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DIREITO CIVIL

LINDB

Vigência da lei: 45 dias apó s publicada (3 meses no estrangeiro).

Correçã o de texto antes da publicaçã o: prazo começa a correr da nova publicaçã o.

* correçã o de texto apó s publicaçã o: lei nova.

Revogaçã o: declaraçã o expressa; incompatibilidade ou regulaçã o completa da


matéria.

* nã o revoga quando estabelecer apenas disposiçõ es gerais.

Nã o há repristinaçã o: lei revogada nã o se restaura pela revogaçã o da revogadora.

Omissã o: analogia, costumes e princípios gerais de direito.

Aplicaçã o: atendimento aos fins sociais e exigências do bem comum.

Lei nova: respeito ao ato jurídico perfeito, direito adquirido (já possa exercer ou
tenha termo ou condiçã o pré-fixada inalterá vel) e coisa julgada.

* lei meramente interpretativa (interpretaçã o autô noma) pode produzir efeitos


retroativos, já que nã o cria situaçã o nova, desde que nã o cause prejuízo à s partes
(STF e STJ) ou que tais efeitos sejam benéficos (penal - art. 5º, XL, CF; tributá rio -
art. 106, CTN). Lei interpretativa nã o é obrigató ria, visto que é funçã o do poder
judiciá rio interpretar as leis.

Lei do país de domicílio: começo e fim da personalidade; nome; capacidade; direito


de família.

* invalidade do matrimô nio e regime de bens é estabelecida pela lei do primeiro


domicílio do casal (se forem diversos os domicílios).

* lei do Brasil quanto aos impedimentos e formalidades de celebraçã o do


casamento.

* estrangeiros podem se casar perante autoridades diplomá ticas e consulares dos


países dos nubentes.

* estrangeiro casado pode adotar regime de comunhã o parcial de bens na


naturalizaçã o com a concordâ ncia do cô njuge.

* divó rcio de brasileiro no estrangeiro é reconhecido no Brasil apó s 1 ano da


sentença, salvo se tiver ocorrido separaçã o judicial por igual prazo.

Lei do país da situaçã o: bens imó veis.


Lei do país do proprietá rio: bens mó veis

Lei do país de quem tem a posse: penhor.

Lei do país da constituiçã o: obrigaçõ es.

* se for executada no Brasil deve obedecer à forma essencial da lei brasileira,


observando os requisitos extrínsecos da estrangeira.

Lei do país do proponente: contrato.

Lei do país do morto: sucessã o

* regulada pela lei brasileira em benefício do cô njuge ou filho brasileiro quanto aos
bens situados no Brasil, salvo se a estrangeira for mais benéfica.

Lei do país do herdeiro: capacidade para suceder.

Lei do país de constituiçã o: sociedades e fundaçõ es.

* devem ter os atos constitutivos aprovados no Brasil para abrir filiais, ficando
sujeitas à s leis brasileiras.

* governo estrangeiro e suas organizaçõ es nã o pode adquirir bens imó veis no


Brasil, salvo sede dos representantes diplomá ticos e agentes consulares.

Competência da Justiça Brasileira: réu domiciliado no Brasil ou obrigaçã o tiver de


ser cumprida aqui.

* exclusiva quanto aos bens imó veis.

* carta rogató ria: cumprida em observâ ncia à lei estrangeira quanto ao objeto, apó s
o exequatur pelo STJ.

* prova: rege-se pela lei estrangeira quanto ao ô nus e meios de prova, mas só sã o
admitidas provas que a lei brasileira conhecer.

Sentença estrangeira: juiz competente; partes citadas ou revelia; trâ nsito em


julgado; traduçã o; homologaçã o pelo STJ; nã o ofender soberania nacional, ordem
pú blica e bons costumes.

Lei estrangeira: nã o se consideram remissõ es feitas a outra lei.

Cô nsul: celebra casamento; registro de nascimento e ó bito; separaçã o e divó rcio


sem filhos menores ou incapazes (necessidade de advogado, que nã o precisa
assinar escritura).

CÓDIGO CIVIL
Personalidade civil: nascimento com vida até a morte, ressalvado direito do
nascituro.

Absolutamente incapazes: menor de 16 anos;

Relativamente incapazes: entre 16 e 18 anos; ébrios habituais, viciados em tó xicos;


por causa transitó ria ou permanente nã o puderem exprimir sua vontade; pró digos.

* capacidade dos indígenas é regulada por legislaçã o especial.

* pessoa com deficiência pode ser submetido a curatela (art. 84, §1º, Lei
13.146/2015).

Emancipaçã o: concessã o dos pais (ou de 1 na falta do outro) aos maiores de 16


anos por instrumento pú blico; casamento; exercício de emprego pú blico efetivo;
colaçã o de grau em ensino superior; estabelecimento civil ou comercial; relaçã o de
emprego que gere economia pró pria.

* concessã o dos pais nã o depende de homologaçã o judicial, exceto quando dada


pelo tutor (feita por sentença e nã o instrumento pú blico).

Morte presumida: ausente com abertura de sucessã o definitiva.

* nã o depende da decretaçã o de ausência (morte declarada por sentença apó s


esgotadas as buscas, com fixaçã o de data prová vel do falecimento): prová vel morte
de quem estava em perigo de vida; desaparecido em campanha nã o for localizado 2
anos apó s o fim da guerra.

Comoriência: presunçã o de simultaneidade se falecerem na mesma ocasiã o sem


possibilidade de verificaçã o.

Registro pú blico: nascimento, casamento, ó bito, emancipaçã o, interdiçã o por


incapacidade absoluta ou relativa; sentença de ausência e morte presumida.

Averbaçã o: nulidade ou anulaçã o de casamento; divó rcio; separaçã o;


restabelecimento do casamento; reconhecimento de filiaçã o judicial ou
extrajudicial.

Direitos da personalidade: intransmissíveis e irrenunciá veis.

Morto: legitimidade aos parentes até 4º grau.

Disposiçã o do corpo: proibida quando diminuir a integridade física ou contrariar


os bons costumes (salvo para fins de transplante).

* apó s a morte: vá lida gratuitamente com fim científico ou altruístico.

Tratamento médico: nã o pode haver constrangimento se houver perigo de vida.


Nome: nã o pode ser empregado por outrem quando exponha a desprezo pú blico;
propaganda comercial sem autorizaçã o;

Escritos, palavras ou imagem: podem ser proibidos pela pessoa se destinarem a


fins comerciais ou atinjam a honra, boa fama e respeitabilidade (salvo se
necessá ria à administraçã o da justiça ou manutençã o da ordem pú blica).

* morto: cô njuge, ascendentes ou descendentes podem requerer a proibiçã o.

Ausência: desaparecimento sem deixar representante ou quando representante


nã o possa ou queira exercer mandato ou tenha poderes insuficientes.

Ausência é declarada: apó s 1 ano da arrecadaçã o dos bens ou 3 anos se deixou


representante.

Legitimidade para arrecadaçã o: MP ou interessado.

Curador: cô njuge nã o separado há mais de 2 anos; pais; descendentes; outro à


escolha do juiz.

Sucessã o provisó ria: concomitante à declaraçã o de ausência (apó s 1 ou 3 anos da


arrecadaçã o).

Legitimidade: cô njuge nã o separado; herdeiros; pessoas com direito sobre os bens


dependente da morte; credores de obrigaçõ es vencidas; MP (nã o requerida no
prazo).

Efeitos: 180 dias apó s publicaçã o da sentença.

* passados 30 dias do trâ nsito em julgado e nã o havendo requerimento de


inventá rio os bens serã o arrecadados como herança jacente (apó s 1 ano é
declarada herança vacante, passando ao domínio do município apó s 5 anos).

Herdeiros (exceto cô njuge, descendentes e ascendentes): garantias mediante


penhor ou hipoteca, sob pena dos bens permanecerem sob a posse de curador ou
outro herdeiro que preste garantia, devendo capitalizar metade dos frutos.

* quem nã o puder prestar garantia pode requerer que metade dos frutos que teria
direito lhe seja entregue.

* açõ es pendentes e futuras correm contra os herdeiros.

* cô njuge, descendentes e ascendentes nã o precisam prestar garantias, nem


capitalizar frutos e rendimento.

Alienaçã o ou hipoteca: depende de autorizaçã o do juiz para evitar ruína.

Volta do ausente: cessa a sucessã o provisó ria, mas perde os frutos se ausência foi
voluntá ria e injustificada.
Sucessã o definitiva: 10 anos apó s sentença de sucessã o provisó ria (apó s os 180
dias) ou apó s 5 anos das ú ltimas notícias quando tiver mais de 80 anos.

* morte presumida.

* levantamento das cauçõ es.

Volta do ausente em 10 anos: direito aos bens no estado em que se encontrem, os


sub-rogados ou o preço que os herdeiros tenham recebido.

* se nã o voltar e nã o for requerida sucessã o definitiva os bens sã o arrecadados ao


município.

Pessoas jurídicas: possuem direito à proteçã o da personalidade.

Espécies: direito pú blico interno (administraçã o pú blica direta, autarquia e


fundaçõ es pú blicas) ou externo (estado estrangeiro) e direito privado (associaçõ es,
sociedades, fundaçõ es, organizaçõ es religiosas - vedado negar reconhecimento ou
registro dos atos constitutivos, partidos políticos, empresas individuais de
responsabilidade limitada).

Existência legal: registro do ato constitutivo, precedida de autorizaçã o do poder


executivo quando necessá ria.

Registro: denominaçã o, fins, sede, tempo de duraçã o e fundo social; nome dos
fundadores e diretores; modo de administraçã o e representaçã o e possibilidade de
reforma; responsabilidade dos membros; condiçõ es de extinçã o e destinaçã o do
patrimô nio.

Administraçã o: atos nos limites dos poderes do estatuto obriga a pessoa jurídica.

* coletiva: decisã o pela maioria de votos presentes, salvo disposiçã o em contrá rio.

Desconsideraçã o da personalidade jurídica: desvio da finalidade ou confusã o


patrimonial.

