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Odontologia - UEM Cariologia II – Núbia 2022Lara Macedo Figueiredo


Cimento de Ionômero de
Liberação de calor: reação exotérmica (3-7C)
 Ph: 1,5
 20 – 30 % das partículas reagem (as que não reagem conferem

Vidro 
resistência depois);
O brilho do material indica que ocorreu a ionização e já pode
usar;
 Material versátil, permite utilizar em qualquer situação;  Quando perde o brilho, o CIV não adere mais;
 Propriedades bioativas: interage com o organismo; - obs:  Ainda não reagiu;
resina composta não têm;
FASE II
HISTORICO
 Formação da matriz de poliácidos
 Cimento de silicato: ac fosfórico (não é biocompativel, tem
 Poliacrilato de cálcio
baixo peso molecular) + vidro de silicato;
 Ph: 2-3
 Cimento de carboxilato de zinco: oxido de zinco (falta de
 Viscosidade
resistência) + ac poliacrilico;
 Perda de brilho: os íons reagiram com a estrutura dental ou
 Juntou o vidro de silicato(boa resistência) com o ac
com o ácido poliacrílico (já ocorreu a reação) – processo de
poliacrílico (boa biocompatibilidade)= 1971 eilson e kent
endurecimento;
cimentos de ionômero de vidro
 O ácido poliacrílico tem agrupamento negativo para
neutralizar os íons
CIMENTO DE IONOMERO DE VIDRO
CONVENCIONAL FASE III
 Formação do gel de sílica e incorporação de vidro a
 PÓ (1 colherzinha rasa) matriz: incorporação de partículas que não reagiram na fase I
 Sílica (Sio3) (alumínio);
 Alumina (al2o3)  Gel de sílica na superfície das partículas
 Fluoreto de cálcio (CaF2)  Apenas uma parte reage e o resto fica aprisionado dentro da
 Vidro de fluoraluminosilicato de cálcio matriz
 Civ fica esbranquiçado
 LIQUIDO (1 gota)
 Dispensar a 1ª gota se tiver bolha e usar a 2ª;  Por que a partícula de vidro é importante? Confere resistência
 Ácido polialcenóicos porque é uma partícula grande e também ocorre adesão
 Ac poliacrílico (40 -50%) química e iônica (cálcio do CIV com fosfato do dente);
 Ac tartárico
 Ac itacônico CLASSIFICACAO – QUANTO AO TAMANHO DA
 Água PARTÍCULA

Manipulação  O tamanho da partícula muda a consistência;


 Proporção de acordo com o fabricante, utilizando uma colher  Tipo I: 20nm – Vidrion C (espessura fina – cimentação de
específica; banda de aparelho, ortodôntica, prótese);
 Com espátula flexível n° 24 e placa de vidro (para não  Tipo II: 45u – vidrion R(maior espessura – restaurações);
esquentar tão rápido e endurecer) – no calor a manipulação  Tipo III: CIV RESTAURADOR 25-35u, vidrion F (fluidez
tem que ser mais rápida, endurece mais rápido; intermediária – selante e forramento de cavidades profundas);
1. Uma medida de pó para uma gota;  Tipo IV: CIV RESINOSO = cimento de ionômero
2. Divide a porção e levar uma metade e depois a outra; modificado por resina (20% resina e 80% ionômero),
3. Aglutinação do pó ao liquido (45 a 60 seg); indicação universal (restaurações definitivas) - é mais
4. Reação de presa (endurecimento em 10 min até a consistência amarelado;
de fio); o É adicionado HEMA (monômero resinoso) e
5. Tempo de trabalho: 2 min (1 min para manipular e 1 min para fotoiniciadores (ativados pela luz azul para controlar a
restaurar); polimerização e endurecimento);
 Tempo de presa: 10 min – a partir do momento que o pó entra o Esse tipo possibilita controle do tempo de trabalho,
em contato com o líquido; resistência e cor mais parecida com o dente;
 Placa de vidro: reação exotérmica (libera calor), a placa ajuda o Cimentos híbridos, acelera presa do material, há
à conter o aquecimento que ocorre na matéria e dá um tempo contração de polimerização;
de trabalho adequado. Mais quente prejudica o trabalho, por
isso o ambiente precisa ser refrigerado; Cimento de Ionômero de Vidro Resinosos
 Cimentos híbridos (acelera presa do material, há contração de
polimerização);
 Controle do tempo de trabalho;
REACAO DE PRESA  Maior resistência;
 Uso da luz da azul: Modificado por resina: 80% ionômero e
FASE I
20 % resina: melhora a cor e a resistência;
 Deslocamento de íons (45 – 60s)
 Muito usado;
 Pó + liquido: dissolve o vidro e libera os íons Flúor, cálcio e
alumínio. Faz a ionização desse vidro e na superfície dele terá
os íons deslocado para reagir com outra coisa. Ex: no dente o CIV de vidro reforçado por metais
cálcio se liga na hidroxila e o fosfato. Liberação de íons para  Cermet – curiosidade apenas
ter reação química. Reação ácido/ base  Proporção de 1:1;

