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Estatuto da OAB | 11ª ed.
SUMÁRIO
1. NOÇÕES PRELIMINARES 4
DOS DIREITOS 4
DOS DEVERES 11
CENSURA 13
SUSPENSÃO 15
EXCLUSÃO 17
4. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 18
TIPOS DE HONORÁRIOS 19
5. DA ATIVIDADE DA ADVOCACIA 23
6. INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO 27
ÓRGÃOS DA OAB 30
8. SOCIEDADE DE ADVOGADOS 39
9. ELEIÇÕES E MANDATOS 43
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12. CONTRIBUIÇÕES 51
ADVOGADO EMPREGADO 51
16. RECURSOS 55
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1. NOÇÕES PRELIMINARES
Primeiramente, vale ressaltar que, além da Constituição Federal, a atividade advocatícia é regida
por três institutos com algumas semelhanças, porém distintos um do outro.
São eles: Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94); Regulamento Geral do EAOAB; Código
de Ética e Disciplina.
Juntos, legislam acerca da atividade da advocacia, da inscrição dos advogados nos quadros da
Ordem, dos direitos dos advogados, das infrações, processo e sanções disciplinares, dos
honorários advocatícios e das sociedades de advogados.
Nesta apostila, você encontrará as atualizações legislativas mais recentes, além de uma revisão
geral e otimização de seu conteúdo para apresentar um enfoque ainda maior nos temas que são
mais recorrentes no Exame de Ordem.
DOS DIREITOS
Além disso, o §1º do art. 6º do Estatuto, reforça sobre o dever das autoridades e os servidores
públicos dos Poderes da República, os serventuários da Justiça e os membros do Ministério
Público devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a
dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho, preservando e
resguardando, de ofício, a imagem, a reputação e a integridade do advogado nos termos desta
Lei.
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III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando
estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que
considerados incomunicáveis;
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao
exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais
casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
Comentário: com relação ao inciso IV, vale o destaque para duas situações distintas: a) prisão
em flagrante do advogado que cometeu crime inafiançável, por motivo ligado ao exercício da
advocacia; e b) prisão simples. No primeiro caso, a presença de representante da OAB é
obrigatória, sob pena de nulidade do auto respectivo. Na segunda hipótese, por sua vez, exige-se
apenas a comunicação expressa (formal) à seccional da OAB. Em sede de ADIn (nº1.127-8), o
STF declarou que se a OAB não enviar um representante em tempo hábil, mantém-se a validade
da prisão em flagrante.
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado
Maior, com instalações e comodidades condignas, e na sua falta, em prisão domiciliar;
Comentário: o advogado preso cautelarmente deve ser encaminhado à sala de Estado Maior.
Diferentemente de uma “cela”, que contém grades que objetivam o aprisionamento, ao advogado
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é garantido que lhe seja destinada uma “sala” ou local que lhe ofereça “instalações e
comodidades condignas”.
ATENÇÃO: A violação dos direitos e prerrogativas dispostos nos incisos II, III, IV e V
constitui crime sujeito à pena de detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa - art.
7º-B do EAOAB.
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte
reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça,
serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora
de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço
público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao
exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido,
desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente,
ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
Comentário: é dever do advogado tratar os juízes, bem como a qualquer servidor público, com
respeito, cordialidade e urbanidade, sendo a recíproca verdadeira. Os magistrados possuem a
obrigação de oferecer tratamento cordial ao receber advogados em seus gabinetes.
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a
inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
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XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração
Pública ou do Poder Legislativo;
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem
procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em
andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em
meio físico ou digital; - aplica-se também a processos e procedimentos eletrônicos.
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;
Comentário: a vista não será concedida quando o processo contiver documentos originais de
difícil restauração que justifique a permanência deste em cartório. Nessa hipótese, é garantido o
fornecimento de cópia dos autos sob pena de caracterizar o cerceamento de defesa.
Comentário: o desagravo público será promovido pela classe em sessão pública e solene,
quando o advogado for ofendido no exercício da profissão ou de cargo ou função da OAB. O
desagravo poderá ser deferido ou não através de procedimento administrativo que garante ao
ofensor ampla defesa acerca dos fatos.