* requerimento da parte ou MP (nã o cabe de ofício).

* atinge bens particulares dos só cios ou administradores.

Dissoluçã o: averbaçã o no registro durante a liquidaçã o e apó s é feito o


cancelamento da inscriçã o.

Decadência:

a) 3 anos do registro para anular ato constitutivo

b) 3 anos para anular decisõ es que violem lei ou estatuto, ou eivada de erro, dolo,
simulaçã o ou fraude.
Associaçõ es: pessoas que se organizam para fins nã o econô micos.

* nã o há direitos e obrigaçõ es recíprocos.

* devem ter direitos iguais, exceto categorias com vantagens especiais.

* qualidade de associado é intransmissível, mesmo quando transferida por


sucessã o a quota ou fraçã o do patrimô nio da associaçã o (salvo disposiçã o do
estatuto).

Requisitos: denominaçã o, fins e sede; requisitos para admissã o, demissã o e


exclusã o de só cio; direitos e deveres dos associados; fontes de recurso para
manutençã o; modo de funcionamento e constituiçã o dos ó rgã os deliberativos;
condiçõ es para alteraçã o das disposiçõ es estatutá rias e dissoluçã o; forma de
gestã o administrativa e de aprovaçã o das contas.

Exclusã o: justa causa em procedimento que assegure ampla defesa.

Assembléia geral: destituiçã o de administradores e alteraçã o do estatuto.

* convocaçã o pode ser feita por 1/5 dos associados.

Dissoluçã o: patrimô nio destinado a entidade de fins nã o econô micos designada no


estatuto ou por deliberaçã o dos associados à instituiçã o municipal, estadual ou
federal de fins semelhantes.

* apó s deduzidas as quotas e restituiçã o das contribuiçõ es aos só cios.

* se nã o houver instituiçã o de fins semelhantes o patrimô nio será revertido à


Fazenda do Estado ou da Uniã o.

Fundaçõ es: dotaçã o de bem livre para fins de assistência social, cultura, defesa do
patrimô nio artístico e histó rico, educaçã o, saú de, segurança alimentar e
nutricional, defesa e conservaçã o do meio ambiente, pesquisa científica, promoçã o
da ética, cidadania, democracia e direitos humanos e atividades religiosas por meio
de escritura pú blica ou testamento.

* instituidor pode determinar o modo de administraçã o.

* se bens forem insuficientes serã o destinados a instituiçã o de fins semelhantes,


salvo determinaçã o do instituidor.

* instituidor é obrigado a transferir a propriedade ou outro direito real, podendo o


bem ser registrado por mandado judicial.

Estatuto: submetido à aprovaçã o da autoridade, com recurso ao juiz.

* elaborado em 180 dias pelo administrador ou entã o pelo MP.


Reforma: aprovaçã o por 2/3 dos administradores; nã o contrariar finalidade;
aprovado pelo MP em 45 dias com recurso ao juiz.

MP(estadual): vela pelas fundaçõ es em seu estado.

Extinçã o: finalidade ilícita, impossível, inú til ou vencimento do prazo.

* promovida por interessado ou MP.

* incorporaçã o do patrimô nio à instituiçã o designada pelo juiz com fim semelhante
(salvo disposiçã o do estatuto).

Domicílio: residência com â nimo definitivo.

* lugar onde a profissã o é exercida para as relaçõ es profissionais.

Pessoa sem residência habitual: lugar onde for encontrada.

Mudança: transferência da residência com prova mediante declaraçã o à s


municipalidades ou prova da pró pria mudança.

Uniã o: DF

Estado: capital.

Município: lugar da administraçã o.

Pessoa jurídica: lugar das diretorias ou domicílio especial no estatuto.

* cada estabelecimento é considerado domicílio para os atos nele praticados.

Domicílio necessá rio: incapaz (representante), servidor pú blico (lugar das


funçõ es), militar (onde servir), marítimo (lugar onde o navio estiver matriculado)
e preso (onde cumprir a sentença).

Agente diplomá tico: DF ou ú ltimo ponto do territó rio onde esteve.

Domicílio de eleiçã o: contratos escritos.

Bens:

Bens Imó veis: solo e o que se incorporar natural ou artificialmente.

* direitos reais sobre imó veis e suas açõ es; direito à sucessã o aberta; edificaçõ es
separadas do solo que forem removidas para outro local; materiais
provisoriamente separados de prédio.

Bens mó veis: suscetíveis de movimento pró prio ou remoçã o por força alheia.
* energia com valor econô mico; direitos reais sobre bens mó veis e suas açõ es;
direitos pessoais e suas açõ es; materiais ainda nã o empregados em construçã o ou
provenientes de demoliçã o.

Confusã o: mistura de coisas líquidas ou gases.

Comistã o: mistura de coisas só lidas ou secas (soja orgâ nica e transgênica).

Adjudicaçã o: justaposiçã o de uma coisa sobre a outra (tela em relaçã o à pintura).

* se nã o for possível separaçã o e houver boa-fé o todo indivisível pertence a cada


um dos proprietá rios pelo seu quinhã o. Se um dos mó veis for o principal seu
proprietá rio deve indenizar os demais e passar ser dono de tudo, desde que esteja
de boa-fé.

* se houver má -fé de um, o agente de boa-fé pode optar entre adquirir a


propriedade do todo pagando o que nã o for seu, abatida a indenizaçã o que lhe é
devida, ou renunciar ao que lhe pertence, recebendo indenizaçã o integral.

Bens fungíveis: podem ser substituídos por outro de mesma espécie, qualidade e
quantidade.

Consumíveis: uso importa destruiçã o imediata ou aqueles destinados à alienaçã o.

Divisíveis: possível fracionar sem alteraçã o na substâ ncia, diminuiçã o de valor ou


prejuízo ao uso.

* podem ser indivisíveis por determinaçã o da lei ou vontade das partes.

Singulares: se consideram independente dos demais.

Universalidade de fato: pluralidade de bens singulares com mesma destinaçã o.

* podem ser objeto de relaçõ es jurídicas pró prias. Ex: biblioteca.

Universalidade de direito: complexo de relaçõ es jurídicas dotadas de valor


econô mico. Ex: herança.

Bens reciprocamente considerados:

Acessó rio: existência supõ e a do principal (segue o principal)

Frutos: podem ser objeto de negó cio jurídico.

Pertença: nã o sã o partes integrantes, mas se destinam ao serviço ou


aformoseamento de outro.

* negó cios jurídicos nã o abrangem as pertenças, salvo manifestaçã o da lei ou das


partes.
Benfeitoria: nã o se consideram acréscimos sem intervençã o do proprietá rio ou
possuidor.

a) voluptuá ria: nã o aumentam o uso do bem.

b) ú teis: aumentam ou facilitam o uso do bem.

c) necessá rias: conservam o bem.

Bens pú blicos: bens pertencentes à s pessoas jurídicas de direito pú blico interno


(nã o estã o sujeitos à usucapiã o)

a) Uso comum do povo (inaliená veis): rios, estradas.

* pode ser gratuito ou retribuído.

b) uso especial (inaliená veis): destinados ao serviço da administraçã o pú blica e


suas autarquias.

c) dominicais: patrimô nio das pessoas jurídicas de direito pú blico e as de direito


privado.

* podem ser alienados.

FATOS JURÍDICOS:

Negócio jurídico:

Nã o depende de forma especial, salvo quanto a direitos reais sobre imó veis
superiores a 30 salá rios mínimos (escritura pú blica).

Requisitos: agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determiná vel e


forma prescrita ou nã o defesa em lei.

Incapacidade: nã o aproveita a outra parte e nem co-interessados (salvo se objeto


indivisível).

Impossibilidade: nã o invalida se for relativa ou cessar antes de realizada a


condiçã o.

Reserva mental: manifestaçã o de vontade subsiste, salvo se destinatá rio tinha


conhecimento.

Silêncio: anuência quando nã o for necessá ria declaraçã o expressa e os usos


autorizarem.

Declaraçã o de vontade: mais vá lido a intençã o que o sentido literal.

Interpretaçã o restritiva: negó cios jurídicos benéficos e a renú ncia.

Representaçã o:
Anulá vel: negó cio firmado pelo representante (ou substabelecido) consigo mesmo
(salvo permissã o da lei ou representado); concluído em conflito de interesses com
o representado se era de conhecimento do terceiro (decadência de 180 dias);

Representante deve provar sua qualidade e extensã o de seus poderes.

Condiçã o: subordina efeito a evento futuro e incerto.

* nã o contrá ria à lei, ordem pú blica e bons costumes

* nã o podem privar todo o efeito do negó cio jurídico ou sujeitar ao arbítrio de uma
das partes.

Invalidade do negó cio jurídico: condiçõ es suspensivas impossíveis; condiçõ es


ilícitas; condiçõ es incompreensivas ou contraditó rias.

Condiçã o inexistente: condiçã o resolutiva impossível e as nã o de nã o fazer coisa


impossível.

Condiçã o suspensiva: nã o gera direito adquirido.

* novas disposiçõ es nã o terã o eficá cia se incompatíveis com a disposiçã o pendente


de condiçã o suspensiva.

Condiçã o resolutiva: resolve o negó cio.

* nã o prejudica atos já realizados em negó cio de execuçã o continuada, desde que


compatíveis com a condiçã o.

Má -fé: reputa-se verificada quando obstada ou nã o verificada quando levada a


efeito de forma maliciosa.

Titular da expectativa de direito gerada pela condiçã o pode praticar atos para
conservá -la.

Termo: suspende o exercício, mas nã o a aquisiçã o do direito.

Presunçã o em favor do herdeiro ou do devedor em testamento ou contrato.

Encargo: nã o suspende a execuçã o ou aquisiçã o do direito, exceto se imposto como


condiçã o suspensiva.

Nã o escrito: ilícito ou impossível.

* invalida negó cio jurídico se for motivo determinante da liberalidade.

