O documento discute as relações entre linguagem verbal e não verbal. A imagem de pegadas na terra remete ao slogan de que o anunciante conhece bem o negócio. Já a figura de uma mulher inquieta ilustra o tema da reportagem sobre ansiedade e depressão. As linguagens se complementam para transmitir significados.
O documento discute as relações entre linguagem verbal e não verbal. A imagem de pegadas na terra remete ao slogan de que o anunciante conhece bem o negócio. Já a figura de uma mulher inquieta ilustra o tema da reportagem sobre ansiedade e depressão. As linguagens se complementam para transmitir significados.
O documento discute as relações entre linguagem verbal e não verbal. A imagem de pegadas na terra remete ao slogan de que o anunciante conhece bem o negócio. Já a figura de uma mulher inquieta ilustra o tema da reportagem sobre ansiedade e depressão. As linguagens se complementam para transmitir significados.
Frente 1 para uma coordenada geográfica, 10. C evidenciando que o anunciante sabe Capítulo 1 — Artimanhas 11. A de fato onde se localiza a proprie- da língua: usos e norma dade rural. Isso funciona como ele- 12. B mento argumentativo, validando a 13. C Revisando ideia de que o anunciante realmen- 14. O autor tem a intenção de conscientizar te conhece seu cliente e é capaz de 1. a) Declaração de amor, paquera. as pessoas sobre a importância de eco- atendê-lo de forma pontual. b) Linguagem informal, pois evidencia a nomizar água. 10. B aproximação entre os interlocutores. 15. E 11. a) As traças incorporaram ao modo de 2. As personagens não estão se entenden- 16. D falar as marcas típicas da segunda do. As respostas da mulher mostram que 17. B pessoal do plural “vós”, inclusive em ela não compreende o que está sendo contextos nos quais tais marcas se- 18. C dito e trata a declaração com descaso e desprezo. riam agramaticais. Isso se deve ao 19. Entre a imagem dos dedos e as palavras fato de estarem roendo a Bíblia, tex- “digital” e “diferença” há uma relação de 3. a) Porque em momentos de declaração to antigo em que a segunda pessoa proximidade. Isso ocorre pois, na propa- de amor, a linguagem deveria ser mais ocorre com muita frequência. ganda, há a presença de quatro dedos simples para aproximar o ouvinte. b) Como foi o teu/seu dia? representando pessoas com diferentes b) A fala deve ser simples, com uso de Eu queria que tivesse sido melhor. características. Logo, “digital” e “diferença” vocabulário mais cotidiano. se referem à identidade das pessoas. 12. B 4. E 20. B 13. E 5. A 21. D 14. D 6. B 15. E 22. B 7. E 16. B 23. B 8. E 17. A 24. C 9. E 18. A 25. B 10. A 19. A 26. E
Exercícios propostos 20. A 27. E
21. C 28. B 1. A 22. B 29. D 2. A 23. D 30. D 3. B 24. E 31. E 4. C 25. D 32. E 5. C 26. B 33. A 6. B 27. B 34. A 7. O texto emprega a modalidade oral da língua, como se percebe em “você sabe” 28. A 35. a) De acordo com a norma-padrão, o e “toda essa coisa”. texto deve ficar da seguinte manei- 29. B ra: Potência, robustez e tração 4WD. 8. Entre a imagem que está na capa da re- 30. A Porque há/existem lugares a que/aos vista e o texto verbal é possível verificar 31. A quais, só com o espírito de aventura, uma relação de ilustração. No recurso 32. E não se chega. não verbal, há o desenho de uma mulher que parece estar inquieta, angustiada e 33. A b) Sim, pois o uso da palavra “só” res- confusa, enquanto o plano verbal revela tringe a informação do enunciado. 34. B que a reportagem tratará de transtornos 36. Há uma relação de ilustração entre o fun- 35. A como ansiedade e depressão. Portanto, do escuro e o texto verbal, uma vez que as duas linguagens se complementam. 36. A a escuridão e a privação de liberdade 9. a) Existe relação de sentido entre a ima- são signos metafóricos usados para re- gem e o slogan do anúncio, uma vez Exercícios complementares presentar a condição de escravidão. que a pegada marcada na terra traz a 1. D ideia de que o anunciante é uma pes- BNCC em foco 2. A soa presente no campo, está sempre 3. Resposta pessoal. 1. A próximo e, portanto, conhece bem o negócio, exatamente como é afirma- 4. C 2. B do no slogan: “É diferente quando 5. E 3. O uso da linguagem não verbal associa- você conhece”. A linguagem visual, da à linguagem verbal reforça o tema 6. B portanto, valida a ideia de que o anun- central da reportagem e serve como es- ciante está preparado para atender às 7. D tímulo para atrair o interlocutor à leitura necessidades de seus clientes. 8. D do texto.
