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Palavras-chave
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Tradicionalmente o livro infantil ilustrado é concebido a partir do texto do escritor que por sua vez guia o
trabalho do ilustrador. Vemos, no entanto, atualmente vários livros que são resultado do trabalho de
autores que escrevem, ilustram e fazem o próprio projeto gráfico do livro.
Para o desenvolvimento do trabalho, pretendo iniciar com contextualização do
livro infantil ilustrado no Brasil, entendendo-o como parte da história material e
da memória gráfica brasileira, com o objetivo de chegar até o momento
presente e o objeto de pesquisa e foco delimitador da investigação: o livro
ilustrado infantil contemporâneo brasileiro.
A história dos livros infantis ilustrados brasileiros é mais nova do que a história
do livro na Europa e nos Estados Unidos. Lá, podemos estabelecer a era
vitoriana (século XIX) como ponto de partida à medida que graças ao aspecto
industrial, foi quando o livro infantil se popularizou e se conformou, quer do
ponto de vista gráfico como conceitual, e começam a se estabelecer os códigos
e convenções visuais que permanecem até hoje. (OLIVEIRA, 2008).
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Figueiredo Pimentel (Macaé, 1869 – 1914) foi além de poeta, contista, cronista, autor de literatura infantil
e tradutor. Publicou novelas, poesia, contos e histórias infantis como Contos da Carochinha, uma coleção
de textos oriundos da tradição oral, organizada por Figueiredo Pimentel e que veio a ser o primeiro livro
infantil não pedagógico, publicado no Brasil, em 1894.
Na década de 1920, Monteiro Lobato3 começa a se dedicar a literatura infantil
(A menina do nariz arrebitado é de 1920) e passa a ser reconhecido como um
dos nomes mais importantes e pioneiros para o desenvolvimento da literatura
para a infância no país, inclusive se notabilizando por investimentos em
modernas técnicas de impressão para época. Em 1924, temos uma inovação
gráfica formal para a literatura infantil nas obras de Monteiro Lobato, com o
livro Caçada da Onça que contém ilustrações preenchendo páginas duplas
(CARDOSO, 2009).
É a partir dos anos 1970 que ocorre um salto de qualidade na literatura infanto-
juvenil brasileira, com autores como Ziraldo 4 e autoras como Ana Maria
Machado5 e Lygia Bojunga6. Em meio à ditadura militar instaurada no país em
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José Bento Renato Monteiro Lobato (Taubaté, 1882 – 1948) foi um advogado, promotor, escritor, editor,
ativista e tradutor brasileiro. Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções.
Seguindo seu precursor Figueiredo Pimentel, ("Contos da Carochinha") foi um dos maiores expoentes da
literatura infantil brasileira no começo do século XX e ficou popularmente conhecido pela sua obra de
livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária. Entre as mais famosas
destacam-se Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O Sítio do Pica-pau amarelo
(1939), e suas personagens, como Emília, Narizinho, Pedrinho, Dona Benta, Tia Anastácia e Visconde de
Sabugosa fazem parte do imaginário popular brasileiro
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Ziraldo Alves Pinto (1932), criador de personagens como o Menino Maluquinho e a Turma do Pererê, é
um dos mais conhecidos escritores infantis do Brasil, com mais de 130 títulos e 10 milhões de exemplares
vendidos. Foi homenageado em 2014 na Feira do Livro Infantil de Bolonha. É também cartunista,
chargista, pintor, escritor, dramaturgo, caricaturista, poeta, cronista, desenhista, humorista, jornalista e
designer gráfico (autor de diversas capas de livro, cartazes de filmes e de divulgação turística além de
projetos gráficos para jornais e revistas). Sua produção de literatura infantil, traz títulos como Flicts,
Menino Maluquinho, O Bichinho da Maçã, O Planeta Lilás, Juvenal, o Joelho, entre outros.
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Ana Maria Machado é formada em Letras pela Universidade do Brasil. Como jornalista, trabalhou por
mais de dez anos na Rádio Jornal do Brasil. Foi uma das fundadoras,na década de 80, da
primeira livraria infantil no Brasil, a Malasartes (no Rio de Janeiro), que existe até hoje. Nessa década ela
publicou mais de quarenta livros, e em 1981 recebeu o Prêmio Casa de las Américas com o livro De Olho
nas penas. O reconhecimento mundial das obras de Ana Maria Machado aconteceu em 2000, quando
recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio de literatura infantil. No mesmo ano
foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural. Foi ganhadora do Prêmio Jabuti de Literatura em 1978. É a
sexta ocupante da cadeira 1 da Academia Brasileira de Letras (ABL).
