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CAPÍTULO I
ARTIGO I
GERENCIAMENTO DE CRISE
1. DEFINIÇÃO DE CRISE
Crise é toda e qualquer situação que envolva ameaça a vida. Numa situação de
crise, ocorre um desequilíbrio entre a razão e a emoção das pessoas envolvidas no
evento crítico e uma grave perturbação dos acontecimentos da vida social , rompendo
padrões tradicionais, de alguns ou de todos os grupos integrados na sociedade.
Alguns exemplos: incêndios, inundações, terremotos, ocupações ilegais de terras,
ocupações ilegais de instalações públicas ou privadas, manifestações, catástrofes,
acidentes, epidemias, atos terroristas, suicidas, atos marginais, pessoas emocionalmente
perturbadas tomando vítimas, rebeliões, sequestros, ocorrências com objetos suspeitos,
entre outras em que haja ameaça de vida.
2. CARACTERÍSTICAS DA CRISE
- Imprevisibilidade.
- Premência de tempo.
- Ameaça de vida.
3. GERENCIAMENTO DE CRISE
É o processo metódico de identificação, obtenção e aplicação dos recursos
necessários à antecipação, prevenção e resolução aceitável de uma crise.
O Gerenciamento de Crise não é um processo exato, nem uma panaceia com um
desfecho rápido e fácil de solução de problemas, pois cada crise apresenta características
únicas, exigindo, portanto, soluções personalizadas, que demandam uma criteriosa
análise factual.
Necessidades adotadas para o gerenciamento nas Op GLO:
- Necessidade de postura organizacional não rotineira.
- Planejamento analítico especial.
- Considerações legais especiais.
O Gerenciamento de Crise, dentro das Operações GLO, tem como objetivo
principal “Pacificar Áreas”, conceito extraído do Manual C 85 – 1, Operações de
Garantia da Lei e da Ordem.
O parágrafo 3° da Lei Complementar nº 117, de 2 de setembro de 2004, considera
que os órgãos de segurança pública descritos no Art. 144 da Constituição Federal podem
em algum momento se mostrar indisponíveis, inexistentes ou insuficientes para o
desempenho de sua missão.
A palavra ―inexistente‖
essa substituição direta mesmoleva
quea episódica
uma conclusão de que
se fazendo o Exército
valer de todasdeve contar
técnicas, com
táticas
e procedimentos empregados pelo órgão de segurança pública quando empregados em
situação de crise.
Operações (O Op) emitida pelo escalão superior. A figura do Gerente da Crise nada mais
é que o Cmt Operação (militar mais antigo presente na operação no seu devido escalão).
As frações: Grupo de Combate, Pelotão e Subunidade possuem apenas a
responsabilidade de executar as medidas iniciais diante de uma situação de crise, podem
até adequar as suas estruturas de comando para gerenciar o evento crítico até a chegada
do escalão superior, sem uma obrigatoriedade de estabelecer um PC.
As Unidades têm a responsabilidade de mobiliar PC com estrutura diferenciada
descrita nos organogramas abaixo. A partir do escalão GU, as estruturas de comando
podem ser denominadas Gabinetes de Crise devendo estar destacados próximos ao
local da crise em ligação direta com o Centro de Coordenação de Operações (CCOp),
sendo nada mais do que a estrutura de Estado Maior (EM) avançada para o
gerenciamento aproximado do evento crítico. Os assessores das U e GU devem treinar
em conjunto e participar de exercícios diversificados de gerenciamento de crise, com
constância e, em consequência, cada membro entenderá a função que desempenha e a
função dos demais assessores da estrutura de comando.
a) Proposta para organização de uma força valor Unidade para Gerenciamento
de Crises (Posto de Comando):
Gerente da Crise
(Cmt U)
Sub Gerente
(SCmt)
Assessor de Inteligência
Assessor Pessoal/Assessor (S/2)
Jurídico
(S/1)
Assessor Logístico
(S/4)
Assessor de Operações
(S/3) Assessor de Imprensa
(RP)
Sub Gerente
(Ch EM GU)
Eqp Obs e Base Força de Choque Força de Assalto Força de Eqp Busca e
de Fogos (Frações para (Frações para Reação Acolhimento
(Observadores ou Controle de CRC)
Tu Caçadores) Distúrbios)
Função Atribuições
Militar mais antigo presente na ocorrência (Cmt do PC / Gabinete de Crise).
Compete a ele a condução do gerenciamento (Cmt Btl, Cmt Bda, etc). Realiza
Gerente da
o Estudo de Situação da Ocorrência e Comanda as alternativas táticas.
Crise Compete ao mesmo a tomada de decisão em função do QAO (quadro de
acompanhamento da ocorrência).
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Seção da fraçãoem
Responsável empregada (S3, recursos
prover os E3, etc). materiais para operacionalizar o
PC/Gabinete de Crise. Apóia as tropas de cerco e isolamento com
Assessor suprimentos necessários (Enc Material, Cmt Cia C Ap, Cmt Btl Log, etc). É o
Logístico Chefe da 4ª Seção da fração empregada (S4, E4, etc) e responsável pelo
preenchimento do Plano de Apoio Logístico, além de coordenar as tropas de
apoio.
Assessor de Elo do Gabinete de Crise com a imprensa (Relações Públicas da OM, E5, etc).
Imprensa É responsável pelo preenchimento do Plano de Assessoria de Imprensa.
Responsável em assessorar o Gerente de Crise nos aspectos jurídicos da
Assessor
Operação (Assessor Jurídico da Bda, S1, E1, etc). É responsável pelo
Jurídico
preenchimento do AJO (Acompanhamento Jurídico da Ocorrência).
Assessora o Gerente da Crise no quadro tático da operação (uso da força -
Cmt Escalão
Cmt Pel, Cmt SU, Cmt OM, etc). Responsável pelo comando das Forças de
de
Choque, Forças de Assalto, Forças de Reação, Equipe de Obs e Base Fogos
Intervenção
e Equipe de Busca e Acolhimento. É o militar responsável pelo preenchimento
(Assalto)
do Plano Tático.
Cmt Escalão
de Cerco e Comanda as tropas de cerco ao ponto crítico e o isolamento da área de crise.
Realiza Patrulhamento Ostensivo (SFC) e controle das principais vias de
Isolamento
acesso.
(Segurança)
Responsável pela equipe de negociação (Negociadores, Psicólogos,
Ch Equipe de
Anotadores, etc), e pelo preenchimento do Plano de Negociação e do QEA
Negociação
(quadro de evolução dos acontecimentos).
Todos os elementos de apoio a Operação (Polícia Federal, Polícia Militar,
Polícia Civil, Bombeiros, Resgate, Cia energia elétrica, Cia telefônica,
Ministério Público, etc). Outras tropas em apoio também podem ser
Apoios
consideradas: tropa hipo, seção de cães de guerra, seção de carros de
combate, etc. Deverão estar em contato com o Assessor Logístico da
operação.
Tropa em reserva em condições de ser empregada em contato com a ação
principal. Constituída de forças com características semelhantes ao Escalão
Reserva
de Intervenção e em condições de reforçar posições de cerco, isolamento e
reforçar a Força de Reação.
3.2 Fases do Gerenciamento de uma Crise
a. Eclosão da crise
É de suma importância que a fração ao se deparar com uma situação de crise,
informe de imediato ao escalão superior para que sejam tomadas as medidas cabíveis e
devidos acionamentos.
b. Adotar as medidas iniciais
A partir do momento em que ocorra a eclosão de uma crise, principia-se o
processo de gerenciamento. Medidas de caráter imediato deverão ser adotadas logo nos
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Ob s.: Caso a cr ise seja um a m ani fest ação ou um a rein tegr ação de po ss e,
devem ser previsto(s) via( s) de fuga.
d. Reunião de Coordenação
O Gerente deve acompanhar constantemente a evolução dos acontecimentos
devendo ser o militar mais antigo no seu devido escalão, podendo ser apoiado por
elementos de outros órgãos ou instituições (SFC).
