Você está na página 1de 9

iiec,- ^ VJ

y:
/

publicação tío ^ea n-1. junho 80


Cenlio íe Fasloial lleiflueiio
N.o ii^tí^
BIBLIOTECA

A MAQUINA f Blwtí w

íUISTAS
gea - grupo de estudos agrários
Cp- 10.507 -
90000 - porto alegre / rs
»

INTRODUÇÃO

CADERNOS TERRAGENTE reproduz neste seu primeiro


numero partes de artigos publicados no jornal EM TEMPO, nu
meros 29 e 30, e na revista mexicana QU7\DERN0S DEL TERCER
MUNDO de agosto de 19793 que denunciam como a Agencia Cen
trai de Informaç5es norte-americana, a famosa CIA, esta a
gindo nos sindicatos brasileiros, com o objetivo de domes
ticar as lideranças sindicais e controlar o movimento ope
rario e camponês,

Achamos oportuno divulgar este material, visan-


do colaborar para o fortalecimento de um novo sindicalis-
mo, autêntico e independente de patrões e Estado, que de-
fenda os direitos dos trabalhadores e pequenos agriculto-
res e que lute pela transformação da sociedade.
a intervenção
O fio da meada começa no próprio Dípartamcnto de Estado, através
do qual atua a CIA, a poderosa Agência Central de Informações, que
desestabili^a governos, impõe ditaduras e bota prá quebrar no mundo
todo. Uma agência de ajuda internacional, USAli), ligada a este departamento
criou o Instituto Americano para o Desenvolvimento do Livre
Sindicalismo, ou IADESÍL, que nos Estados Unidos é financiado pelo
próprio governo, pela central sindical AFL-CIO, e por multinacionais.
!li ;;'} VS'/ •.■■■

.; oíif.c^ín A
Ao longo^dài ültlínos 15 anos - a que correram àa vésperas do golpe especializados nos Estados Unidos,
partir, portanto, dè 1963 -,,oa Esta-, de 64. e a influência americana se em Front Uoyal. e na Universida-
doa unidca invcatíram cerca de 7 turnoucada vez'mais sólidii e me- de de Gcorgetown.
milhôsa de dólares diretamente no nos evidente. Para isso foi necensa-
rio a construção de um complexo
Controle pela
rirovimento aindical brasileiro - o
quo pirnifica, em cruzeiros atuais; pluiiu educacional e de financia- embaixada
cerca oe Cr? 140 milhões. Todo este mento de projetos tipo construção
dinheiro foi aplicado, tanto na for- de sedes e colônias de férias, gabi- Além destes canais oficiais, o De-
; mnçêo tíe cerca de 50 mi! aindicalia- netes dentários e.farmácias, nstau- partamento de Estado,como prova
tas como oriji projetos aociaia e em rantes e outros serviços assistência um aerograma denovembrode 1975
vbpana ü3 intercâmbio aos Estadoa social. assinado por Kissinger, libera fun-
Unidos, coin vim objetivo básico, se- Em 1965, este complexo estava dos que as grandes federações tra-
gundo cliveraoa'documentos do De- totalmente montado. E para balhistas internacionais que se-
partarner.to de Estado Americano: atendê-lo melhor, comecemos pela guem a orientação do governo
criar condiçõea para que ae instale Bonta do fio que está nos Estados transferem para sindicatos e federa
no pe!s un movimento sindical "li- fjnidoB, o Departamento de Estado, çõea latino-americanas. Agora mes-
vre, rsssonaí.vel e democrático" através tio qual alua a CIA. A mo, a Postal Tclephone and Tcle-
que, em linguagem meis clara, tam- USAID (agência americana de aju- graph International (PITI) pa
bém encontrada nestes documen- da internacional, na verdade um trocinou. em São Paulo, um encon-
tos, eignifica a iraplantaçco de um dos instrumentos mais eficazes da tro latino-americano de trabalhado-
modelo sindical noa moldes do ame- intervenção americana no mundo res de energia elétrica.
através de financiamento e doações O controle do 1CT no Brasil é fei-
ricano, da modo a imposoibiütar o
aos países do Terceiro Mundo), li- to pela USAID através do Adido do
crescimento da influência de lide- Trabalho da Embaixada America-
ranças cindiecis comunistas, gada diretamente ao Departamento
de Estado, crio i, na época, o na. O Programa do AIFLD no Bra-
sociais-democrates. e cristãs pro- sil é apenas um dos programas da
Eressktta. ' • > AI"LD • em português, Instituto
Americano paru o Desenvolvimento USAID no país - e recebe apenas
Pods-eo dizer qua oa ano3 03 1863 cerca de cinco por cento das verbas
o de 1G34 forem cnos do transição do Livre Sindicalismo ou IADESIL,
como atua no Brasil. que os Estados Unidos investem en-
m política americana de interven- tre nòâ em assistência técnica. In-
ção no nosso movimento sindical. Este Instituto, nos Estados Uni-
clusive, nem toda a influência da
Até cntfio, esta intervenção era ca- dos, é financiado por três fontes dis-
racterizada quase que exclusiva- tantes: o Governo dos Estados Uni- USAÍD e, portanto, do Departa-
mente pela infiltrf.çãc do agentes ■dos, via USAID eDepartamento de mento de Estado americano, no
da CIA nos sindicatos e movimen- Estado, que entra com 80 por cento nosso movimento sindical se dá via
tos mais atuantes (a história do das verbas; a AFL-CIO, central Instituto Cultural do Trabalho e
cabo Anselmo ainda está viva na sindical doa trabalhadores ameri- IADESIL (tradução para o portu-
memória doa sindicalistas que canos, e as multinacionais. Em- guês de AIFLD). Ela tem proitra-
mas autônomos diretamente com o
sobreviveram ao^oloe de 64) e pela ; v bora a verba maior venha,dp Pr""
corrupção mais deslavadas A partir prio.governo e a òota da central KOverno brasileiro (Ministério fio
da fundação do Instituto Cultural dos trubalbatjlores seja maior do Trabalho) e algumas coníeder.n-
co Trabalho, em São Paulo, um ano que a das mulfinacionais (73 em- ções.
antea do golpe e, principalmente, a presas com interesses na América Quanto á.s relações com o governo
partir de 1065, com a consôlidcçèo Latina), o AIFLI) tem sido dirigi- brasileiro, um documento de 1970
do recime militar, esta intervenção do, invariavelmente, por presiden- deixava claro que, assim como ou-
passa a se dar de forma mais sutil e tes de grandes companhias como tros governos latino-americanos,
qualitativamente superior. Já não Peter Grace, diretor do National não reconhecia abertamente o IGT
interessa apenas corromper as lide- City Bank, da Grnce Line Inc. e e o trabalho do IADESIL^ embora
ranças sinaicais - embora existam ■ > da Sione and Websters, uma das apoiasse discretamente os projetos,
indícios evidentes de que este cor- maiores companhias construtoras pelo menos mantendo um significa-
rupção ainda exista e se dá da ma- . . do mundo (ou seja; Mr. Grace está tivo silêncio.
neiras as mais diversas. A partir de para o "livre sindicalismo" como o
63 o objetivo tíos EUA em relação Sérgio Dourado esta para os operá-
ao movimento sindical brasileiro já' rios da construção civil).
não é apenas Q de uma intervenção È via AlFLD qv,ve;os Estados >::.■■..:

