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A MAQUINA f Blwtí w
íUISTAS
gea - grupo de estudos agrários
Cp- 10.507 -
90000 - porto alegre / rs
»
INTRODUÇÃO
.; oíif.c^ín A
Ao longo^dài ültlínos 15 anos - a que correram àa vésperas do golpe especializados nos Estados Unidos,
partir, portanto, dè 1963 -,,oa Esta-, de 64. e a influência americana se em Front Uoyal. e na Universida-
doa unidca invcatíram cerca de 7 turnoucada vez'mais sólidii e me- de de Gcorgetown.
milhôsa de dólares diretamente no nos evidente. Para isso foi necensa-
rio a construção de um complexo
Controle pela
rirovimento aindical brasileiro - o
quo pirnifica, em cruzeiros atuais; pluiiu educacional e de financia- embaixada
cerca oe Cr? 140 milhões. Todo este mento de projetos tipo construção
dinheiro foi aplicado, tanto na for- de sedes e colônias de férias, gabi- Além destes canais oficiais, o De-
; mnçêo tíe cerca de 50 mi! aindicalia- netes dentários e.farmácias, nstau- partamento de Estado,como prova
tas como oriji projetos aociaia e em rantes e outros serviços assistência um aerograma denovembrode 1975
vbpana ü3 intercâmbio aos Estadoa social. assinado por Kissinger, libera fun-
Unidos, coin vim objetivo básico, se- Em 1965, este complexo estava dos que as grandes federações tra-
gundo cliveraoa'documentos do De- totalmente montado. E para balhistas internacionais que se-
partarner.to de Estado Americano: atendê-lo melhor, comecemos pela guem a orientação do governo
criar condiçõea para que ae instale Bonta do fio que está nos Estados transferem para sindicatos e federa
no pe!s un movimento sindical "li- fjnidoB, o Departamento de Estado, çõea latino-americanas. Agora mes-
vre, rsssonaí.vel e democrático" através tio qual alua a CIA. A mo, a Postal Tclephone and Tcle-
que, em linguagem meis clara, tam- USAID (agência americana de aju- graph International (PITI) pa
bém encontrada nestes documen- da internacional, na verdade um trocinou. em São Paulo, um encon-
tos, eignifica a iraplantaçco de um dos instrumentos mais eficazes da tro latino-americano de trabalhado-
modelo sindical noa moldes do ame- intervenção americana no mundo res de energia elétrica.
através de financiamento e doações O controle do 1CT no Brasil é fei-
ricano, da modo a imposoibiütar o
aos países do Terceiro Mundo), li- to pela USAID através do Adido do
crescimento da influência de lide- Trabalho da Embaixada America-
ranças cindiecis comunistas, gada diretamente ao Departamento
de Estado, crio i, na época, o na. O Programa do AIFLD no Bra-
sociais-democrates. e cristãs pro- sil é apenas um dos programas da
Eressktta. ' • > AI"LD • em português, Instituto
Americano paru o Desenvolvimento USAID no país - e recebe apenas
Pods-eo dizer qua oa ano3 03 1863 cerca de cinco por cento das verbas
o de 1G34 forem cnos do transição do Livre Sindicalismo ou IADESIL,
como atua no Brasil. que os Estados Unidos investem en-
m política americana de interven- tre nòâ em assistência técnica. In-
ção no nosso movimento sindical. Este Instituto, nos Estados Uni-
clusive, nem toda a influência da
Até cntfio, esta intervenção era ca- dos, é financiado por três fontes dis-
racterizada quase que exclusiva- tantes: o Governo dos Estados Uni- USAÍD e, portanto, do Departa-
mente pela infiltrf.çãc do agentes ■dos, via USAID eDepartamento de mento de Estado americano, no
da CIA nos sindicatos e movimen- Estado, que entra com 80 por cento nosso movimento sindical se dá via
tos mais atuantes (a história do das verbas; a AFL-CIO, central Instituto Cultural do Trabalho e
cabo Anselmo ainda está viva na sindical doa trabalhadores ameri- IADESIL (tradução para o portu-
memória doa sindicalistas que canos, e as multinacionais. Em- guês de AIFLD). Ela tem proitra-
mas autônomos diretamente com o
sobreviveram ao^oloe de 64) e pela ; v bora a verba maior venha,dp Pr""
corrupção mais deslavadas A partir prio.governo e a òota da central KOverno brasileiro (Ministério fio
da fundação do Instituto Cultural dos trubalbatjlores seja maior do Trabalho) e algumas coníeder.n-
co Trabalho, em São Paulo, um ano que a das mulfinacionais (73 em- ções.