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou
sobre fato relacionado a pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou
solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
1
Para conferir acesse: http://www.oab.org.br/leisnormas/legislacao/provimentos/08-1964
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O Superior Tribunal de Justiça decidiu que o sigilo profissional, previsto no artigo 7º, inciso XIX,
que acoberta o advogado, está relacionado “`à qualidade de testemunha”, mas não quando o
advogado é acusado em ação penal da prática de crime (RT 718/473).
O advogado pode e deve recusar-se a comparecer e depor sobre fatos conhecidos no exercício
profissional, cuja revelação possa produzir dano a outrem (RTJ 88/847; RT 523/438; 531/401).
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta
minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva
presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade
absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo,
inclusive, no curso da respectiva apuração:
§ 2º-B. Poderá o advogado realizar a sustentação oral no recurso interposto contra a decisão
monocrática de relator que julgar o mérito ou não conhecer dos seguintes recursos ou ações:
● recurso de apelação;
● recurso ordinário;
● recurso especial;
● recurso extraordinário;
● embargos de divergência;
● ação rescisória, mandado de segurança, reclamação, habeas corpus e outras
ações de competência originária.
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CPC, que determinou a aplicação de sanção pecuniária ao advogado que, após ser intimado, não
devolver os autos em 03 (três) dias.
I - recurso de apelação;
II - recurso ordinário;
IV - recurso extraordinário;
V - embargos de divergência;
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§ 6º-E. Na hipótese de inobservância do § 6º-D deste artigo pelo agente público responsável pelo
cumprimento do mandado de busca e apreensão, o representante da OAB fará o relatório do fato
ocorrido, com a inclusão dos nomes dos servidores, dará conhecimento à autoridade judiciária e o
encaminhará à OAB para a elaboração de notícia-crime.
§ 6º-I. É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu
cliente, e a inobservância disso importará em processo disciplinar, que poderá culminar com a
aplicação do disposto no inciso III do caput do art. 35 desta Lei, sem prejuízo das penas previstas
no art. 154 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
§ 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício
dos direitos de que trata o inciso XIV.
§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso
do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não
documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou
da finalidade das diligências.
§ 13. O disposto nos incisos XIII e XIV do caput deste artigo aplica-se integralmente a processos
e a procedimentos eletrônicos, ressalvado o disposto nos §§ 10 e 11 deste artigo.
§ 14. Cabe, privativamente, ao Conselho Federal da OAB, em processo disciplinar próprio, dispor,
analisar e decidir sobre a prestação efetiva do serviço jurídico realizado pelo advogado.
§ 15. Cabe ao Conselho Federal da OAB dispor, analisar e decidir sobre os honorários
advocatícios dos serviços jurídicos realizados pelo advogado, resguardado o sigilo, nos termos do
Capítulo VI desta Lei, e observado o disposto no inciso XXXV do caput do art. 5º da Constituição
Federal.
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§ 16. É nulo, em qualquer esfera de responsabilização, o ato praticado com violação da competência
privativa do Conselho Federal da OAB prevista no § 14 deste artigo.
Gestantes
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais
Lactantes
I - lactante, adotante ou que der à luz, acesso à creche, onde houver, ou a local adequado ao
atendimento das necessidades do bebê;
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e
das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição;
Os direitos das Gestantes e Lactantes são mantidos enquanto durar a circunstância que lhe
garante.
ATENÇÃO:
Após a adoção ou dar à luz, se for a única patrona da causa e notificar o cliente por escrito, serão
suspensos os prazos processuais por 30 dias.
DOS DEVERES
Os deveres dos advogados estão disciplinados no art. 2º do Novo Código de Ética e Disciplina:
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Antes de iniciarmos a análise dos pontos específicos de cada infração e sanção correspondente,
é importante destacar que:
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CENSURA
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I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício
aos não inscritos, proibidos ou impedidos;
II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei;
Todavia, há que se ponderar que não infringe postura ética o advogado que se apresenta de
forma discreta e moderada, mantendo um site com informações sobre suas áreas de atuação,
endereço profissional e formas de contato, por exemplo. Ou, concedendo entrevista informativa,
em que presta esclarecimentos à população sobre determinado tema.
