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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................2
2. OBJECTIVOS........................................................................................................................3
2.1. GERAL:...........................................................................................................................3
2.2. ESPECÍFICOS:...............................................................................................................3
 Conceituar o território, ordenamento territorial e instrumento de ordenamento territorial,.....3
3. METODOLOGIA....................................................................................................................3
4. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................................4
5. CONTEXTUALIZAÇÃO........................................................................................................5
6. NÍVEIS DE INTERVENÇÃO DE ORDENAMENTO TERRITORIAL................................6
6.1. Nível Nacional..................................................................................................................6
6.2. Nível Provincial...............................................................................................................6
6.3. Nível Distrital...................................................................................................................6
6.4. Nível Autárquico.............................................................................................................7
7. INTERVENÇÃO DO ORDENAMENTO NO TERRITÓRIO...............................................7
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................9
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................10

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho versa sobre os Instrumentos de Ordenamento Territorial, o mesmo vai


buscar trazer o conceito do território, a essência dos instrumentos de ordenamento territorial e
seus exemplos a nível nacional, provincial, autárquico e locar, objectivando o asseguramento do
uso racional dos recursos naturais.

Quanto a estrutura do trabalho, apresenta uma breve introdução onde traremos um breve debate
sobre o território, ordenamento territorial e instrumento de ordenamento territorial,
contextualização sobre o tema, objectivos, a metodologia usada para a realização do trabalho, as
considerações finais e por fim as referências bibliográficas.

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2. OBJECTIVOS

O nosso trabalho é composto por um objectivo geral, que para a compreensão do mesmo foram
traçados três (3) objectivos específicos a saber:

2.1. GERAL:

 Analisar os Instrumentos do Ordenamento Territorial.

2.2. ESPECÍFICOS:

 Conceituar o território, ordenamento territorial e instrumento de ordenamento territorial,


 Listar os níveis de intervenção de ordenamento territorial,
 Descrever os níveis de intervenção de ordenamento territorial.

3. METODOLOGIA

Para a realização do presente trabalho, fizemos um cruzamento literário ou apoiamo-nos na


revisão da literatura dos autores que abordam sobre a matéria relacionada com o nosso tema.

Segundo (Gil 1999), Revisão Bibliográfica refere-se a um conjunto de conhecimentos reunidos


em obras de toda a natureza com a função de conduzir o investigador ou leitor da pesquisa num
determinado assunto, proporcionando-o qualquer tipo de saber. Neste trabalho particularmente,
apoiamo-nos na Lei e no Regulamento do Ordenamento Territorial.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo a lei 19/2007, artigo 189, o território é a base física do Estado, constituindo a realidade
espacial sobre a qual se fixa e se desenvolve a sociedade moçambicana onde se realizam as suas
potencialidades intelectuais e materiais, deixando nela gravada a sua história.

Segundo a Constituição da República o território é visto como uno, indivisível e que se organiza
como um conjunto das províncias, distritos, postos administrativos e localidades, povoações e
ainda as zonas urbanas, estruturadas em cidades e vilas.

Para a lei 19/2007, artigo 189, Ordenamento territorial - é o conjunto de princípios, directivas e
regras que visam garantir a organização do espaço nacional através de um processo dinâmico,
continuo, flexível e participativo na busca do equilíbrio entre o homem, meio físico e os recursos
naturais, com vista a promoção do desenvolvimento sustentável.

Ainda na visão do mesmo abrigo, Instrumento de Ordenamento territorial - são elaborações


reguladoras e normativas do uso do espaço nacional, urbano ou rural, vinculativos para as
entidades publicas e para os cidadãos, conforme o seu âmbito e operacionalizados segundo o
sistema de gestão territorial.

Assim sendo, através dos conceitos acima descritos sobre o território, instrumentos e
ordenamento territorial, vamos procurar de forma breve apresentar e exemplificar a organização
de território moçambicano.

