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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

ANA CAROLINA VIEIRA VIDIGAL


ANA FLÁVIA SILVA HELENO
STEFANIA MARIA MATOS ALMEIDA
FERNANDA DA SILVA NEVES
YASMIN NEVESVIEIRA SABINO
PRISCILA AGLIO DE SOUZA

FÍSICO-QUÍMICA:
CINÉTICA QUÍMICA-OXIDAÇÃO DA VITAMINA C

Juiz de Fora
2012
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ANA CAROLINA VIEIRA VIDIGAL


ANA FLÁVIA SILVA HELENO
STEFANIA MARIA MATOS ALMEIDA
FERNANDA DA SILVA NEVES
YASMIN NEVESVIEIRA SABINO
PRISCILA AGLIO DE SOUZA

ROTEIRO DA PRATICA DE FISICO-QUÍMICA SOBRE OXIDAÇÃO DA


VITAMINA C

Trabalho acadêmico apresentado à


professora Renata, que leciona a
disciplina Físico-Química, para o curso
Farmácia.

Juiz de Fora
2012
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1INTRODUÇÃO

Existem muitos agentes redutores comuns em nosso dia a dia. Um deles, dentre os mais
conhecidos é a vitamina C, cujo nome é ácido ascórbico, é necessário em determinadas
doses diárias para o bom funcionamento do organismo.
Na aula prática estudamos a oxidação da vitamina C por peróxido de hidrogênio,
mediada pelo par transportador de elétrons iodo/iodeto, analisando a sua cinética,
através da concentração de vitamina C, consumida nas dadas concentrações
demonstradas no item 4.

Vejamos a reação:

Figura 1. Reação de oxidação do ácido ascórbico.

A excepcional facilidade com que essa vitamina é oxidada faz com que ela
funcione como um bom antioxidante, sendo assim protege algumas moléculas por meio
do seu próprio sacrifício. Se for adicionado a essa reação, excesso de iodo ele reagirá
com o amido, o que dificulta a determinação do final da reação da oxidação da vitamina
C.
Acompanharemos a seguinte reação:

Podemos então ver que, adicionamos uma pequena quantidade de   e após a oxidação
do ácido ascórbico é reduzido ao íon iodeto que depois é oxidado pelo peróxido de
hidrogênio, formando  

O estudo cinético da reação será feito a partir do tempo de reação, a partir da análise da
mudança completa da coloração, que sinalizará o termino da oxidação.
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2 OBJETIVO

Esta prática tem como objetivo fazer um estudo cinético da oxidação da


vitamina C. A reação será feita, alternando algumas concentrações, para que possamos
analisar alguma mudança na velocidade, e será feita também, alternando temperaturas a
uma determinada concentração, para a análise do efeito da temperatura na velocidade,
assim como a concentração. Ambos os fatores analisados, concentração e temperatura,
serão alternados separadamente em reações realizadas em laboratório a fim de
estudarmos os fatores que modificam a velocidade com que a vitamina C será oxidada.
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3 MATERIAIS E REAGENTES

3.1 250mL de água destilada


3.2 Provetas de plástico
3.3 1.000mg de vitamina C efervescente(tabletes, adquiridos por cada grupo de alunos).
3.4 Iodo (2% m/v)
3.5 Cubos de gelo
3.6 Peróxido de hidrogênio(3%m/v)
3.7 Cronometro
3.8 Bastão de vidro
3.9 Solução aquosa de amido
3.10 Bequeres
3.11 Pipetas volumétricas
3.12 Banho de água morna
3.13 Termômetros
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4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Na bancada, para a realização do experimento, tínhamos disponíveis 250 mL de


água destilada, 1000 mg de vitamina C efervescente, iodo (2% m/v), peróxido de
hidrogênio (3%m/v), solução aquosa de amido, provetas de plástico, pipetas
volumétricas, béquer para banho de gelo, cubos de gelo, banho de água morna e
termômetros.

4.1 Tempo de Reação:


Preparamos uma solução dissolvendo 1000mg de vitamina C em 60 mL de água
destilada, e utilizamos a mesma para preparar as soluções descritas abaixo no quadro 1.