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Lygia Bojunga é considerada uma das mais importantes autoras de livros infantis e juvenis no Brasil e
fora dele. Sua obra mais famosa é o livro “A bolsa amarela”. Em 1982, ganhou o maior prêmio da
literatura infantil e juvenil: o Hans Christian Andersen. Seus textos valorizam a imaginação e o universo
infantil. Com uma linguagem simples, discutem questões sociais, familiares e de gênero. Dessa forma,
1964 e ao cenário da repressão militar às manifestações “subversivas”, com
censura generalizada à cultura, os livros para crianças passavam
desapercebidos, eram obras desprovidas de importância perante a atenção dos
censores, ocupados com assuntos “sérios”. E os autores infanto-juvenis
puderam com isso transmitir seu recado inconformista para as novas gerações.
Essa trajetória continua nas décadas seguintes, tendo a década de 1990 sido
marcada pela participação brasileira no ano de 1995 na Feira do Livro Infantil
de Bolonha13, como país homenageado. O Brasil voltou a ser homenageado
estimulam a imaginação e o pensamento de leitoras e leitores.
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Gian Calvi (1938-2016) foi um ilustrador italiano radicado no Brasil desde 1949, com trabalho destacado
na ilustração de livros infantis e materiais educativos. Fundou a Casa do Desenho e a Casa de Criação.
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Eliardo França (1941) iniciou sua vida profissional em 1966, ilustrando livros para crianças. Em co-
autoria com sua esposa - a escritora Mary França - tem livros publicados em várias línguas e prêmios
nacionais e internacionais.
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Juarez Machado (1941) é artista plástico, escultor, desenhista, cartunista, designer gráfico e ilustrou
diversos livros infantis.
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Rui de Oliveira (?) nasceu no Rio de Janeiro e é autor e ilustrador de literatura infantil, com mais de 140
livros ilustrados. Formado em artes gráficas, estudou pintura no Museu de Arte Moderna do Rio de
Janeiro, ilustração no Instituto Superior Húngaro de Artes Industriais e cinema no Pannónia Film Studio,
em Budapeste. Recebeu quatro vezes o prêmio Jabuti de ilustração e, por Cartas Lunares, o prêmio de
literatura infantojuvenil da Academia Brasileira de Letras.
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Maria Cecília Fittipaldi Vessani (1952), mais conhecida como Ciça Fittipaldi, é uma ilustradora, escritora
e artista gráfica brasileira. É formada em Desenho e Plástica na Universidade de Brasília e professora da
Universidade Federal de Goiás. Em 2014, venceu o Prêmio Jabuti com a ilustração do livro Naninquiá, a
Moça Bonita.
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Angela Lago (1945-2017) foi uma escritora e ilustradora brasileira e a maior parte de sua obra é
dedicada ao público infantil. Em alguns de seus livros não usa palavras, apenas imagens. Entre suas
obras destaca-se Cena de Rua, premiado na França e na Bienal de Bratislava. Durante sua carreira, foi
agraciada diversas vezes com os principais prêmios literários brasileiros, como o Prêmio Jabuti e o
Prêmio FNLIJ. Além de livros próprios, ilustrou obras de outros autores e traduziu poemas.
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A Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha (Bologna Children's Book Fair) é a maior feira literária do
mundo dedicada à literatura infantil e juvenil. Reúne anualmente em Bolonha, na Itália, editores, agentes
literários, autores e ilustradores de todo o mundo. Sua primeira edição aconteceu em 1964.
em 2014, quando o ilustrador e autor Roger Mello 14 recebe o Prêmio Hans
Christian Andersen que já havia sido ganho por Ana Maria Machado.
Junto com a melhora da qualidade artística dos livros ilustrados no Brasil nos
anos 1990, ocorre uma grande expansão do mercado editorial para crianças e
jovens por conta de projetos criados pelo governo visando à formação de
leitores – principalmente o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) 15 e
o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
14
Roger Mello, Escritor e ilustrador brasiliense, nasceu em 1965. Recebeu o prêmio suíço Espace-
enfants em 2002 e no mesmo ano foi vencedor do prêmio Jabuti nas categorias literatura infanto-juvenil e
ilustração com Meninos do mangue. Com vários trabalhos premiados, tornou-se hors-concours dos
prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Por sua obra como ilustrador, ganhou
em 2014 do prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infanto-juvenil.
15
O Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), criado em 1997 pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC), promove o acesso à
cultura e o incentivo à formação do hábito da leitura nos alunos e professores por meio da distribuição de
acervos de obras de literatura, de pesquisa e de referência.