momentânea^ circunstancial, mas a Unidos atuam, ern *''ada país da


implantação de uma nova mentali- América Latina, Existem outros
dade através da educação de líderes institutos, ligados à USAID e ao
sindicais oue passam a ser forma-
■ í
Departamento de Estudo e com as
mesmas finalidades, que atuam na
Jji^jOiatmJU
dos segundo o modelo sindical ame-
ricano.
■■■■■;■

África Centra! e do Caribe, o


Ai FM) assume nomes diferentes.
Complexo para Nu Brasil, o IADESÍL construiu
sua sede no Rio e montou dois escri-
dominação tórios em Recife e em São Paulo.
Essa tática rapidamente se mos- Em São Paulo foi construído o ins-
trou e mais correta: os ganhos se tituto1 Cultura! do Tntbíilho que,
evidenciaram logo nos primeiros com seus cursos, palestra- ê proje-
a^os de "trabalho, os gastos nos pro-
:r..;ma8 passaram a ser menores se
.los^ fecha o circulo de intervenção
americana. Via iCT, o AIFLD sele- *úSííú, x cLsaAa
■..parados com os rios de dinheiro ciona lideres sindicais para cursos
■ '"■'■'

■MMMHM
-

,1 o
ntroiar
m ^meaçao a
O aspecto principal do programe do A preocupação doa Estados Unidos que foram somente entrevisUd» m
Instituto Americano para o Desenvolvi- em manter este controle fica evidente •té fizeram os cursos, sem s« 4«tu»
mento doLivre Sindicalismo- o AIFLD num relatório üe inapensão (Inspec- Impregnar pela Ideologia de IADE.
• é o treinamento de lideranças sindi- üon Iteport) feito pelo escritório do 8IL, como é o caso de Joio Paulo Pl-
cais. Pode-se dizer que este programai Inspetor Geral de Assistência Estran- ree Vasconcelos (ver depoimento),
a menina dos olhos da política ameri- geira (Inspector General of Foreign
cana de intervenção no nosso movi- Asslstnnce)do Departamento de Esta- A respeito de Front Royal InstltUti
mento sindical - e as ruões são eviden- do e datado de dezembro de 1974. Nes- e da importância de seus cunoa SflüS 5
tes. Já não interessam aos Estados te relatório, o Inspetor Geral dá seu pa- Programa americano em relsçle eo
Unidos apenas intervirem, eventual- recer favorável á mudança da sede do sindicalismo brasileiro, vale rtBrooUjk
mente, com dólares ou agentes, no nos- ' ICT em São Paulo ( um dos beneficioa lÍrnAtí^do ^"^"f0 ««i» rtCents
so movimento sindical. A formação de da mudança seria reduzir a Indenti- do AIFLD, onde o Instituto traça pk
uma liderança treinada na ideologia do ficaçüo do ICT com o Governo Ame- nos, objetivos e táticas para o periodo
sindicalismo americano, amoldada aos ricano*'), concorda que o melhor seria de 1977 a 1981:
inferesses americanos, é a melhor ga- se esta mudança tV fízessa cem dinhei-
rantia contra movimentos' e lideranças ro brasí! ?uo mas teme mie se isso ocor- "0 Instituto pretende dar uma vísío
autenticamente operárias. resse poderia haver problemas porque de primeira mio dos Estados Unido-.
o Govarn« braailetro poderia inaitir para corrigir preconceitos sobre sue so-
Nestes últimos 15 anos os programas em controlar o currículo do ICT, o ciedade e ganhar uma acurada com-
educacionais do AIFLD formaram cer- que seria indesejável. preensão do modo de vida americano."
ca de 50 mil sindicalistas brasileiros
em cursos avançados nos Estados Uni-
dos e em São Paulo, em cursos espe- Um documento datado de 1972
ciais e em cursos regionais, principal- (Country Labor Planfor Brazll: 72-
mente no nordeste. Só nos Estados 76) mostrava que 64 por cento doa for-
Unidos, em Front Royál Institutetfo- mados nos cursos de Front Royal Ins-
ram formados cerca de 350 lideres sin- titute eram líderes sindicais, funcioná-
dicais. rios do governo brasileiro e associados
de cooperativas; nove par cento eram
No Brasil, os cursos do AIFLD são presidentes de confedernçõe» e federa-
organizados e dirigidos pelo Instituto ções sindicais. í
Cultura! do Trabalho, em São Paulo.
Diversos documentos citam dois no-
Os esforços dos Estados Unidos têm mes de brasibiros formados em Front
sido no sentido de fazer crer que o Ins- Royal e que são UcJc; como exemplos
tituto Cultural do Trabalho - ponta de da influência que podem exercer sobre
lança de sua política de dominação o movimento sindical brasileiro: José
ideológica na área sindical - é brasilei- Francisco da Silva, proidenle da Con-
ro. E estão quase conseguindo: aos federação Nacional doa Trabalhadores U ,-■
poucos, as próprias confederações sin- na Agricultura e que além de Front
.dicais brasileiras, dirigidas por pelegoe Royal fez cursos no ICT, e Rómulo
e funcionários que passaram pelos cur- Marinho, que dirigiu o De parta rn«f'&t H
sos nos Estados Unidos, estão assu- Nacional do Trabalho do Ministério do
mindo o Instituto como coisa' nossa - Trabalho durante o Governo Mediei. -' l
inclusive sustentado-o financeiramente
Os Estados Unidos inclusive, diminuí- Alem dos dois, um relatório de 1970
ram as verbas que mandavam uma vez arrola os nomes de alguns outros líde-
que já não são tão necessárias: se em res sindicais que foram ouvidos pt|B
1972 o Programa do AIFLD aplicava uma avaliação da eficiência do Pxogfa \*
cerca de 700 mil dólares no Brasil hoje ma americano no Brasil: Ari Cnttíf1*-
bastam apenas 344 mil. Ou seja: o Bra- ta, hoje presidente da CNT1 e que tia 6-
sil, via suas Confederações e Federações poca era seu diretor de assuntos inter-
sindicais, atrelada: ao governo de nacionais; João Wagner, ainda hoje di-
Brasília, está financiando, um Instituto retor da CKTI: diversos diretores da
criado nos Estados Unidos com a fina- Confederação Nacional dds Trabalha-
lidade de aumentar o poder influência dores em Bancos e Empresas de Seguro
e o controle dos Estados Unidos sobre (Rui Brito, Osvaldo Alves de Andrada,
nosso movimento sindical. Láecio Figueiredo Pereira); Augusto
Lopes, do Sindicato dos QuirniC88 ái
Mantendo as rédeas São Paulo; Joaquim dos Santes Andra-
de, do Sindicato dos Metalúrgiéoa d«
' Ê evidente que os Estados Unidos São Paulo; Adão Jurak, na é&oca presi-
ainda não confiam bastante nestes no- dente da Federação dos Trabalhadores'
vos líderes formados por eles próprios e ps Construção Civil do Rio Grande dq
sabem que ainda não está consolida- Sul e atualmente diretor da CNTT,-ftfi
da, no movimento brasileiro sindical, o pjado cm Front Royal; Alceu FGftft;
modelo -sindicalista americano que carrero. da Federação dos Traba|]||B9:
querem implantar entre nps. Tanto é re? em Comunicação; Raimundo L&pes
a assim que, ao mesmo tempo em que da Conceiçáo, do Sindicato dfiS'Traba-
eles tentam passar para as Confedera- lhadores em Indústrias de Perfume dt
ções e Federações todos oe encargos fi- Belém, formado em Front Royal; Joté
nanceiros do ICT, ainda mantém o Rodrigues da Silva, da Federação dw
controle da direção dos cursos e do pró- Trabalhadores do Comércio da P^t;
prio Instituto. Do Conselho Diretor do nambuco e também graduadQ em
ICT fazem parte representantes das Front Royal; além de líderes Sjricolas
oito Confederações e vários represen- de Alagoas e Pernambuco.
tantes de entidades americanas, inclu- £ bom deixar claro que « dtâcão
sive George Meany, presidente da cen- desses nomes não implica que eles se- , li - ■

