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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

DIRETORIA DE GRADUAÇÃO

CURSO DE DIREITO

Yan Jeremy de Souza

CRIMES CIBERNETICOS

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2021
Yan Jeremy de Souza

CRIMES CIBERNÉTICOS

Fichamentos referentes ao Projeto de


pesquisa apresentado à Universidade
Metodista de São Paulo, Diretoria de
Graduação, curso de Direito como exigência
parcial para aprovação do Trabalho de
Conclusão de Curso. Sob a orientação do
Professor titulação e nome completo.

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2021
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FICHAMENTOS DAS OBRAS SELECIONADAS

REFERÊNCIA 1

TÍTULO DA OBRA: CRIMINOLOGIA E CYBERCRIMES


CAPÍTULO: CRIMES CIBERNÉTICOS E O SISTEMA DE JUSTIÇA BRASILEIRO E A
PERSPECTIVA DO ACESSO À JUSTIÇA NA ATUALIDADE (p. 24 A 25).
AUTOR: Profª. Drª. Adriana Goulart de Sena Orsini - EDITORA: CONPEDI LOCAL:
– Belo Horizonte, MG
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2020. EDIÇÃO/VOLUME: 1
REFERÊNCIA PADRÃO ABNT: CÍCERO. Lorem Ipsum. Latim. 45 A.C. Disponível
em: https://www.lipsum.com/ acesso em 26 out. 2020

RESUMO QUE DESCREVA OS COMPONENTES DO TEXTO

O capítulo fichado “crimes cibernéticos e o sistema de justiça brasileiro e a


perspectiva do acesso á jusciça na autualidade, é um texto que nós mostra como é a
atuação do sistema de justiça brasileiro.

ARGUMENTOS E CITAÇÕES PRINCIPAIS DO TEXTO

Crimes cibernéticos possuem uma noção ampla que inclui todas as ofensas
criminais cometidas através de redes de computadores e, mais especificamente,
através da Internet. Com o governo, indústrias, mercados e consumidores cada vez
mais dependentes de conectividade, eles são propensos a uma série de ameaças
(CABETTE, 2013)..

CRIMINOLOGIA E CYBERCRIMES

O âmbito das atividades criminosas e as suas consequências sociais podem


ser resumidas por uma tipologia de crimes virtuais como pornografia infantil, furto de
propriedade intelectual, ataques a redes de computadores e criminosos
convencionais como nos casos em que existem evidências em formato digital.
De acordo • Interferência no uso legal de um computador: cibervandalismo e
terrorismo; negação
de serviço; inserção de vírus, worms e outros códigos maliciosos;
• Divulgação de materiais ofensivos: pornografia/pornografia infantil;
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conectados a
jogos apostas; conteúdo racista; conteúdo traiçoeiro ou de ódio;
• Ameaçar Comunicações: extorsão; cyber-stalking;
• Falsificação: roubo de identidade; Ofensas de IP; software, pirataria de CDs
e DVDs;
violações de direitos autorais etc;
• Fraude: fraude de cartão de pagamento e fraude de transferência de e-
fundos; roubo
de Internet e serviços telefônicos; fraude em leilões; fraude contra o
consumidor e vendas
diretas; fraude de valores mobiliários online;
• Outros: interceptação ilegal de comunicações; comercial/corporativo
espionagem;
comunicações em promoção de conspirações criminosas; lavagem de
dinheiro.
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REFERÊNCIA 2 MODELO
TÍTULO DA OBRA: Curso de Direito Constitucional Positivo.
CAPÍTULO: Direitos Sociais Relativos aos Trabalhadores. Capítulo II. (pp: 288-
306).
AUTOR: José Afonso da Silva. EDITORA: Malheiros.
LOCAL: São Paulo ANO DE PUBLICAÇÃO: 2012 EDIÇÃO/VOLUME: 35 ed.
REFERÊNCIA PADRÃO ABNT: SILVA. José Afonso da. Curso de Direito
Constitucional Positivo. 35 ed. São Paulo: Malheiros, 2012