Através de uma pesquisa bibliográfica em livros teses e dissertações, quero
abordar os fundamentos do design gráfico do livro infantil ilustrado e sua
trajetória histórica, olhando para seu plano estrutural, onde ele é composto de
três sistemas narrativos e ficcionais que se entrelaçam: o texto (sua forma, seu
estilo, sua linguagem, seus temas, seu discurso poético, sua voz pessoal), as
ilustrações (seu suporte: desenho, colagem, fotografia, pintura e também, em
cada caso, sua linguagem, seu estilo, seu tom e suas motivações estéticas) e o
projeto gráfico que tenta definir a recepção das narrativas e suas definições
materiais (a capa, a diagramação do texto, a disposição das ilustrações, a(s)
tipografia(s) escolhida(s), o formato e o tipo de papel), usados como recursos
integradores da história ao visual do livro.
Um fato que acontece com o livro infantil ilustrado é a sua intensa exploração
formal. Ele utiliza a seu favor a força e o impacto de sua própria forma, seu
formato, muitas vezes diferenciado, com o uso frequente de cores especiais,
gramaturas e tipos diferentes de papel (seja na capa como no miolo) além do
uso de facas especiais, dobras diferenciadas, pop-ups (apliques de dobraduras
que simulam efeitos tridimensionais), acabamentos especiais como vernizes e
stampings (que podem gerar volumes e brilhos no papel) e mesmo formatos
diferenciados de encadernação e leitura do texto, como o livro sanfona, por
exemplo.
O tamanho do livro também pode vir a influenciar a resposta que vai provocar.
Livros pequenos tendem a conter uma abordagem mais delicada, enquanto
livros grandes comumente proporcionam efeitos visuais impactantes nos
pequenos leitores.
Na primeira década do século 21 diversas publicações em português vieram a
refletir sobre os livros infantis ilustrados, sendo duas delas de autores
brasileiros. Pelos Jardins Boboli: reflexões sobre a arte de ilustrar livros para
crianças e jovens (2008), do premiado artista brasileiro Rui de Oliveira,
publicado pela editora Nova Fronteira trata de diversos aspectos da arte
narrativa, em especial a ilustração para a literatura infantil.
Um outro título que traz reflexões críticas muito importantes sobre o livro infantil
ilustrado a partir da ótica dos ilustradores brasileiros é a publicação de O que é
qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil: com a palavra o ilustrador
(2008), organizado pela pesquisadora Ieda de Oliveira, que traz depoimentos e
artigos de destacados profissionais em atividade atualmente, como Angela
Lago, Ciça Fittipaldi, Odilon Moraes, Nelson Cruz, Regina Yolanda, Renato
Alarcão, Ricardo Azevedo, entre outros, publicado pela DCL.
Outros títulos traduzidos, publicados pela Cosac Naify tratam sobre livros
ilustrados e servirão como referencial teórico para a pesquisa: Era uma vez
uma capa: história ilustrada da literatura infantil (2008), de Alan Powers, que
traz uma história do livro infantil contada a partir de suas capas, em uma edição
ricamente ente ilustrada; Livro ilustrado: palavras e imagens (2010), de Peter
Hunt, é um excelente trabalho de reflexão teórica sobre a literatura infantil,
numa edição revista, ampliada e adaptada ao público brasileiro; Para ler o livro
ilustrado (2011), de Sophie Van der Linden e Livro ilustrado – palavras e
imagens (2011), de Maria Nikolajeva e Carole Scott. Além desses, outra obra
traduzida se destaca: Livro infantil ilustrado – a arte da narrativa visual (2012),
de Martin Salisbury e Morag Styles, publicado pela Rosari
Sophie Van der Linden afirma que o livro ilustrado não é apenas texto e
imagem, mas é texto e imagem no espaço desse estranho objeto que é o livro.
A disposição das mensagens no suporte, o encadeamento do texto e das
imagens, sua diagramação, sua localização também fazem sentido (LINDEN,
2011).
Portanto, o seu projeto gráfico, o seu design gráfico, que seduz, diferencia,
torna mais legível, embute sentidos, desperta emoções e acrescenta
significados para seus leitores usuários, dentro dos seus contextos e
circunstâncias. Ele constitui efetivamente uma forma “específica de expressão”
(LINDEN, 2011), onde o design gráfico tem um papel fundamental no que diz
respeito à materialidade do livro.
