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Governo do Estado Amazonas

Polícia Militar do Estado do Amazonas


9º Colégio Militar da Polícia Militar - Jamil Seffair

Comandante Capitão Sidnilson M. Holanda Junior


Professor(a): Stephany Maia Araújo Lima
Aluno(a):
Disciplina: Ensino Religioso
Série/ ano: 7º Ano Turma: Turno: Data:_____/_____/_______.

Podemos dividir o mundo em duas visões, visão teísta e visão humanista.


Apesar de parecer básico, as implicações dessas visões definem a forma de viver
de seus adeptos.
Uma visão teísta e transcendente tem a sua vida e existência com propósitos de
agradar a outro, que seria o ser transcendente, tendo em vista também a vida após morte.
Entretanto a visão humanista é baseada em agradar-se, pois o homem é o centro da vida
e do mundo, não acreditando em uma possível vida após a morte, a conduta diária tem
propósitos imanentes.
Do movimento humanista nasceu vários outros movimentos e filosofias, todas têm
em comum a crença do ser humano como ator principal dentro de uma sociedade e em
aspectos específicos de cada movimento.
Vejamos aa diferença entre as duas visões

TRABALHO:

Visão humanista: O trabalho na visão humanista tem basicamente 2 visões


distintas, com o mesmo fim de estar plenamente voltado ao homem.
Temos a visão em que se entende que a solução de todo mal da sociedade está
nos governantes.
Outra visão muito conhecida em relação ao trabalho conclui que na busca e
produção de riquezas e por meio do trabalho o único caminho de realização pessoal do
ser humano.
Ambos os movimentos têm o homem e seus desejos como centrais.

VISÃO TEÍSTA:

Durante séculos, foi costume dividir tipos de trabalho nas duas categorias,
“sagrado” e “secular”. O trabalho sagrado era realizado por membros de uma profissão
religiosa. Todos os outros tipos de trabalho carregavam o estigma de serem seculares.

Essa visão foi rejeitadas pelos reformadores protestantes, pois entendiam que
não havia dicotomia entre os trabalhos e sim sobre quem era glorificado com o trabalho
que estava sendo feito, considerando assim, toda tarefa de valor intrínseco e integra toda
vocação com a vida espiritual de um cristão. Torna todo trabalho conseqüencial, fazendo-
o arena para glorificação e obediência a Deus e expressão do amor pessoal (através do
serviço) ao seu próximo. Sendo assim, todo trabalho tem valor transcendente e deve ser
feito como se fosse, diretamente, ao próprio Deus. A base está em Efésios 6.5-9.

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O Conceito cristão de Chamado

Uma segunda forte afirmação dos reformados, além de declarar a santidade de todos os
tipos de trabalho, foi que Deus chama cada pessoa para a sua vocação. Todo cristão,
diziam os Reformados, tem um chamado (1 Co 7.17). Segui-lo é obedecer a Deus. O
efeito importante desta atitude é que ela torna o trabalho uma forma de corresponder a
Deus.

Um efeito do conceito reformado é entender o trabalhador um mordomo que serve a


Deus. Esse conceito consiste na ideia de que Deus é dono de todas as coisas e tudo que
o homem têm em suas mãos, Deus o entregou para que cuidassem e pedirá contas.
Fazendo tudo da melhor forma possível.

Quanto às riquezas que devem vir do trabalho, elas “podem nos capacitar para aliviarmos
nossos irmãos necessitados e promover boas obras para a igreja e o Estado” (Richard
Baxter).

Desta forma, entendia-se que o sucesso ou prosperidade financeira no trabalho era uma
benção que Deus dava à alguns e não resultado do trabalho, e como o a riqueza deveria
ser vista como uma oportunidade de ajudar o próximo, traria sobre a pessoa a quem Deus
concedeu sucesso e riqueza, responsabilidades.

