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Logo da e-MEC
O Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior, do
Ministério da Educação (Cadastro e-MEC), é um importante instrumento de
pesquisa para o levantamento dos cursos vigentes. Tomando como premissa
os cursos de bacharelado, por meio da palavra-chave “Artes Visuais” chega-se
a um panorama composto por 27 cursos de bacharelados em atividade,
ofertados em 13 estados, além do Distrito Federal: Bahia, Espírito Santo,
Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A seguir é possível verificar a localização e o componente curricular de alguns
casos selecionados. Confira exemplos de graduações em instituições públicas
e componentes curriculares, de acordo com o cadastro e-MEC.
Região Sudeste - MG, RJ e SP.
Clique nas palavras.
MG UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
RJ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SP UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Região Sul - RS e SC.
Clique nas palavras.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
RS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
SC FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
Região Centro-Oeste – GO e MS.
Clique nas palavras.
GO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
MS UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
Região Nordeste – BA e PB.
Clique nas palavras.
BA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
PB UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Os dados levantados e apresentados acima nos ajudam na compreensão, a
partir do recorte “instituições públicas” e “bacharelado em Artes Visuais”, da
distribuição dessa oferta de formação no território nacional, como o mapa que
segue.
Veja que há maior concentração de ofertas de cursos de bacharelado em Artes
nas regiões Sudeste e Sul, seguidas das regiões Centro-Oeste e Nordeste. Na
região Norte, apenas o estado do Pará apresentou oferta de graduação, dentro
do recorte de levantamento aqui apresentado.
Levantamento no e-mec, a partir do filtro "bacharelados em artes visuais em
funcionamento no Brasil".
Certamente surgem perguntas a partir da verificação desses dados. É sobre a
potencialidade destes que vamos colocar a “mão na massa” a partir de agora,
ou seja, construindo um cenário de práticas de pesquisa a partir dos dados
apresentados até aqui.
Cabe destacar, antes de prosseguirmos, que uma pesquisa quantitativa se
torna importante pela potencialidade da verificação dessas informações e
“compreensão profunda de certos fenômenos sociais apoiados no pressuposto
da maior relevância do aspecto subjetivo da ação social”. (GOLDENBERG,
2004, p. 49).
O contexto nos trouxe novas perguntas, certo? Então, vamos lá.
Podemos prosseguir com uma pergunta norteadora: em que medida esses
dados levantados no e-MEC refletem o cenário de pesquisas em Artes nas
universidades do Brasil?
Mão na Massa
1. Sobre a institucionalização da pesquisa em Artes no Brasil, é correto
afirmar que:
Vídeos.
Pinturas.
Gravuras.
Performances.
Podcasts.
Comentário
5. Considere o texto a seguir:
Ignora os conceitos.
Uma questão.
Um(a) artista.
Uma hipótese.
Uma conclusão.
Comentário
Como você se saiu? Vamos pensar essas questões a partir de um
pesquisador?
A professora Adriana Nakamuta conta a trajetória dela e serve como reflexão
das questões que você realizou. Vamos assistir:
Teoria na prática
O breve levantamento na plataforma digital do Ministério da Educação (e-MEC)
nos mostra dados sobre a formação em Artes Visuais no Brasil, a partir de uma
amostragem do ensino público, na modalidade bacharelado.
Essa plataforma se apresenta como uma importante fonte de pesquisa, em
caráter digital, para levantamento de dados quantitativos. Outrossim, é por
meio desses dados que podemos delinear uma análise qualitativa sobre essa
amostragem, para ponderar sobre as especificidades das formações e a
consolidação de grupos de pesquisa no Brasil dentro das universidades.
Observe duas realidades: a composição do curso da Universidade Federal da
Paraíba e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A partir dos dados
apresentados, podemos concluir que uma contém temáticas regionais como
“História da Arte na Paraíba” na formação de um pesquisador e, na outra, em
decorrência do seu próprio histórico oriundo da AIBA e da Escola Nacional de
Belas Artes, a formação do pesquisador concentra-se nas subdivisões de
habilitação em Pintura e/ou Escultura.