tral de trabalhadores americanos jam agentes dos programas no 8'a ■ "' •


AFL-CIO, e Willian C. Doherty, dire-
tor geral do AIFLD. sü. Isto é, há sindicalistas C0mbtSt.Vfi& ■

'■: ;< :

. i , ■ -
Jüssistencialismoa a corrupção.
Eis a mágica para ^raujear a simpatia sobreiro (
rmanciamenvos e doações de gabinete, dentário;;, consultórios médicos
ambulâncias, colônias de férias, cantinas, auditórios. São os "projetos
sociais que amarram a pedra do asaistencialismo no pescoço dos sindicatos.
Além dos projetos do educação, o Inatituto tal), t» trabáíhadowa em telefone de Minas (co-
americano para o ciebc.nvolvin.enlo do livre oin- lônia de ferias) e as federações dos têxteis de
d.cahamo (AIÍLD) financiou e cinda financia sao auto, dos trabalhadores em seguro do Rio e
diversos outros projeto* qua chama de projetos dos Jornalistas do Brasil (compra de um labora-
sociam. Seo financiamwitoa e doações para a toru, fotográfico e a montagem de uma escola de
compra de sedes sindb-íia, de colônias de férias ' fotografia no valor de 10 mil dólares)
de KabiBetea dentários consultórios médicos e de Ale junho do ano passado, a Aliança para o
ambulâncias e para a coiuírução de cantinas,
auditoria e ate mesr.o. de uma vila operária to^T^nT^ .fin,anciado 259 Pretos, num
tola. fie Sol 953 dólares.
em Sao Paulo, a Samuel Gompcrs. Eates finan- Alem destes projetos, o-AIFLD administra,
ctamentos e doações tiveram como objetivo- no Brasil, outros programas trabalhistas. Exis'
principal o de reforçar, pelo caminho mais equi- te, por exemplo, um programa de assistência
vocado que e o do assistencialisrno, o movim-n- tí-çmea da U^AID ao Mfnistério do TraSho
to sindical brasileiro e o de facilitar a aceitação cwti .0 objetivo de "melhorar a competência e a
por parte dos sindicatos beneficiadoa, clea oro- H.nnic.a profissuinal" do nosso ministério
Krarnas ed.icacionaia do instituto ae-eric£ao
lanto e assim que 03 pítnosdo inrUtuto para ,«, -' ^oÜ CU,it0^ ao8 E8tad08 Unido». entre
este ano e até 1981 prevêem - não te sai» basea- itttoe 19/3, um milhão e meio de dólares Outro
programa e uma espécie de intercâmbio entre
cios em que cálculos raalabarieticoa - o C«BCí. sindicatos. Grupos de oito a dez brasileiros visi-
mento de 70 pai cento do numero dz aosociüdcs tam sindicatos americanos que correspondem a
nos K.ndicatos beneficiados porseua projetosso- sua categoria profissional durante 6 semanas
Çiam. Um u-latono pera u Departamento de Es- riTchem curho» jápldoa pelo Departamento dò
tado Americano, datado do 1970, Raranlia que Inihaiho da USA1D e visitam, na ida ou na
tfmbora sem estatísticas, os projetos sociais eu' volta, o México, onde está, na capital, . sede da
'iientaram a rt-ceptivida'.; doa sindicalntas UtKaniziiCao Regional Internacional do Traba-
pura o programa educacional. nio; UH! 1, entidade controlada pela AKL-CIO
Até 1970. o Instituto americano tinha finan- americana Desde que o programa c. me-ou
ciado, com fundos da USAJD e dn / 7L-CI0 por v»!(a de 1966, 400 brasileiros líderes .-.indi-
145 pequenos projetos cociai-, num lotei tíe 2'2 cms visitaram os Estados Unidos e 40 america-
mil dólares de empréetimcs t- 50 r"i! d."t.r( - d- nos, trn contrapartida, visitaram sindicaloc
doações. A maioria destes prejí^òj c - toüc- brasileiro», entre 1966 e 1974 foram gastos neste
dos em pequenos dndicatDí rur-.j. noi> tir-f s programa, cerca de dois milhões de dólares
Um ano depois, em 1Õ72, nnsi- £ò si- t ü Um ultimo programa é o de intercâmbio cul-
nham se beneficiadodes.es fuad.o- t - tura! l.-ohv:....jdo diretamente pelo Departa-
timos da Aliança peva o F.-:^:,.. Naoucle mento ce Estado. E o filé-mignon do Programa
ano só o Sindicato do» Téxtoia cí3 £«0 Pí uío e o do AI1>LD. Apenas poucos lideres e funcioná-
dos OráficoB do Rio recobaram 64 mii dóle-es d" rios sindicais tem a oportunidade de se benefi-
f^?Q7mt)8-TSeenl Siite 8ao,J a« Programa ciar desla mamata, que inclui viagens IOS Esta-
(1963-1970) o Instituto em-dearà -licou Wo dos Unidos. Entre 1967 e 1969, por exemplo
menos de 400 mil dólaics. üpéncs em 1972 foram apenas oito pessoas foram agraciada-i; três pre-
emprestados 200 mil dtó para projetos to- sidentes de Confederações, dois professores uni-
versitários de Direito Trabalhista e ass ssores
; 'A/graiuírcorrc; BOÍtfâ jurídicos de confederações e do Ministério do
Irabalho dois parlamentares ("ativos em as-
Em oito ano», entre 1085 c 1Ò73 a ÁM -an suntos trabalhistas") e um padre ativo e-i na-
sunto;. camponeses e assessor da Fede. tiàb dos
1 rabalhadores Rurais de Pernambuo", infeliz-
„„„ J • . ,' •'■- • ■ -' «íJ ifiotituto, seis mente nao se dá nome aos bois. mas tudo indica
mie o padre s^-ja Antônio Melo. citado em outros
^n ;Í r Foram bentúciados: 03 gráficos da documentos.
n™ ^?U8f8bara (co.ncl^o da construção de
um ginásio), os armadores de Fortaleza (hospi-