antea do golpe e, principalmente, a presas com interesses na América Quanto á.s relações com o governo
partir de 1065, com a consôlidcçèo Latina), o AIFLI) tem sido dirigi- brasileiro, um documento de 1970
do recime militar, esta intervenção do, invariavelmente, por presiden- deixava claro que, assim como ou-
passa a se dar de forma mais sutil e tes de grandes companhias como tros governos latino-americanos,
qualitativamente superior. Já não Peter Grace, diretor do National não reconhecia abertamente o IGT
interessa apenas corromper as lide- City Bank, da Grnce Line Inc. e e o trabalho do IADESIL^ embora
ranças sinaicais - embora existam ■ > da Sione and Websters, uma das apoiasse discretamente os projetos,
indícios evidentes de que este cor- maiores companhias construtoras pelo menos mantendo um significa-
rupção ainda exista e se dá da ma- . . do mundo (ou seja; Mr. Grace está tivo silêncio.
neiras as mais diversas. A partir de para o "livre sindicalismo" como o
63 o objetivo tíos EUA em relação Sérgio Dourado esta para os operá-
ao movimento sindical brasileiro já' rios da construção civil).
não é apenas Q de uma intervenção È via AlFLD qv,ve;os Estados >::.■■..:
■MMMHM
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ntroiar
m ^meaçao a
O aspecto principal do programe do A preocupação doa Estados Unidos que foram somente entrevisUd» m
Instituto Americano para o Desenvolvi- em manter este controle fica evidente •té fizeram os cursos, sem s« 4«tu»
mento doLivre Sindicalismo- o AIFLD num relatório üe inapensão (Inspec- Impregnar pela Ideologia de IADE.
• é o treinamento de lideranças sindi- üon Iteport) feito pelo escritório do 8IL, como é o caso de Joio Paulo Pl-
cais. Pode-se dizer que este programai Inspetor Geral de Assistência Estran- ree Vasconcelos (ver depoimento),
a menina dos olhos da política ameri- geira (Inspector General of Foreign
cana de intervenção no nosso movi- Asslstnnce)do Departamento de Esta- A respeito de Front Royal InstltUti
mento sindical - e as ruões são eviden- do e datado de dezembro de 1974. Nes- e da importância de seus cunoa SflüS 5
tes. Já não interessam aos Estados te relatório, o Inspetor Geral dá seu pa- Programa americano em relsçle eo
Unidos apenas intervirem, eventual- recer favorável á mudança da sede do sindicalismo brasileiro, vale rtBrooUjk
mente, com dólares ou agentes, no nos- ' ICT em São Paulo ( um dos beneficioa lÍrnAtí^do ^"^"f0 ««i» rtCents
so movimento sindical. A formação de da mudança seria reduzir a Indenti- do AIFLD, onde o Instituto traça pk
uma liderança treinada na ideologia do ficaçüo do ICT com o Governo Ame- nos, objetivos e táticas para o periodo
sindicalismo americano, amoldada aos ricano*'), concorda que o melhor seria de 1977 a 1981:
inferesses americanos, é a melhor ga- se esta mudança tV fízessa cem dinhei-
rantia contra movimentos' e lideranças ro brasí! ?uo mas teme mie se isso ocor- "0 Instituto pretende dar uma vísío
autenticamente operárias. resse poderia haver problemas porque de primeira mio dos Estados Unido-.
o Govarn« braailetro poderia inaitir para corrigir preconceitos sobre sue so-
Nestes últimos 15 anos os programas em controlar o currículo do ICT, o ciedade e ganhar uma acurada com-
educacionais do AIFLD formaram cer- que seria indesejável. preensão do modo de vida americano."
ca de 50 mil sindicalistas brasileiros
em cursos avançados nos Estados Uni-
dos e em São Paulo, em cursos espe- Um documento datado de 1972
ciais e em cursos regionais, principal- (Country Labor Planfor Brazll: 72-
mente no nordeste. Só nos Estados 76) mostrava que 64 por cento doa for-
Unidos, em Front Royál Institutetfo- mados nos cursos de Front Royal Ins-
ram formados cerca de 350 lideres sin- titute eram líderes sindicais, funcioná-
dicais. rios do governo brasileiro e associados
de cooperativas; nove par cento eram
No Brasil, os cursos do AIFLD são presidentes de confedernçõe» e federa-
organizados e dirigidos pelo Instituto ções sindicais. í
Cultura! do Trabalho, em São Paulo.
