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Como nós funcionamos?

O processo de conhecimento

N ossa racionalidade é um processo


cognitivo, somos animais racionais.
São esses processos que nos fazem en-
tender e ter uma posição perante tudo
na vida. Toda essa informação é arma-
zenada pelo nosso cérebro. Sem ela,
seríamos incapazes de ter um posicio-
namento.
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Como nós funcionamos?

Percepção: é o que nos ajuda a enten-


der o mundo através da interpretação e
organização.
Atenção: é o que nos possibilita a con-
centração para o direcionamento da
consciência para determinado objeto.
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Como nós funcionamos?

Memória: é o que nos permite arma-


zenar, adquirir e recuperar as informa-
ções tanto internas como externas.
Linguagem: permite-nos expressar pen-
samentos, sentimentos, percepções, sen-
sações, comportamentos, etc. A lingua-
gem pode ser verbal (falada) ou não
verbal (gestos e expressões).
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Como nós funcionamos?

Você sabe o que é comportamento?

É um conjunto de reações que surgem


em determinadas situações. Essas
reações vêm de estímulos aos quais a
resposta de cada pessoa será de uma
maneira. Existem as respostas voluntá-
rias, que são reações que controlamos,
e as respostas involuntárias, que são
ações que não percebemos (automá-
ticas). Os comportamentos produzem
novos estímulos e geram novos com-
portamentos.
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Como nós funcionamos?

Como definir o que é pensamento?

É um processo mental que será acom-


panhado de outros processos men-
tais. Ele é considerado uma expressão,
um avaliador da realidade, uma molda-
gem onde se pode criar, regular e de-
senvolver uma visão sobre o ambiente
a sua volta, sobre si mesmo e sobre os
outros. É um processo interminável rea-
lizado por todos os seres humanos.
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Como nós funcionamos?

Você sabia que existem diferentes ti-


pos de pensamentos? São eles:
• Reflexivo Crítico Analítico
• Lógico Sistêmico Analógico
• Criativo Deliberativo Prático
O pensamento é o principal meio do
processo de conscientização de cada
ser humano. Sendo assim, é uma par-
te essencial do que somos.
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Como nós funcionamos?

Você entende seus sentimentos?

S omos capazes de sentir e nos ex-


pressar nos momentos que vivemos,
de diferentes formas, pois isso está liga-
do à experiência de cada um. Existem
os sentimentos positivos e os negativos,
sendo o sistema límbico responsável
por processá-los. Falar e entender os
nossos sentimentos é o ideal para o au-
toconhecimento e para saber manifes-
ta-lo de forma equilibrada.
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Como nós funcionamos?

Como lidar com as emoções?

A s emoções são estados mentais se


adaptando às mudanças do am-
biente. Elas influenciam diretamente o
nosso comportamento, sendo incons-
cientes e agindo por meio de rápidas
respostas. A função delas é nos ajudar,
contribuindo para a nossa evolução e
amadurecimento. Sendo assim, é impor-
tante se conhecer, entender suas emo-
ções e o que elas desencadeiam.
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Como nós funcionamos?

Vamos conhecer algumas emoções?


Todas elas são importantes para o nos-
so funcionamento:
Diversão • Calma • Apreço visual
Ansiedade • Empatia • Inveja
Estranhamento • Dúvida • Romance
Desejo • Nojo • Tristeza
Excitação • Encantamento • Surpresa
Temor • Nostalgia • Simpatia
Medo • Satisfação • Triunfo
Horror • Adoração • Interesse
Tédio • Admiração • Alegria
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Como nós funcionamos?

Por que o autoconhecimento é tão im-


portante?

P rimeiramente para saber o que real-


mente se quer. Para conseguir isso
é preciso saber se ouvir, olhar para si
mesmo, ter consciência e controle sobre
seus comportamentos, pensamentos e
emoções. É uma jornada longa e é ne-
cessário ter dedicação. O autoconheci-
mento influencia também o nosso com-
portamento alimentar.
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Obesidade

O que é Obesidade?

