•
Teoria
relacional
e
da
perspec3va
temporal
•
Teoria
atribucional
•
Teoria
da
avaliação
cogni3va
•
Teoria
da
auto-‐eficácia
•
Concepções
pessoais
de
inteligência
Bibliografia
Fontaine,
A.
M.
(2005).
Mo0vação
em
contexto
escolar.
Lisboa:
Universidade
Aberta
(pp.
47-‐134).
Reeve,
J.
(2009).
Understanding
mo0va0on
and
emo0on.
Hoboken:
Wiley.
Docente:
Joana
Cabral
Joana.cabral@ulp.pt
Síntese e análise crítica – Teoria da motivação para a realização
A
teoria
da
moIvação
para
a
realização
tem
como
grandes
contributos:
O
reconhecimento
da
mo3vação
como
decorrente
da
procura
proac3va
da
concre3zação
de
objec3vos,
ultrapassando
as
perspec3vas
homeostá3cas
e
mecanicistas
centradas
na
tenta3va
de
resolver
a
tensão
e
desequilíbrio,
e
reconhecendo
o
papel
ac3vo
do
indivíduo
Reconhecem
e
dão
ainda
destaque
aos
aspectos
cogni3vos
e,
principalmente,
aos
afec3vos
Teoria
menos
focada
em
explicações
universalistas
-‐
procura
analisar
e
compreender
diferenças
individuais
Contudo,
está
ainda
muito
focada
nos
factores
que
regem
o
comportamento
no
aqui
e
agora
–
focada
numa
situação
de
realização
concreta
–
dando
ainda
pouca
(embora
dê
alguma)
importância
aos
factores
e
influências
do
passado
e
à
influência
das
perspec3vas
acerca
do
futuro.
Teoria relacional e da perspectiva temporal
NuOn
(1980
cit.
in
Fontaine,
2005),
na
linha
da
teoria
do
espaço
vital
de
Lewin
-‐
importância
de
compreender
a
mo3vação
no
contexto
amplo
das
relações
do
indivíduo
com
o
meio,
defendendo
que
a
mo3vação
só
pode
ser
compreendida
percebendo
o
contexto
de
vida
de
cada
sujeito
e
a
relação
que
estabelece
com
este.
Outro
dos
pressupostos
desta
teoria
é
a
de
que
as
necessidades
psicológicas
e
sociais
são
necessidades
fundamentais
ou
“primárias”
-‐
reflexo
da
natureza
inerentemente
relacional
do
ser
humano
e
da
importância
destas
relações
para
a
sobrevivência.
Mais
ainda
o
ser
humano
é
movido
pela
“necessidade
fundamental”
de
“auto-‐realização”,
cuja
via
privilegiada
de
concre3zação
é
o
relacionamento
com
o
mundo.
Teoria relacional e da perspectiva temporal
NuOn
e
a
sua
teoria
relacional
vem
ainda
dar
destaque
à
importância
dos
objec3vos,
definidos
para
sa3sfazer
necessidades,
e
dos
projectos
pessoais
construídos
para
os
alcançar
(aos
objecIvos)
Os
conceitos
de
objec3vos
e
projectos
pessoais
-‐
mobilizam
o
comportamento
e
estão
na
base
da
mo3vação
-‐,
vêm
dar
destaque
à
natureza
iminentemente
individualizada
e
pessoal
da
experiência
mo3vacional,
chamando
ainda
a
atenção
para
a
importância
da
mo3vação
intrínseca
Esta
teoria
introduz
ainda
a
dimensão
temporal
da
mo3vação,
defendendo
que
a
complexidade
do
funcionamento
humano
depende
não
apenas
do
aqui
e
agora
mas
do
passado
e
também
da
capacidade
de
se
projectar
no
futuro
–
esta
capacidade
de
se
projectar
no
futuro
está
na
base
do
estabelecimento
dos
objec3vos
e
projectos
que,
por
sua
vez,
estão
na
base
da
mo3vação.