Defeitos do negócio jurídico: Torna anulá veis (erro, dolo, coaçã o, lesã o, estado
de perigo, fraude contra credores, incapacidade relativa do agente; falta de
autorizaçã o de terceiro).
* pode ser confirmado pelas partes (nã o necessita ser confirmado se cumprido
pela parte ciente do vício).

* deve ser pronunciada por sentença e só aproveita quem alegar (nã o cabe
reconhecimento de ofício).

* retorno ao estado anterior ou indenizaçã o.

Decadência: 4 anos (fim da coaçã o ou da incapacidade e da realizaçã o do negó cio


por erro, dolo, lesã o, estado de perigo e fraude contra credores).

* outras hipó teses legais: 2 anos.

Menor (16 a 18 anos): nã o pode requerer anulaçã o quando se declarou maior ou


dolosamente omitiu sua idade.

* nã o se pode pleitear devoluçã o de importâ ncia paga a menor sem provar que
reverteu em proveito dele.

Instrumento invá lido: nã o gera a invalidade do negó cio jurídico que pode ser
provado por outro meio.

* invalidade parcial ou de obrigaçã o acessó ria nã o prejudica a parte vá lida ou


principal (invalidade desta anula a acessó ria).

Erro: anulá vel

* nã o anula se pessoa se oferecer para executar de acordo com vontade real do


manifestante.

Substancial que podia ser percebido por pessoa comum: interessa à natureza do
negó cio; objeto principal; qualidades essenciais do objeto ou da pessoa; de direito
(motivo principal do negó cio jurídico).

Erro de indicaçã o: nã o vicia se puder-se identificar a pessoa ou objeto.

Falso motivo: deve ser razã o determinante do negó cio.

Erro de cá lculo: autoriza apenas a retificaçã o.

Dolo: anulá vel.

Dolo acidental: negó cio seria realizado de outro modo (nã o anula, apenas perdas e
danos).

Omissã o dolosa: silencio intencional quando o negó cio nã o seria realizado se


houvesse conhecimento.

Dolo de terceiro: parte tenha conhecimento.


* se nã o tiver o terceiro responde por perdas e danos.

Dolo do representante legal: obriga a parte a responder no limite do proveito.

Dolo do representante convencional: responsabilidade solidá ria da parte.

Dolo de ambas as partes: nã o há anulaçã o ou perdas e danos.

Coaçã o: fundado temor de dano iminente e considerá vel à pessoa, família ou bens
(juiz decide se nã o pertencer à família).

* nã o é coaçã o: temor reverencial e exercício regular de um direito.

Coaçã o por terceiro: anulá vel se parte tinha conhecimento (responsabilidade


solidá ria por perdas e danos).

* nã o anula sem conhecimento e terceiro responde pelas perdas e danos.

Estado de perigo: assunçã o de obrigaçã o onerosa em virtude da necessidade de


salvar-se de grave dano.

* juiz decide se nã o pertencer à família.

Lesã o: prestaçã o desproporcional em virtude de necessidade ou inexperiência.

* nã o anula se oferecido suplemento ou reduçã o do proveito.

Fraude contra credores: transmissã o gratuita de bens; remissã o de dívidas pelo


devedor insolvente (ainda que ignore); contratos onerosos com insolvência
notó ria;

* credores quirografá rios ou com garantia insuficiente ao tempo da alienaçã o tem


açã o contra devedor, contratante ou terceiro adquirente de má -fé.

* nã o anula se contratante depositar preço corrente em juízo.

* credor quirografá rio que receber dívida nã o vencida deve repor o valor ao
acervo.

* nã o anula negó cios ordiná rios para manutençã o de estabelecimento ou


subsistência do devedor.

Invalidade do negócio jurídico: Torna nulo (alegada pelo MP ou interessado).

Hipó teses: pessoa incapaz; objeto ilícito, impossível, indeterminá vel; motivo ilícito
comum à s partes; falta de forma prevista em lei; falta de solenidade essencial;
objetivo de fraudar a lei; lei declarar nulo ou proibir a prá tica; negó cio simulado
(aparenta transmitir direitos a pessoas diversas; clá usula nã o verdadeira;
antedatados ou pó s-datados).
* vá lido negó cio que se dissimulou ou aquele que contiver os requisitos de outro
que as partes teriam querido.

* nã o cabe suprimento da nulidade (nã o é possível convalidaçã o).

Ato ilícito: dano causado por açã o ou omissã o voluntá ria, negligência ou
imprudência; exercício de direito além dos limites.

* nã o é ato ilícito: legítima defesa e exercício regular de direito; dano provocado


para remover perigo iminente, nos limites do indispensá vel.

* dano pode ser moral.

Prescrição: extingue a pretensã o.

* prazos nã o podem ser alterados.

Renú ncia: apenas apó s a prescriçã o se consumar (expressa ou tá cita).

* pode ser alegada em qualquer grau de jurisdiçã o.

* cabe açã o contra assistentes ou representantes que nã o alegarem ou deixarem


ocorrer prescriçã o.

* continua a correr contra sucessor.

Suspensã o da prescriçã o: cô njuges; ascendentes e descendentes; tutelados e


curatelados; absolutamente incapazes; ausentes a serviço do país; servindo as
forças armadas em tempo de guerra; pendendo condiçã o suspensiva; pendendo
açã o de evicçã o; antes do vencimento do prazo; antes do trâ nsito em julgado da
sentença criminal que apurar fato.

* suspensã o só aproveita credor solidá rio se obrigaçã o for indivisível.

Interrupçã o da prescriçã o: despacho do juiz ordenando citaçã o, mesmo


incompetente; protesto; protesto cambial; apresentaçã o de título em inventá rio ou
concurso de credores; ato judicial que constitua em mora; ato inequívoco que
importe reconhecimento de direito pelo devedor.

* apenas uma vez.

* interrupçã o nã o aproveita outros credores, nem prejudica outros co-devedores


(exceto se obrigaçã o for solidá ria - nesse ponto a suspensã o nã o afeta os solidá rios,
mas a interrupçã o sim).

* interrupçã o contra herdeiro do devedor só prejudica outros herdeiros e


devedores se obrigaçã o for indivisível.
* A interrupçã o da prescriçã o produzida contra o devedor principal prejudica o
fiador (art. 204, §3º, CC). É o princípio da gravitaçã o jurídica (acessó rio segue o
principal). Interrupçã o contra fiador só atinge devedor principal se forem
solidá rios (STJ).

Prazos:

a) 10 anos: regra

b) 1 ano: hospedeiros e fornecedores de víveres; segurado contra segurador (data


da citaçã o ou da indenizaçã o com anuência do segurador); tabeliã es, serventuá rios,
á rbitros e peritos quanto à s custas e honorá rios; peritos na avaliaçã o do capital de
sociedade anô nima (aprovaçã o do laudo); credores contra só cios e acionistas
liquidantes (encerramento da liquidaçã o).

c) 2 anos: prestaçã o alimentícia;

d) 3 anos: aluguéis; rendas temporá rias ou vitalícias; juros e dividendos;


ressarcimento de enriquecimento sem causa; reparaçã o civil; restituiçã o de lucros
recebidos de má -fé; violaçã o de lei ou estatuto; título de crédito; seguro
obrigató rio.

e) 4 anos: tutela.

f) 5 anos: dívidas líquidas em instrumento pú blico ou particular; profissionais


liberais; curadores; vencedor para cobrar custas judiciais.

Decadência:

* nã o há suspensã o ou interrupçã o.

* nã o corre contra absolutamente incapaz.

* menor pode entrar com açã o contra assistente ou representante que nã o arguir
ou deixar ocorrer a decadência.

Legal: nã o cabe renú ncia e deve ser reconhecida de ofício.

Convencional: pode ser arguida em qualquer grau de jurisdiçã o, mas nã o há


reconhecimento de ofício.

Prova: confissã o (capaz de dispor do direito), documento, testemunha, presunçã o


e perícia.

Confissã o (irrevogá vel): anulada por erro de fato ou coaçã o.

Escritura pú blica: prova plena.

* nã o souber escrever: assinatura a rogo.


* nã o souber a língua nacional: tradutor ou pessoa capaz com conhecimentos
bastantes;

* nã o for conhecido do tabeliã o, nem portar documento: 2 testemunhas.

Traslados e certidõ es: sã o documentos pú blicos quando originais forem


produzidos em juízo.

Declaraçõ es: presumem-se verdadeiras quanto aos signatá rios.

* enunciativas (sem relaçã o direta com as disposiçõ es principais): interessado


deve provar.

Qualquer que seja o valor do negó cio jurídico, a prova testemunhal é admissível
como subsidiá ria ou complementar da prova por escrito.

Instrumento particular: faz prova de obrigaçõ es em relaçã o ao signatá rio, mas só


gera efeitos a terceiros apó s registro.

* original deve ser exibido quando impugnada có pia, ainda que conferida por
tabeliã o.

Título de crédito: prova nã o supre sua ausência.

Livros empresariais: provam contra as pessoas e em seu favor se nã o tiverem


vícios e forem confirmados por outras provas.

* nã o é suficiente quando a lei exige escritura pú blica ou escrito particular como


requisito especial.

Prova testemunhal:

* incapaz (permitido para fatos que só eles conheçam): menor de 16 anos;


interessado, amigo íntimo ou inimigo (suspeito); parentes até 3º grau (impedido).

* pessoa com deficiência pode testemunhar em igualdade de condiçõ es,


assegurados os recursos de tecnologia assistiva.

A testemunha nã o é obrigada a depor sobre fatos que acarretem grave dano a si ou


a parentes até o terceiro grau e que deva guardar sigilo por estado ou profissã o.

Perícia médica: quando determinada pelo juiz a recusa supre a prova.

OBRIGAÇÕES

Obrigação de dar coisa certa: tradiçã o.

* abrange acessó rios.

* pode exigir aumento do preço em virtude de melhoramentos antes da tradiçã o.


Perda:

a) sem culpa: resolve-se a obrigaçã o;

b) com culpa: equivalente mais perdas e danos.

Deterioraçã o:

a) sem culpa: resolve-se a obrigaçã o; abatimento do preço.

b) com culpa: equivalente mais perdas e danos ou aceita a coisa mais perdas e
danos.