O besidade é uma doença crônica,


caracterizada pelo acumulo exces-
sivo de gordura corporal do sujeito. Sua
causa é multifatorial, como, por exem-
plo: ingestão excessiva de alimentos
não saudáveis, sedentarismo, problemas
hormonais, genética, questões emocio-
nais e fatores culturais. Para o diagnós-
tico em adultos, o parâmetro utilizado é
o Índice de Massa Corporal (IMC).
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Obesidade

O que é IMC?
IMC significa Índice de Massa Corporal.
É o cálculo utilizado para diagnosti-
car a obesidade. O IMC é calculado di-
vidindo-se o peso pela altura elevado
ao quadrado. É o padrão utilizado pe-
la OMS, que identifica o peso normal
quando o resultado do cálculo do IMC
está entre 18,5 e 24,9. Para ser consi-
derado com obesidade, o IMC deve es-
tar acima de 30.
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Obesidade

Classificação da Obesidade:

A obesidade pode ser classificada em


grau I, II e III.
Obesidade grau I: IMC entre 30 e 34,9;
Obesidade grau II: IMC entre 35 e 39,9;
Obesidade grau III: IMC acima de 40.
Esta última, também conhecida como
obesidade mórbida.
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Obesidade

Algumas comorbidades associadas à


Obesidade:

A s comorbidades são responsáveis


pelo aumento de mortalidade, da
diminuição da expectativa e da quali-
dade de vida e são o motivo principal
da necessidade do controle de peso.
Doenças como diabetes, hipertensão
arterial, hiperlipidêmica, coronariopa-
tias (como angina e infarto), doenças
articulares, apneia do sono, insuficiên-
cia respiratória e cardíaca, etc.
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Obesidade

Impactos emocionais que a obesidade


pode causar:

P ode-se mencionar que sujeitos com


obesidade podem apresentar baixa
autoestima, isolamento social, estresse
elevado, compulsão alimentar, ansieda-
de, depressão, transtornos alimentares,
imagem corporal comprometida, etc.
Faz-se necessário no tratamento do
sujeito com obesidade o acompanha-
mento psicológico para auxiliar nessa
questão.
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Obesidade

Impactos físicos que a obesidade po-


de causar:

S ujeitos com obesidade tendem a ter


algumas limitações físicas, além das
comorbidades que dificultam a execu-
ção das atividades do dia a dia, causan-
do frustração e descontentamento. O
acompanhamento psicológico traz um
espaço acolhedor para que o sujeito
possa falar sobre essas dificuldades e as
emoções que emergem a partir dessas
limitações.
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Obesidade

Graus da Obesidade:
Obesidade grau I: o tratamento desta
deve ser baseado em dieta, atividade
física, medicação e indica-se também
acompanhamento psicológico.
Obesidade grau II: o tratamento é mul-
tiprofissional, com nutricionista, psicó-
logo e médico.
Obesidade grau III: o tratamento tam-
bém é multiprofissional e, nesse caso,
muitas vezes é indicada a cirurgia ba-
riátrica como tratamento.
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Obesidade

Impactos físicos que a obesidade po-


de causar:

O s sujeitos com obesidade podem ter


dificuldade para movimentar-se de
forma completa, para conseguir amar-
rar o tênis, para levantar-se da cama,
sofrer por fazer caminhos mais longos,
para tomar banho, vestir-se e calçar-se.
Podem apresentar também dificuldade
para participar de algumas brincadeiras
que exigem um pouco de agilidade ou
movimentação mais ativa.
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Obesidade

Como está sua libido?

V ocê sabia que a circulação sanguí-


nea em pessoas obesas é alterada
e, como consequência, há um menor
fluxo de sangue nos órgãos genitais de
homens e mulheres, o que pode com-
prometer a excitação?
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Obesidade

Obesidade e Libido:

O desejo sexual hipoativo é a dimi-


nuição ou ausência total de fanta-
sia e de desejo de ter atividade sexual.
Há um grande sofrimento por sentir
desmotivação e, sobretudo, pelos pro-
blemas que isso causa na conjugalidade.
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Obesidade

Aversão Sexual na Obesidade:

É o sofrimento causado pela perma-


nente necessidade de evitar opor-
tunidades e encontros sexuais com o
parceiro, devido a sensações de medo,
nojo, repulsa e perigo iminente. Estas
sensações podem estar ligadas ao peso
elevado.
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Como nós funcionamos?

