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Visão Teísta e Humanista de Trabalho e Família
Visão Teísta e Humanista de Trabalho e Família
TRABALHO:
VISÃO TEÍSTA:
Durante séculos, foi costume dividir tipos de trabalho nas duas categorias,
“sagrado” e “secular”. O trabalho sagrado era realizado por membros de uma profissão
religiosa. Todos os outros tipos de trabalho carregavam o estigma de serem seculares.
Essa visão foi rejeitadas pelos reformadores protestantes, pois entendiam que
não havia dicotomia entre os trabalhos e sim sobre quem era glorificado com o trabalho
que estava sendo feito, considerando assim, toda tarefa de valor intrínseco e integra toda
vocação com a vida espiritual de um cristão. Torna todo trabalho conseqüencial, fazendo-
o arena para glorificação e obediência a Deus e expressão do amor pessoal (através do
serviço) ao seu próximo. Sendo assim, todo trabalho tem valor transcendente e deve ser
feito como se fosse, diretamente, ao próprio Deus. A base está em Efésios 6.5-9.
Uma segunda forte afirmação dos reformados, além de declarar a santidade de todos os
tipos de trabalho, foi que Deus chama cada pessoa para a sua vocação. Todo cristão,
diziam os Reformados, tem um chamado (1 Co 7.17). Segui-lo é obedecer a Deus. O
efeito importante desta atitude é que ela torna o trabalho uma forma de corresponder a
Deus.
Quanto às riquezas que devem vir do trabalho, elas “podem nos capacitar para aliviarmos
nossos irmãos necessitados e promover boas obras para a igreja e o Estado” (Richard
Baxter).
Desta forma, entendia-se que o sucesso ou prosperidade financeira no trabalho era uma
benção que Deus dava à alguns e não resultado do trabalho, e como o a riqueza deveria
ser vista como uma oportunidade de ajudar o próximo, traria sobre a pessoa a quem Deus
concedeu sucesso e riqueza, responsabilidades.
Moderação no Trabalho
Uma última herança que os cristãos reformados legaram na sua visão de trabalho foi a
necessidade de um senso de moderação. Eles tentaram manter uma posição
intermediária entre os extremos da ociosidade ou preguiça por um lado e escravismo ao
trabalho por outro.
Trabalhar com zelo, mas não dar sua própria alma pelo trabalho era aquilo pelo que
lutavam. Neste sentido podemos dizer que, mesmo o trabalho sendo bom, se ele
estivesse em primeiro lugar em grau de importância, na vida de uma pessoa, ele se
tornaria mal, pois se tornara uma idolatria.
A visão teísta conta com princípios que permeiam todos os aspectos da vida de seus
seguidores. Na questão familiar também não é diferente, o princípio de mordomia e
vocação está presente no contexto familiar, bem como no contexto de trabalho.
Na visão teísta, a família tem princípios e valores definidos, bem como os papeis de cada
integrante da família e esses papeis se complementam, fazendo da família uma instituição
harmônica, estruturada, forte e ordeira, quando se cumprem os deveres um para com os
outros.
Em termos gerais, a família é o ambiente principal dentro de uma sociedade, chamada de
célula mãe e tudo que acontece na família é uma representação da realidade existente no
contexto social.
O casamento deve se dar a partir de uma escolha e uma promessa diante de Deus,
promessa de uma união até a morte, logo, a seriedade do que foi prometido deve levar
os cônjuges a buscarem uma vida harmoniosa e fiel e entende-se que isso só era
possível em um contexto de amor ao próximo, demonstrado em serviço, perdão, sacrifício
e auxilio mutuo.
Contrária a toda visão medieval de casamento, o Apostolo Paulo condena a proibição e
desprezo pelo casamento. (1 Timóteo 4: 1-3)
Na visão cristã, a família é uma benção que Deus concede a algumas pessoas e o papel
de todos que compõem a família é visto como vocação, isso significa que nem todos os
seres humanos iriam casar-se e constituir um núcleo familiar, mas que a quem Deus tinha
concedido uma família, tinha dentro dela a seu principal trabalho e é onde deve se empregar
mais esforço e dedicação.
A núcleo familiar bíblico é composto por um homem e uma mulher, primariamente, fazendo
parte conseguintemente, também os filhos.
Todo o contexto familiar têm como objetivo principal a glorificação de Deus em suas funções
O Casamento deve ser estimado e não deve ser almejado por irresponsáveis e
egocêntricos, pois é um ambiente de serviço ao próximo, sacrifício, amor e apoio mútuo.
Sendo assim, nenhuma pessoa que se coloca como prioridade absoluta e acima de
qualquer individuo, é capaz de exercer o sacrifício por uma outra pessoa. Pois o sacrifício
exige colocar o próximo em primeiro lugar e fazer-lhe o bem independentemente das
inconstâncias dos sentimentos que são inerentes ao ser humano. Tornando o ambiente do
lar um lugar de luta contra o egoísmo e um lugar de exercício do amor através das ações e
da decisão racional de fazer o bem pelo outro sempre.
Para os cristão, a autoridade do marido não era um privilégio mesquinho, mas uma enorme
responsabilidade. O crescimento espiritual do lar, a provisão de todo o sustento, seja físico,
espiritual ou emocional, a boa educação dos filhos, a formação de um ambiente que respira
o temor e o amor a Deus, são deveres dos maridos, de forma que no lar onde tais virtudes
não são percebidas, a responsabilidade pelo fracasso será atribuída ao líder e cabeça do
lar (marido).
A função da esposa dentro de uma família é verdadeiramente um pilar, no qual sem ele a
família ruirá, bem como uma função insubstituível e indelegável. Na visão Cristã, os pais
são responsáveis por ensinarem a fé aos seus filhos e é no ambiente do lar, com as pessoas
que mais amam e se preocupam com os filhos, ou seja, os pais, que toda a instrução para
a vida deve ser ensinada. A submissão da esposa, que é uma passagem que causa muita
indignação entre os humanistas, representa sua submissão a Deus e deveria ser feita em
obediência, da esposa à Deus. (Efésios 5.22 ). A submissão é uma exigência feita a
TODO indivíduo cristão (Efésios 5.21; Hebreus 13.17; Efésios 6.1; Efésios 6.5), mas
dentro do lar é funcional, pois tem como objetivo a garantia da paz e a harmonia e não têm
absolutamente nada com os conceitos difundidos na sociedade, que entende a submissão
como aceitar humilhação, abusos ou inferioridade, principalmente quando se refere a
mulher. Além de ser contrário a toda a forma de tratamento, exigido na bíblia, em relação a
mulher (efésios 5.25; efésios 5.2) a visão cristã ver o homem e mulher com o mesmo valor
diante de Deus, sendo a diferença marcada pela função, onde cada um é complementar ao
outro, sendo rejeitada a visão de inferioridade feminina, sendo o apostolo Paulo,
contemporâneo da cultura greco-romana, um dos primeiros a defender a visão cristã da
valorização feminina.
1 Coríntios 11.11 “No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem e nem o
homem da mulher, porque como a mulher veio do homem, o homem também nasce da
mulher e todos os dois vêm de Deus.”
A esposa e mãe, bem como os outros membros, também serve a sua família gerindo o lar,
conduzindo, corrigindo, educando, ensinando os filhos e sendo auxiliadora de seu marido
em tudo que ele precisar. Por tantas atribuições, que na visão Cristã são de suma
importância, as mulheres são chamadas de mestras do bem;