Fruto:

a) percebidos: devedor.

b) pendentes: credor.

Restituiçã o:

Perda:

a) sem culpa: credor sofre.

b) com culpa: equivalente mais perdas e danos.

Deterioraçã o:

a) sem culpa: credor recebe no estado em que se encontra.

b) com culpa: equivalente mais perdas e danos.

* melhoramento: lucro do credor se nã o houver despesa do devedor (se houver


conta como benfeitoria).

Obrigação de dar coisa incerta: indicada pelo gênero e quantidade.

Escolha: regra é do devedor.

* nã o pode dar a pior e nem é obrigado pela melhor.

Perda ou deterioraçã o: nã o cabe antes da escolha.

Obrigação de fazer:

Pessoal: recusa gera perdas e danos.

Nã o pessoal: credor pode mandar executar à custa do devedor, mais perdas e


danos.
* urgência: credor pode executar ou mandar executar independentemente de
autorizaçã o judicial.

Impossibilidade:

a) sem culpa: resolve-se

b) com culpa: perdas e danos.

Obrigação de não fazer:

Realizado o ato: desfazimento (pelo devedor ou à sua custa) mais perdas e danos.

* urgência: credor pode desfazer ou mandar desfazer independente de autorizaçã o


judicial.

Impossibilidade de abstençã o (sem culpa): extinçã o da obrigaçã o.

Obrigações alternativas:

Escolha: regra é do devedor (uma para cada prestaçã o perió dica).

* credor nã o pode ser obrigado a receber parte em uma prestaçã o e parte em


outra.

Perda:

a) escolha do devedor: valor equivalente da ú ltima que se perder, mais perdas e


danos.

b) escolha do credor: exigir a prestaçã o subsistente ou o valor da que se perdeu


com perdas e danos.

* se ambas se perderem pode escolher qual será indenizado.

c) sem culpa: resolve-se a obrigaçã o.

Obrigações divisíveis/indivisível:

Indivisível: coisa insuscetível de divisã o por natureza, ordem econô mica, ou razã o
do negó cio jurídico.

* devedor que paga a dívida se sub-roga nos direitos do credor.

* pluralidade de credores: pagamento a todos ou a um que dê cauçã o de ratificaçã o


dos outros (outros credores podem exigir sua parte em dinheiro).

Remissã o por um credor: outros podem exigir descontada a parte do remitente.

Perda da indivisibilidade: conversã o em perdas e danos.


* culpa: respondem todos em partes iguais (se culpa for de um, só esse responde
pelas perdas e danos).

Obrigações solidárias:

Resulta da lei ou vontade das partes (nã o se presume).

* pode ser pura para um e condicional para outro coobrigado.

* objeto ú nico (toda a dívida).

Solidariedade ativa:

Devedor pode pagar a qualquer credor enquanto nã o for demandado.

Herdeiros do credor: só pode exigir a quota que lhe cabe, salvo se obrigaçã o for
indivisível.

Perdas e danos: subsiste a solidariedade.

Credor que receber ou perdoar a dívida responde aos outros.

* nã o podem ser opostas ao credor as exceçõ es pessoais oponíveis aos outros.

Julgamento: contrá rio nã o prejudica e favorá vel aproveita (salvo se pessoal).

Solidariedade passiva:

Credor pode exigir de uns ou de todos a dívida total ou parcial (nã o importa
renú ncia à solidariedade).

Herdeiros: só respondem pela quota que lhe couber, salvo obrigaçã o indivisível.

* juntos correspondem a um devedor solidá rio.

Remissã o: aproveita aos outros devedores apenas até o seu limite.

Clá usula ou condiçã o nova: nã o prejudica os demais devedores.

Impossibilidade: obrigaçã o solidá ria de pagar o equivalente (perdas e danos


apenas para o culpado).

Juros: todos respondem, mas o culpado deve indenizar os outros.

Exceçõ es: podem ser opostas as exceçõ es pessoais e as comuns a todos, mas nã o as
pessoais de outro devedor.

Renú ncia: pode ser feita pelo credor em favor de alguns ou todos os devedores.

Ressarcimento: quem pagar pode exigir a quota dos demais, dividindo-se a do


insolvente (inclusive entre exonerados da solidariedade).
* se dívida interessava apenas a 1, este responderá pela integralidade a quem
pagar.

Transmissão das obrigações:

Cessã o de crédito: abrange os acessó rios

Proibida: natureza da obrigaçã o; lei; convençã o com o devedor.

* nã o pode ser oposta a cessioná rio de boa-fé se nã o constar a proibiçã o no


instrumento da obrigaçã o.

Eficá cia perante o devedor: necessita de notificaçã o.

* fica desobrigado se pagar antes da notificaçã o; ao que lhe apresenta o título da


obrigaçã o.

Vá rias cessõ es: prevalece a que tiver a tradiçã o do título.

Exceçõ es: ao cessioná rio e as que tinha contra o cedente no momento da


notificaçã o.

Cessã o onerosa ou gratuita de má -fé: cedente é responsá vel pela existência do


crédito ao tempo da cessã o.

* nã o há responsabilidade pela solvência do devedor.

* se for responsá vel é limitada ao que recebeu com juros, mais despesas da cessã o
e cobrança.

Crédito penhorado: nã o pode ser cedido pelo credor, mas devedor que pagar sem
ter conhecimento da penhora é exonerado.

Assunçã o de dívida: necessita de consentimento expresso do credor (silêncio é


recusa).

Devedor: exonerado, salvo se terceiro era insolvente ao tempo da assunçã o.

Garantias: extintas com a assunçã o, salvo assentimento do devedor.

* mesmo anulada perde-se as garantias prestadas por terceiros sem conhecimento


do vício (mantém-se as do devedor).

Exceçõ es: podem ser opostas as pessoais do devedor primitivo.

Hipoteca: adquirente pode pagar o crédito.

* silêncio em 30 dias importa aceitaçã o da assunçã o.

Adimplemento e extinção das obrigações:


Quem deve pagar: qualquer interessado ou terceiro nã o interessado que pague em
nome do devedor sem sua oposiçã o.

* terceiro nã o interessado que paga em seu pró prio nome nã o se sub-roga (apenas
tem direito ao reembolso no vencimento).

* reembolso nã o é devido se devedor que nã o concordou tinha meios para ilidir a


açã o.

Coisa fungível: apó s pagamento nã o há o que reclamar do credor de boa-fé que


recebeu e consumiu.

A quem se deve pagar: credor ou representante, sob pena se só valer o que


reverter em seu proveito.

* portador da quitaçã o

Credor putativo: pagamento vá lido.

Incapaz: pagamento só é vá lido se provar que reverteu em seu favor.

Penhora: devedor que paga ciente da penhora poderá ter que repetir o pagamento.

* cabe regresso contra o credor.

Objeto: credor nã o é obrigado a receber prestaçã o diversa.

* nã o há obrigaçã o de recebimento em parcelas nã o convencionadas.

Teoria da imprevisã o: por motivos imprevisíveis sobrevier desproporçã o entre o


valor da prestaçã o e o momento da execuçã o (juiz atribui valor real da prestaçã o).

* juiz pode corrigir a pedido da parte.

Devedor pode reter o pagamento enquanto nã o lhe é dada quitaçã o, que pode ser
entrega do título (quitaçã o pode ser comprovada por outros meios).

Perda do título: devedor pode exigir declaraçã o que inutilize o documento


desaparecido.

Cotas Perió dicas: pagamento da ú ltima presume a das anteriores

Capital: presumem-se pagos os juros.

Devedor: despesas de pagamento e quitaçã o, salvo despesa acrescida por culpa do


credor.

Decadência: 60 dias para credor provar que nã o foi pago.

Lugar: domicílio do devedor (querá ble).


* exceto disposiçã o de lei, natureza da obrigaçã o ou circunstâ ncia.

Diversos lugares: escolha do credor.

Imó vel: pagamento é feito no lugar da situaçã o do bem.

Tempo: imediatamente ou no prazo ajustado.

Condicional: implemento da condiçã o, cabendo ao credor provar a ciência do


devedor.

Antecipaçã o: falência do devedor ou concurso de credores; penhora de bens


hipotecados ou empenhados; garantia insuficiente.

* nã o prejudica outros devedores solidá rios.

Pagamento em consignaçã o: depó sito judicial ou em estabelecimento bancá rio no


lugar do pagamento.

Hipó teses: credor nã o puder ou quiser receber ou dar quitaçã o; credor nã o for
receber a coisa no lugar e tempo combinados; credor incapaz, desconhecido,
ausente, residir em lugar incerto ou perigoso; dú vida sobre o credor; litígio sobre o
pagamento.

Levantamento: devedor pode levantar enquanto o credor nã o aceitar ou impugnar


o depó sito.

* apó s julgado procedente o devedor só pode levantar com concordâ ncia dos
outros devedores, independentemente da aceitaçã o do credor.

* credor que aceitar o levantamento perde as garantias, desobrigando co-


devedores que nã o tiverem concordado.

Despesas: conta do credor (procedente) ou devedor (improcedente).

Litígio: devedor que paga tendo conhecimento assume o risco, devendo consignar.

* qualquer credor em litígio pode requerer a consignaçã o apó s vencimento.

Pagamento com sub-rogaçã o: transfere todos os direitos, garantias e privilégios do


credor ao sub-rogado, inclusive contra os fiadores.

* credor parcialmente pago possui preferência em relaçã o ao sub-rogado.

Sub-rogaçã o legal: credor que paga dívida do devedor comum; adquirente do


imó vel hipotecado; terceiro que paga para nã o ser privado de direito sobre o
imó vel; terceiro interessado (paga a dívida que poderia vir a ser obrigado).

* limite da importâ ncia despendida pelo sub-rogado.


Sub-rogaçã o convencional: credor transfere seus direitos a terceiro que lhe pagou
(cessã o de crédito); terceiro empresta dinheiro ao devedor para pagamento, sob
condiçã o de sub-rogaçã o;

Imputaçã o do pagamento: opçã o do devedor sendo líquidos e vencidos.