Quem financia o ADESIL


EWí- us Imanciadorcs do AIFLD, ou 1AÜES1L conformo n n„n,.

an^encanos. A entidade tem um^TM^^^S^


operário^. A Ai L-CÍO apoiou as intervenções imDeriaIkta« nr»-^
americanas en. Porto Rico. Havaí, Haiti. CubT Re^blIiS
Dominjcana, Guatemala, Vietnam. Agiu diretameme n«
desestabihzação dos governos de Cheddi Jagan ^ rui«n«
Sng
}^V d^João Goulart' no ^asil, e de Salvador Allonl
mo Chile. De quebra, simpatizou com o uazfsmo de Hkler .'
apoiou vanos massacres de iperários norteTmerica L/ "
Deduragem e com ela mesmo.
0..P n Anxrcíi"6,6 esse *\ndlc*li*™ americano eiiglooa WK de todos os sindicalizados norte-
que o lADESrL (em inglês. AIFLD) quer nos
COm0 e d< 0 n,odel0 do americanos, chegou atualmente ao nível mais
ETü * ? i
livre e democrático? «'"dicalismo naixo de prestígio dos últimos 41 anos: 77% de
toda força de trabalho americana está fora doa
sindicatos.
tl! ^HA\u An-clO (Federação Ameri- 0 Presidenle da AFL-CIO. George Meany
cana <*~ Trabalho! sue mantém o 1ADESIL ,
com 84 anos e há 23 • -go - bate o recorde de
,
íl-i nosros mciorcs pelegos - controla hoje 130 sindi- implantação do Plano Americano, cinco Mi-
catos filicdos à organização.. Meany já era dire- lhões de trabalhadores haviam deixado os sindi-
tor dn AFL quando ela "absorveu em 1955 a catos.
CIO (Congresso da Orgíinizoçãalndustrial), que
■pra a segunda maior central sindical americana, Os gangsters entram
concorrente portanto da AFL. em cena
George Meany. como diretor da AFL, liderou
a campanha de aesmoraliza^ão da CIO, que re-
eultou na sua "absorçãr>"pel3 pela AFL; ;Mea- Com o crack da bolsa de Nova York, em
ny acusava a organização concorrente de comu- 1929, durante o período do Grande Depressão,
-nista porgue ela não compactuava com a politi- muitos sindicatos foram ocupados por gangs-
•ca imperíalista norte-americana e nem com a ters, que "cuidavam" do interesse aos associa-
política de guerra fria adotada pela Casa Bran- dos, em conluio com os patrões, sempre levan-
ca após a 2» Guerra Mundial. do o seu, é claro. Negociavam aumentos menores
para os trabalhadores sindicaiizadoe, desde que
Essa "fiborçêo" da CIO pela AFL foi o últi- o patrão deixasse uma comissãozinha para eles.
mo lance da batalha travada no interior do mo-
vimento sindical americano, e terminou com a Nessa época, muitas organizações sindicais
derrota dos sindiestos que adotavam posições oassaram a fazer investimentos em terras, espe-
'mais internacionalÍEto.T e defendeiam a politiza- culação imobiliária, fundar bancos e outros ne-
çto dos órfãos de classe. A vitória da corrente eócio.s, que nada têm a ver com a luta operária.
representada pela AFL, rue queria uma aparen- Hoie ainda perdura essa mentalidade empresa-
te despolitizíiçno dos sindicatos (para na verda- ria' nos sindicatos americanos, que se preocu-
de favorecer ns interesses políticos dos empresá- :)am em administrar bem os fundos que rece-
rios multinacionais e do imperinlismos em ge- i;em. prestando bons serviços ao associado, dan-
ral) levou a um novo dirr>c;or.r.;ncnto dos sindi- do assistência médica, uromoyendo cursos de
catos para objetivos puramente econômicos, já especialização técnica. Greve e^uma atividade
r;u3 i:so nêo questionr. o cerno da dominação muito pouco lucrativa e nãoé recomendada; ou-
'. u.-^uesa. Muito pelo, contrário, os grandes tras atividades políticas também não dão lu-
" msgnatas nté arreoanhnram aliados no meio cros, então não devem ter lugar nos sindicatos.
âi classe operária, conc«dej}do bons ^nlnrios e N« épnra da ascensão do fascismo e do na-
ida confortável ^ara boa pr.rie deles. zismo na Europa - década de 30 - o Vice Presi-
Esse:, sindicr.tos foram nmesquínhados em dente da AFL, e um de seus fundadores, partici-
;. ;s funções e reduzidos a meros negociadores param da organização de um comitê para enco-
'c --cíários. Transformados cm entidades nssis- rajar Hitler a conquistar a União Soviética. A
l^ncíais e recreativas, es.ão perdendo até o pa- AFL também se envolveu na campanha para
. ■ retnvindicar nicíhcres suiários iá que as apresentar uma imagem favorável da Alemanha
grendes companhias i-empre re antecipam soe de Hitler.
QusnsnUn sríárisia. / Em 1983, a AFL foi contra o restabeleci-
Ccr-io vsnu» vr, o Hr-nçÊo da AFL, Federa- meino tias relações diplomáticas com a União
i&o Amcncna co Trcbp.lho, cora os inUresses Soviética Durante a 2" Guerra, a AFL nunca es-
patroosw e do ^ov^rr-o norte-americano vem condeu Sus preferência pelos alemães nazistas.
t f.2ic'e sun tundaçfio, em 18SS. E dentro dos Estados Unidos combatia a CIO
(Congresso das Organizações Industriaias - que
'~}Jx'^'' 0'u) "noa PorÍGrto epós sua cria- msis tarde íoi absorvida pela a AFL). A CÍO,
po, a fVLià amúava as inicintivas imperialia- 3ue er» sus concorrente em número de associa-
tv-iüoc, Lstedus Unidoa na sua primeira grande os, defendia a formação de uma Frente Operá-
s-Uervençso cm outro.3 países. A AFL foi um ria A nti Faciatee uma aproximação com OBope-
■~£C poucas organkaçôu trsbdhistt» a apoiar rários de todo o mundo, inclusive da URSS. A
a L-uerra conttre a Espai.iE pels posse das colô- CIO, cornessa política, vinha ganhandoassocia-
nias & Cenbe c Filipe:3. ou seja. Porto Rico. do& e filisçíSes de sindicatos.