Diversos documentos citam dois no-
Os esforços dos Estados Unidos têm mes de brasibiros formados em Front
sido no sentido de fazer crer que o Ins- Royal e que são UcJc; como exemplos
tituto Cultural do Trabalho - ponta de da influência que podem exercer sobre
lança de sua política de dominação o movimento sindical brasileiro: José
ideológica na área sindical - é brasilei- Francisco da Silva, proidenle da Con-
ro. E estão quase conseguindo: aos federação Nacional doa Trabalhadores U ,-■
poucos, as próprias confederações sin- na Agricultura e que além de Front
.dicais brasileiras, dirigidas por pelegoe Royal fez cursos no ICT, e Rómulo
e funcionários que passaram pelos cur- Marinho, que dirigiu o De parta rn«f'&t H
sos nos Estados Unidos, estão assu- Nacional do Trabalho do Ministério do
mindo o Instituto como coisa' nossa - Trabalho durante o Governo Mediei. -' l
inclusive sustentado-o financeiramente
Os Estados Unidos inclusive, diminuí- Alem dos dois, um relatório de 1970
ram as verbas que mandavam uma vez arrola os nomes de alguns outros líde-
que já não são tão necessárias: se em res sindicais que foram ouvidos pt|B
1972 o Programa do AIFLD aplicava uma avaliação da eficiência do Pxogfa \*
cerca de 700 mil dólares no Brasil hoje ma americano no Brasil: Ari Cnttíf1*-
bastam apenas 344 mil. Ou seja: o Bra- ta, hoje presidente da CNT1 e que tia 6-
sil, via suas Confederações e Federações poca era seu diretor de assuntos inter-
sindicais, atrelada: ao governo de nacionais; João Wagner, ainda hoje di-
Brasília, está financiando, um Instituto retor da CKTI: diversos diretores da
criado nos Estados Unidos com a fina- Confederação Nacional dds Trabalha-
lidade de aumentar o poder influência dores em Bancos e Empresas de Seguro
e o controle dos Estados Unidos sobre (Rui Brito, Osvaldo Alves de Andrada,
nosso movimento sindical. Láecio Figueiredo Pereira); Augusto
Lopes, do Sindicato dos QuirniC88 ái
Mantendo as rédeas São Paulo; Joaquim dos Santes Andra-
de, do Sindicato dos Metalúrgiéoa d«
' Ê evidente que os Estados Unidos São Paulo; Adão Jurak, na é&oca presi-
ainda não confiam bastante nestes no- dente da Federação dos Trabalhadores'
vos líderes formados por eles próprios e ps Construção Civil do Rio Grande dq
sabem que ainda não está consolida- Sul e atualmente diretor da CNTT,-ftfi
da, no movimento brasileiro sindical, o pjado cm Front Royal; Alceu FGftft;
modelo -sindicalista americano que carrero. da Federação dos Traba|]||B9:
querem implantar entre nps. Tanto é re? em Comunicação; Raimundo L&pes
a assim que, ao mesmo tempo em que da Conceiçáo, do Sindicato dfiS'Traba-
eles tentam passar para as Confedera- lhadores em Indústrias de Perfume dt
ções e Federações todos oe encargos fi- Belém, formado em Front Royal; Joté
nanceiros do ICT, ainda mantém o Rodrigues da Silva, da Federação dw
controle da direção dos cursos e do pró- Trabalhadores do Comércio da P^t;
prio Instituto. Do Conselho Diretor do nambuco e também graduadQ em
ICT fazem parte representantes das Front Royal; além de líderes Sjricolas
oito Confederações e vários represen- de Alagoas e Pernambuco.
tantes de entidades americanas, inclu- £ bom deixar claro que « dtâcão
sive George Meany, presidente da cen- desses nomes não implica que eles se- , li - ■
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Jüssistencialismoa a corrupção.
