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Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782 • Volume 117, Nº 3, Supl.

2, Setembro 2021

Resumo das Comunicações

XXXIII CONGRESSO DE
CARDIOLOGIA DA SBC/ES

Vitória - Espírito Santo


REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948

Diretor Científico Editores Associados Arritmias/Marca-passo Hipertensão Arterial


Fernando Bacal Mauricio Scanavacca Paulo Cesar B. V. Jardim
Cardiologia Clínica
Editor-Chefe Gláucia Maria Moraes de Oliveira Ergometria, Exercício e
Métodos Diagnósticos
Carlos Eduardo Rochitte Reabilitação Cardíaca
Cardiologia Cirúrgica Não‑Invasivos
Ricardo Stein
Coeditor Internacional Alexandre Siciliano Colafranceschi João Luiz Cavalcante
João Lima Primeiro Editor (1948-1953)
Cardiologia Intervencionista Pesquisa Básica ou † Jairo Ramos
Editor de Mídias Sociais Pedro A. Lemos Experimental
Tiago Senra Cardiologia Pediátrica/Congênitas Marina Politi Okoshi
Ieda Biscegli Jatene
Editor de Consultoria Chinesa Epidemiologia/Estatística
Ruhong Jiang Vitor C. Guerra Marcio Sommer Bittencourt

Conselho Editorial
Brasil Carlos Eduardo Rochitte – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da
Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior – Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina (INCOR HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Goiânia GO – Brasil Carlos Eduardo Suaide Silva – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo,
Alfredo José Mansur – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo SP – Brasil
(FMUSP), São Paulo, SP – Brasil Carlos Vicente Serrano Júnior – Instituto do Coração (InCor HCFMUSP), São
Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho – Instituto de Cardiologia do Espírito Santo, Paulo, SP – Brasil
Vitória, ES – Brasil Celso Amodeo – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib
Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa – Instituto Dante Pazzanese de Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil
Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil Charles Mady – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil
Ana Clara Tude Rodrigues – Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo Claudio Gil Soares de Araujo – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
(HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil Rio de Janeiro, RJ – Brasil
André Labrunie – Hospital do Coração de Londrina (HCL), Londrina, PR – Brasil Cláudio Tinoco Mesquita – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de
Andrei Carvalho Sposito – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Janeiro, RJ – Brasil
Campinas, SP – Brasil Cleonice Carvalho C. Mota – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
Angelo Amato Vincenzo de Paola – Universidade Federal de São Paulo Belo Horizonte, MG – Brasil
(UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil Clerio Francisco de Azevedo Filho – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Antonio Augusto Barbosa Lopes – Instituto do Coração Incor Hc Fmusp (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
(INCOR), São Paulo, SP – Brasil Dalton Bertolim Précoma – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/
Antonio Carlos de Camargo Carvalho – Universidade Federal de São Paulo PR), Curitiba, PR – Brasil
(UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil Dário C. Sobral Filho – Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE – Brasil
Antônio Carlos Palandri Chagas – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, Décio Mion Junior – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
SP – Brasil Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Antonio Carlos Pereira Barretto – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, Denilson Campos de Albuquerque – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
SP – Brasil (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega – Universidade Federal Fluminense (UFF), Djair Brindeiro Filho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife,
Rio de Janeiro, RJ – Brasil PE – Brasil
Antonio de Padua Mansur – Faculdade de Medicina da Universidade de São Domingo M. Braile – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), São
Paulo (FMUSP), São Paulo, SP – Brasil Paulo, SP – Brasil
Ari Timerman (SP) – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Edmar Atik – Hospital Sírio Libanês (HSL), São Paulo, SP – Brasil
Paulo, SP – Brasil Emilio Hideyuki Moriguchi – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Armênio Costa Guimarães – Liga Bahiana de Hipertensão e Aterosclerose, (UFRGS) Porto Alegre, RS – Brasil
Salvador, BA – Brasil Enio Buffolo – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP –
Ayrton Pires Brandão – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio Brasil
de Janeiro, RJ – Brasil Eulógio E. Martinez Filho – Instituto do Coração (InCor), São Paulo, SP – Brasil
Beatriz Matsubara – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Evandro Tinoco Mesquita – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de
(UNESP), São Paulo, SP – Brasil Janeiro, RJ – Brasil
Brivaldo Markman Filho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, Expedito E. Ribeiro da Silva – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo,
PE – Brasil SP – Brasil
Bruno Caramelli – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Fábio Vilas Boas Pinto – Secretaria Estadual da Saúde da Bahia (SESAB),
Carisi A. Polanczyk – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Salvador, BA – Brasil
Porto Alegre, RS – Brasil
Fernando Bacal – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Paulo R. A. Caramori – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Flávio D. Fuchs – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto (PUCRS), Porto Alegre, RS – Brasil
Alegre, RS – Brasil Paulo Roberto B. Évora – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil
Francisco Antonio Helfenstein Fonseca – Universidade Federal de São Paulo Paulo Roberto S. Brofman – Instituto Carlos Chagas (FIOCRUZ/PR), Curitiba,
(UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil PR – Brasil
Gilson Soares Feitosa – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Pedro A. Lemos – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Salvador, BA – Brasil (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Glaucia Maria M. de Oliveira – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Protásio Lemos da Luz – Instituto do Coração do Hcfmusp (INCOR), São Paulo,
Rio de Janeiro, RJ – Brasil SP – Brasil
Hans Fernando R. Dohmann, AMIL – ASSIST. MEDICA INTERNACIONAL Reinaldo B. Bestetti – Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Ribeirão
LTDA., Rio de Janeiro, RJ – Brasil Preto, SP – Brasil
Humberto Villacorta Junior – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Renato A. K. Kalil – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC),
Janeiro, RJ – Brasil Porto Alegre, RS – Brasil
Ines Lessa – Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA – Brasil Ricardo Stein – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Porto
Iran Castro – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC), Porto Alegre, RS – Brasil
Alegre, RS – Brasil Salvador Rassi – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM/
Jarbas Jakson Dinkhuysen – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação GO), Goiânia, GO – Brasil
Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil
Sandra da Silva Mattos – Real Hospital Português de Beneficência em
João Pimenta – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual Pernambuco, Recife, PE – Brasil
(IAMSPE), São Paulo, SP – Brasil
Sandra Fuchs – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto
Jorge Ilha Guimarães – Fundação Universitária de Cardiologia (IC FUC), Porto Alegre, RS – Brasil
Alegre, RS – Brasil
Sergio Timerman – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
José Antonio Franchini Ramires – Instituto do Coração Incor Hc Fmusp (INCOR HC FMUSP), São Paulo, SP – Brasil
(INCOR), São Paulo, SP – Brasil
Silvio Henrique Barberato – Cardioeco Centro de Diagnóstico Cardiovascular
José Augusto Soares Barreto Filho – Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, (CARDIOECO), Curitiba, PR – Brasil
SE – Brasil
Tales de Carvalho – Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC),
José Carlos Nicolau – Instituto do Coração (InCor), São Paulo, SP – Brasil Florianópolis, SC – Brasil
José Lázaro de Andrade – Hospital Sírio Libanês, São Paulo, SP – Brasil Vera D. Aiello – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da (FMUSP,
José Péricles Esteves – Hospital Português, Salvador, BA – Brasil INCOR), São Paulo, SP – Brasil
Leonardo A. M. Zornoff – Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Walter José Gomes – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo,
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Botucatu, SP – Brasil SP – Brasil
Leopoldo Soares Piegas – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Weimar K. S. B. de Souza – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de
Adib Jatene (IDPC/FAJ) São Paulo, SP – Brasil Goiás (FMUFG), Goiânia, GO – Brasil
Lucia Campos Pellanda – Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde William Azem Chalela – Instituto do Coração (INCOR HCFMUSP), São Paulo,
de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS – Brasil SP – Brasil
Luís Eduardo Paim Rohde – Universidade Federal do Rio Grande do Sul Wilson Mathias Junior – Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas
(UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São
Luís Cláudio Lemos Correia – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública Paulo, SP – Brasil
(EBMSP), Salvador, BA – Brasil
Luiz A. Machado César – Fundação Universidade Regional de Blumenau Exterior
(FURB), Blumenau, SC – Brasil Adelino F. Leite-Moreira – Universidade do Porto, Porto – Portugal
Luiz Alberto Piva e Mattos – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), Alan Maisel – Long Island University, Nova York – Estados Unidos
São Paulo, SP – Brasil
Aldo P. Maggioni – ANMCO Research Center, Florença – Itália
Marcia Melo Barbosa – Hospital Socor, Belo Horizonte, MG – Brasil
Ana Isabel Venâncio Oliveira Galrinho – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal
Marcus Vinícius Bolívar Malachias – Faculdade Ciências Médicas MG
(FCMMG), Belo Horizonte, MG – Brasil Ana Maria Ferreira Neves Abreu – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal
Maria da Consolação V. Moreira – Universidade Federal de Minas Gerais Ana Teresa Timóteo – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal
(UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil Cândida Fonseca – Universidade Nova de Lisboa, Lisboa – Portugal
Mario S. S. de Azeredo Coutinho – Universidade Federal de Santa Catarina Fausto Pinto – Universidade de Lisboa, Lisboa – Portugal
(UFSC), Florianópilis, SC – Brasil
Hugo Grancelli – Instituto de Cardiología del Hospital Español de Buenos
Maurício Ibrahim Scanavacca – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, Aires – Argentina
SP – Brasil
James de Lemos – Parkland Memorial Hospital, Texas – Estados Unidos
Max Grinberg – Instituto do Coração do Hcfmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil
João A. Lima, Johns – Johns Hopkins Hospital, Baltimore – Estados Unidos
Michel Batlouni – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo,
SP – Brasil John G. F. Cleland – Imperial College London, Londres – Inglaterra

