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Luz e Pigmento

CGA - M5
A luz e o seu comportamento físico
A Luz e o seu comportamento físico

 A luz é fundamental para observarmos o que existe


à nossa volta.
 A luz não é apenas fundamental para observarmos
o que existe à nossa volta, mas também para nos
comunicarmos uns com os outros.
 Para que possamos observar os objectos ou sinais
luminosos, é necessário que haja luz.

De onde vem a
Luz?

RESPOSTA:
Todos os corpos que podemos ver enviam luz
para os nossos olhos, isto é os nossos olhos
recebem luz que provém dos corpos.
 Corpos luminosos – enviam luz própria para o
espaço à sua volta, e esta pode ser vista,
independentemente da presença de outros corpos,
exemplo, o Sol, as estrelas, uma vela ou uma
lâmpada. Chamam-se também fontes de luz.
 Corpos iluminados – enviam para o espaço
envolvente a luz que recebem dos corpos
luminosos, por exemplo, a Lua, os planetas, uma
mesa, a roupa, um livro ou mesmo as pessoas.
 Então, para que possamos ver os objectos, é
necessário que os nossos olhos captem a luz que
deles sai.
Será que os corpos se comportam todos
do mesmo modo quando são atingidos pela luz?

 Corpos transparentes – deixam-se atravessar


facilmente pela luz, permitindo que através
deles se vejam nitidamente os objectos.

 Corpos translúcidos – deixam dificilmente


a luz, permitindo que através deles
apenas se vejam os contornos dos objectos.

 Corpos opacos – não se deixam atravessar


pela luz, não permitindo que se veja através
deles.
Corpos transparentes Corpos translúcidos

vidro comum vidro fosco

Corpos opacos

Madeira e Plástico
Afinal, o que é a luz?

 A luz é a energia que se propaga sob a forma de


ondas electromagnéticas.

 Ondas electromagnéticas – perturbação eléctrica


e magnética que se propaga a grande velocidade
numa direcção perpendicular entre si e
perpendicular à direcção de propagação.
Ao contrário do som, a luz não necessita de
suporte material para se propagar, logo a luz
propaga-se no vazio.

 A Luz que se difunde no interior de um objecto/


corpo é invisível, visível é o que emite reflectindo
a Luz na direcção do olho, órgão receptor.
A luz propaga-se em linha recta

 A linha que indica a direcção de propagação da luz


chama-se raio luminoso
Assim como o conjunto de raios que parte de um
ponto chama-se feixe.
Quando o ponto de onde provêm os raios está
muito distante, os raios são considerados
paralelos.
Frequências

As ondas de luz também têm muitas frequências.


A frequência  é o número de ondas que passa por um
ponto no espaço durante um intervalo de tempo
determinado, normalmente um segundo.  Ela é medida
em unidades de ciclos (ondas) por segundo ou Hertz
(Hz).
A frequência de luz visível é chamada de cor.
A cor e a matéria
A luz - Intermediária entre a natureza e o Homem

 A luz é a mediação. Os objectos do mundo aguardam inertes e latentes a sua manifestação, que será
possível, quando levados por feixes luminosos até os nossos olhos.
 A visão representa uma das preciosidades que o homem recebeu da natureza. É talvez o sentido que mais
faz vibrar o ser humano e o faz pensar, gozar e desfrutar as coisas do mundo que o rodeia.
 Os olhos, através dos quais se processa a visão, constituem, portanto, os órgãos privilegiados de ligação
entre o mundo interior do homem e o mundo exterior que o rodeia. Essa ligação somente se realiza quando
há luz.
 A luz é, assim, a grande intermediária entre a natureza e o homem. Ela apresenta todos os detalhes á
percepção do ser humano numa variada gama de sensações visuais coloridas ou não.

 Como se processa a visão?


 Os raios luminosos, porções de energia solar que atingem um objecto, são reflectidos em todas as direcções.
Dependendo da quantidade de luz que penetra nos nossos olhos, veremos as coisas iluminadas ou escuras.
Análise do comportamento dos materiais à luz

 Quando a luz atinge um objecto.

Se uma onda de luz atinge um objecto, o que sucede depende da energia da onda e da frequência natural.
Com base nestes factores pode suceder quatro casos distintos quando a luz atinge o objecto:

1. As ondas podem ser reflectidas ou difundidas no objecto.


2 .As ondas podem ser absorvidas pelo objecto.
3. As ondas podem ser refractadas pelo objecto.
4. As ondas podem atravessar o objecto sem efeito.
1. Reflexão e Difusão
Uma onda reflectida atinge sempre a superfície
de um material com o mesmo ângulo.
 Pode ver-se que a luz reflectida tem a mesma
frequência da onda de origem.

 Quando um objecto é opaco, quanto mais escuro Fig.1


for menos luz é reflectida. Se o objecto tiver cor,
reflecte os comprimentos de onda dessa mesma
cor.
 Quanto à textura do objecto. Quanto mais áspero
for o objecto, mais a luz se difunde. Assim quanto
mais lisa for uma superfície mais luz é reflectida,
ou seja actua como um espelho.

Fig.2
 Difusão – É a reflexão gerada para fora de uma
superfície irregular. As ondas de luz de origem são
reflectidas em todos os tipos de ângulos, porque a
superfície é desigual.

Fig.3

Exemplo:

A superfície do papel é um bom exemplo, se


olharmos através de um microscópio podemos ver
quão irregular é.
Quando o papel é atingido pela luz, as ondas são
reflectidas em todas as direcções, daí
conseguirmos ler as palavras impressas numa
página, independentemente do ângulo que os
olhos vejam a superfície.

Fig.4
 2 . Absorção
Na absorção, a frequência da onda de luz incidente
é próxima ou igual à frequência de vibração dos
electrões do material. Os electrões captam energia
da onda de luz e começam a vibrar. O que
acontece a seguir depende da força com a qual os
átomos seguram os seus electrões. A absorção
acontece quando os electrões estão presos Fig.5
firmemente e passam as vibrações adiante para os
núcleos dos átomos, o que aumenta a velocidade
desses átomos e os fazem colidir com os outros
átomos do material e acabam por produzir calor.

A absorção da luz torna um objecto escuro ou


opaco à frequência da onda de luz incidente. A
madeira é opaca para a luz visível. Alguns
materiais são opacos para algumas frequências de
luz, mas transparentes para outras. O vidro é opaco
para a luz ultravioleta, mas é transparente para a
luz visível.
Fig.6
 3. Refracção

Acontece quando a energia de uma onda é igual à


frequência natural dos electrões em um material.
A onda penetra profundamente no material e
causa vibrações para os átomos, estes enviam
ondas de luz da mesma frequência da onda de
origem. A onda dentro do material reduz a sua
velocidade, enquanto que a parte da onda fora do
objecto mantém a sua frequência original, este Fig.8
fenómeno origina a noção de dobra, a quantidade
de dobra ou ângulo de refracção da onda depende
de quanto o material reduz a velocidade da luz.