Tão logo chegue a equipe de assessoria jurídica ao local da crise, deverão ser
relacionados todos os delitos já cometidos pelos causadores (cárcere privado, invasão de
propriedade, lesão corporal, etc) para que seja preenchido o Acompanhamento Jurídico
da Ocorrência e levado até o Gerente da crise.
ARTIGO II
NEGOCIAÇÃO
1. DEFINIÇÃO
É o processo que consiste em conduzir o(s) causado(res) da crise à calma,
estabelecendo uma relação de confiança entre ele(s) e o negociador, de forma a
convencer o(s) causado(res) da crise de que a melhor alternativa é optarem pela solução
pacífica do evento garantida a vida e a integridade física de todos os envolvidos
diretamente.
A negociação no gerenciamento de crises é quase tudo. É a opção prioritária, não
é gratuita nem aleatória nem tão pouco decorrente de improviso ela é o resultado de um
longo processo de amadurecimento, obtido através do estudo e da análise de milhares de
casos ocorridos nos últimos anos em todo o mundo, que dão suporte estatístico à
comprovada eficiência desse tipo de solução comparada, por exemplo, como uso de força
letal.
2. PRINCÍPIOS BÁSICOS
Podemos relacionar os princípios básicos da negociação como sendo os seguintes:
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3. OBJETIVOS DA NEGOCIAÇÃO
Principais objetivos da negociação:
- Ganhar tempo.
- Abrandar as exigências.
- Colher e/ou buscar informações para Grupo Tático.
- Facilitar a penetração clandestina
- Prover um suporte Técnico e Tático;
- Diminuir a tensão no ambiente (solução pacífica).
- Preservar vidas.
- Garantir a aplicação da Lei.
- Convencer os causadores a se renderem.
- Dissuadir o meliante de seus intentos, através da: negociação real e da
negociação tática.
4. TIPOS DE NEGOCIAÇÃO
A negociação pode ser real ou tática
5. NEGOCIADOR
O negociador atuará no curso do gerenciamento de crise de três maneiras:
1) através da coleta de informações, durante as negociações;
2) através da utilização de técnicas de negociação que otimizem a efetividade
do risco de uma ação com uso da força; e
3) pelo uso de técnicas de negociação específicas, como parte de uma ação
coordenada.
- Habilidade para convencer outros que seu ponto de vista é aceitável e racional.
- Capacidade de planejamento e preparação.
- Conhecimento do tema / assunto que está negociando.
- Capacidade de raciocinar clara e rapidamente sob pressão e incertezas.
- Capacidade para expressar idéias verbalmente.
- Deve ter facilidade para se comunicar com pessoas de diversas classes.
- Habilidade para manipular situações de incerteza e aceitar responsabilidade
sem ter poder de decisão.
- Deve concordar com a doutrina de negociação.
- Deve ter paciência, espírito de equipe, disciplina, autocontrole e perspicácia.
- Habilidade para escutar.
- Capacidade de julgamento e inteligência geral.
- Integridade.
- Capacidade de persuasão / convencimento.
Mensageiro
- Anota e investiga informações oportunas em contato com Equipe de
Inteligência do Gabinete de Crise;
- Gerencia os recursos materiais para fotografar e filmar a ocorrência;
- Responsável pelos meios de Com entre o Negociador Principal e o Tomador
de refém e entre a Equipe e o Gabinete de Crise;
- É o mensageiro da Equipe de Negociação;
- É o responsável pela logística da Equipe;
- Assegura que o acesso ao local da negociação seja rigorosamente
controlado.
Consultor
- Avalia constantemente o estado mental do TR e do negociador.
- Permanece ao largo do processo para manter a objetividade.
- Recomenda técnicas de negociação ou abordagens adequadas a cada caso.
Escudeiro(s)
- Proteger a Equipe de Negociação.
possível.- Sempre argumente: vamos ver o que se pode fazer; vamos tentar o melhor
- Nunca provocar ou ameaçar no início da ocorrência.
- Nunca enfatizar a palavra refém (chame pelo nome).
- Sugerir a liberação de crianças, mulheres, idosa e doente.
- Se solicitar médico não fornecer.
- Não fale com a arma apontada para você, exija que abaixe (use após
estabelecer a confiabilidade).
- Elabore perguntas que exijam respostas além do SIM ou NÃO.
- Use linguagem acessível.
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- Assegure que não importa os atos anteriores praticados pelo causador da crise,
o que importa é o futuro.
- Deixe o causador da crise falar. É mais importante ser um bom ouvinte que um
bom conversador.
- Seja tão honesto quanto possível, evite truques.
- Nunca diga não, diga que entendeu, anotou e irá repassar.
- Não envolva não-militares na negociação.
- Não permita troca de reféns.
- Ouça de forma interativa.
- Evite dirigir atenção para a vítima.
- Tenha sempre uma rota de fuga.
- Nunca dê as costas para o Causador da Crise.
- Evite movimentos bruscos.
- Evite o uso de palavras que causem irritação e nunca diga "não"
- Procure evitar a linguagem negativa.
- Quando precisar atacar, ataque forte e sem avisar.
- Não aceitar provocações.
- Deixar a outra parte ganhar também.
- Evitar conceder prematuramente.
- Não fazer concessão sem obter outra em contrapartida.
- Nunca fazer concessão pressionado pelo tempo. A não ser que tenha um bom
motivo.
- Buscar sempre reduzir o stress e a tensão do momento.
- Deixar sempre uma opção de ―saída honrosa‖ para a outra parte;
- Conhecer as técnicas de entrevista.
- Não fazer promessas que não possa cumprir.
- Não ofereça nada ao causador da crise
- Não deixe de escutar qualquer exigência, por menor que seja.
- Procure abrandar as exigências.
- Nunca estabeleça um prazo final e não procure não aceitar um.
- Evite negociar cara a cara.
8. TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO
a. Considerações iniciais
Tipologia dos causadores de crise:
- Criminoso profissional.
- Emocionalmente perturbado.
- Terrorista por motivação política
- Terrorista por motivação religiosa.
b.Dentre
Antes os
de itens
chegar a ocorrência
mais importantes a serem observados antes do atendimento da
ocorrência, podemos citar:
- Não ligue giroflex, sirenes ou similares.
- Oriente o motorista de Vtr para que dirija com velocidade normal e com
segurança.
- Peça o Estudo de Situação antes de estabelecer contato com a ocorrência.
- A todo instante tente acalmar seus superiores.
c. Ao chegar a ocorrência
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9. PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO
a. Definição da forma de comunicação.
Podemos considerar as seguintes formas de comunicação:
1) Sem a utilização de instrumentos:
- face a face
2) Com a utilização de instrumentos:
- por megafone ou outro aparelho sonoro.
- através de bilhetes.
- através de telefone.
4) Busca de Informações
O negociador é um dos elementos mais importantes na busca de informações
da ocorrência, devido o contato direto estabelecido com o causador da crise.
O negociador pode auxiliar o Gerente da Crise de duas formas:
- Inteligência de levantamento.
- Preparação das demais alternativas táticas.
5) Registro das exigências
A primeira coisa que o causador da crise vai dizer é : ―Eu quero‖. Assim sendo,
leve em consideração os seguintes itens:
- Seja flexível ao negociar exigências.
- Quando o causador fizer exigências, esteja preparado para oferecer
alternativas sem contrariar a doutrina.
- Não pergunte quais as exigências.
- Repita a pergunta dele de vez em quando suavizando.
- Sempre visualize o que poderá obter em troca. É o aspecto da barganha,
onde o negociador atribui um preço aos reféns, mas cobra, no momento certo, e de forma
suave dependendo do momento da negociação.
- Não aumente a expectativa do causador, entregando mais do que ele pediu.
- Não lembre daquilo que você não forneceu. Caso o causador tenha
esquecido, melhor.
- O comando sempre tem que autorizar os acordos feitos, desta forma, o
negociador sempre será o intermediário.
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CAPÍTULO II
ARTIGO I
PATRULHAMENTO OSTENSIVO
1. GENERALIDADES
O Patrulhamento Ostensivo define-se por atividades móveis ou estáticas de
observação, fiscalização, proteção e identificação, com a finalidade de inibir a ação dos
APOP.
