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ILUMINAÇÃO NATURAL

Profa. Ms. Consuelo Carletto


 “Arquitetura que entra em simbiose com a luz e não
meramente cria forma na luz, no dia e na noite,
permite que a luz se torne forma.”
 Richard Meier
LUZ

 Física: radiação ótica que entra na retina e fornece


sensação visual.
 Várias fontes de luz: o sol, a lua, o fogo e
eletricidade.
 Revelam contornos, superfícies, formas e cores.
Também a beleza, função e forma da arquitetura.
Define imagem, cor, textura dos espaços, edifícios,
cidades e paisagens. Determina nosso limite visual e
nosso entendimento de escala.
 “Luz é radiação eletromagnética capaz de produzir
sensação visual. A luz “branca” solar ou a de uma fonte
artificial, como a lâmpada incandescente, é uma
mistura de todos os comprimentos de onda no espectro
visível e regiões adjacentes de infravermelho e
ultravioleta, estas também de extrema importância no
estudo da luminotécnica. Dentro da faixa de luz visível,
os diferentes comprimentos de onda correspondem às
diferentes cores das luzes que somadas originam a luz
“branca”.
 “A luz altera a percepção do espaço. A forma
iluminada mostra os contornos, superfícies, texturas
e cores. A relação entre luz e espaço dita a nossa
percepção visual do mundo que nos cerca e da
maneira como o sentimos.”
 Pode fazer “o espaço parecer mais quente ou mais
frio, pode nos fazer sentir abertos e integrados ou
ainda restritos, fechados e com intimidade.”
Percepção do espaço
“A luz não tem apenas intensidade, mas também vibração que é capaz
de tornar áspero um material suave e macio, dando uma qualidade
tridimensional para superfícies planas” Renzo Piano

 A reflexão é um fenômeno extremamente


importante, pois graças a ele conseguimos ver os
objetos e espaços a nossa volta.

 Dependendo das características de acabamento da


superfície, a refletância poderá ser:
 Difusa ou irregular: “superfícies com acabamento
fosco que apresentam irregularidades que
dificultam a reflexão,. Minimizam problemas de
desconforto visual causados pelo ofuscamento
refletido. ex. o gesso, a neve e o papel branco
fosco.
 Mista ou semiespecular: refletem o fluxo em várias
direções. Ex. asfalto molhado, uma parede pintada,
uma folha de papel brilhante.
 Especular: Superfícies perfeitamente polidas que
permitem ângulos iguais de incidência e de
reflexão do fluxo luminoso sobre ela incidente. Ex.
espelhos.
PORQUE USAR A LUZ NATURAL
 Fomos criados para interagir com a luz solar, fundamental para
nossa existência saudável.
 Estados físicos de alerta
 Repouso
 Produtividade
 Bem-estar
 Ritmos circadianos e
 Saúde humana
 Precisamos de menos luz para ver do que necessitamos para
estimular nossos ritmos fisiológicos.
 Luz natural e artificial são diferentes com relação à percepção
visual e fisiológica.
 Nossos ritmos químicos chamados circadianos (Circa =
aproximadamente, Dies =
Dia) regulam nosso relógio biológico interno.
 Relógio mestre no núcleo supraquiasmático regula ritmos
circadianos. A glândula pineal produz serotonina (regula
padrões de sono) e melatonina (anti-depressivo).
 Interrupção melatonina: baixa qualidade de sono, ausência de
reflexos e alerta, depressão sazonal, deficiências
imunológicas.
 Não receber luz externa funcionará num período mais lento e
fora de sincronia com o ciclo dia e noite.
 A luz branca que ativa os ritmos circadianos (luz
biológica) é azulada (mais próxima do céu azulado) e
não amarela.
 Níveis para ativar a melatonina são bem maiores do
que para a visão.
 Num escritório pode-se aumentar o nível de iluminação,
o contraste, ou tamanho do objeto, conforme a idade
do usuário. Podem-se adotar os valores recomendados
de 300 a 500 lux, mas na tarefa, pelo menos 1000 lux
para ativar também os ritmos circadianos.
DESVANTAGENS: Variação da luminância da Abóbada Celeste
LUZ X INSOLAÇÃO
Qualidades materiais da luz
“Arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes sob
a luz” Le Corbusier

 “è um elemento do projeto que pode valorizar e


definir hierarquias; fazer cantar, encantar, falar,
murmurar ou simplesmente deixar em silêncio
elementos sólidos do espaço da arquitetura tais
como: pisos, paredes e tetos.
Funções materiais da luz

 Intensidade – níveis de iluminação ou quantidade de


brilho , incidentes ou refletidos;
 Modelagem – forma ou “desenho” da luz pode ser
percebido em variedades e contrastes de intensidade e
cor; - contrastes
 O movimento ou mudança de intensidade, cor ou forma
da luz, conduz o olhar para o local desejado;
 A cor da luz corresponde às características intrínsecas
de matizes e tons que modificam a luz incidente.
CUIDADOS

- EVITAR OFUSCAMENTO
- EVITAR GRANDES CONTRASTES
Funções espaciais da luz
 Destacar
 Conectar

Museu Gugemheim, NY, de Frank Loyd Wright Igreja de Santiago Calatrava


IMPRESSÕES DA LUZ
Luz e significado

 “A linguagem da luz e sombra é um poderoso meio


para expressar significados na arquitetura. ... A Luz
Simbólica se relaciona com conceitos conhecidos de
vida, morte, infinito, muitas vezes atingindo o
aspecto especial de uma luz divina, que simboliza a
transcendência.”
 “A luz contemplativa está associada à apreciação
da luz e sombra que envolve um espaço, livre de
qualquer desconforto visual, relacionada à imagem
de luz e silêncio.

 A luz festiva marca datas e locais especiais.


Luz artificial complementar
Direção da luz

 Iluminação direcional x escrita


Temperatura de cor – refere-se ao aspecto da aparência
da tonalidade de cor da luz

 Espectro da lâmpada
Incandescente

 Espectro da lâmpada
fluorescente

 Espectro Luz solar


ILUMINAÇÃO LATERAL
Prateleiras de luz
LIGHT SHELF – REFLEXÃO POR ELEMENTO
ARQUITETÔNICO

BANDEJA DE LUZ
ILUMINAÇÃO ZENITAL
Instituto do Mundo Árabe – Jean Nouvel
Instituto do Mundo Árabe – Jean Nouvel
 Banco Hong Kong – Norman Foster

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