Aversão Sexual na Obesidade:

A repulsa se dá pela angústia de se-


creções genitais e/ou pensamentos
de sexo, toque ou beijo. Alerta para si-
nais de pânico, como náuseas, suor ex-
cessivo e falta de ar quando a pessoa
tenta enfrentar esse medo, aproximan-
do-se do seu parceiro. Estas sensações
podem estar ligadas ao peso elevado.
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Obesidade

Transtorno do Desejo Sexual na Obe-


sidade:

A s causas podem ser orgânicas (alte-


rações hormonais, neurológicas, ar-
teriais e estresse), não orgânicas (de or-
dem psicológica, como medo de falhar
ou de ser rejeitado, baixa autoestima,
ansiedade, timidez, perfeccionismo) ou
mistas (associação de causas orgânicas
e não orgânicas).
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Obesidade

Transtorno do Desejo Sexual na Obe-


sidade:

N a mulher obesa adulta, as altera-


ções são em grande parte em nível
psicológico, não orgânico, no qual seus
transtornos sexuais se baseiam nas
questões de imagem corporal e autoes-
tima. Já no homem, o que prevalece são
as causas orgânicas, com maior risco de
alteração hormonal, o que causa dimi-
nuição ou ausência de libido.
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Obesidade

Obesidade na Adolescência:

A obesidade na adolescência pode


gerar problemas com o contato
social, pois os jovens podem se sentir
excluídos do seu grupo, sendo alvos de
piadas, apelidos e gozações entre os
colegas e enfrentando um grande des-
gaste emocional, levando-os ao isola-
mento e a ter problemas relacionados
a amizades.
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Obesidade

Obesidade na Infância:

O s fatores desencadeadores podem


ser conflitos familiares, sociais e
afetivos, que causam problemas emo-
cionais pela dificuldade que a criança
tem de se adaptar a dinâmicas familia-
res e pela ansiedade gerada por even-
tos como: nascimento do(a) irmão(ã),
separação dos pais, perda de um ente,
mudança de escola, ausência de um dos
pais, dificuldades financeiras e adoção.
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Obesidade

Obesidade na Infância:

A ingestão excessiva de alimen-


tos pode ser uma tentativa de
compensação. Comer demais, para as
crianças, é uma forma de amenizar o
sofrimento e trazer tranquilidade. A
Psicoterapia é importante para que as
crianças aprendam a lidar com as situ-
ações enfrentadas na vida.
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Obesidade

Psicólogo no tratamento da Obesidade:

E le identifica e trata os estímulos


(estresse, ansiedade, depressão,
baixa autoestima, compulsão, impulsi-
vidade) que levam ao comer excessivo
de alimentos e causam o aumento de
peso. A psicoterapia aborda-se esses
aspectos e oferece formas para que a
pessoa possa mudar sua relação com
os alimentos, trabalhando os gatilhos
emocionais que levam ao descontrole.
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Comportamento Alimentar

O comportamento alimentar engloba


tudo o que está ligado ao momen-
to pré-deglutição (antes de comer), o
que envolve tanto a cultura, a sociedade
e sua experiência com o alimento, como
o próprio ato de comer.
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Comportamento Alimentar

A limentar-se é um ato íntimo norte-


ado por inúmeros fatores capazes
de influenciar diretamente a qualidade
de vida das pessoas por meio dos de-
terminantes sociais de saúde, levando
em conta fatores sociais, econômicos,
culturais, étnicos/raciais, psicológicos e
comportamentais.
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Comportamento Alimentar

A inda que a necessidade fisiológica


por comida muitas vezes nos leve
a comer, uma ampla gama de fatores
forma a base da maioria das decisões
alimentares, que inclui nosso estado de
humor (positivo ou negativo), distrações,
estímulos sensoriais e diversas influên-
cias psicológicas, sociais e ambientais.
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Comportamento Alimentar

Q uando estamos em estresse emo-


cional, buscamos alimentos que
proporcionem um prazer imediato para
o cérebro e o alívio das sensações, que
é garantido com a produção do hormô-
nio dopamina. Os alimentos escolhidos
normalmente são calóricos e ricos em
açúcares e gorduras.
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Comportamento Alimentar

O ideal para se chegar a um peso


saudável é se reconectar com o
próprio corpo e voltar a ouvir os sinais
de fome e saciedade. É tentar evitar o
comer emocional, ou seja, usar a comida
para aliviar os problemas do dia a dia.
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Comportamento Alimentar

Q uando a ansiedade intensa está


presente e não se tem no repertó-
rio pessoal outras estratégias para lidar
com o desconforto causado, esta pode
ser gatilho para episódios de compul-
são alimentar ou comer exagerado.
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Comportamento Alimentar

A ntes das refeições, é interessante


observar como se sente, quais os
sentimentos estão presentes e estabe-
lecer qual o grau de fome, que pode ser
em uma escala de 0 a 5. A maior cons-
ciência sobre a fome traz maior atenção
na alimentação, evitando-se o exagero
alimentar.
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Comportamento Alimentar