Os elementos que realizam o Patrulhamento Ostensivo deverão receber
treinamento específico relacionado às técnicas, táticas e procedimentos de:
- Progressão;
- Identificação;
- Abordagem, revista, algemamento e condução de detidos;
- Atendimento de ocorrência;
- Escolta;
- Posto de bloqueio e controle de estradas (PBCE) e vias urbanas (PBCVU);
- Posto de segurança estático (PSE) e ponto forte.
Isto se deve ao fato de que a atividade de Patrulhamento Ostensivo pode
rapidamente se transformar em uma Operação de Controle de Distúrbio, ou um
Gerenciamento de Crise, ou uma Ação Tática, por estar em contato direto com a
população de uma área. Por esta razão, os militares devem ter um conhecimento mínimo
das diversas Operações de GLO, para manter a situação sob controle até a chegada de
uma tropa especializada, e equipada especificamente, para determinado tipo de
operação.
a) Patrulhamento a Pé
Em uma equipe de Patrulhamento Ostensivo a pé, o efetivo mínimo a ser
empregado será de 09 (nove) militares, correspondente à unidade de manobra valor
Grupo de Combate (GC).
O Cmt GC tem a prerrogativa de utilizar suas peças de manobra, as esquadras,
separadamente em becos e vielas, mas sempre mantendo as duas próximas, com a
possibilidade de apoio mútuo.
Deverá ser realizado:
- nas áreas urbanas em zonas residenciais de elevada densidade
demográfica;
- zonas de concentração comercial, logradouros públicos;
- onde o trânsito de veículos é proibido ou impossibilitado, e predomina a
circulação de pedestres.
Neste tipo de patrulhamento cresce de importância a comunicação entre os
Cmt GC e o Cmt Pel, e com o Escalão Superior, pois as operações são muito
descentralizadas e deve ser possível, a qualquer momento, o pedido de reforço.
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3. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
A presença das equipes de patrulhamento deve ser um elemento desencorajador
para um grupo de indivíduos, ou indivíduo que tenham em mente a perpetração de ilícito
penal ou mesmo de um ato antissocial.
Devido ao contato constante com a população civil, torna-se muito importante a
postura da tropa e o trato com os cidadãos, respeitando os costumes locais.
a) Percepção
O militar deve tomar uma postura observadora e estar atento a tudo que ocorra
a seu redor, tendo a sensibilidade de detectar a diferença de comportamento de
indivíduos e eventuais mudanças de procedimentos das pessoas, características típicas
de que ali há algo para ser verificado, atuando com oportunidade e eficiência.
A tropa que executa o patrulhamento ostensivo deve perceber a diferença entre
o cidadão honesto e o APOP, empregando adequadamente os meios disponíveis,
mantendo o respeito e a confiança da população. A sua percepção deve estar
fundamentada em três indagações:
1) O que ver?
Toda a tropa deve ir para o Pa Ost ciente do que está procurando. Sejam
elementos suspeitos de um ―carômetro‖ ou carros roubados, os militares devem estar com
algum objetivo a alcançar. Caso contrário, ficarão andando a esmo, sem a atenção
devida. Uma grande preocupação deve estar em observar os olhos e as mãos: os olhos
denotam a intenção de um suspeito e as mãos demonstram a capacidade.
2) Quando atuar?
Os comandantes de fração devem saber avaliar situações em que a tropa
deve se abster de agir. Turbas muito grandes, desproporcionais à capacidade da fração
são um exemplo de casos em que a tropa deve pedir reforço antes de agir.
3) Como atuar?
Os militares envolvidos no Pa Ost devem saber como tratar tanto a
população como os APOP em situações diferentes. Isso irá variar de acordo com a
reação do cidadão abordado e com a situação tática enfrentada pela tropa (uma
abordagem a um suspeito numa área amarela terá um rigor diferente de numa área
vermelha, onde a segurança da tropa está em risco).
b) Situações suspeitas
1) Indivíduos que, ao verem a equipe de patrulhamento ostensivo, alteram o
comportamento, disfarçando, ou mudando de rumo, ou largando algum objeto, ou saindo
correndo, ou demonstrando, de alguma forma, preocupação com a presença da tropa;
2) Pessoas aflitas ou nervosas, sem motivo aparente, ou adultos segurando
crianças que choram, pedindo o pai ou a mãe (pode ser sequestro). Crianças pequenas
vagando em lugares públicos ou ermos podem estar perdidas;
fugindo da 3) Indivíduo
polícia ou docansado, suado por correr, sujo de lama ou sangue (pode estar
local do crime);
4) Indivíduo parado ou veículo parado por muito tempo, próximo a
estabelecimento de ensino (pode ser um traficante). Vendedores ambulantes (carrinhos
de pipocas, sorvete, etc.) também deve ser objeto de atenção;
5) Indivíduo carregando sacos ou objetos (eletrodomésticos, picareta, pé-de-
cabra, macaco de automóvel) pode ser "arrombador" que já agiu ou vai agir. Indivíduo nas
praias, em atitude suspeita, junto a objetos deixados por banhistas;
6) Indivíduo com odor característico de tóxico (pode ser viciado ou traficante);
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c) Armamento e Equipamento
Devido às peculiaridades das Op GLO, a dotação de armamento do Pelotão
deve ser modificada, assumindo a seguinte configuração:
Cmt Pel Fz, Pst, 2x GL 307, GL 300T-H, GL 108
Adj Pel Fz, Pst, 2x GL 307, GL 300T-H, GL 108
ROp Fz, 2x GL 307, GL 300T, GL 108
At MAG Cal 12, Pst, 24X AM403/P, GL 307, GL 310
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4. PATRULHAS EM GLO
As ações de Garantia da Lei e da Ordem abrangem o emprego da F Ter em
variados tipos de operações e atividades em face das diversas formas com que as APOP
podem se apresentar. As patrulhas em GLO são classificadas da seguinte forma:
Cmdo
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Cmdo
GpGp
PaPa
Gp
FIGURA 03 – ORGANOGRAMA DE UM PATRULHAMENTO OSTENSIVO
5. INTERROGATÓRIO PRELIMINAR
Consiste em uma técnica utilizada para quebrar histórias cobertura mal
preparadas, buscando levar elementos suspeitos à contradição logo no primeiro contato
com a tropa. Fundamenta-se em dois procedimentos básicos:
- Perguntas abertas, simples e rápidas;
- Repetição de perguntas anteriores de forma alternada, com ligeira modificação.
As perguntas abertas servem para evitar respostas simplistas como ―sim‖ ou
―não‖. Elas devem ser simples como ―para onde você está indo‖, ou ―com quem você
mora‖, pois perguntas muito complexas justificam uma demora em responder, o que pode
dar o tempo necessário para elaborar uma história cobertura. Elas devem ser
desencadeadas rapidamente, uma seguida da outra, de modo a não dar ao suspeito o
tempo para
Sobrepensar em umaderesposta.
a repetição perguntas anteriores de forma alternada, é com a finalidade
de induzir o suspeito a tentar criar, rapidamente, outra resposta, diferente, para a mesma
pergunta, caindo em contradição. Deve-se intercalar uma mesma pergunta com, no
mínimo, outras duas, pois a proximidade pequena entre perguntas repetidas pode facilitar
que a mesma reposta seja falada.
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ARTIGO II
TÉCNICAS DE PATRULHAMENTO OSTENSIVO
As técnicas de progressão, observação e transposição necessárias para o
combate em ambiente urbano requerem uma preparação específica, a qual se diferencia
das técnicas utilizadas em outros tipos de terreno.
1. PROGRESSÃO
Para reduzir a exposição ao fogo inimigo, o militar deve evitar expor sua silhueta e
progredir
mais o mínimo
próxima antespossível em áreas
de progredir abertas,
e deve para
levar em isso, deve escolher
consideração a posição
um encontro fortuitocoberta
com o
APOP.
Áreas abertas como ruas e praças são zonas de matar naturais, pois são de fácil
visualização dos APOP. Por isso a progressão em ambientes urbanos deve ser,
preferencialmente, executada procurando sempre ficar próximo a algum anteparo (paredes
e muros de casas e edifícios), procurando abrigo atrás de postes, carros, escadas de
alvenarias, etc.