Moderação no Trabalho

Uma última herança que os cristãos reformados legaram na sua visão de trabalho foi a
necessidade de um senso de moderação. Eles tentaram manter uma posição
intermediária entre os extremos da ociosidade ou preguiça por um lado e escravismo ao
trabalho por outro.

Trabalhar com zelo, mas não dar sua própria alma pelo trabalho era aquilo pelo que
lutavam. Neste sentido podemos dizer que, mesmo o trabalho sendo bom, se ele
estivesse em primeiro lugar em grau de importância, na vida de uma pessoa, ele se
tornaria mal, pois se tornara uma idolatria.

FAMÍLIA – Contexto Cultural Medieval

A péssima imagem construída acerca do casamento é uma obra da cultura


greco-romana. Embora o casamento fosse uma instituição consolidada naquele período,
seu exercício era cercado de desprezo.
As mulheres serviam apenas para a procriação e a ajuda aos serviçais da casa.
Seu contato com a vida pública era desestimulada. Os filhos desfrutavam de pouco valor
social, em geral vistos como inferiores às mulheres. O casamento, portanto, era visto
apenas como um meio para a procriação, sem qualquer envolvimento afetivo entre o marido
e a mulher.
Com o domínio do pensamento católico após o Século IV, essa visão foi
reforçada. Em geral, a cosmovisão absorveu parte do pensamento greco-romano de
família. O casamento era visto como uma fraqueza, pois era composto por duas pessoas
que não conseguiam se manter “puras”, tendo em vista que o celibato significava pureza e
era estimado como uma escolha santa.
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Visão humanista contemporânea

Na visão humanista contemporânea, a família engloba vários formatos, as relações


são, na sua maioria, baseadas na ética hedonista e existencialistas, não devendo ser
pautadas basicamente em deveres e funções e sim, prioritariamente, nos sentimentos.
Todos os princípios são relativos, não tendo modelo especifico de conduta e
cosmovisão.
Tendo como uma base para as condutas a relativização, os valores estão em
constante mudanças, ganhado novos significados, podendo ter visões distintas de um
aspecto dependendo do tempo, do lugar, do contexto e principalmente dos sentimentos.
Toda essa visão se pauta na individualidade do ser humano, colocando sua
cosmovisão acima de qualquer padrão pré-existente.

Visão teísta de família

A visão teísta conta com princípios que permeiam todos os aspectos da vida de seus
seguidores. Na questão familiar também não é diferente, o princípio de mordomia e
vocação está presente no contexto familiar, bem como no contexto de trabalho.
Na visão teísta, a família tem princípios e valores definidos, bem como os papeis de cada
integrante da família e esses papeis se complementam, fazendo da família uma instituição
harmônica, estruturada, forte e ordeira, quando se cumprem os deveres um para com os
outros.
Em termos gerais, a família é o ambiente principal dentro de uma sociedade, chamada de
célula mãe e tudo que acontece na família é uma representação da realidade existente no
contexto social.
O casamento deve se dar a partir de uma escolha e uma promessa diante de Deus,
promessa de uma união até a morte, logo, a seriedade do que foi prometido deve levar
os cônjuges a buscarem uma vida harmoniosa e fiel e entende-se que isso só era
possível em um contexto de amor ao próximo, demonstrado em serviço, perdão, sacrifício
e auxilio mutuo.
Contrária a toda visão medieval de casamento, o Apostolo Paulo condena a proibição e
desprezo pelo casamento. (1 Timóteo 4: 1-3)
Na visão cristã, a família é uma benção que Deus concede a algumas pessoas e o papel
de todos que compõem a família é visto como vocação, isso significa que nem todos os
seres humanos iriam casar-se e constituir um núcleo familiar, mas que a quem Deus tinha
concedido uma família, tinha dentro dela a seu principal trabalho e é onde deve se empregar
mais esforço e dedicação.
A núcleo familiar bíblico é composto por um homem e uma mulher, primariamente, fazendo
parte conseguintemente, também os filhos.
Todo o contexto familiar têm como objetivo principal a glorificação de Deus em suas funções
O Casamento deve ser estimado e não deve ser almejado por irresponsáveis e
egocêntricos, pois é um ambiente de serviço ao próximo, sacrifício, amor e apoio mútuo.
Sendo assim, nenhuma pessoa que se coloca como prioridade absoluta e acima de
qualquer individuo, é capaz de exercer o sacrifício por uma outra pessoa. Pois o sacrifício
exige colocar o próximo em primeiro lugar e fazer-lhe o bem independentemente das
inconstâncias dos sentimentos que são inerentes ao ser humano. Tornando o ambiente do