O Comportamento alimentar relacio-


na-se ao domínio da alimentação,
desde o seu consumo, relação com a co-
mida, modo de alimentar-se, até a esco-
lha do local onde se vai comer. O espe-
rado, diante desse termo, é promover a
mudança de algum comportamento ali-
mentar disfuncional, para além do seu
valor nutricional, pois inclui ato social,
suas representações, padrões e motiva-
ções para o comer.
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Comportamento Alimentar

O hábito é um comportamento de
realizar algo sem ao menos saber
como executar. É aprendido e quase
inconsciente. Nosso cérebro empenha-
-se em transformar nossas atividades
rotineiras em hábitos, a fim de “poupar
energia”. Os hábitos alimentares envol-
vem costumes e modo de comer indivi-
dual ou social, fazendo-nos agir de for-
ma automática.
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Comportamento Alimentar

A definição de consumo alimentar está


justamente nas escolhas alimen-
tares que se vem a fazer, sendo uma
construção mental de pensamentos
que envolvem fatores biológicos, so-
cioculturais e psicológicos. A escolha
alimentar é um tipo de comportamen-
to da opção por certos alimentos em
detrimento de outros, considerando o
que, onde, como, com quem se come e
determinantes alimentares.
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Comportamento Alimentar

A restrição alimentar autoimposta


pode impactar no comportamen-
to alimentar, uma vez que ignorados
os sinais de fome, estes se tornam o
maior impeditivo à adesão a uma die-
ta, pois se cria alterações das sensa-
ções de fome, saciedade e apetite.
Práticas alimentares muito restritas
podem gerar culpa e confundir a ne-
cessidade orgânica da fome.
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Transtornos Alimentares

TARE:

É caracterizada por persistentes per-


turbações alimentares e sensoriais
que levam à esquiva ou a restrição da
ingestão alimentar. Seletividade ao
que se come; devido a isso, o indivíduo
come muito pouco ou evita comer de-
terminados alimentos, assim apresen-
tando perda de peso e déficit nutricio-
nal significativo.
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Transtornos Alimentares

TARE:

A perturbação alimentar não é atri-


buível a uma condição médica con-
comitante ou explicada por outro trans-
torno mental. Também não é explicada
exclusivamente pelos outros transtor-
nos alimentares, como, bulimia nervosa
e anorexia nervosa.
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Transtornos Alimentares

TARE:

E ssa restrição ou evitação do alimen-


to não acontece devido à preocupa-
ção com a autoimagem e sim com o de-
sinteresse ou somente por não suportar
comer determinados alimentos, muitas
vezes por questões sensoriais, causando
prejuízo marcante no funcionamento
psicossocial.
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Transtornos Alimentares

TARE:

E m algumas pessoas, a evitação e/


ou a restrição alimentar podem se
basear em características de qualidade
do alimento, como a aparência, cor, odor,
textura, temperatura ou paladar, pois
elas têm muita sensibilidade sensorial.
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Transtornos Alimentares

Anorexia Nervosa:

É um transtorno alimentar que tam-


bém pode acontecer após a cirurgia
bariátrica, provocando uma perda de
peso acima do que é considerado sau-
dável para a idade e altura do individuo,
devido ao medo exagerado de não per-
der peso, engordar ou ficar acima do
peso ideal, recusando manter um com-
portamento alimentar funcional e se
negando a admitir a gravidade da perda
de peso.
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Transtornos Alimentares

Anorexia Nervosa:
Algumas complicações: enfraquecimen-
to dos ossos, níveis baixos de potássio,
arritmia cardíaca, aumento do risco de
infecção, desidratação grave, desnutri-
ção grave, depressão e transtorno de
ansiedade.
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Transtornos Alimentares

Anorexia Nervosa:

O tratamento é realizado com psi-


coeducação sobre a severidade
do transtorno, trabalhando o medo de
comer e engordar e as crenças sobre a
magreza, explicando as etapas do trata-
mento, estabelecendo o automonitora-
mento e um padrão de alimentação re-
gular, trabalhar as distorções cognitivas,
necessidade de controle, perfeccionismo
e fortalecimento da autoestima.
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Transtornos Alimentares

Compulsão alimentar:

U m episódio de compulsão é ca-


racterizado por: ingestão, em um
período de tempo determinado (por
ex., dentro de duas horas) de uma
quantidade de alimento maior do que
a maioria dos indivíduos consumiria
no mesmo período sob circunstâncias
semelhantes. Há também a sensação
de falta de controle sobre a ingestão
durante o episódio.
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Transtornos Alimentares

TCA:

O Transtorno da Compulsão Alimen-


tar (TCA) se caracteriza pela inges-
tão de grande quantidade de alimento
de forma impulsiva e rápida, em inter-
valos curtos, mesmo não estando com
fome física. Existe uma sensação de fal-
ta de controle sobre a ingestão durante
o episódio.
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Transtornos Alimentares

TCA:

O s episódios de compulsão estão li-


gados a três (ou mais) dos seguin-
tes aspectos: comer mais rapidamente
que o normal; comer até se sentir des-
confortavelmente cheio; comer grandes
quantidades de alimentos sem sensa-
ção de fome física; comer sozinho por
vergonha; sentir-se desgostoso ou cul-
pado após a ingestão.
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Transtornos Alimentares

Bulimia Nervosa:

A Bulimia Nervosa é caracterizada por


episódios recorrentes de compul-
são alimentar com comportamentos
compensatórios inapropriados a fim de
evitar o ganho de peso.
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Transtornos Alimentares

Bulimia Nervosa:

C omportamentos compensatórios são


vômitos autoinduzidos, uso inde-
vido de laxantes, diuréticos ou outros
medicamentos, jejum ou exercícios em
excesso. Eles são realizados para tentar
impedir um ganho de peso. Os compor-
tamentos compensatórios e a compul-
são alimentar ocorrem em média no
mínimo uma vez por semana durante
três meses.
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Transtornos Alimentares

Bulimia Nervosa:

É possível classifica-la em: Leve (de 1


a 3 comportamentos compensató-
rios inadequados por semana); Mode-
rada (de 4 a 7 episódios por semana);
Grave (de 8 a 13 episódios por semana)
ou extrema (mais de 14 episódios de
comportamentos compensatórios ina-
propriados por semana).
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Imagem Corporal

O que é Imagem Corporal?

É a satisfação ou insatisfação com o


seu corpo. É a construção que uma
pessoa tem a respeito de sua aparên-
cia, ligada aos sentimentos, comporta-
mentos e meios influenciadores, como
família e mídia, em relação a esse corpo.
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Imagem Corporal

A imagem corporal será reconstruída


após a realização da cirurgia bariá-
trica, pois haverá uma grande perda de
peso que a transformará. É importante
se atentar que esta reconstrução tem
um ritmo diferente da queda dos núme-
ros da balança, fazendo com que mui-
tas vezes o indivíduo bariátrico não se
reconheça. Com o tempo, esta sensação
tende a não existir mais.
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Imagem Corporal

A imagem corporal e a autoestima


começam na mente e não no es-
pelho ou no número da balança. Tomar
cuidado com estes dois aspectos é uma
decisão sábia, pois eles podem mudar a
maneira como é entendido o valor pes-
soal do ser humano.
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Imagem Corporal

O corpo pode proporcionar experiên-


cias incríveis para qualquer pessoa,
independentemente do peso. Apreciar
tudo o que ele pode fazer estimula tan-
to a autoestima como a construção de
uma imagem corporal positiva.
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Imagem Corporal

U ma forma de aprimorar uma autoi-


magem corporal positiva é não fo-
car naquilo que causa insegurança, mas
sim nas partes do corpo que trazem or-
gulho ou prazer.
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Imagem Corporal

A lgumas mudanças ocorrem no nos-


so corpo para que possamos nos
adaptar ao momento em que vivemos:
Gestação, adolescência, velhice, etc. Es-
tas alterações são necessárias para nos-
sa reconstrução mental enquanto seres
humanos. A obesidade também traz
uma mudança corporal que pode estar
ligada a uma adaptação, sendo preciso
avaliar esta questão.
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Imagem Corporal

S e aceitar não é deixar de cuidar do


seu corpo. O autocuidado e a ima-
gem corporal estão diretamente rela-
cionados, um pode influenciar no outro.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

O que é Cirurgia Bariátrica e Metabólica?

É uma cirurgia que visa o tratamento


da obesidade mórbida e das doen-
ças associadas ao excesso de gordura
corporal, como diabetes, hipertensão e
outras.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Quem pode fazer a Cirurgia Bariátrica?