O militar deve dominar e executar com perfeição todas as técnicas de progressão
aprendidas na Instrução Individual Básica, sabendo avaliar qual delas melhor se aplica a
cada situação, fazendo um judicioso estudo do inimigo, terreno e condições de observação.
b) Posições de Pronto
Descrevem a maneira como o militar deve conduzir e utilizar o armamento no
momento do disparo, adequando-se às cobertas e abrigos disponíveis, de acordo com as
características do terreno. Existem três posições básicas:
PRONTO 1
Variação
PRONTO 2
PRONTO 3
c) Cobertas e Abrigos
Ao ocupar um abrigo, o militar deve, sempre que possível, tomar sua posição
de tiro observando pela lateral do mesmo, da posição mais baixa que ele puder.
Os militares, sejam destros ou canhotos, devem ser treinados para adaptar-se a
cada situação, sendo capazes de empregar seu Armt fazendo uma empunhadura trocada,
se necessário. Isso evitará sua exposição ao ocupar um abrigo.
d) Lanço
Antes de progredir para outra posição, o combatente deve fazer um
reconhecimento visual e selecionar a posição com melhor abrigo ou coberta. Ao mesmo
tempo, deve escolher o itinerário que o levará a conseguir atingir aquela posição, fazendo o
Estudo do Lanço.
- PARA ONDE VOU?
- POR ONDE VOU?
- COMO VOU?
- QUANDO VOU?
O lanço deve ser rápido, curto, e sempre coordenado com uma base de fogos.
e) Posicionamento
POSIÇÃO DE
COMBATE
- Maior velocidade de
deslocamento e de
mudança
- Aumentode dadireção;
proteção
balística;
- Possibilita tiro em
movimento;
- Maior controle da
arma.
POSIÇÃO DE JOELHO
ALTO
- Maior estabilidade;
-- Maior
Maior velocidade
controle da nos
arma;
deslocamentos e
mudanças de direção;
- Possibilidade de apoio
de fogo.
TORRE / ALTO-BAIXO
Posição que permite ao grupo de combate maior poder de fogo na mesma direção
ou em direções distintas. Esta posição aumenta a segurança do grupo com relação às
ameaças frontais e permite ainda que sejam batidas ameaças imediatas, inclusive as
tridimensionais, que no caso das Operações de Garantia da Lei e da Ordem, consistem em
lajes, janelas, etc.
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CRUZADA
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SIAMESA
VARREDURA DINÂMICA
EM PORTA/JANELA
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PR XIMA POSIÇ O
COBERTA
COBERTURA POR
FOGOS
2. OBSERVAÇÃO
a) Olhar americano
É uma técnica que consiste em realizar observações de uma posição mais
baixa. Para isso, o observador deverá posicionar-se atrás de um anteparo e deitar-se no
chão. Com o auxílio das mãos e dos pés, ergue o seu corpo, o suficiente para deixá-lo
sem contato com o solo e o projeta em um movimento baixo e rápido.
Deve tomar cuidado ao abordar o canto do anteparo para não projetar sombra
ou partes do seu corpo ou equipamento, antes de executar a técnica.
A observação deverá ser rápida e eficiente, pois uma demora poderá denunciar
a posição de quem observa. O armamento deverá estar à tiracolo, e a silhueta do
combatente não deverá ser projetada além do anteparo, para não denunciar a sua
posição.
b) Olhar israelense
É outra técnica que visa minimizar a exposição durante ato de observar. Uma
vez posicionado atrás de um anteparo, o observador não deverá realizar duas
observaç ões de uma mesma posição.
Para que isso não ocorra, uma vez realizada a primeira observação, o
combatente deverá escolher um local diferente do anterior, sem que seja necessário trocar
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
c) Fatiamento
É uma técnica de observação utilizada quando o inimigo está próximo do
atirador e o contato é iminente. Com o fuzil na posição de ―PRONTO 1‖, o militar deverá
apontar a sua arma para a quina do canto, através do qual deseja observar.
Essa quina servirá de eixo sobre o qual o observador deverá realizar um
movimento lento e circular, de forma que possa observar à frente de maneira gradativa,
até visar o lado oposto do recinto.
O observador deverá inclinar seu tronco na direção em que realizará seu
deslocamento, evitando que seus pés fiquem expostos, para observar o inimigo sem que
este o observe. Em seguida, avançará e atirará sobre o mesmo.
CERTO ERRADO
FIGURA 04 – FATIAMENTO
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
d) Tomada de ângulo
Outra técnica de observação, mais ofensiva que o fatiamento, é a tomada de
ângulo. O militar deve aproximar seu pé, oposto ao lado do ângulo que irá ganhar, o
máximo possível da esquina sem denunciar sua posição. A seguir, deverá inclinar seu
corpo rapidamente, com o peso apoiado neste pé que está à frente, girando em torno da
quina, tomando todo o ângulo da sua frente e o da via que quer ganhar.
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3. TRANSPOSIÇÃO DE OBSTÁCULOS
a) Escadas
O uso de escadas é o método mais rápido para obter acesso aos níveis
superiores de uma construção. As unidades podem obter escadas com a população civil do
local, em lojas, ou obter material para construir uma escada através da cadeia de
suprimento. Uma escada pode ser improvisada com a utilização de madeira retirada de
escombros, mas deve ser considerado o tempo para a montagem de uma escada. Existem
também modelos de escadas táticas, que são portáteis.
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b) Fateixa
O gancho deve ser resistente, portátil, facilmente lançado e equipado com garras
que possam prender-se a uma janela ou ressalto. A corda deve ter de 1,5 a 2,5 cm de
diâmetro e comprimento suficiente para alcançar a janela ou objetivo. Cordas fradeadas
facilitam a escalada da parede ou muro. O militar deve seguir os seguintes procedimentos
para o lançamento:
- ao lançar o gancho, fique o mais próximo do edifício. Quanto mais perto você
ficar, menor será a exposição aos fogos inimigo e menor será a distância horizontal que o
gancho deverá percorrer.
- calculando-se que há corda suficiente para atingir o objetivo, segure o gancho
e algumas voltas de corda na mão que irá lançar. O restante da corda deve estar solto, na
outra mão, para permitir que a corda corra livremente. O lançamento do gancho deve ser
feito para cima, com a outra mão soltando a corda.
- uma vez que o gancho está dentro da janela (ou no teto), puxe a corda para
ter certeza que está bem presa, antes de começar a subir. Ao usar uma janela, puxe o
gancho para um canto, para garantir as chances de estar bem segura e para reduzir a
exposição às janelas inferiores durante a escalada.
- Fuzil à tiracolo;
- Deitar sobre o muro de
maneira a expor o mínimo
possível sua
- Observar o silhueta;
outro lado;
- Rolar por cima do muro
rapidamente; e
- Caso o muro seja muito alto,
deverá se segurar como se
estivesse realizando uma barra
e depois soltar o corpo.
FOTO 33 – TRANSPOSIÇÃO DE MURO
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MURO PEQUENO
MURO MÉDIO
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MURO INDUSTRIAL
(PIRÂMIDE HUMANA)
Esta técnica deve ser usada quando não for possível desbordar o muro, ou para
surpreender a Força Adversa, infiltrando em locais de difícil acesso. Para ser
corretamente executada requer adestramento e bom condicionamento físico. O efetivo
mínimo para realizá-la com segurança é de 01 GC.
Os militares da base devem ser os mais altos e mais pesados. A base pode estar
de frente ou deO segundo
respectivamente. costas para
andarodamuro, apoiando
pirâmide deve serascomposto
costas por
ou militares
os antebraços,
de porte
mediano, e irá ficar de costas para o muro, procurando o equilíbrio. A ponta da pirâmide
será composta pelo militar mais leve do grupamento.
Este militar mais leve deverá escalar a pirâmide (com ou sem o auxílio de outros)
e será levantado pelo ―segundo andar‖ da pirâmide, até que alcance o muro. Quando já
estiver deitado em cima do muro, ele deve receber uma fateixa e encaixá-la no muro, para
que o resto da tropa possa transpor escalando a corda.