Murilo Foppa – Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, Jorge Ferreira – Hospital de Santa Cruz, Carnaxide – Portugal
RS – Brasil Manuel de Jesus Antunes – Centro Hospitalar de Coimbra, Coimbra – Portugal
Nadine O. Clausell – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Marco Alves da Costa – Centro Hospitalar de Coimbra, Coimbra – Portugal
Porto Alegre, RS – Brasil
Maria João Soares Vidigal Teixeira Ferreira – Universidade de Coimbra,
Orlando Campos Filho – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Coimbra – Portugal
Paulo, SP – Brasil
Maria Pilar Tornos – Hospital Quirónsalud Barcelona, Barcelona – Espanha
Otávio Rizzi Coelho – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),
Nuno Bettencourt – Universidade do Porto, Porto – Portugal
Campinas, SP – Brasil
Pedro Brugada – Universiteit Brussel, Brussels – Bélgica
Otoni Moreira Gomes – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo
Horizonte, MG – Brasil Peter A. McCullough – Baylor Heart and Vascular Institute, Texas – Estados Unidos
Paulo Andrade Lotufo – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Peter Libby – Brigham and Women's Hospital, Boston – Estados Unidos
Paulo Cesar B. V. Jardim – Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasília, DF – Brasil Piero Anversa – University of Parma, Parma – Itália
Paulo J. F. Tucci – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil Roberto José Palma dos Reis – Hospital Polido Valente, Lisboa – Portugal
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Presidente (Licenciado) Coordenadora de Ciência, Tecnologia SBC/CE – Gentil Barreira de Aguiar Filho
Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes e Inovações
Ludhmila Abrahão Hajjar SBC/DF – Alexandra Oliveira de Mesquita
Presidente
Coordenador de Educação SBC/ES – Tatiane Mascarenhas Santiago Emerich
Celso Amodeo
Médica Continuada
Diretor Financeiro SBC/GO – Leonardo Sara da Silva
Brivaldo Markman Filho
Ricardo Mourilhe Rocha
SBC/MA – Mauro José Mello Fonseca
Coordenadora de Acompanhamento da
Diretor Científico Gestão e Controle Interno SBC/MG – Henrique Patrus Mundim Pena
Fernando Bacal Gláucia Maria Moraes de Oliveira
SBC/MS – Gabriel Doreto Rodrigues
Diretor Administrativo Coordenador de Compliance
Olga Ferreira de Souza e Transparência SBC/MT – Marcos de Thadeu Tenuta Junior

Diretor de Qualidade Assistencial Marcelo Matos Cascudo


SBC/NNE – Nivaldo Menezes Filgueiras Filho
Sílvio Henrique Barberato Coordenador de Assuntos Estratégicos
SBC/PA – Dilma do Socorro Moraes de Souza
Diretor de Comunicação Hélio Roque Figueira
Harry Corrêa Filho SBC/PB – Lenine Angelo Alves Silva
Editor do ABC Cardiol
Diretor de Tecnologia da Informação Carlos Eduardo Rochitte SBC/PE – Fernando Ribeiro de Moraes Neto
Leandro Ioschpe Zimerman
Editor do IJCS SBC/PI – Luiz Bezerra Neto
Diretor de Relações Governamentais Claudio Tinoco Mesquita
SBC/PR – Raul DAurea Mora Junior
Nasser Sarkis Simão
Coordenador da Universidade do Coração
Diretor de Relação com Estaduais e Regionais SOCERJ – Wolney de Andrade Martins
Evandro Tinoco Mesquita
João David de Souza Neto
Coordenador de Normatizações SBC/RN – Maria Sanali Moura de Oliveira Paiva
Diretor de Promoção de Saúde e Diretrizes
SOCERON – Daniel Ferreira Mugrabi
Cardiovascular – SBC/Funcor Brivaldo Markman Filho
José Francisco Kerr Saraiva SOCERGS – Mario Wiehe
Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais
Diretora de Departamentos Especializados SBC/AL – Carlos Romerio Costa Ferro SBC/SC – Amberson Vieira de Assis
Andréa Araujo Brandão
SBC/AM – Kátia do Nascimento Couceiro SBC/SE – Eryca Vanessa Santos de Jesus
Diretor de Pesquisa
David de Pádua Brasil SBC/BA – Gilson Soares Feitosa Filho SOCESP – João Fernando Monteiro Ferreira

Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos


SBC/DA – Antonio Carlos Palandri Chagas SBC/DIC – Carlos Eduardo Rochitte DEIC/GEICPED – Estela Azeka

SBC/DCC – Bruno Caramelli SBCCV – Eduardo Augusto Victor Rocha DEIC/GEMIC – Marcus Vinicius Simões

SBC/DCC/CP – Klebia Magalhães Pereira SOBRAC – Ricardo Alkmim Teixeira DERC/GECESP – Clea Simone Sabino de
Castello Branco Souza Colombo
SBHCI – Ricardo Alves da Costa
SBC/DCM – Celi Marques Santos DERC/GECN – Lara Cristiane Terra
Ferreira Carreira
DCC/GAPO – Danielle Menosi Gualandro
SBC/DECAGE – Izo Helber
DERC/GERCPM – Carlos Alberto Cordeiro Hossri
DCC/GECETI – Luiz Bezerra Neto
SBC/DEIC – Evandro Tinoco Mesquita
GECIP – Marcelo Luiz da Silva Bandeira
SBC/DERC – Gabriel Leo Blacher Grossman DCC/GECO – Roberto Kalil Filho
GEECG – Carlos Alberto Pastore
SBC/DFCVR – Antoinette Oliveira Blackman DCC/GEMCA – Roberto Esporcatte
DCC/GETA – Carlos Vicente Serrano Junior
SBC/DHA – Audes Diógenes de DCC/GERTC – Adriano Camargo de
Magalhães Feitosa Castro Carneiro DCC/GECRA – Sandra Marques e Silva
Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Volume 117, Nº 3, Supl. 2, Setembro 2021


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Resumo das Comunicações

XXXIII CONGRESSO DE CARDIOLOGIA DA


SBC/ES

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO


TEMAS LIVRES - 29, 30 e 31/07/2021
APRESENTAÇÃO ORAL

64098 64214
ASSOCIAÇÃO ENTRE O AUMENTO DO TEMPO PORTA BALÃO E EDEMA INJÚRIA MIOCÁRDICA E INFECÇÃO PELO COVID-19: UM RELATO DE CASO
PULMONAR EM PACIENTES COM SUPRADESNIVELAMENTO DE ST
RAQUEL ALMEIDA CRESPO, GUILHERME DUTRA DOS SANTOS E ANDRES
PEDRO CAETANO DE OLIVEIRA MIRANDA, WILGNER RICARDO RAIL SILVA, FELIPE VALENCIA RENDON
GABRIEL OLIVEIRA SOUZA E ANA CAROLINA LOPES ARAUJO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ,
BIOCOR, NOVA LIMA, MG, BRASIL - UNI-BH, BELO HORIZONTE, BRASIL. BRASIL.