Teoria relacional e da perspectiva temporal
A
teoria
relacional
de
Nu_n
veio
a
inspirar
a
uma
linha
de
inves3gação
centrada
na
perspec3va
temporal
de
futuro
que
procura
perceber
a
função
mo3vacional
dos
objec3vos
de
médio
e
de
longo
prazo
e
as
dinâmicas
inerentes
às
flutuações
na
hierarquia
e
importância
destes
objec3vos
ao
longo
da
vida.
Como
exemplo
concreto
dos
pressupostos
da
teoria
relacional
de
Nu_n
e
da
importância
da
perspec3va
temporal,
podemos
considerar
a
maior
persistência
e
melhores
resultados
que
tendem
a
verificar-‐se
entre
estudantes
focados
em
objec3vos
e
projectos
pessoais
futuros
de
médio
e
longo
prazo
–
estudo
como
um
meio
fundamental
para
a
concre3zação
dos
projectos.
Serão
evidentes
os
contributos
desta
teoria
e
da
perspecIva
temporal
de
futuro
para
as
teorias
mo3vacionais
que
se
seguem...
Teoria atribucional
O
pressuposto
de
base
é
o
de
que
os
seres
humanos
têm
necessidade
constante
de
“controlar
e
compreender
a
realidade,
o
meio
no
qual
vivem
(...)”
tendo
dificuldade
em
viver
num
ambiente
percebido
como
“completamente
aleatório”
(Fontaine,
2005,
p.
77)...
Por
outras
palavras,
têm
necessidade
de
construir
teorias
explica3vas
acerca
dos
acontecimentos,
com
o
objec3vo
de
os
compreender
e
prever
ou
controlar
e
de
orientar
o
comportamento
em
conformidade.
Weiner
(1984,
1992
cit.
in
Fontaine,
2005),
coloca
as
cognições
no
centro
do
processo
mo3vacional
-‐
mais
concretamente,
dá
lugar
de
destaque
às
atribuições
causais,
resultantes
da
representação
dos
acontecimentos
e
as
suas
causas.
Teoria atribucional
Esta
teoria
procura
então
sistema3zar
as
atribuições
ou
a
forma
como
os
sujeitos
explicam
os
acontecimentos,
nomeadamente
os
resultados
ob3dos,
tentando
ainda
compreender
o
impacto
(emocional,
cogni3vo,
mo3vacional)
diferencial
destas
atribuições.
Weiner
idenIfica
3
principais
dimensões
ou
critérios
subjacentes
às
atribuições
causais:
Locus
Estabilidade
Controlabilidade
Estes
critérios
são
então
usados
para
atribuir
significado
aos
resultados
ob3dos
e
ao
sucesso
e/ou
insucesso.
Teoria atribucional Re3rado
de
Fontaine
(2005)
Teoria atribucional
Os
padrões
ou
es3los
atribucionais
individuais
são
vistos
como
modos
rela3vamente
estáveis
de
ler
e
atribuir
significado
aos
acontecimentos,
embora
possam
variar
em
função,
por
exemplo,
da
dificuldade
da
tarefa
e
da
a
frequência
do
acontecimento
(experiência
anterior)
A
configuração
das
teorias
atribucionais
tem
consequências
emocionais
e
para
a
mo3vação
e
realização
em
si
mesma
Quanto
mais
internas,
estáveis
e
globais
são
as
atribuições
face
ao
insucesso,
maior
a
culpabilidade,
vergonha,
maior
o
comprome3mento
das
expecta3vas
e
percepções
de
eficácia
-‐>
tendência
para
o
desânimo,
menor
o
inves3mento
e
empenho
(menor
a
moIvação)
-‐>
menor
o
desempenho
(notas
mais
baixas).