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ARTIGO III
1. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
ÁREA VERDE
Área totalmente pacífica, com
probabilidade remota de contato com
APOP.
ÁREA AMARELA
Área pacífica, com probabilidade de
contato fortuito com APOP.
ÁREA VERMELHA
Área de alto risco, com probabilidade
de contato iminente com APOP.
Em áreas verdes, o deslocamento pode ser normal, sem muita preocupação com
ações surpresas. Neste tipo de área, o patrulhamento é mais um efeito presença, visando
a prevenção de atos ilícitos.
Em áreas amarelas, o deslocamento deve ser feito com segurança, atentando pra
todas as direções. Alguns lanços podem ser executados para uma maior segurança. É
uma área de transição, que pode se tornar vermelha a qualquer momento; portanto, a
atenção deve ser redobrada.
Em áreas vermelhas, conduzir o armamento em condições de pronto-emprego
(recomendável que esteja carregado). O deslocamento deve ser cauteloso, pois o contato
com o APOP é iminente e a qualquer momento a tropa pode se ver sob fogos.
2. TIPOS DE PROGRESSÃO
a) Contínua
É normalmente utilizada em Áreas Verdes, dividindo-se o GC em duplas de
patrulhamento, que mantém uma pequena distância umas das outras.
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b) Esteira
Deve ser usada em Áreas Vermelhas, quando a velocidade é prioritária à
segurança e quando há proteção dos muros, como em becos, ruas estreitas e ruas com
ameaça unilateral.
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esclarecedores. O 3º Sgt Cmt GC deverá procurar ocupar uma posição central na esteira,
de modo que possa controlar seu pessoal e dar suas ordens, definindo itinerários e
condutas.
Eventualmente, pode ser necessário que qualquer dos componentes do GC
(inclusive seu Cmt) realize a tomada de becos ou segurança da retaguarda, ou mesmo
assuma a frente do grupo. Mas assim que possível, os Esclarecedores devem reocupar
suas posições e o Cmt GC deve ser rendido quando estiver na segurança, para poder
comandar seus homens. Os Cb, e os Atiradores, quando estiverem no meio da esteira,
devem estar fazendo segurança para cima e para as laterais, não atirando para a frente
ou retaguarda em hipótese alguma.
c) Ponto a Ponto
É uma progressão lenta e que desgasta muito a tropa. Deve ser adotada
quando a segurança tem prioridade em detrimento da velocidade e quando há poucos
abrigos, sendo necessária a execução de lanços.
Pode ser feita no nível GC ou esquadra. Os militares irão realizar lanços de um
abrigo para o outro, porém cada um só deve abandonar sua posição após a chegada de
outro militar para substituí-lo no local. Este substituto realizará o apoio de fogo para que o
militar execute seu lanço com segurança até a próxima posição abrigada.
A velocidade é ditada pelo elemento da retaguarda, uma vez que os dois
últimos militares do grupamento serão os primeiros a se movimentar. O último militar do
grupo estará sempre fazendo a segurança para a retaguarda, abandonando sua posição
apenas quando o penúltimo militar fizer sua segurança para trás e chamá-lo. O lanço do
último homem pode ser contínuo ou alternado, dependendo da distância entre os abrigos.
Os outros elementos da fração seguirão a regra de movimentação citada acima
(cada um só executa o lanço após a chegada do substituto), acrescido o fato de que cada
militar só pede apoio para o elemento atrás de si quando tiver certeza de que o elemento
que o mesmo está apoiando já chegou ao seu abrigo.
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ARTIGO IV
b. Pacificar áreas:
A ação de aplicar a lei é precedida de preservar vidas. Preservar a integridade
física do cidadão (uso da Força – Abuso de Autoridade);
c. Indivíduo Suspeito:
É aquele cujo conjunto de características coincide com a descrição feita por
testemunhas da prática de um delito, ou mesmo aquele encontrado com arma,
instrumento ou outro objeto que possa imputar-lhe a presunção da autoria de uma
transgressão.
e. Cidadão Infrator:
É aquele que praticou o delito e requer a intervenção.
2. ABORDAGEM
a. Conceito de abordagem
Abordagem é a ação do militar em aproximar-se de um cidadão, a pé,
motorizado ou montado e iniciar a interpelação para que possa, posteriormente, iniciar
outras ações como a busca pessoal, prisão, algemamento, contenção, etc.
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c. Níveis de abordagem:
Para realizar a abordagem vamos identificar a mesma em 3 tipos:
1) Tipo “A”
- Adotada em abordagens de trânsito, orientações ao público em geral,
assistências gerais às pessoas, etc.
- Deve-se ser utilizada ao máximo a atitude respeitosa e cordial.
- Faz parte das Relações Públicas da Operação.
- Nível de segurança 1.
2) Tipo “B”
- Adotada em casos de abordagem para verificação preventiva.
- As medidas de segurança devem ser preventivas sem necessidade de
constranger o cidadão abordado.
- Adotada em casos onde a abordagem do cidadão faz-se necessária
porém não é conhecida as intenções e/ou materiais que a pessoa esteja de posse.
- Nível de segurança 2.
3) Tipo “C”
- Necessária em caso de risco à equipe, em situações que envolvam risco
iminente aos militares que estão realizando a abordagem e/ou envolve a suspeita
confirmada dos cidadãos abordados.
- Deve-se adotar ao máximo as medidas de segurança, em casos onde não
haja a possibilidade de reação eficaz do militar somente realizar a abordagem no caso de
defesa de civis ou risco ao militar
- Priorizar a segurança.
- Nível de segurança 3.
c. Níveis de segurança
1) Nível de segurança 1:
. - Armamento no coldre.
- Pode ser feita uma busca básica ( levantar a camisa com giro de 360°).
2) Nível de segurança 2:
- Armamento
abordados e armamento de porte
portátil eme apontado
cruzado mãos, porém
para osem
chão.estar apontado para os
- Busca pessoal básica ou minuciosa.
3) Nível de segurança 3:
- Apontar o armamento em direção aos infratores/ criminosos.
- Colocar os abordados em posição de inferioridade de ações (anteparo,
joelhos).
- Busca pessoal minuciosa e/ou intima
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d. Como fazer:
- abordar no mínimo em dupla (segurança – busca pessoal), superioridade
numérica ou de fogo (regra de engajamento);
- posição triângulo (mais que dois militares fazem a segurança da retaguarda e
dos flancos). A aproximação não deve exceder a distancia de cinco metros;
- o militar encarregado da verbalização através de um comando de voz firme,
alto e claro, declina as seguintes palavras: ―Exército, parado, não se mexa!”...
“Levante as mãos devagar acima da cabeça com as palmas das mãos voltadas para
mim‖;
- as armas devem estar empunhadas, em conformidade com a necessidade de
segurança da situação; depois da primeira verbalização e se houver a desobediência por
parte da pessoa abordada, insistir verbalmente para o cumprimento das determinações
legais e, rapidamente sacar o armamento, adotando o escalonamento do uso da força.
- de forma simples e clara, deve ser determinado para que o abordado se dirija
a área de segurança, onde será realizada a busca pessoal, reduzindo ao máximo o
potencial de reação ofensiva do abordado;
- o militar determina primeiramente ao abordado para que coloque os objetos
que tenham às mãos, no chão ou em outro local mais apropriado à segurança da ação;
- o militar encarregado da busca pessoal, determina: ―mãos (sobre a cabeça e
dedos entrelaçados) na nunca, fique de costas para mim, cruze os dedos, afaste os
pés‖, caso haja uma parede ou muro deve-se determinar: ―coloque as mãos na parede,
abra as pernas, afaste-as da parede‖;
- o militar encarregado da segurança deverá posicionar-se a 90 graus em
relação ao encarregado da busca pessoal, mantendo-se há uma distância de
aproximadamente de 2,5 a 5 metros, evitando ter o parceiro em sua linha de tiro e deverá
olhar atentamente para a pessoa, chamando sempre atenção, quando desviar seu olhar,
não perdendo sua vigilância às mãos e à linha da cintura do abordado, bem como, às
imediações da área de segurança, durante toda a abordagem;
- Antes de iniciar a aproximação ao abordado a ser submetido à busca pessoal,
o militar coloca sua arma no coldre ou a tira colo, a fim de evitar que o revistado tenha
fácil acesso ao armamento.
