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º 23/2008
Laboratório de planeamento físico I Boletim da República
Docentes: Arq. Tique & Arq. Catarina Discente: Nhatave, Emidio Manasse
Tema: Regulamento da lei de ordenamento do território & Lei de ordenamento terretorial. 03/2015
O je tivos
Índice O ordenamento do território visa assegurar a organização do espaço
nacional e a utilização sustentável dos seus recursos naturais;
1. Regulamento da lei de ordenamento territorial
1.1. alguns conceitos. Garantir o direito à ocupação atual do espaço físico nacional pelas
1.2. Generalidades sobre o processo de elaboração dos pessoas e comunidades locais;
instrumentos de ordenamento territorial. Requalificar as áreas urbanas de ocupação espontânea, degradadas ou
1.3. Regime jurídico dos instrumentos de ordenamento aquelas resultantes de ocupações de emergência;
territorial de níveis:
1.3.1. Nacional;
1.3.2. Provincial;
1.3.3. Distrital;
1.3.4. Autárquico.
1.4. Regime jurídico dos instrumentos de ordenamento de
caracter geral.
1.5. Alteração revisão e suspensão dos instrumentos de
ordenamento territorial. Introdução
1.6. Defesa dos instrumentos de ordenamento territorial.
O território é a ase físi a do Estado;
1.7. Expropriação para defesas de Ordenamento
Territorial. O ordenamento do território surge para a correção de problemas
1.8. conclusão que geram do desequilíbrio da relação entre o Homem e o espaço
1.9.bibliografia físico ou territorial.
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Tema: Regulamento da lei de ordenamento do território & Lei de ordenamento terretorial. 03/2015
ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS
Lei: é uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas através de processos próprios do acto normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o
efeito (o seu conjunto é denominado Legislacao).
Comunidade local- é o agrupamento de famílias ou indivíduos, vivendo numa circunscrição territorial de nível de localidade ou inferior, que visa a salvaguarda
de interesses comuns através da protecção de áreas habitacionais, áreas agrícolas, sejam cultivadas ou empousio, florestas, sítios de importância cultural,
pastagens, fontes de água e áreas de expansão.
Instrumentos de ordenamento territorial- são elaborações reguladoras e normativas do uso do espaço nacional, urbano ou rural, vinculativos para as entidades
públicas e para os cidadãos, conforme o seu âmbito e operacionalizados segundo o sistema de gestão territorial.
Ordenamento territorial- é o conjunto de princípios, directivas e regras que visam garantir a organização do espaço nacional através de um processo dinâmico,
contínuo, flexível e participativo na busca do equilíbrio entre o Homem, o meio físico e os recursos naturais, com vista à promoção do desenvolvimento
sustentável.
Planeamento territorial- é o processo de elaboração dos planos que definem as formas espaciais da relação das pessoas com o seu meio físico e biológico,
regulamentando os seus direitos e formas de uso e ocupação do espaço físico.
Plano de ordenamento territorial- é o documento estratégico, informativo e ou normativo, que tem como objectivo essencial a produção de espaços ou parcelas
territoriais socialmente úteis, estabelecido com base nos princípios e nas directivas do ordenamento do território.
Sistema de gestão territorial- é o quadro geral do âmbito das intervenções no território, operacionalizado através dos instrumentos de ordenamento territorial,
hierarquizado aos níveis nacional, provincial, distrital e autárquico.
Solo rural- é a parte do território nacional exterior aos perímetros dos municípios (cidades e vilas) e das povoações, legalmente instituída.
Solo urbano- é toda a área compreendida dentro do perímetro dos municípios, vilas e das povoações (sedes de postos administrativos e localidades), legalmente
instituídas.
Território- é a realidade espacial sobre a qual se exercem as interacções sociais e as do Homem com o ambiente e que tem a sua extensão definida pelas
fronteiras do país.
Bens tangíveis- são colheitas, imóveis e benfeitorias efectuadas na área expropriada.
Bens intangíveis- são vias de comunicação e acessibilidades aos meios de transporte.
Ruptura da coesão nacional- é o aumento da distância do novo local de reassentamento de estruturas sociais e do núcleo familiar habitual, cemitérios
familiares, plantas medicinais.
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Generalidades sobre o processo de elaboração dos instrumentos de ordenamento territorial.
O processo de elaboração de um instrumento de Ordenamento territorial deve obedecer, no mínimo, às seguintes
Fases:
• Inventário da situação existente no âmbito geográfico do território onde é aplicável o referido instrumento;
• PNDT define e estabelece as perspetivas e as diretrizes gerais que orientam o uso de todo o território nacional e as prioridades das intervenções à escala nacional.
• PEOT estabelece os parâmetros e as condições de uso das zonas com continuidade espacial, ecológica e, ou económica, interprovincial.
Provincial
• PPDT estabelece a estrutura de organização espacial do território de uma ou mais províncias, define as orientações, medidas e as ações necessárias ao desenvolvimento
territorial, assim como os princípios e critérios específicos para a ocupação e utilização do solo nas diferentes áreas, de acordo com as estratégias, normas e diretrizes
estabelecidas a nível nacional.
