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Entendes o que lês?, Gordon Fee & Douglas Stuart, Vida Nova, 1984,p.167
Por que a poesia? Ela prima pela linguagem concisa, o uso de imagens
vívidas, colocados na forma adequada. Segundo Robert Alter, poesia é isto: "as
melhores palavras na ordem exata".
Isso pode ser observado em todos os livros proféticos, os quais contêm
uma quantidade substancial de poesia, e vários são exclusivamente poéticos.
O que é o paralelismo?
Um exemplo é Is 11.13:
a: Efraim
b: ter inveja
c: de Judá;
c': Judá
b': oprimir
a': Efraim.
A alegoria, que é meramente uma metáfora ampliada e deve ser interpretada
pelos mesmos princípios gerais. Encontramos exemplos no SI 80.8-15 e em Jo
10.1 -18.
Terry faz a seguinte distinção entre a alegoria e a parábola:
“A alegoria é um uso figurado e aplicação de algum fato presumível ou
história, ao passo que a parábola é, ela mesma, o fato presumível ou a
história. A parábola usa palavras no seu sentido literal e sua narrativa nunca
ultrapassa os limites do que poderia ter sido fato real. A alegoria
continuamente usa as palavras num sentido metafórico e sua narrativa,
embora presumível em si mesma, é manifestamente fictícia”
Ainda outra alegoria nos apresenta o povo israelita sob as figuras de uma
vinha em lugar fértil, a qual, apesar dos melhores cuidados, não dá mais que
uvas silvestres, etc. Também esta alegoria está acompanhada de sua
explicação correspondente – "Porque, a vinha do Senhor dos Exércitos é a
casa de Israel, e os homens de Judá são a planta dileta do Senhor", etc. (Isa.
5:1-7).
APÓSTROFE – É uma figura usada pelo orador, no discurso, ou escritor para se dirigir a alguém
como se estivesse presente ou a alguma coisa como se tivesse ouvidos para ouvir. A apóstrofe
consiste em interromper subitamente para se dirigir ou invocar alguém ou coisa, presente,
ausente, real ou imaginária. Em 1ª Coríntios 15.55, Paulo se dirige à morte como se ela fosse
uma pessoa e pudesse ouvir. Veja mais: Is 14:12,13; 52.9; Ap 6.16.
"Ah, Espada do Senhor, até quando deixarás de repousar? Volta para a tua bainha, descansa, e
aquieta-te" (Jeremias 47:6).
As palavras dirigidas ao caído monarca da Babilônia (Isaías 14:9-32) constituem uma das
apóstrofes mais vigorosas da literatura.
A apóstrofe, empregada por oradores hábeis, é na maioria dos casos a forma mais
eficiente e persuasiva da retórica.
"Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei; e ouça a terra as palavras da minha boca" (Deut. 32:1).
Estas palavras nos fazem lembrar de Jeremias que disse: "Ó terra, terra, terral ouve a palavra
do Senhor" (Jeremias 22:29). Constitui uma forma mui enfática de reclamar atenção e realçar a
importância do que se fala.
Abelha, símbolo dos reis da Assíria (Is 7:18), os quais em seus escritos
profanos (hieróglifos) também são representados por esta figura; às vezes
simboliza também, de um modo geral, um poder invasor e cruel. (Dt 1:44; Sl
118:12.)