1- Revistador realiza a revista
pessoal e a verbalização com o
suspeito;
2- Segurança aproximada, sempre
4 atento as ações do suspeito;
3 e 5- Seguranças afastados, eles
5 metros sempre
se preocupam com as ações
externas da força adversa
4- Comandante coordena a revista
suspeito
5 edetambém fica atendo
toda ação a segurança
posicionando os
seguranças afastados
1
1
3
1 - Segurança Aproximada
2 - Revistador
3 - Suspeito
3. REVISTA
a. Fases da Busca pessoal:
- Posicionamento: Buscar um anteparo, revistado sempre de costas,
desequilibrado e de cabeça baixa;
- Busca de materiais: Ascendente ou descendente, técnica do deslizamento;
- Testemunhas: selecionar corretamente as testemunhas oculares ou
presenciais auriculares e por ouvir dizer;
- Agradecimento: explicar os motivos da realização do procedimento e
agradecer a colaboração;
- Detenção e condução: momento crítico da ação poderá ocorrer ou não o
algemamento.
REVISTA EM MULHERES.
- A busca em mulheres deve ser realizada preferencialmente pelo segmento
feminino da força, podendo ser realizada por qualquer mulher não necessariamente ligada
a força, devendo a revista feita por homens apenas quando não houver quaisquer das
acima e a mulher ofereça iminente risco a segurança da tropa.
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4. ALGEMAÇÃO
a. Algumas dúvidas mais comuns:
- Integridade Física: art. 5º da Constituição – ninguém será submetido a
tratamento degradante e também assegura o respeito à integridade física e moral;
- O Infrator: Código e Lei de Execução Penal dispõem que o detido conserva
todos os seus direitos não atingidos pela perda de liberdade;
- Abuso de Autoridade: algemar, sem critério, viola a incolumidade do corpo
do cidadão, podendo caracterizar agressão, tortura ou tratamento degradante, mesmo
quando do ato da detenção;
- Quando Algemar?
―só é licito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de
fuga ou perigo à integridade física própria ou alheia por parte de preso ou de terceiros...‖
- Menores! A Procuradoria Geral da Justiça, através do aviso nº 022/92 PGJ,
ao tratar da apreensão de crianças e adolescentes, instituiu no art. 1º, §6º que o uso de
algemas não é vedado, devendo a sua utilização, justificar-se pelo desenvolvimento físico
do adolescente ou sua manifesta periculosidade.
Como fazer:
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Pelo lado da abertura do elo inferior, colocar algema no capturado de forma que
não fique aberta em demasia, exercendo pressão do elo contra o pulso. Não se
deve bater algema no punho do capturado, pois este ato poderá acarretar em
lesão. O gancho de fechamento deverá estar voltado para o lado em que estiver o
militar.
Foto 04 – Algemação
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NOTA:
Força Moderada considera-se a energia necessária para cessar uma injusta
agressão, sem abuso ou constrangimentos, objetivando a proteção do militar e o controle
do agressor.
O STF fez a Sumula Vinculante n°11, que faz a previsão dos casos em que
se pode algemar:
“só é licito o uso de algemas em caso de resistência e de f undado receio
de fuga ou perigo à integridade física própria ou alheia por parte de preso ou de
terceiros...”
5. ABORDAGEM A VEÍCULOS
Para abordar um veículo é necessária uma preparação semelhante à abordagem
a pé. (Pré-eleição, Identificação, Observação Periférica, Planejamento, Abordagem)
a. Como fazer:
- Ordenar:
1) que o veículo seja desligado;
2) que as mãos sejam colocadas para fora pela janela;
3) que as chaves sejam colocadas no teto do veículo;
4) que retire o cinto de segurança
5) abra a porta pelo lado externo do veículo;
6) que desembarque devagar, com as mãos para cima, olhando para o
comandante;
7) que caminhe em direção à viatura, de forma controlada, com as mãos
erguidas conduzindo-o para a parte de trás do veiculo;
8) que o suspeito vá para trás do veiculo, ou em um local considerado seguro,
iniciar a busca preliminar e a colocação de algemas SFC.
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infrator
5 metros
sempre
2 6
4
1 3 5
8
7
a. Como fazer:
1) Antes do início da vistoria, perguntar se há objetos de valor, carteira, talões
de cheques, entregando-os prontamente ao condutor/proprietário, bem como, inquiri-lo se
há armas ou qualquer objeto ilícito no veículo;
2) Um dos militares permanece com o condutor/infrator a frente da porta
dianteira direita do veículo, distante aproximadamente três metros para o
acompanhamento da vistoria a ser realizada por outro militar;
3) O militar inicia a vistoria externa na seguinte ordem (sentido horário): porta
dianteira direita, lateral traseira direita, traseira, lateral traseira esquerda, porta dianteira
esquerda, capô, observando:
- avarias recentes: para verificar incidente ou não de acidente de trânsito
recente;
- se a suspensão traseira encontra-se rebaixada, dando a idéia de se ter algum
peso no porta-malas, solicitando a sua abertura pelo condutor/proprietário;
- outras peculiaridades externas como: lacre rompido da placa, contornos
irregulares das perfurações da placa, perfurações na lataria por disparos de arma de fogo,
etc.
4) Após isso, com auxílio do espelho de inspeção, o vistoriador fará uma
minuciosa inspeção embaixo do veículo;
5) Procedendo-se de forma idêntica em todas as portas, ao começar pela
dianteira direita, o militar vistoriador realizará a vistoria interna como segue:
- levantar o vidro (se estiver abaixado) e colocar uma folha papel atrás da
numeração do chassi, gravada no veículo e conferir o número existente com o número do
documento;
- abrir a porta ao máximo e verificar nos cantos se há a existência ou não de
pintura encoberta do veículo;
- chacoalhar levemente a porta, a fim de verificar pelo barulho, se não existe
algum objeto solto em seu interior;
- verificar
critério da batida comse existe
a mão algum
para objeto
escutar se o escondido no forro das portas, usando o
som é uniforme;
6) Verificar: porta-luvas, quebra-sol, tapetes, parte baixa do banco, entradas de
ar, cinzeiros, lixeiras, e todos os compartimentos que possam esconder objetos ilegais
(michas, vários cartões magnéticos com diferentes nomes e várias outros documentos de
veículos, por ex.), armas de fogo, armas brancas e nos demais forros;
7) Iniciar a vistoria do compartimento traseiro dividindo-o imaginariamente em
lado direito, primeiramente, e lado esquerdo por fim e, em cada um dos lados,
observando: assento dos bancos, encosto e sua parte posterior, assoalho, lateral do forro;
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ARTIGO V
ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS
1. GENERALIDADES
Durante as Operações de GLO, eventualmente haverá a necessidade de realizar
um atendimento de ocorrências. Esta missão é o ato de resposta do militar em serviço, na
viatura ou a pé no setor de patrulhamento ostensivo.
d. Condução:
São as ações a serem realizadas pela tropa durante a ocorrência.
e. Apresentação da ocorrência:
O militar deve organizar todos os dados da ocorrência, e narrá-la de forma
clara, precisa
autoridade e concisa
ou órgão de forma
competente, que haja se
esclarecendo uma boafoicompreensão
o local dosnecessidade
preservado e da fatos pela
ou não de perícias no local, apresentando as partes e os objetos apreendidos (se houver),
sem se envolver emocionalmente durante e na apresentação da ocorrência.
Da mesma forma que foi executado o questionamento no recebimento da
missão, agora o militar ira apresentar os fatos no cartório Militar/ DPJM , e ira fazer as
perguntas ― O que‖, ―Quem‖, ―Onde‖, ―Quando‖, ―Por que‖, além dos pontos de referência
e dados do local confirmados, para auxilio da elaboração dos relatórios ou depoimentos.
