento quando uma
dinâmica, aparentemente simples, desencadear emoções fortes e exigir umo in-
tervenção terapêutica, se caracterizando como uma vivência.
-----------------------------------------------------------------
Vitalizadores
Autores: Albigenor & Rose Militão @
Págs. 108/Formato: 12 x 18cm
Os autores selecionaram 103 opções de vitalizadores - uma espécie de dinâmica
de grupo rápida, objetiva e eficaz para aquecer e descontrair um grupo - e Orga-
nizaram esta obra. A utilização desses vitalizadores é ideal quando o facilitador
quer animar, ativar a memória, estimular o raciocínio, melhorar a auto-estima
exercitar a percepção, combater a timidez, vencer desafios e despertar paro o
trabalho em equipe.