O ordenamento do território é na realidade o ordenamento da nossa sociedade.” (Claudius-Petit,


in Frade, 1999)

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5. CONTEXTUALIZAÇÃO

Ordenamento é entendido, como defende Lopes (citado por Condesso, 2001), como um acto de
gestão do planeamento das ocupações, um potenciar da faculdade de aproveitamento das infra-
estruturas existentes e o assegurar da prevenção de recursos limitados. Simplificando, é a gestão
da interactividade do homem para com o espaço natural ou físico. Com a publicação da Carta
Europeia de Ordenamento do Território (CEOT), marco incontornável desta temática, foi
anunciada uma “luz” para a resolução desta problemática, tentando a Comunidade Europeia
(CE), esclarecer a maioria das indefinições existentes. Assim, e segundo a CE (comunidade
Europeia), o OT é a tradução espacial das políticas económicas, social, cultural e ecológica da
sociedade. É, simultaneamente, uma disciplina científica, uma técnica administrativa e uma
política que se desenvolve numa perspectiva interdisciplinar e integrada tendente ao
desenvolvimento equilibrado das regiões e à organização física do espaço segundo uma
estratégia de conjunto (C.E, 1988). Este documento descreve os principais elementos que o
Ordenamento, enquanto conceito, deverá reconhece, e integrar ainda um sentimento de
consciência relativamente à existência de diferentes níveis e poderes de decisão,
independentemente de estes serem individuais e institucionais, os quais têm uma influência
directa na organização territorial, nos estudos prospectivos previstos para a sua planificação, no
próprio mercado em si, nos diferentes sistemas administrativos e nas condições sócio-
económicas e ambientais. Assim, e como principal objectivo para o OT, a CEOT destaca a
conciliação de todo este universo de factores, como forma de promover um relacionamento
harmonioso entre eles.

Segundo a lei 19/2007, compete ao Estado e às autarquias locais, a promoção, orientação,


coordenação e monitorização do ordenamento do território e cabe a estas últimas o
estabelecimento dos programas, planos, projectos e o regime de uso do solo. Ainda em
Moçambique, o Decreto nº 23/2008, Regulamento da Lei de Planeamento Territorial, no seu
Artigo 7, Hierarquização e complementaridade, estabelece a hierarquização dos planos, e institui
a obrigatoriedade da elaboração de planos de nível Distrital e Municipal. A nível nacional os
planos são elaborados pelo Conselho de Ministros, a nível provincial são elaborados por
iniciativa do Governo Provincial, a nível distrital são elaborados por iniciativa do Governo
Distrital e a nível municipal são elaborados pelos técnicos municipais, ou instituições externas,

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mas mandatados e aprovados pelas assembleias municipais, sob proposta da administração e do
presidente do município. Em Moçambique as divisões administrativas são subdivididas
hierarquicamente em províncias, distritos, postos administrativos e localidades, sendo que um
conjunto de localidades, representam um posto administrativo e um conjunto destes perfaz um
distrito, um conjunto de distritos perfaz uma Província, sendo o país constituído por 11
províncias, 139 distritos e 393 postos administrativos (INE, 2012). A Lei de Ordenamento do
Território (Lei 19/2007, de 18 de Julho) é o principal instrumento que rege o planeamento e o
ordenamento do território em Moçambique (Silva e Cabral, 1996).

6. NÍVEIS DE INTERVENÇÃO DE ORDENAMENTO TERRITORIAL

Segundo a lei 19/2007, Capitulo 2, Artigo 8, o ordenamento territorial compreende os seguintes


níveis de intervenção no território:

 Nacional;
 Provincial;
 Distrital;
 Autárquico.

6.1. Nível Nacional


Ao nível nacional definem-se as regras gerais da estratégia do ordenamento do território, as
normas e as diretrizes para as ações de ordenamento provincial, distrital e autárquico e
compatibilizam-se as políticas sectórias de desenvolvimento do território.

6.2. Nível Provincial


Ao nível provincial definem-se estratégias de ordenamento do território da província, integrando-
as com as estratégias nacionais de desenvolvimento económico e social e, estabelecem-se as
diretrizes para o ordenamento distrital e autárquico.

6.3. Nível Distrital


Ao nível distrital elaboram-se os planos de ordenamento do território da área do distrito e os
projetos para a sua implementação, refletindo as necessidades e aspirações das comunidades
locais, integrando-os com as políticas nacionais e com as diretrizes de âmbito nacional e
provincial.