A estrutura curricular também vai conduzir ao aparecimento de grupos de
pesquisa, formação/criação de cursos de pós-graduações e até mesmo
especialidades de estudos em determinadas instituições. Para isso, observe,
por exemplo, duas plataformas de projetos de pesquisa.
Clique nas barras para ver as informações.
UFPB
A plataforma da UFPB apresenta projetos relativos aos acervos de arte na
Paraíba.
Grupo de pesquisa em Artes da UFPB, 2021.
UFMG
A plataforma da UFMG apresenta projetos com pesquisas que dialogam sobre
técnicas e procedimentos tradicionais como arte em barro – já que Minas
possui um rico acervo de esculturas devocionais históricas, diversidade de
linguagens – e cinema e teatro, e temas contemporâneos, como experiências
decoloniais.
Grupos de pesquisa em Artes da UFMG, 2021.
As plataformas são importantes instrumentos de pesquisas que, por sua vez,
colaboram com o mapeamento das informações relativas aos grupos de
pesquisas, aos pesquisadores envolvidos e às temáticas/objetos em
desenvolvimento. Os resultados das pesquisas compõem os periódicos
científicos, também liderados por grupos e pesquisadores nas universidades,
assim como os informes e exposições dos resultados em eventos científicos
realizados pelas associações organizadas.
Clique no botão para ver as informações.
Verificando o aprendizado
1. Com o conhecimento adquirido a partir do conteúdo do Módulo 1,
julgue cada afirmativa a seguir como verdadeira (V) ou falsa (F) e, então,
assinale a alternativa correta:
F-V-V-V.
F-V-F-V.
F-F-V-V.
V-V-F-V.
V-F-V-V.
Comentário
2. Conforme Fortin e Gosselin (2014, p. 1), a pesquisa nas Artes engloba
três tipos diferentes de abordagens: a pesquisa sobre Artes, para as
Artes e em Artes. Assinale a alternativa que contém a relação correta
entre o tipo de pesquisa e seu respectivo exemplo:
Pesquisa em Artes – tem por resultado tanto um produto textual quanto uma
obra de arte.
Pesquisa sobre Artes – exclusiva para doutorados, tem por resultado produtos
textuais que fazem grande uso de imagens.
Comentário
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MÓDULO 2
Reconhecer a estruturação de um projeto de pesquisa em Artes Visuais
Construindo um projeto de pesquisa
Neste vídeo, a professora Flávia Miguel de Souza apresentará alguns
caminhos para se delimitar as escolhas de pesquisa em Artes Visuais.
Fluorita - pintura a óleo.
Introdução
Para o desenvolvimento de um projeto de pesquisa em Artes Visuais, é
importante compreender a sua relevância dentro do campo científico e,
sobretudo, a sua viabilidade técnica. É por meio da observação/análise pelos
pares – ou pelos grupos que se estruturam no Brasil – que se torna possível
verificar se uma pergunta formulada para dar início a uma pesquisa, as fontes
levantadas e o objeto de estudo selecionado se encaixam nesse cenário
nacional.
Em resumo, é preciso ter em mente:
Como e de que maneira minha pesquisa contribui para a área de Artes?
Quais os impactos dos resultados obtidos para a produção de conhecimento
sobre/das Artes?
Vamos compreender dois pontos importantes:
O cenário de grupos e linhas e das associações de divulgação dos
resultados de pesquisa em Artes do Brasil.
As especificidades de um projeto de pesquisa em Artes.
É importante, então, saber o que anda sendo pesquisado, não é verdade?
Vamos lá:
Demonstração
De acordo com censo realizado em 2016 pelo CNPq, dentre 147.392 linhas de
pesquisa registradas, 5% se concentraram em Linguística, Letras e Artes. No
repositório digital da CAPES foram encontrados registros de 78.463 resultados
de dissertações sob a palavra-chave “Artes Visuais”, sendo 57.841
dissertações de mestrado e 17.984 teses de doutorado. Em 2019, foram
registrados 5112 trabalhos.
Clique no botão para ver as informações.
Na busca pelo Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil, do CNPq, a
palavra-chave “Artes Visuais” retornou 91 linhas de pesquisa registradas,
distribuídas por 60 grupos, em diferentes universidades brasileiras.