..ovni, Bahamas, Cuba e rilioinas.
No iríco do EóCUIO 26, ainda recém- Com o fim da 2* Guerra Mundial eo início
inaugurada, s .\FL já se intcrc-snva peloa negó- da Guerra Fria, a AFL voltou a se chocar com a
cios fKitos fora díss fronteiras crr.sricanas c em CIO, porque a AFL sempre se aliava nos ata-
especial nf^i rolônira. E reivindicava parceria ques 'a União Soviética c a CIO defendia a polí-
nos Ivcrcs dos negociantes, dsvs ser i£so que eles tica tie solidariedade operária com todos os tra-
entedem por coopereçíc enfre capital e traba- halhadorcs do mundo. Mais uma vez a AFL de-
lho; oarceriR ha expie cçío dos povos dos colô- sencavou a velha brocha e a tinta vermelha para
nias latino-americonss, asiáticas e africanas. pintar os lideres da CIO de comunistas.
Cojncidiu com a 1» Guerra Mundial, da Tão intensa foi a campanha, a|)oiada large-
^uai cs EUA emergiram comi çrande potência mente |)olo governo Americano e os meios de
impeilalfsta, e com a rsvoluc|a nisna, o apro- comunicação, que a CIO, em 1948. teveque mu-
unoaxento da ligeção da AFL com a política dar sua linha política, pela cisão provocada en-
se guerras c mterver.cccò i.j.-te-americana. A tre seus membros que ficaram amedrontados
violenta repressão da Gí^VS Coral do Aço, que com as acusações e desconfiados dos antigos
-.obihzou todos òs mire-rín e metalúrgicos líderes Em 1955, a AFL conseguiu finalmente,
arnencanoa em lOie, foi o ensaio da violenta sobs liderança de George Meany, que é seu Pre-
ofensiva contra as Icí.-s des trabilhadores que sidente até hoje, abocanhar os sindicatos afi-
estaria por vir. liados à CIO, cem a união AFL-C10, que na
Com a Revolução Rusaa de 1917, uma his- verdade foi uma absorção.
tena anti-comunisto tomou conta dos Estados
Unidos e contagiou o represeníante oficial no Os amigos da CIA
mr.o dos trabalhadores, c AFL O governo ame-
nerno e AFL passaram entêo a usar uma técni- Ex Agentes da C!A, como Thomas Barden,
ca, que mais tai:;cí foi consagrada, chamada que foi um dos idealízadores da utilização doa
' pintar de vermelho". Essn técnica consistia em sindicatos nos interesses da CIA no exterior, e
íaxer todos os opositores, líderes sindicais mais Philip Agee denunciaram as ligações da AFL--
combativos ou trabalhadorrr militantes de co- CIO com a CIA: Antigos membros da AFL--
munistas OU anarquistas. cio também reconheceram a sua atuação da Ar L-
Só nmna noite, r.o rik 2 de janeiro de 1920, CIO na desestabilização de governos noa e na in-
foram feitas £?is rnit prisões de sindicalistas, ou tervenção e negócios de outros países.
simplesmente.trabathadore;->, acusados de "ver- Mesmo antes da criação da Agência Cen-
melhcs". E a repressão r 5o parou por aí. Ainda tral de Inteleigência, a famosa CIA, em 1947, a
na década de 20 03 EUA "iniciaram o Plano AFL-C10 ja tinha uma boa prática na interven-
Americano, que consistia, nada mais nada me- ção em negócios internos de outros países, como
DOL'em substituir os sindicatos legítimos, por vimos acima. Mas apôs a criação da CIA, ft
sindiectos de empresrs. AFL-CIO esteve presente praticamente em to-
O Ilnno aca^a torr.bém com CE contratos das as operações de desestabilização de gover-
foktivcs de trabalho, que passaram n ser feitos nos que não interessavam ao imperialismo
individualmente, enfraquecendo totalmente o norte-americano.
podsr de barganha do cnerário, que sozinho náo
poda nada. As greves " cc trabalhadores, entre- , Sua presença foi e é constante, por exem-
tar.lo, persistiram, aempx acusadas de serem p!o~ no apoio dós governos mais reacionários e
lideradas pelos "cpmur.istes". Depois da total sanguinários do planeta, como o da Coréia do
Sul, o de Formosa e o da República Dominica-
I
nos. O curioso é que parece que os Direitos Hu-
na. do Haiti, da Cuba de Fuigéncio Batista, c manos so' dev-n ser defendidos nos países co-
em praticamente todoe oe regimes-reacionárioe da munistas, da Europa Oriental e União Soviéti-
Aroerica-Latina. ca.
A AFL-CIO esteve também aliada com o Nos seus jornais para os leitores do exterior
imperialismo norte americano na derrubada do O Correio Operário Norte-Americano e o
governo de Cheddi Jagan. na Guiada Inglesa. Boletim do Sindicalismo Livrç editados em
William Doherty, um dos diretores da AFL, ['ortuguès e mais cinco idiomas, só se fala de
comentou com orgulho a atuaçáo dos sindicalis- violações dosDireitos Humanos naquelesnaíses.
tas treinadas pela AFL-CIO na derrubada de Nem uma palavra sobre as ditaduras latino-
João Goulart, no Brasil. Acentral sindical an\e- a mericanas, os governos de Formosa e da CcfHo
ricana esteve presente também no Vietnam e do Sul, - onde a classe operária sofre constantes
defendeu a guerra de extermínio sob o pretexto massacres T, para os quais só há elogios,.
de que "dava muitos empregos". E recentemen- Essa breve história dá pra esclarecer ouai é
te, como não deixaria de ser, marcou sua presen- o sindicalismo livre c democrático que eles que-
ça no Chile, na derruada de Allende, como pro- rem nos exportar. Liberdade, total de explora-
va o livro "Cia and thc Labor Movemcnt", de ção è democracia para os lucros eacorçhantes
Fred Hirsch e Rkhard Flatcher. dos empresários capitalistas.
Agora a AFL-CIO, seguindo o Governo
Carter, defende a política de Direitos Huma-