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Odontologia - UEM Cariologia II – Núbia 2022Lara Macedo Figueiredo
 Mistura “milagrosa” na teoria;  Adequação do meio bucal: limpeza geral, escava e retira
 Sem diferença nas propriedades mecânicas; dentina amolecida e depois sela com CIV, paralisando a lesão
 Presa acelerada na prática; de cárie pois tampa a cavidade matando bactérias por falta de
açúcar e, pois estimula a ação dos odontoblastos para produzir
 DESVANTAGENS: tempo, presa, porcionamento (gota e dentina que antes estava esclerosada;
colherzinha), limpeza da placa de vidro e manipulação,  Sinérise: água faz parte da reação, se tiver muito seco causa
mistura pó/líquido exposta ao ar (forma bolhas - ressecamento (trincas, rachaduras) - coloca um algodão
sensibilidade); úmido;
 Embebição: perda de íons Ca e Al, erosão superficial e perda
CIV – Capsulas de resistência;
 Manipulação rápida (não manual), com proporção perfeita;  Problema: acabamento e polimento tardio;
 Facilidade de inserção na cavidade;  Para não causar problemas, usar protetores de superfície
 Custo elevado: devido a cânula (liga uma capsula a outra) para (isolante para evitar perda ou ganho de água) - pode ser
evitar bolhas e amalgamador para agitação da mistura; vaselina, esmalte de unha, gleize
 Pode ser: CIV convencional e modificado por resina;
 KIT COM 4 MATERIAIS: pó, líquido, gleize, primer (ácido
para facilitar interação com CIV - prepara cavidade);
CIV automix
 Dosagem perfeita usando um cliquer e uma seringa (aperta o e
faz um clique), mas ainda tem influência do ar, é caro - só 6. Liberação de flúor (24 a 48h): PROPRIEDADE
com CIV resinoso; BIOATIVA, BIOCOMPATÍVEL
 Esse não precisa de amalgamador, usa a seringa apenas com  Íos fracamente ligados à matriz;
cliquer;  Liberado por lixivação (estímulo de água, língua);
 De 23%, 12 a 18% são liberados;
 Materiais recarregáveis por dentifrícios e água;
PROPRIEDADES  CIV convencional libera + flúor dentro das 48h (início), por
1. Proporcionamento: ideal 1:1 isso é mais indicado na adequação bucal - no início resinoso
tem menos flúor, mas depois ele recarrega mais;
 Pó: medida adequada e homogeneização;
 Reaplicação de flúor no consultório com gel: convencional
 Líquido: dispensa a 1a gota e em posição de 90 graus;
recarrega = inicial, no resinoso recarrega até mais;
 Placa de vidro grossa (20 mm): manter a temperatura ideal (20
 Paciente crítico desobediente que não vem no consultório
C), não absorve água do líquido e retarda a reação;
certo = usa CIV convencional // se ele vem sempre é melhor
 Cuidado! Pouco pó: mistura fluida, aumenta solubilidade e
usar o resinoso que dá para recarregar mais no consultório;
diminui a resistência; Muito pó: menor tempo de trabalho e
presa, diminui a adesividade e translucidez;
 Mais denso o material mais partícula de vidro tem para ser 7. Coeficiente de expansão térmica linear: alterações
quebrado para levar a consistência de fio e brilho. dimensionais em função da temperatura;
 Esmalte 11,4 / Dentina 8,3 / CIV 13 / CIV resinoso 31 /
2. Manipulação amálgama 25 / resina composta 31;
 O que mais e assemelha a dentina é o CIV, então o CIV não
 Seringa ‘’Centrix’’ facilita inserção do material, diminui
causa muita variação térmica, não causando dano à polpa;
porosidades e melhor adaptação marginal;
o CIV no embolo na seringa e dispensa na cavidade -
 O que faz o CIV ser biocompatível? Adesividade química,
indispensável para cavidades grandes, que não dá para
liberação de flúor e coeficiente de expansão térmica linear;
pôr com espátula;
8. Biocompatibilidade
3. Resistência: baixa do CIV a contração, tração, abrasão e  Alto peso molecular não deixa permear nos túbulos
cisalhamento - melhor ser resina composta; dentinários;
 Materiais resistentes do - para +: CIV < CIV resinoso <  Ácido poliacrílico é fraco e rapidamente precipitado pelos
compômero < resina composta; íons cálcio nos túbulos dentinários;
 Uso do CIV em restaurações definitivas: só se for tipo túnel,  Íons H+: mantidos na cadeia polimérica;
pois a crista marginal tá intacta;  Antibacteriano: baixo pH inicial, união química, liberação de
flúor;
4. Adesividade: união química ou quelação (íons cálcio do
CIV com fosfato do dente e cálcio do dente com hidroxila do  VANTAGENS: liberação de flúor, biocompatibilidade,
CIV); adesividade e coeficiente de expansão térmica;
 Cavidade muito profunda tá muito próximo da polpa, com  DESVANTAGENS: resistência, solubilidade e técnica
túbulos dentinários e odontoblastos - CIV usa para forrar a sensível;
cavidade, pois não permeia na polpa (causaria sensibilidade e  ONDE USAR CIV (indicações): selante, classe I e III
inflamação se permeasse ou se não usar ele para forrar antes conservativa, classe II tipo túnel ou slot horizontal, classe V,
de colocar resina composta); forramento/base de restauração, dentes decíduos e cimentação
 Brilho: indica que há grupos carboxílicos livres para reagir (prótese e ortodontia);
com a estrutura dental; o ATR (tratamento restaurador atraumático):
crianças/adultos carentes, odontologia hospitalar - faz o
que dá com o que tem;
5. Sorção e solubilidade:  ONDE NÃO USAR (contra-indicações): classe II com
 CIV têm maior tolerância a umidade (por ter água na envolvimento de crista marginal, áreas submetidas a esforços
composição) - em regiões críticas e de impossibilidade de mastigatórios (cúspides), classe IV, casos de grande perda de
isolamento absoluto; esmalte vestibular;

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Odontologia - UEM Cariologia II – Núbia 2022Lara Macedo Figueiredo

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