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PERTURBAÇÃO

DO ESPETRO DO
AUTISMO
RELATÓRIO SOBRE A PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO

Numa das aulas com convidados o tema abordado pela formadora Ana Paula da Silva Pereira foi
a perturbação do espetro do autismo, que consiste num transtorno\condição que afeta o
desenvolvimento da comunicação e a interação da pessoa, normalmente é uma condição que é
diagnosticada do ser em criança.
A professora iniciou a apresentação a falar sobre o que era esta condição e de que modo a
interação da criança é afetada, como por exemplo, ela é indiferente a essa interação, pois elas
preferem brincar sozinhas e evitam o contacto físico, só procuram este contacto sempre que têm
uma necessidade física.
De acordo com o manual de diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-5), como já
referido em cima, o autismo é um transtorno do neuro desenvolvimento caracterizado por
dificuldades de interação social, de comunicação e de comportamentos repetitivos e restritos
que podem ser diagnosticados em diferentes níveis de apoio.
Estas crianças, como a professora explicou, têm dificuldade em partilhar interesses, afetos e
emoções, por isso, elas não conseguem escolher as palavras para exprimir, por exemplo,
quando têm fome ou estão frustradas. Com isto, elas não têm capacidade de ter interesse
pelos outros ou para responder a interações sociais, mesmo quando tentam iniciar uma
conversa ou uma brincadeira estas crianças não têm capacidade de criar esta interação social.
Outra dificuldade é o uso do contacto ocular, normalmente estas crianças não conseguem
manter o contacto visual com outra pessoa e impede também de compreender o uso da
linguagem corporal e de gestos. Estas crianças por mais que entendam o que lhe foi dito têm
uma enorme dificuldade em expressar-se, por isso ficam frustradas e a maneira de
conseguirem falar é aos gritos porque não arranjam outra forma melhor.
Seguidamente, a formadora apresentou-nos os comportamentos, atividades e interesse
repetitivos que estas crianças podem demonstrar durante o dia a dia, estes podem aparecer de
maneiras muito diferentes, como a presença de comportamentos estereotipados ou
aparecimentos de rituais que o individuo segue para não sofrer níveis de stress elevados,
estes identificam-se, como por exemplo, com movimentos repetitivos com as mãos ou
balançar o corpo todo. Uma das dificuldades que a professora também referiu é a dificuldade
destas crianças mudarem a rotina ou de espaço, por exemplo, se elas estão habituadas a ir
para uma certa sala na escola e se por acaso elas tiverem que ir para outra, elas vão criar uma
certa retração para aquela mudança. Com isto estas crianças criam problemas associados a
estes tics como problemas de sono, alimentação irregular, birras graves, problemas
autoagressivos, entre outros problemas.
O autismo não tem uma etiologia concreta, esta pode ser multicausal, ou seja, pode ser um
problema genético, neurológico ou de biologia ambiental e este também, de acordo com as
estatísticas, é uma condição mais presente em rapazes do que em raparigas.
Por fim a professora referiu que estas crianças com esta condições têm uma interpretação
literal do que as pessoas falam, por exemplo, elas não conseguem distinguir uma pessoa que
esteja a falar com sarcasmo de uma pessoa que esteja a ter um discurso dito “normal” e
alertou-nos que devemos tratá-las como como tratamos uma pessoa dita “normal”, pois estas
não escolheram ter esta condição e que esta não é um “autista”, mas sim uma criança com
autismo.

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Em suma, achei que esta pequena formação acerca do autismo foi muito importante para
entender como as crianças que têm este tipo de condição não têm que ser limitadas a acessos
a conhecimentos, brincadeiras por terem autismo, mas sim devemos arranjar formas para
incluir- las e esperar que estas se sintam á vontade para realizarem seja a atividade ou o
contacto com outra pessoa. Também achei importante pois no nosso percurso como
professoras\educadoras podemos ter contacto com crianças que tenham este tipo de condição
e isto ajuda-nos a identificar crianças e saber como agir com crianças que tenham espetro de
autismo.

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