V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha
feito, ou em que não tenha colaborado;
Comentário: não incorrerá nesta infração o advogado que subscreve petição de acordo elaborada
pela parte contrária, nem aquele que assinar petição a rogo e ditada, diante da impossibilidade do
colega fazê-lo em razão de debilidade física.
Comentário: a justa causa se caracteriza, por exemplo, quando o cliente comunica o advogado de
que irá cometer um crime, e este avisa a polícia. Ou, também, quando uma informação do cliente
é imprescindível para a defesa do próprio causídico.
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do
advogado contrário.
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Comentário: são exemplos de culpa grave: a) não comparecimento à audiência aprazada; b) falta
de distribuição de ações ou de queixa-crime que acarrete a decadência; c) falta de acionamento
das vias recursais, deixando o prazo correr in albis; d) redação de peças ineptas; e) perda de
prazo peremptório; etc.
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da
renúncia;
XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de
impossibilidade da Defensoria Pública;
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de
depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o
juiz da causa;
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato
definido como crime;
[...]
SUSPENSÃO
Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça
integralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que o suspenso preste novas
provas de habilitação.
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XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado
a fraudá-la;
Comentário: o exemplo mais corriqueiro neste tipo de infração ocorre quando advogados, em
conluio, simulam reclamatória trabalhista tendo acordo previamente estabelecido a fim de obter a
sua homologação pelo Judiciário - o que não aconteceria perante o sindicato, por exemplo.
Assim, protegem o empregador pela coisa julgada formal. Outro exemplo que a doutrina traz é o
do advogado que se utiliza de alvará de soltura falso para libertar clientes.
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato,
sem expressa autorização do constituinte;
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta
pessoa;
Comentário: a prestação de contas é obrigação do causídico, tendo que fazê-lo sempre que
solicitado pelo cliente. É praxe que isso seja feito ao final da demanda independentemente de
haver requisição.
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de
regularmente notificado a fazê-lo;
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EXCLUSÃO
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB;
Comentário: a análise da incidência desta hipótese de exclusão é verificada caso a caso, ocasião
em que será avaliado se a conduta do advogado (que cometeu um crime hediondo, por exemplo)
pode lhe tornar moralmente inidôneo para o exercício da advocacia.
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Na aplicação das sanções disciplinares, são consideradas, para fins de atenuação, as seguintes
circunstâncias, entre outras:
A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados da data
da constatação oficial do fato.
Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente de
despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte
interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação.
A prescrição interrompe-se:
4. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
A matéria sobre os honorários de advogados está regulada nos arts. 22 a 26 do EAOAB e nos
arts. 48 a 54 do Novo Código de Ética e Disciplina.
A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que o estipular são títulos
executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores,
insolvência civil e liquidação extrajudicial (EAOAB, art. 24).
Os honorários são cobrados por meio de cumprimento de sentença (execução) nos próprios
autos.
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A advocacia pro bono é uma inovação trazida pelo Novo Código de Ética e Disciplina, que em seu
Art. 30, estabelece que esta pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente,
não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar um advogado. - §2°
do Art. 30 do Novo Código de Ética e Disciplina.
Vale ressaltar, todavia, que a advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins
político-partidários ou como instrumento de publicidade para captação de clientela.
O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a
intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento (EAOAB, art. 26).
ATENÇÃO: os honorários advocatícios não podem ser fixados em salários mínimos (súmula 201
do STJ).
TIPOS DE HONORÁRIOS
A prestação de serviço profissional garante aos advogados direito aos seguintes tipos de
honorários:
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A sucumbência é fixada pelo juiz na sentença e varia entre 10% e 20%. O Código de Ética e
Disciplina estabelece critérios para a fixação dos honorários de sucumbência.
Além disso, a dedução a que se refere o caput do art. 22-A não será permitida aos advogados
nas causas que decorram da execução de título judicial constituído em ação civil pública ajuizada
pelo Ministério Público Federal.
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Contudo, essa dedução não será permitida aos advogados nas causas que decorram da
execução de título judicial constituído em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público
Federal.