INTRODUÇÃO: A intervenção coronária percutânea (ICP) quando disponível, constitui- INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares possuem alta prevalência, sendo a
se na opção preferencial para retorno da perfusão arterial se iniciada em, no máximo, principal causa de morte. Logo, em meio a pandemia de Covid-19, esses pacientes
90 minutos após confirmação do diagnóstico do infarto agudo do miocárdio (IAM). são especialmente relevantes, compondo um dos principais fatores de risco de óbito
Esse período corresponde ao tempo porta-balão (TPB), que quanto maior for, maiores pela doença. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 62 anos, hipertenso e diabético,
serão as chances de um indivíduo apresentar graves complicações. Essa situação procurou emergência em UPA com quadro gripal, sendo internado e iniciado Ceftriaxona,
tem um alto índice de morbimortalidade. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte Azitromicina e Oseltamivir. Foi submetido a Intubação Orotraqueal (IOT) devido a
retrospectivo realizado através da coleta de dados de prontuários selecionados evolução com piora e, após 4 dias de internação, foi transferido para um hospital
de pacientes atendidos no Biocor Instituto, no período entre 2005 e 2015. Para universitário. Na admissão, levantou-se a hipótese de Pneumonia Nosocomial associada
comparação com a literatura, foram utilizados artigos das bases de dados SCIELO, a quadro suspeito de Covid, com exames laboratoriais indicando leucocitose neutrofílica,
LILACS, MEDLINE e PUBMED. Os descritores utilizados foram “intervenção coronária quando suspenderam as medicações iniciais e iniciaram Piperacilina-Tazobactam. Foi
percutânea”, “tempo porta-balão”, “IAMCSST” e “edema pulmonar”. RESULTADOS: detectada a presença de SARS-CoV-2 em PCR de swab nasofaríngeo. Eletrocardiograma
evidenciou supradesnivelamento de segmento ST em região de parede anterosseptal,
Foram analisados 486 pacientes com diagnóstico de IAM com supradesnivelamento
com ondas Q patológicas, indicando quadro sugestivo de Infarto Agudo do Miocárdio com
do segmento ST (IAMCSST) submetidos à ICP primária precoce, separando-os em
Supra de ST, além de uma elevação da troponina sérica. Não há relato de manifestações
dois grupos pela classificação de Killip. A principal comparação deste estudo foi entre
clínicas compatíveis com o quadro previamente à IOT. A equipe de Hemodinâmica optou
os pacientes em Killip I, sem evidência de insuficiência do ventrículo esquerdo e Killip
por não fazer o Cateterismo Cardíaco de Urgência por ser um quadro com cerca de
III, que caracteriza pacientes com insuficiência grave, ou seja, diagnosticados com 48h de evolução, fora da janela de trombólise e sem evidência de choque cardiogênico.
edema agudo pulmonar. A mediana do tempo porta-balão foi de 60 minutos em ambos Ultrassom point-of-care evidenciou disfunção global de Ventrículo Esquerdo (VE) e déficit
os grupos. DISCUSSÃO: Relacionando o TPB com a classificaçāo e a evolução do segmentar em região anterosseptal. Ecocardiograma transtorácico evidenciou disfunção
Killip, 72,63% dos pacientes classificados em Killip I, foram submetidos a ICP primária grave de VE. Ao longo da internação, o paciente evoluiu com disglicemia, piora da função
no tempo mínimo de 20 minutos e máximo de 180 minutos, enquanto nos pacientes renal, retração do volume urinário, tendência à hipotensão e picos subfebris, justificando
Killip III o mínimo e o máximo foram, respectivamente, de 30 e 120 minutos. De acordo hemodiálise e troca de antibioticoterapia para Meropenem e Tigeciclina. Uma semana
com a literatura há um aumento significativo da mortalidade quando TPB for maior que após a transferência, iniciou Parada Cardiorrespiratória (PCR), com Fibrilação Ventricular
120 minutos, principalmente após 150 minutos, no entanto, nesse estudo não houve seguida por assistolia, revertida com manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
correlação com o esperado e o TPB máximo. O número de óbitos foi significativamente Dois dias após o episódio de PCR, paciente foi encontrado em assistolia, sendo realizadas
maior entre os pacientes que apresentaram Killip III em comparação com os que não manobras de RCP, sem sucesso, e o paciente veio a óbito. DISCUSSÃO: O SARS-CoV-2
apresentaram, Killip I representando 60% e 1,7%, nesta ordem. CONCLUSÕES: possui acometimento multissistêmico. Os danos cardiovasculares são multifatoriais, como
O que diferenciou a classificação do paciente em Killip I e III, foi determinado pela injúria viral ao miocárdio, complicações secundárias ao estado inflamatório e resposta
variação do tempo mínimo do porta balão, sendo que os pacientes Killip I, procuraram trombótica ocasionada pela infecção. Esses fatores, em pacientes críticos, favorecem
por assistência médica em um tempo menor, quando comparado aos pacientes Killip desfechos sombrios, conforme o exposto.
III. Dessa forma, o estudo demonstra a importância do TPB na sobrevida dos pacientes
após IAMCSST submetidos a ICP primária.

64291 64295
USO DA IVABRADINA EM CARDIOMIOPATIA DILATADA SECUNDÁRIA À SÍNDROME DE BRADICARDIA-TAQUICARDIA EM PACIENTE IDOSA, A
MIOCARDITE PROPÓSITO DE UM CASO

ANNELISE CISARI COSTANZA, BRUNO COSTANZA CISARI, ISABELA BAHIA NOEMI ROCIO ANDRADE ALBAN, ARIEL IVAN MENA AMALUIZA, MARCOS
FERREIRA E LUCA COSTANZA CISARI MERULA DE ALMEIDA, WENDY MIREYA ROJAS BODERO, JIMMY GANCINO
MEJIA E NEUSA DE FATIMA LUCIANO GUIOMAR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ,
BRASIL - FACULDADE DE MEDICINA MULTIVIX, VITÓRIA, ES, BRASIL - HOSPITAL GENERAL DOCENTE AMBATO, AMBATO, XX, EQUADOR -
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, UNIVERSIDAD TECNICA DE AMBATO, AMBATO, XX, EQUADOR - INCOR -
BRASIL. INSTITUTO DO CORAÇÃO, SAO PAULO, SP, BRASIL.

INTRODUÇÃO: As cardiomiopatias dilatadas (CMD) caracterizam-se por aumento uni INTRODUÇÃO: A síndrome de bradicardia-taquicardia é uma patologia cardíaca de baixa
ou biventricular e disfunção sistólica, com etiologia variada, em até 50% idiopáticas. prevalência, que apresenta ritmos cardíacos anormais e é diagnosticada em pacientes que
Estão entre as principais causas de insuficiência cardíaca (IC), com grande impacto apresentam ambos os episódios de taquiarritmias alternadas com bradiarritmias. OBJETIVO:
socioeconômico. O tratamento farmacológico das CMD compreende a abordagem Apresentar o caso de uma paciente idosa com diagnóstico de síndrome de bradicardia-
sindrômica da IC (inibidor da neprilisina ou IECA ou BRA, diurético, ßbloqueador seletivo taquicardia por meio do Holter de 24 horas. APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente feminina
e antagonista da aldosterona). Neste contexto, a ivabradina pode ser associada em de 80 anos com história de hipertensão arterial não controlada, que apresentou 24 horas
pacientes com fração de ejeção < 35% que mantêm FC >70 bpm, apesar da terapia antes da consulta médica palpitações de início súbito acompanhado de síncope. Foi feito
um eletrocardiograma que mostrou sinais sugestivos de bloqueio de ramo direito completo
otimizada. RELATO DE CASO: Paciente feminina, 34 anos, sem comorbidades, com dor
e distúrbios do ritmo com alternância acentuada. Os exames laboratoriais do hemograma
abdominal e dispneia durante 3 semanas, foi internada com diagnóstico de miocardite.
reportaram resultados em parâmetros normais, com exceção da glicemia que se encontrou
Eco transtorácico: aumento atrial bilateral, disfunção sistólica grave do VE e hipocinesia elevada, mas não apresentou diagnóstico que justificasse o quadro clínico do paciente e os
difusa. Holter 24h: sinusal com ectopias ventriculares monomórficas e FC média =102 achados do eletrocardiograma. Decidiu-se realizar um Holter de 24 horas, que reportou uma
bpm. RNM cardíaca: grave disfunção biventricular e fibrose não isquêmica. Alta com frequência cardíaca média de 82 bpm, uma frequência cardíaca mínima de 31 bpm às 16h30
carvedilol 25 mg/dia, captopril 75 mg/dia, furosemida 40 mg e espironolactona 25 mg. e uma frequência cardíaca máxima de 196 bpm às 20h05 encontrou-se 85.441 batimentos dos
Após 1 mês, em CF III (NYHA), PA= 90 x 70 mmHg e FC = 110 bpm, feito desmame quais 2.304 foram classificados como batimentos ventriculares prematuros. O ritmo sinusal
do captopril e início de sacubitril/valsartan 24/26 mg. Após 3 e 5 meses, houve melhora foi frequentemente interrompido por períodos de taquiarritmias consistentes com fibrilação
clínica significativa, CF II (NYHA), mas com manutenção do padrão do Holter e FC atrial e episódios de bradicardia sinusal extrema e pausa sinusal de mais de 2.000 ms. O
média >80 bpm, apesar da progressão do sacubitril/ valsartan até 97/103 mg mg e do QRS era largo com 122 ms e morfologia de bloqueio de ramo direito que sofre variações
carvedilol para 50 mg/dia, início de dapagliflozina 10 mg e reabilitação cardíaca. Foi então significativas com acentuação do desvio do segmento ST. O reporte do Holter, concluiu-se que
associada ivabradina 10 mg/dia, com alcance de FC média de 65 bpm e redução da foi reconhecido componente arritmogênico, fibrilação atrial paroxística, extra-sístoles atriais e
incidência de ectopias ventriculares, avaliados em Holter 6 semanas após. DISCUSSÃO: ventriculares isoladas, bradicardia sinusal e pausa sinusal, componente isquêmico: bloqueio de
Nesta paciente jovem, com CMD decorrente de miocardite de etiologia indefinida, foi ramo direito com acentuação da depressão do segmento ST. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES:
iniciado tratamento farmacológico para ICFER, mas apesar da terapia otimizada, a FC Este síndrome está incluído nas doenças cardíacas produzidas por uma disfunção ao
permaneceu >70 bpm. A ivabradina inibe seletivamente a corrente If no nó sinoatrial e nível do nodo sinusal, as palpitações são os sintomas semiológicos predominantes. O
é considerada alternativa adicional em pacientes em ritmo sinusal, sintomáticos, com eletrocardiograma costuma ser utilizado para o diagnóstico em que as taquiarritmias de origem
supraventricular costumam ser frequentes mais no caso da paciente, esse exame não foi
FC ≥ 70 bpm e FEVE ≤ 35% (classe de recomendação IIa, nível de evidência B), com
conclusivo e o paciente apresentou quadros de lipotimias e síncopes de etiologia cardíaca,
melhora do desfecho combinado morte cardiovascular e hospitalização por IC, redução
então o uso de monitor de eventos costuma ser importante para determinar a alternância da
de hospitalização total e por IC e morte por IC. A associação da ivabradina mostrou-se
frequência cardíaca.
eficaz no controle da FC e na diminuição de arritmias neste caso, com possível efeito no
remodelamento cardíaco a médio e longo prazo e redução de eventos

