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Maio 2020
Moeda e Política Monetária
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Moeda e Política Monetária
Resumo
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ÍNDICE
Resumo........................................................................................................... 2
Introdução ....................................................................................................... 4
Definição e Função da moeda ........................................................................ 5
Tipos de Moeda .............................................................................................. 6
Moeda e Financiamento da atividade económica ........................................... 9
Intermediários Financeiros ............................................................................ 11
Política Monetaria ......................................................................................... 12
Taxas de Juro ............................................................................................... 14
Estabilidade de Preços ................................................................................. 17
Análise económica e análise monetária ........................................................ 19
Conclusão ..................................................................................................... 21
Bibliografia / Webgrafia ................................................................................. 23
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Introdução
Nos próximos pontos vamos começar por abordar a definição da moeda e das
funções que ela pode desempenhar nas sociedades atuais, seguindo-se uma breve
análise do papel da moeda e das vias de financiamento do investimento da economia e
a apresentação do sistema de intermediários financeiros. Numa segunda fase, iremos
abordar a política monetária, as taxas de juro e a análise económica e monetária.
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Definição e funções da moeda
Ao longo da história, as definições e o papel que a moeda tem desempenhado
têm refletido a própria evolução das sociedades humanas.
Nas sociedades mais antigas o mercado surge com a troca direta de bens – um
animal em troca de um saco de cereais, um vaso de barro em troca de uma peça de
tecido, … que naturalmente, se tornou impraticável quando a produção aumentou e o
mercado se alargou. Após esta situação, foi necessário recorrer a um instrumento para
o mercado funcionar sem qualquer prejuízo para nenhuma das partes: a moeda.
Em 1999 que foi criada essa moeda, o euro, mas a sua emissão só começou a
partir de 2002, passando a ser utilizada pelos países que tinham aderido à União
Europeia e assim o escudo passou a ser extinto.
Com esta troca, o Banco de Portugal deixou de poder emitir moeda passando
esse encargo para o Banco Central Europeu (BCE) e assim 1€ passa a corresponder a
200,482 escudos.
A adesão de Portugal na União Europeia na Zona Euro foi bastante vantajosa pois
fez com que a nossa economia melhorasse consideravelmente e consequentemente
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melhorasse a qualidade de vida da população portuguesa, mas em contrapartida, fez
com que houvesse um aumento do custo de vida.
Tipos de Moeda
• Moeda-mercadoria
Figura 1 – moeda-mercadoria
• Moeda-metálica
Após alguns anos das trocas comerciais serem feitas através da moeda-mercadoria
houve a necessidade de introduzir outros tipos de moeda como moeda-metálica. Esta,
foi produzida para padronizar as transações. Para esta conceção, recorreram ao ouro e
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á prata, pois eram muito raros ou escassos, tinham grande facilidade de transporte
devido ao seu tamanho apesar de grande valor, em termos de divisão não perdia valor
e não se alterava com o tempo e o uso.
Figura 2 – moeda-metálica
• Moeda de papel
A moeda de papel deixa de ser procurada pelo seu valor próprio (o papel em si nada
vale…) mas sim pela possibilidade de ser trocada pelos bens que desejamos, reforçando
as possibilidades de transporte pois é mais leve e o desfasamento no tempo das
transações com novas formas de poupança. Esta, assume a mesma função da moeda
metálica, mas com características melhores pois é ainda mais leve e tem um valor
superior.
Dada esta situação, esta sofreu bastantes mutações, começando pela moeda
representativa, passando pela moeda fiduciária e chagando então ao Papel-moeda,
que atualmente é muito utilizada por todos nós.
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A moeda representativa, era de papel e tinha características próprias pois tinha
uma cobertura em ouro a 100%. O valor dela era igual ao valor dos depósitos em ouro
pois era transformável a qualquer momento.
A última alteração foi a papel-moeda, que é utilizada por todos nós nos dias de
hoje. Com esta atualização, esta passa a ser de uso forçado e não se pode converter,
como ocorria nas anteriores. A emissão é feita através do Banco Central, mas é
controlada pelas autoridades monetárias.