Eis a mágica para ^raujear a simpatia sobreiro (
rmanciamenvos e doações de gabinete, dentário;;, consultórios médicos
ambulâncias, colônias de férias, cantinas, auditórios. São os "projetos
sociais que amarram a pedra do asaistencialismo no pescoço dos sindicatos.
Além dos projetos do educação, o Inatituto tal), t» trabáíhadowa em telefone de Minas (co-
americano para o ciebc.nvolvin.enlo do livre oin- lônia de ferias) e as federações dos têxteis de
d.cahamo (AIÍLD) financiou e cinda financia sao auto, dos trabalhadores em seguro do Rio e
diversos outros projeto* qua chama de projetos dos Jornalistas do Brasil (compra de um labora-
sociam. Seo financiamwitoa e doações para a toru, fotográfico e a montagem de uma escola de
compra de sedes sindb-íia, de colônias de férias ' fotografia no valor de 10 mil dólares)
de KabiBetea dentários consultórios médicos e de Ale junho do ano passado, a Aliança para o
ambulâncias e para a coiuírução de cantinas,
auditoria e ate mesr.o. de uma vila operária to^T^nT^ .fin,anciado 259 Pretos, num
tola. fie Sol 953 dólares.
em Sao Paulo, a Samuel Gompcrs. Eates finan- Alem destes projetos, o-AIFLD administra,
ctamentos e doações tiveram como objetivo- no Brasil, outros programas trabalhistas. Exis'
principal o de reforçar, pelo caminho mais equi- te, por exemplo, um programa de assistência
vocado que e o do assistencialisrno, o movim-n- tí-çmea da U^AID ao Mfnistério do TraSho
to sindical brasileiro e o de facilitar a aceitação cwti .0 objetivo de "melhorar a competência e a
por parte dos sindicatos beneficiadoa, clea oro- H.nnic.a profissuinal" do nosso ministério
Krarnas ed.icacionaia do instituto ae-eric£ao
lanto e assim que 03 pítnosdo inrUtuto para ,«, -' ^oÜ CU,it0^ ao8 E8tad08 Unido». entre
este ano e até 1981 prevêem - não te sai» basea- itttoe 19/3, um milhão e meio de dólares Outro
programa e uma espécie de intercâmbio entre
cios em que cálculos raalabarieticoa - o C«BCí. sindicatos. Grupos de oito a dez brasileiros visi-
mento de 70 pai cento do numero dz aosociüdcs tam sindicatos americanos que correspondem a
nos K.ndicatos beneficiados porseua projetosso- sua categoria profissional durante 6 semanas
Çiam. Um u-latono pera u Departamento de Es- riTchem curho» jápldoa pelo Departamento dò
tado Americano, datado do 1970, Raranlia que Inihaiho da USA1D e visitam, na ida ou na
tfmbora sem estatísticas, os projetos sociais eu' volta, o México, onde está, na capital, . sede da
'iientaram a rt-ceptivida'.; doa sindicalntas UtKaniziiCao Regional Internacional do Traba-
pura o programa educacional. nio; UH! 1, entidade controlada pela AKL-CIO
Até 1970. o Instituto americano tinha finan- americana Desde que o programa c. me-ou
ciado, com fundos da USAJD e dn / 7L-CI0 por v»!(a de 1966, 400 brasileiros líderes .-.indi-
145 pequenos projetos cociai-, num lotei tíe 2'2 cms visitaram os Estados Unidos e 40 america-
mil dólares de empréetimcs t- 50 r"i! d."t.r( - d- nos, trn contrapartida, visitaram sindicaloc
doações. A maioria destes prejí^òj c - toüc- brasileiro», entre 1966 e 1974 foram gastos neste
dos em pequenos dndicatDí rur-.j. noi> tir-f s programa, cerca de dois milhões de dólares
Um ano depois, em 1Õ72, nnsi- £ò si- t ü Um ultimo programa é o de intercâmbio cul-