17. 03 12. A Capítulo 2 — Classes 18. C 13. A gramaticais e relações 14. D BNCC em foco morfossintáticas 15. A 1. C 16. D Revisando 2. a) I. Substantivo. 17. A 1. C II. Adjetivo. 18. C III. Adjetivo. 2. D 19. C IV. Verbo. 3. C V. Substantivo. 20. E 4. A b) Os adjetivos selecionados são ade- 21. D 5. D quados para a proposta da propa- 22. A 6. A ganda e caracterizam as vantagens 23. D que só a empresa em questão ofere- 7. B 24. B ce na compra de um carro: facilidade, 8. A rapidez e segurança. 25. C 9. A 3. C 26. D 10. B 27. D 28. Errado, pois o uso que se faz nesse con- Exercícios propostos Capítulo 3 — Construção texto é: “Me espere ao cair da tarde”. 1. E do sintagma nominal 29. E 2. E 30. D 3. B Revisando 31. D 4. B 1. a) Não. Em “vozinha”, o efeito é de des- 32. B 5. A prezo, minimização. Em “sorrisinho”, 33. Os pronomes indefinidos são “ninguém” 6. B o sentido é de ironia. e “nenhum”. O sentido desses prono- 7. E b) Resposta possível: “Os outros deci- mes, no texto, é de não exatidão. dem dar uma festa para fazê-lo rir [...]. 8. C 34. D Todos realizam coisas engraçadas”. 9. C 35. a) “Eu” refere-se a Calvin. 2. C 10. A b) “Isso” refere-se ao fato de Calvin dizer 3. B 11. B que vai “ter uma fala e tudo mais”. 4. B 12. E c) “Minha.” 5. E 13. D 36. A 6. C 14. C 37. D 7. E 15. B 38. D 8. A 16. B 39. C 9. D 17. E 40. D 10. A 18. C 41. O pronome relativo “cujo” estabelece uma relação de posse e refere-se à mi- Exercícios propostos nistra do STF Rosa Weber. Exercícios complementares 1. E 42. C 1. C 2. C 43. C 2. B 3. D 44. A 3. E 4. Pronome relativo, pois retoma o termo 45. C 4. A “Hospital St. Jude”. 46. a) O artigo “o”. 5. E 5. C b) Resposta possível: “o moço jovem” 6. D 6. B ou “a moça jovem”. 7. D 7. D 47. E 8. C 8. Autor defunto: o que faleceu deixando 48. C 9. B toda a sua obra (substantivo + adjetivo). 49. A 10. A Defunto autor: o que se torna escritor depois de morto (adjetivo seguido de 50. C 11. C substantivo). 51. B 12. E 9. Verdadeira. Ao ser feita uma compara- 52. D 13. C ção, o possível comprador sabe que o 53. B 14. A terreno anunciado não é tão bom. 54. Sim. Em enunciados que se iniciam 15. A 10. E com verbo, usa-se a ênclise, segundo 16. A 11. E a norma-padrão.
os empresários das redes sociais 40. C 11. A que criaram ferramentas para ma- 41. C 12. D pear comportamentos, preferências 42. A 13. B de consumo e crenças, por exemplo, 43. C 14. C para tornar consumidores os usuá- rios. Desse modo, o dilema não é a 44. Soma: 01 1 02 1 04 1 32 5 39 15. B rede social, mas a intenção dos em- 45. B 16. A presários com os dados que obtêm 46. Relação de posse. 17. B dos usuários dessas plataformas. 47. Verdadeira. “Neste sábado” faz referên- 18. Soma: 01 1 04 1 16 5 21 3. C cia ao sábado mais próximo à data de 19. D 4. D divulgação da notícia. 20. a) Sim, pois a conjunção adversativa 5. D 48. a) Impreciso. “mas” não foi empregada para ne- 6. B b) Sim, haveria mudança de sentido, gar a expectativa originada pela 7. E pois “certa quantia” dá a ideia de oração anterior, mas para coorde- valor indeterminado; já “quantia nar duas orações, das quais apenas 8. D certa” passa a ideia de algo mais uma apresenta negação. Por isso, 9. Falsa, pois trata-se de uma generaliza- específico. pode-se empregar a conjunção ção impossível. 49. B aditiva “e” em seu lugar, sem que o 10. O diminutivo é utilizado para aproximar o sentido original seja alterado. 50. B leitor que não tem muita afinidade com a b) “não nos deixe cair em tentação, mas 51. C linguagem técnica empregada nos textos livre-nos do mal”. de divulgação científica. Outra possibi- 52. D 21. B lidade é o fato de que o diminutivo se 53. E 22. A relaciona com as minúsculas estruturas 54. E das moléculas. 23. C 11. D BNCC em foco 24. B 12. B 25. D 1. D 13. C 26. D 2. A 14. C 27. E 3. C 15. C 28. A
16. “Rota do ônibus” particulariza o ônibus, 29. C
30. C aquele dirigido pelo motorista da man- Capítulo 4 — Modalização, chete. Se fosse “rota de ônibus”, poderia 31. C ser a rota de qualquer ônibus. conexão e sentido 32. A 17. Soma: 01 1 04 1 16 5 21 Revisando 33. C 18. E 1. A 34. B 19. C 2. B 35. D 20. C 3. A 36. C 21. D 4. A 22. A Exercícios complementares 5. A 23. C 1. C 6. E 24. B 2. E 7. B 25. V; F; V; V 3. B 8. C 26. B 9. D 4. A 27. C 10. E 5. C 28. A 6. E 29. A Exercícios propostos 7. A 30. C 1. E 8. C 31. A 2. B 9. D 32. C 3. E 10. A 33. C 4. B 11. A 34. B 5. A 12. A 35. D 6. A 13. D
14. B 9. a) No excerto, a contradição ocorre ao vez que o adjetivo “puxado” é empre- 15. C punir ou responsabilizar o grupo me- gado como substantivo, determinado nos culpado pelo aquecimento global. inclusive por um artigo. 16. E b) Palavras formadas com os prefixos “im” 18. E 17. D ou “in”: “infinitesimal”, “imperceptível” 18. D e “invisível”. Palavras formadas com o BNCC em foco 19. A prefixo “des”: “desrazão” e “descarga”. 1. C 20. E 10. D 2. B 21. A 11. C 3. E 22. C 12. A 23. E 13. C Frente 2 24. D 14. C 25. D 15. C Capítulo 1 — O que é 26. D 16. a) A palavra “precariado” é formada por literatura? 