* sem opçã o a escolha é do credor, podendo ser anulada por violência ou dolo.

Regra: juros pagos antes do principal, salvo estipulaçã o contrá ria; dívidas vencidas
em primeiro lugar; dívida mais onerosa.

Daçã o em pagamento: consentimento do credor.

Evicçã o: restabelece a obrigaçã o primitiva, exceto em relaçã o a terceiros.

Novaçã o: deve haver â nimo de novar (expresso ou tá cito).

Sem â nimo: segunda obrigaçã o apenas confirma a primeira.

* extingue os acessó rios e garantias (inclusive obrigaçã o do fiador), salvo


estipulaçã o em contrá rio que deve contar com aceitaçã o para valer contra
terceiros.

Hipó teses: nova dívida substitui a anterior; novo devedor sucede antigo (nã o
depende de consentimento do devedor); credor é substituído.

Novo devedor insolvente: só há açã o regressiva se houver má -fé do devedor antigo.

Dívida solidá ria: preferências e garantias incidem apenas sobre os bens do


devedor que novar, exonerando os outros.

Proibido: novaçã o de obrigaçã o nula ou extinta.

* anulá vel é possível.

Compensaçã o: credor e devedor uma da outra.

* dívidas líquidas, vencidas e de coisa fungível (de mesma qualidade).

* prazos de favor nã o impedem compensaçã o.

* nã o pode haver prejuízo de terceiro (ex: crédito penhorado).

* diferença de causa nã o impede a compensaçã o.

Fiador: pode compensar com o que o credor dever ao afiançado (nã o pode
compensar com o que credor dever a si mesmo).

* devedor só pode compensar com o que o credor lhe dever.


Nã o podem ser compensadas: dívida proveniente de esbulho; furto ou roubo;
originá ria de comodato, depó sito ou alimentos; coisa insuscetível de penhora.

Cessã o: devedor nã o pode opor compensaçã o se nã o se opô s à cessã o.

* pode compensar se nã o foi notificado.

Diferença no lugar do pagamento: compensaçã o deve ser deduzida das despesas


necessá rias.

Confusã o: qualidade de credor e devedor na mesma pessoa.

Devedor solidá rio: extinçã o da obrigaçã o no limite da parte no crédito, mantendo a


solidariedade.

Fim da confusã o: restabelecimento da obrigaçã o anterior.

Remissã o: depende de aceitaçã o do devedor.

* nã o pode prejudicar terceiro.

Presunçã o: devoluçã o do título.

* devoluçã o do objeto empenhado prova a renú ncia à garantia e nã o extinçã o da


dívida.

Dívida solidá ria: extinçã o da parte correspondente, com manutençã o da


solidariedade com os outros pela dívida abatida.

Inadimplemento:

Perdas e danos, juros, atualizaçã o monetá ria e honorá rios de advogado.

Contrato benéfico: culpa do beneficiado e dolo do nã o beneficiado.

Contrato oneroso: ambos respondem por culpa.

* em regra nã o há responsabilidade por caso fortuito ou força maior.

Mora: devedor que nã o efetua pagamento e credor que se recusa a receber no


tempo, lugar e forma estabelecidos.

Devedor: se prestaçã o se tornar inú til pode o credor converter em perdas e danos.

* deve haver culpa do devedor.

* se houver termo nã o é preciso constituir em mora (nã o havendo é preciso


interpelar judicial ou extrajudicialmente).
* durante a mora responde pela impossibilidade de prestaçã o, mesmo por caso
fortuito ou força maior (salvo se provar ausência de culpa ou que o dano ocorreria
mesmo que prestada a obrigaçã o no prazo).

Credor: devedor nã o fica responsá vel pela conservaçã o da coisa, salvo dolo; deve
ressarcir despesas de conservaçã o e receber pela estimaçã o mais favorá vel ao
devedor havendo oscilaçã o no valor.

Perdas e danos: o que perdeu (danos emergentes) e o que deixou de lucrar (lucros
cessantes).

* lucros cessantes deve ser efeito direto e imediato do ato.

* aplicam-se sem prejuízo da pena convencional.

Indenizaçã o suplementar: quando os juros nã o cobrirem o prejuízo e nã o houver


pena convencional.

Juros: desde a citaçã o.

Juros legais: mesmo para pagamento de impostos à fazenda nacional.

* incidem independentemente de prejuízo para dívidas em dinheiro ou quando


fixado valor da prestaçã o por sentença, arbitramento ou acordo das partes.

Clá usula Penal: nã o cumprimento da obrigaçã o por culpa.

Inadimplemento completo: clá usula penal torna-se alternativa para o credor.

Mora ou inadimplemento de clá usula: pode exigir clá usula penal mais a obrigaçã o
principal

* nã o pode exceder o principal.

* pode ser reduzida pelo juiz equitativamente: cumprimento parcial ou valor


excessivo.

* nã o é necessá rio prejuízo.

* nã o cabe indenizaçã o suplementar mesmo se o prejuízo for maior, salvo se


pactuado (nesse caso deve provar o prejuízo extra).

Obrigaçã o indivisível: incide contra todos, mas só pode cobrar integralmente o


culpado

* outros respondem por sua quota, cabendo açã o regressiva

Obrigaçã o divisível: só incide contra culpado, no limite de sua quota.


Arras ou sinal: sã o computadas (mesmo gênero) ou restituídas na execuçã o do
contrato.

Inexecuçã o: perda das arras pela parte que deu; restituiçã o mais o equivalente pela
parte que recebeu.

* cabível indenizaçã o suplementar na prova de prejuízo maior.

* parte pode exigir a execuçã o, sendo as arras o mínimo das perdas e danos.

Direito de arrependimento: funçã o indenizató ria, sem direito à indenizaçã o


suplementar.

* nã o cabe cumulaçã o com clá usula penal compensató ria (STJ).

CONTRATOS

Princípios: funçã o social do contrato; probidade e boa-fé.

Contrato de adesã o: interpretaçã o de clá usulas ambíguas mais favorá vel ao


aderente.

* nulidade de clá usulas que implique renú ncia antecipada de direitos resultantes
da natureza do negó cio.

Proibido: contrato de herança de pessoa viva.

Formaçã o: celebrado no lugar em que foi proposto.

Proposta: obriga o proponente, exceto:

a) nã o aceita imediatamente quando feita sem prazo a pessoa presente (telefone);

b) decurso de tempo para chegar resposta ao proponente quando feita sem prazo a
ausente;

c) nã o for expedida resposta no prazo a pessoa ausente;

d) se houver retrataçã o antes ou concomitante com a proposta.

Revogaçã o: mesma via divulgada, desde que tenha havido ressalva na proposta.

* proponente deve comunicar quando aceite chegar tarde ao seu conhecimento,


sob pena de perdas e danos.

Aceitaçã o fora do prazo ou com modificaçõ es equivale a nova proposta.

Aceitaçã o tá cita: nã o for costume a expressa ou o proponente a dispensar (deve


haver recusa a tempo).
Contrato entre ausentes: conclui-se com a expediçã o da aceitaçã o, salvo se
retrataçã o chegar antes ou junto; se proponente se comprometer a esperar
resposta; se aceitaçã o nã o chegar no prazo.

Estipulaçã o em favor de terceiro:

Estipulante e terceiro podem exigir o cumprimento da obrigaçã o.

* se terceiro puder cobrar execuçã o o estipulante nã o pode exonerar o devedor.

Estipulante: pode substituir (ato entre vivos ou disposiçã o de ú ltima vontade) o


terceiro independente da anuência dele ou do contratante.

Promessa de fato de terceiro:

Perdas e danos: responde o promitente quando terceiro nã o executar.

* se aceitou nã o cabe indenizaçã o, mesmo que nã o execute.

* nã o há indenizaçã o quando terceiro for cô njuge e o ato depender de sua


anuência, desde que a indenizaçã o possa recair sobre seus bens pelo regime de
casamento.

Vícios redibitó rios: vícios ou defeitos ocultos já existentes ao tempo da tradiçã o


que tornem impró pria ou diminuam o valor.

* contrato comutativo ou doaçõ es onerosas.

* adquirente pode reclamar abatimento do preço ou redibir o contrato.

Conhecimento do vício: restituiçã o do valor mais perdas e danos.

Sem conhecimento: restituiçã o do valor e despesas do contrato.

Decadência:

a) mó vel: 30 dias

b) imó vel: 1 ano

* metade do prazo se já estava na posse.

* vício que só pode ser conhecido mais tarde: 180 dias da ciência se mó vel (aplica-
se a animais se nã o houver lei especial) ou 1 ano se imó vel.

* sempre deve denunciar o defeito em 30 dias, mesmo havendo clá usula de


garantia contratual.

Evicçã o: restituiçã o do preço; indenizaçã o dos frutos que tenha restituído;


despesas do contrato; custas judiciais e honorá rios de advogado.
* contratos onerosos, ainda que de hasta pú blica.

* responsabilidade pode ser aumentada, diminuída ou excluída por clá usula


expressa.

* nã o cabe quando adquirente tinha ciência do litígio.

Exclusã o da garantia contra evicçã o: evicto tem direito ao preço pago se nã o soube
ou nã o assumiu o risco.

Preço: valor da coisa no momento da evicçã o.

Deterioraçõ es: nã o prejudica o direito à evicçã o.

* se adquirente auferiu vantagem na deterioraçã o sem indenizá -la deve ser abatido
na quantia devida pelo alienante.

* bem-feitorias necessá rias ou ú teis devem ser indenizadas pelo alienante.

Parcial:

a) considerá vel: evicto opta pela rescisã o ou restituiçã o de parte do preço

b) nã o considerá vel: apenas indenizaçã o.

Contratos aleató rios:

Assunçã o do risco de nã o existirem (emptio spei): direito a receber integralmente o


preço nã o havendo culpa ou dolo.