Quadro 1. Soluções de vitamina C e demais reagentes, em diferentes concentrações.


Solução Vit. C / mL I2 / mL Água / mL H2O2 / mL Amido / mL
A1 5 5 30 - -
A2 5 5 60 - -
A3 5 5 90 - -
B1 - - 30 15 2
B2 - - 60 15 2
B3 - - 90 15 2

Preparamos as 6 soluções descritas acima pipetando e misturando os respectivos


volumes de vitamina C, iodo, água, peróxido de hidrogênio e amido.
Com essas soluções preparadas, misturamos 10 mL das soluções A com 10 mL
das soluções B (misturando A1 com B1, A2 com B2 e A3 com B3) e cronometramos o
tempo gasto a partir da mistura dos líquidos até a mudança de cor das soluções. Os
resultados estão indicados no Quadro 2 do item 5.

4.2 O efeito da temperatura na reação:


Nessa parte da prática usamos as soluções A2 e B2 preparadas no item anterior.
Pipetamos 10 mL de cada solução estocando os volumes de forma separada com
o auxílio de dois béqueres. A partir de então, usando esses béqueres o procedimento foi
realizado em 3 diferentes temperaturas (foram então, preparadas 3 vezes as soluções
com 10 mL de A2 e 10 mL de B2).
Na primeira parte, colocamos os béqueres em banho de gelo, aguardando a
estabilização da temperatura das soluções em torno de 15° C com o auxílio de dois
termômetros. Quando as soluções adquiriram essa temperatura, elas foram misturadas e
a partir desse momento foi ativado o cronômetro, para que fosse marcado novamente o
tempo gasto para a mistura mudar de cor (controlamos a temperatura mantendo-a em
15° C até o final).
Na segunda parte, seguimos as mesmas etapas da primeira, porém utilizamos um
banho de água morna para estabilizar a temperatura das soluções em torno de 25° C.
Quando adquirida esta temperatura, misturamos as soluções e também medimos
o tempo gasto para a mudança de cor.
Na terceira parte, realizamos o mesmo procedimento, com a única diferença que
a temperatura foi estabilizada em torno de 35° C.
Os resultados estão indicados no Quadro 3 do item 5.
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5 RESULTADOS

C1 = (1g – 60 mL)
C2= 5mL C1 + H2O + I2 A1
A2
A3
C3 = 10 mL C2 + BB1
B2
B3

Cálculo da concentração da vitamina C em g.L-1:

No estoque(frasco rotulado como solução de vitamina C):


C1=1g/0,06L
C1= 16,6667 g.L-1

(A1) (A1+B1)
C 1 V1 = C 2 V2 C 2 V 2 = C 3 V3
16,6667x0,005 = C2 0,04 2,0833 x 0,01 = C30,02
C2 = 0,0833335/0,04 C3 = 0,0208333/0,02
C2 = 2,0833g.L-1 C3 = 1,0417 g. L-1

(A2) (A 2+B2)
C 1 V1 = C 2 V2 C 2 V2 = C 3 V3
16,6667x0,005 = C2 0,07 1,1905 x 0,01 = C3 0,02
C2 = 0,0833335/0,07 C3 = 0,011905/0,02
C2 = 1,1905g.L-1 C3 = 0,5953 g.L-1

(A3) (A3+B3)
C 1 V1 = C 2 V2 C 2 V 2 = C 3 V3
16,6667x0,005 = C20,1 0,833335 x 0,01 = C3 0,02
C2 = 0,0833335/0,1 C3 = 0,00833335/0,02
C2 = 0,833335g.L-1 C3 = 0,4167 g. L-1

Cálculo da concentração da vitamina C em mol L-1 :

No estoque
1mol – 179g C1 = n/V
x– 1 g C1 = 0,0056/0,06
x = 0,0056 mol C1 = 0,0933 mol.L-1

