01

Tensão e
Resolução
Exemplos em arquitetura
IAU 22.1

Apresentado por Lorenzo Machado Bastos

 02

Tensão e
Resolução
Na música -
inspiração para o tema
IAU 22.1

Apresentado por Lorenzo Machado Bastos

Música 03

Música ocidental tem

construção linear e limitada a
12 notas. Contudo, as formas
de estruturação e combinação
de partes são praticamente
infinitas. Para gerar interesse,
normalmente, o compositor
combina elementos geradores
de tensão e de resolução.
NA MÚSICA 04

Na música, tensão é um
sentimento de antecipação
criado pelos artifícios e
escolhas tomadas pelo
compositor .

TENSÃO
NA MÚSICA 05

Resolução é o contraste criado por

outra figura de linguagem musical,
normalmente mais simples e menos
dissonante. Torna, juntamente com
a tensão, a composição
interessante por meio do contraste.

RESOLUÇÃO
Elementos 06

Compositores utilizam todos os

elementos de uma música como
recursos para gerar tensão e
resolução. Tensão e resolução são
construidas através de harmonias,
dinâmica, timbre, ritmo, melodias, e
até através da estruturação das partes
de uma música.
À medida que passamos por esses
exemplos, observe que sempre há
algum tipo de mudança envolvida.
A mudança pode ser gradual ou
abrupta, mas em cada caso, um ou
mais aspectos da música sofrem uma
alteração.
 07

EM
ARQUITETURA

PRINCIPAIS TÓPICOS
NA MÚSICA 08
"A arquitetura não é uma arte puramente
racional, tampouco totalmente subjetiva. É
um mix complexo, cuja manifestação -de
certa forma- é expressada em tensão ou
resolução. O equilíbrio ocorre quando uma
díade de forças contraditórias se
complementam. A tensão resulta de
irresolução e desproporção. Exploração
intencional dessas dualidades fundamentais
-para atingir equilíbrio ou desequilíbrio-
finalmente evidencia um poder inerente a
arquitetura."

ANDREW GLEESON -PROFESSOR, ARCHITECTURE IOWA STATE UNIVERSITY

NA MÚSICA 09
Os contrastes são a própria base da experiência
arquitetônica. A experiência relacionada a uma
característica é afiada e se torna tangível pela
conexão com sua contraparte. O clima frio é
sentido de forma mais interessante em relação a
calidez de um abrigo aconchegante. E este abrigo,
por sua vez, é melhor aproveitado em meio a
imensa vastidão. A consciência da luz é ancorada
pela escuridão. Quando o desing é pensado criando
um elo entre essas condições opostas, o arquiteto
nutre e eleva a situação transmitida por coisas
cotidianas da vida humana.

MAX JACOBSON - THE GOOD HOUSE: CONSTRAST AS A DESIGN TOOL

 MODALIDADES
10

DE CONTRASTE

O QUE SÃO AS MODALIDADES DE

CONTRASTE?

Durante minha pesquisa, cunhei esse termo pra

designar as principais díades de elementos que
geram contraste através da dinâmica de tensão e
resolução. Todos trabalham com continuidade e
interrupção, além de que, muitas vezes, os
elementos não são claramente separados.
 MODALIDADES DE CONTRASTE
11

INTERNO E EXTERNO EXPOSTO E ABRIGADO CLARO E ESCURO CONFINADO E ABERTO

Apresentações são Apresentações são Apresentações são Apresentações são

ferramentas de ferramentas de ferramentas de ferramentas de
comunicação que podem comunicação que podem comunicação que podem comunicação que podem
ser usadas como ser usadas como ser usadas como ser usadas como
palestras. palestras. palestras. palestras.

Out

In
 12

INTERNO E
EXTERNO
NÃO SE PODE CRIAR UM
AMBIENTE INTERNO SEM
MOLDAR O AMBIENTE EXTERNO

Misturar esses ambientes e criar

transições entre eles são coisas que
acontecem naturalmente ao projetar
Integrated Comprehensive School - BEZ + KOCK ARCHITEKTEN
 13

OPACIDADE
Variar a opacidade de um elemento translúcido
muda completamente a iluminação e a relação
entre os dois espaços por ele divididos.

VIDRAÇAS
Café Kusunoki-sou

São um elemento de transição comum que

servem pra mesclar mais ou menos os ambientes
internos e externos, conforme as escolhas do
designer

Casa salomé trikas arquitetura

14
15
16
ELOS
17

PRÁCTICA ARQUITECTURA
LA HACIENDA JARDÍN
ENGAWA 18

Quase uma varanda, serve como

transição apagada, de interno para
externo e vice versa. Do interior da
casa, o engawa é considerado um
prolongamento do espaço e é usado
eventualmente como um ambiente
informal. Do exterior, a varanda é
pertence do jardim, num patamar mais
elevado do solo.