nham se beneficiadodes.es fuad.o- t - tura! l.-ohv:....jdo diretamente pelo Departa-
timos da Aliança peva o F.-:^:,.. Naoucle mento ce Estado. E o filé-mignon do Programa
ano só o Sindicato do» Téxtoia cí3 £«0 Pí uío e o do AI1>LD. Apenas poucos lideres e funcioná-
dos OráficoB do Rio recobaram 64 mii dóle-es d" rios sindicais tem a oportunidade de se benefi-
f^?Q7mt)8-TSeenl Siite 8ao,J a« Programa ciar desla mamata, que inclui viagens IOS Esta-
(1963-1970) o Instituto em-dearà -licou Wo dos Unidos. Entre 1967 e 1969, por exemplo
menos de 400 mil dólaics. üpéncs em 1972 foram apenas oito pessoas foram agraciada-i; três pre-
emprestados 200 mil dtó para projetos to- sidentes de Confederações, dois professores uni-
versitários de Direito Trabalhista e ass ssores
; 'A/graiuírcorrc; BOÍtfâ jurídicos de confederações e do Ministério do
Irabalho dois parlamentares ("ativos em as-
Em oito ano», entre 1085 c 1Ò73 a ÁM -an suntos trabalhistas") e um padre ativo e-i na-
sunto;. camponeses e assessor da Fede. tiàb dos
1 rabalhadores Rurais de Pernambuo", infeliz-
„„„ J • . ,' •'■- • ■ -' «íJ ifiotituto, seis mente nao se dá nome aos bois. mas tudo indica
mie o padre s^-ja Antônio Melo. citado em outros
^n ;Í r Foram bentúciados: 03 gráficos da documentos.
n™ ^?U8f8bara (co.ncl^o da construção de
um ginásio), os armadores de Fortaleza (hospi-
que a CIA
i^mc m^elm líderes iiitêíiticos
0 presiderte do Sindieato doa Ãfe- ! v;'^ - ■
talúrgiccs de João Moitevadei Joan ^'comunicações. Uelio Manguezoni jé
Faulo Are» de Vasconee/os, um dou ^ percorreu o mundo inteiro em compa-
mak combatidos dirigentes sindicoíJ» nhia de William Doherty, que apare-
do momento, esteve cm Froní Hoyal, C^Aí:,. . m.^180*0 no iivro do fiHWde da CIA
nos Zusíados Unidos e fez um curió / hilhp Agec. como agente da CIA para
. íV
patrocinefo pelo IADESIL. Aifom,
ele denuncia: "Em minha turma es-
• < •.
W \ li Assuntos Trabalhistas
William C. Doherty é o ciHirdenador
tava infiltrado proposUadarrente um
agente policial de nome Valdir- V' UKSIL ? Em cada pais onde o IADE-
'^wr Castilho, securitário. dedo du- SIL tem base de operação, ele organiza
ro, metido no meio da turnui para fa- cursos para dirigentes sindicais, intei-
zer mtaíórioa minuciosos sobre cada ramente financiados pelo Instituto Os
um e sokre ludo o que se falava", cursos são realizados em cada país
conta de. 'Aeaim, o curso cumpre ou- onde opera o IADESIL e nos Estados
tro obJQtivo; "nada mais nada mcnou Unidos, na localidade de. Front RoVal
do que a identificação de cada parti' Todo ano o IADESIL leva aos Estados
cipante; é feito um perfil político e unidos 40 sindicalistas brasileiros e
ideológico, a ficha, de cada partici- realiza no Brasil diversos cursos sobre
pante, e isso naturalmente é entre- Historia do Sindicalismo. Legislação
gue ao governo brasileiro"^ Ecte de- Comprada e Técnica de Liderança.
poimento foi colhido em João Monh- Esse cursos são financiados asaim;
uade, pouco depois da greve na Belge «SÓ nor cento pelo governo dos Estados
MinvL-a, pelo repórter João Batuta unidos;
dos Mars» Guia. £í« a fala de João •15 por cento pelas asiociações pa-
Paulo. tronais (oa multinacionais)
da cm I9S5, no período da "Gerrn •"> por cento pelos sindicatos dos tra-
Hé muito tempo que os governos no Fria", e desde então presidida por balhadores.