Fig.7 Fig.9
 4. Transmissão
Se a frequência ou energia da onda de luz
incidente for muito maior ou muito menor do que
a frequência necessária para fazer os electrões do
material vibrarem, então eles não irão capturar a
energia da luz e a onda passará através do
material sem ser modificada. Dessa forma, o
material será transparente para aquela frequência Fig.10
de luz. A maioria dos materiais é transparente para
algumas frequências mas não para outras.

Por exemplo: uma luz de alta frequência como os


raios gama e os raios X passarão por vidros
normais, mas a luz ultravioleta e infra-vermelha
(de menor frequência), não.
Conclusão

 Sem dúvida que todos concordamos que a luz tem uma importância extraordinária na nossa
vida e o comportamento dos materiais quando interagem com ela é um factor determinativo
para toda a sociedade moderna. Consideramos que é assim importante realçar sempre os
diversos tipos de comportamentos da luz.
A adição da luz
RGB

 As cores obtidas directamente e naturalmente por


decomposição da luz solar, ou artificialmente mediante
focos emissores de luz de uma longitude de onda
determinada denominam-se cores aditivas.
Não é necessária a união de todas as longitudes do
espectro visível para obter o branco, já que se
misturarmos só o vermelho, verde e azul obteremos o
mesmo resultado. É por isso que estas cores são
denominadas cores primárias, porque a soma das três
produz o branco. Além que, todas as cores do espectro
podem ser obtidas a partir delas.
Sistema RGB
 As cores aditivas são as usadas em trabalho gráfico com
monitores de computador, já que, segundo vimos
quando falamos dos componentes gráficos de um
computador, o monitor produz os pontos de luz partindo
de três tubos de raios, um vermelho, outro verde e outro
azul. Por este motivo, o modelo de definição de cores
usado em trabalhos digitais é o
modelo RGB (Red, Green, Blue).
 Todas as cores que se visualizam no monitor estão em
função das quantidades de vermelho, verde e azul
utilizadas. Por isso, para representar uma cor no
sistema RGB atribui-se um valor entre 0 e 255
(notação decimal) ou entre 00 e FF (notação
hexadecimal) para cada um dos componentes
vermelho, verde e azul que o formam. Os valores mais
altos de RGB correspondem a uma quantidade maior
de luz branca. Por conseguinte, quanto mais altos são
os valores RGB, mais claros são as cores.
 Desta forma, uma cor qualquer virá representada no
sistema RGB mediante a sintaxe decimal (R,G,B) ou
mediante a sintaxe hexadecimal #RRGGBB.
A cor vermelha pura, por exemplo, especifica-se como
(255,0,0) em notação RGB decimal e #FF0000 em
notação RGB hexadecimal, enquanto que a cor rosa
claro dada em notação decimal por (252,165,253) se
corresponde com a cor hexadecimal #FCA5FD.
Mistura aditiva na impressão de imagens

 Uma experiência que nos ajuda a identificar o efeito na


fusão das cores é através do movimento do círculo
cromático, que resulta teoricamente na cor branca,
porque na prática o que se obtêm é uma cor clara e
uniforme, próxima do branco. Este efeito acontece
porque a visão humana não consegue acompanhar o
movimento de cada uma das cores fazendo assim a
mistura óptica de todas as cores.
 No que diz respeito a uma imagem impressa,
verificamos quando observamos mais próximo, que a
cor que vimos a uma certa distância é de facto
composta por pequenos pontos de duas ou mais cores,
como a nossa visão não consegue vê-los, mistura as
cores dos pontos resultando assim numa outra. Figura 0 - Claude Monet. “O Lanche”, 1873
 Os impressionistas utilizam muito as leis do contraste
simultâneo da decomposição óptica da luz. Eles
usavam as cores puras, por justaposição, que
misturadas e observadas a uma certa distância
provocam uma exaltação da luminosidade em termos
ópticos (fig.0).
Exemplo:

 Um quadrado cor de laranja com pequenos pontos


violeta (fig.1), se fecharmos ligeiramente os olhos
conseguimos ver um tom próximo do magenta. A cor é
obtida pela mistura óptica do violeta com o laranja –
mistura aditiva.

fig.1

 O cinzento, como exemplo na figura 2, resulta da


mistura óptica dos minúsculos pontos magenta, azul
cyan e amarelo e ainda do fundo branco como mostra a
ampliação ao lado.
 

fig.2
Luz natural e Luz artificial

 Os nossos olhos e o nosso cérebro possuem uma


capacidade de adaptabilidade em relação às cores que
vemos, quando estas estão sujeitas a diferentes fontes de
luz. Os objectos iluminados pela luz eléctrica têm cores
ligeiramente diferentes das percebidas quando os mesmos
objectos estão expostos à luz natural. Essa diferença torna-
se, entretanto insignificante devido à reacção orgânica e à
memória.
As fontes luminosas podem ser, naturais ou artificiais:

 1. Luz natural
Proveniente do sol, directa ou dispersa pelas nuvens, é
muito utilizada na tomada das imagens em vídeo.
Manifesta-se em várias formas, desde suave, difusa, dura e
contrastada. Dependendo das condições de tempo, projeta
sombras suaves, ou sombras profundas e marcadas.
 A luz forte do sol é geralmente a pior iluminação para
retratos. Ela pode causar sombras nos rostos de pessoas ou
fazê-las piscar. Uma luz dura, direta, pode realçar uma
imagem que tenha a sua maior parte na sombra. Já a luz
difusa favorece um rosto, pois dá um tom sutil e uniforme.
Para obter essa luz pode-se rebater a luz principal.
 As luzes que se tem de manhã cedo ou no fim da tarde e
até mesmo da noite são as melhores para se fotografar,
pois dão um tom suave e delicado.
 2. Luz artificial

 É a luz adicionada intencionalmente à luz ambiente. Pode


ser simples, como a de um flash manual, ou completa,
como a de um estúdio. Com o equipamento certo pode-se
criar qualquer cena de iluminação.
 A principal desvantagem deste tipo de luz é a dificuldade
de iluminar grandes espaços que exigem um enorme
potencial eléctrico. Um outro problema é a
incompatibilidade com as diversas fontes de luz pelas
diferenças de temperatura de cor. Mesmo com estas
dificuldades os operadores de imagem muitas vezes
preferem a luz artificial , pois conseguem controlar melhor
todos os parâmetros que intervém na iluminação de um
objecto: a potência luminosa, a suavidade ou dureza da
luz, o controlo da luz e das sombras, a direcção do foco
luminoso, temperatura de cor e a filtragem.
Quanto à direccionalidade da iluminação podemos utilizar

 Luz directa - Produz sombras e contrastes. O resultado dá


tons altos (high key). Obtemos imagens cruas, acentua o
relevo e satura as cores. Pode servir para efeitos
dramáticos.
Ex.: sol descoberto ou projector nu.