Assunçã o do risco de existirem em qualquer quantidade (emptio rei speratae -


venda da coisa esperada): direito a receber integralmente o preço nã o havendo
culpa ou dolo desde que a coisa venha a existir, mesmo que em quantidade inferior
(deve existir algo ou nã o haverá contrato).

Assunçã o do risco a que estã o expostas: direito a receber integralmente o preço


ainda que a coisa nã o existisse total ou parcialmente no dia do contrato.

* anulá vel por dolo se alienante nã o ignorava a consumaçã o do risco.

Contrato preliminar: todos os requisitos menos a forma.

* parte pode exigir celebraçã o em definitivo, salvo clá usula de arrependimento.

* juiz pode suprir a vontade, salvo oposiçã o pela natureza da obrigaçã o.

* falta de execuçã o do contrato preliminar possibilita que parte o considere


desfeito e peça perdas e danos.

Contrato com pessoa a declarar: reserva do direito de declarar a pessoa que deve
adquirir direitos e assumir obrigaçõ es em 5 dias.
* obrigaçõ es e direitos desde o momento em que contrato foi celebrado.

* aceitaçã o pela mesma forma que o contrato foi realizado.

Eficá cia entre os contratantes: pessoa nã o for nomeada, recusar a nomeaçã o, for
insolvente ou incapaz.

Extinção do contrato:

Distrato: resiliçã o unilateral.

* só produz efeitos depois de transcorrido prazo compatível com o vulto dos


investimentos.

Clá usula resolutiva: parte lesada pode exigir cumprimento com perdas e danos ou
resoluçã o com perdas e danos.

a) expressa: pleno direito

b) tá cita: depende de interpelaçã o judicial.

Exceçã o de contrato nã o cumprido: nã o pode exigir implemento do outro sem


cumprir sua obrigaçã o.

* parte pode recusar prestaçã o até que outro satisfaça ou dê garantias quando
houver ocorrido diminuiçã o de seu patrimô nio.

Resoluçã o por onerosidade excessiva (teoria da imprevisã o): extrema vantagem


em virtude de acontecimentos extraordiná rios e imprevisíveis.

* contrato de execuçã o continuada ou diferida.

* resoluçã o com efeitos retroativos à citaçã o.

* nã o há resoluçã o se réu se oferecer para modificar equitativamente o contrato.

* se apenas uma das partes for obrigada poderá pedir diminuiçã o da prestaçã o ou
alteraçã o do modo de execuçã o.

Compra e venda:

Objeto: coisa atual ou futura (sem efeito se nã o vier a existir).

Amostra: prevalece sobre a descriçã o no contrato.

Fixaçã o do preço: terceira pessoa (sem efeitos se recusar e nã o houver acordo


sobre designaçã o de outra pessoa); taxa de mercado ou de bolsa; índices ou
parâ metros suscetíveis de determinaçã o;

* sem fixaçã o do preço: preço corrente nas vendas habituais do vendedor (termo
médio).
* nulo se couber apenas a uma parte.

Despesas: escritura (comprador); tradiçã o (vendedor).

Vendedor recebe o preço antes de entregar, salvo venda à crédito.

Riscos antes da tradiçã o: coisa (vendedor); preço (comprador).

Tradiçã o: lugar onde a coisa se encontrava ao tempo da venda.

* se comprador cair em insolvência o vendedor pode sobrestar a entrega até que


lhe dê cauçã o do pagamento.

Parentes: anulá vel a venda a descendentes salvo expresso consentimento do


cô njuge (nã o é necessá rio se for separaçã o obrigató ria) e descendentes.

* entre cô njuges é permitido sobre bens excluídos da comunhã o.

Nulidade da compra ou cessã o de crédito (mesmo em hasta pú blica): tutores,


curadores, testamenteiros e administradores; servidores pú blicos (bens da pessoa
jurídica); juízes, secretá rios, á rbitros, peritos, serventuá rios (litígio no tribunal);
leiloeiros (encarregado da venda).

Preço por medida de extensã o ou determinaçã o da á rea: divergência autoriza


complemento da á rea, resoluçã o do contrato ou abatimento do preço.

* excesso autoriza comprador a completar o valor ou devolver o excesso se


vendedor ignorava a diferença.

* diferença superior a 1/20 da á rea anunciada (exceto se comprador comprovar


que nã o teria realizado o negó cio).

* nã o se aplica se vendida como coisa certa e discriminada.

Decadência: 1 ano do registro.

Débitos: devedor até a tradiçã o.

Coisas conjuntas: defeito oculto de uma nã o autoriza rejeiçã o de todas.

Condô mino: possui preferência na aquisiçã o da parte, podendo exercer no prazo


decadencial de 180 dias mediante depó sito do preço.

* preferência a quem tem benfeitoria de maior valor ou de quinhã o maior (se


iguais, divide-se entre os que quiserem adquirir)

Cláusulas especiais:

Retrovenda: vendedor de coisa imó vel se reserva ao direito de recomprá -la no


prazo de 3 anos.
* restituiçã o do preço, despesas, mais benfeitorias necessá rias ou autorizadas.

* direito transmissível a herdeiros

* pode ser exercido contra terceiro adquirente.

Venda à contento: condiçã o suspensiva enquanto adquirente nã o manifestar seu


agrado.

* obrigaçõ es de mero comodatá rio enquanto nã o aceitar.

Venda sujeita à prova: condiçã o suspensiva até verificaçã o das qualidades


asseguradas e de que seja idô nea ao fim a que se destina.

* obrigaçõ es de mero comodatá rio enquanto nã o aceitar.

Preempçã o ou preferência: obrigaçã o de oferecer ao vendedor a coisa (venda ou


daçã o em pagamento) para que exerça direito de preferência de compra no seu
todo.

* prazo de 180 dias (mó veis) ou 2 anos (imó veis).

* exercício a contar da notificaçã o: 3 dias (mó vel) ou 60 dias (imó vel).

* nã o se transmite a terceiros ou herdeiros.

Perdas e danos: falta de notificaçã o do vendedor.

* responsabilidade solidá ria do terceiro adquirente se de má -fé.

Expropriaçã o por necessidade, utilidade pú blica ou interesse social: gera direito de


preferência se nã o for destinada ao fim da desapropriaçã o ou nã o for utilizada em
obras ou serviços pú blicos.

Venda com reserva de domínio: reserva da propriedade com o vendedor enquanto


preço nã o for pago.

* coisa mó vel suscetível de caracterizaçã o perfeita (dú vida favorece adquirente de


boa-fé).

* clá usula escrita registrada no domicílio do comprador.

* necessá rio constituir o comprador em mora antes de executar a clá usula.

* clá usula favorece instituiçã o financeira quando vendedor receber pagamento


mediante financiamento.

Riscos: comprador a partir da entrega, mesmo que a propriedade só se transfira


apó s pagamento.
Opçã o: recuperar a posse da coisa vendida ou cobrar prestaçõ es vencidas e
vincendas, mais o que for devido.

* restituiçã o dos valores pagos pelo comprador, abatido a depreciaçã o da coisa,


despesas e o que lhe for devido.

Venda sobre documentos: tradiçã o é substituída pela entrega do título


representativo.

* comprador nã o pode recusar por defeito de qualidade ou estado da coisa


vendida, salvo se este já estiver comprovado.

* se tiver seguro, os riscos do transporte sã o do comprador (salvo se vendedor já


tinha ciência do dano na contrataçã o).

Doação: transferência de bens ou vantagens por liberalidade.

* nã o há juros, evicçã o ou vício redibitó rio.

Aceitaçã o: pode ser tá cita (exceto doaçã o com encargos).

* feita pelo representante do nascituro.

* nã o é obrigató ria quando for doaçã o pura a absolutamente incapaz.

Forma: instrumento pú blico ou particular

* pode ser verbal de bens mó veis de pequeno valor com tradiçã o imediata.

Parentes: feita a cô njuge ou descendentes importa antecipaçã o da herança.

* nã o necessita de autorizaçã o dos irmã os ou demais descendentes. Tal autorizaçã o


apenas é necessá ria na alienaçã o a descendente ou cô njuge e nã o na doaçã o.

Doaçã o por subvençã o perió dica: nã o pode ultrapassar a vida do donatá rio.

* extingue-se pela morte do doador, salvo estipulaçã o contrá ria.

Doaçã o por contemplaçã o de casamento: nã o depende de aceitaçã o.

* nã o produz efeitos se o casamento nã o se realizar.

* sujeita a evicçã o.

Clá usula de retorno: retorno do bem ao doador com a morte do donatá rio.

* nã o pode estabelecer reversã o a terceiro.

Nulidade: doaçã o de todos os bens (sem reserva dos essenciais à subsistência);


doaçã o além do que poderia dispor em testamento.
Anulaçã o: doaçã o de cô njuge adú ltero ao cú mplice (decadência: 2 anos apó s
divó rcio).

* feito por cô njuge ou herdeiros necessá rios.

Doaçã o a cô njuges: subsiste a doaçã o integral ao outro cô njuge com a morte.

Encargo: cumprimento obrigató rio.

* pode ser exigido pelo MP apó s a morte do doador se em benefício do interesse


geral.

Doaçã o a entidade futura: decadência em 2 anos se nã o criada.

Revogaçã o: ingratidã o ou inexecuçã o do encargo.

Ingratidã o: atentado contra a vida do doador (cô njuge, ascendente, descendentes


ou irmã o) ou homicídio doloso; ofensa física; injú ria grave ou calú nia; recusa aos
alimentos de que necessitava.

* nã o cabe renú ncia antecipada ao direito de revogar por ingratidã o.

* apenas pode ser exercida pelo doador (herdeiros podem continuar processo
iniciado), salvo homicídio doloso nã o perdoado pelo doador.

* apenas pode ser exercida contra o donatá rio (herdeiros respondem se iniciada a
açã o antes do falecimento).

* nã o prejudica direitos de terceiros.

* nã o necessita restituir frutos percebidos antes da citaçã o.

Decadência: 1 ano.

Nã o cabe ingratidã o: doaçõ es puramente remunerató rias; oneradas com encargo


cumprido; cumprimento de obrigaçã o natural; feitas por contemplaçã o de
casamento.