Não
obstante,
há
uma
grande
variabilidade
de
configurações
nos
padrões
atribucionais
face
ao
sucesso
e
insucesso
–
o
impacto
das
atribuições
internas
e
externas,
estáveis
ou
instáveis
e
controláveis
ou
incontroláveis,
não
é
linear,
mas
antes
depende
da
situação
a
que
são
aplicadas
e
da
consistência
e
coerência
com
que
são
adoptadas
Teoria atribucional Re+rado
de
Fontaine
(2005)
Teoria atribucional
Re+rado
de
Fontaine
(2005)
Inicialmente
o
padrão
“es3mulante”
foi
apontado
como
mais
comum
entre
os
melhores
alunos
e
o
“debilitante”
entre
os
alunos
com
pior
desempenho...
...
não
obstante,
estudos
têm
contrariado
esta
linearidade,
demonstrando
que
alguns
bons
alunos
adoptam
um
padrão
“debilitante”,
apesar
da
sua
história
e
experiência
de
sucessos,
revelando
uma
preocupação
constante
com
a
possibilidade
de
fracasso
–
apesar
de
manterem
níveis
elevados
de
desempenho,
estes
são
acompanhados
de
custos
para
o
seu
bem-‐estar
emocional
e
psicológico
(Ver
Fontaine,
pp.
93-‐94).
Valorização
social
da
“internalidade”
(Ver
Fontaine,
p.
94)
Teoria atribucional
Os
padrões
atribucionais
nem
sempre
são
usados
de
forma
coerente
e
consistente
em
todas
as
situações
–
muitas
vezes
verifica-‐se
uma
“discrepância
níIda”...
...
como
é
o
caso
do
“viés
auto-‐protector”
–
atribuições
internas
e/ou
estáveis
aos
sucessos
e
externas
e/ou
instáveis
aos
insucessos
–
tendência
“hedónica”
de
maximizar
as
emoções
posi3vas
associadas
ao
sucesso
e
minimizar
as
nega3vas
associadas
ao
fracasso
(Fontaine,
2005,
p.
92)
Desânimo
aprendido
–
percepção
de
incontrabilidade
e
não
con3ngência
entre
o
comportamento
e
os
acontecimentos
adversos
(consequência
da
repe3ção
experiências
nega3vas
de
natureza
incontrolável)
–
acompanhada
por
uma
tendência
para
atribuições
“internas,
estáveis
e
globais”
(Fontaine,
2005,
p.
89)
-‐>
consequências
emocionais
(tristeza
e
desânimo),
cogni3vas
(crenças
e
expectaIvas
negaIvas
acerca
de
si
próprio),
mo3vacionais
e
comportamentais
(tendência
para
a
passividade,
desinves3mento,
evitamento)
Qual
é
então
o
melhor
padrão
atribucional?
O
flexível
e
não
baseado
em
atribuições
rígidas
-‐
capaz
de
considerar
a
variabilidade
e
complexidade
das
situações
e
acontecimentos
e
das
condições
e
factores
que
lhes
estão
associados.
Teoria da avaliação cognitiva
Também
conhecida
como
a
teoria
da
mo3vação
intrínseca
e
extrínseca
(Deci
&
Ryan,
1985
cit.
in
Fontaine,
2005)
Parte
da
premissa
de
que
os
seres
humanos
tem
como
necessidade
básica
e
fundamental
a
realização
pessoal
e
o
desenvolvimento
da
competência...
Mais
ainda,
defendem
que
esta
necessidade
é
acompanhada
pela
necessidade,
também
fundamental,
de
autodeterminação
e
que,
neste
senIdo,
as
ac3vidades
valorizadas
são
as
exercidas
no
contexto
desta
autodeterminação
e
do
princípio
da
decisão
livre
e
pessoal
Com
base
nestas
necessidades
os
seres
humanos
possuem
uma
“tendência”
ou
“desejo”
natural
para
aprender,
independentemente
das
pressões
externas,
e
procuram
de
forma
ac3va
e
espontânea
ac3vidades
desafiadoras
e
es3mulantes
Teoria da avaliação cognitiva
Ao
contrário
da
teoria
atribucional
mais
focada
no
impacto
das
experiências
passadas,
esta
teoria
é
focada
numa
avaliação
cogni3va
prospec3va
dos
benebcios
pessoais
e
valor
de
uma
acção
futura
ou
do
inves3mento
numa
tarefa
os
benebcios
percebidos
e
o
valor
atrac3vo
de
uma
tarefa
dependem
então
da
possibilidade
que
esta
oferece
de
exercício
da
competência,
autodeterminação,
da
possibilidade
de
contribuir
para
alcançar
outros
objec3vos
futuros
Assim,
nesta
teoria,
a
mo3vação
é
vista
como
decorrente
do
“desejo
de
mestria”,
necessidade
fundamental
ao
ser
humano.