Brasil vêm abrindo raininno para ns Oeorce Meanv, une no ano passado foi Eu fiz esse curso em Front Royal. O
atividades das empresas multinacio- "premiadoR"co!n uma renda anual de objetivo do curso é um só: nada mais
nais. Paia que essas empreans atinjam 120 mil dólares nada menos do que identificação de
o seu objetivo aqui no Brasil elas neces- cada participante. È feito o perfil polí-
sitam conhecer profundamente o movi- A AFl. CIO trabalha em conjunto tico e ideológico - a ficha J de cada
mento sindical da classe operária da- " com a (MA, e esse irabalho da participante. Isso naturalmente é en-
qui. E as multinacionais interferem AKLC-CIO é feito nlravés <lo IA- tregue no governo brasileiro. 0 interes-
não só nas entidades de classe dos em- Utv&tL ir.-.stuuto Americano para o se maior deles, ao lado de preparar
presários como também interferem nas Desenvolvimento do Sindicalismo Li- seus próprios cruadrns, é o de anular as
entidades da classe dos trabalhadores.! vre"). O IADESIL existe no Brasil desde lideranças sindiciiis autênticas.
1!!G.'>, co.u HCUC no Rio de -lanéiro e es- Particnpei e verifiejuei que de solida-
0 instrumento do qual as muUiiia- critório em São Paulo. Kste escritório riedade, com o sentido de fortalecer o
cionaia se valem para se infiltrarem no paulista lem o nome de Instituto Cul- movimento sindical a nível internacio-
movimento sindica! e a AFL-CIO, a tural do Trabalho (!("!'), cujo diretor é nal, não existe nada.
central sindical norte americana, cria- Uelio Maoguey.oni. ligado a área de te- Um outro curso é dirigido por um
professor argentino, llotondaro. que
que uttiixa a lécnma ò* i-star.íwUr ro\S- Loo- M', tf.,) presidente, esteve no B«"d
micas. Em minha lurina tistava tr.fil- wl em 74. Curiosimente a atuação date
triaido propoHitadam^nte utn ciente oo no Urasil^t' prendeu a VíBHBB ai mulci-
ücial de nome VeJdemar CaiUi!" ÈÍ5 nscionais olernf.6, tais como H M»»>-
é securítárío, dKkMktrt ssstido no nsacnatis, a VoIIia, ou à Po.dig Haec-
meio da tunnrs para fo.- tili': 'JÚ-^ kel.íDupoia é qua eie faz um br«ve reu
tninuciostxi eobre e&da <aa c sóias tudo niüo com uin grupo de »iiidicaU«?U>t
que Eí falava. Fisatata i Ceii.'3iàa dos- £!• veio oqui paro veriftcar c* intertí*
es foto lá era Frc^,:. i^v^i. IrjetUata- tm daa r.rm«í» c(uc eie visitou. A FITIM
raonte o WiUian DoHírty ch&r£ou o fot o jo^o do grande capita) alemãs,
Helcio Manfjwoiü wa 2«tadc4 principalmente, canadense e de alguns
Unidos. outros poiteí turopsv;», elém da Ale-
No Bíani', o lACfóSIL e§a GSíííMU. manha.
tnent? Maculado a filjraiaaa ísd3?«çSeè, Aos pottCLa, as çróprici» ceníadera-
ttiávés di; dcMnninaé&n inâUlaucs, çõea sindsccfai brasikiraa, dirigidtj por
Em cada éstr.do datoia w GCíJ egan- paletós e Juncionáríca qus passaram
tee. peloa curccj r.jia Ectadoa Unidoe. enins
Jlá fora dos Eatsdcj ünid^, erLlc- a ESBumindo o Instituto Cultural dês*
FITIM (FedtTiçco Int4tfR&dcaaI doe Trabalho c ajudando na sua nustents-
Trubalhadcrea emlnrhistrica EIctÊÍúr- efio fínaceira.
sicaa). Particiiwi do 24» Ccnuivam de
FITIM tio Eãtõeolmo, ens iSM. Eug«n
Faça eomo ei o
"Antes eu era nlíiila ismMo, não cabia me ex^yessar direito.