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6.4. Nível Autárquico
Ao nível autárquico estabelecem-se os programas, planos, projetos de desenvolvimento e o
regime de uso do solo urbano, de acordo com as leis vigentes.

O ordenamento territorial, compreende diversos níveis de atuação para facilitar e assegurar os


objetivos e princípios do ordenamento territorial.

7. INTERVENÇÃO DO ORDENAMENTO NO TERRITÓRIO.

O ordenamento territorial assume um papel vital na organização e desenvolvimento dos


assentamentos humanos em qualquer parte do mundo com o papel de reforçar a coesão nacional,
organizar o território, corrigir as assimetrias regionais e assegurar a igualde de oportunidades dos
cidadãos, também promove a valorização integrada das diversidades do território nacional.
(Boletim da República, 2018).

Os níveis de intervenção do ordenamento territorial, englobam outros planos secundários dentro


dos planos primários a saber:

 A nível nacional: O Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial (PNDT), define e


estabelece as perspectivas e as directrizes gerais que devem orientar o uso de todo o
território nacional e as prioridades das intervenções à escala nacional e, Os Planos
Especiais de Ordenamento do Território (PEOT), que estabelecem os parâmetros e as
condições de uso de zonas com continuidade espacial, ecológica ou económica de âmbito
interprovincial;
 A nível provincial: Os Planos Provinciais de Desenvolvimento Territorial (PPDT),
de âmbito provincial e interprovincial (PIDT), estabelecem a estrutura de organização
espacial do território de uma ou mais províncias e definem as orientações, medidas e as
acções necessárias ao desenvolvimento territorial assim como os princípios e critérios
específicos para a ocupação e utilização do solo nas diferentes áreas, de acordo com as
estratégias, normas e directrizes estabelecidas ao nível nacional Existe uma
correspondência entre o PPDT e o PROT, mas a legislação moçambicana, introduz já a
este nível os planos interprovinciais e considera ainda um 3º nível, o dos planos distritais.
 A nível distrital: Os Planos Distritais de Uso da Terra (PD), de âmbito distrital e
interdistrital, estabele sem a estrutura da organização espacial do território de um ou mais

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distritos, com base na identificação de áreas para os usos preferenciais e definem as
normas e regras a observar na ocupação e uso do solo e a utilização dos seus recursos
naturais.
 A nível municipal: há a considerar: Os Planos de Estrutura Urbana (PE) - que
estabelece a organização espacial da totalidade do território do município ou povoação,
os parâmetros e as normas para a sua utilização, tendo em conta a ocupação actual, as
infra-estruturas e os equipamentos sociais existentes e a implantar e a sua integração na
estrutura espacial regional; Os Planos Gerais de Urbanização (PGU) e Planos Parciais
de Urbanização (PPU) determinam a estrutura e qualifica o solo urbano, tendo em
consideração o equilíbrio entre os diversos usos e funções urbanas, definem as redes de
transporte, comunicações, energia e saneamento, os equipamentos sociais, com especial
atenção às zonas de ocupação espontânea como base sócio espacial para a elaboração do
plano e; Os Planos de Pormenor (PP), definem com pormenor a tipologia de ocupação
de qualquer área específica do centro urbano, estabelecendo a concepção do espaço
urbano dispondo sobre usos do solo e condições gerais de edificações, o traçado das vias
de circulação, as características das redes de infra-estruturas e serviços, quer para novas
áreas ou para áreas existentes caracterizando as fachadas dos edifícios e arranjos dos
espaços livres, (Decreto nº 23/2008 de 1 de Julho).

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a realização do trabalho concluímos que em Moçambique, todos os planos existentes


subordinam-se a Lei do Ordenamento do Território (Lei nº 19/2007 de 18 de Julho), publicado
na 1ª série do b.r. n° 29 de 18 de Julho de 2007. No que concerne aos planos de planeamento e
ordenamento do território, estes existem, com níveis de intervenção desde a escala nacional até a
escala local, onde o geral é o Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial (PNDT).

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9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lei nº 19/2007 de 18 de Julho

Regulamento da Lei do Ordenamento Territorial de 1 de julho de 2008

Http://site.ufvjm.edu.br: Acesso a 16/11/2022

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