 Luz difusa - Ilumina uniformemente e não produz


sombras. Produz uma iluminação de ambiente suave,
diminui os contrastes e apaga o relevo, dando como
resultado tons baixos (low key).
Ex.: A luz do dia pode implicar o uso de reflectores ou
difusores para iluminar as zonas de sombra (devem ser
utilizadas superfícies que possam reflectir bem a luz).
 A posição das fontes de luz relativamente ao plano e à(s)
personagem(s) pode dar resultados diferentes. Basicamente
existem:
 Luz Frontal - Diminui a profundidade e provoca contrastes
exagerados. Se subirmos o nível da fonte obteremos sombras
curtas e duras achatando as personagens.
 Contra-Luz - Fonte luminosa atrás do motivo dirigindo-se
contra a câmara. Apaga pormenores e revela somente as
silhuetas e outros contornos.
 Luz Ambiente - Não ilumina directamente personagem ou
motivo.
 Luz de Fundo - o cenário pode precisar de ser iluminado
separadamente sobretudo quando necessitamos de um plano
aberto.
 Luz de Efeito - Luz pontual, para sublinhar um pormenor
(mais usada em planos apertados).
 Luz Rasante - Vem debaixo para cima, provoca grandes
sombras e dramatiza fortemente a personagem.
 Relativamente à luz do dia concluímos assim que se
quisermos obter motivos equilibrados devemos evitar as
horas à volta do meio-dia.
 
A temperatura de cor

 A temperatura de cor expressa a aparência de cor da luz


emitida pela fonte de luz. Quanto mais alta a temperatura
de cor, mais clara é a tonalidade de cor da luz.
Quando falamos em luz quente ou fria, não nos estamos a
referir ao calor físico da lâmpada, mas sim à tonalidade de
cor que ela apresenta ao ambiente. A Luz com a tonalidade
de cor mais suave torna-se mais aconchegante e relaxante,
luz mais clara mais estimulante.
 A temperatura das cores, designa a capacidade que as
cores têm de parecer quentes ou frias e de transmitir
sentimentos ao observador.

 Quando se divide um o cromático ao meio com uma linha


vertical cortando o amarelo e o violeta, percebemos dois
blocos correspondentes ás cores frias e as cores quentes.
 CORES QUENTES
Transmitem um efeito ou sentimento quente ao observador.
Se observamos o círculo cromático, vemos que as cores
quentes são aquelas que participam da mistura com vermelho
ou amarelo com qualidades positivas, atrevidas, excitantes,
vibrantes e expansivos. Sugerem calor, fogo, luz de sol,
sangue, e possuem carácter inquieto, vivo e estimulante.

 CORES FRIAS
Transmitem ao observador uma sensação de frieza.
São as cores que participam do azul com carácter negativo,
intimista, e reservado tranquilo e relaxantes. Sugerem frio,
humidade, agua, luz de lua e relaxe. Na natureza sempre
encontramos as cores quentes ao lado das cores frias. E se
encontramos cores frias juntas, uma delas será com tendência
mais quente que a outra.
A Importância da Temperatura de Cor na Vida Humana

 O ser humano tem a sua vida guiada pelas estimulações


visuais e toda a sua fisiologia é baseada no clico do dia e
da noite, em um mundo selvagem, o ser humano seria um
animal diurno, portanto teria o auge de sua actividade no
meio do dia e repousaria a noite, isso leva-nos ao seguinte:
O dia amanhece e inicia-se a actividade do ser humano,
que neste período é mais calmo e menos activo pois está
ainda a acordar. No meio do dia, temos o auge da
actividade, e no fim da tarde estamos cansados e
preparados para entrar em repouso. Devido à posição do
sol o início do dia e o fim do dia, tem temperaturas de cor
mais baixas e no meio do dia temperaturas mais altas.
Essa informação leva-nos a interpretar a temperatura de
cor como factor determinante da nossa atenção e também
do nosso modo de visualizar os objectos e interpretar a
cor.
As cores subtractivas da luz
Processo subtractivo

 O processo subtractivo caracteriza-se pelo resultado da


diferença de uma cor através de filtragem de luz, ou
seja, pela modificação da luz por um filtro ou corante.
Por exemplo, um tomate vermelho seria visto sem cor
se entre a luz branca e o tomate fosse colocado um filtro
de qualquer cor diferente da vermelha.
 O processo de formação da cor em pigmentos opacos
pode ser compreendido como um fenómeno de absorção
ou reflexão da luz incidente sobre o objecto. Desse
modo, quando um raio luminoso atinge uma camada de
um objecto pigmentado há um espalhamento da luz com
fenómenos sucessivos e simultâneos, que determinam a
cor reflectida por aquela superfície. Em consonância
com essa análise, o tomate é visto como vermelho,
porque, quando a luz penetra nos pigmentos, todas as
outras radiações referentes às outras cores são
absorvidas, excepto as do vermelho que é reflectido
(processo subtractivo); ou o tomate é visto vermelho
porque ele absorve a cor complementar do vermelho,
que é o verde (processo subtractivo; absorção). Isto é,
ele absorve todas as cores, mas com um máximo de
absorção no verde, que é a cor complementar do
vermelho.
CMY+K

O sistema cromático CMYK (cyan, magenta, amarelo e


preto) divide as cores nas percentagens das primárias
subtractivas que as formam e adiciona o preto como medida
de estabilidade. A cor de um objecto é determinada pela cor
da luz que este absorve e da cor da luz que reflecte. Quando
uma luz de cor branca atinge um objecto vermelho, o objecto
aparece vermelho porque subtraiu(absorve) todas as cores
excepto a vermelha, que ele reflecte.
No processo subtractivo, o branco é gerado pela ausência de
qualquer cor e o preto é a presença de todas.
O modelo CMYK é usado em gráficas para a impressão por
quadricromia e em impressoras pessoais. Este modelo
baseia-se na subtracção da luz. Este é o modelo utilizado no
processo de impressão em quatro cores, que imprime
imagens em tom contínuo. Nesse processo, as cores são
separadas em quatro chapas de impressão diferentes C
(cyan), M (magenta), Y (amarelo), e K (preto). Para criar as
cores secundárias em CMYK (vermelho, azul-violeta e
verde) seleccione 100% das de cada uma das primárias que
formam a secundária desejada:

Vermelho – 100% de magenta + 100% de amarelo


Azul – 100% de cyan + 100% magenta
Verde – 100% de amarelo + 100% de cyan
Preto – 100% de todas as primárias e também do preto
 É o processo usado nas pinturas. Uma pintura é
diferente de um monitor, que por ser uma fonte de luz,
pode criar cores. Uma pintura não emite luz, ela
absorve e reflecte a luz e portanto gera cor através de
um processo que absorve comprimentos de ondas de
luz específicos e reflecte outros.
 É importante observar que algumas cores apresentadas
em RGB (como determinados verdes e azuis
brilhantes) não podem ser reproduzidas em CMYK,
portanto, não podem ser impressas. Uma tela de
computador projecta luz, enquanto os meios impressos
reflectem a luz, portanto a gama cromática RGB é mais
ampla e luminosa que a gama do modelo CMYK.
 Fazem parte das cores geradas por síntese subtractiva
as cores-pigmentos. As cores-pigmentos dividem-se
em dois grupos: opacas (tinta gouache, tinta plástica) e
as transparentes (aguarelas, películas fotográficas,
processo de impressão gráfica).
Meio-tom
 As cores usadas na impressão são semi-transparentes,
de modo que a sobreposição do ciano e do amarelo,
produzam o verde, por exemplo. Entretanto, para a
variar a quantidade de tinta transferida para o papel é
necessário um recurso denominado meio tom.
 Meio tom é a transformação das massas de cores em
malhas de minúsculos pontos correspondentes a cada
uma das quatro cores. Sem estes pontos, cada cor
primária seria apresentada como uma massa densa e
uniforme de cor. Com meios-tons é possível variar o
tamanho ou a frequência dos pontos, produzindo
variações percentuais na aplicação das cores.
 O tamanho reduzido dos pontos aplicados no papel e
sobrepondo aos pontos das outras cores faz com que o
olho humano perceba o conjunto como uma única cor.
O conjunto de pontos específico de cada uma das
quatro cores é chamado de tela, ou reticula.
 Em artes gráficas, existem basicamente duas formas de
se reproduzir uma cor: através de cores chapadas, já na
tonalidade final (mistura física de cores), ou através da
técnica de Quadricromia.
 Na impressão de cores chapadas, para cada cor é
realizada uma impressão. Se uma certa arte tem 10
cores, serão 10 impressões distintas. As desvantagens
são o tempo elevado para a conclusão do trabalho (se o
número de cores for elevado), assim como a
necessidade de uma maior precisão de registro. A
grande vantagem é que podemos imprimir sobre um
material de qualquer cor (até mesmo o preto), pois as
tintas usadas são opacas (não confundir com fosca),
isto é, não são transparentes.
 A Quadricromia é uma técnica de impressão, que
permite reproduzir, com extrema fidelidade, qualquer
cor ou tonalidade (efeito ótico), através de 4 cores
transparentes, independentes e sobrepostas: amarelo,
magenta (vermelho), cyan (azul) e preto, preparadas
segundo a Escala EUROPA. Como são tintas
transparentes, somente podem ser impressas sobre um
fundo branco.
A cor como fenómeno visual
Significado Cultural e Psicológico das Cores
 Há mais ou menos duzentos anos que a humanidade começou a
usar a cor com a intensidade com que fazemos hoje.
O numero de corantes e pigmentos conhecidos antes do séc.
XIX era muito reduzido. Tinham origem orgânica e custavam
muito caro. Só os indivíduos com mais recursos podiam usá-
los.
A cor sempre fez parte da vida do homem: sempre houve o azul
do céu, o verde das árvores, o vermelho do pôr-do-sol. Mas há,
também, a cor feita pela produção humana: tintas, papéis de
parede, tecidos, embalagens, cinema, TV, computadores etc.
O homem adapta-se á natureza circundante e sente as cores que
o seu cérebro aceita e que chegaram a ele numa determinada
dimensão de onda desde o seu nascimento. Essa dimensão de
onda deixa sempre o seu vestígio impresso em cada ser animal,
vegetal ou mineral.
As cores constituem estímulos psicológicos para a
sensibilidade humana, influindo no indivíduo, para gostar ou
não de algo, para negar ou afirmar, para se abster ou agir.
Muitas preferências sobre as cores se baseiam em associações
ou experiências agradáveis tidas no passado e, portanto, torna-
se difícil mudar as preferências sobre as mesmas.
Desde a Antiguidade, o homem tem dado um significado
psicológico ás cores e, a rigor, não tem havido diferença
interpretativa no decorrer dos tempos. Simplesmente, a ciência
conta hoje com métodos, processos e equipamentos
especializados.
 A cor é uma ferramenta de comunicação poderosa e importante,
e está ligada à influência religiosa, cultural, política e social.

A cor afecta o humor.


A maioria das pessoas tem uma cor favorita ou preferem algumas
cores mais que outras. Isso ocorre porque a cor possui um
impacto positivo ao nosso humor.

A cor vermelha pode aumentar a energia, a amarela, muitas


vezes faz as pessoas sentirem-se mais felizes, e a azul é utilizada
para reduzir a pressão arterial e diminuir o ritmo cardíaco é por
isso que muitas vezes está associada ao relaxamento. Ao misturar
a felicidade do amarelo e a sensação de relaxamento do azul,
dará o verde, uma cor muito agradável para muitas pessoas.

Hospitais ou clínicas de saúde, geralmente usam tons pastéis nas


paredes para que os pacientes fiquem mais calmos, felizes e
relaxados. Parede bege com tonalidade rosa e combinada com
verde hortelã é uma combinação popular para criar um espaço
relaxante, harmonioso e calmo. No outro extremo do espectro,
literalmente falando, as escolas tendem a usar cores brilhantes e
vibrantes para chamar a atenção das crianças.

Ao escolher as cores para o próximo projecto de design é


importante considerar a forma como irão juntar outros elementos
e qual o impacto que terá sobre o humor do público.
 A cor como significado cultural

Cores diferentes significam coisas diferentes em lugares


diferentes. Isto é extremamente importante para os designers
pois sem a consciência da importância cultural de uma cor,
corre o risco de ofender o público-alvo.

A cor roxa, por exemplo, é uma cor de luto na Tailândia. Na


cultura ocidental, no entanto, está associada com a realeza,
luxo, riqueza e, por vezes magia.

Outros exemplos são:


Na cultura ocidental, o preto é a cor do luto;
No Japão, é uma cor de honra, tendo como o branco o luto;
A cor vermelha no oeste representa perigo, o amor, a paixão
Na Índia, é uma cor de pureza, na China, é a cor da boa sorte
e na África do Sul é a cor do luto.
O amarelo representa a coragem no Japão, o luto no Egipto e
a esperança, no Ocidente.
 Cor pode ser inspirada pelo nosso ambiente

Vivemos num mundo colorido, um mundo que actua como a


fonte de inspiração para o design perfeito. A paleta está sempre a
mudar, temos desde laranjas de Outono até azuis do inverno.
Sendo assim, o melhor lugar para procurar inspiração é do lado
de fora da janela. Observe as cores da natureza e aplique-as nos
projectos.

Essa inspiração através da natureza também torna o olhar sobre


ela diferente. Cada lugar tem os seus detalhes e vale a pena
descobrir o mundo com outros olhos.

 Cor e a religião
Tal como acontece com a política, as cores são representativas
de determinadas religiões. Alguns exemplos dessas cores /
associações religião são: O verde é
considerado a cor sagrada do Islão;
Judaísmo é representada pela cor amarela;
No hinduísmo, muitos deuses têm a pele azul;
Branca está ligada à paz em muitas religiões;