Empresas que financiam o IADE:


American CvnamU
Analo Laul-aw Nit-rar,. Co. Ofife Eleva+or Co.
Tnl-eínartiOnal TelípVwne airvA Teleo,rapV\ Pan American
American International Oü Co • IntemaVional PWpel Co.
AmericanTelephontf ani Telear^pK Pfizeir In+erna^iOnal
J tn^ernaVional MininQ Co. RocXeícUer PundaVion
fcrr>e»icttn ÇjVadaH InternaVvonal ^txcM.&rí,
BaccavJi COrp. Reader^ 1[)\Oe«V
ln6u rance Co of Plmerita 6hell Pirotereum
BanKetrs TVu&t Co. Industrias» Kaiser
B^<€>*6l HeyerA S^erUrvo Druo
IbM SVandanJ fraVFCo.
BrazAian LiMVi «uni Pouicre, Johnson and JcV\ni>on
Com Producif, ôheraVon Corp
J. Henry Sthov-eier SVanéa^Oa Co. Of Neu. Jen&ay
Coca-Cola Kino Ranch
Çavcietr CoTp ôcVverinq VunAaViOn
Kcníseto^ Copae-Y COrç> ■ TVe UnVre«l CorpovaVion
ton^VaVner CÒrp. Of. ftmerica. Loeb
Chaase tAa^ha^-an "SanK Ur»«Oy^ Cô,«-te»<le COvp
IJloViOn Pic-Vure AsôOciaVion Ul. R. C\«-ace Corp
DeWec Max fW,o\> Vurvi ■ \rvc.
David RocKfiíeWer tAob.l üí\ Co. UJarrveyr Uamberl-
Fir*V UaVional CiVy BanK Na+sonal QVfteuút Co. UJorlé'' TrA<ie Corp.
3 tA Cot^pany

Mais ênfase na infiltração


entre os metalúrgicos
Em 1970, um relatório do Instituto Americano reconheceu que o
impacto dos seus programas ainda era frágil "nas áreas de maior
concentração urbana, onde o movimento sindical poderá ser de grande
importância quando as coisas ficarem pretas»'. Sete anos depois, outro
relatório avalia os resultados (positivos) da influência setor metalúrgico.
Comparamos então a lista (23 sindicatos)
A partir de 1970. é possível se perceber uma com números do Instituto Cultural do Traba-
mudança nos rumos táticos do Programa cio lho, de Kront Koyal Institule c dos projetos
Instituto americano de desenvolvimento do "li- sociais. O resultado mostrou que destes 23
vre sindicalismo". O n\aia evidente é uma rela- sindicatos, apenas oito foram atingidos por
ção a uma ênfase cada vez maior ao trabalho en- um ou mais destes programas e 15 não fo-
tre os metalúrgicos. Até 1970, a maior parte dos ram".
projeto» sociais e uma boa perceniagcm de cur-
sos educacionais estavam voltados para a assis- "Ila muitas razoes para um impacto me-
tência aos sindicatos rurais nordestinos. nor do Programa nos sindicatos chaves e
nas áreas sindicais chaves. Kstas razões sao
Em 1970, o relatório de avaliação da efi- as wguiiUes: a cooperação de vários destes
ciência do Programa no Brasil de 19fi3 a 197Ü já sindicatos u entidades sindicais america-
apontava para futuras mudanças. nas não filiadas à AFL-CIO (observa-
ção: o relatório se refere à dissidência que existe
no sindicalismo jtmericano, onde algumas fede-
rações importantes, como a dos metalúrgicos do
Ampliar o impacto nos setor automobilístico - U.A.W, T, não segue as
orientações da central sindical AFL-CIO, que
está a serviço do Cíovernoamericano); a maior
setores chaves sofisticação dos sindicalistas urbanos t^ue
vêem os cursos de treinamento com menor in-
"Nossa maior preocupação e que o im- teresse; os trabalhadores da cidade têm ou-
pacto do Programa do Instituto no Brasil tras opções di- atividades que a de participar
tende a ser mais frágil nas árcaa de maior de cursos sindicais; e, por fim, algumas fede-
concentração urbana, onde o movimento sin- rações e sindicatos não participam dos cursos
dical poderá ser de tírande importância do UTpara parecerem progressistas e se dife-
quando as coisas ficarem pretas "chipes were renciarem das Confederações. Outro fator c
down"). Para testar nossa tese pedimos ao quç alguns sindicatos tem bases de tendência
escritório do Adido do Trabalho da Kmbai- esque rdista, o que faz com que suas lideran-
xada para nos preparar uma lista dos sindi- ças, mesmo não sendo comunistas, não se
catos brasileiros mais fortes e importantes. aproximem do Instituto. (...)
•I*"!.

