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O território é a base física do Estado. Constituindo a realidade espacial sobre a qual se fixa e
se desenvolve a sociedade moçambicana e onde se realizam as suas potencialidades
intelectuais e materiais, deixando nela gravada a sua história. A Constituição da República
define que o território é uno, indivisível e inalienável e que se organiza como o conjunto das
Províncias, Distritos, Postos Administrativos e Localidades, Povoações e ainda as zonas
urbanas, estruturadas em cidades e vilas.
A Implementação da Política de Ordenamento Territorial em Moçambique Rumo ao
Desenvolvimento Urbano: Desafios e Soluções
O Ordenamento é entendido, como defende Lopes (citado por Condesso, 2001), como um
acto de gestão do planeamento das ocupações, um potenciar da faculdade de aproveitamento
das infraestruturas existentes e o assegurar da prevenção de recursos limitados. Simplificando,
é a gestão da interactividade do homem para com o espaço natural ou físico. Do ponto de
vista teórico, este tipo de argumentação posiciona-se próximo de uma simples gestão de
oportunidades, no entanto, esta é uma definição “aberta” ou “ampla”, entendendo o conceito
como “algo” que não deverá cingir-se, apenas, à gestão do espaço, mas proporcionar uma
envolvência que permita um desenvolvimento a diferentes escalas, preservando o presente e
potenciando o futuro.
Aprofundando a complexidade deste estudo, é possível avançar com uma dupla orientação da
mesma, a saber: Acepção ampla e restrita
Como ampla, Oliveira (2002), citando Rexach, entende ser todo o acto de estabelecer
políticas direcionadas para a garantia do equilíbrio das condições de vida nas diferentes partes
de um determinado território, isto é, são todos os actos públicos orientados para a obtenção de
uma qualidade de vida digna. Neste sentido, a actividade pública deve, no âmbito das suas
competências, ordenar o espaço.
Como restrita, este autor defende que o Ordenamento deverá compreender uma competência
muito importante, a de harmonizar e coordenar as várias actividades existentes num
determinado território. Esta acepção é, igualmente, partilhada por Orea (2001), o qual admite
que, do ponto de vista administrativo, o Ordenamento deverá ter uma função pública porque
só assim é possível controlar, de uma forma equidistante, o crescimento espontâneo das
actividades humanas, públicas ou privadas, evitando problemas e constrangimentos futuros,
fomentando e garantindo uma justiça sócio espacial.
Partidário (1999), ao citar Costa Lobo, confere ao conceito de ordenamento uma postura
racionalista quanto à exploração dos seus inúmeros e variados recursos naturais, consagrando
particular atenção à distribuição das classes de uso do solo. Adianta ainda, a mesma, que o
universo de estudos gerados com a sua aplicação, será o verdadeiro protagonista na
fundamentação das diferentes estratégias de desenvolvimento espacial a estabelecer, devendo
estas considerar os seguintes factores ou critérios:
Economias espaciais;
Povoamento e localização preferencial de potenciais actividades;
Fenómenos diversos;
Escalas de observação.
No Boletim da Republica, Lei nº 19/2007 diz que a Lei de Ordenamento do Território faz em
conformidade com os princípios e objectivos gerais e específicos o enquadramento jurídico da
Política de Ordenamento do Território, para que se alcancem, como objectivos essenciais, o
aproveitamento racional e sustentável dos recursos naturais, a preservação do equilíbrio
ambiental, a promoção da coesão nacional, a valorização dos diversos potenciais de cada
região, a promoção da qualidade de vida dos cidadãos, o equilíbrio entre a qualidade de vida
nas zonas rurais e nas zonas urbanas, o melhoramento das condições de habitação, das infra-
estruturas e dos sistemas urbanos, a segurança das populações vulneráveis a calamidades
naturais ou provocadas.
Planeamento territorial: processo de elaboração dos planos que definem as formas espaciais
da relação das pessoas com o seu meio físico e biológico, regulamentando os seus direitos e
formas de uso e ocupação do espaço físico.
Solo rural: parte do território nacional exterior aos perímetros dos municípios, cidades, vilas
e das povoações, legalmente instituída.
Solo urbano: toda a área compreendida dentro do perímetro dos municípios, vilas e das
povoações. Sedes de postos administrativos e localidades, legalmente instituídas.
Objectivos
g) Optimizar a gestão dos recursos naturais para que o seu uso e aproveitamento bem
como a defesa e a protecção do meio ambiente, se processe com a estrita observância
da lei;
Níveis de Intervenção
b) Provincial;
c) Distrital;
d) Autárquico.
2. Para além dos níveis dispostos no número anterior, é ainda considerado o nível de
intervenção autárquica, que interage com o nível de inserção da autarquia respectiva.
Conclusão
Desafios da Política de Ordenamento Territorial em Moçambique (Apresentar um
debate critico em volta dos vários problemas existentes)