Arq Bras Cardiol 2021 117(3 supl.2): 1-5 1


Resumos Temas Livres

64307 64309
ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES POR HIPERTENSÃO ESSENCIAL E ATUAÇÃO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES,
DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO

MARIANNA RAMALHO DE SOUSA, CAROLINA MONTE SANTO BURDMAN MARIANNA RAMALHO DE SOUSA, RAYANA MOREIRA SALOIO, THAMIRES
PEREIRA, CAIQUE NUNES MOREIRA, CARLA RESENDE VAZ OLIVEIRA, MACEDO DURANS, MARIANE BARROS RIBEIRO CAMPOS, LARISSA BARROS
DAFNE CAROLINA ALVARENGA, MARIA CLARA BERNARDINO SAMPAIO E ASSUMPÇÃO RABELO E ANDRE ELIAS RIBEIRO
ANDRE ELIAS RIBEIRO
UNIVERSIDADE DE VASSOURAS, VASSOURAS, RJ, BRASIL.
UNIVERSIDADE DE VASSOURAS, VASSOURAS, RJ, BRASIL
As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade em adultos
A Hipertensão Essencial (HE) é doença de fator de risco para doenças cardiovasculares em todo o mundo, das quais destaca-se o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) como
(DCV) e que possui várias etiologias subjacentes como a interação de fatores responsável pela maioria dessas mortes. [1] O estudo do IAM é importante pela sua
comportamentais, tabagismo, sedentarismo, estresse mental de longo prazo, obesidade alta prevalência, morbimortalidade e sequelas que podem ser causadas gerando
e fatores genéticos. Dado o alto impacto socioeconômico causado pelas DCV, é essencial repercussões físicas, psicológicas e sociais.[2] Entretanto, através de uma atuação
a atuação da atenção primária à saúde (APS) para identificação precoce dos fatores de forte da atenção primária em saúde (APS) é possível manejar os fatores de risco
risco e do seguimento adequado do cuidado ao paciente hipertenso visando reduzir as para prevenir o IAM e otimizar a reabilitação para melhorar a qualidade de vida do
internações e sequelas. O presente estudo tem por objetivo analisar as internações por paciente. O estudo objetiva analisar as internações por IAM no município de São Paulo
HE no Brasil indicando como a APS pode atuar na sua redução. Trata-se de um estudo (SP) e como a APS é capaz de interferir positivamente nesse panorama. Realizou-
epidemiológico e descritivo realizado por meio de consulta ao DATASUS na seção de se uma revisão narrativa da literatura em conjunto à coleta descritiva, transversal
Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS), com dados referentes ao período de 2016 a e observacional dos dados disponíveis no DATASUS - Sistema de Informações
2020. No período analisado, houve 263.584 internações, com gasto de R$100.248.276,87 Hospitalares do SUS (SIH/SUS) – de janeiro de 2016 a dezembro de 2020 avaliando
e destaque para a Região Nordeste com 38,2% do total de hospitalizações. Quanto ao
as internações com valor total de gastos públicos, óbitos e padrão dos portadores: sexo
sexo, a maior frequência foi no feminino 58,64% e a faixa etária mais acometida foi a
e raça. No período analisado houve 48.684 internações por IAM em SP representando
de 60 a 69 anos com 22,7% dos eventos. Ao analisarmos os óbitos, houve 4.293,
um gasto de 160.842.449 reais. Quando se analisa as internações por sexo observa-
sobretudo na faixa de 80 anos ou mais (11,8%), no sexo feminino (53,9%) e na raça parda
se que a maior parte ocorreu em homens (62,2%); na raça branca (46,71%), mas
(40,9%). Se comparados ao período de 2008-2012 houve uma redução nas internações,
óbitos e gastos, 34,6%, 27,2% e 11,9% respectivamente. A APS atua principalmente na
cabe ressaltar que 22,54% dos prontuários não possuem essa informação. Quanto aos
prevenção, visando a promover saúde através da educação e autonomia do paciente para óbitos, houve 4.441 sendo que mais da metade ocorreu no sexo masculino (55,91%).
o autocuidado, mediante a oferta de informações sobre o processo de saúde-doença. Ao Tais dados demonstram a alta morbimortalidade do IAM. Nesse sentido, sendo a APS
passo que, através da equipe multiprofissional desenvolve ações centradas na pessoa a porta de entrada preferencial ao Sistema Único de Saúde com ações que vão desde
buscando mudança de estilo de vida, sobretudo quanto ao consumo de sal, controle a promoção à saúde e prevenção de riscos até rastreamentos, o manejo específico e
de peso, abandono do tabagismo e redução do consumo de álcool. Estas associadas prevenção de complicações tem papel essencial no cuidado do paciente pós IAM e na
a diagnóstico precoce, tratamento e monitorização da pressão arterial, reduzem as prevenção do evento naqueles que ainda não tiveram. [3] Dessa maneira, por atuar no
hospitalizações e complicações decorrentes da HE. A hipertensão arterial essencial é um manejo dos determinantes socioambientais da saúde, a APS tem papel fundamental
fator de risco para as diversas doenças cardiovasculares, entretanto, é um fator sensível na prevenção ao IAM, seja com campanhas contra fatores de risco como tabagismo,
a cuidados primários, como estratégias efetivas de prevenção, diagnóstico, tratamento como um controle efetivo de diabetes e hipertensão arterial. Ademais, identificado que
e controle. O comportamento decrescente nas internações e óbitos no país no intervalo o sexo masculino é mais afetado pela doença é possível realizar busca ativa e orientar
pesquisado, ao compararmos com outros períodos, aponta um resultado positivo que o cuidado. A APS também tem atuação na reabilitação desse paciente pós IAM por
atribuímos a APS, reforçando assim seu papel e a necessidade de ampliação de seus coordenar o cuidado com os outros níveis de atenção.
serviços e acesso.

64312 64321
DIAGNÓSTICO DE SITUS INVESUS TOTALIS EM PRÉ-OPERATÓRIO RECUPERAÇÃO TOTAL DE PACIENTE APÓS 45 MINUTOS DE PCR APÓS IAM
VASCULAR: UM RELATO DE CASO – QUANDO CESSAR OS ESFORÇOS