Figura 3 – Papel-moeda
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funções especificas que desempenha assim como pelo papel institucional que continua
a ter numa base de garantia e confiança dos agentes económicos que atuam no sistema.
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capacidade e a necessidade de financiamento do investimento que se deseja realizar,
pode levantar algumas questões.
2012 10,2
2013 9,7
2014 6,9
2015 7,1
2016 7,1
2017 6,8
2018 Pro7,1
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Assim, a generalidade do financiamento de forma indireta, através da
intervenção dos intermediários financeiros que contribuem para uma maior eficiência
de todo o sistema, permitindo uma melhor gestão dos riscos e a canalização das
poupanças (de um ou mais agentes financiadores) para os investimentos que outros
pretendem realizar.
Intermediários financeiros
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Os intermediários financeiros não são todos do mesmo tipo e há que distinguir os dois
grupos fundamentais:
Política Monetária
O Banco de Portugal (BdP) foi criado por decreto em 1846, a partir de um banco
comercial (o banco de Lisboa, fundado em 1821) que se fundiu com a companhia de
confiança nacional. Desde a sua criação o banco de Portugal passou a ter um monopólio
da emissão de notas (monopólio que só começou a exercer em 1891).
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A política monetária é o instrumento de política económica responsável pela
quantidade de moeda em circulação, de crédito e das taxas de juro, controlando a
liquidez global do sistema económico.
O banco central europeu (BCE) e os bancos centrais europeus da zona euro, nos
quais estão incluídos o Banco de Portugal (BdP) constituem o Eurosistema. Este, o
Eurosistema, é o organismo com autoridade e está responsável pela implementação das
políticas monetárias de todos países da zona euro.
A oferta da moeda acontece a partir da liquidez dos ativos, ou seja, onde bens e
serviços são oferecidos e trocados por dinheiro, sendo sempre maior quando a
economia está mais saudável.
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Na política monetária expansionista, o Banco Central aumenta a oferta da moeda
ao país e diminui as taxas de juros com o objetivo de crescer a economia e a expansão
do consumo. Com o objetivo concluído, a procura dos bens e serviços aumenta e com
as taxas de juro mais baixas, as empresas contraem mais empréstimos para assegurar a
procura. Se a oferta não for toda correspondida ocorre um aumento na inflação. Se a
oferta não for toda atendida, ocorre um aumento dos preços, ou seja, um aumento na
inflação.
Taxas de juro
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Nas operações de refinanciamento de prazo alargado, o objetivo é ceder liquidez à
maior parte do sistema financeiro por um prazo mais longo com uma frequência mensal
(3 meses) através de leilões realizados pelos bancos centrais nacionais.
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Estas taxas de juro, têm um papel decisivo na formação nas de curto prazo, como a
EURIBOR, a €STR e a EONIA.
EURIBOR
As taxas EURIBOR (Euro Interbank Offered Rate) são as taxas de juro para prazos
compreendidos entre uma semana e um ano. Estas são uma referência para os créditos
habitação com taxa de juro variável. Se esta taxa baixar, a prestação do crédito
habitação será mais baixa, ficando o rendimento do cliente mais alto e
consequentemente este terá mais para gastar no consumo.
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€STR
A €STR (Euro Short Term Rate) é uma taxa de juro de referência do mercado
monetário do euro e é considerada uma taxa de juro sem risco.
EONIA
A EONIA (Euro Overnight Index Average), é uma taxa de juro que vai ser suspensa
no final de 2021, tomando o seu lugar a taxa €STR.
Esta, resulta da média das taxas de juro efetivas das operações de concessão de crédito
sem garantia efetuadas no mercado interbancário do euro fora de horas, até 30 de
setembro de 2019.
Por vezes, quando as decisões de taxas de juro não são suficientes para atingir o
objetivo primordial de estabilidade de preços, é necessário o Eurosistema definir e
implementar medidas não convencionais de política monetária, como por exemplo os
programas de compra de ativos.