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lar um lugar de luta contra o egoísmo e um lugar de exercício do amor através das ações e
da decisão racional de fazer o bem pelo outro sempre.
Para os cristão, a autoridade do marido não era um privilégio mesquinho, mas uma enorme
responsabilidade. O crescimento espiritual do lar, a provisão de todo o sustento, seja físico,
espiritual ou emocional, a boa educação dos filhos, a formação de um ambiente que respira
o temor e o amor a Deus, são deveres dos maridos, de forma que no lar onde tais virtudes
não são percebidas, a responsabilidade pelo fracasso será atribuída ao líder e cabeça do
lar (marido).

A função da esposa dentro de uma família é verdadeiramente um pilar, no qual sem ele a
família ruirá, bem como uma função insubstituível e indelegável. Na visão Cristã, os pais
são responsáveis por ensinarem a fé aos seus filhos e é no ambiente do lar, com as pessoas
que mais amam e se preocupam com os filhos, ou seja, os pais, que toda a instrução para
a vida deve ser ensinada. A submissão da esposa, que é uma passagem que causa muita
indignação entre os humanistas, representa sua submissão a Deus e deveria ser feita em
obediência, da esposa à Deus. (Efésios 5.22 ). A submissão é uma exigência feita a
TODO indivíduo cristão (Efésios 5.21; Hebreus 13.17; Efésios 6.1; Efésios 6.5), mas
dentro do lar é funcional, pois tem como objetivo a garantia da paz e a harmonia e não têm
absolutamente nada com os conceitos difundidos na sociedade, que entende a submissão
como aceitar humilhação, abusos ou inferioridade, principalmente quando se refere a
mulher. Além de ser contrário a toda a forma de tratamento, exigido na bíblia, em relação a
mulher (efésios 5.25; efésios 5.2) a visão cristã ver o homem e mulher com o mesmo valor
diante de Deus, sendo a diferença marcada pela função, onde cada um é complementar ao
outro, sendo rejeitada a visão de inferioridade feminina, sendo o apostolo Paulo,
contemporâneo da cultura greco-romana, um dos primeiros a defender a visão cristã da
valorização feminina.
1 Coríntios 11.11 “No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem e nem o
homem da mulher, porque como a mulher veio do homem, o homem também nasce da
mulher e todos os dois vêm de Deus.”
A esposa e mãe, bem como os outros membros, também serve a sua família gerindo o lar,
conduzindo, corrigindo, educando, ensinando os filhos e sendo auxiliadora de seu marido
em tudo que ele precisar. Por tantas atribuições, que na visão Cristã são de suma
importância, as mulheres são chamadas de mestras do bem;

Esta célula da sociedade é uma representação de vários aspectos bíblicos, como:

O tratamento amoroso e sacrificial do marido para com a esposa: REPRESENTA o Amor


de Cristo por sua igreja, sendo o que se sacrifica, sendo o que prover para todas as
necessidades (físicas, emocionais e espirituais).
Marido como líder: A hierarquia representando como Cristo é visto, estimado e obedecido
pela sua igreja.
Filhos: como dons de Deus “para que no mundo a igreja fosse preservada e propagada por
meio de uma descendência”.
Filhos: Igreja dentro do próprio lar.
Família: sendo um critério de aprovação para qualquer cargo de liderança a ser exercido
em sociedade.

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