Este
desejo
corresponde
ao
desejo
de
descobrir
o
mundo
e
de
descobrir-‐se
a
si
próprio,
sendo
a
aprendizagem
uns
dos
principais
processos
que
permite
esta
descoberta.
Por
este
moIvo,
se
nada
o
comprometer,
a
aprendizagem
é
regida
por
uma
mo3vação
intrínseca.
Teoria da avaliação cognitiva
Mo3vação
intrínseca
–
“tendência
inata
do
ser
humano
para
explorar
o
mundo
no
qual
vive”
de
modo
a
alcançar,
através
da
mestria,
“um
melhor
conhecimento
de
si
e
das
suas
potencialidades”;
corresponde
a
um
desejo
genuíno
de
aprender
pelo
simples
prazer
que
a
ac3vidade
proporciona
–
ac3vidade
que
tem
valor
por
si
própria
e
pelo
prazer
e
interesse
que
desperta;
mo3vação
universal
desde
que
não
comprome3da
Mo3vação
extrínseca
–
o
contrário
da
intrínseca,
orienta
para
a
realização
de
uma
tarefa
não
pelo
prazer
e
interesse
mas
pela
u3lidade
desta
para
a3ngir
um
objec3vo
ou
por
recompensas
ou
“pressões
externas,
directas
ou
indirectas”
(Fontaine,
2005,
p.
102)
–
sa3sfazer
exigências
dos
outros,
obter
uma
recompensa,
evitar
uma
punição,
concre3zar
um
objec3vo
de
longo
prazo
(e.g.,
mater
uma
média
para
aceder
ao
ensino
superior)
a
mo3vação
extrínseca
é
de
natureza
mais
instável
que
a
intrínseca.
Teoria da avaliação cognitiva Factores
que
es3mulam
a
mo3vação
intrínseca
A
tarefa
deve
ser
percepcionada
como:
capaz
de
permi3r
desenvolver
a
competência
pessoal
exercida
em
liberdade
de
escolha
proporcionadora
de
experiências
de
autonomia
e
autodeterminação
Influência
da
dificuldade
da
tarefa
–
as
tarefas
de
dificuldade
média
consItuem-‐se
como
desafios
e
es3mulantes
os
alunos
mo3vados
intrinsecamente
tendem
a
preferir
e
a
inves3r
mais
neste
3po
de
tarefas,
atribuíveis
a
causas
internas
e
controláveis
-‐>
possibilidade
do
exercício
de
mestria
e
efeito
reforçador
do
sen3do
de
competência
já
os
alunos
mo3vados
extrinsecamente
tendem
a
preferir
e
inves3r
mais
nas
tarefas
de
dificuldade
baixa
-‐>
maior
probabilidade
de
alcançar
objec3vo
instrumental
através
de
empenho
mínimo
e
menor
risco
de
insucesso
Nota
importante:
sendo
a
maior
parte
das
tarefas
académicas
de
dificuldade
média,
fica
clara
a
importância
de
manter
e
promover
a
mo3vação
intrínseca.
Teoria da avaliação cognitiva Factores
que
es3mulam
a
mo3vação
intrínseca
(cont.)
