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Educação Literária Cantiga de Amo Com Correção
Educação Literária Cantiga de Amo Com Correção
º ano)
MPAG12DP
Notas
1 6
avém (aviir) – advir, suceder, acontecer. nem hei en sabor – ou tenho prazer nisso (em vê-la), ou seja, enquanto
2
rem (em frases negativas) – nada. lhe esconder também isto.
3 7
Ca – pois, porque. mentre – enquanto.
4 8
negar – esconder. pois – depois.
5 9
ca – que. en – disso, disto (das duas hipóteses).
Marca a página 12 Fichas por domínio – Educação Literária (10.º ano)
1. Atenta nos versos 1 a 4. Refere a aspiração que o sujeito poético apresenta em relação à sua “senhor”.
1.1. Clarifica o motivo que o impede de concretizar o que deseja, considerando os versos 5 a 8.
2. Interpreta o efeito de sentido da interrogação “E que farei?” (verso 8), considerando o contexto em que surge.
3. Na terceira estrofe, o “eu” avalia a pertinência das suas ações em relação à sua “senhor”. Justifica esta
afirmação, fundamentando a tua resposta com um aspeto textual pertinente.
4. Relaciona o sentido dos versos 23 e 24 com as orações subordinadas condicionais da última cobla.
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Uma das características temáticas que justificam a inclusão do poema transcrito no género das cantigas de
amor é a , que, na última estrofe, é acentuada pela pontuação expressiva. A nível formal, trata-
-se de uma cantiga de .
Soluções
10.º ano
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
1.1. O medo (“pavor”) é o que impede o sujeito poético de concretizar o que deseja em relação à sua amada, confessando que,
sempre que está com ela, não tem a ousadia de dizer o que pensa e sente, para não a desiludir, para não lhe causar “ pesar”
(sofrimento).
2. Perante a incapacidade de confidenciar à sua amada o que sente por ela, a interrogação sublinha a dúvida e a inquietação do
sujeito poético, uma vez que, caso se cale (“Se me calar”), poderá continuar a vê-la, escondendo-lhe o prazer que tem com isso.
3. O sujeito poético avalia a pertinência das suas ações, visível na interrogação (“Pero que val?”). De facto, dominado pela dúvida,
que o perturba, questiona-se se valerá a pena ou não confessar o que sente, concluindo que, se persistir nesta ação, irá desesperar.
4. Os versos finais concluem o sentido do poema, porque apresentam a decisão final do “eu” em relação às dúvidas que surgem ao
longo da composição poética e que as orações subordinadas condicionais da última cobla recuperam: independentemente de falar
(“Se lho disser”) ou de calar (“se lho nom dig”), ele sofrerá. Por isso, decide que o melhor será falar “por morrer”.
5. (B)
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