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3. TIPOS DE OCORRÊNCIAS
a. Ocorrências envolvendo militares e policiais civis:
No atendimento de ocorrências em que, pelo fardamento ou pela identidade,
venha-se a conhecer os envolvidos como integrantes das Forças Armadas, PM e Polícia
Civil, de pronto adotar-se á o seguinte procedimento:
1) Se for superior hierárquico, prestar o sinal de respeito regulamentar e
comunicar ao Cmt imediato, dando ciência ao seu Cmt;
2) Se for subordinado, acionar o Cmt imediato, dando ciência ao seu Cmt;
3) Evitar o transporte em xadrez de viatura, o uso de algema ou emprego de
força física, entretanto, em sendo absolutamente necessário o uso desses meios, deve-se
precaver contra futuras medidas disciplinares ou penais, arrolando de pronto,
testemunhas que possam posteriormente justificar essa conduta.
b. Ocorrências em veículos de transporte coletivo:
O militar deve:
1)
2) Transmitir
Socorrer asosvítimas;
dados ao Cmt imediato;
3) Identificar os autores do delito, efetuar a detenção em flagrante, conduzindo-
os à delegacia, solicitando à vítima que o acompanhe;
4) Quando os autores dos delitos não forem identificados, porém havendo
suspeitos, conduzi-los ao Centro Cartorial;
5) Arrolar testemunhas;
6) Acompanhar a elaboração do BO.
c. Ocorrências em aeronaves:
1) Transmitir os dados ao Cmt imediato;
2) Socorrer as vítimas se houver;
3) Efetuar a guarda dos destroços até a chegada da equipe de investigação da
aeronáutica;
4) Solicitar ao Cmt imediato reforço, a fim de isolar e guardar a área para
preservar a situação física do local do acidente.
d. Providências a serem tomadas em crimes contra pessoas e o patrimônio
1) Homicídio
a) Transmitir os dados ao Cmt imediato;
b) Preservar o local e diligenciar a possível detenção do homicida (autoria
conhecida);
c) Arrolar testemunhas;
d) Transmitir os dados ao Cmt imediato, e solicitar a presença de elementos de
polícia judiciária especializados em homicídios.
e) A ocorrência só estará encerrada após a saída do carro de cadáver.
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5) Morte súbita
a) Transmitir os dados ao Cmt imediato;
b) Preservar o local;
c) Arrolar testemunhas;
d) Aguardar a chegada da autoridade de polícia judiciária ao local,
acompanhada de peritos e carro de cadáver;
e) A ocorrência só estará encerrada após a saída do carro de cadáver.
6) Roubo e furto
a) Transmitir os dados ao Cmt imediato;
b) Prestar os 1º Socorros a vítima e acionar a equipe de resgate (SFC);
c) Preservar o local e arrolar testemunhas do ilícito;
d) Transmitir os dados e conduzir, se houver o autor do crime à delegacia;
e) Demais providências (peritos e investigadores) ficarão a cargo do delegado;
f) A ocorrência será encerrada após a saída dos peritos.
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8) Ocorrências em edificações
a) Transmitir os dados ao Cmt imediato;
b) Deve-se ter fiel observância das prescrições legais, relativas à inviolabilidade
de domicílio;
c) Edificações ocupadas:
(1) Se os ocupantes forem elementos da APOP e principalmente se estiverem
armados, procede-se, normalmente, como no cerco, com todas as cautelas próprias da
técnica do cerco;
(2) A dificuldade será muito grande se entre os ocupantes da edificação
estiverem pessoas enfermas, idosas ou crianças. Nestas hipóteses, os militares deverão
empregar os meios possíveis para que tais pessoas se retirem, para depois realizar a
abordagem, se for o caso;
(3) Se a edificação estiver ocupada por pessoa que não oferece perigo aos
militares, e que não sejam da APOP, o procedimento será cortês;
(4) As abordagens não podem e nunca deverão ocorrer com as guarnições
em inferioridade numérica ou poder de fogo;
(5) Se os militares forem fazer abordagem em razão de denúncia de detido,
será necessária muita atenção, pois poderão estar sendo atraídos para uma tocaia ou até
mesmo para a própria residência do detido;
(6) Em edificações desocupadas, em princípio, deve-se agir como se o local
estivesse ocupado, isto é, com cuidado para não ser surpreendido por alguém que esteja
escondido, adotando-se procedimentos análogos aos previstos para edificações
ocupadas.
ARTIGO VI
1. CONCEITOS:
a. Explosivo: Substância que mediante reação química, se transforma
violentamente e expele pressão e calor em todas as direções.
g. Classificação:
1) Bombas Convencionais: são os artefatos construídos e empregados
regularmente, como granadas, minas, petardos, materiais e acessórios bélicos, etc...
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- Ameaças de bomba
- Localização de bomba ou explosivos
- Explosões de bomba
2. AMEAÇAS DE BOMBA
As ameaças de bomba são incidentes em que há uma informação sobre uma
bomba em um determinado lugar, mas não se tem certeza da sua existência ou onde se
encontra.
Entre os incidentes com bombas, estes são os que ocorrem com maior
frequência, chegando a mais de dois terços dos casos.
As ameaças podem ser feita através de diversos meios de comunicação, como
telefone, cartas, e-mails, fax, etc.
Os ameaçadores geralmente trabalham de duas maneiras:
Amigavelmente: o autor apresenta-se como uma pessoa que deseja ajudar,
alertando que tem o conhecimento da existência de uma bomba naquele local e que sua
comunicação é com o intuito de salvar vidas.
60
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a. Trote:
1) Características
- Apresenta a ameaça como evento imediato, informando horários e
alertando para a necessidade de evacuação;
- Fala rápida e curta;
- Disfarce da voz ou sotaques forçados;
- O ameaçador não é receptivo à conversação;
- Não apresenta detalhes técnicos ou objetivos da ameaça;
- Não insiste no convencimento da ameaça.
2) Objetivos
- Criar clima de instabilidade, confusão, e insegurança;
- Provocar a paralisação das atividades e liberação dos funcionários.
3) Agentes
- Crianças, estudantes e funcionários.
b. Ato Criminoso:
1) Características
- Faz exigências ou condiciona a ameaça a pedidos;
- Conversação tensa ou inquieta;
- Direciona a ameaça para determinada pessoa ou local;
- Procura dar convencimentos ou provas da veracidade
2) Objetivos
- Vingança;
- Extorsão;
- Paralisação ou danos nas atividades.
3) Agentes
-Ex-funcionários, ex-namorados e outras pessoas de relacionamento
anterior.
c. Ato Terrorista:
1) Características:
- Apresenta a ameaça como possibilidade futura de ocorrer;
- Declaram suas intenções, motivações e grupo a que pertence;
- É receptivo à conversação;
- Demonstra conhecimentos técnicos sobre explosivo;
- Procura dar convencimentos ou provas da veracidade da ameaça.
61
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2) Objetivos
- Criar clima de medo e insegurança;
- Chamar atenção para determinada causa.
3) Agentes
- Extremistas e grupos radicais motivados por política, religião ou questões
sociais.
a. Ameaça Falsa: são aquelas em que não existe nenhuma prova ou confirmação
da existência da bomba no local ameaçado. Por mais convincente que possa ter sido o
ameaçador, nenhuma evidência física, nenhum objeto suspeito e nenhum outro elemento
confirma os dados da ameaça feita;
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b. Decisão de evacuação:
A evacuação de um local sob ameaça de bomba é uma decisão problemática.
A decisão de evacuar ou não deve ser muito bem embasada e justificada. Não é prudente
agir radicalmente e impulsivamente, tomando uma decisão por ―bom senso‖, pois os
riscos para as pessoas poderão ser maiores.
Decidir não evacuar um local ameaçado pode representar um perigo para as
pessoas, pois pode haver realmente uma bomba e ela vir a explodir. Os danos e prejuízos
de uma paralisação não justificam o risco para as vidas humanas.
Entretanto, decidir pela evacuação de um local sem que haja necessidade
pode representar maior perigo ainda para as pessoas. Uma evacuação precipitada, sem
saber onde se encontra ou quais são as características desse objeto suspeito, pode ser
mais perigoso do que manter as pessoas no local até identificá-lo.
Os dois extremos devem ser evitados: não se deve adotar uma postura radical
de evacuar imediatamente ou não evacuar. A decisão deve ser racional e embasada em
motivos justificáveis. Essa é a melhor garantia de responsabilidade do militar responsável
na tomada de decisões.