27. D derivação sufixal “precário” 1 “ado”. “Precário” Precário é um adjetivo Revisando 28. E que significa “aquele que tem pouca 1. Na arte literária, a singularização é 29. E ou nenhuma estabilidade” e o sufixo observada na maneira como o autor 30. A “ado” tem sentido de “semelhante trabalha a linguagem. Dickinson usa a 31. A a”. “Precariado” pode ser associado, conotação, promovendo a plurissignifi- pela sonoridade, a “proletariado” cação do texto. Nesse sentido, a autora 32. D e “salariado”. Assim, “precariado”, obscurece e dificulta a percepção do 33. E para o autor, remete à classe social leitor, que pode encontrar diferentes 34. B do proletariado, que se encontra chaves de leitura para o poema. 35. D em situação precária profissional 2. As palavras são usadas no sentido e social. 36. E conotativo. Sol: relacionado a uma ex- b) “Com razão” é expressão circunstan- periência/situação de felicidade, de BNCC em foco cial de afirmação (adjunto adverbial descoberta; sombra: relacionada a uma de afirmação), significando, no texto, experiência/situação de dificuldades, 1. B que o autor concorda com a opinião em que é difícil ter esperança. 2. E de Ruy Braga. 3. C 3. A 17. B 4. E 18. A 5. B 6. A Capítulo 5 — Estrutura e Exercícios complementares 7. Resposta possível: formação de palavras 1. C Metáfora: “o Amor é uma criança”. Antí- 2. C tese: “Coisas baixas e vis, sem o menor Revisando 3. B valor, pode invertê-las o amor em cará- 1. A ter e dignidade”. Prosopopeia: “O Amor 4. A 2. A não enxerga com os olhos, e sim com a 5. D mente”. Há outras possibilidades de res- 3. C 6. E postas no trecho. 4. E 7. A 8. C 5. C 8. E 9. A obra pertence ao gênero dramático, 6. A devido ao uso de rubricas, do discurso 9. C 7. D direto e devido à ausência do narrador. 10. D 8. B 10. Esse gênero aborda a expressão das 11. A 9. E emoções e sentimento do eu; geralmen- 12. B te, é estruturado em versos e estrofes e 10. B 13. A utiliza recursos poéticos como o ritmo, a 14. B rima e a métrica. Exercícios propostos 15. A 1. B Exercícios propostos 16. D 2. E 1. C 17. Em “venda”, ocorre derivação regressi- 3. D va, uma vez que o substantivo “venda” 2. Soma: 01 1 02 5 03 4. C deriva do verbo “vender”. Já em “pu- 3. A 5. B xado”, ocorre derivação sufixal, uma 4. C vez que o sufixo “-ado”, relacionado à 6. Soma: 01 1 02 1 04 1 08 5 15 5. B formação de um adjetivo, está unido ao 7. B radical “pux”; é possível também indicar 6. D 8. D a derivação imprópria nesse caso, uma 7. D
8. a) A ideia da “felicidade coletiva” pode justaposição de coisas que parecem, transferir para seus olhos o sofrimento ser relacionada à concepção de um a princípio, díspares ou não sequen- de não ver sua amada; a presença dela mundo mais justo, no qual os seres ciais, mas que são deliberadamente tampouco traz alívio, pois em sua pre- humanos partilham das mesmas con- compostas dessa maneira. sença os olhos ficam cegos. dições de vida. A “felicidade coletiva” 14. a) No mote, a busca pela amada é 4. No trecho da peça em que o Diabo re- só pode ser alcançada por meio da aproximada com a imagem da na- cebe o Corregedor, é possível perceber utopia socialista, mas, segundo as vegação. O uso de verbos como as acusações feitas em relação aos atos palavras do eu lírico, as pessoas pre- corruptos desse juiz, como aceitar su- “partir”, “navegar” e “ir” indicam o sentes poderiam “[...] adiar para outro borno para praticar a justiça de forma movimento do eu lírico que sai da século” aquilo que, na verdade, seria a arbitrária. O latim distorcido usado por inércia e declara seus sentimentos. coisa mais necessária a ser realizada. Gil Vicente contribui com a crítica ao b) Os versos são heptassílabos, ou re- b) A “ilha de Manhattan” é uma meto- Corregedor, mas se trata de um recur- dondilha maior, isto é, possuem sete nímia da sociedade capitalista con- so do autor e não propriamente de uma sílabas métricas. temporânea, na qual a barbárie da crítica ao latim usado pelos magistrados. guerra encontra sua justificação. 15. a) A ambiguidade é gerada a partir do 5. D. Manoel defende a arte em seu país, o duplo sentido das palavras “gênero” 9. A que se verifica no trecho final do diálo- e “coletivos”. No contexto, é possível 10. C go com Gil Vicente. A apreciação da arte associá-las a propriedades morfoló- pela Coroa portuguesa permitiu que Gil 11. Por tratar-se de uma perspectiva pes- gicas dos substantivos, pois o poema Vicente jantasse com desembargadores soal do eu lírico, o texto pertence ao é relacionado a uma gramática da e não precisasse fugir dos cônegos. A gênero lírico. língua portuguesa. Também é possí- partir da análise desse contexto, é possí- 12. B vel compreender as palavras em um vel ver a relação íntima entre as questões contexto de comportamento identitá- 13. C políticas e as práticas artísticas. rio (ou sexual) e posicionamento de 14. B resistência social –, já que a narrativa 6. B 15. D poética é protagonizada por mulhe- 7. E 16. C res, um grupo em constante luta por 8. D igualdade de direitos. 17. E 9. A b) A figura é a metonímia, estruturada 18. Resposta pessoal. 10. Nos dois primeiros quartetos do soneto a partir do nome de um gramático, camoniano, nota-se que o amor apre- Celso Luft, usado para designar um Exercícios complementares senta o ideal neoplatônico, ou seja, há grupo ou objeto de estudos. o desejo do eu lírico de que amador e 1. B 16. C coisa amada se tornem um só. No en- 2. B 17. A tanto, a conjunção adversativa, “mas”, 3. D introdutória do primeiro terceto, evi- 18. B 4. D dencia que o eu lírico busca a forma e a matéria para a realização do seu 5. D BNCC em foco amor. Nesse sentido, o antagonismo 6. A 1. B é evidente na oposição de ideias so- 7. E 2. E bre o amor dispostas entre os tercetos e quartetos. 