Encargo: revogada quando donatá rio incorrer em mora, devendo haver notificaçã o
judicial para cumprimento caso nã o haja prazo estipulado.

Empréstimo:

Comodato: empréstimo gratuito de coisas infungíveis.

* nã o pode ser realizado sem autorizaçã o por tutor, curador ou administrador.

* nã o pode ser encerrado pelo comodante antes do fim do prazo convencional ou


necessá rio para o uso.

Mora: comodatá rio responde pelo aluguel da coisa arbitrado pelo comodante.
Risco: comodatá rio responde inclusive por caso fortuito ou força maior se salvar
seus bens abandonando os do comodante.

Despesas: uso e gozo à cargo do comodatá rio.

Mú tuo: empréstimo de coisas fungíveis.

* restituiçã o em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.

Feito a menor: nã o pode ser reavido (nem dos fiadores), salvo se ratificado pelo
representante, necessá rio aos alimentos habituais, menor possuir bens de seu
trabalho, prova de que se reverteu em benefício do menor, ou má -fé do menor.

Juros: capitalizaçã o anual à taxa má xima da prevista para cobrança de imposto da


fazenda nacional.

Prazo: até a pró xima colheita (produtos agrícolas); 30 dias (dinheiro);

Prestação de serviço: nã o sujeita à lei trabalhista ou especial.

* entende-se que se sujeita a todo e qualquer serviço compatível com suas forças.

Analfabeto: assinado a rogo e subscrito por 2 testemunhas.

Remuneraçã o: arbitramento se nã o houver estipulaçã o.

Prazo: má ximo de 4 anos, independentemente de conclusã o da obra.

* nã o se computa prazo em que prestador deixou de servir por sua culpa.

Aviso prévio: 8 dias (salá rio mensal); 4 dias (semana ou quinzena); véspera
(menos de 7 dias).

* prestador nã o se pode despedir se contratado por tempo certo ou obra


determinada, sob pena de perdas e danos (tem direito apenas à retribuiçã o
vencida).

* dispensa sem justa causa: remuneraçã o vencida mais metade do que haveria até
o termo final.

Nenhuma das partes pode transferir seu direito ou obrigaçã o a outrem sem
autorizaçã o.

Prestado por pessoa nã o habilitada: juiz arbitra compensaçã o razoá vel se resultar
benefício ao contratante (salvo se proibiçã o resultar de lei, quando nada é devido).

Extinçã o: morte; fim do prazo; conclusã o da obra; rescisã o por aviso prévio,
inadimplemento ou impossibilidade de continuaçã o.
Aliciamento: aliciante paga ao contratante indenizaçã o de 2 anos de salá rios que
seriam devidos ao prestador.

Alienaçã o de prédio agrícola: nã o importa rescisã o, cabendo ao prestador opçã o de


continuar com o adquirente ou com o contratante originá rio.

Empreitada: trabalho ou trabalho e materiais.

* materiais resulta da lei ou vontade das partes (nã o se presume).

Projeto: elaboraçã o do projeto nã o presume obrigaçã o de executá -lo.

* proprietá rio nã o pode alterar projeto sem anuência de quem elaborou, salvo
inconveniência ou onerosidade excessiva.

* alteraçõ es de pouca monta sã o permitidas, se preservar a unidade estética.

Empreitada com materiais: risco de perda até a entrega da obra é do empreiteiro,


salvo mora do contratante.

Empreitada apenas de mã o-de-obra: risco de perda dos materiais é do contratante,


salvo culpa do empreiteiro.

* perda da coisa sem culpa ou mora: nã o há retribuiçã o, salvo se empreiteiro


comprovar que decorre de defeito reclamado contra os materiais.

* indenizaçã o dos materiais caso empreiteiro perca por imperícia ou negligência.

Presunçã o de verificaçã o: pagamento feito em proporçã o ao executado; mediçã o


nã o denunciada em 30 dias.

Afastamento das instruçõ es: dono pode rejeitar ou receber com abatimento do
preço.

Edifícios: empreiteiro responde por 5 anos pela solidez e segurança do trabalho.

* decadência: 180 dias apó s aparecimento do vício.

Obra a preço certo: empreiteiro nã o tem direito a acréscimo decorrente de


alteraçã o no projeto nã o pedida pelo dono, salvo se este sempre esteve presente à
obra e o ignorou.

* diminuiçã o do preço: se maior que 1/10 pode haver revisã o a pedido do dono.

Suspensã o da obra:

a) pelo dono: cabe ao empreiteiro pagamento pelos serviços e lucros já feitos e


indenizaçã o proporcional ao que teria ganho se concluída a obra.
b) pelo empreiteiro: perdas e danos, salvo culpa do dono, força maior, dificuldades
imprevisíveis que tornem a empreitada excessivamente onerosa, modificaçõ es
requeridas pelo dono desproporcionais ao projeto (ainda que dono arque com o
acréscimo).

Contrato nã o se extingue por morte das partes, salvo se contratado em razã o da


pessoa.

Depósito:

Depó sito voluntá rio: objeto mó vel (fungível ou infungível) destinado a guarda até
que depositante reclame.

* contrato deve ser escrito.

* depositante responde por perdas e danos se usar a coisa ou dar em depó sito a
outrem sem autorizaçã o (se tiver autorizaçã o responde por culpa na escolha).

Presume gratuito, salvo convençã o em contrá rio, decorrente de atividade negocial


ou profissã o do depositá rio.

Restituiçã o: inclui frutos e acrescidos, com despesas a cargo do depositante.

* deve ser feita logo que exigida, independentemente do prazo fixado, salvo direito
de retençã o, objeto embargado judicialmente, pendência de execuçã o notificada ao
depositá rio ou suspeita de obtençã o dolosa (requisiçã o de recolhimento ao
depó sito pú blico).

* nã o pode ser oposta compensaçã o, salvo se decorrente de outro depó sito.

* depositá rio pode requerer depó sito judicial se nã o puder mais guardar e
depositante nã o quiser receber.

Depó sito no interesse de terceiro: depositá rio ciente de que nã o pode restituir a
coisa ao depositante sem consentimento do terceiro.

Venda por herdeiro de boa-fé: obrigaçã o de assistência ao depositante na


reivindicaçã o e restituiçã o ao comprador.

Incapacidade do depositá rio: administrador dos bens deve restituir a coisa;


recolher a depó sito pú blico; promover nomeaçã o de outro depositá rio.

Perda: depositá rio nã o responde por força maior.

Despesas: responsabilidade do depositante.

Retençã o: pagamento da retribuiçã o, despesas e prejuízos.


* se valores forem ilíquidos depositá rio pode exigir cauçã o ou remoçã o para
depó sito pú blico.

Depó sito de coisa fungível: regula-se pelo mú tuo.

Depó sito necessá rio:

Hipó teses: desempenho de obrigaçã o legal ou por ocasiã o de calamidade pú blica


(incêndio, inundaçã o, naufrá gio ou saque); bagagens em hospedaria;

* nã o se presume gratuito.

Mandato: poderes para praticar ato ou administrar interesses.

* expresso ou tá cito, verbal ou escrito.

* nã o se admite mandato verbal se ato deva ser celebrado por escrito.

* presume-se gratuito, salvo quando for profissã o do mandatá rio.

* pode ser especial a um negó cio ou geral (confere apenas poderes de


administraçã o).

* mandatá rio: pode ser maior de 16 anos.

Instrumento: procuraçã o.

Requisitos da procuraçã o particular: lugar, qualificaçã o do outorgante e outorgado,


data, objetivo da outorga, extensã o dos poderes e assinatura do outorgante.

* terceiro pode exigir firma reconhecida.

* substabelecimento: pode ser por instrumento particular, mesmo que a


procuraçã o seja por instrumento pú blico.

Aceitaçã o: pode ser tá cita (começo da execuçã o).

Poderes especiais e expressos: alienar, hipotecar, transigir (nã o significa firmar


compromisso), e outros que exorbitem a administraçã o ordiná ria.

Ineficá cia do ato: praticado por quem nã o tenha poderes suficientes, salvo
ratificaçã o expressa ou ato inequívoco do mandante.

* ratificaçã o retroage à data do ato.

* enquanto nã o houver ratificaçã o o mandatá rio é caracterizado como gestor de


negó cios.

Obrigaçã o: exclusiva do mandante quando praticado em seu nome.

* mandatá rio responde se agir em seu pró prio nome.


Retençã o: mandatá rio quando nã o for pago.

Obrigaçõ es do mandatá rio: indenizar prejuízo causado por culpa sua ou do


substabelecido sem autorizaçã o.

* responde inclusive pelos prejuízos decorrentes de caso fortuito quando proibido


o substabelecimento, salvo provando que teria ocorrido mesmo sem
substabelecimento.

* responde apenas por culpa na escolha se substabelecimento foi autorizado.

* se proibiçã o de substabelecimento constar na procuraçã o os atos do


substabelecido nã o obrigam o mandante, salvo ratificaçã o expressa.

Mandatá rio nã o pode compensar prejuízos com ganhos que gerou ao mandante.

Mandante pode obrigar entrega de coisa comprada em nome pró prio pelo
mandatá rio quando deveria comprar para o mandante.

Terceiro nã o tem açã o contra o mandatá rio se conhecia a exorbitâ ncia de poder,
salvo se prometida a ratificaçã o pelo mandante ou se responsabilizou
pessoalmente.

Morte: mandatá rio deve concluir negó cio já começado.

Dois mandatá rios: qualquer deles pode exercer os poderes, salvo mandato
conjunto, que exige interferência dos dois.

Obrigaçã o do mandante: cumprir as obrigaçõ es contraídas pelo mandatá rio,


mesmo que contrá rias à s suas instruçõ es (cobra perdas e danos do mandatá rio).

Despesas: adiantadas pelo mandante.

Pagamento: devido mesmo que negó cio nã o surta resultado, exceto por culpa do
mandatá rio.