JOSEP FERRANDO ARCHITECTURE

HOUSE P
PÁTIOS 19

O momento externo criado

por um pátio por meio de
uma subtração no volume
construído é uma das mais
interessantes interrupções
do espaço interno. Seu uso
é frequentemente associado
a benefícios bioclimáticos -
melhorias na ventilação e
iluminação naturais nos
espaços internos - mas ele
pode conotar muito mais do
que isso.

GCA ARCHITECTS
DAY CARE CENTER FOR PEOPLE WITH ALZHEIMER’S DISEASE
 20

EXPOSTO E
ABRIGADO

O abrigo em meio a vastidão e

hostilidade da natureza cria
ambientes excepcionais.

Frank Lloyd Wright - Casa da cascata

CHUVA
21

"A good building should let the rain leak in a little"

Frank Lloyd Wright

CLIMA
Experienciar o tempo de um local seco e seguro.

INTENCIONALIDADE
Trazer a chuva pra perto do expectador e ainda manter a
construção estrutural e funcionalmente intacta.
CHUVA 22

INCORPORAR ELEMENTOS NATURAIS

Como o nome indica, esta casa é a celebração de um
clima particular, do glorioso dilúvio de chuva a que um dos
lugares mais limpos do planeta pode nos sujeitar.

Rain Curtain House / Room11 Architects

CALOR E FRIO 23

APROVEITAR O CLIMA DE PERTO

Poder escolher estar ou não em contato direto com uma
condição climática compõe a experiência de qualquer
edificação.

Casa Kyvik / Sjöblom Freij Arkitekter - Suécia

ALHAMBRA 24

GRANADA, ESPANHA

Localizada numa colina muito alta e numa região de

ventos fortes.

Alhambra
 25

CLARO E
ESCURO

Church of light - Tadao Ando

JEWISH MUSEUM 26
BERLIN

Este projeto, entre os

outros concorrentes, foi o
único projeto que
implementou um design de
forma radical, como uma
ferramenta
conceitualmente
expressiva para representar
a vida judia antes, durante
e depois do holocausto. A
luz escorrendo para dentro
das salas representa um
papel importante na
construção dessa
expressividade.
27

MESQUITA
BAIT UR ROUF

Diferentes níveis de luz ao

longo do dia formam
padrões e tronam a
construção um organismo
vivo, sempre mudando.
 28

CONFINADO
E ABERTO

Comprimir o espectador para depois

abrir o ambiente e causar sensação
de amplitude.

FRANCISCO REINA
BASINS OF REAL ALCÁZAR DE SEVILLA
29 CATEDRAL DE Chega-se à nave como
BRASÍLIA quem emerge das trevas.
MOSTEIRO DOS JERONIMOS 30

CONTRASTE ENTRE PÁTIO E CORREDORES

Mosteiro dos jerônimos, Lisboa

 32
ASSOCIAÇÃO E CONTEXTO

O DO
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ASSOCIAÇÃO E CONTEXTO 33
CONCLUSÃO
A ARQUITETURA, MAIS QUE A MÚSICA,
CUMPRE UM PROPÓSITO (FUNÇÃO) 34

O arquiteto que se atenta ao contexto e não só a função da obra é aquele que

se destaca. Utilizar dos artifícios aqui mostrados para conferir qualidade
dramática e expressiva é um dos caminhos para desenvolver a identidade de
uma edificação. Contudo, a função não pode ser sempre renegada em
benefício da forma.
Este é o dilema do arquiteto apresentado no início da apresentação, a
arquitetura não é uma arte puramente racional, tampouco totalmente
subjetiva. O fazer arquitetônico é o cinza que vive entre as dualidades
apresentadas nesse trabalho, porém discernimento permite o observador
distinguir o branco e o preto que formam o todo interessante, assim, o uso e
associações das modalidades de contraste e o equilíbrio da dicotomia
forma/função fazem a "boa" arquitetura .
 35

LORENZO MACHADO BASTOS

221001210

INTRODUÇÃO A ARQUITETURA E
URBANISMO

Millennium Design •
Unb

janeiro de 2020
BIBLIOGRAFIA
36
RESOLUTION AND TENSION
Mies van der rohe and the myriad dualities
of architecture

THE GOOD HOUSE

Contrasts as a design tool

TENSÃO E RESOLUÇÃO
EXEMPLOS EM ARQUITETURA