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O biênio 2020-2021 foi marcado pela eclosão da pandemia mundial COVID-

19, levando os governantes ao redor do mundo a tomar medidas restritivas, nas


quais o distanciamento social teve um papel essencial para atenuar o aumento de
casos nos países. Neste panorama, empresas de diversos setores foram
temporariamente fechadas, onde parte foram demitidos ou ficaram de quarentena
em casa, sendo que tal fato resultou em uma acentuada redução da atividade
econômica.
Devido à natureza da quarentena, os eventos restritivos dos primeiros meses
afetaram os setores da economia de forma desigual. Esses efeitos, diferenciados
por esferas econômicas e tipos de trabalhadores, fizeram com que os profissionais
mais qualificados estivessem em melhores condições para enfrentar o impacto
negativo derivado da pandemia. Em particular, diversas pesquisas apontam que
funcionários que tinham formação superior conseguiram melhores condições de
manutenção de seus vínculos empregatícios.
Em geral, os trabalhadores informais tinham menos probabilidade de trabalhar
durante os estágios iniciais do confinamento. Este tipo de trabalhador teve maior
propensão para trabalhar em atividades não essenciais com um elevado nível de
contato (por exemplo, comércio ou eventos) e menos capacidade para teletrabalho
do que os trabalhadores formais. No entanto, como a criação de empregos e
empresas no setor informal pode ser feita mais rapidamente e com custos mais
baixos, não há despesas de proteção social (saúde e previdência, parafiscais, entre
outros).
Portanto, os pontos analisados destacam o papel do setor formal do mercado
de trabalho como mecanismo que oferece maior estabilidade nas admissões e
proteção aos trabalhadores. Ante isso, é fundamental estabelecer mecanismos que
fortaleçam, facilitem e promovam o crescimento do setor formal. Nesse sentido, a
resposta da política deve ser uma combinação de subsídios diretos, como a adoção
de programas de apoio e manutenção do emprego, complementada por estratégias
de médio prazo, como uma reorganização e até mesmo eliminação dos custos
salariais (por exemplo, contribuições obrigatórias e barreiras ao acesso à
formalidade).

Boa Sorte, Gabriel.

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