Mais verbas para


metalúrgicos X , '« '""'f1 ,nd*p*nóonie ou não de te-
Sele onoa depois dnquelf rolnlnrm •::• r< n\ |>«iMAdo pelos cursos de S«o Paulo como
novo documonlo. datado de agosto de 15*7" «coaria aMtermrnu-nte. Segundo mai im^r
dava^conta dos resultados dns medidan: ante. Hcnoçãodeum programaes^cTalK
i- "Em anos reccntcf.. os sindicatos miMn- er amb.o ent« sindicatos ,i« mctalurKicos b a-
lurirlcos de São Paulo «mwiíuirHm oleiros p americanos.
Tíeihoreg empregos e mclhoranun «« ,g«
diçoes de trabalho através dos m..(o.i„!, av
sindicalismo livre. Dado o tamanho dos-,,,- De fíito, a partir do uno pnssndo começou a
dicatos c a importância deste setor irHub constar nos orçamentos do AÍFLD para o Brasil
maL um programa de intercâmbio com cb uma vt-rba cada vc?. maior para este intereãm
sindical os americanos ajudara a rmwfJar bio entre sindicatos de metalúrgicos. No ano
estes ganhos e a melhorai- a perspott.va dtf passado, cinco lideres Walúrgiros brasileiros
desenvolvimento de laços futuros e a promo- náo dií os nomes) ílcatani 20 dias noa Estadm
ver a imagem de um sind calismo livre e -ia Unidos com uma diária èeda^de 60 dólares fora
solidanedede intrrsmcricfina". as passagens, hotéis e refeiVòep. Em troca 3
"Acreditamos que o PhiEruma do lusitu- americanos estiveram no Braíii. Rate programa
to pode ^e bencHciar conbic'eravclmcnle se estará consumindo mais dd 140 mil dólares
aaotar uma estratcgiii, para audentar sou anuais. Embora a t\é 1981 a
impacto potencial em sindicatos chaves e á- verba deste programa praticamente quadripli-
reas sindicais chaves. De acordo Jcom nosso <iue. o orçamento total Hf. Institu-
ponto de viola, devomos nos concentrar nestes to permanecerá o mesmo - atA diminuirá um
pontua chaves pak-a ampliar o imp ;cto que o pouco. Ü que demonstra, por dtn Indo que os
Programa já IcnV". programas educacionais começam a ser eíeliva-
menle assumidos pelas próprias Confederaçóes
Easeando-se nesta avaliação, o rclalóiru braaileiras (no ano passado, o orçamento do Ins-
propõa diversas medidas que •proxiiniuwem oa tiloto previu cerca de 200 mil dólares para estes
sinaicalos e federações nvorso» a.) ICl' de seus programas em relação a uma verba total de 3)1
prorrames educacionais, Embora oa rolnlórios e tnildólarea tem 1981 os programas de educação
ilocumenlos disjxinlvesa r.?,o apontem com pre- terão verbas de 130 mil dólares para um total d.'
cisão o conjunto ri esta sm editas, podo-se perce- H-l mil dólares); e. por outro , que o programa
ber Ojiie pelo menos duas delas fornm levados à para os metalúrgicos assume, a cada ano ma-er
prática. importância para os Estados Unidos em 1"P1
A primeira, enviar para Front Uoyal as verbas destinadas a este programa serÂB )w
sind.ee.islãs que representem os sindicatos penores as destinadas aos programa de êéxtil.
çao e de projetos sociais.

que a CIA
i^mc m^elm líderes iiitêíiticos
0 presiderte do Sindieato doa Ãfe- ! v;'^ - ■
talúrgiccs de João Moitevadei Joan ^'comunicações. Uelio Manguezoni jé
Faulo Are» de Vasconee/os, um dou ^ percorreu o mundo inteiro em compa-
mak combatidos dirigentes sindicoíJ» nhia de William Doherty, que apare-
do momento, esteve cm Froní Hoyal, C^Aí:,. . m.^180*0 no iivro do fiHWde da CIA
nos Zusíados Unidos e fez um curió / hilhp Agec. como agente da CIA para
. íV
patrocinefo pelo IADESIL. Aifom,
ele denuncia: "Em minha turma es-
• < •.
W \ li Assuntos Trabalhistas
William C. Doherty é o ciHirdenador
tava infiltrado proposUadarrente um
agente policial de nome Valdir- V' UKSIL ? Em cada pais onde o IADE-
'^wr Castilho, securitário. dedo du- SIL tem base de operação, ele organiza
ro, metido no meio da turnui para fa- cursos para dirigentes sindicais, intei-
zer mtaíórioa minuciosos sobre cada ramente financiados pelo Instituto Os
um e sokre ludo o que se falava", cursos são realizados em cada país
conta de. 'Aeaim, o curso cumpre ou- onde opera o IADESIL e nos Estados
tro obJQtivo; "nada mais nada mcnou Unidos, na localidade de. Front RoVal
do que a identificação de cada parti' Todo ano o IADESIL leva aos Estados
cipante; é feito um perfil político e unidos 40 sindicalistas brasileiros e
ideológico, a ficha, de cada partici- realiza no Brasil diversos cursos sobre
pante, e isso naturalmente é entre- Historia do Sindicalismo. Legislação
gue ao governo brasileiro"^ Ecte de- Comprada e Técnica de Liderança.
poimento foi colhido em João Monh- Esse cursos são financiados asaim;
uade, pouco depois da greve na Belge «SÓ nor cento pelo governo dos Estados
MinvL-a, pelo repórter João Batuta unidos;
dos Mars» Guia. £í« a fala de João •15 por cento pelas asiociações pa-
Paulo. tronais (oa multinacionais)
da cm I9S5, no período da "Gerrn •"> por cento pelos sindicatos dos tra-
Hé muito tempo que os governos no Fria", e desde então presidida por balhadores.
Brasil vêm abrindo raininno para ns Oeorce Meanv, une no ano passado foi Eu fiz esse curso em Front Royal. O
atividades das empresas multinacio- "premiadoR"co!n uma renda anual de objetivo do curso é um só: nada mais
nais. Paia que essas empreans atinjam 120 mil dólares nada menos do que identificação de
o seu objetivo aqui no Brasil elas neces- cada participante. È feito o perfil polí-
sitam conhecer profundamente o movi- A AFl. CIO trabalha em conjunto tico e ideológico - a ficha J de cada
mento sindical da classe operária da- " com a (MA, e esse irabalho da participante. Isso naturalmente é en-
qui. E as multinacionais interferem AKLC-CIO é feito nlravés <lo IA- tregue no governo brasileiro. 0 interes-
não só nas entidades de classe dos em- Utv&tL ir.-.stuuto Americano para o se maior deles, ao lado de preparar
presários como também interferem nas Desenvolvimento do Sindicalismo Li- seus próprios cruadrns, é o de anular as
entidades da classe dos trabalhadores.! vre"). O IADESIL existe no Brasil desde lideranças sindiciiis autênticas.
1!!G.'>, co.u HCUC no Rio de -lanéiro e es- Particnpei e verifiejuei que de solida-
0 instrumento do qual as muUiiia- critório em São Paulo. Kste escritório riedade, com o sentido de fortalecer o
cionaia se valem para se infiltrarem no paulista lem o nome de Instituto Cul- movimento sindical a nível internacio-
movimento sindica! e a AFL-CIO, a tural do Trabalho (!("!'), cujo diretor é nal, não existe nada.
central sindical norte americana, cria- Uelio Maoguey.oni. ligado a área de te- Um outro curso é dirigido por um
professor argentino, llotondaro. que
que uttiixa a lécnma ò* i-star.íwUr ro\S- Loo- M', tf.,) presidente, esteve no B«"d
micas. Em minha lurina tistava tr.fil- wl em 74. Curiosimente a atuação date
triaido propoHitadam^nte utn ciente oo no Urasil^t' prendeu a VíBHBB ai mulci-
ücial de nome VeJdemar CaiUi!" ÈÍ5 nscionais olernf.6, tais como H M»»>-
é securítárío, dKkMktrt ssstido no nsacnatis, a VoIIia, ou à Po.dig Haec-
meio da tunnrs para fo.- tili': 'JÚ-^ kel.íDupoia é qua eie faz um br«ve reu
tninuciostxi eobre e&da <aa c sóias tudo niüo com uin grupo de »iiidicaU«?U>t
que Eí falava. Fisatata i Ceii.'3iàa dos- £!• veio oqui paro veriftcar c* intertí*
es foto lá era Frc^,:. i^v^i. IrjetUata- tm daa r.rm«í» c(uc eie visitou. A FITIM
raonte o WiUian DoHírty ch&r£ou o fot o jo^o do grande capita) alemãs,
Helcio Manfjwoiü wa 2«tadc4 principalmente, canadense e de alguns
Unidos. outros poiteí turopsv;», elém da Ale-
No Bíani', o lACfóSIL e§a GSíííMU. manha.
tnent? Maculado a filjraiaaa ísd3?«çSeè, Aos pottCLa, as çróprici» ceníadera-
ttiávés di; dcMnninaé&n inâUlaucs, çõea sindsccfai brasikiraa, dirigidtj por
Em cada éstr.do datoia w GCíJ egan- paletós e Juncionáríca qus passaram
tee. peloa curccj r.jia Ectadoa Unidoe. enins
Jlá fora dos Eatsdcj ünid^, erLlc- a ESBumindo o Instituto Cultural dês*
FITIM (FedtTiçco Int4tfR&dcaaI doe Trabalho c ajudando na sua nustents-
Trubalhadcrea emlnrhistrica EIctÊÍúr- efio fínaceira.
sicaa). Particiiwi do 24» Ccnuivam de
FITIM tio Eãtõeolmo, ens iSM. Eug«n