Confira a seguir a relação dos grupos e linhas de pesquisas registradas na
base de dados do CNPq.
Região Norte - PA
Clique nas palavras.
PA Universidade Federal do Pará
Região Nordeste - AL, BA, CE, MA, PB e SE
Clique nas palavras.
AL Instituto Federal de Alagoas – Matriz
Universidade do Estado da Bahia
BA Universidade Federal da Bahia
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
CE Instituto Federal do Ceará – Reitoria
MA Universidade Federal do Maranhão
PB Universidade Federal da Paraíba
SE Universidade Federal de Sergipe
Região Centro-Oeste - DF e MS
Clique nas palavras.
DF Universidade de Brasília
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
MS
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Região Sudeste - ES, MG, RJ e SP
Clique nas palavras.
ES Universidade Federal do Espírito Santo
Universidade Federal do Maranhão
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET)
MG Universidade do Estado de Minas Gerais
Universidade Federal de Juiz de Fora
Universidade Federal de Minas Gerais
Colégio Pedro II
RJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense
Universidade de São Paulo
Universidade Estadual de Campinas
SP
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
Universidade Federal de São Paulo
Região Sul - PR, RS e SC
Clique nas palavras.
Universidade Federal do Paraná
Universidade Estadual do Paraná
PR
Universidade Estadual de Maringá
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
RS Universidade Federal de Santa Maria
Universidade Federal do Rio Grande
SC Universidade do Estado de Santa Catarina
No mapa abaixo é possível observar a distribuição territorial dos Grupos de
Pesquisa no Brasil.
Representação cartográfica da distribuição de grupos de pesquisa em Artes
Visuais no Brasil.
Também é possível visualizar as temáticas abordadas nas linhas de pesquisa,
por ordem de recorrência.
Clique no botão para ver as informações.
A criação da área de apoio à pesquisa em Artes dentro do CNPq foi
profundamente beneficiada pela atuação do então técnico da instituição, Silvio
Zamboni, que buscava a oficialização da área de Artes como campo de
pesquisa científica.
As pesquisas em Artes estão inseridas na grande área de Linguística, Letras e
Artes no sistema de pesquisa nacional.
Mão na Massa
1. Sobre as agências federais de fomento à pesquisa, assinale a
alternativa que traz a associação correta entre agência e respectivo
objetivo:
FAEB − lidera movimentos em prol das Artes Visuais, Dança, Música e Teatro
na educação brasileira.
Comentário
2. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi fundada em 1808, quando o
Príncipe Regente Dom João VI instituiu a Escola de Cirurgia da Bahia −
primeiro curso universitário do Brasil. Ainda no século XIX, incorporou a
Academia de Belas Artes, fundada em 17 de dezembro de 1877. Sobre o
ensino e pesquisa em Artes Plásticas na UFBA podemos afirmar que:
O objeto de pesquisa.
O recorte.
Os próprios dados.
O método.
A conclusão.
Comentário
5. FUNDEP − 2018 − Prefeitura de Santa Bárbara − MG − Professor – Artes
(Adaptado)
AZEVÊDO. In: Som, gesto, forma e cor. Dimensões da Arte e seu ensino,
2003.
O ensino de Arte de qualidade não deve ser efetivado como um ato político.
Arte é linguagem de poder e de dizer coisas que não cabem simplesmente nas
palavras.
Pesquisa em Artes – tem por resultado tanto um produto textual quanto uma
obra de arte.
Pesquisa para Artes – compreensão da biografia de determinado artista para
análise do contexto histórico social da época.
Pesquisa sobre Artes – exclusiva para doutorados, tem por resultado produtos
textuais que fazem grande uso de imagens.
Comentário
Se eu quiser fazer um projeto de pesquisa, como eu faço?
Neste vídeo, a professora Flávia Miguel de Souza apontará possibilidades de
como se iniciar um projeto de pesquisa em Artes Visuais.