Experiências
de
sucessos
e
insucesso
actuam
como
veículos
de
feedback
acerca
da
competência
-‐>
aumento
vs.
diminuição
do
sen3do
de
competência
e
controle
da
situação,
da
percepção
de
mestria
e
da
possibilidade
de
exercício
da
autodeterminação)
-‐>
aumento
vs.
diminuição
da
mo3vação
intrínseca
vs.
extrínseca
Recompensas
e
punições
as
recompensas
são
parIcularmente
úteis
e
eficazes
quando
a
mo3vação
é
extrínseca
e/ou
os
níveis
de
mo3vação
intrínseca
são
baixos
já
quando
a
mo3vação
é
intrínseca
pode
ser
contraproducente
–
tornam
a
mo3vação
extrínseca
por
re3rarem
à
tarefa
a
componente
de
autodeterminação
e
escolha
própria
–
a
tarefa
torna-‐se
“imposta”
ou
regida
por
critérios
externos
ao
sujeito
Teoria da avaliação cognitiva Factores
que
es3mulam
a
mo3vação
intrínseca
(cont.)
Elogios
e
crí3cas
(feedback
professores)
se
interpretados
como
informa3vos
e
constru3vos
e
como
favorecedores
da
autodeterminação,
têm
efeito
posi3vo
se
interpretados
como
veículos
de
comparação
entre
alunos
ou
social,
produzem
um
efeito
deprecia3vo
sobre
a
mo3vação
intrínseca
e
es3mulam
a
mo3vação
extrínseca
depende
da
interpretação
do
aluno
e
de
se
a
sua
mo3vação
inicial
é
intrínseca
ou
extrínseca
Influência
do
contexto
de
aprendizagem
(e.g.,
clima
da
turma)
–
os
contextos
compe33vos,
focados
na
comparação
e
no
resultado
mais
do
que
na
tarefa
(aprendizagem),
são
fonte
de
pressões
externas
que
diminuem
o
interesse
genuíno
na
tarefa
de
aprendizagem
e,
consequentemente,
a
mo3vação
intrínseca
(comprometem
as
experiências
de
escolha,
controle,
autodeterminação
e
o
foco
na
mestria
e
competência
pessoal)
são
também
contextos
em
que
são
vivenciadas
emoções
de
vergonha
e
culpabilidade
face
ao
insucesso
e,
por
tudo
isto,
consequentemente,
mais
propensos
desistência
e
abandono.
Teoria da avaliação cognitiva Influência
da
mo3vação
intrínseca
e
extrínseca
na
realização
alunos
intrinsecamente
mo3vados
reIram
mais
prazer
das
tarefas
em
que
se
envolvem,
sendo
mais
ac3vos
e
capazes
de
auto-‐regular
o
seu
estudo
e
inves3mento
e
revelando
estratégias
mais
eficazes
de
aprendizagem,
tendem
ainda
a
ser
mais
atentos
e
persistentes...
...
revelam
níveis
superiores
de
percepção
de
competência
e
valor
pessoal
e
níveis
inferiores
de
ansiedade
face
à
avaliação
A
conjugação
destes
factores
e
a
relação
dinâmica
e
interdependente
entre
mo3vação,
autodeterminação
e
competência,
tende
a
resultar
em
níveis
superiores
de
desempenho.
Teoria da auto-eficácia
Também
conhecida
como
teoria
social
cogniIva
de
Bandura
(1989
cit.
in
Fontaine,
2005)
Postula
que
o
comportamento
humano
se
baseia
mais
sobre
as
crenças
construídas
acerca
dos
acontecimentos
do
que
na
análise
objec3va
da
realidade
(Fontaine,
2005),
mais
concretamente
que
a
realização
e
o
inves3mento
são
primordialmente
mo3vados
e
orientados
pelas
crenças
acerca
da
eficácia
pessoal
e
das
expecta3vas
rela3vas
à
relação
entre
uma
acção
e
um
resultado
Assenta
no
conceito
de
“agência
humana”
–
capacidade
individual
para
exercer
controle
sobre
si
próprio
–
i.e.,
sobre
os
seus
processos
cogni3vos,
emocionais
e
sobre
a
acção
–
e
sobre
o
meio
Considerando
que
“os
julgamentos
e
as
acções
são
parcialmente
autodeterminados,
as
pessoas
podem
provocar
mudanças
em
si
próprias
e
nas
situações
graças
aos
seu
próprio
esforço.”