VINÍCIUS GUEDES GILES, VITÓRIA FEDESZEN MOZDZEN, DANNI ELLEN STELLA MARIANA FERREIRA GIOLO,
KNACK NASCIMENTO, PATRICK PERTEL CAPATTO E ALEX GOMES
RODRIGUES CLÍNICA UNIFISIO - CARDIOLOGIA CLÍNICA E REABILITAÇÃO , FRANCA, SP,
BRASIL.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO - UNESC, COLATINA, ES,
BRASIL - HOSPITAL MATERNIDADE SÃO JOSÉ - HMSJ, COLATINA, ES, INTRODUÇÃO: Decidir quando iniciar, manter ou desistir das manobras de
BRASIL. reanimação cardiorrespiratória tem sido um constante problema ético. Apresentar
subsídios para predizer resultados é a forma mais segura para tomar uma decisão
INTRODUÇÃO:Situs Invesus Totalis (SIT) diz respeito a uma condição congênita em que as terapêutica racional. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 51 anos, obeso grau
vísceras são formadas de maneira espelhada à topografia natural. Isso ocorre devido a uma 3, hipertenso, diabético e tabagista, chega à unidade de urgência com dor precordial
mutação recessiva que se manifesta na inversão da polaridade direita-esquerda na morfogênese
tipo A iniciada há 1 hora. Após 35 minutos de entrada na unidade houve recorrência
visceral dessas pessoas. A incidência do SIT é de 1 a cada 10000 nascidos, sem preferência
por sexo. Por si, essa condição não traz prejuízo à saúde, exceto naqueles que possuem
da dor seguida de parada cardiorrespiratória. Menos de 2 minutos após a PCR foram
alguma malformação cardíaca e, assim, manifestam uma clínica patológica. DESCRIÇÃO iniciados manobras de suporte avançado de vida. Durante os próximos 45 minutos,
DO CASO: ACAFS, sexo feminino, 35 anos, encaminhada do ambulatório de cirurgia vascular paciente se manteve em PCR em ritmo de fibrilação ventricular. Após 15 ciclos de
para a realização de avaliação pré-operatória para varicectomia e safenectomia. Sem queixas RCP paciente retorna a com circulação espontânea, em ritmo sinusal e depois de
cardiovasculares, também negou comorbidades, cirurgias prévias e uso de medicações. Seu 10 minutos, paciente abre os olhos, contactua e obedece comandos. DISCUSSÃO:
histórico familiar incluía diabetes, hipertensão e tireoidopatias. Ao exame físico chamava a atenção Os dados da literatura quanto a PCR são escassos no Brasil, porém, em algumas
ictus cordis não palpável, bem como hipofonese de bulhas. Realizado eletrocardiograma (ECG) publicações, alcança índices de até 60% de óbto em PCR com duração menor de
em que se evidencia onda P negativa em D1 e aVL, e positiva em aVR, com seu eixo entre 120°
e 150°, além de complexos QRS progressivamente menores de V1 a V6 (imagem do ECG). Feito
20 minutos e de 80% com PCR com tempo superior. A padronização de condutas e
hipótese de dextrocardia, realizado raio-x (RX) de tórax e ecocardiograma transtoracico que a educação em RCP são fundamentais para a otimização dos resultados, em termos
confirmaram o diagnóstico (imagem do RX). Posteriormente, também foi identificado inversão de mortalidade e qualidade de vida. Alguns sistemas de pontuação de risco, como
completa dos órgãos abdominais, confirmando o diagnóstico de SIT. A paciente procedeu com a Morbidade Pré-Parada e Prognóstico Pós- Ressuscitação, podem auxiliar nesta
cirurgia, evoluindo sem complicações pós-operatórias. definição, mas seus limites mostram-se muitas vezes arbitários para determinar com
exatidão a linha que divide o sucesso improvável da futilidade. Por último, avalia-se a
causa da parada como critério para não cessar a RCP e se esta é tratável e reversível.
CONCLUSÃO: Pacientes com maior morbidade pré-parada, portadores de patologias
com mal prognóstico, causas extra-cardíacas de PCR, ritmo de parada em AESP ou
assistolia e atendimentos em centros sem condições de cuidados pós-ressuscitação
adequados, têm menor sobrevida.

CONCLUSÃO: SIT é uma condição incomum que se manifesta durante o período embrionário.
O diagnóstico tende a ser ao acaso, com consequências negativas no curso de quem possui
malformação associada. A propósito, buscou-se descrever a ausência de repercussão clínica na
paciente, sendo o diagnóstico de SIT feito pela necessidade de exames pré-operatórios para outra
patologia, não associados a SIT. Apesar de não apresentar sintomatologia prejudicial à paciente
do caso, é essencial o diagnóstico precoce de SIT para melhor acompanhamento e conduta, em
especial aos pacientes que apresentam má-formação comprometedora.

2 Arq Bras Cardiol 2021 117(3 supl.2): 1-5


Resumos Temas Livres

64322 64335
TEMPESTADE ELÉTRICA E CHOQUE CARDIOGÊNICO APÓS INFARTO DE GRAVIDEZ EM MULHER COM CARDIOMIOPATIA NA ESPERA DE
VENTRÍCULO DIREITO TRANSPLANTE.

STELLA MARIANA FERREIRA GIOLO, ANA LUISA ALVARENGA DIAS, OSMAR ARAUJO CALIL, LARISSE VIEIRA
BALLA, LUCAS SPELTA GOMES, ROBERTO RAMOS BARBOSA E CELIA
CLÍNICA UNIFISIO - CARDIOLOGIA CLÍNICA E REABILITAÇÃO , FRANCA, SP, REGINA TRINDADE
BRASIL.
EMESCAM, VITÓRIA, ES, BRASIL.
INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é a principal causa de choque
cardiogênico com consequente repercussão clínica crítica. A tempestade elétrica (TE) A insuficiência cardíaca (IC) acomete cerca de 0,04% das gestantes e 12,5% de
representa outra significativa complicação do IAM, principalmente de parede inferior e mulheres com cardiopatia. A IC aumenta o risco de cesariana e óbitos maternos.
de ventrículo direito (VD), pelo acomentimento da coronária direita (CD), a coronária Objetivo: relatar um caso de uma gestação não planejada em paciente portadora de
elétrica. RELATO DO CASO: Mulher, 58 anos, diabética e tabagista, é admitida na insuficiência cardíaca grave prévia. Método: estudo observacional, qualitativo, descritivo
emergência relatando dor torácica atípica. Na sala de espera apresentou síncope de um relato de caso com discussão na literatura. Resultados: secundigesta, portadora
seguida de parada cardiorrespiratória (PCR) em fibrilação ventricular (FV). Durante de cardiomiopatia dilatada grave, insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida
reanimação paciente apresentou quatro episódios de taquicardia ventricular (TV) e arritmias. Inscrita em programa de transplante nacional há três anos aguardando
sem pulso somente sendo estabilizada após a cardioversão elértrica com associação transplante cardíaco e em utilização de cardiodesfibrilador implantável. Necessitou de
de amiodarona e lidocaína em bomba de infusão contínua. DISCUSSÃO: Choque manejo medicamentoso para prosseguir com a gestação. Foram suspensas sacubitril/
cardiogênico isquêmico é um processo patológico autoperpetuador e complexo, que valsartana e espironolactona. Ajustadas as seguintes medicações: furosemida,
com frequência causa morte, independente do tratamento médico adotado. TE também carvedilol, hidralazina, digoxina, ácido acetilsalicílico, propatilnitrato. Evoluiu no
pode se apresentar de forma crítica, com parada cardiovascular ou múltiplos episódios segundo trimestre de gestação com redução importante da fração de ejeção e
de arritmias potencialmente fatais, que deprimem ainda mais a função cardíaca. hipertensão pulmonar; na 28º semana, fez corticoterapia. Manteve a descompensação
A estratégia de revascularização precoce ao estabelecer o fluxo, limita o dano da área cardíaca, sendo necessário interromper a gravidez com trinta semanas por cesariana
infartada, aumentando a sobrevida. Pelos estudos recentes, no caso de IAM seguido eletiva, anestesia geral e pós-operatório na unidade de terapia intensiva. Parto sem
de choque cardiogênico todas as lesões hemodinamicamente significativas devem intercorrências maternas. Feto vivo, feminino, necessitando de reanimação neonatal,
ser tratadas na ICP primária. CONCLUSÃO A estratégia de reperfusão precoce e intubação orotraqueal e internação em unidade de terapia intensiva neonatal. Recebeu
dispositivos de assistência circulatória são fundamentais para o manejo de pacientes alta hospitalar após 52 dias do nascimento. A puérpera recebeu alta após 4 dias de
com IAM e suas complicações. A lidocaína em sua pode ser útil quando a associação internação e optado por interromper a lactação e reintroduzir o sacubutril/valsartana.
de beta-bloqueador e amiodarona não teve sucesso, como uma terceira droga. Conclusão: O sucesso do manejo desta gestação de alto risco (cardiomiopatia dilatada
com indicação de transplante cardíaco) demonstra a importância do acompanhamento
multidisciplinar e das abordagens cardiológica e obstétrica criteriosas. A estabilização
hemodinâmica é prioridade terapêutica, considerando sempre a possibilidade de
interrupção urgente da gestação. É evidente o elevado risco de complicações e o
indispensável planejamento familiar.

64337 64338
A IDADE ESTÁ ASSOCIADA A COMPLICAÇÕES DA ABLAÇÃO POR CATETER EXPRESSIVO GRAU DE FIBROSE MIOCÁRDICA EM PACIENTE IDOSO COM
DE FIBRILAÇÃO ATRIAL? INSUFICIÊNCIA CARDÍACA GRAU C: UM RELATO DE CASO

CARLOS ALEXANDRE VOLPONI LOVATTO, VINCIUS LOUBACK BALDON, MARCELO RODRIGUES DO NASCIMENTO, MARIA LUISA MOTTA SANTOS,
JULIA ASSAD TRES HENRIQUES, FABRICIO SARMENTO VASSALLO, LUIZ FERNANDO DE SOUZA ANDRADE, MARINA MARIA DE SOUZA MARTINS,
EDUARDO GIETAS SERPA, ALOYR GONCALVES SIMOES JUNIOR, HERMES LETÍCIA PEREIRA EZEQUIEL E NARA CRISTINA DE PAULA
CARLONI ARAUJO, RENATO GIESTAS SERPA, OSMAR ARAUJO CALIL E LUIZ
FERNANDO MACHADO BARBOSA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL.

HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA, VITÓRIA, ES, INTRODUÇÃO: A morte celular isquêmica devido ao infarto agudo do miocárdio (IAM)
BRASIL. gera remodelamento fibrótico do tecido cardíaco. A fibrose reparativa inicial, embora
crucial para prevenir a ruptura da parede ventricular, quando exagerada pode levar
INTRODUÇÃO: A prevalência de fibrilação atrial (FA) aumenta com a idade e à piora gradual na função miocárdica e culminar em insuficiência cardíaca (IC).
seu manejo em idosos é mais desafiador, pois está normalmente associado a DESCRIÇÃO DO CASO CLÍNICO: JIP, 71 anos, hipertenso, diabético e ex tabagista,
comorbidades concomitantes. A ablação por cateter (AC) tem se mostrado um queixa-se de dispneia paroxística noturna e tosse pela manhã. IAM há 5 meses, onde
tratamento eficaz e uma alternativa segura e superior às drogas antiarrítmicas (AADs) cateterismo evidenciou coronariopatia obstrutiva grave com artérias descendente
para manutenção do ritmo sinusal e seus benefícios. Nesse sentido, foi avaliada a anterior e circunflexa ocluídas e estenose grave da artéria diagonalis (90%) e discreta
taxa de complicações de AC para FA em pacientes idosos em diferentes faixas (30%) da artéria coronária direita. Solicitou-se ecodopplercardiografia, observando
etárias. MÉTODO: Análise retrospectiva de 219 pacientes submetidos à ablação por fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) bidimensional de 34%, junto a
cateter entre 2016 e 2020 divididos em três faixas etárias: menos de 60 anos (41,6%), trombo apical no ventrículo esquerdo (VE), insuficiência mitral, tricúspide e aórtica
entre 60 e 70 (32,0%) e mais de 70 anos (26,5%). Todos os pacientes incluídos grau leve e hipertensão pulmonar moderada. Cintilografia de perfusão miocárdica
foram submetidos à ablação por radiofrequência (RF) por sistema de mapeamento com teste ao dipiridamol, solicitada para avaliar a possibilidade de revascularização,
eletroanatômico. Os pacientes foram acompanhados durante visitas regulares e todas demonstrou FEVE de 20% com função global do VE acentuadamente deprimida,
as informações sobre complicações dentro de 7 dias após a AC foram registradas. Os hipocinesia difusa e tecido fibrótico correspondente a 56% do VE. Diante dos
principais eventos adversos incluíram pelo menos um dos seguintes: tamponamento resultados, optou-se por tratamento clínico. estável em estágio C de IC e NYHA
pericárdico, paralisia diafragmática, embolia pulmonar, acidente vascular cerebral ou 3, em uso dos fármacos Clopidogrel, Apixabana, Rosuvastatina, Trimetazidina,
ataque isquêmico transitório, infarto agudo do miocárdio, choque cardiogênico, fístula Enalapril, Furosemida, Bisoprolol e Espirolactona. CONCLUSÕES: O processo de
esofágica atrial (FEA) e complicações vasculares com necessidade de reparo cirúrgico. remodelamento cicatricial, mesmo fundamental para contenção de danos, também
RESULTADOS: A taxa geral de complicações foi de 4,6%. Pacientes com menos de ocorre no tecido que não sofreu isquemia direta, estando diretamente relacionado
60 anos tiveram 3,3%, entre 60 e 70 anos, 5,7%, e mais de 70 anos tiveram 5,2% com a evolução para IC, principalmente pela queda na função sistólica. Há inúmeros
de complicações totais (p=0,742). A análise comparativa mostrou maior prevalência marcadores para avaliação prognóstica de pacientes com IC, o que a torna um desafio.
de mulheres, hipertensão, doença arterial coronariana, cardioversão elétrica prévia, Alguns fatores de mau prognóstico clássicos são encontrados no caso, como idade
presença de trombo na triagem e maior escore CHA2DS2-VASc entre os grupos avançada, diabetes, FEVE abaixo de 35%, hipertensão pulmonar e extenso grau
mais velhos. O uso de amiodarona foi mais frequente entre os idosos. Não foram de fibrose. Disfunção sistólica é um marcador prognóstico, sendo a fibrose grande
encontradas outras diferenças demográficas, comorbidades ou medicamentosas responsável pelo seu desenvolvimento. Sua extensão está relacionada com aumento
entre os grupos. Nos pacientes analisados, nenhum caso de FEA ou morte após o da mortalidade, desfechos cardiovasculares e prediz recuperação funcional após
procedimento foi registrado. CONCLUSÃO: Não houve diferença significativa de revascularização, pois área de fibrose em mais de 50% do segmento disfuncionante
complicações relacionadas ao comparar pacientes por grupos de idade. A taxa de indica baixa probabilidade de recuperação, sendo, em alguns casos, incompatível com
complicações gerais obtida neste estudo foi baixa, o que pode sugerir que a ablação a vida. Pelo seu papel central no desenvolvimento da IC, é importante estimar o grau
por cateter seja uma tentativa segura de procedimento em idosos. de fibrose, para definir prognósticos e avaliar terapêuticas.

Arq Bras Cardiol 2021 117(3 supl.2): 1-5 3


Resumos Temas Livres

64339 64351
INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA VARIABILIDADE DA AMILOIDOSE E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO
FREQUÊNCIA CARDÍACA EM INDIVÍDUOS JOVENS PRESERVADA, UMA ASSOCIAÇÃO MAIS COMUM DO QUE AS DESCRIÇÕES
EPIDEMIOLÓGICAS ATUAIS: RELATO DE CASO
VITOR ALVES MARQUES, CARINI SILVA DA SILVA, MARIA SEBASTIANA SILVA,
GABRIELA DE OLIVEIRA TELES, JORDANA CAMPOS MARTINS DE OLIVEIRA, RODOLFO COSTA SYLVESTRE, MATEUS OLIVEIRA POTRATZ, CAIO
LUIZ FERNANDO MARTINS DE SOUZA FILHO, NAIANY SILVA PEREIRA E ANA GUIMARES ARAUJO, REBECA SILVA MOREIRA DA FRAGA, ROBERTO RAMOS
CRISTINA SILVA REBELO BARBOSA E OSMAR ARAUJO CALIL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL. ESCOLA DE MEDICINA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA,
VITÓRIA, ES, BRASIL - HOSPITAL DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
INTRODUÇÃO: A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é um importante DE VITÓRIA, VITÓRIA, , BRASIL - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO
preditor de saúde cardiovascular, pois analisa o comportamento do sistema nervoso ANTONIO MORAES, VITÓRIA, , BRASIL.
autônomo. A prática de exercício físico tem se mostrado benéfica na melhora destes
parâmetros. Objetivos. Avaliar a influência da prática de exercício físico na variabilidade INTRODUÇÃO: A amiloidose é uma desordem clínica caracterizada pelo depósito de
da frequência cardíaca em indivíduos jovens. MÉTODOS. Participaram do estudo 54 agregados de fibrilas amilóides insolúveis resistentes à proteólise. Ao se depositarem
indivíduos de dois cursos da área da saúde: farmácia e educação física. Para as no coração podem ocasionar distúrbio da condução cardíaca, cardiomiopatia restritiva,
análises da VFC foram selecionados os trechos de maior estabilidade do sinal, os disfunção diastólica progressiva, baixo débito e insuficiência cardíaca de fração de ejeção
quais incluirão no mínimo 256 batimentos consecutivos. Quanto à prática de exercício preservada (ICFEP), principalmente relacionada a transtirretina (TTR). DESCRIÇÃO DO
físico os indivíduos foram perguntados se praticavam ou não. Para a comparação CASO: Homem de 70 anos, hipertenso, diabético insulinodependente e dislipidêmico
das variáveis entre os grupos foi utilizado o teste T de amostras independentes procurou o cardiologista queixando-se de dispneia aos pequenos esforços, hiporexia,
para os dados com distribuição paramétrica e o teste Mann-Whitney para os dados adinamia e edema em membros inferiores, com turgência jugular a 45º e hiperfonese de
com distribuição não-paramétrica. RESULTADOS. Houve diferença significativa nas segunda bulha na ausculta cardíaca. Iniciada a propedêutica complementar para melhor
variáveis LF (p =0,002), HF (p =0,002), LF/HF (p =0,004), SD2 (p =0,004) e Entropia elucidação da etiologia da insuficiência cardíaca com eletrocardiograma em repouso
Aproximada (p =0,001) entre os indivíduos que praticam exercício físico e os que não onde foi observada baixa voltagem, peptídeo natriurético do tipo B no valor de 3920 pg/
ml, ecocardiograma transtorácico (ECOTT) com aumento biatrial, hipertrofia concêntrica
praticam. Conclusão A prática de exercício físico promove um melhor balanço simpato-
do ventrículo esquerdo, função sistólica global do ventrículo esquerdo preservada
vagal, melhor atividade parassimpática, maior complexidade e imprevisibilidade na
com fração de ejeção de 65%, septo interventricular de 15 mm e aspecto infiltrativo
variabilidade da frequência cardíaca, representando um efeito cardiovascular protetor.
heterogêneo e hiperrefringente, pressão sistólica da artéria pulmonar de 57 mmHg;
Palavras-chaves: Atividade física; modulação autonômica; profissionais da saúde
Angiotomografia pulmonar sem alterações significativas e cintilografia miocárdica sem
sinais de isquemia. Devido à forte suspeita de amiloidose foi realizada investigação com
ressonância nuclear magnética cardíaca, que demonstrou realce tardio subendocárdio
proeminente característico da patologia e posteriormente teste genético para amiloidose
de origem familiar associada a variantes no gene da TTR, confirmando o diagnóstico.
CONCLUSÃO: A amiloidose cardíaca é uma patologia descrita como rara, porém com
inúmeros casos subdiagnosticados. Condições antes atribuídas ao envelhecimento
normal provavelmente são decorrentes de depósito amiloide cardíaco, levando à ICFEP,
estenose aórtica e fibrilação atrial no idoso. A existência de métodos diagnósticos
menos invasivos, principalmente com dissociação entre ECOTT e o eletrocardiograma,
corroboram para o diagnóstico precoce, plano de tratamento individualizado e melhora
do prognóstico desses pacientes, modificando a história natural da doença, evitando a
deposição de novas fibrilas amilóides nos tecidos.