O Ü
Depois fiz o curso UG liderança no iADSSIL, str^ ÜSfetadoa Uni^^f. hoje sou o Santos Nogueira
v»i^>
candidato a vereador g^c- : na co L\íO
Conta-se uma hiferia, "0 Sindicato doa Me- americanos, chir<ese8 de Formosa, coreanos do
talúrgicos do Rio, de «m mambxo da diretoria sul e africcr.Gs, em número por volta ài 200, tem
passada que fez o eu* ainho ei 3IADESIL. Mcata aulas também. De Educaçso Sindical: "eles in-
após a vitória da Opcsiçâa eJe sz deu couta (;ue sistem muito naa direitos e deveres dos traba-
teria de voltar ao t)<ib„.'ho, raperneou, chorou, lhadores"; Ad.r.iniatraçãf) Strdtcal: "por exem-
implorou ao atual jrrJGxLnte que o deisasre tra- plo, se não há ordens no Sindicato, n?o hà orga-
balhando no Sindicato, que lhe livrasse do ma! nização, o Sindicnloé m&u administrado; usar o
de voltar òs máouin;;). Mas; não conseguiu amo- dinheiro do fundo sindical para sustentar uma
lecer o coreçõo de Beu cpor; tor. Cor.atn que hoje s?reve é um mau UM; tivemos aléum dia ospe-
é office-boy de uma cr;; rea.i niuliinacional. Ou cial, de aulea so!;rc Democracia."
talvez esteio trabfiü.ai !o contrariada numa
fábrica quaícvc;r. Sobre o cur&c de 1^77, o depoimento de Juan
Os efeitoa GCG três ac. 3 na Univeraldaú^ áb José Ceatilio, secretário edministretivo do Sin-
rrabnlhü, no estrdo americano de Virgínia, diecto dos Trabalhadores em Bananas da Gua-
prêmio conseguido após um curso de dois meses temala, publicr-do no Noticiário do Sindicalio-
no 1CT de São Paulo e de tiulro período da 10 mo Livre d," AIL-CIO de cutrubro daquele ano,
dias no próprio sindicato, pedem se' medidos e comovente:
pelo sindicalista Joiodcs Cantei Nogueira.ciM "Depois de termos vivido 3 meses como ir-
fez o CUíôO ano poseado, pda Sindicato dcauW mãos, de termos tor^ndido acerca de nosaos
doviário c Pessoal d2 Transportei Urb-r.üuo mútuas aspirações, triur.fose frustrações, volta-
Para ele, "o lugar da Üriversidad?, zia htám mos à luta diária de unir trabalhadores, mobili-
de montanhes azi-ij, í o idec! pura se cprendaí zar fileirns para o combate verbal, cona^uir
de tudoquchádehom. A-.-tesou era muitotír.ii-. progresso e genhes e criar um novo imp jrio, ba-
do. não sabia me eapreas! r direito. Depoia Ts.© seado na justiçn rociai dentro de uma cEtrutum
curso de liderançaLÂDEGiL, nos Estados Uai- de penuína democracia".
àoiK hoje sou o Sentis Nogueira, cendidaiog
vereador pela Arena do Rio". "Queremos deixer bem claro que não procu-
ramos obter isso tirando daqueles que até ogorsi
Aula d3 cíemeoraeia se ostentam de possui-lo, mas assegurando para
o's trabalhadores que representamos uma medi-
A primeira aula de 1977, quando os sindica» da verdadeiro dos valores que eles criam, em
listas ainda estevam no México, Eede da ORFE transformações e benefícios sociais. Nao vere-
foi sobre "Sociedade Aberta e Sociedade Fecàaí mos essas coisas mas deixaremos para filhos um
da" Eles mostram - conta Nogueira - de uca futuro mais brilhante".
lado a sociedade livre, cem um dndicalismo li-
vrei direito de ir e vir. a cociedede dirr.ocrática-
de outro mostram a sociedade fechada, com sin-
dicfttos vinculados eo Estado, a sociedade to-
talitária, enfim. E citam fiíóscfos, como Rous-
seaiii. Voltaire, para mostrar um ledo e Hitler
Mar j; para mostrar o outro",
"Lum corre-corre mrito frande o curso - diz
Nogueira - muita visita aos Sindicatos, que são
quase uma Sociedade Eeneficiente, uma mara-
vilha, riquíssimos visita bj fábricas; entra em
ônibus, sai de òmbus. Mf-3 o tratamento é dos
melhores: comida excelente, ótimas in.tali.çôes
t ara mim deveriam aumentar a parle mais cul-
tural: y^ita as partes hit^ricas da América "
pin-ante os três meoea de permanência m»
t-stados Unidos, o grupo, formado de Latino-