(A1) (A1+B1)
C 1 V1 = C 2 V2 C 2 V2 = C 3 V3
0,0933x0,005 = C2 0,04 0,0117 x 0,01 = C3 0,02
C2 = 0,0004665/0,04 C3 = 0,000117/0,02
C2 = 0,0117 mol.L-1 C3 = 0,0059 mol.L-1
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(A2) (A2+B2)
C 1 V1 = C 2 V2 C 2 V2 = C 3 V3
0,0933x0,005 = C20,07 0,0067 x 0,01 = C30,02
C2 = 0,0004665/0,07 C3 = 0,000067/0,02
C2 = 0,0067 mol.L-1 C3 = 0,0034 mol.L-1

(A3) (A3+B3)
C 1 V1 = C 2 V2 C 2 V2 = C 3 V3
0,0933x0,005 = C2 0,1 0,0047 x 0,01 = C3 0,02
C2 = 0,0004665/0,1 C3 = 0,000047/0,02
C2 = 0,0047 mol.L-1 C3 = 0,0024 mol.L-1

Cálculo da velocidade em g L-1s-1 em função da concentração:

V = C/t

(A1+B1) (A2+B2)
V = 1,0417/146 V = 0,5953/254
V = 7,1349 x 10-3 g. L-1 .s-1 V = 2,3437 x 10-3 g. L-1.s-1

(A3+B3)
V = 0,0417/343
V = 1,2157 x 10-4 g .L-1.s-1

Cálculo da velocidade em mol.L-1s-1 em função da concentração

(A1+B1) (A2+B2)
V = 0,0059/146 V = 0,0034/254
V = 4,041 x 10-5mol. L-1 .s-1 V = 1,3385 x 10-5 mol. L-1.s-1

(A3+B3)
V = 0,0024/343
V = 6,997 x 10-6 mol. L-1.s-1

Quadro 2: Velocidade de oxidação da vitamina C em função da concentração

Solução Conc. Vit. Conc. Vit. Tempo / s Velocidade/ Velocidade/


C/ C/ mol L-1 g L-1 s-1 mol L-1 s-1
g L-1
Estoque 16,6667 0,0933 - - -
A 1 + B1 1,0417 0,0059 2:26:96 7,1349x10-3 4,041x10-5
A2 + B2 0,5953 0,0034 4:14:00 2,3437x10-3 1,3385x10-5
A 3 + B3 0,4167 0,0024 5:43:44 1,2157x10-4 6,997x10-6

Cálculo da velocidade em g L-1s-1 em função da temperatura(A2 + B2)

(15°C) (25°C) (35°C)


V = 0,5953/420 V = 0,5953/160 V = 0,5953/98
V = 1,4174x10-3 g. L-1 .s-1 V = 3,7206x10-3 g. L-1 .s-1 V = 6,0745x10-3 g. L-1 .s-1
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Cálculo da velocidade em mol.L-1.s-1 em função da temperatura(A2 + B2)

(15°C) (25°C)
V = 0,0034/420 V = 0,0034/160
V = 8,095x10-6 mo l. L -1 . s-1 V = 2,125x10-5 mo l. L-1 . s-1

(35°C)
V = 0,0034/98
V = 3,4693x10-5 mol.L-1 . s-1

Quadro 3: Velocidade de oxidação da vitamina C em função da temperatura(A2 + B2)

Temperatura Tempo / s Velocidade/g. L-1.s-1 Velocidade/ mol.L-1


s-1
-3
15 7:00:22 1,4174 x 10 8,095 x 10-6
25 2:40:72 3,7206 x 10-3 2,125 x 10-5
-3
35 1:38:84 6,0745 x 10 3,4693 x 10-5
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6 CONCLUSÃO

De acordo com os resultados experimentais, constatamos que o efeito da concentração


dos reagentes na reação faz com que a velocidade seja maior no sistema em que estiver
mais concentrado. Igualmente com a concentração, a temperatura também é um fator
que modificou a velocidade, quanto menor a temperatura menor a velocidade, essa
conclusão foi possibilitada pela análise dos quadros 2 e 3 do item 5, montados com os
resultados obtidos no experimento. Dessa forma, pode-se dizer que, medindo o tempo
em que as reações ocorrem, a temperatura e concentração dos reagentes presentes na
solução, modificam a cinética da reação.

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