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Lista de Parâmetros: • A temperatura e humidade ambientes se mantiveram constan-
∗
• R : Raio característico tes ao longo de todo o experimento;
• Φ0 : Concentração inicial de isopropanol • A superfície na qual fora realizada o experimento era perfeita-
mente regular e paralela ao plano do chão;
• Φc : Concentração crítica de isopropanol
• A solução de utilizada para formar as concentrações era per-
• ∆γ : Variação de tensão superficial
feitamente homogênea;
• H : Espessura da lâmina de óleo
• O sistema sempre evolui de forma simétrica;
• Ω0 : Volume inicial da gota-mãe
• O volume inicial das gotas é constante para todas as medidas;
• jv : Taxa de evaporação do isopropanol
• A tinta utilizada para corar a solução tem as mesmas proprie-
• η0 : Viscosidade do óleo dades físicas e químicas que a água exceto pela cor. Em outras
• τ : Escala de tempo palavras, o resultado seria o mesmo tanto com corante quanto
• V : Velocidade do fluxo de superfície sem corante;
Repare que as equações encontradas são, na verdade, apenas aproxi- • A gota é sempre solta da mesma altura e sempre muito próxima
mações suficientemente boas para que possamos trabalhar e entender da superfície de óleo.
o efeito.
6 Procedimento Experimental
4 Objetivo
6.1 Metodologia
Este experimento tem como objetivo principal a compreensão do
Antes de iniciarmos a coleta de dados, analizamos o modelo e,
Efeito Marangoni na evaporação de gotas na superfície de óleo. Para-
poer meio dele, decidimos variar as concentrações de ácool na so-
lelamente, buscou-se desenvolver e aprimorar habilidades científicas
lução da seringa e observar os impactos de tal variação no compor-
fundamentais. Os objetivos principais são:
tamento da gota mãe (a gota formada na superfície de óleo imedi-
1. Investigar a influência do Efeito Marangoni nas pertrubações amente após a pingarmos a solução) e do raio característico ( raio
dos estados de equilíbro de um sistema de dois fluidos: O experi- formadado após a evaporação completa da gota mãe). Inicialmente,
mento visou explorar os impactos do Efeito Marangoni na evapo- possuíamos em disposição várias ferramentas para a realização do
ração de isopropanol em solução sobre uma superfície oleosa, des- experimento, e após uma breve fundamentação teórica do grupo so-
tacando como gradientes de tensão superficial, gerados na interface bre o fenômeno a ser estudado, preparamos os seguintes aparatos
entre a solução de isopropanol e óleo, influenciam o comportamento listados abaixo:
da gota-mãe ao longo do tempo.
• Prato de cerâmica branco;
2. Analisar o comportamento com as variações nas concentrações
• Seringa (mL);
de isopropanol: O objetivo específico era observar sistematicamente
como diferentes concentrações de isopropanol afetam a evolução da • Óleo de soja;
gota-mãe, permitindo a identificação de padrões e tendências. • Propanol 99,8% (isopropanol isopropílico);
3. Identificar e Quantificar Parâmetros Relevantes: Foi proposto o • Tinta azul a base de água (para canetas de tinteiro);
desafio de determinar parâmetros-chave, como o raio máximo atin- • Recipientes para descarte;
gido pela gota (Rmax ) e o tempo em que a gota atinge seu raio mí-
• Suporte para gravação;
nimo após a evaporação (texp ). Esses parâmetros são cruciais para
uma caracterização detalhada do fenômeno estudado. • Água;
4. Contribuir para Modelos Matemáticos e Teóricos: O experi- • Régua centimetrada;
mento buscou fornecer dados e intuições que possam contribuir para • Celular (gravador e ferramenta de nível);
a construção de modelos matemáticos e teóricos que descrevem a • Papel sulfite e papel toalha;
relação entre a concentração de isopropanol e as características ob-
• Luvas de proteção de silicone.
servadas na evaporação das gotas.
Com os instrumentos e o arranjo experimental montado, decidimos
Além dos objetivos científicos, o experimento foi desenhado para
utilizar as concentrações de isopropanol ϕ1 = 30%, ϕ2 = 40%, ϕ3 =
oferecer uma experiência didática, promovendo o desenvolvimento
50%, ϕ4 = 60%, ϕ5 = 70%, ϕ6 = 80% em uma solução de isopro-
de habilidades científicas práticas como o planejamento do procedi-
panol + tinta + água preparada diretamente dentro de uma seringa, na
mento experimental, registro sistemático e coleta de dados, análise
qual so=upomos que a tinta aplica sobre o sistema o efeito exato da
e busca por padrões, formulação e teste de hipóteses e discussão de
água e que o isopropanol não evapora em quantidade considerável.
resultados e proposição de novos experimentos.