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Intervenção a escala Provincial
Intervenção a escala Nacional
Sistema base da Economica Regional-
Áreas prioritárias para investimento do Alentejo (Espanha)
turismo-Moçambique
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Ordenamento do Território- Escala Municipal
Distrital Estrutura Ecológica Fundamental | Vias de Comunicação | Edificado
• PDUT estabelece a estrutura da organização espacial do território de
um ou mais distritos, com base na identificação de áreas para os usos
preferenciais e define as normas e regras a observar na ocupação e
uso do solo e a utilização dos seus recursos naturais.
Autárquico
Siglas
PP – Plano de
Pormenor;
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Regime jurídico dos instrumentos de ordenamento de caracter geral. Capitulo VI
Constituem elementos integrantes da qualificação dos solos os seguintes:
• A localização dos terrenos a qualificar definida pelas coordenadas geográficas dos seus vértices;
• A morfologia dos terrenos a qualificar expressamente pela sua orografia, pedologia, geologia, hidrologia;
• A ocupação humana expressa pela sua densidade em unidades não superiores ao quilómetro quadrado numa malha referenciada geograficamente;
Zoneamento
• A definição e localização geográfica e a caracterização ambiental das áreas a considerar para zoneamento;
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Cadastro nacional de terras
O Cadastro Nacional de Terras estabelece:
• As cartas topográficas que descrevem a paisagem em mapas, a diversas escalas, onde estão registadas as concessões e as ocupações de terras para os diversos usos,
incluindo o cadastro mineiro;
• Uma base de dados mais vasta que integra todas as informações de ordem física, administrativa, social, económica e cultural que têm expressão geográfica;
• Compete a responsabilidade pela elaboração, atualização e divulgação dos inventários ambientais, sociais e económicos é sectorial, devendo tais
instrumentos ser disponibilizados para consulta através do órgão que superintende a atividade de ordenamento do território.
A alteração dos instrumentos de ordenamento territorial só pode ser feita como consequência dos seguintes fatores:
• Aprovação e entrada em vigor de leis que colidam com as respetivas disposições ou que estabeleçam qualquer tipo de restrição ou servidão de utilidade pública.
• Situações manifestamente excecionais, como calamidade pública, alteração substancial das condições jurídico-administrativas, económicas, sociais, culturais e
ambientais que fundamentaram a elaboração destes.
Os Planos Distritais de Uso da Terra e os Planos de Estrutura Urbana são obrigatoriamente revistos uma vez decorrido o prazo de dez anos após a sua entrada em vigor ou após a
sua última revisão e por fim A revisão dos instrumentos de ordenamento territorial segue, com as devidas adaptações, os procedimentos estabelecidos no presente Regulamento
para a sua elaboração, aprovação, ratificação e publicação.
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Suspensão. (Artigo 65)
• A suspensão, total ou parcial, dos instrumentos de ordenamento territorial é determinada quando se verifiquem circunstâncias de carácter excepcional resultantes da
alteração significativa das perspectivas de desenvolvimento económico e social, por um lado, ou da realidade ambiental que determinou a sua elaboração, por outro
lado, quando, da sua execução, se possa pôr em causa a prossecução de relevante interesse público.
• A resolução ou deliberação que determinar a suspensão deverá ser devidamente fundamentada, conter o prazo e a incidência territorial da suspensão, indicando
ainda em termos expressos as disposições suspensas, devendo ser publicada no Boletim da República e devidamente publicitada através dos meios de comunicação
social.
• Do direito de recorrer a qualquer meio contencioso de acesso à justiça, em especial o direito de ação popular;
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Expropriação para defesas de Ordenamento Territorial.
Expropriação por interesse, necessidade ou utilidade Pública. (Artigo 68)
A expropriação para efeitos de ordenamento territorial é considerada efectuada por interesse público, quando tiver como objectivo final a salvaguarda de um interesse
comum da comunidade, podendo ser declarada nos casos seguintes:
• Prazo para tomada de posse dos bens expropriados pela entidade expropriante;
• Aquisição de áreas para a implantação de infra-estruturas económicas ou sociais com grande impacto social positivo;
Conclusão
O ordenamento do território é uma prioridade. Ordenar o território implica um processo de transposição de ideias para um plano físico. O Regulamento da LOT é um
instrumento normativo bem estruturado que assegura a ocupação e o aproveitamento do espaço nacional de forma mais socialmente equitativa, mais produtiva e
sustentável e visa garantir o direito à ocupação atual do espaço físico nacional.
Bibliografia
- Regulamento da Lei de Ordenamento de Território, Decreto nº 23/2008
- FORJAZ, José, CUNHA, Fernando, SILVA, André, SERRA, Carlos, Anteprojeto do Decreto do Regulamento da Lei de Ordenamento de
Território, Fevereiro 2006
Lei de Ordenamento do Território, Lei n.º 19/2007, de 18 de Julho;
Direito do Ordenamento do território, elaborado por Carlos Serra para estudantes da FAPF - IV ano, 2008;
- AMARAL, Diogo Freitas de, O Ordenamento do Território,
Urbanismo e Ambiente: Objecto, Autonomia e Distinções, In.
Revista Jurídica do Urbanismo
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