(Bandura,
1989,
p.
1175
cit.
in
Fontaine,
2005)...
...
a
teoria
da
auto-‐eficácia
defende
que
a
crença
na
própria
capacidade
para
controlar
os
acontecimentos
futuros
é
o
“mecanismo
mo3vacional”
mais
poderoso
da
agência
pessoal
Teoria da auto-eficácia
A
agência
e
a
escolha
e
persistência
nos
comportamentos
orientados
para
objec3vos
depende
de
2
factores:
1) Expecta3vas
em
relação
aos
resultados
-‐
convicção
de
que
certas
acções
são
eficazes
para
a
concre3zação
de
determinados
objecIvos
–
representação
da
con3ngência
entre
acção
e
acontecimentos
2) Expecta3vas
ou
crenças
de
auto-‐eficácia
-‐
crenças
acerca
da
eficácia
pessoal
e/ou
percepção
da
capacidade
pessoal
para
realizar
uma
acção
e/ou
desencadear
e
executar
os
comportamentos
que
concre3zam
um
objec3vo
Sendo
que,
para
efeitos
mo3vacionais,
as
crenças
acerca
da
relação
con3ngente
entre
um
determinado
comportamento
e
um
determinado
resultado
são
inúteis
na
ausência
da
crença
da
eficácia
pessoal
para
realizar
a
acção
em
causa
-‐>
o
foco
da
teoria
e
o
principal
factor
mo3vacional
são
as
crenças
de
auto-‐eficácia
São
tão
mais
poderosas
quanto
mais
os
resultados
são
percebidos
como
dependentes
do
empenho
e
não
de
outros
factores
(e.g.,
circunstâncias)
Específicas
ou
globais
–
quanto
mais
específicas
maior
o
seu
impacto
da
mo3vação
e
realização
Teoria da auto-eficácia O
desenvolvimento
das
expecta3vas
de
auto-‐eficácia
Experiências
directas
e
concretas
de
realização
–
as
experiências
são
tão
mais
promotoras
das
expecta3vas
de
auto-‐eficácia
relaIvas
a
uma
tarefa
em
concreto
quanto
mais
próximas
forem
da
área
de
realização
específica
e
se
as
tarefas
e
experiências
forem
desafiadoras
(nível
de
dificuldade
médio)
-‐>
promotoras
do
sen3do
de
competência
Experiências
indirectas
ou
vicariantes
–
observar
(e/ou
imitar)
outros
a
desempenhar
com
sucesso
uma
tarefa
pode
também
ser
reforçador
as
expecta3vas
de
auto-‐eficácia,
embora
o
impacto
seja
menos
intenso
do
que
o
que
resulta
das
experiências
directas;
quanto
mais
relevante(s)
for(em)
o(s)
outros(s)
como
modelos
sociais,
quanto
mais
forem
percepcionados
como
competentes
e/ou
quanto
maior
a
percepção
de
semelhança
com
o
próprio,
maior
o
seu
impacto
do
desenvolvimento
das
expecta3vas
de
auto-‐eficácia
–
o
professor
e
colegas
como
modelos
Influência
da
cultura
–
culturas
em
que
a
avaliação
dos
outros
–
“figuras
de
autoridade”
-‐
é
Ida
como
mais
importante
do
que
a
própria
avaliação
e
experiência
pessoal,
mais
compe33vas
e
com
elevados
níveis
de
comparação
social,
são
menos
favorecedoras
das
expecta3vas
de
auto-‐eficácia.
Teoria da auto-eficácia Influência
na
realização
Alunos
com
níveis
superiores
de
expecta3vas
de
auto-‐eficácia
-‐>
melhores
resultados
escolares
e
maior
rapidez
na
resolução
das
tarefas,
contudo
esta
relação
não
é
automá3ca
e
linear,
mas
antes
mediada
por:
maior
persistência
e
inves3mento,
níveis
superiores
de
autoregulação
da
aprendizagem
(estratégias
de
aprendizagem
autoreguladas),
níveis
superiores
de
desenvolvimento
de
competências
(para
uma
revisão
ver
Fontaine,
2005)
Estas
expecta3vas
são
fundamentadas
na
percepção
pessoal
das
competências
e
nas
experiência
concretas
de
sucesso
ou
insucesso,
por
sua
vez,
associadas
a
uma
experiência
de
maior
ou
menor
controle,
bem
como
na
crença
de
que
o
esforço
tem
uma
relação
con3ngente
com
a
qualidade
do
desempenho...