Para o processo de geração do efeito, utilizamos o prato de cerâ-
mica para depositar uma certa quantidade de óleo, que será o líquido
5 Suposições circundante. Quimicamente falando, o óleo possui uma menor ten-
são superficial por conta da presença majoritária de triglicerídeos, es-
• O parâmetro H se manteve constante durante todo o experi- tes que fazem ligações intermoleculares por forças de van der Waals
mento; muito fracas em relação ao isopropanol e à água, já que estes últimos
efetuam pontes de hidrogênios (ligações muito fortes), fator que cria
• O isopropanol utilizado possuia 100% de concentração em sua
um gradiente de tensão superficial notavelmente alto. Entretanto, es-
composição original (isopropanol puro);
tudar estas interações profundamente não é o foco deste experimento,
apenas queremos visualizar seus efeitos fisicamente. Preparado o
prato com a deposição de óleo, utilizamos a seringa para depositar
gotas em volumes muito próximos (suponha constantes) sobre a su-
perfície, que também é considerada perfeitamente reta, utilizando as
concentrações indicadas anteriormente e então visualizamos a evolu-
ção do sistema até que ele torne ao equilíbrio novamente e o gradiente
de tensão superficial seja nulo. Para a remover a tinta da camada de
óleo, utilizamos o papel sulfite, visto que a tinta de caneta se adere ao
papel de forma eficiente. Foram feitas três medições para cada uma
das cinco concentrações.
Durante a reliação das medições percebe-se que após pingar a gota
mãe, a concetração de ácool começa a evaporar e o raio da gota co-
meça a aumentar até atingir um limite (Rm x ). Logo após, na peri-
feria da gota, várias pequenas gotas são formadas gradativamente e
vão se afastando da gota inicial, ao final desse processo, o ácool eva-
pora completamente e há a formação pequenas gotas da solução na
superfície do óleo. Figura 4: Grafico da evolução do raio da gota mãe em função do
tempo para diferentes valores de concentração de isopropanol na so-
lução
8 Discussão
Percebe-se que, ao analisar o gráfico normalizado, as cruvas não
se sobrepõem completamente. Julgamos que esse fenômeno não foi
decorrente do modelo do experimento mas sim decorrente do Trac-
ker, ferramenta utilizada para rastrear o raio em função do tempo, que
deixava de reconhecer a geometria da circunferência de forma correta
depois de um certo período de tempo, mais precisamente, quando a
dispersão passava a apresentar um caráter elipsoidal ao invés de cir-
cular. Além disso, alguns outros motivos podem estar associados às
falhas de rastreamento do programa, essas são:
• Resolução do vídeo: Os vídeos que capturam o experimento
foram gravados com uma resolução de 1080p. Quando os ví-
deos são importados para o Tracker, um certo nível de com-
pressão é aplicado, prejudicando a qualidade desses. Como o
fenômeno análisado pelo experimento necessitava a coleta de
Figura 5: Normalização para a evolução do raio da gota mãe em fun- dados de pequenas distâncias, se mostrou necessário uma re-
ção do tempo para diferentes valores de concentração de isopropanol solução maior do que a ultilizada para a captura mais clara do
na solução fenômeno para que o programa funcione corretamente
• Taxa de quadros: A taxa de quadros escolhida para a cap-
Mesmo que não completamente, vemos que os gráficos ainda se tura de vídeos foi de 60 quadros por segundo, apesar de ser
sobrepõem razoavelmente. O fato da sobreposição das curvas não a maior taxa de quadros disponível para a gravação pelos dis-
ser completa não é decorrente do modelo, e sim do procedimento positivos à disposição, a captura de movimento em certos mo-
experimental ultilizado. Assim, a relativa sobreposição das curvas mentos pode se mostrar imprecisa pela velocidade de deslo-
após a linearização nos leva a uma hipótese sobre o modelo: camento do fluido. Assim, uma taxa de quadro mais elevada
Os parâmetros na captura de dados que envolvem medidas de contribuiria para um rastreamento mais preciso do programa.
raio escalam de maneira linear com diferentes concentrações de Tal complicação na análise de dados acarretou na não sobreposi-
isopropanol ultilizadas na solução ção completa das curvas após a normalização. Julgamos que esse
Para testar essa hipótese, podemos plotar o raio máximo (Rmax ) fenômeno tenha sido produto da análise do tracker e não do modelo,
em função do raio caracerístico (R∗ ) para diferentes valores de con- pois a hipótese do comportamento linear dos pontos de Rmax × R∗
centração de isopropanol na solução. Ou seja, para cada concentra- ainda foi satisfeita mesmo que essa suposição foi feita com base na
ção, temos um par ordenado de Rmax × R∗ . O gráfico obtido foi: normalização.
Além disso, podemos notar uma incerteza elevada nos pontos Rmax ×
R∗ ultilizados pelos mesmos motivos citados anteriormente. Como
as medições a serem feitas no experimento eram de ordens de gran-
deza muito pequenas, os valores de incerteza acabaram tendo um
impacto significativo nos resultados.
9 Conclusão
Diante dos resultados encontrados, mesmo com a dificuldade para
o rastreamento do raio da gota-mãe pelo Tracker, percebemos que há
uam relação linear entre o Rmax e o R∗ , fato que confirma hipótese
feita. Assim, os objetivos do experimento foram alcançados.
Tabela 1: Tabela de raios e incertezas (A medição de C1 não está listada pois o efeito não ocorreu)
10.2 Imagens
Figura 7: Arranjo experimental. A cadeira se mostrou um bom suporte para o celular, com o auxílio da ferramenta de nível, a gravação ficou
em paralelo com o plano da mesa como desejávamos.
10.3 Equações
Propagação de Incertezas
r
∂f ∂f ∂f
σf = ( (⃗a)σ1 )2 + ( (⃗a)σ2 )2 + . . . + ( (⃗a)σn )2 (6)
∂x1 ∂x2 ∂xn
Incerteza Combinada
p
uc = u1 2 + u2 2 + . . . + un 2 (7)
Incerteza Retangular
a
u= √ (8)
3
Incerteza Triangular
a
u= √ (9)
6