A indicação é para pacientes com


IMC acima de 40kg/m² indepen-
dentemente de comorbidades; IMC 35
e 40kg/m² com comorbidades; entre
30 e 35kg/m² com comorbidades que
tenham classificação grave por um mé-
dico especialista.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Bariátrica e menor de idade:

A baixo de 16 anos, exceto em caso


de síndrome genética, riscos ava-
liados por 2 cirurgiões bariátricos da
SBCBM e pela equipe multidisciplinar,
a operação deve ser autorizada por
responsável e acompanhado por ele no
período de recuperação. Entre 16 e 18
anos, quando houver indicação e auto-
rização da família ou responsável pelo
paciente e equipe multidisciplinar.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Bariátrica e maior de idade:

P ode ser realizada entre 18 e 65


anos sem restrições quanto a idade.
Acima de 65 anos, exige-se avaliação
individualizada pela equipe multidis-
ciplinar, considerando risco cirúrgico,
existência de comorbidades expectati-
vas de vida e benefícios do emagreci-
mento.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Tempo da doença:

A presentar IMC e comorbidades em


faixa de risco há pelo menos 2 anos,
ter realizado tratamentos convencionais
e não ter tido sucesso ou recidiva de
peso, verificados no histórico clínico do
paciente.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Contraindicações para a cirurgia:


• Limitação intelectual significativa;
• Pacientes sem suporte familiar ade-
quado;
• Quadro de transtorno psiquiátrico não
controlado, uso contínuo de álcool ou
drogas ilícitas. Quadros psiquiátricos
graves, alcoólatras e adictos sob con-
trole não são contraindicativos à cirur-
gia bariátrica;
• Doenças genéticas.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Exames necessários:

O paciente passa por algumas ava-


liações antes da bariátrica. Os mais
comuns são: Hemograma Completo, Eco
dopler colorido e Ecocardiograma, En-
doscopia digestiva, Mapa 24hs, Exames
de Fezes e Urina, Ultrassonografia Abdo-
minal total, Avaliação Psicológica e Nu-
tricional, Avaliação por especialistas mé-
dicos (Cardiologista, Endocrinologista,
Pneumologista e/ou Angiologista), etc.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Como é realizada a cirurgia?

É realizada em ambiente hospitalar,


podendo ser por Laparotomia ou
Abordagem aberta, onde o cirurgião faz
uma incisão longa no abdômen, ou por
videolaparoscopia onde uma peque-
na câmera é introduzida no abdômen
através de pequenos orifícios na barri-
ga, permitindo ao cirurgião operar pelo
monitor de vídeo.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Rede de apoio:

M uitas vezes os maus hábitos ali-


mentares são também os da famí-
lia, e a melhora destes hábitos benefi-
cia o paciente a obter bons resultados.
É importante que a família mantenha
a calma, seja tolerante e compreenda
que a escolha da cirurgia não é a opção
mais fácil, porém, com apoio e presença,
essa fase se torna menos solitária.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Preparação para o dia da cirurgia:

É muito comum os pacientes sentirem


ansiedade, medo e certo nervosismo
no dia da cirurgia. É bem comum sen-
timentos confusos e uma vontade de
desistir. Se esse sentimento persistir, a
ajuda psicológica é fundamental.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Equipe Multidisciplinar:

A avaliação multidisciplinar deve-


rá ser feita após a consulta com o
cirurgião. Esta equipe fará avaliações
para saber como está a saúde física e
mental para realizar a cirurgia, através
das quais serão emitidos laudos sobre a
capacidade atual para realizar o proce-
dimento cirúrgico.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

O Psicólogo:

O psicólogo irá esclarecer e orientar


sobre as mudanças comportamen-
tais e psicológicas exigidas e sentidas
durante todo o processo.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Avaliação Psicológica:

O psicólogo realiza a avaliação psi-


cológica no pré-operatório, onde
identifica e trata alterações psicológi-
cas ou aspectos emocionais e compor-
tamentais, na forma de se alimentar e
estilo de vida, que possam prejudicar o
sucesso da cirurgia.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Importância do Psicólogo no processo


de Cirurgia Bariátrica:

O Acompanhamento psicológico é mui-


to importante tanto antes quanto
depois do processo da cirurgia, pois au-
xiliará o paciente a se comprometer com
a nova rotina e a melhorar sua qualidade
de vida, ajudando com a sua relação com
o novo corpo e na adaptação de hábitos
alimentares mais saudáveis.
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Pré-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Família:

O apoio familiar é fundamental nes-


se processo, pois, além de trans-
mitirem segurança e confiança para o
paciente, as mudanças exigidas pela
cirurgia pode se tornar uma boa opor-
tunidade para os familiares se aproxi-
marem e reestruturarem hábitos do dia
a dia. A família deve atuar como facilita-
dora das mudanças para ajudar na ade-
são ao tratamento.
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Transoperatório em
Cirurgia Bariátrica