8. B 3. E 9. B Exercícios propostos 10. Na Odisseia, é possível observar que existe uma longa história de marginaliza- Capítulo 2 — Origens 1. C ção das mulheres no campo da política 2. C em diferentes momentos da História, o da literatura em língua 3. B que contribui para a compreensão dos portuguesa 4. C mecanismos que silenciam suas vozes até os dias atuais. Revisando 5. C 11. A primeira razão se refere à trama de 6. D 1. A cantiga apresenta: eu lírico feminino, tecido, bordado, e a segunda se relacio- diálogo com um interlocutor, nesse caso 7. E na ao artifício usado por Penélope para elementos da natureza (flores do pinhei- 8. a) No poema “Cantiga”, de Airas Nunes, adiar um novo casamento. ro, flores do verde rama), a expressão o eu lírico feminino estabelece uma 12. B do sofrimento pela ausência do amado. interlocução com duas amigas/irmãs. 13. a) A aliteração é uma figura de lin- 2. É possível perceber o uso do para- No poema “Confessor medieval”, o guagem que consiste na repetição lelismo na repetição quase idêntica eu lírico parece estabelecer uma in- harmônica de sons consonantais, dos dois primeiros versos a cada duas terlocução com uma mulher a quem o como a sequência da consoante “t” estrofes, e o refrão. A linguagem da “amigo” dirige perguntas. (tea for two, tilintar, toda); “j” ( juro e cantiga é simples. b) No primeiro poema, o eu lírico utili- jazz); “p” (prosa, prêmio, pela pista e 3. A vassalagem amorosa é evidenciada za a primeira pessoa do plural. No carapuça); “b” (branco e blue). pela subserviência com que o eu lírico segundo poema, o eu lírico utiliza a b) Os dois verbos são: “enfie” e “cante”. se refere à amada, chamando-a de mia segunda pessoa do singular. A frase “não é automatismo” pode senhor. A coita do amor fica evidente na 9. Ambos têm onze sílabas métricas, os cha- ser compreendida como uma reafir- imagem de sofrimento criada pelo eu mados hendecassílabos, com acentos mação da lógica da montagem, da lírico, por meio da personificação para coincidentes na 5a e na 11a sílabas poéticas.
10. A b) Na primeira série, a ideia central é a rio (citação 1) e do “vaivém” que desafia o 11. B ocupação da mulher. Na segunda, “capricho tirânico da fortuna” (citação 4). o sofrimento amoroso sentido pela 28. A mudança de estações está marcada 12. E mesma mulher. nos versos “O tempo cobre o chão de 13. E 5. a) A personagem é uma mulher formo- verde manto,/que já coberto foi de neve 14. C sa e de voz harmoniosa. fria”, corroborada pelos elementos “ver- 15. D b) Pode-se entender que o último verso de manto” e “neve fria”. Essas mudanças atesta que a mulher considera o eu evidenciadas no soneto não parecem 16. C lírico um tipo de vidente, porque ele trazer prazer ao eu lírico, pois há um es- 17. E tado de descontentamento com o canto adivinha seu sofrimento de amor. 18. C que se converte em choro. 6. E 19. a) Sim, há uma relação direta, pois ela era 29. A esperança do eu lírico se refere à uma alcoviteira. Por isso usa um discur- 7. D expectativa de correspondência em re- so de sedução (“meus olhos,/ prancha 8. B lação ao amor de sua Senhora, o que a Brísida Vaz!”) e de intimidade (“Bar- 9. D poderá por fim à sua tristeza. queiro, mano...”; “meu amor, minhas 30. Tanto no soneto de Camões como no 10. D boninas,/olhos de perlinhas finas!”). Romantismo a figura feminina é idealiza- 11. D b) Não, pois o Anjo vicentino representa a da e inalcançável, o que leva o eu lírico natureza divina e incorruptível dos san- 12. a) O fidalgo foi condenado pela tirania, ao sofrimento. tos medievais, sendo assim, a sedução por explorar o “pobre povo quei- 31. A feminina ou a cumplicidade oferecida xoso” e pela vaidade e arrogância (“[...] desprezastes os pequenos [...]”); 32. D por uma alcoviteira não poderiam con- vencê-lo a deixá-la embarcar. o sapateiro foi condenado por ter 33. B roubado os próprios clientes usando 34. C 20. D de seu ofício (“[...] tu roubaste bem 21. D 35. D trint’anos/o povo com teu mester [...]”). 22. D 36. C b) Gil Vicente direciona sua crítica à 23. C hipocrisia religiosa, uma vez que as personagens fidalgo e sapateiro se BNCC em foco 24. C apoiam nos dogmas cristãos com o 1. A maior semelhança entre os dois trechos 25. E intuito de alcançar a vantagem do é a vassalagem amorosa. Isolda chama 26. A paraíso celeste. Para eles, os ritos Tristão de senhor, mesmo sendo ela uma 27. D tradicionais, as orações e as missas rainha, também afirma ser sua serva; Tris- servem como moeda de troca. tão também declara ser vassalo de Isolda, 28. E 13. a) Os atos das personagens não cor- que a reverencia e a ama como senhora 29. E respondem à virtuosidade e ao ofício e rainha – esse mesmo tratamento ocorre 30. D que desempenham. O Frade tinha com o eu lírico da cantiga de amor. Outro 31. A uma amante, e o Major Vidigal rea- ponto que aproxima os dois trechos é a lizava atos arbitrários característicos morte por amor, pois Tristão e o eu lírico 32. E da corrupção. da cantiga estão dispostos a sofrer até 33. a) O eu lírico se encontra na