RESUMO QUE DESCREVA OS COMPONENTES DO TEXTO

O presente capítulo apresenta a subdivisão dos direitos sociais dos


trabalhadores, na esfera individual e coletiva, explicando a eficácia de tais normas, e
mesmo em alguns casos que o legislador fixou lei complementar haverá a eficácia
imediata, por tratar-se de direitos constitucionais, sendo ainda fundamentais e
sociais. Desta feita, fica a critério do legislador infraconstitucional apenas a
regulamentação de certos direitos pontuais.
Explana ainda, acerca dos direitos sociais relativos ao trabalhador indicando
seus respetivos fundamentos legais na Constituição Federal (artigos 7º, 8º, 9º, 10 e
11 da Constituição Federal).
Assim, tem como objetivo demonstrar a eficácia dessas leis, dependendo
algumas de lei complementar para regulamentar certos assuntos, como veremos
mais adiante, como o direito a proteção contra a despedida arbitrária. Demonstrar
que em alguns casos mesmo sendo normas contidas, programáticas, o que preza a
Constituição Federal terá eficácia imediata.

ARGUMENTOS E CITAÇÕES PRINCIPAIS DO TEXTO

Preâmbulo

DOS DIREITOS RELATIVOS AOS TRABALHADORES

Os direitos previstos na Constituição Federal têm caráter fundamental social,


subdividindo-se em espécies, individuais (art.7º) e coletivos (art. 9º a 11) da
Constituição Federal, onde o primeiro diz respeito ao trabalhador individual, na
relação entre empregado e empregador e o segundo diz respeito ao trabalhador
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inserido na coletividade onde comumente são representados pelos os sindicatos de


suas categorias.
A distinção feita antes entre trabalhador urbano e rural perdeu o sentido,
tendo em vista que o artigo 7º deixa claro que os direitos são iguais a ambas as
classes, inclusive quanto ao prazo prescricional. Vislumbra-se a efetividade, o valor
do princípio da isonomia. Dessa forma assevera José Afonso da Silva (2012, p.
289):

A questão de distinguir sobre o que são trabalhadores urbanos e


rurais perde boa parte da importância que tinha antes, porque agora
todos gozam dos mesmos direitos, inclusive quanto ao prazo
prescricional relativo aos créditos resultantes da relação de trabalho,
que é de cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato (EC-28-2000). (SILVA. 2012. p. 289).

Não somente os direitos previstos no artigo 7º são direitos dos trabalhadores,


existem outros, desde que visem sempre a melhoria da condição social.
As normas do direito dos trabalhadores são de eficácia imediata e outras de
eficácia contida, mas em qualquer dos casos, há a necessidade de o Estado
proporcionar os direitos programados.
Uma das normas de eficácia contida é a que assegura a proteção contra
despedida arbitrária, prevendo caso ocorra uma indenização (art. 7, I). Dispõe a
Constituição Federal que nesse caso, a lei complementar regulamentará os casos,
ficando pendente de regulamentação, no que concerne ao conceito de despedida
arbitrária, dentre outros aspectos.
A proteção contra a despedida arbitrária não deve ser entendida como forma
de estabilidade no emprego, pois se assim o fosse não teria a própria Constituição
previsto caso de indenização compensatória. Assim dispõe o doutrinador José
Afonso da Silva:

O que é que fica dependendo da lei complementar: a definição da


proteção à relação de emprego, ou a definição do que seja
despedida arbitrária ou sem justa causa? Temos para nós que a
garantia de emprego é um direito, por si bastante, nos termos da
Constituição, ou seja, a norma do art. 7º, I, é por si só suficiente para
gerar o direito nela previsto. (SILVA. 2012. p. 290).

O seguro desemprego é um direito assegurado ao trabalhador em caso de


desemprego involuntário, art. 7, II da CF, conforme demostra José Afonso da Silva,
conforme a seguir:
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O fundo de garantia passará a ser, dependendo de sua


regulamentação, uma espécie de patrimônio individual do
trabalhador, que servirá para suprir despesas extraordinárias para as
quais o simples salário não se revele suficiente, como, por exemplo,
aquisição de casa própria, despesas com doenças graves,
casamento etc. (SILVA, 2012, p. 292).