64353 64354
EXPERIÊNCIA INICIAL NO ESPÍRITO SANTO DE IMPLANTE DE VALVA DESCRIÇÃO DE TÉCNICA ALTERNATIVA DE SALVAMENTO PARA
AÓRTICA TRANSCATETER COM A PRÓTESE MYVAL: RELATO DOS DOIS PERFURAÇÃO DE CORONÁRIA DURANTE INTERVENÇÃO CORONÁRIA
PRIMEIROS CASOS DO ESTADO PERCUTÂNEA

VINICIUS ANGELO ASTOLPHO, PRISCILA CABRAL GOMES COELHO LIMA, DAVI MUZI RIOS, RODOLFO COSTA SYLVESTRE, VINICIUS ANGELO
RODOLFO COSTA SYLVESTRE, DAVI MUZI RIOS, RENATO GIESTAS SERPA E ASTOLPHO, PRISCILA CABRAL GOMES COELHO LIMA E ROBERTO RAMOS
ROBERTO RAMOS BARBOSA BARBOSA

HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA , VITÓRIA, ES, HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA, VITÓRIA, ES,
BRASIL. BRASIL.

INTRODUÇÃO: A estenose aórtica (EAo) degenerativa vem apresentando incidência INTRODUÇÃO. A perfuração de artéria coronária durante intervenção coronária
crescente em todo o mundo devido ao envelhecimento populacional. O implante de percutânea (ICP) é um evento incomum (0,43%), porém potencialmente grave.
valva aórtica transcateter (da sigla em inglês TAVI) representa uma excelente escolha Relatamos um caso de perfuração coronária na qual a indisponibilidade de stent
em pacientes com risco operatório proibitivo ou alto. Este trabalho visa relatar os recoberto exigiu a realização de uma técnica alternativa para tratamento da
primeiros implantes do dispositivo balão-expansível Myval® (Meril Life Sciences, complicação. RELATO DE CASO. Mulher de 83 anos referenciada para ICP de
Mumbai, Índia) no estado do Espírito Santo. RELATO DE CASO: Caso 1. Paciente lesão grave em artéria Descendente Anterior. Após implante de stent farmacológico
do sexo feminino, 83 anos, com doença renal crônica estágio III, doença pulmonar eluidor de Sirolimus, foi necessário pós-dilatação agressiva que culminou em
intersticial, hipotireoidismo, mortalidade perioperatória estimada em 10% pelo escore perfuração coronária tipo 2 de Ellis, refratária a dilatação prolongada de balão com
STS, apresentava EAo grave sintomática com área valvar aórtica indexada de 0,3 cm/ baixa pressão. Diante da indisponibilidade imediata de stent recoberto, foi realizada
m², velocidade máxima de fluxo 4,3 m/s e gradiente transvalvar médio de 60 mmHg. oclusão da perfuração com implante de stent convencional envolvido em malha
Submetida a TAVI no dia 27/05/2021 com prótese Myval 23mm através de acesso de politetrafluoretileno (PTFE) de um balão. A malha de PTFE foi amarrada em
transfemoral, com sedação consciente, anestesia local e ecocardiograma transtorácico suas extremidades ao stent utilizando-se fios de gaze (modelo ilustrado na figura).
intraprocedimento. Houve redução do gradiente para 4 mmHg, com discreto leak Conclusão. A perfuração de artéria coronária ocasiona elevado risco de tamponamento
paravalvar residual. Caso 2. Paciente do sexo masculino, 74 anos, insuficiência cardíaco e morte. Perfurações graves exigem implante de stent recoberto, muitas
cardíaca com fração de ejeção de 37%, doença pulmonar obstrutiva crônica grave, vezes indisponível. Descrevemos uma técnica alternativa e simples de tratamento, que
hipertensão arterial sistêmica e hipotireoidismo, com mortalidade perioperatória pode ser realizada com uso de PTFE de um balão amarrado sobre um stent coronário.
estimada em 2,3% pelo escore STS, apresentava EAo grave sintomática com área
valvar indexada 0,47 cm/m² e gradiente médio de 46 mmHg. Submetido a TAVI no dia
27/05/2021 com prótese Myval 26mm através de acesso transfemoral, com sedação
consciente, anestesia local e ecocardiograma transtorácico intraprocedimento. Houve
redução do gradiente para 3 mmHg, sem leak paravalvar. Ambos os pacientes
receberam alta hospitalar 48 horas após o procedimento, sem qualquer intercorrência.
DISCUSSÃO: Com experiência acumulada de quase 20 anos desde a primeira TAVI,
o aperfeiçoamento das técnicas e inovações tecnológicas permitiram grande evolução
no tratamento percutâneo da EAo. A prótese balão-expansível Myval representa uma
nova opção para o procedimento, mantendo a conhecida eficácia de próteses balão-
expansíveis e com grande facilidade técnica, além de dispor de maior variedade de
tamanhos. Tais características do dispositivo permitem maior precisão no implante e
maior individualização na escolha da prótese

4 Arq Bras Cardiol 2021 117(3 supl.2): 1-5


Resumos Temas Livres

64355 64356
MIOCARDITE GRAVE EM PACIENTE JOVEM: A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DE UM PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA NA DEFINIÇÃO TEMPORAL DO CORONÁRIA PERCUTÂNEA COM ALTA NO MESMO DIA
ACOMETIMENTO
CELSO LUIS ZAGOTTO TAMBARA, AYRTON TIRELO DE SOUZA, SUSANNE
GUIHERME RODRIGUES MOREIRA, GABRIELLA MARTINS CURCIO, AJURIMÁ AVELINO KAPITZKY, ANDRÉ LUIS LOPES COSTA, GABRIEL
ROBERTO RAMOS BARBOSA, RENATO GIESTAS SERPA, OSMAR ARAUJO MAGEVSKI GARCIA, VITOR MARTINELLI BATISTA ROLIM, OSMAR ARAUJO
CALIL E LUIZ FERNANDO MACHADO BARBOSA CALIL, RENATO GIESTAS SERPA, LUIZ FERNANDO MACHADO BARBOSA E
ROBERTO RAMOS BARBOSA
ESCOLA DE MEDICINA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA,
VITÓRIA, ES, BRASIL - HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDA DE VITÓRIA, VITÓRIA, ES,
VITÓRIA (HSCMV), VITÓRIA, ES, BRASIL. BRASIL.