Sobre eventual acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária, salvo aquiescência do
profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os convencionados, quer os concedidos por
sentença.
O pedido de desbloqueio de bens será feito em autos apartados, que permanecerão em sigilo,
mediante a apresentação do respectivo contrato.
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Nos demais casos, o advogado poderá optar pela adjudicação do próprio bem ou por sua venda
em hasta pública para satisfação dos honorários devidos, nos termos do art. 879 e seguintes do
CPC.
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5. DA ATIVIDADE DA ADVOCACIA
Juntamente com o tema “Impedimentos e Incompatibilidades”, a “Atividade da Advocacia” divide a
quarta posição em incidência no Exame de Ordem.
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Recentemente, essa importância foi reforçada no próprio Estatuto, em seu art. 2º-A, que prevê
que o advogado pode contribuir com o processo legislativo e com a elaboração de normas
jurídicas, no âmbito dos Poderes da República.
2
EAOAB. “Art. 1º. São atividades privativas de advocacia: I - a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos
juizados especiais; II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. § 1º Não se inclui na
atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. § 2º Os
atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a
registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. § 3º É vedada a divulgação de
advocacia em conjunto com outra atividade”.
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Atividade de assessoria exercida por estagiário: admite-se o exercício da advocacia por estagiário
inscrito na OAB e desde que os atos sejam praticados em conjunto com o advogado ou o
defensor público (EAOAB, art. 3º, § 2º; RGOAB, art. 29).
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A direção jurídica significa que em empresas que possuam departamento jurídico na sua
estrutura organizacional, seja empresa pública, privada, ou instituição financeira, a função de
diretoria ou gerência jurídica é atividade privativa de advogado regularmente inscrito na
OAB.
São nulos os atos privativos de advogado praticados por quem não seja advogado, sujeitando-se
às sanções civis, penais e administrativas (EAOAB, art. 4º).
Também são nulos os atos praticados por advogado impedido3 (no âmbito do impedimento),
licenciado, suspenso ou que exercer a advocacia em atividade com esta incompatível (EAOAB,
art. 4º, parágrafo único).
A anulação é: absoluta, “ex tunc” e “ab initio”; imprescritível; declarada de ofício; não convalesce;
e não pode ser suprida ou sanada.
3
EAOAB. “Art.30. São impedidos de exercer a advocacia: I – os servidores da administração direta, indireta
ou fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade
empregadora; II – os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das
pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas,
entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. Parágrafo
único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos”.
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Sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando
visados4 por advogados.
Divulgação por mala direta: é permitida para quem já é cliente do advogado. Proibida, no entanto,
para quem não é cliente.
Publicidade:
Não pode:
Comentário: Existe uma tendência mundial à liberação do uso das mais variadas formas de
publicidade na advocacia, principalmente pelo avanço dos meios tecnológicos. Nos EUA, por
exemplo, a publicidade é liberada desde 1977, permitindo, inclusive, anúncios em meios
4
Segundo Paulo Luiz Netto: “o visto do advogado não é mera formalidade; importa e comprometimento de
autoria, da forma e do conteúdo do ato. Responde o advogado em correspondência aos seus deveres
ético-profissionais e à responsabilidade civil culposa por danos decorrentes”.
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televisivos. No entanto, no Brasil, até o momento, existem sérias restrições que devem ser
observadas por todos aqueles que exercer atividade advocatícia.
O Novo Código de Ética e Disciplina da OAB, de 2015 (Art. 39 a 47), bem como o Provimento nº
94/2000, versam de forma mais extensiva sobre a divulgação da atividade advocatícia.
6. INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO
Incompatibilidade
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I – chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
Comentário: sobre este inciso, vale o destaque de decisão proferida pelo STF em sede de ADIn
sob o nº 1.127-8, em que ficou entendido que não há impedimentos dos juízes eleitorais e seus
suplentes de advogar.