A Constituição Federal assegura ao trabalhador dignidade nas relações de


trabalho, especialmente a nossa Constituição atual de 1988, que prevê relações
coletivas de trabalho e meios para que os trabalhadores juntos possam defender
seus direitos. Dessa maneira, José Afonso da Silva assevera que “As condições
dignas de trabalho constituem objetivos dos direitos dos trabalhadores. Por meio
delas é que eles alcançam a melhoria de sua condição social” (SILVA, 2012, p, 292).
A Constituição Federal apresenta um rol de direitos, como a proibição de
diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de administração por
motivos de sexo, idade, cor ou estado civil; discriminação no tocante a salário e
critério de admissão do trabalhador portador de deficiência; distinção entre trabalho
manual, técnico e intelectual, dentre outros.

DIREITOS RELATIVOS AO SALÁRIO

O salário constitui um dos mais importantes elementos fundadores da


dignidade na relação de emprego e possui dois critérios: o da fixação e da proteção
do salário do trabalhador.
Quanto à fixação a Constituição de 1988, instituiu vários direitos, tais como:
salário-mínimo, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e as de sua
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene; salário
nunca inferior ao mínimo, ainda que receba salário por comissão; décimo-terceiro
salário; etc.
Quanto à proteção ao salário, via de regra é irredutível, salvo em casos
especiais, como acordo ou convenção coletiva, e ainda que a proteção do salário na
forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa.

DIREITOS RELATIVOS AO REPOUSO E À INATIVIDADE DO TRABALHADOR

Todo trabalhador possui direito ao descanso remunerado, sendo este um dos


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requisitos da dignidade da relação de emprego.


Assim, o repouso semanal remunerado deve ocorrer preferencialmente aos
domingos, além do direito de férias anuais remuneradas.

PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES

A Constituição Federal possui um extenso rol de direitos que visam proteger


os trabalhadores, em que podemos destacar ainda, o art. 7º, XX, que visa proteção
da mulher no mercado de trabalho, prática para coibir a discriminação às mulheres,
outras normas como de saúde, adicional de insalubridade, periculosidade.
Assim assevera o doutrinador José Afonso da Silva:

Embora dependendo de lei, essas normas criam condições de


defesa do trabalhador diante do grande avanço da tecnologia, que o
ameaça, pela substituição da mão-de-obra humana pela de robôs,
com vantagens para empresários e desvantagens para a classe
trabalhadora. (SILVA, 2012, p. 296).

Em outro momento, retoma-se a questão da proteção aos trabalhadores,


indicando o direito aos dependentes, que será na sequência.

DIREITOS RELATIVOS AOS DEPENDENTES DO TRABALHADOR

Entre os direitos assegurados aos dependentes do trabalhador, estão o


auxílio-creche, o direito à assistência gratuita aos filhos e dependentes do
trabalhador desde o nascimento até 5 anos de idade em creches e pré-escolas, art.
7º, XXV.

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E COGESTÃO

A Constituição Federal trazendo o que já continua na Constituição de 1946,


trouxe o direito do trabalhador aos lucros e resultados da empresa, dessa forma o
legislador assegurou por incluir ainda mais o trabalhador na vida da empresa e na
ordem econômica. Assim é o entendimento de José Afonso da Silva:

O texto reconhece assim, que os trabalhadores são elementos


exteriores à empresa, como mera força de trabalho adquirida por
salário, sendo de esperar que este venha a ser condizente com a
valorização social do trabalho como condição da dignidade da
pessoa humana (arts. 1º e 170). (SILVA, 2012, p. 298).

Texto próprio
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LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO OU SINDICAL

O art. 8º da Constituição Federal demonstra a liberdade de associação


profissional ou sindical.
A associação sindical diz respeito a uma associação profissional com
prerrogativas especiais, como defender direitos ou interesses individuais ou coletivos
da categoria, participar das negociações coletivas de trabalho com os sindicatos
patronais das categorias, impor contribuições a todos aqueles que participam das
categorias econômicas ou profissionais representadas.
Enquanto a associação profissional não é sindical, mas para fins de estudo,
defesa e coordenação dos interesses econômicos e profissionais de seus
associados.
A liberdade sindical consiste em pincipalmente na liberdade de fundação de
sindicato, sem a intervenção do Poder Público, bem como na liberdade de associar-
se ou manter-se filiado a sindicato ou de filiar-se ao respectivo sindicato.