Mais este tipo de informação só será necessário se estiverem a


criar um trabalho específico para a religião, mas não deixarem
de considerar a religião predominante do local de actuação do
projecto para o processo de criação.
Utilização da cor
 Podemos constatar que o uso da cor, nos diferentes campos da
sua utilização tem valor decisivo, não pode ser resolvido
arbitrariamente, com base apenas na percepção estética e no
gosto pessoal.
 Com referências ás áreas publicitárias e de promoção de vendas,
vários factores se conjugam para determinar a cor exacta que
será a portadora da expressividade mais conveniente a cada tipo
especifico se mensagem para um produto a ser consumido ou
serviço a ser utilizado. Na realidade, a especificidade daquilo
que será anunciado tem íntima conexão com a cor empregada,
quer seja para transmitir a sensação de realidade, quer para
causar impacto ou realçar um diferencial.
 Ninguém ignora, por exemplo, que a cor é uma das
características da moda, estando, portanto, intrinsecamente
ligada ao estilo de vida, isto é, à mesma que cada sociedade tem
de ser e de fazer determinadas coisas. O homem tendo
acrescentado às cores do espectro solar outras gamas
decorrentes de suas experiências no campo da Química, passou
a ter possibilidades mais amplas e diversificadas para exercitar a
sua criatividade na configuração de um novo gosto,
contribuindo com a sua parte para o surgimento de um estilo
renovado. Ninguém ignora que a integração do novo, dentro de
uma sociedade já moldada em determinados padrões
integralmente assimilados e sancionados pelo gosto da época, é
um processo lento precedido por uma vanguarda que, pela
audácia e irreverência, pela quebra de tradições e pela repetição
impositiva, vai sendo assimilada gradualmente até uma
aceitação praticamente total.
 Obviamente, a publicidade adapta-se ao estilo de vida e reflecte,
ao menos em parte, o comportamento humano dentro de um
determinado espaço de tempo. Essa limitação na transmissão de
imagem deve-se a uma das características mais marcantes da
publicidade, que é a de não fixar os aspectos negativos da
sociedades, dentro da qual é criada e para qual se dirige. Nesse
sentido ela pode ser considerada ilusória, pois fixa apenas
aspectos de uma realidade colorida, bela e feliz e tem a intenção
de sitiar as interdições. Por todo o seu conteúdo emocional, pela
sua força de impacto e pela sua expressividade de fácil
assimilação, é a cor o elemento que mais contribui para a
transmissão dessa mensagem idealizada, embora,
paradoxalmente, ela seja também o factos preponderante na
concretização do aspecto real da mensagem plástica.
Psicologia da cor – “Vermelho”

 O vermelho é a única cor brilhante de verdade e pura em sua


composição. É exaltante e agressiva. É o símbolo da paixão
ardente e desenfreada, da sexualidade e do erotismo. É uma cor
cálida associada com o sol e o calor, de tal maneira que é
possível se sentir mais aquecido em um ambiente pintado de
vermelho, embora objectivamente a temperatura não tenha
variado.
O vermelho é a cor do sangue, da paixão, da força bruta e do
fogo.
Cor fundamental, ligada ao princípio da vida, sugere vitalidade,
entusiasmo, paixão, agitação, força, sexo, calor, fogo, sangue,
amor, audácia, valor, coragem, cólera, crueldade, intensidade e
virilidade, estando associado com sentimentos enérgicos, com a
excitação apaixonada ou erótica. É a cor mais sensual de todo o
círculo cromático.
Também sugere alarme, perigo, violência, ira e aborrecimento.
Muitos animais e plantas usam o vermelho para indicar sua
periculosidade, e o homem o utiliza em todo tipo de indicações
de proibição e perigo.
O vermelho é uma cor controvertida, podendo ser atractiva e
sedutora como uns lábios de mulher pintados lábios de mulher
pintados ou desencadear nojo ou enjoo, como quando se
contempla uma poça de sangue.
Em uma composição pode ser usado para chamar a atenção, para
incitar uma acção ou para marcar os elementos mais importantes
de uma composição, porém quando é usado em grande
quantidade cansa a vista em excesso.
 Um problema associado ao uso da cor vermelha é a má gradação
que oferece, já que no modificar as suas propriedades parecem
cores rosadas, pouco aptas para o seu uso na web.

Uma possível solução a este problema é deslocarmos no círculo


cromático para os violetas ou para os laranjas, ou seja, usar o
vermelho como centro da gama e completar esta com suas cores
análogas.
Outra boa forma é combinar o vermelho cinza e com as cores de sua
tríade. Quanto ao seu complementar, o verde, embora contraste muito
bem com ele, juntos não criam um efeito visual adequado
Verde

 O verde é a cor mais tranquila e sedativa de todas. É a cor da


calma indiferente: não transmite alegria, tristeza ou paixão.
Está associado a conceitos como Natureza, saúde, dinheiro,
frescor, crescimento, abundância, fertilidade, plantas, bosques,
vegetação, primavera, frescor, esmeralda, honra, cortesia,
civismo e vigor. O verde que tende ao amarelo cobra força
activa; se nele predominar o azul será mais sombrio e
sofisticado.
Significa a esperança, os bens que virão, o desejo de vida eterna.
Sua paleta de variações é rica em cores aproveitáveis para o
design gráfico.
Dizem que é a cor mais descansada para o olho humano e que
tem poder de cura (será por isso que o uniforme dos cirurgiões
são verdes?).
É uma cor contraditória, pois a muitas pessoas lhes influi um
carácter desagradável, enquanto a outras lhes sugere mais paixão
que o vermelho.
Nas composições gráficas permite um bom jogo. Os seus
degrades são bons e as suas variações de tons também,
formando gamas apropriadas para desenho.
O seu complementar é o vermelho e, embora contrastem muito
bem, não costumam fazer boa combinação. Com os seus
análogos e a sua tríade é possível obter paletas aceitáveis.
Azul

 A cor azul é o símbolo da profundidade. Imaterial e fria, suscita


uma predisposição favorável. A sensação de placidez que
provoca o azul é distinta da calma ou repouso terrestres,
próprios do verde.
É uma cor reservada e entra dentro das cores frias. Expressa
harmonia, amizade, fidelidade, serenidade, sossego, verdade,
dignidade, confiança, masculinidade, sensualidade e
comodidade.
Esta cor associa-se com o céu, o mar e o ar. O azul claro pode
sugerir optimismo. Quanto mais se clarifica mais perde atracão e
torna-se indiferente e vazio. Quanto mais se escurece mais atrai
para o infinito. Possui também a virtude de criar a ilusão óptica
de retroceder.
É a cor do céu sem nuvens, sem ameaças, onde voam as aves
com liberdade, da água cristalina, fonte de vida para animais e
plantas, da Terra, o nosso belo planeta azul.
Está associado a conceitos como seriedade, compromisso,
lealdade, justiça e fidelidade, porém também pode expressar
melancolia, tristeza, passividade e depressão.

Se for muito pálido pode inspirar frescor e inclusive frio. Se for


intermediário, dá a sensação de elegância, de frescor. Se for
escuro dá a sensação de espiritualidade, de seriedade, de
responsabilidade.
Azul

 O azul é uma cor que oferece muitas possibilidades nas


composições gráficas em geral. É utilizado amplamente como
cor corporativa, pela seriedade e confiança que inspira, e admite
bons degrades, podendo ser a cor dominante numa página.

Combina muito bem com o seu complementar, o laranja, e com


as variações deste, sendo típicos os fundos azuis com textos
laranjas.

Também oferece uma boa gama de análogos e faz bons jogos


com as cores da sua tríade.
É uma cor que influencia sobre o apetite, diminuindo este,
certamente porque não há nenhum alimento azul na natureza,
por isso não é aconselhável o seu uso para uma página sobre
receitas de cozinha ou produtos alimentícios.
Amarelo

 A cor amarela é o símbolo da deidade em muitas culturas, e é a


cor mais luminosa, mais cálida, ardente e expansiva.