Teoria na prática
Visto a exposição do panorama dos grupos e das linhas de pesquisa, bem
como suas temáticas no Brasil, vamos conhecer associações de apoio à
pesquisa como a Associação Nacional de Pesquisadores em Artes
Plásticas (ANPAP), o Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA), e a
Federação de Arte/Educadores do Brasil (FAEB).
Segundo descrição em seu site (2020), a Associação Nacional de
Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP) é uma entidade de natureza
científico¬-artístico-¬educativa, sem fins lucrativos, que congrega
pesquisadores, centros e instituições para promover, desenvolver e divulgar
pesquisas no campo das Artes Plásticas e Visuais. Foi fundada em 1987, a
partir de mobilizações do então técnico do CNPq, Silvio Zamboni, no meio
acadêmico das Artes. Cruz (2012) aponta que:
Conforme Zamboni, em meados de 1980 o CNPq não dispunha de uma
área de Artes, e as pesquisas acabavam por ampliar o volume de
trabalhos junto às Ciências Humanas e Sociais. Muitos trabalhos
chegavam ao CNPq, às vezes mal formulados, em parte devido ao pouco
conhecimento dos procedimentos necessários para solicitar auxílio à
referida agência. Também, porque em grande parte os solicitantes não
respondiam ao perfil científico e tecnológico atendido pelo CNPq; ou por
falta de tradição e recursos humanos capacitados na área, o que acabou
por determinar a precariedade inicial das atividades de pesquisa em
Artes.
(CRUZ, 2012, p. 6)
Diante de tal contexto, Zamboni alertou sobre a urgência de se criar uma
associação que respaldasse as pesquisas em Artes no Brasil. Confira as
principais:
Clique nas barras para ver as informações.
ANPAP
A ANPAP foi fundada como espaço de articulação do saber científico em Artes,
como também de articulação política em prol da inserção e consolidação das
Artes no espaço social da pesquisa científica no País.
Por meio de encontros nacionais, publicações de boletins, anais e
realização de editais de submissão de trabalhos científicos, a ANPAP
contribui com a pesquisa em Artes e sua divulgação.
CBHA
Fundado em 1972, o Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA) é uma
associação de professores e pesquisadores dedicados a estudos no campo da
História da Arte brasileira e internacional.
Filiado ao Comité International d'Histoire de l'art (CIHA), o CBHA busca
estabelecer condições de intercâmbio com pesquisadores e instituições
internacionais e estimular, por meio de seus colóquios anuais, a
divulgação das pesquisas realizadas por seus membros, promovendo a
comunicação e a troca de conhecimentos entre a disciplina e campos
correlatos.
FAEB
A Federação de Arte/Educadores do Brasil (FAEB), conforme descrito em seu
site (2020), congrega ações de professores e pesquisadores responsáveis por
uma significativa produção de conhecimento referente a temas da educação
básica, do ensino superior e da pós-graduação, bem como dos processos
educativos informais e não formais das áreas artísticas (Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro). É a primeira entidade civil voltada para a pesquisa e o ensino
das áreas artísticas, em âmbito nacional, congregando associações e uma rede
de representantes estaduais em todas as regiões do País, vinculados/as às
redes de educação municipal, estadual, universidades e institutos federais,
além de professores que atuam em contextos de educação não formal.
Segundo o site da ConFAEB (2020), a FAEB foi criada em 1987 e, desde
então, lidera movimentos em prol das Artes Visuais, Dança, Música e
Teatro na educação brasileira. Contribuiu em encaminhamentos com
parlamentares da constituinte de 1988 e com o Conselho Federal de
Educação durante a elaboração das diretrizes para o ensino superior e
básico.
A Federação representa o Brasil junto ao Conselho Latino-Americano de
Educação pela Arte (CLEA), junto à International Society for Education through
Art (InSEA) e junto à Organização Ibero-americana de Educação pela Arte
(OIE). Dialoga assim com uma rede de entidades que almejam o fortalecimento
da criação artística e o acesso à cultura.
Desde 1988, realiza anualmente o Congresso Nacional da Federação de
Arte/Educadores do Brasil (ConFAEB), evento acadêmico que reúne
profissionais do campo da Arte/Educação.