Estabilidade de preços
Para atingir a estabilidade de preços é necessário controlar das taxas de juro. Para
tal, o Conselho do BCE é que define as taxas de juro oficiais do Eurosistema, isto é, as
taxas de juro a que o Eurosistema vai ceder liquidez ao aos bancos e também recebe
liquidez do sistema bancário. Para tal, o Eurosistema utiliza os instrumentos de mercado
aberto, as capacidades permanentes e a imposição às instituições de crédito de
constituição de reservas mínimas.
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O Conselho do Banco Central Europeu determinou a estabilidade de preços como
um aumento equivalente do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) para
a área do euro inferior a 2%.
Estes 2%, proporcionam uma margem de segurança suficiente contra a deflação, isto
é, contra a descida universalizada dos preços e assim será considerada prejudicial para
o bem-estar dos cidadãos. Esta margem é igualmente importante para acomodar
diferenciais de inflação dentro da área do euro, bem como eventuais desfasamentos no
cálculo do IHPC.
Para tomar decisões de política monetária, o Conselho do BCE tem em conta duas
componentes da denominada “estratégia de política monetária” que são:
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A alteração das taxas de juro oficiais, dependem das decisões de política
monetária ao nível dos preços e assim são formados pela cadeia de causa e efeito.
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complementar, numa perspetiva de médio e longo prazo, as indicações de curto e
médio prazo fornecidas pela análise económica.
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Conclusão
Com a realização deste trabalho, aperfeiçoamos os conhecimentos da Moeda e
Política Monetária. Inicialmente, as trocas comerciais eram transacionadas através da
troca de mercadorias, mas foi necessário introduzir uma ferramenta importante para
que não prejudicar nenhuma das partes intervenientes nas trocas comerciais, a moeda.
Esta, sofreu ao longo dos tempos algumas mudanças, começando pelas moeda-
mercadoria, passando para a moeda-metálica, a moeda-papel e a moeda escritural/
bancária que ainda se encontra em curso.
O conselho do BCE decide com base numa análise económica e monetária, qual
o nível das taxas de juro do curto prazo necessário para manter a estabilidade de preços
e desta forma procura influenciar as condições no mercado monetário e as taxas de juro
praticadas pelos bancos nos depósitos e nas operações de crédito. Para tal, os bancos
centrais do Eurosistema, tem à sua disposição um conjunto de instrumentos para ceder
ou absorver liquidez do sistema financeiro, como por exemplo, o caso das operações de
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mercado aberto, das facilidades permanentes de depósito e de cedência das reservas
mínimas obrigatórias.
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Bibliografia / Webgrafia
• https://www.bportugal.pt/page/o-que-e-e-como-funciona?mlid=878
• https://economipedia.com/definiciones/politica-monetaria.html
• https://enciclopediaeconomica.com/politica-monetaria/
• https://www.bportugal.pt/page/taxas-de-juro-oficiais-do-eurosistema-pol-
mon?mlid=1046
• https://www.bportugal.pt/page/sistemas-de-informacao-pol-
mon?mlid=884
• https://www.bportugal.pt/page/programas-de-compra-de-ativos-do-
eurosistema-pol-mon?mlid=887
• https://www.researchgate.net/publication/320536322_Macroeconomia_T
eoria_e_Pratica_Simplificada
• https://dhg1h5j42swfq.cloudfront.net/2016/01/13084224/Intro_%C3%A0_
Macro.pdf
• https://pt.scribd.com/doc/94127415/introducao-a-macroeconomia-resumo
• Joseph E. Stiglitz e Carl E. Walsh, Joseph E. Stiglitz e Carl E. Walsh, (2003),
Introdução à Macroeconomia (3ª Edição), Lisboa Editora Campus
• Louçã, Francisco; Amaral, João Ferreira do; Ferreira, Cândida;
Santos, Susana; Fontaínha, Elsa e Caetano, Gonçalo (2007), Introdução à
Macroeconomia, Escolar Editora
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