O psicólogo tem como papel o apoio


psicossocial diante do impacto do
procedimento cirúrgico e das suas con-
sequências, trabalhando para a melhor
qualidade de vida do paciente enquan-
to estiver no ambiente hospitalar e
possibilitando, ainda, ao acompanhante
entender a melhor forma de atender as
necessidades do operado, sempre foca-
do nas orientações prescritas pela equi-
pe do cirurgião.
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Transoperatório em
Cirurgia Bariátrica

N o ambiente hospitalar podem ser


trabalhadas técnicas que visam a
diminuição do estresse e da ansiedade
do paciente e do seu acompanhante
no período de espera para cirurgia.
Para tanto, o profissional poderá uti-
lizar-se de técnicas de respiração dia-
fragmática e técnicas de relaxamento
que têm como objetivo diminuir a ten-
são muscular.
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Transoperatório em
Cirurgia Bariátrica

O paciente que está no aguardo da


cirurgia bariátrica poderá solicitar
ao enfermeiro a presença de um pro-
fissional da saúde mental caso esteja
sentindo alguns sintomas de ansieda-
de, para que o profissional ofereça um
breve atendimento. É importante que o
paciente e o acompanhante saibam que
essa visita não impossibilita o procedi-
mento cirúrgico.
78

Transoperatório em
Cirurgia Bariátrica

E m caso de complicações no proce-


dimento cirúrgico, o psicólogo tem
como papel o acolhimento do acom-
panhante, possibilitando que ele tenha
espaço de fala e, quando possível, que o
profissional faça orientações de acordo
com informações da equipe médica e
também incentive a qualidade de vida
do acompanhante, como cuidado com a
hidratação e alimentação, por exemplo.
79

Transoperatório em
Cirurgia Bariátrica

S abemos que no período da cirur-


gia pacientes e acompanhantes
têm pensamentos que podem gerar
ansiedade, estresse, além de ainda ter
crenças a respeito do procedimento. É
importante que todos os envolvidos
tenham suas dúvidas esclarecidas, e o
psicólogo pode apoiar com esclareci-
mentos da sua competência, no qual
chamamos de Psicoeducação. Outros
profissionais podem estar envolvidos.
80

Transoperatório em
Cirurgia Bariátrica

N o hospital, existe uma equipe


multiprofissional, inclusive com
psicólogos e psiquiatras. O papel de-
les é acolher as emoções, sentimentos,
pensamentos e comportamentos que
podem influenciar no período da cirur-
gia. Tanto paciente como acompanhan-
tes são ouvidos, podendo haver outros
profissionais presentes. A saúde mental
está diretamente relacionada à adesão
ao tratamento.
81

Transoperatório em
Cirurgia Bariátrica

C ompreender que haverá mudanças


na vida do paciente é importante e
irá alterar a rotina doméstica, devido a
diminuição de autonomia do operado. O
psicólogo irá conversar com o acompa-
nhante sobre as mudanças e pode des-
tacar que o engajamento ao tratamento,
por parte do paciente, muitas vezes de-
penderá do apoio das pessoas que da-
rão suporte, por isso a importância da
psicoeducação.
82

Transoperatório em
Cirurgia Bariátrica

V ocê sabe o que é atendimento psi-


cológico transoperatório? É quando
o paciente está no ambiente hospitalar
e tem a sua disposição um profissio-
nal da saúde mental no ambiente para
apoiá-lo em situações de ansiedade,
medo, crenças limitante, dentre outras.
O profissional pode ser da equipe mé-
dica ou até mesmo aquele que fez a sua
avaliação para a cirurgia bariátrica.
83

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

O trabalho do psicólogo não termina


após a entrega do laudo e a reali-
zação da cirurgia bariátrica. O profissio-
nal pode auxiliar o paciente a evitar o
ganho de peso, ajudando-o a desenvol-
ver técnicas para controle e manejo de
determinados transtornos ou situações
que podem influenciar no reganho.
84

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

N ormalmente os pacientes que pas-


sam pela cirurgia bariátrica não re-
tornam ao peso anterior ao tratamento,
mas, para que isso aconteça, é neces-
sário seguir completamente as orien-
tações dos profissionais envolvidos na
cirurgia.
85

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

P ode acontecer de o álcool ser utili-


zado para preencher a falta de in-
gestão de alimentos em excesso que
ocorria anteriormente à cirurgia bari-
átrica. Sabendo que o álcool é um dos
responsáveis pelo aumento no peso, é
necessário buscar auxílio de um profis-
sional para avaliar e tratar, assim que
for observado esse comportamento. Os
profissionais podem ajudar a criar ma-
nejos para mudanças.
86