Graça Ramos afirma em seu livro A imagem nos livros infantis: caminhos para
ler o texto visual que as diferentes formas com que as palavras, imagens e o
design gráfico interferem para dar sentido ao que é narrado levam a uma
dinâmica multimodal16 peculiar ao livro infantil ilustrado que não tem
equivalente na literatura adulta.
Antes mesmo que venha a ser uma leitura, a criança apreende o livro como um
objeto e pode explorá-lo. Aos poucos, ela percebe que o livro tem uma
narrativa, existe uma história dentro desse objeto. E o projeto gráfico do livro é
o meio pelo qual esse leitor se relaciona com a narrativa.
1) Autoria
2) Ilustrações
3) Projeto gráfico
4) Formato da página
5) Número de páginas
6) Capa e Lombada
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O Prêmio Jabuti é o mais tradicional e longevo prêmio literário do Brasil, criado pela CBL (Câmara
Brasileira do Livro) em 1959 com interesse em premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros.
Desde sua primeira edição tem a categoria Literatura Infantil.
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O Prêmio Literário Biblioteca Nacional é realizado anualmente desde 1994, contemplando autores,
tradutores e projetistas gráficos brasileiros. Desde sua primeira edição, são premiadas obras de literatura
infantil (através do Prêmio Sylvia Orthof).
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Em 1975, a FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) iniciou a sua premiação anual, com o
Prêmio FNLIJ - O Melhor para Criança, distinção máxima concedida aos melhores livros infantis e juvenis,
que hoje conta com diversas categorias.
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A Cátedra Unesco de Leitura da PUC Rio anualmente seleciona e distingue obras de literatura Infantil
e Juvenil com selos de Seleção, Distinção e Hors Concours.
7) Tipo(s) de papel
8) Cores
9) Acabamentos
10) Ano
11) Editora
12) Prêmios
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Dados da Pesquisa Mercado Editorial (Gfk e ANL - Associação Nacional de Livrarias), fevereiro de
2021.
A partir da coleção, foi delimitada uma seleção que será analisada
graficamente para servir de ferramenta de apoio e subsídios para alimentar as
entrevistas exploratórias e depois para as oficinas/entrevistas com as crianças.
22
A entrevista exploratória é chamada também de entrevista informal, não-padronizada, não-estruturada
e tem o propósito de explorar, com ajuda de outras pessoas, o assunto que se pretende pesquisar
(SYDNEY, 2021).
23
Entrevista discursiva é aquela onde a interação entre o entrevistado e o entrevistador é determinada
nos conteúdos, mas as modalidades nas quais as interações tomam forma não são pré-determinadas,
mas se definem a cada momento. (CARDANO, 2017)
Ao me valer de entrevistas discursivas24, semiestruturadas, qualitativas,
procurarei interagir com os entrevistados para saber sobre seus pontos de
vista, seus discursos e, com isso, obter informações, opiniões e elementos
empíricos úteis para minha pesquisa.
24
Entrevista discursiva é aquela onde a interação entre o entrevistado e o entrevistador é determinada
nos conteúdos, mas as modalidades nas quais as interações tomam forma não são pré-determinadas,
mas se definem a cada momento. (CARDANO, 2017)
O segundo momento de entrevistas/dinâmicas de grupo ocorrerá com as
crianças. Essas crianças, de 8 a 9 anos, público-alvo dos livros selecionados e
analisados, serão ouvidas em oficinas e dinâmicas de grupo a serem
realizadas em unidades do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro.
Referências bibliográficas
HENDEL, Richard. O design do livro. São Paulo: Ateliê Editorial, 2006. Sobre
o papel do design gráfico no objeto livro.
LAJOLO, Marisa: ZILBERMAN, Regina. A formação da leitura no Brasil. São
Paulo, EDUSP, 2019. Um panorama da formação do leitor e da literatura
infantil brasileira.
LINDEN, Sophie Van der. Para ler o livro ilustrado. São Paulo: Cosac Naify,
2011. Sobre o papel do design gráfico no objeto livro, especialmente o livro
ilustrado.
LINS, Guto. Livro Infantil? São Paulo: Rosari, 2002. Sobre ilustração e design
gráfico do livro infantil.
MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Manual de história oral. São Paulo: Edições
Loyola, 2000. Fundamental para a estruturação de entrevistas e pesquisas
quantitativas.
POWERS, Alan. Era uma Vez uma Capa – História Ilustrada da Literatura
Infantil. São Paulo: Cosac Naify, 2008. Sobre o papel do design gráfico no
objeto livro, especialmente o livro ilustrado.
RAMOS, Graça. A imagem nos livros infantis: caminhos para ler o texto
visual. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
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