INTRODUÇÃO: A miocardite é caracterizada por quadro clínico variado. Quadros graves e INTRODUÇÃO: Atualmente, a maioria dos procedimentos de intervenção coronária
agudos podem receber tratamento específico a depender da etiologia, porém a definição do percutânea (ICP) requer hospitalização. Com os avanços técnicos e melhores resultados,
tempo de evolução da doença é necessária. A ressonância magnética cardíaca (RMC) auxilia na protocolos de ICP com alta no mesmo dia começaram a surgir, porém ainda em pequena
confirmação diagnóstica e fornece dados diagnósticos e prognósticos importantes. DESCRIÇÃO escala no Brasil. O objetivo deste estudo foi avaliar a segurança do protocolo de alta
DO CASO: Paciente masculino, 21 anos, sem comorbidades. Admitido com quadro de insuficiência
no mesmo dia para pacientes eletivos e com rigorosa seleção, num serviço do ES
cardíaca aguda, perfil frio e congesto. Ecocardiograma evidenciou disfunção sistólica biventricular,
ventrículo esquerdo com hipertrofia excêntrica, hipocinesia difusa e fração de ejeção 24%. Evoluiu com elevado volume de procedimentos. MÉTODOS: Estudo prospectivo observacional
para franco baixo débito cardíaco nas primeiras 24 horas, com suporte inotrópico. Corticoterapia realizado de julho/2020 a junho/2021, que incluiu pacientes eletivos ambulatoriais não
foi aventada pela equipe médica, porém optou-se por aguardar definição diagnóstica. Após 44 dias complicados, elegíveis para o protocolo de ICP com alta no mesmo dia. Critérios de
de internação e estabilização clínica com otimização medicamentosa, foi possível a realização da inclusão foram idade menor que 65 anos, ausência de diabetes ou insuficiência renal,
RMC. As imagens foram compatíveis com miocardite em fase subaguda uso de 1 ou 2 stents em lesões não-complexas, acesso transradial, volume reduzido de
contraste e boa compreensão das orientações pelo paciente e familiares. O seguimento
clínico dos pacientes ocorreu até o sétimo dia pós-procedimento, através de ligação
telefônica. Os desfechos de segurança foram quaisquer complicações relacionadas ao
procedimento, especialmente as cardíacas e aquelas relacionadas ao sítio de punção.
Foi avaliado o grau de satisfação do paciente com o protocolo adotado, utilizando-se
questionário objetivo com pontuações de 0 a 10 para praticidade, conforto, segurança
e confiança. RESULTADOS: Dentro de um volume total de 715 pacientes submetidos a
procedimentos coronários no período, 181 procedimentos (25,3%) foram ICPs eletivas, e
16 destes pacientes (8,8%) foram incluídos no protocolo de alta no mesmo dia. Nenhum
(Figura. A - Realce tardio com padrão de acometimento mesocárdico (setas amarelas); B - Mapas deles apresentou qualquer evento adverso ou complicação, nenhum necessitou de
paramétricos de T2 compatíveis com fibrose miocárdica). No dia em que receberia alta hospitalar, avaliação médica em pronto-socorro e 100% dos pacientes apresentaram alto grau de
o paciente apresentou parada cardiorrespiratória (PCR) em fibrilação ventricular, reanimado satisfação, respondendo pontuação 10 para todos os itens do questionário (praticidade,
com sucesso durante 25 minutos. Após retorno da circulação espontânea, apresentou choque
conforto, segurança e confiança). CONCLUSÃO: O protocolo de ICP com alta hospitalar
cardiogênico refratário, com necessidade de dispositivo de assistência ventricular INCOR® (Berlin
Heart GmbH, Berlim, Alemanha). Evoluiu para assistolia e óbito 10 horas após a primeira PCR. no mesmo dia foi utilizado em uma parcela pequena de pacientes, tendo em vista o
Conclusão: O caso demonstra a malignidade e imprevisibilidade da miocardite. A corticoterapia rigoroso critério de inclusão. Observou-se elevada segurança com o uso do protocolo
pode acarretar riscos maiores caso a miocardite não seja definitivamente aguda, e a RMC oferece neste cenário, com nenhuma complicação de qualquer natureza e elevado grau de
grande contribuição para a tomada de decisões, a partir da definição do tempo de evolução da satisfação. Protocolos de hospital-dia são uma realidade para ICP, sendo possível sua
doença. implementação rotineira no Brasil, especialmente durante a pandemia e em serviços
experientes.

64357
AVALIAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS
COM DOR TORÁCICA EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DA GRANDE VITÓRIA'

THIERRY C PINTO, GABRIELA P SIQUEIRA, ANA B S BARBOSA E ROBERTO


R BARBOSA

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA


DE, VITÓRIA, ES, BRASIL - HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE
VITÓRIA, VITÓRIA, ES, BRASIL.

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares possuem grande incidência na


população brasileira e representam a principal causa de morte. A dor torácica é
a principal manifestação clínica síndrome coronariana aguda (SCA), podendo se
apresentar de diversas formas, tornando-se um desafio para o manejo clínico e
diagnóstico. O presente trabalho tem como objetivo avaliar aspectos epidemiológicos
de pacientes admitidos em um serviço de referência cardiológica com queixa de dor
torácica. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo que incluiu todos os pacientes
admitidos com queixa de dor torácica em uma instituição referência do SUS para
emergências cardiovasculares na Grande Vitória, entre julho e dezembro de 2019.
As variáveis clínicas analisadas foram sexo, idade e fatores de risco cardiovascular.
O desfecho principal foi o diagnóstico síndrome coronariana aguda (SCA). Os grupos
SCA e não-SCA foram comparados quanto às características clínicas. RESULTADOS:
Foram incluídos 232 pacientes com dor torácica, sendo que 71 (30,6%) tiveram o
diagnóstico confirmado de SCA na avaliação na emergência. 125 (53,9%) eram
hipertensos, 52 (22,4%) diabéticos, 32 (13,8%) dislipidêmicos e 31 (13,4%) tabagistas.
A média de idade foi de 64,4 ± 12 anos no grupo SCA versus 52,9 ± 18 anos no
grupo não-SCA (p=0,0001). Eram do sexo masculino 45 pacientes do grupo SCA
(63,3%) versus 64 no grupo não-SCA (39,7%) (p=0,0008). Apresentavam algum fator
de risco 62 pacientes do grupo SCA (87,3%) versus 105 no grupo não-SCA (65,2%)
(p=0,0005). A prevalência de hipertensão em cada grupo foi de, respectivamente,
66,2% versus 48,4% (p=0,012), e de diabetes foi de 29,6% versus 19,2% (p=0,08).
CONCLUSÃO: Num serviço de referência, o diagnóstico de SCA foi confirmado
em aproximadamente um terço dos pacientes com dor torácica. O grupo com SCA
confirmada na avaliação médica na emergência apresentou idade mais avançada,
maior frequência de indivíduos do sexo masculino e maior prevalência de fatores
de risco cardiovascular, principalmente hipertensão. Para a estratificação de risco
de pacientes com dor torácica na emergência, o conhecimento do perfil clínico dos
pacientes atendidos é fundamental.

Arq Bras Cardiol 2021 117(3 supl.2): 1-5 5


ÍNDICE REMISSIVO
POR AUTOR E Nº DO TEMA

A D
Alex Gomes Rodrigues 64312
Dafne Carolina Alvarenga 64307

Aloyr Goncalves Simoes Junior 64337


Danni Ellen Knack Nascimento 64312
Ana B S Barbosa 64357
Davi Muzi Rios 64353, 64354
Ana Carolina Lopes Aaujo 64098

Ana Cristina Silva Rebelo 64339 E


Ana Luisa Alvarenga Dias 64335
Eduardo Gietas Serpa 64337
Andre Elias Ribeiro 64307, 64309

André Luis Lopes Costa 64356 F


Andres Felipe Valencia Rendon 64214
Fabricio Sarmento Vassallo 64337

Annelise Cisari Costanza 64291

Ariel Ivan Mena Amaluiza 64295 G


Ayrton Tirelo De Souza 64337, 64356 Gabriel Magevski Garcia 64356

B Gabriel Oliveira Souza 64098, 64339

Gabriela De Oliveira Teles


Bruno Costanza Cisari 64291
Gabriela P Siqueira 64357

C
Gabriella Martins Curcio 64355
Caio Guimares Araujo 64351
Guiherme Rodrigues Moreira 64355
Caique Nunes Moreira 64307
Guilherme Dutra Dos Santos 64214
Carini Silva Da Silva 64339

Carla Resende Vaz Oliveira 64307


H
Carlos Alexandre Volponi Lovatto 64337
Hermes Carloni Araujo 64337
Carolina Monte Santo Burdman Pereira 64307

Celia Regina Trindade 64335 I


Celso Luis Zagotto Tambara 64356 Isabela Bahia Ferreira 64291
J N
Naiany Silva Pereira 64339
Jimmy Gancino Mejia 64295 Nara Cristina De Paula 64338
Neusa De Fatima Luciano Guiomar 64295
Jordana Campos Martins De Oliveira 64339
Noemi Rocio Andrade Alban 64295

Julia Assad Tres Henriques 64337


O
Osmar Araujo Calil 64335, 64337, 64351, 64355, 64356
L
P
Larissa Barros Assumpção Rabelo 64309 Patrick Pertel Capatto 64312
Pedro Caetano De Oliveira Miranda 64098
Larisse Vieira Balla 64335
Priscila Cabral Gomes Coelho Lima 64353, 64354
Letícia Pereira Ezequiel 64338
R
Luca Costanza Cisari 64291 Raquel Almeida Crespo 64214
Rayana Moreira Saloio 64309
Lucas Spelta Gomes 64335
Rebeca Silva Moreira Da Fraga 64351

Luiz Fernando De Souza Andrade 64338 Renato Giestas Serpa 64337, 64353, 64355, 64356
Roberto Ramos Barbosa 64335, 64351, 64353, 64354
Luiz Fernando Machado Barbosa 64337, 64355, 64356 64355, 64356, 64357
Rodolfo Costa Sylvestre 64351, 64353, 64354
Luiz Fernando Martins De Souza Filho 64339

S
M Stella Mariana Ferreira Giolo 64321, 64322
Susanne Ajurimá Avelino Kapitzky 64356
Marcelo Rodrigues Do Nascimento 64338

Marcos Merula De Almeida 64295


T
Thamires Macedo Durans 64309

Maria Clara Bernardino Sampaio 64307 Thierry C Pinto 64357

Maria Luisa Motta Santos 64338 V


Vincius Louback Baldon 64337
Maria Sebastiana Silva 64339
Vinicius Angelo Astolpho 64353, 64354

Mariane Barros Ribeiro Campos 64309 Vinícius Guedes Giles 64312


Vitor Alves Marques 64339
Marianna Ramalho De Sousa 64307, 64309 Vitor Martinelli Batista Rolim 64356
Vitória Fedeszen Mozdzen 64312
Marina Maria De Souza Martins 64338

Mateus Oliveira Potratz 64351


W
Wendy Mireya Rojas Bodero 64295
Wilgner Ricardo Rail Silva 64098

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