PARTICIPAÇÃO NAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO

A Constituição Federal disciplina ainda, que o sindicato tem a obrigação de


participar das negociações coletivas de trabalho, defender a categoria que
representam. Dessa forma assevera José Afonso da Silva:

Hoje, a questão assume natureza de participação, mais do que de


simples representação, já que, por força do art. 8º, VI “ é obrigatória
a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho”.
Isso prestigia os sindicatos e transforma as negociações coletivas
num poderoso instrumento de solução de controvérsias trabalhistas”.
(SILVA, 2012, p. 303).

Texto próprio

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

O artigo 8º, IV autoriza a assembleia geral fixar contribuição sindical, que em


se tratando de categoria profissional será descontada em folha de pagamento.
José Afonso da Silva distingue duas espécies de contribuições:

Há, portanto, duas contribuições: uma para custeio de confederações


e outra de ordem parafiscal, porque compulsória estatuída em lei,
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que são, hoje os artigos 578 a 610 da CLT. Chamada “Contribuição


Sindical”, paga, recolhida e aplicada na execução de programas
sociais de interesse das categorias representadas. (SILVA, 2012, p.
303).

Texto próprio

PLURALIDADE E UNICIDADE SINDICAL

Há grande controvérsia acerca do tema, entre os que defendem a pluralidade


sindical e os que defendem a unicidade, os primeiros defendem a existência de
vários sindicatos representantes da mesma categoria, fragmentação sindical,
enquanto os últimos defendem um único sindicato para a mesma categoria na
mesma base territorial, sendo a área não inferior a um município, que é o que preza
a Constituição Federal.

DIREITO DE GREVE

A greve é um direito coletivo dos trabalhadores, que buscam melhores


condições de trabalho.
Pode existir greve reivindicatória, que objetiva a melhoria das condições de
trabalho, ou greve de solidariedade em apoio a outras categorias ou grupos
reprimidos, bem como as greves políticas que tem por finalidade conseguir as
transformações econômicos-sociais. Nesta esteira, a coletânea que ora se apresenta é
de inegável valor científico. Pretende-se, com esta publicação, contribuir com a ciência
jurídica e com o aprofundamento da relação entre a graduação e a pós-graduação, seguindo
as diretrizes oficiais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -
CAPES. Importante lembrar, ainda, da contribuição deste congresso com a formação de
novos pesquisadores na seara interdisciplinar entre o Direito e a tecnologia, uma vez que o
número de graduandos que apresentaram trabalhos de qualidade foi expressivo.
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REFERÊNCIA 3
TITULO DA OBRA: CRIMES CIBERNÉTICOS MANUAL PRÁTICO DE
INVESTIGAÇÃO CAPITULO CRIMES CIBERNÉTICOS MANUAL PRÁTICO DE
INVESTIGAÇÃO (p. 11 a 13).
AUTOR: James Magno Araújo Farias
EDITORA: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE SP
GRUPO DE COMBATE AOS CRIMES CIBERNÉTICOS LOCAL: São Paulo
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2006

RESUMO QUE DESCREVA OS COMPONENTES DO TEXTO

O referido capítulo apresenta uma abordagem sucinta e objetiva, do notável


crescimento da rede mundial de computadores não criou muitas novas condutas
antijurídicas, mas amplificou de forma extraordinária o dano causado pelas ofensas já
conhecidas: um panfleto racista, no início do século passado, por exemplo, poderia ser lido,
no máximo, por algumas centenas de pessoas; na Internet, porém, o mesmo conteúdo está
disponível a mais de meio bilhão de pessoas e pode ser encontrado em poucos segundos
ARGUMENTOS E CITAÇÕES PRINCIPAIS DO TEXTO

. Nesta esteira, a coletânea que ora se apresenta é de inegável valor científico.