É uma cor optimista, moderna, e manifesta alegria, entusiasmo,


paixão, força, sexo, calor, primavera, inocência, infância,
juventude. Também se usa para expressar perigo e precaução. É
a cor do sol, da luz e do ouro, e como tal é violento, intenso e
agudo.
 Se for muito brilhante pode indicar perigo, e se for muito suave
pode sugerir delicadeza. Um ambiente amarelo médio ou pálido
faz as pessoas sentirem-se cómodas, quentes.
 Associa-se sempre o amarelo à intelectualidade, ao pensamento
claro e há psicólogos que dizem que esta cor ajuda as pessoas a
memorizar informação.
 O amarelo chama muito a atenção num ambiente ou
composição, utilizando-se muitas vezes em elementos que
convém tornarem-se invisíveis. Porém, há que ter em conta que
é a cor que mais cansa à vista humana, podendo chegar a ser
esmagadora, porque causa uma estimulação visual excessiva,
podendo originar sensação de irritabilidade nas pessoas.
Amarelo

 Com o amarelo obtém-se melhores degrades do que com o


vermelho, porém conforme se tira a saturação esta torna-se
pouco perceptível sobre fundos claros.

Entretanto, é uma cor que combina bem com os seus similares


(verdes e alaranjados), podendo-se obter com elas boas paletas
para uma composição.

Com as suas cores análogas combina muito bem, assim como


com o seu complementar, o roxo, porém com a tríade cria às
vezes um efeito visual pesado demais, devendo ser estudado
com cuidado o seu uso em conjunto.

Como regra geral, o seu uso numa página da web deve ficar
limitado a elementos pontuais (fazendo parte de um logótipo ou
ícone, em textos curtos sobre fundo escuro, etc), procurando
sempre que ocupe uma zona limitada.
Laranja

 A cor laranja tem um carácter acolhedor, cálido, estimulante e


uma qualidade dinâmica muito positiva e energética. Possui uma
força activa, radiante e expansiva.

Representa a alegria, a juventude, o calor, o verão. É a cor da


carne e a cor amistosa do fogo do lar. É vibrante como a luz do
sol, exótica como as frutas tropicais, suculenta como a laranja,
sugere informalidade no trato e amizade. Porém, também pode
expressar instabilidade, dissimulação e hipocrisia.
A paleta de variações do laranja é a mesma que a do castanho, já
que ambas as cores são de natureza similares.
É uma cor que destaca muito sobre o ambiente que lhe rodeia,
por isso pode-se usar para dar um maior peso visual a certos
elementos de uma composição, embora há que ser prudente em
seu uso, já que se for brilhante enche muito a vista do
espectador.
Admite bons degrades e combina muito bem com a sua cor
complementar, dando bons contrastes, sobretudo quando um é
claro e o outro escuro.
Pelo contrário, com as cores da sua tríade cria combinações que
podem resultar coloridas demais, por isso, ao usá-las deveram-se
utilizar com muito cuidado, deixando-as para elementos de
pequenas dimensões.
Rosa

 A cor rosa, uma espécie de púrpura pálida, sugere calma e


tranquilidade. Associado ao sexo feminino na nossa cultura,
pode chegar a ser interpretado como debilidade em certos
ambientes.

 É uma cor de uso complicado. Tem maus degrades e capta muito


a atenção do espectador, sobretudo se for brilhante ou muito
saturada, por isso fica indicado para zonas de pequena superfície
ou elementos pontuais. Se for apagado ou pouco saturado, pode-
se usar como fundo de página, sobretudo em páginas destinadas
ao público feminino.
Púrpura

 A púrpura define-se cor como um vermelho que puxa a um


violeta. É de natureza similar ao rosa, e ambas cores estão
associadas á mesma paleta de variações.

O seu nome vem de um molusco marinho que segrega uma tinta


que ao contacto com ar adquire uma cor vermelha mais ou
menos escura, vermelho violeta, com a qual se preparava uma
tinta custosa, com a qual se dava cor às próprias vestimentas de
sumos sacerdotes, cônsules, reis, imperadores, etc. Por este
motivo, na antiguidade era considerado o mais belo, o mais
estável e a mais preciosa das cores.

É uma cor bastante contraditória. Sugere abundância,


sofisticação, inteligência, espiritualidade, religiosidade,
dignidade, tranquilidade, mistério, aristocracia e paixão. Porém,
também pode evocar frivolidade, artificialidade, luto, morte,
náusea, orgulho e ostentação.

É uma cor que combina bem, permitindo gamas variadas, e


contrasta fortemente com seu complementar, o amarelo.
Violeta

O violeta é um roxo claro, obtido através da mistura do


vermelho e azul.
É a cor da calmaria, da lucidez e da reflexão. É místico,
melancólico e pode representar também a introversão. É a cor da
penitência, e aplica-se pelo Advento, em Quaresma, nas Vigílias,
etc.

Quando o violeta deriva do lilás ou roxo, simplifica-se e perde o


seu potencial de concentração positiva. Quando tende a púrpura
projecta uma sensação de majestade.

Apresenta uma paleta de variações completa, porém não muito


útil no webdesign, sobretudo em caso de zonas de tamanho
médio e grande, já que é uma cor estranha.

Representa a fantasia, o jogo, a impulsividade e os estados de


sonho, embora também pode sugerir pesadelos ou loucura.
Castanho

 É uma mistura na que predominam o vermelho e o verde,


podendo se obter por dessaturação do laranja ou por misturar
essa cor com o preto.

 É uma cor masculina, severa, confortável, que evoca o ambiente


outonal e dá a impressão de gravidade e equilíbrio. É a cor
realista, talvez porque seja a cor da terra que pisamos. Seu nome
procede do francês "marrón" (castanha comestível dessa cor), e
sugere idade, coisas velhas, madeira, tijolo, pele, couro, lar.

 Nas páginas web dá bons resultados, já que é uma cor suave,


agradável à vista, cómoda, que gera uma gama extensa de cores
aproveitáveis.
Preto, cinza e branco

 A cor preta vem definida pela ausência de luz e cor, sendo o seu
código hexadecimal representativo #000000, embora quase
todas as cores ao tirar brilho, tom ou saturação vão se
aproximando ao preto. As superfícies de cor preta são aquelas
que absorvem todas as longitudes de onda da luz solar, pelo qual
não reflectem nenhuma radiação visível.
O preto confere nobreza e elegância, sobretudo quando é
brilhante, e é a cor da elegância, da sedução, do mistério, do
silêncio, da noite, do corvo, do mal, do clandestino ou ilegal e,
da tristeza e da melancolia, da infelicidade e desventura, do
aborrecimento e da irritabilidade. Na nossa cultura é também a
cor da morte e do luto, e utiliza-se nas missas de defuntos e a
Sexta-Feira Santa.