Devido às medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19,
que inviabilizou a realização de eventos na modalidade presencial em 2020, a
diretoria da FAEB decidiu, como procedimento agregador e fortalecedor da
rede de atuação no país, a realização online de Encontros Regionais da FAEB
(ENREFAEB), sendo o ENREFAEB Nordeste o primeiro encontro.
ANPAP, CBHA e FAEB representam as associações onde os pesquisadores
da área de Artes se reúnem, compartilham interesses e lutam pela
consolidação da área.
Começamos pelo levantamento dos cursos e chegamos às associações. O que
isso representa dentro de uma prática de pesquisa em Artes? Quatro pontos
importantes devem ser considerados:
1
A existência dos cursos – aumento e incrementos nos currículos – refletem a
formação de pesquisadores em Artes no Brasil e a maneira como estão
abrigados nas universidades. Vale destacar que há inúmeros cursos de
licenciatura em Artes – públicos ou privados – dedicados à formação do
docente que atuará, especialmente, no Ensino Básico.
2
As composições desses cursos, suas especificidades, levaram a organização
de grupos de pesquisa com especialidades vinculadas aos seus docentes-
pesquisadores. São nítidas as características que diferem uns dos outros e, ao
mesmo tempo, percebe-se uma tendência de cursos e grupos de pesquisa
dedicados aos processos artísticos – estudos das poéticas visuais, nos quais
se inclui a produção do artista-pesquisador – e da história e crítica de Arte.
3
Verificar essas fontes de pesquisa (e-Mec, CAPES, CNPq, ANPAP, CBHA,
ConFAEB), com o levantamento dos dados quantitativos e qualitativos,
demonstra a possibilidade de compreensão do “cenário” da pesquisa em Artes
no Brasil e nos mostra questões práticas que podem ser levantadas, como, por
exemplo, qual o impacto de pesquisas nessa área na sociedade.
4
Pensando em resultados e no impacto da produção científica no campo das
Artes para a sociedade, temos exemplos claros desses quesitos, como: o
conhecimento de artistas e obras desconhecidos da História da Arte; a revisão
de parâmetros que conduziram o estudo da Arte até o presente momento,
centrado nos modelos europeus, que deixaram de fora muitas produções
artísticas de grande relevância, como a produção eclética do século XIX; o
reconhecimento da importância dos elementos artísticos e decorativos para a
História da Arte, compreendendo a sua relevância para conhecimento dos
usos, costumes e cultura de determinadas épocas; entre tantas outras
possíveis e necessárias.
Clique no botão para ver as informações.
Verificando o aprendizado
1. UFMT − 2017 − UFMT − Técnico em Assuntos Educacionais
6, 3, 4, 2, 5, 1.
4, 1, 3, 5, 6, 2.
6, 3, 1, 4, 2, 5
3, 2, 5, 4, 1, 6.
1, 3, 5, 6, 4, 2.
Comentário
2. Conforme Ferreiro e Teberosky (1986), a psicogênese da escrita
relaciona-se à formulação de hipóteses a respeito do código linguístico,
desenvolvendo através dos níveis pré-silábico, silábico, silábico-
alfabético, alfabético. Considerando o enunciado, assinale a alternativa
que apresenta a correta associação entre nível de desenvolvimento e seu
respectivo aspecto:
Mão na Massa
1. Sobre a escrita nas pesquisas em Artes, avalie cada afirmativa a seguir
e, então, assinale a alternativa que indica somente as afirmativas
corretas.
I, III e IV.
I, apenas.
III e IV.
III, apenas.
II e III.
Comentário
2. IDECAN − 2016 − SEARH − RN − Professor − Pedagogia − Anos Iniciais
(Adaptado)
I, apenas.
I e II, apenas.
II, apenas.
II e III, apenas.
Comentário
3. Sobre a Federação de Arte/Educadores do Brasil (FAEB) é correto
afirmar que:
F-V-V-V.
F-V-F-V.
F-F-V-V.
V-V-F-V.
V-F-V-V.
Comentário
5. FGV − 2016 − SME − SP − Professor – Arte
Um pacto que está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que
visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva, como fundamentado na Constituição Federal Brasileira
de 1988.