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

A limentos palatáveis são alimentos


que o cérebro qualifica como satis-
fatórios e a partir dos quais emite uma
sensação de prazer, fazendo com que o
paciente tenha a vontade de ingeri-los,
mesmo estando saciado. É preciso ter
cuidado com esse tipo de alimento, pois
normalmente eles contribuem para o
reganho de peso muito rápido, inclusi-
ve o álcool, que proporciona a mesma
sensação.
87

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

Q uestões psicológicas podem in-


fluenciar diretamente o comporta-
mento e na alimentação. É importante
respeitar as visitas ao psicólogo: ele vai
avaliar determinados transtornos que
estão relacionados à alimentação e au-
xiliar no tratamento para evitar o rega-
nho de peso após a cirurgia bariátrica.
88

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

O bservamos uma mudança signifi-


cativa no grau da depressão após a
cirurgia bariátrica. Na maioria das vezes
a depressão está ligada à rejeição que
o paciente tem de sua aparência, que
após a cirurgia e a perda de peso muda,
fazendo com que ele passe a se sentir
melhor e se aceitar, aumentando sua
autoestima, provocando uma mudança
no estado de humor, e com isso, uma di-
minuição da depressão.
89

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

S obre a ansiedade, podemos afirmar


que é esperado o aumento de sin-
tomas ansiosos no processo de cirurgia
bariátrica. O profissional psicólogo vai
auxiliar na diminuição destes sintomas
para evitar a interferência negativa de-
les no tratamento.
90

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

É comum no pós-cirúrgico sentir arre-


pendimento logo no início, afinal de
contas, agora é o momento de realmen-
te colocar todas as mudanças em práti-
ca. Isso pode causar preocupação, medo
e ansiedade. Com acompanhamento
psicológico e intervenção psiquiátrica,
é possível conseguir se adaptar a essa
mudança de forma mais tranquila.
91

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

N o ambiente hospitalar é possível


que o psicólogo acompanhe o pa-
ciente após a realização da cirurgia para
verificar os seus aspectos emocionais e
consequentemente como está a sua
saúde mental. Para essa atividade, é im-
portante o profissional investigar como
tem sido a adaptação do paciente a sua
nova fase alimentar, principalmente na
primeira semana.
92

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

O emagrecimento não é igual para


todas as pessoas, sendo ele gradu-
al. Cada pessoa é única. Assim, seu orga-
nismo responde de forma diferente, não
havendo possibilidade de comparações.
A adesão ao tratamento, bem como a
adaptação psicossocial, são característi-
cas que devem ser mantidas pelo resto
da vida.
93

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

A cirurgia plástica nem sempre é ne-


cessária. Em algumas situações, ela
é considerada importante para a saúde
do paciente, considerando que o exces-
so de pele pode causar dificuldades.
Para a realização, o médico cirurgião
fará o encaminhamento e a pessoa deve
procurar um profissional especialista.
94

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

A suplementação é importante para


manter o organismo em equilíbrio.
Em alguns casos, essa suplementação é
para vida toda, dependendo do tipo de
cirurgia realizada, sendo esse um dos
pontos primordiais para qualidade de
vida. A cirurgia diminui sua absorção e o
corpo ainda precisa de energia.
95

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

A atividade física após a cirurgia é


iniciada por meio de caminhadas.
Esse é o primeiro passo para o início
ou retorno à atividade. Ele é impor-
tante para combater doenças crônicas,
manutenção/ganho da massa magra e
melhorar todo organismo.
96

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

A pós a cirurgia é iniciada uma nova


fase da alimentação. É indicado
prestar atenção na textura dos alimen-
tos, fazer novos experimentos, mastigar
bem, etc. Reconstruir a relação com os
sinais de fome e saciedade faz parte do
tratamento.
97

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

A volta à rotina é realizada com par-


cimônia. Algumas atividades reali-
zadas como automáticas anteriormen-
te não poderão ser realizadas. Siga as
orientações da equipe médica e garanta
uma nova rotina consciente e coerente
com a sua opção de vida.
98

Pós-operatório em
Cirurgia Bariátrica

O processo de emagrecimento mexe


com todo organismo da mulher,
inclusive os hormônios. O médico re-
comenda que a mulher aguarde pelo
menos 1 ano da data da cirurgia para
poder engravidar. Ficar atenta a esse
tempo e utilizar os métodos contracep-
tivos é importante.
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Dados Internacionais de
Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
100

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