É uma cor quase imprescindível em toda composição, podendo


ser usada como cor do ambiente de certos elementos, em
elementos separadores de espaços ou como cor de fundos, em
cujo caso nos conteúdos deverão predominar as cores claras para
que se possam visualizar correctamente.
É também a cor mais usada para os textos, devido ao alto
contraste que oferece sobre fundos brancos ou claros.
Preto, cinza e branco

 O preto não possui degrades, ao ser uma cor pura (ou uma não-
cor), e enquanto modificamos a sua saturação obtemos cinzas,
cores neutras, formadas por quantidades iguais de vermelho,
verde e azul. Na pintura obtém-se normalmente misturando o
branco e o preto.

O cinza é uma cor neutra e passiva, que traz pouca ou nenhuma


informação visual. É a cor do céu coberto, do ferro e do
mercúrio, e sugere seriedade, maturidade, neutralidade,
equilíbrio, indecisão, ausência de energia, dúvida e melancolia,
e se usa para expressar as coisas ou pessoas carentes de atractivo
ou singularidade.

É uma cor que pode resultar monótona se for usada em demasia


numa composição, e está muito associada às aplicações
informáticas, talvez porque a maioria das interfaces gráficas é de
cor cinza ou o contém.
Os cinzas meios-claros (ao redor do #CCCCCC) têm pouca
atracão visual, sendo ideais para fundos ou elementos de
preenchimento que não trazem informação ao espectador.
 Se vamos aumentando progressivamente a luminosidade do
cinza chega a um momento em que obtemos a cor branca, de
código #FFFFFF, a luz pura, a união de 100% das três cores
primários aditivas, vermelho, verde e azul.

O branco representa a pureza, a inocência, a limpeza, a leveza, a


juventude, a suavidade, a paz, a felicidade, o triunfo, a glória e a
imortalidade.. É a cor da neve, das nuvens limpas, do leite
fresco.

É uma cor latente, capaz de potenciar as outras cores vizinhas,


criando uma impressão luminosa de vazio positivo e de infinito.
O branco é o fundo universal da comunicação gráfica.

É uma cor fundamental no design, já que, além de se usar como


cor para os elementos gráficos e textuais, também define
normalmente os espaços vazios da composição.
 Estes espaços em branco são elementos de design tão
importantes como os de cor, e podem-se observar com
facilidade afastando-se da tela do computador, para
distinguiremos melhor as diferentes zonas visuais da página.
 Não costuma ser conveniente para os textos, salvo que estejam
situados sobre um fundo muito escuro sobre o que contrastem
bem. Não esquecer que os conteúdos textuais devem aparecer
sempre perfeitamente legíveis.
A cor na publicidade

 Não basta um anúncio “ser colorido”. A cor tem que ser pensada, tem que
ser testada, ela deve relacionar-se com outras cores, ela grita ou ela é
subtil. A cor comunica-se com o individuo. E este tem sempre, por alguma
cor, uma relação especial.

 Existem algumas indicações seguras quanto ao uso das cores em


publicidade:
 VERMELHO: Aumenta a atenção, é estimulante, motivador. Indicado
para uso em anúncios de artigos que indicam calor e energia, artigos
técnicos e de ginástica.
 LARANJA: Indicado para as mesmas aplicações do vermelho, com
resultados um pouco mais moderados.
 AMARELO: Visível á distância, estimulante. Cor imprecisa pode produzir
hesitação no indivíduo e dispersar parte de sua atenção. Não é uma cor
motivadora por excelência. Combinada com o preto pode resultar eficaz e
interessante. Geralmente indicada para aplicação em anúncios que
indiquem luz, é desaconselhável seu uso em superfícies muito extensas.
 VERDE: Estimulante, mas com pouca força sugestiva; oferece uma
sensação de repouso. Indicado para anúncios que caracterizem o frio,
azeites, verduras e semelhantes.
 AZUL: Possui grande poder de atracção; é neutralizante nas inquietações
do ser humano; acalma o indivíduo e seu sistema circulatório. Indicado
em anúncios que caracterizem o frio.
 ROXO: Acalma o sistema nervoso. a ser utilizado em anúncios de artigos
religiosos, em viaturas, acessórios funerários etc. Para dar a essa cor maior
sensação de calor, deve-se acrescentar vermelho; de luminosidade, o
amarelo; de calor, o laranja; de frio o azul; de arejado o verde.
 PÚRPURA E OURO: Cores representativas do valor e dignidade.
Devem ser aplicadas em anúncios de artigos de alta categoria e luxo.
 Castanho: Esconde muito a qualidade e o valor e, portanto, pouco
recomendável em publicidade.
 VIOLETA: Entristece o ser humano, não sendo, portanto, muito bem
visto na criação publicitária.
 CINZA: Indica discrição. Para atitudes neutras e diplomáticas é muito
utilizado em publicidade.
 PRETO: Deve ser evitado o excesso em publicações a cores, pois
tende a gerar frustração.
 AZUL E BRANCO: Estimulante, predispõe à simpatia; oferece uma
sensação de paz para produtos e serviços que precisam demonstrar sua
segurança e estabilidade.
 AZUL E VERMELHO: Estimulante da espiritualidade; combinação
delicada e de maior eficácia na publicidade.
 AZUL E PRETO: Sensação de antipatia; deixa o indivíduo
preocupado; desvaloriza completamente a mensagem publicitária e é
contraproducente.
 VERMELHO E VERDE: Estimulante, mas de pouca eficácia
publicitária. Geralmente se usa essa combinação para publicidade
rural.
 VERMELHO E AMARELO: Estimulante e eficaz em publicidade. Por
outro lado as pesquisas indicam que pode causar opressão em certas
pessoas e insatisfação em outras.
 AMARELO E VERDE: Produz atitude passiva em muitas pessoas,
sendo ineficaz em publicidade. Poderá resultar eficaz se houver mais
detalhes coloridos na peça.
A cor – Trabalhos gráficos

 A escolha da cor errada quando fazemos um trabalho gráfico,


pode ser um forte motivo para o insucesso deste. É preciso
estimular cada sentido possível na criação de um trabalho, seja
ele subliminar ou não!
 Abaixo seguem alguns bons exemplos de aplicação da teoria,
juntamente com o significado de cada uma.

 VERMELHO
Acção, aventura, agressividade, sangue, perigo, energia,
excitação, amor, paixão, força e vigor.
Esta é uma cor quente intensa, muito usada para demonstrar
conflito de emoções tal como o amor e a paixão. Esta cor
normalmente afecta a pressão sanguínea e a fome, por isso é
muito usada para causar emoções fortes ou a vontade de comer.
Red Bull fez um óptimo uso do vermelho, já que se trata de uma
bebida energética, rodeada por slogans como “Red Bull dá-te
asas!”. Com um detalhe análogo de amarelo ao fundo, a paleta
de cores fica completa.