Pretende-se, com esta publicação, contribuir com a ciência jurídica e com o aprofundamento
da relação entre a graduação e a pós-graduação, seguindo as diretrizes oficiais da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Importante
lembrar, ainda, da contribuição deste congresso com a formação de novos pesquisadores
na seara interdisciplinar entre o Direito e a tecnologia, uma vez que o número de
graduandos que apresentaram trabalhos de qualidade foi expressivo.
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DA GLOBALIZAÇÃO E OS CRIMES CIBERNÉTICOS

Cabe salientar que, de acordo com uma pesquisa feita pelo Centro Regional de
Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic) em 2019, 74% dos
brasileiros, entre dez anos ou mais, são usuários da internet. Ainda, segundo a Cetic, em
2017, 85% das crianças e adolescentes, entre nove a dezessete anos, são usuários da
internet. Logo, a partir dos dados supracitados, nota-se que a maior parte dos brasileiros
possuem acesso aos meios digitais.
Nesse sentido, a Lei 12.965 de 2014, popularmente conhecida como Marco Civil da
Internet, afirma, no artigo sétimo, que o acesso à internet é essencial para o exercício da
cidadania, de maneira que, aos usuários, são assegurados:

I a inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção


e indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;
II - inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela
internet, salvo por
ordem judicial, na forma da lei;
III - inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas
armazenadas, salvo por
ordem judicial;
IV - não suspensão da conexão à internet, salvo por débito
diretamente decorrente de
sua utilização;
V - manutenção da qualidade contratada da conexão à internet;
(BRASIL, 2014).

Logo, ainda que o acesso à internet seja uma condição de cidadania, não são todos
que possuem acesso a esse meio, bem como não são assegurados de modo efetivo as
garantias supracitadas. Dessa forma, embora haja inúmeros benefícios advindos dos meios
digitais, existem determinados indivíduos que usam das prerrogativas que esses meios
oferecem, como a dificuldade de punição e o anonimato para empregarem meios ilícitos,
como para o cometimento de crimes digitais contra crianças e adolescentes.
As inovações advindas dos meios digitais permitiram uma maior liberdade, bem
como uma máxima igualdade individual. Todavia, de acordo com Renato Nunes Bittencourt,
“ela lhes retira a habilidade de distinguir as pessoas com as quais se relacionavam
virtualmente, além de lhes restringir a capacidade de diferenciar a sensação de segurança
da ideia de segurança como realidade” (2016, p. 3).
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REFERÊNCIA 4
TITULO DA OBRA: CRIMES ELETRÔNICOS: UMA ANÁLISE ECONÔMICA E
CONSTITUCIONAL
CAPITULO: Sociedade da informação
AUTOR: RENATO LEITE MONTEIRO Local: Fortaleza – Ceará
EDITORA: LTR ANO DE PUBLICAÇÃO: 2010 EDIÇÃO/VOLUME: 1º.

RESUMO QUE DESCREVA OS COMPONENTES DO TEXTO - IDEIA PRINCIPAL

A sociedade da informação, fruto da proliferação massiva de tecnologias da


informação e de comunicação moldou os atuais sistemas econômicos e também o
modo de viver das pessoas. A Internet, como maior rede comunicacional, é fator
inerente do cotidiano e trouxe consigo inúmeras benesses. Todavia, mudanças
massivas ocorreram no âmbito das relações criminosas. Não existe ainda uma
noção fidedigna da repercussão social e econômica dos crimes eletrônicos.
O objetivo do presente trabalho é tentar entender quais são os incentivos
levados em consideração pelos sujeitos ativos desses delitos, que motivos os
levam a cometer
tais crimes, e que repercussão esses atos podem ter na sociedade..

ARGUMENTOS E CITAÇÕES PRINCIPAIS DO TEXTO

Desde os primórdios da civilização, o ser humano tem aplicado a sua singular


inteligência no sentido de transformar e adaptar o meio em que vive, tornando-o
adequado às suas necessidades.
A aplicação dessa inteligência, primeiramente, era precipuamente direcionada
a facilitar a atividade agrícola, através da invenção de instrumentos e do
aprimoramento das técnicas. Porém, com o tempo, tornou-se necessário ao homem
registrar suas idéias, de forma que seu conhecimento fosse preservado e transmitido
às gerações vindouras, o que se tornou possível graças à invenção da escrita.