Babi- o limite em nome do amor. lônia (local de exílio e escravidão b) A peça de Gil Vicente, de cunho mora- lizante, apresenta ao público o destino 2. E dos judeus), mas anseia por Sião (a Jerusalém celestial, o oposto da das almas pecaminosas, o Inferno. Já 3. Camões faz a ninfa Tétis afirmar que na Babilônia profana e rodeada de o romance de Manuel Antonio de máquina do mundo estão apenas os vilania), o que revela a tônica con- Almeida traça o perfil do malandro, verdadeiros seres divinos e que ela e traditória da poesia camoniana. mas não pune suas atitudes. os demais são falsos, como se nota na 14. A segunda estrofe. A inverossimilhança b) O tema do soneto de Camões é o da ninfa, apresentada como figura pagã, desconcerto do mundo, revelado 15. E demonstra a cautela do poeta diante do nos tercetos nas expressões “labi- 16. C Santo Ofício da Inquisição. rinto” e “caos”, representantes do 17. E mundo sombrio e vil. 18. C 34. C 35. B 19. C Capítulo 3 — Literatura 36. E 20. E colonial no Brasil 21. C Exercícios complementares Revisando 22. A 23. C 1. a) O choque cultural ocorre por razão 1. A da nudez das indígenas e da sua 2. D 24. D inocência em relação à falta de rou- 3. E 25. C pa diante dos homens. 4. a) O poema organiza-se em duas sé- 26. E b) As indígenas descritas na Carta são ries de estrofes paralelas, a primeira 27. As citações de Heráclito e de Sêneca vistas como selvagens. Já a perso- série abrange as duas primeiras es- dialogam com o tema central do soneto – nagem do livro de José de Alencar trofes, a segunda série abrange as a inconstância das coisas no mundo –, é idealizada, colocando o indígena duas últimas. por meio do movimento das águas do como um herói nacional.
2. A apóstrofes, anáforas e antíteses, 34. A 3. B interjeições e verbos no modo 35. C imperativo, como caminho para re- 4. Resposta pessoal. 36. A forçar a afirmação de que o homem 5. O poema é um exemplo cultista, pois apre- não pode retornar à existência. 37. C senta um jogo de palavras a partir do uso b) A sensibilização aos ouvintes ocorre 38. Soma: 01 1 08 1 16 5 25 de figuras de linguagem, seleção voca- por meio da estratégia do padre em 39. Soma: 04 1 08 1 16 5 28 bular e do processo de disseminação de pedir aos mortos que revelem aos 40. A palavras retomadas no final da estrofe. vivos o trágico momento que vem 6. D 41. B após a morte. O medo é o recurso 7. A imagem do fauno, ser mitológico que levaria o ouvinte à conclusão 42. E montanhês, alude à Arcádia, espaço da finitude da vida diante do “transe 43. B bucólico que dá nome ao Arcadismo. O tão apertado”. 44. D ambiente campestre e bucólico é tema 12. C 45. E frequente dos poetas árcades. 13. B 46. B 8. A 14. Através da comparação entre Alexandre 47. E 9. Os contextos políticos apresentam cer- Magno, grande conquistador da Antigui- ta relação, visto que o movimento de 48. F; F; V; F; V dade, e os piratas saqueadores, o padre insurreição no Brasil se inspira nos ideais promove o efeito retórico, discutindo 49. D revolucionários em prol da liberdade e os impasses econômicos e políticos da 50. E igualdade da Revolução Francesa. Pedro época. 51. B Américo utiliza o mesmo posicionamento 15. C do braço de Marat na imagem de Tiraden- tes, relacionando os dois personagens 16. A Exercícios complementares históricos, que são símbolos revolucioná- 17. C 1. B rios em seus respectivos países. 18. B 2. “o melhor fruto que dela se pode tirar 10. Resposta pessoal. 19. E parece-me que será salvar esta gente”. 20. B 3. A Exercícios propostos 21. C 4. D 1. D 22. a) No sermão, Vieira afirma ser neces- 5. C 2. a) Os elementos exóticos são as aves sária a preservação da memória da 6. C e os frutos típicos do território. morte porque ela é líquida e certa. 7. C Como esses elementos eram des- O homem deve buscar a salvação, conhecidos dos holandeses, era 8. E refletindo sobre a sua mortalidade, comum que tais aspectos surgissem 9. E livrando-se dos valores terrenos, nas pinturas, o que traduz o pen- como a vaidade. 10. E samento colonial espantado com a natureza exuberante. b) No trecho, os questionamentos têm 11. a) Não, pois a primeira expressão apa- função retórica, cujo intuito é a re- rece no documento assinado pelo b) A semelhança da experiência co- flexão do ouvinte sobre o “Memento próprio arcebispo, já “índios patrio- lonial da Holanda em comparação homo”, ou seja, ele é o responsável tas” foi escrita na crítica de Jorge com a de Portugal está no fato de pelo destino após a vida na Terra. Amado ao religioso. ambos os países explorarem as regiões ultramarinas, como prática 23. C b) Sim, pois a prática antropofágica colonial cujo interesse era mercan- 24. A das tribos indígenas é aproximada til. Já a diferença está nas relações do universo trivial da preparação de 25. C com a colônia, pois os holandeses alimentos. 26. D atuavam mediante companhias de 12. B comércio, enquanto os portugueses 27. A 13. D tinham o apoio do Estado na admi- 28. V; V; V; F; F 14. C nistração do território colonizado. 29. B 15. C 3. Soma: 01 1 04 1 08 5 13 30. D 16. C 4. B 31. C 17. B 5. D 32. A 18. E 6. B 33. O soneto de Gregório de Matos aborda 19. O poema trabalha com o contraste entre 7. E a despedida da sua amada marcada por animais e homens – “alimárias” e “ho- 8. C sofrimento e lágrimas. Nos quartetos, a mem racional”. A dualidade reside no menção às lágrimas refere-se à trans- 9. C fato de o ser humano ter consciência, formação de sangue em água, sendo 10. A diferentemente dos demais animais, e descritas como “correntes”, porque ainda querer questionar as leis divinas, 11. a) As estratégias retóricas utilizadas saem do coração de forma dolorosa. A o que é característico do movimento são o diálogo com os mortos, no segunda estrofe narra as lágrimas re- Barroco. qual ordena que eles exortem os gando as flores, descritas como “neve vivos ao desengano da esperança. derretida” ou “rosa desfolhada”, ou seja, 20. A A construção argumentativa utiliza simbolizam a perda amorosa. 21. D