Extinçã o: revogaçã o; renú ncia; morte ou interdiçã o; incapacidade do mandante


conferir poderes; incapacidade do mandatá rio exercer poderes; término do prazo;
conclusã o do negó cio.

Clá usula de irrevogabilidade: gera perdas e danos pela revogaçã o.

* revogaçã o ineficaz quando condiçã o em negó cio bilateral; estipulada em favor do


mandatá rio; mandato com poderes de confirmaçã o de negó cios realizados.

Mandato em causa pró pria: nã o se revoga e nem extingue pela morte das partes.

* mandatá rio pode transferir para si bens objeto do mandato.

Revogaçã o: nã o pode ser oposta a terceiros se notificada apenas ao mandatá rio.


* cabe açã o contra o procurador.

* nomeaçã o de outro procurador revoga o mandato anterior.

Renú ncia: notificada ao mandante.

* gera perdas e danos se prejudicial pela inoportunidade ou falta de tempo para


substituiçã o (salvo impossibilidade de continuaçã o sem prejuízo considerá vel e
sem possibilidade de substabelecimento).

Morte: vá lidos os atos praticados pelo mandatá rio quando nã o tinha ciência da
morte ou revogaçã o do mandato.

* morte do mandatá rio obriga os herdeiros a comunicar ao mandante, podendo


continuar os negó cios pendentes com perigo de demora.

Transação: término do litígio mediante concessõ es mú tuas.

* direito patrimoniais de cará ter privado.

* escritura pú blica ou particular.

* nã o extingue açã o penal.

Direitos contestados em juízo: instrumento pú blico ou termo nos autos


homologado pelo juiz.

Interpretaçã o: restritiva, nã o se transmitindo direitos (apenas declara).

* nã o prejudica terceiros, mesmo em coisa indivisível.

Efeitos:

a) credor e devedor: desobriga fiador;

b) devedor e credor solidá rio: extingue a obrigaçã o com outros credores.

c) credor e devedores solidá rios: extingue a dívida dos outros devedores.

Evicçã o: nã o revive a obrigaçã o extinta, mas gera perdas e danos.

Pena convencional: admissível.

Nulidade: qualquer clá usula nula torna a transaçã o nula

* se versar sobre vá rios direitos independentes, a nulidade quanto a um nã o


prejudica os demais.

Anulaçã o: dolo, coaçã o, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa.

* nã o se anula por erro de direito.


Sentença transitada em julgado: nula quando uma das partes nã o tiver
conhecimento do teor

Título descoberto posteriormente: nula quando se verificar que nenhuma das


partes tinha direito ao objeto.

Locação de imóvel a empregado:

Devoluçã o de imó vel em decorrência da transferência pelo empregador privado ou


pú blico dispensa a multa contratual, se o locador for notificado com antecedência
de 30 dias.

Locaçã o por prazo indeterminado pode ser retomada em decorrência de extinçã o


do contrato de trabalho.

Açã o de despejo: liminar para desocupaçã o em 15 dias sem audiência do locatá rio
se prestada cauçã o equivalente a 3 meses de alugueis.

* deve haver prova escrita da rescisã o ou audiência prévia.

Valor da causa: 3 salá rios vigentes.

Enriquecimento sem causa: obrigaçã o de restituir com correçã o monetá ria.

Restituiçã o: devida quando nã o haja causa para o enriquecimento ou esta deixou


de existir.

* valor do bem à época da restituiçã o.

* nã o cabe restituiçã o se lei conferir ao lesado outros meios para ressarcir o


prejuízo.

RESPONSABILIDADE CIVIL

Obrigaçã o de indenizar: aquele que causar dano por ato ilícito.

Responsabilidade objetiva: atividade normalmente desenvolvida implicar risco aos


outros ou decorrente de lei:

* discute-se a culpa no antecedente e responsabilidade objetiva no consequente.

a) pais: filhos menores sob sua autoridade ou companhia;

b) tutor e curador;

c) empregador: empregado no exercício do trabalho.

d) donos de hotéis e estabelecimentos que se albergue por dinheiro: hó spedes,


moradores ou educandos;

e) participaram no produto de crime gratuitamente: limite da quantia recebida.


f) empresá rios: danos causados pelos produtos postos em circulaçã o.

g) dono ou detentor de animal.

* regra geral quem paga pode se ressarcir, salvo quando causador for seu
descendente absoluta ou relativamente incapaz.

Incapaz: responde caso as pessoas responsá veis nã o tenham obrigaçã o ou meios


suficientes para indenizar.

* nã o pode privar do necessá rio o incapaz ou as pessoas que dele dependam


(indenizaçã o equitativa).

Destruiçã o por perigo iminente: dono tem direito a ser indenizado se nã o provocou
o perigo.

* se perigo foi provocado por terceiro ou ato feito em legítima defesa de alguém, o
causador do dano tem direito à açã o regressiva.

Responsabilidade civil: nã o se pode discutir existência de fato ou autoria quando


decidida em processo criminal.

Construçã o: dono responde quando a ruína provier de falta de reparos que fossem
necessá rios.

* habitante do prédio responde pelas coisas que dele caírem.

Credor que demanda dívida nã o vencida: desconto de juros; custas em dobro; e


espera pelo vencimento.

Credor que demanda dívida paga: indenizaçã o em dobro (salvo desistência antes
da contestaçã o).

Credor que demanda mais que o devido: indenizaçã o no equivalente, salvo


prescriçã o.

* nã o se aplica se houver desistência antes da contestaçã o.

Responsabilidade solidá ria: mais de um autor da ofensa.

Herança: transmite o direito de exigir indenizaçã o e a obrigaçã o de prestar.

A omissã o voluntá ria e injustificada do pai quanto ao amparo MATERIAL do filho


gera danos morais, passíveis de compensaçã o pecuniá ria (STJ)

Indenizaçã o:

Reduçã o: desproporçã o entre a culpa e o dano ocorrido (equitativa pelo juiz);


culpa concorrente da vítima (conforme gravidade da culpa);
Homicídio: despesas com tratamento, funeral e luto da família; prestaçã o de
alimentos a quem o morto devia, considerando a expectativa de vida da vítima.

Lesã o: despesas do tratamento; lucros cessantes.

* pensã o correspondente à depreciaçã o da capacidade de trabalho se resultar em


reduçã o da capacidade laboral (prejudicado pode requerer indenizaçã o em parcela
ú nica).

Esbulho: restituiçã o (ou equivalente correspondente ao preço ordiná rio e de


afeiçã o, sendo que este nã o pode ser maior que o ordiná rio); indenizaçã o das
deterioraçõ es; lucros cessantes.

Injú ria, calú nia e difamaçã o: nã o precisa comprovar prejuízo material (indenizaçã o
equitativa pelo juiz).

Liberdade pessoal (cá rcere privado; prisã o por denú ncia falsa; prisã o ilegal):
perdas e danos e danos morais.

PREFERÊNCIAS E PRIVILÉGIOS CREDITÓRIOS

Insolvência: dívidas excedem o patrimô nio do devedor.

Discussã o entre credores pode ser sobre preferência ou nulidade, simulaçã o,


fraude e falsidade das dívidas.

Preferência: privilégios e direitos reais.

* havendo perda ou desapropriaçã o do objeto, mantém a preferência sobre seguro


ou indenizaçã o.

Ordem: direito real; pessoal com privilégio especial; pessoal com privilégio geral;
pessoal simples.

Privilégio especial: limita-se ao bem sujeito ao pagamento.

* hipó teses: credor de custas e despesas com arrecadaçã o e liquidaçã o; despesas


de salvamento de coisa; benfeitorias necessá rias ou ú teis; credor de materiais,
dinheiro ou serviços utilizados na construçã o (construçõ es); credor de sementes,
instrumentos ou colheita (frutos); credor de aluguéis (utensílios de uso
doméstico); crédito do contrato de ediçã o (exemplares da obra); salá rios do
trabalhador agrícola (produto da colheita em que tiver trabalhado); credor por
animais (produtos do abate).

* salá rios do trabalhador agrícola preferem inclusive direitos reais.

Privilégio geral: todos os bens nã o sujeitos a direito real ou privilégio especial.


* ordem: despesa de funeral; custas e despesas judiciais com arrecadaçã o e
liquidaçã o; despesas com o luto do cô njuge e filhos; despesas com a doença nos
ú ltimos 6 meses antes do ó bito; gastos necessá rios à manutençã o do devedor e
família nos ú ltimos 3 meses antes do ó bito; impostos devidos à Fazenda desde o
ano anterior ao falecimento; salá rios dos empregados domésticos nos ú ltimos 6
meses antes do falecimento; outros créditos.

Transferência de estabelecimento:

Transferência importa sub-rogaçã o do adquirente nos contratos para exploraçã o


do estabelecimento, salvo os contratos pessoais, podendo os terceiros rescindir em
90 dias a contar da publicaçã o da transferência se houver justa causa, com
responsabilizaçã o do alienante.

Cooperativa: há limite mínimo de só cios, mas nã o o má ximo.

* responsabilidade dos só cios pode ser limitada ou ilimitada.

* é limitada quando o só cio responde apenas pelo valor de suas quotas e pelo
prejuízo verificado nas operaçõ es sociais, guardada a proporçã o de sua
participaçã o nas mesmas operaçõ es.

* quó rum é baseado no nú mero de só cios presentes e nã o no capital representado.

* variabilidade ou dispensa do capital social.

* há limite de valor das quotas que cada só cio pode deter.

* quotas intransferíveis a terceiros, mesmo que por herança.

* cada só cio possui um voto, independente do capital representado.

* distribuiçã o do resultado proporcional à s operaçõ es efetuadas.

* aplica-se as disposiçõ es da sociedade simples, sendo reuniã o de pessoas sem fins


econô micos ou empresariais.

* deve ser registrada na junta comercial para adquirir personalidade jurídica.

Empresa: é nacional se constituída de acordo com a lei brasileira e tenha sede e


administraçã o no país, independentemente que tenha controle ou participaçã o de
capital estrangeiro (art. 1.126, CC).

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