Não obstante, sobre a função do conciliador, o STJ, no Resp 380.176/RS, esclareceu que:
Não se conforma a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Rio Grande do Sul com o
decisum da Corte de origem que autorizou a inscrição da impetrante, bacharel em Direito, no
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mencionado órgão de classe, nada obstante exerça a função de conciliadora do Juizado Especial
Cível. O bacharel em Direito que atua como conciliador e não ocupa cargo efetivo ou em
comissão no Judiciário não se subsume às hipóteses de incompatibilidade previstas no art. 28 do
Estatuto dos advogados e da OAB (Lei n. 8.906/94). A vedação, como não poderia deixar de ser,
existe tão somente para o patrocínio de ações propostas no próprio juizado especial. Esse
impedimento, de caráter relativo, prevalece para diversos cargos em que é autorizado o exercício
da advocacia, a exemplo dos procuradores do Distrito Federal, para os quais é defeso atuar nas
causas em que for ré a pessoa jurídica que os remunera. Hodiernamente, a questão não enseja
maiores digressões, visto que a controvérsia já restou superada até mesmo no âmbito do
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Recurso especial não conhecido.
Comentário: vale ressaltar que essa hipótese de incompatibilidade se baseia no poder de decisão
que o cargo possui. Se, por exemplo, o cargo seja de chefia, mas não haja o poder de decisão,
não restará caracterizada a incompatibilidade.
Exceção - Direção Acadêmica de Cursos de Direito: nada obstante, isso não se aplica aos
advogados que componham, exclusivamente, a direção acadêmica de curso de Direito, em
instituição pública. Sendo de outros cursos, como, por exemplo, Pedagogia, Biologia, etc., a
incompatibilidade é aplicável.
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§ 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante
sobre interesses de terceiro, a juízo do Conselho competente da OAB, bem como a administração
acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
Impedimento
II – os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações
públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço
público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.
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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entidade de serviço público, dotada de personalidade
jurídica e forma federativa, tem por finalidade:
A OAB não mantém qualquer vínculo funcional ou hierárquico com órgãos da Administração
Pública, e o uso da sigla da OAB é privativo da Ordem dos Advogados do Brasil.
A OAB, por constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação a seus bens,
rendas e serviços.
Os atos dos órgãos da OAB, exceto quando reservados ou de administração interna, devem ser
publicados na imprensa oficial ou afixados no fórum, na íntegra ou em resumo.
PATRIMÔNIO
ÓRGÃOS DA OAB
CONSELHO FEDERAL
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● É composto:
● Os presidentes dos Conselhos Seccionais, nas sessões do Conselho Federal, têm lugar
reservado junto à delegação respectiva e têm direito somente a voz;
● Conselho Pleno;
● Órgão Especial do Conselho Pleno;
● Primeira, Segunda e Terceira Câmaras;
● Diretoria;
● Presidente.
DELEGAÇÃO
Uma delegação é formada por três conselheiros federais. Cada delegação tem direito a um voto.
O Conselheiro, na sua delegação, é substituto dos demais, em qualquer órgão do Conselho, nas
faltas ou impedimentos ocasionais ou no caso de licença.
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CONSELHEIRO FEDERAL
O Conselheiro Federal exerce cargo incompatível com o de membro de outros órgãos da OAB,
salvo quando se tratar de ex-presidente do Conselho Federal e do Conselho Seccional.
O Conselho Federal, como órgão situado no topo da estrutura da OAB, possui competência para:
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CONSELHO PLENO
O Conselho Pleno é integrado por três Conselheiros Federais das Delegações de cada Estado
brasileiro e do Distrito Federal (oitenta e um membros) e pelos ex-Presidentes do Conselho
Federal (Membros Honorários Vitalícios). O Conselho Pleno é presidido pelo Presidente da
Entidade e secretariado pelo Secretário-Geral.
Bem como:
b) regular, mediante resolução, matérias de sua competência que não exijam edição
de Provimento;
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Integrado por um Conselheiro Federal indicado pela própria Delegação de cada Estado e do
Distrito Federal (vinte e sete membros), sem prejuízo de sua participação no Conselho Pleno, e
pelos ex-Presidentes da Instituição (Membros Honorários Vitalícios), o Órgão Especial do
Conselho Pleno é presidido pelo Vice-Presidente da Entidade e secretariado pelo
Secretário-Geral Adjunto.
a) recurso contra decisões das Câmaras, quando não tenham sido unânimes ou,
sendo unânimes, contrariem o Estatuto, o Regulamento Geral, o Código de Ética
e Disciplina ou os Provimentos;
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Os recursos ao Órgão Especial podem ser manifestados pelo Presidente do Conselho Federal,
pelas partes ou pelos recorrentes originários.