Faça eomo ei o
"Antes eu era nlíiila ismMo, não cabia me ex^yessar direito.
O Ü

Depois fiz o curso UG liderança no iADSSIL, str^ ÜSfetadoa Uni^^f. hoje sou o Santos Nogueira
v»i^>
candidato a vereador g^c- : na co L\íO

Conta-se uma hiferia, "0 Sindicato doa Me- americanos, chir<ese8 de Formosa, coreanos do
talúrgicos do Rio, de «m mambxo da diretoria sul e africcr.Gs, em número por volta ài 200, tem
passada que fez o eu* ainho ei 3IADESIL. Mcata aulas também. De Educaçso Sindical: "eles in-
após a vitória da Opcsiçâa eJe sz deu couta (;ue sistem muito naa direitos e deveres dos traba-
teria de voltar ao t)<ib„.'ho, raperneou, chorou, lhadores"; Ad.r.iniatraçãf) Strdtcal: "por exem-
implorou ao atual jrrJGxLnte que o deisasre tra- plo, se não há ordens no Sindicato, n?o hà orga-
balhando no Sindicato, que lhe livrasse do ma! nização, o Sindicnloé m&u administrado; usar o
de voltar òs máouin;;). Mas; não conseguiu amo- dinheiro do fundo sindical para sustentar uma
lecer o coreçõo de Beu cpor; tor. Cor.atn que hoje s?reve é um mau UM; tivemos aléum dia ospe-
é office-boy de uma cr;; rea.i niuliinacional. Ou cial, de aulea so!;rc Democracia."
talvez esteio trabfiü.ai !o contrariada numa
fábrica quaícvc;r. Sobre o cur&c de 1^77, o depoimento de Juan
Os efeitoa GCG três ac. 3 na Univeraldaú^ áb José Ceatilio, secretário edministretivo do Sin-
rrabnlhü, no estrdo americano de Virgínia, diecto dos Trabalhadores em Bananas da Gua-
prêmio conseguido após um curso de dois meses temala, publicr-do no Noticiário do Sindicalio-
no 1CT de São Paulo e de tiulro período da 10 mo Livre d," AIL-CIO de cutrubro daquele ano,
dias no próprio sindicato, pedem se' medidos e comovente:
pelo sindicalista Joiodcs Cantei Nogueira.ciM "Depois de termos vivido 3 meses como ir-
fez o CUíôO ano poseado, pda Sindicato dcauW mãos, de termos tor^ndido acerca de nosaos
doviário c Pessoal d2 Transportei Urb-r.üuo mútuas aspirações, triur.fose frustrações, volta-
Para ele, "o lugar da Üriversidad?, zia htám mos à luta diária de unir trabalhadores, mobili-
de montanhes azi-ij, í o idec! pura se cprendaí zar fileirns para o combate verbal, cona^uir
de tudoquchádehom. A-.-tesou era muitotír.ii-. progresso e genhes e criar um novo imp jrio, ba-
do. não sabia me eapreas! r direito. Depoia Ts.© seado na justiçn rociai dentro de uma cEtrutum
curso de liderançaLÂDEGiL, nos Estados Uai- de penuína democracia".
àoiK hoje sou o Sentis Nogueira, cendidaiog
vereador pela Arena do Rio". "Queremos deixer bem claro que não procu-
ramos obter isso tirando daqueles que até ogorsi
Aula d3 cíemeoraeia se ostentam de possui-lo, mas assegurando para
o's trabalhadores que representamos uma medi-
A primeira aula de 1977, quando os sindica» da verdadeiro dos valores que eles criam, em
listas ainda estevam no México, Eede da ORFE transformações e benefícios sociais. Nao vere-
foi sobre "Sociedade Aberta e Sociedade Fecàaí mos essas coisas mas deixaremos para filhos um
da" Eles mostram - conta Nogueira - de uca futuro mais brilhante".
lado a sociedade livre, cem um dndicalismo li-
vrei direito de ir e vir. a cociedede dirr.ocrática-
de outro mostram a sociedade fechada, com sin-
dicfttos vinculados eo Estado, a sociedade to-
talitária, enfim. E citam fiíóscfos, como Rous-
seaiii. Voltaire, para mostrar um ledo e Hitler
Mar j; para mostrar o outro",
"Lum corre-corre mrito frande o curso - diz
Nogueira - muita visita aos Sindicatos, que são
quase uma Sociedade Eeneficiente, uma mara-
vilha, riquíssimos visita bj fábricas; entra em
ônibus, sai de òmbus. Mf-3 o tratamento é dos
melhores: comida excelente, ótimas in.tali.çôes
t ara mim deveriam aumentar a parle mais cul-
tural: y^ita as partes hit^ricas da América "
pin-ante os três meoea de permanência m»
t-stados Unidos, o grupo, formado de Latino-

Você também pode gostar