Red Bull: 1987 – Designer desconhecido


 ROSA
Apreciação, delicadeza, feminilidade, floral, gentileza, atitude,
inocência, romantismo, leveza e tranquilidade. O Rosa é a cor
mais feminina de todas, pois esta cor traz-nos a sensação de
delicadeza e inocência. É uma cor suavizada do vermelho e
expressa a visão das garotinhas, balas de goma e doces.
Normalmente associada a causas feministas ou que levem a
bandeira feminista, tais como a luta contra o câncer de mama.
Neste caso do logo da Barbie, é perfeita a utilização da cor, já
que a boneca destina-se a garotinhas. A letra manuscrita reforça
o fato, já que parece escrito por uma menininha.
 LARANJA Barbie: 1959 – Designer desconhecido

Criatividade, alegria, entusiasmo, diversão, alta espiritualização


e juventude. Lembrando que o laranja é feito da junção de
amarelo com vermelho e pode representar atributos de ambas as
cores.   O laranja é menos intenso que o vermelho, o que
representa a jovialidade, também usado para mostrar
divertimento, alegria e estimular o apetite.
O laranja foi uma escolha perfeita para a Nickelodeon que tem a
maioria da sua audiência, composta por crianças. O laranja é
divertido, puro e jovial, o que representa também a grade de
programação do canal. A tipografia divertida e o fundo
composto por pingos de tinta, só reforçam o conceito de
diversão. Nickelodeon: 1984 – Tom Corey, Fred/Alan Inc., Scott Nash
 AMARELO
Cuidado, gratidão, covardia, curiosidade, felicidade, aflição,
alegria, positividade, energia solar e aquecimento. Como o
vermelho, o amarelo pode ter mensagens conflituantes.
O amarelo é claro e bem visível, por isso é tão usado no trânsito
e estradas, em contraponto com a paisagem. Em logótipos, ele é
usado normalmente para designar atenção, criar alegria e
aquecimento.

 Todos nós sabemos do sucesso da franquia Mc Donald´s e seus


arcos formando o M, além é claro, de seu slogam “I´m lovin´it”.
O logo usa paleta de cores análogas, assim como Red Bull, a
diferença é que neste você tem predominância de amarelo, já
que o foco principal são as crianças, diversão e felicidade. O
vermelho funciona bem como estimulador de fome e aumento
da pressão sanguínea como consequência. Graças a esta
combinação, muitos outros logótipos de redes de alimentos
passaram a utilizar esta paleta, com sucesso.

McDonald’s: 1962 – Jim Schindler


 VERDE
Ambiental, ecológico, frescor, calma, harmonia, saúde,
inexperiência, dinheiro, natureza e tranquilidade.
O verde representa a vida na maioria de suas aplicações. É uma
cor muito agradável e neutra, podendo ser considerada em
alguns casos quente e em outros fria. Graças a estas
propriedades e a representação de natureza, muitas empresas
tem usado esta cor.
Escolha perfeita para um canal focado na natureza e nos
animais. Muitos não gostam deste logo e ele tem alguma
polémica por de trás, mas todos tem que concordar que as
variações de verde funcionam bem para esta empresa,
representando os tons de uma floresta. Animal Planet: 2008 – Dunning Eley Jones
 AZUL
Autoridade, calma, confidência, dignidade, estabilidade,
lealdade, poder, sucesso, segurança e confiança. Esta é a cor
mais usada em logótipos e definitivamente a cor das companhias
de automóveis e tecnologia, por passar a ideia de confiança e
segurança. Muitos logótipos políticos também andam a utilizar
variações de azul para as suas propriedades.
O azul da IBM representa uma empresa estável, segura e
confiável. No Rebrand de Paul Rand ele acrescentou 8 cortes
horizontais nas letras, para mostrar dinamismo e velocidade.
Mesmo que hoje a IBM não utilize mais este tom de azul, ele
ainda é marca forte em sua logo marca. IBM: 1972 – Paul Rand
 ROXO
Cerimónia, alto valor, fantasia, justiça, mistério, notoriedade,
realeza, sofisticação e espiritualidade.
O roxo é uma combinação de vermelho e azul trazendo
características de ambas as cores, mas com força de realeza ou
luxúria. É amplamente usado em muitos logótipos de lojas de
produtos finos.
O slogam do Hallmark é “Quando vos importa o suficiente para
mandar o melhor.”, nada mais perfeito do que usar o roxo na sua
logo marca, para mostrar esta sofisticação e realeza, que fica
ainda mais reforçado pela coroa estilizada no topo.
Hallmark: Designer desconhecido
 MARROM
Calma, profundidade, terra, natureza, rascunho, riqueza,
simplicidade, seriedade, submissão, cacau, café, utilidade e
madeiramento.
Muito usado em logótipos relacionados a construção ou
empresas relacionadas á natureza e aos seus produtos. É uma cor
mais quente, mas no sentido de aconchego.
UPS usa o castanho como forma de se diferenciar de seus
concorrentes (USPS e FedEx). O primeiro logo era um tanto
quanto sem graça usando apenas o castanho, mas em 2003 com
o rebrand e a adição de laranja na composição, trouxe mais
sofisticação, mais credibilidade. UPS: 1961 – Paul Rand e 2003 – FutureBrand
 PRETO
Autoridade, rigidez, clássico, conservador, formalidade,
mistério, seriedade e tradição.
Preto é tecnicamente a absorção de todas as cores. Por conta
disso ele representa a autoridade, rigidez, elegância e tradição.
Pode ser encontrado em muitos logótipos com simplicidade e
sofisticação.
Qual o agente mais elegante, sério e sofisticado do mundo? Pois
é, seu logo é todo preto, até para demonstrar o mistério em torno
de um agente secreto e funciona muito bem.
 CINZA James Bond 007: Designer desconhecido
Autoridade, mentalidade corporativa, humildade, respeito,
estabilidade, humilhação e neutralidade.
Cinza é um tom entre branco e preto, decorrente da mistura de
ambos, está num ponto entre as dualiades como o bem e o mal,
normalmente ele vem acompanhado de outra cor, já que
combina com a maioria por ser uma cor mais neutra.
O logo da luxuriosa marca Swarovski é todo feito em cinza para
representar os cristais da marca, que são predominantemente
cinzas ou prateados, mas neste caso também foi aplicado para
representar respeito e autoridade, que são consequências da
história de conquistas da marca que já tem mais de 100 anos.
Cristais Swarovski: Designer desconhecido
 BRANCO
Limpeza, inocência, paz, pureza, refinamento, esterilidade,
simplicidade, confiabilidade e rendimento.
Branco é universalmente a cor da paz e da pureza, mas cuidado,
em culturas como as orientais, o branco representa a morte e
deve ser evitado. Muito usado em logótipos com jogos de
negativo/positivo, ou com textos reversos.

 Embora o verde predomine neste logo, ele faz óptimo uso de


espaços negativos em branco, formando o contorno da face das
moças. A combinação toda e o jogo de positivo/negativo, Girl Scouts: 1978 – Saul Bass
passam uma imagem de pureza e inocência.
Conclusão

 Assim como o grafismo e a fonte, a cor é algo muito importante


num logótipo, já que normalmente toda a identidade da empresa
vai variar das cores do logo, o que pode ser um sucesso ou um
desastre. O uso consciente e inteligente das cores só tende a
agregar ainda mais valor e endossar a mensagem que se quer
passar. Existem hoje vários sites na internet, como o KULER,
para escolher combinações adequadas não somente para
logótipos, mas para qualquer projecto. Portanto, experimente,
estude melhor cada cor e faça uso consciente delas e terá
sucesso na certa.

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