Estado virtual
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Até o presente momento, o conceito utilizado de Sociedade da Informação foi no


sentido amplo, lato, necessário para demonstrar a nova formatação que foi dada a
sociedade com a utilização massiva e onipresente de tecnologias da informação e de
comunicação. Agora, tentaremos expor uma aplicação diferente, a fim de conceituar o que
seria o Estado Virtual, onde sociedade da informação (em minúsculo) faz referencia a uma
nova concepção de povo, em que os hábitos desta, suas relações sociais e intersubjetivas,
não podem mais ser concebidos sem a influência da Internet e das tecnologias da
informação.”: (p. 21).

Na medida em que a sociedade da informação vai se estabelecendo em um país,


iniciase um processo de construção do Estado Virtual através de seus três elementos
constitutivos: espaço cibernético, sociedade da informação e natureza autorregulativa.
Necessário, todavia, definir o que seria o espaço cibernético. Segundo Pierre Levy, em
palestra ministrada no Brasil em 1994 sobre o tema:

O espaço cibernético é um terreno onde está funcionando a


humanidade, hoje. É um novo espaço de interação humana que já tem
uma importância enorme sobretudo no plano econômico e científico e,
certamente, essa importância vai ampliar-se e vai estender-se a vários
outros campos, como por exemplo na Pedagogia, Estética, Arte e
Política. O espaço cibernético é a instauração de uma rede de todas
as memórias informatizadas e de todos os computadores26
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REFERÊNCIA 5
TITULO DA OBRA: DIREITO E INTELIGENCIA ARTIFICIAL
CAPITULO: O QUE É O POLICIAMENTO PREDITIVO E COMO FUNCIONA?– Cap. 2
AUTOR Anna Luiza de Paula Mendes. Local: BRASIL
EDITORA: CONPEDI ANO DE PUBLICAÇÃO: 2021 EDIÇÃO/VOLUME: 1º

"Sabe-se que o uso de análises de estatísticas e projeções é atividade corriqueira


nas investigações policiais. No entanto, o fenômeno do policiamento preditivo p.
expande essa lógica. Ao se utilizar da inteligência artificial para cruzar grandes
bancos de dados, conhecidos como big data, a quantidade e heterogeneidade de 30
informações obtidas é surpreendente (GOMES, 2019, p. 4)..
Antes de expor de forma sintética como essa tecnologia é manejada, é necessário
compreender do que se trata. De acordo com Selbst (2017, p. 114 apud GOMES,
2019, p. 4), “Policiamento preditivo é a fusão da tecnologia da informação…, teoria
criminológica, [e] algoritmos preditivos [...] uso de dados e análises para predizer o p.
crime”. Em outras palavras, essa vertente de policiamento utiliza a tecnologia para
monitorar padrões de comportamento e de fenômenos para então agir de forma 30
preventiva antes que o crime se inicie. O grande objetivo nesses casos é direcionar
a intervenção policial para combater e prevenir a criminalidade por meio de uma
rica gama de dados de que o software (programa de computador) dispõe. "
"[...] Assim, as empresas de tecnologia, como PredPol, Palantir, HunchLabs e IBM,
estão em trabalho constante para oferecer um produto capaz de identificar p.
prováveis futuros infratores, demonstrar tendências na atividade criminal e fornecer
dados mais precisos, como os locais e horários mais propícios dos futuros crimes. 30
[...]."
"O Brasil não fica imune dessa tendência mundial de uso da tecnologia no âmbito
da defesa da segurança pública. Mesmo que de forma mais tímida, os reflexos
desse fenômeno já vêm adentrando no ordenamento jurídico brasileiro por meio de
ações normativas do Governo Federal. Recentemente, no ano de 2019, o Ministério
da Justiça e Segurança Pública expediu a Portaria 793/2019, que, ao regulamentar p.
sobre “o incentivo financeiro das ações do Eixo Enfrentamento à Criminalidade
Violenta, no âmbito da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social e do 31
Sistema Único de Segurança Pública, com os recursos do Fundo 2 Hot spots são
as áreas pontadas pelo algoritmo como zonas de risco/locais propícios ao crime. 31
Nacional de Segurança Pública”, previu a disponibilização de recursos para
investimentos em inteligência artificial [...]."
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"O algoritmo sempre vai aumentar o sistema em que está, e se o sistema for p.
tendencioso, for injusto, então o algoritmo vai replicar isso [...]." 31

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