Um pacto que está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que
visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva, como fundamentado na Bíblia Sagrada.
Comentário
Tem dúvidas? Então vamos Sanar!
A professora Luana Cardoso da Costa ensinará as dinâmicas fundamentais da
pesquisa em Artes Visuais.
Teoria na Prática
Como seria o fazer artístico como processo de conhecimento? Vejamos o caso
das obras da artista plástica mineira Beatriz Rauscher, que tem em sua
trajetória de pesquisa inicial a herança prática da xilogravura, redimensionada
em termos teóricos e conceituais, em sua dissertação de mestrado, para
grandes imagens plotadas e projetadas de troncos de árvores. Veja que a
madeira, matriz da técnica de xilogravura, agora é fonte principal e imagética
da pesquisa da artista.
Clique nas setas para ver o conteúdo.
Imaterial e frágil, 2004.
Imaterial e frágil, de Beatriz Rauscher, 2004.
Sem título. Quase fotografia, 1995.
Sem título. Quase fotografia, de Beatriz Rauscher, 1995.
Segundo a artista,
[...] o tema das relações entre natureza e cultura e as temáticas dedicadas
à problematizarão do espaço urbano são focos de interesse de pesquisa
circunscritos no campo das Poéticas Visuais.
(RAUSCHER, 2009, p.63)
De um processo relativamente “simples”, como a xilogravura, a artista busca
compreender e questionar a gráfica contemporânea. Gravar, imprimir e
multiplicar são conceitos-ações que a artista problematiza em sua pesquisa ao
mesmo tempo em que apresenta esses resultados. Assim são as imagens
[troncos de madeira] plotadas e projetadas que apresentamos neste tema.
Para ela, o grande questionamento está centrado em “será possível, ainda
hoje, pensar na subversão, no alargamento ou no deslocamento do conceito de
gravura? Qual é o estado da questão?”
Resposta
Em resposta, Rauscher afirma que se propôs a “indagar a impressão, a indagar
a projeção e a indagar a própria imagem, sob o enfoque dos processos
híbridos e, desse modo, colocar questões específicas dos processos e técnicas
da gráfica contemporânea, capitais para a reflexão das Artes Visuais na
contemporaneidade” (RAUSCHER, 2009, p.74).
Elevador, intervenção em
espaço público, Beatriz Rauscher, 2001.
E em uma prática institucional expositiva, como isso se daria? Como pensar na
pesquisa que fomenta [aplica] os resultados obtidos em e/ou sobre Artes em
atividades culturais para grande público?
Um ótimo exemplo são os estudos recentes de revisões historiográficas com
pesquisas de historiadoras feministas da Arte “que fizeram um amplo trabalho
de recuperação de nomes de mulheres artistas para uma tentativa de inclusão
no discurso tradicional da disciplina” (TVARDOVSKAS, 2011, p. 4), uma vez
que essa “literatura artística” foi assentada, prioritariamente, na valorização do
“artista/homem gênio”.
Segundo Luana Tvordovskas, “variadas pesquisadoras investiram em
compreender tanto a ausência das artistas mulheres nos cânones da
História da Arte quanto recuperar os nomes de artistas notáveis, buscando
igualar em seus discursos os valores de suas produções” (2011, p. 01, grifo
nosso).
A aplicação prática desses estudos tem resultado em exposições que vêm
ocorrendo em muitos museus brasileiros. É o caso da agenda de exposições
de 2019 do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, MASP, na
cidade de São Paulo, referentes à “Tarsila Popular”, “Lina Bo Bardi”, “Djanira
da Motta e Silva”, entre outras, vinculadas ao programa expositivo de temática
História das mulheres, Histórias feministas.
Veja abaixo algumas exposições de Tarsila Popular:
Clique nas setas para ver o conteúdo.
Explore+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, assista ao vídeo:
Conversa com um artista – Nuno Ramos e Manuel Costa Pinto −, no
Canal Café Filosófico, da TV Cultura.
Pesquise na internet:
Todas as obras já expostas na Bienal de São Paulo, em seu site oficial.
Conteudista
Adriana Sanajotti Nakamuta
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