22. E relação de angústia com a consciência sujeito. A escolha das cores, o mar agi- 23. A da finitude da vida e da matéria humana, tado, o desespero das expressões e os assim, o tema da efemeridade está pre- corpos despedaçados dão um tom mór- 24. O poeta Gregório de Matos utiliza o sente nos poemas e muito atrelado ao bido e violento ao quadro. conceptismo. Essa estratégia visa es- carpe diem, à necessidade de aproveita- 3. Observa-se no trecho que Almeida Garret tabelecer uma relação inquestionável mento do momento presente. discorre sobre o processo de criação de entre a salvação prevista no grande amor divino e o perdão a ser alcançado 2. Haroldo de Campos afirma que Antonio seu romance, explicando ao leitor que sua pelo eu lírico arrependido. Cândido adotou a “orientação histórica”, obra não segue uma moda, isto é, não que timbra em separar literatura, como recai em simples impressões de viagem. 25. A “sistema”, de “manifestações literárias” Esse tipo de recurso convida o leitor a 26. E incipientes e assistemáticas. Segundo refletir sobre a natureza ficcional do que 27. D Haroldo de Campos, são “dados como está lendo, ou seja, chama a atenção para 28. A ‘históricos’”, mas apresentam “uma visão o fazer literário, a linguagem literária e a ‘desconstrutora’”, pois olham apenas para liberdade contida no gênero romance. 29. B o país em formação no século XIX, quan- 4. O eu lírico apresenta as contradições do 30. A do este deixa de ser colônia. No entanto, sentimento amoroso, ideia evidente nos 31. E para Haroldo, essa estrutura é um “juízo versos “Esta chama que alenta e conso- de valor”, logo Gregório de Matos não me,/Que é a vida – e que a vida destrói”. 32. E deveria ter sido excluído da formação da 33. D literatura do Brasil. 5. O poema apresenta grande sentimenta- 34. D lismo; o eu lírico fala da intensidade de 3. No Texto I, a morte é apresentada como seu amor e de seu tormento: “como eu 35. Soma: 01 1 02 1 08 5 11 manifestação de alegria e festividade, amo!”; ele se volta ao seu estado interior: 36. E sendo uma tradição para se comemo- “Quem mo pôs aqui na alma”; compara rar os antepassados. Por essa razão a 37. B sua vida anterior a um sonho, afirmando decoração e a vestimenta nos eventos que sua vida começou somente quando 38. D ocorridos no México é feita de forma a viu sua amada: “E os meus olhos, que va- 39. A celebrar os mortos. A imagem da morte gos giravam,/Em seus olhos ardentes os 40. a) As aventuras marítimas, presente presente no Texto II se associa à temática pus./Que fez ela? eu que fiz? – Não no nos versos “Igual causa nos fez, comum no século XVII, a consciência da sei;/Mas nessa hora a viver comecei...”. perdendo o Tejo”; a boemia e diver- finitude, para a qual o homem deveria se atentar, buscando a salvação da alma. 6. Nos romances, Herculano utiliza um sos amores efêmeros, presente em pano de fundo histórico, como a invasão “Como tu, gostos vãos, que em vão árabe, para produzir um romance que desejo”); e a realidade financeira, exalta o heroísmo do povo português. O como se nota em (“Ludíbrio, como Capítulo 4 — O Romantismo patriotismo e o resgate da glória do povo tu, da Sorte dura”). eram os principais motes desse tipo de b) Uma das semelhanças de estrutura Revisando romance. entre os poetas é o uso do soneto 1. No Romantismo, o sentimento de rebel- 7. Primeira geração: as obras exaltam os in- como forma literária privilegiada, além dia contra as forças de poder vigentes dígenas e a exuberância da natureza do do tema do sofrimento amoroso. geraram uma série de revoluções, impul- país; esses elementos são idealizados, 41. Soma: 01 1 04 1 08 5 13 sionadas pela burguesia, mas também com um forte apelo nacionalista, cujo 42. E por uma grande massa operária que objetivo é se desvencilhar do passado vivia em miséria devido à cobrança de de colônia e enfatizar uma nova visão 43. D impostos. Ao escrever uma obra cujo identitária. 44. E personagem principal é um homem Segunda geração: leva as características 45. B condenado por roubar um pão, Victor do movimento ao extremo, sob uma for- 46. E Hugo se mostra alinhado ao pensamento te influência de autores europeus como romântico de denunciar as injustiças so- Lord Byron. Os poetas imprimem em 47. B ciais e a realidade de seu tempo. suas obras um tom de desilusão, tédio 48. A 2. A obra A balsa da Medusa, ícone do e futilidade da existência, atraídos pela 49. D Romantismo francês, representa um ideia da morte como libertação da limi- 50. C acontecimento contemporâneo ao pin- tação física. 