O relator pode propor ao Presidente do Órgão Especial o arquivamento da consulta, quando não
se revestir de caráter geral ou não tiver pertinência com as finalidades da OAB, ou ainda o seu
encaminhamento ao Conselho Seccional, quando a matéria for de interesse local.
A decisão do Órgão Especial constitui orientação dominante da OAB sobre a matéria, quando
consolidada em súmula publicada na imprensa oficial.5
Além disso, há a Primeira Câmara, Segunda Câmara e suas turmas e a Terceira Câmara. Para
entender um pouco mais sobre elas e quais são suas atribuições, faça a leitura dos arts. 88 a 90
do Regulamento Geral.
CONSELHOS SECCIONAIS
5
OAB (Brasil). INSTITUCIONAL / ÓRGÃOS COLEGIADOS: Órgãos Colegiados. Disponível em:
<https://www.oab.org.br/institucionalinstituicao/orgaoscolegiados>. Acesso em: 16 out. 2019.
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SUBSEÇÕES
● A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa sua área territorial e
seus limites de competência e autonomia;
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● No caso da Subseção ser integrada por mais de cem advogados, ela pode ser integrada
por um Conselho em número de membros fixado pelo Conselho Seccional;
Conselho de Subseção
Quando há mais de 100 (cem) advogados, a Subseção pode ser integrada também por um
conselho em número de membros fixado pelo Conselho Seccional.
Competência da Subseção
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COMISSÕES
Cada unidade da OAB pode compor comissões permanentes ou temporárias voltadas para uma
temática específica, como por exemplo:
● Advocacia Pública;
● Advogado Assalariado;
● Defesa do Consumidor;
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● Direitos Humanos;
● Exame de Ordem;
● Meio Ambiente;
● Mulher Advogada;
● Obras e Patrimônio;
● Orçamento e Contas.
Essas comissões se reúnem regularmente com diferentes assuntos em pauta, tanto para debate
como para entendimento de questões que estão sendo abordadas pela opinião pública.
8. SOCIEDADE DE ADVOGADOS
O assunto em epígrafe sofreu alterações relevantes em decorrência da publicação da Lei nº
13.247/16, que trouxe a figura da sociedade unipessoal de advocacia. Senão vejamos:
● A sociedade poderá ser formada por dois ou mais sócios, ambos devendo ser inscritos
na OAB;
● O advogado que não desejar compor sociedade com outros colegas poderá optar pela
Sociedade Unipessoal. A sociedade unipessoal de advocacia é a solução para o
advogado que deseja ingressar no Simples Nacional, sistema de tributação com
vantagens econômicas e burocráticas, mas não quer formar sociedade com outro
profissional. Essa figura jurídica criada para a advocacia é equivalente à Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI);
● A outorga de poderes deverá ser feita na pessoa física dos sócios; nunca para a pessoa
jurídica.
● Sócios de uma mesma sociedade não poderão atuar, no mesmo processo, para clientes
opostos.
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Patrocínio Infiel
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Parágrafo único – incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende,
na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.
● O delito em questão é apenado com detenção, de seis meses a três anos, e multa;
● O crime consuma-se no momento em que o agente praticar o ato de traição, mesmo que
inexista prejuízo material efetivo para o Estado ou para terceiros;
Personalidade Jurídica
● É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas ou nas juntas
comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia;
Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem
subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício
da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possa incorrer.
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“Art. 17-B. A associação de que trata o art. 17-A desta Lei dar-se-á por meio de pactuação de
contrato próprio, que poderá ser de caráter geral ou restringir-se a determinada causa ou trabalho
e que deverá ser registrado no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede a
sociedade de advogados que dele tomar parte.
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Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de
advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem
denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como
sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou
totalmente proibida de advogar.