...
não
obstante,
as
expecta3vas
de
auto-‐eficácia
serem
primordialmente
formadas
com
base
da
percepção
de
competência,
são
também
influenciadas
pelos
estados
emocionais
e
fisiológicos
–
humor
posi3vo
vs.
nega3vo,
experiência
de
bem-‐estar
vs.
mal-‐estar.
Teoria da auto-eficácia Influência
na
realização
–
estratégias
de
aprendizagem
autoregulada
As
expecta3vas
de
auto-‐eficácia
são
aplicadas
e
focadas
numa
perspec3va
temporal,
permiIndo
a
definição
de
objec3vos
futuros
de
médio
e
longo
prazo
–
teste
cogni3vo
e
simbólico
das
diferentes
estratégias
para
concre3zar
um
objec3vo
e
realizar
uma
tarefa
e
das
probabilidades
de
realização
bem
sucedida
tendo
um
efeito
promotor
no
desenvolvimento
das
estratégias
para
os
alcançar
-‐
>
orientam
para
o
inves3mento
em
estratégias
de
aprendizagem
autoregulada
Teoria da auto-eficácia Influência
na
realização
–
estratégias
de
aprendizagem
autoregulada
Estratégias
de
aprendizagem
autoregulada
–
correspondem
à
capacidade
de
regular
e
mobilizar
de
forma
autónoma,
pro-‐ac3va
e
espontânea
um
conjunto
de
recursos
e
acções
capazes
de
levar
à
concre3zação
de
um
objec3vo
–
e.g.,
concluir
uma
formação
superior,
concluir
com
sucesso
um
ano
curricular,
uma
UC:
estabelecimento
de
metas
planeamento
das
tarefas
e
gestão/organização
do
tempo
estratégias
de
resolução
de
problemas
monitorização
do
comportamento
uso
de
reforços
pessoais
(...)
O
efeito
da
profecia
auto-‐confirmada
–
resulta
da
relação
interdependente
entre
expecta3vas
de
auto-‐eficácia
–
estratégias
autoreguladas
de
aprendizagem
–
desenvolvimento
de
competência
e
resultados
–
esta
relação
poder
ser
no
sen3do
posi3vo/favorável
ou
nega3vo/desfavorável
Concepções pessoais de inteligência
Conceito
desenvolvido
no
âmbito
da
teoria
das
concepções
pessoas
de
inteligência
por
Dweck
(1999,
cit.
in
Fontaine,
2005)
Dizem
respeito
às
representações
pessoais
e
individualizadas
da
natureza
da
inteligência
–
teoria
centrado
no
self
-‐,
sendo
estas
baseadas
na
experiência
e
orientadoras
do
comportamento
e
inves3mento
futuro.
Estas
teorias
podem
ser
está3cas
ou
dinâmicas
e,
em
função
desta
sua
natureza,
têm
impactos
diferentes
para
a
realização
–
estão
associadas
a
diferentes
objec3vos
de
realização
(focados
na
aprendizagem
vs.
na
performance),
padrões
de
realização
(orientados
para
a
mestria
vs.
abandono)
e,
consequentemente
a
padrões
de
comportamento
dis3ntos
(VER
Fontaine,
2005,
pp.
135-‐152)
Concepções pessoais de inteligência Re0rado
de
Fontaine
(2005)
Concepções pessoais de inteligência Re0rado
de
Fontaine
(2005)
Concepções pessoais de inteligência Re0rado
de
Fontaine
(2005)
Concepções pessoais de inteligência Re0rado
de
Fontaine
(2005)