51. A tor, o naufrágio do navio Medusa. Até Terceira geração: é a geração do enga- os primeiros anos do século XIX, os pin- jamento político e social, voltada para tores retratavam um passado distante e BNCC em foco a denúncia da situação em que o país idealizado, mas o desejo de denunciar se encontrava. Os autores são influen- 1. O Texto I explana sobre o padrão de injustiças e retratar a sociedade em que ciados, aqui, pela obra de Victor Hugo, estética e de beleza atual que ignora o viviam deu abertura a essa mudança. O decorrendo em uma poesia enfática, re- envelhecimento, vangloriando a juventu- fato de o naufrágio estar ligado a um es- belde e inconformista. de sem se atentar à finitude. Já o Texto II cândalo político também é um indício de evidencia que os filtros usados nas redes que a obra quer chamar a atenção para 8. É um guerreiro indígena, como confir- sociais e a exposição constante do corpo as consequências dos jogos de poder mam os versos: “Quem vibra o tacape/ e da face mudam o comportamento dos para a sociedade que estava à mercê Com mais valentia?; Quem guia nos ares/ indivíduos preocupados constantemen- da nobreza. Os corpos dos náufragos A frecha emplumada”. te com a beleza virtual. No período do suscitam uma imagem de luta pela sobre- 9. O indígena é caracterizado como bravo, Barroco, diferentemente, os conflitos hu- vivência. A cena pode ser relacionada à valente e hábil nos combates. Essa re- manos e a instabilidade provocaram uma falta de esperança e ao abandono do presentação é típica da primeira fase do
Romantismo brasileiro e da poesia india- 12. C Exercícios complementares nista, que criava uma imagem idealizada 13. C dos povos indígenas. 1. C 14. B 10. Gonçalves Dias utiliza versos breves, 2. C 15. B optando pela redondilha menor, ou seja, 3. a) Os trechos remetem a uma opo- cinco sílabas poéticas. Uma leitura em 16. E sição que organiza o percurso voz alta permite observar que o ritmo do 17. D narrativo: a natureza (campo) e a poema é cadenciado e lembra um canto 18. D cidade (urbano). Tal oposição im- de guerra. Os sons são duros e vibrantes plica nos valores simbólicos de 19. D como os de um tambor. um espaço idílico e de um espaço 20. C social corrompido e deformado. Exercícios propostos 21. D Dentro desse universo diegético, 1. D 22. E esses espaços também simbolizam a identidade nacional portuguesa e 2. D 23. B aludem aos impasses e às tensões 3. C 24. D históricas vivenciados pelos portu- 4. A 25. C gueses no século XIX. 5. E 26. C b) No começo da narrativa, o narrador 6. E 27. E justifica a sua viagem argumen- 7. B tando que Santarém é “a mais 28. O tema presente na estrofe é a pátria. Álvares de Azevedo tem uma visão mais histórica e monumental das nossas 8. A intimista do tema, trabalhando-o com vilas”. No entanto, a imagem monu- 9. B mental do início do relato contrasta grande subjetivismo. Já os poetas da 10. a) O ideal de sociedade seria aquele primeira geração exaltavam a terra de com as ruínas do passado, reve- em que há uma relação mais har- origem com sentimento nacionalista, va- lando o impasse histórico e social moniosa entre os indivíduos e as lorizando a natureza e a paisagem local. de Portugal na primeira metade do diferentes classes sociais. O ideal século XIX. 29. B social do narrador está associado 4. B ao pensamento liberal que se pauta 30. A em uma forte crítica aos processos 5. D 31. D desumanos de produção e acumula- 6. A 32. a) O eu lírico valoriza a amizade, que ção da riqueza por uma minoria em para ele se relaciona ao acolhimento, 7. B detrimento da maioria da sociedade. à aceitação, a um amor sem cobranças 8. B b) O tipo social mais criticado pelo e desapontamentos, conforme indica- 9. A narrador é o barão, que pode ser en- do nas primeiras estrofes do poema. tendido como uma representação da 10. C b) O gênero predominante no texto é o nova burguesia que tomou de assalto lírico, que expressa os sentimentos 11. C o poder na virada do século XVIII para do eu poético. Esse recurso eviden- 12. Soma: 01 1 08 1 16 5 25 o século XIX e acabou reproduzindo cia o subjetivismo e as dores do eu os mesmos valores e comportamen- 13. B lírico, temas recorrentes entre os tos da velha aristocracia. autores da segunda geração român- 14. Soma: 16 11. a) Ao final do livro, o autor utiliza as tica, que valorizava a emoção, o tom 15. A estradas como metáforas dos cami- intimista, a expressão das dores e 16. C nhos que poderiam ser traçados por sentimentos profundos, o escapismo Portugal. As estradas de papel reme- 17. E e a relação entre vida e morte, entre tem à literatura, lugar do sonho da outros aspectos. 18. C reconstrução; as estradas de metal 33. C 19. B se relacionam com a industrialização 34. C 20. D e os nobres poderosos; as estradas de pedra apontam para o passado 35. C 21. E glorioso, evocado pelo escritor em 36. A 22. a) A liberdade artística e formal; a vários momentos da narrativa. 37. C espontaneidade de sentimentos e b) Carlos é a personagem-alvo de se- sensações; o subjetivismo; e a dua- 38. F; V; V; F; F veras críticas por parte do narrador lidade entre a razão e a emoção. de Viagens da minha terra. Ele inicia 39. E b) A noção de poesia é a de que ela sua caminhada como revolucionário 40. B transcende a realidade comum e liberal, mas, depois de reencontrar 41. B tenta traduzir sentimentos nobres. sua família e da revelação de que O autor a define como “grande e 42. C era filho de Frei Dinis, não retorna santa”. As propostas estéticas do mais a Santarém. Envia uma carta 43. B Modernismo iam no sentido de a Joaninha revelando suas preten- 44. D dessacralizar a poesia, trazendo-a sões políticas e torna-se um barão. 45. B para a vida cotidiana e marcada- A trajetória de Carlos denuncia sua 46. Soma: 02 1 04 5 06 mente brasileira. hipocrisia política e moral, mostran- do como seus valores libertários 47. E 23. C foram corrompidos. 48. C 24. C