Licenciamento de sócio
9. ELEIÇÕES E MANDATOS
ELEIÇÃO (EAOAB, arts. 63 e 64)
● A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB será realizada na segunda quinzena
do mês de novembro do último ano dos mandatos, mediante cédula única e votação
direta dos advogados regularmente inscritos;
● O voto é obrigatório para todos os advogados inscritos, sob pena de multa de 20%
do valor da anuidade;
● A ausência pode ser justificada por escrito e será apreciada pela Diretoria do Conselho
Seccional.
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● Para postular em juízo, o advogado deve possuir mandato (EAOAB, art. 5º);
Exceção: As atividades de consultoria e assessoria jurídicas podem ser exercidas de
modo verbal ou por escrito, a critério do advogado e do cliente, e independem de
outorga de mandato ou de formalização por contrato de honrorários.
● Art. 20. Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes, e não estando
acordes os interessados, com a devida prudência e discernimento, optará o advogado
por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado o sigilo profissional;
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Extinção do Mandato:
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I - capacidade civil;
VI - idoneidade moral;
● Nunca ter sido condenado pela prática de crime infamante6, salvo reabilitação judicial;
● Qualquer pessoa pode requerer à OAB a declaração de inidoneidade moral do
candidato à inscrição.
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Crime infamante é todo crime que provoque para seu autor desonra, má fama.
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Vale destacar, ainda, que o STJ, em decisão exarada no REsp 1.710.155, manifestou
entendimento no sentido de que não há necessidade de inscrição na ORDEM DOS
ADVOGADOS DO BRASIL para servidores que exercerem a carreira da Defensoria Pública.
Nome Social
De acordo com a resolução 5/2016 do Conselho Federal, desde 2017, é reconhecido aos
travestis, transexuais e transgêneros o direito de usar nome social no lugar do nome civil para
exercer a profissão.
De acordo com o art. 33, parágrafo único, do Regimento Geral da OAB, o nome social é a
designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica e é socialmente reconhecida.
Ele será inserido na identificação do advogado mediante requerimento.
Espécies de Inscrição
● Principal;
● Suplementar;
● Por Transferência;
● Nova Inscrição;
● Do Estagiário.
7
Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o
domicílio da pessoa física do advogado. (EAOAB, art. 10, § 1º).
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Inscrição por Transferência – Quando o advogado decide mudar definitivamente o seu domicílio
profissional.
Novo Pedido de Inscrição – Quando o profissional teve a sua inscrição cancelada, é necessário
que obtenha uma nova.
● Nesta hipótese, perde o número da inscrição anterior, e para obter nova, o novo pedido
de inscrição deve ser acompanhado de provas de reabilitação;
● Para a obtenção de nova inscrição, o interessado deve atender os requisitos dos arts.
8º; 11, §§ 1º e 2º; e art. 41 do EAOAB.
Inscrição de Estagiário
● Cancelamento;
● Licenciamento.
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Os processos dos anos anteriores que ainda não terminaram deverão ser considerados na contagem das
cinco causas no ano seguinte.
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III. Falecimento
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EAOAB. “Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: I –
chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; II – membros
de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados
especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento
em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta; III – ocupantes de cargos ou
funções de direção em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas
empresas controladas ou concessionárias de serviço público; IV – ocupantes de cargos ou funções
vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais
e de registro; V – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de
qualquer natureza; VI – militares de qualquer natureza, na ativa; VII – ocupantes de cargos ou funções que
tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; VIII
– ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas”.
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Hipóteses de licenciamento:
● No caso de doença mental curável, a inscrição é cancelada pela perda dos requisitos da
inscrição.
12. CONTRIBUIÇÕES
● Compete à OAB fixar e cobrar, de seus inscritos, contribuições, preços de serviços e
multas;
● Constitui título executivo extrajudicial a certidão passada pela diretoria do Conselho
competente, relativa a estes créditos;
● O pagamento da contribuição anual à OAB isenta os inscritos nos seus quadros do
pagamento obrigatório da contribuição sindical.
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● O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas
informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente;
16. RECURSOS
Os arts. 75 a 77 do EAOAB dispõem acerca dos recursos:
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No caso de atos, notificações e decisões divulgados por meio do Diário Eletrônico da Ordem dos
Advogados do Brasil, o prazo terá início no primeiro dia útil seguinte à publicação, assim
considerado o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário.
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