25. a) O ano de 1843 está dentro do de Bocage escreve em tom satírico, de escravidão e racismo roubaram dos período de Segundo Reinado (1840- na irreverência do retrato da própria afrodescendentes a possibilidade de -1889), quando as agitações e o morte. O poema de Bocage também prosperar; eles foram condenados à radicalismo liberal do Período Re- dá orientações a respeito de seu fu- margem da sociedade e forçados a per- gencial (1831-1840) perdiam força. neral, solicitando apenas um epitáfio manecer em uma realidade de violência. No contexto social, temos o apogeu com a síntese de sua vida. do regime escravocrata – o tráfi- 29. E BNCC em foco co negreiro seria definitivamente 30. C 1. Em um primeiro momento, o romance proibido em 1850. Já no ano de 1924, o Brasil vivia instabilidades 31. B entre Eurico e Hermengarda é impossi- políticas relacionadas à crise da 32. E bilitado pela oposição do pai da moça, o República Velha (1889-1930). Esse que leva o rapaz a se tornar presbítero 33. A período ficou marcado pela luta e, consequentemente, a fazer um voto 34. E de celibato. Ao reencontrar Hermen- armada tenentista e pelas campa- nhas eleitorais oposicionistas. No 35. B garda e salvá-la dos árabes, o celibato âmbito social, ocorreram greves se torna um impedimento para a união, 36. D operárias frequentes nos principais levando Eurico a se engajar em uma ba- 37. A talha suicida, e Hermengarda à loucura. centros industriais do país (São Paulo e Rio de Janeiro) e a influência ideoló- 38. A Conclui-se que a amputação espiritual gica da Revolução Russa era bastante 39. E de que fala Herculano é o que leva evidente, principalmente após a fun- Eurico ao desespero, pois nem todo 40. A dação do Partido Comunista do Brasil, contentamento espiritual é capaz de su- 41. E prir as necessidades humanas de amar em 1922. 42. C e de ser amado, de se relacionar com b) Na ordem estética, o poema de 43. A alguém fisicamente. Gonçalves Dias segue um padrão poético formal, com versos redon- 44. C 2. Os primeiro poetas românticos brasi- dilhos maiores rimados. Oswald leiros criaram poemas com forte apelo 45. A de Andrade mantém a métrica uti- nacionalista, tomaram os indígenas como 46. C exemplo ético, idealizando sua imagem e lizada por Gonçalves Dias, mas os versos são brancos. A linguagem 47. B valorizando sua posição de brasileiro “ori- de Oswald de Andrade é mais ora- 48. Na primeira obra, há a representação ginal”. Além disso, houve um movimento lizada. Gonçalves Dias faz uso das ficcional do negro ainda no período de exaltação de tudo que era típico da regras normativas da língua escrita. da escravidão, na segunda metade do terra, como a natureza exuberante. Essas No caráter ideológico, nota-se que século XIX. Nesse período, a popula- características podem ser observadas o poema de Gonçalves Dias é uma ção negra já era tratada como inferior, em poemas de Gonçalves Dias, como a exaltação ufanista, ao passo que em submetida à escravidão, sendo segre- “Canção do Tamoio”. Oswald de Andrade observa-se um gada e sobrevivendo em condições 3. Antonio Candido chama a atenção para sentimento de nacionalismo crítico sub-humanas. Na segunda obra, eviden- o fato de que, apesar de pertencerem a construído por meio da paródia. cia-se que a abolição da escravatura um movimento estético que tem ligações 26. B não emancipou de fato os negros e com a Revolução Francesa, que reivindi- seus descendentes, como se discutia cava igualdade, fraternidade e liberdade, 27. C no fragmento I. Por viverem à margem no Brasil, muitos autores se acomodavam 28. a) O poema de Bocage é satírico da sociedade brasileira, os afrodescen- em perpetuar ideias preconceituosas ao porque apresenta uma linguagem dentes vivem sob o descaso do poder representar protagonistas escravos, ado- vulgar, tom sarcástico e irônico. governamental. A imagem criada do tando traços suavizados com a intenção b) Nos dois poemas, o eu lírico de- negro no tempo do regime escravo- de agradar a sensibilidade branca. O ro- monstra desejo de ser lembrado crata repercute até hoje na sociedade, mance A escrava Isaura é um exemplo após a morte. O eu lírico de Álvares que é estruturalmente racista, ou seja, disso, pois, apesar de a heroína ser uma de Azevedo idealiza a morte com as oportunidades são dadas apenas a mulher escravizada, ela é favorecida por sentimentalismo, dando direções alguns, de modo a manter o poder na suas características físicas europeias: de como as pessoas deveriam se mão da população branca. A obra ci- pele clara, traços finos e cabelos sedo- portar nessa situação. Já o eu lírico nematográfica evidencia que séculos sos e encaracolados.