- DECISÃO DE EVACUAÇÃO E BUSCA
Se a ameaça foi caracterizada como FALSA, deve-se:
- Evitar a evacuação do local;
- Iniciar a busca para localizar o objeto.
Se a ameaça foi caracterizada como REAL, deve-se:
- Evacuar o local;
- Acionar uma equipe especializada.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
c. Busca:
Busca é uma técnica operacional para identificar objetos suspeitos de serem
bombas, explosivos ou objetos suspeitos de estarem relacionados com esse tipo de
incidente.
1) Objetivos da busca:
A busca tem como objetivo localizar objetos suspeitos.
Não faz parte das técnicas de busca, qualquer outro procedimento em
relação à identificação, remoção ou desativação do objeto suspeito localizado.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
5) Roteiros de progressão
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO VII
ESCOLTAS
1. GENERALIDADES
Durante as Operações de GLO, eventualmente haverá a necessidade de realizar
a proteção, escolta e transporte de autoridades, também de detidos por motivo de alguma
audiência judicial, transferência de estabelecimento, ou comboio de material.
2. LEGISLAÇÃO REFERENTE
Referente à transporte de presos: Constituição Federal 1988, Lei de Execuções
Penais, Súmula 11 do STF (algemas), Lei nº 8.653 (transporte de presos).
Atentar para não destratar o preso, não deixa-lo exposto para público e transportá-
lo em local adequado.
Referente à comboios: Código de Trânsito Brasileiro.
Veículos precedidos de batedores e comboios militares tem prioridade de
passagem.
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3. TIPOS DE ESCOLTA
- Escolta de detidos
- Escolta de autoridades
- Escolta de comboio
a) Escolta de Detidos
A primeira providência a ser tomada por um militar ao receber a missão de uma
escolta de detidos é analisar o documento de transporte dos detidos que deverá ser um
―ofício requisitório‖ expedido por um Juiz, onde deverá cercar as informações suficientes
para a identificação do detido, tais como:
- identificação,
- motivo da detenção,
- nome da autoridade que a determinou,
- antecedentes penais e penitenciários,
- dia e hora do ingresso e da saída.
- Normas de segurança:
- Antes do embarque do detido, as viaturas envolvidas no transporte e na
escolta, deverão ser revistadas, a fim de retirar objetos com os quais o detido possa
cometer qualquer ato após
- Somente ilícito,acomo tentarda
conclusão a fuga
açãoou causarelesões
anterior corporais,
da certeza etc.
das condições reais
do detido é que deve ser iniciado o embarque do mesmo na viatura.
- Em hipótese alguma algemar o detido em peças ou equipamentos da viatura.
- Em viaturas do tipo – caminhão, o número de detidos não deve exceder ao
prescrito para o veículo, dependendo de seu tamanho e modelo.
- Em viaturas de médio porte, não havendo prescrição contrária, não deve
exceder ao número de 04 (quatro) detidos.
- Em viaturas pequenas, não havendo prescrição contrária, não deve exceder
ao número de 02 (dois) detidos.
- O embarque deverá ser feito detido a detido, de forma que estejam separados
por uma distância de segurança mínima de 01 (um) metro.
- O detido, quando conduzido, não poderá trazer consigo dinheiro ou objetos
pessoais, permanecer livre da vigilância em qualquer ocasião, manter contato com
parentes, amigos, ser entregue sem o devido recibo e ser algemado em objetos fixos,
salvo em casos excepcionais.
- Os militares encarregados da escolta, em princípio 02 para cada detido,
devem tomar medidas de cautela, a fim de impedir fugas.
- Quanto maior for o número de detidos, maior a necessidade de adequação
do número de militares encarregados da escolta.
- Importante lembrar que nunca se deve informar ao preso o trajeto e
destino a serem tomados, hora de chegada, local de parada e meios de transporte.
- Antes da utilização de sanitários pelos detidos, estes devem ser previamente
revistados, constituindo medida de segurança alternar o seu uso, evitando-se aqueles que
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- Escolta nível II: Média periculosidade – roubo, furto, foragido, homicídio culposo,
tentativa de homicídio e outras:
- 01 preso de média periculosidade ou dois presos de baixa periculosidade;
- 01 viatura para transporte de preso;
- 01 viatura de Esct e Apoio;
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
- Eqp de Esct:
- Vtr do Preso: 01 ten ou 2º Sgt + 03 Cb/Sd;
- Vtr de Esct e Apoio: 01 3ºSgt + 02 Cb/Sd;
- Arm e Uniforme: Idem ao nível anterior.
- Escolta nível III: Alta periculosidade – envolvimento com crime organizado,
tráfico de drogas e armas, sequestro, homicídio doloso e outras;
- 01 Preso de alta periculosidade, 02 de média periculosidade ou mais de 02
presos de baixa periculosidade;
-- 02
01 Vtrs
Vtr para transporte
de Esct de preso;
e Apoio;
- Eqp de esct:
- Vtr do Preso: 01 Ten ou 2ºSgt + 03 Cb/Sd;
- 1ª Vtr ( À frente ): 01 3ºSgt + 02 Cb/Sd;
- 2ª Vtr ( À retaguarda): 01 3ºSgt + 02 Cb/Sd;
- Arm e Uniforme: Idem a o Anterior;
b) Escolta de Autoridade
Fatores a serem considerados em uma escolta de autoridade:
NÍVEL DA AUTORIDADE
A - Chefes de Estado ou de Governo;
B - Ministros de Estado;
C - Militares de altas patentes;
D - Outras autoridades;
GRAU DE RISCO
1 - Alto grau de risco;
2 - Razoável grau de risco;
3 - Pequeno grau de risco;
4 - Aparentemente sem risco;
- Configuração de uma escolta de autoridade:
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
- Manobra:
- Normas de segurança:
- Ao estacionar, deixar as viaturas sempre ECD sair, não permitindo que o
caminho seja bloqueado.
- Em caso de ataque, manter-se em movimento. PARAR PODE SER FATAL.
- A autoridade não vai na mesma viatura da tropa.
- Durante o deslocamento as portas devem estar travadas e os vidros do carro
no qual estiver a autoridade devem permanecer fechados.
- Não permanecer na traseira de veículos que impeçam a visão frontal;
- Não permitir que outros veículos se infiltrem no comboio;
- Não estacionar rente ao meio fio, facilitando a execução de manobras rápidas
se for o caso;
- A velocidade do comboio deve ser a maior que a via permitir, considerando
sempre o maior grau de segurança no deslocamento.
c) Escolta de Comboio
As escoltas de comboios podem ser:
- Escolta de pessoal
- Escolta de material ( ex. urnas eletrônicas)
- Escolta de material militar (ex. blindados, munição)
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
- Manobra:
- Normas de segurança:
- Dependendo da sensibilidade do material, o comboio não deve parar até seu
destino final.
- Não permanecer na traseira de veículos que impeçam a visão frontal;
- Não permitir que outros veículos se infiltrem no comboio;
- Não estacionar rente ao meio fio, facilitando a execução de manobras rápidas se
for o caso;
- Engrenar as Viaturas nas paradas temporárias;
- Verificar se estão sendo seguidos. Caso isso ocorra, informar ao Comando,
alterar o itinerário e utilizar os pontos de apoio;
-- Não
Não permanecer na traseira
permitir que outros de veículos
veículos queno
se infiltrem impeçam a visão frontal;
comboio;
- Não estacionar rente ao meio fio, facilitando a execução de manobras rápidas se
for o caso;
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Ter um plano de emergência com hospitais e formas de evacuação.
- Utilizar a maior velocidade de segurança possível.
- Redobrar os cuidados nos pontos críticos
- Usar veículo adequado ao terreno.
- Usar policiamento ostensivo e força de choque se for o caso.
- Manter sempre que possível uma força reserva.
- Alternar itinerário e horário a fim de evitar rotina.
- Reconhecer os itinerários com os motoristas.
- Evitar túneis e passagens sob viadutos.
sobre a -escolta.
Ocupar ou olhar com atenção as partes mais altas que permitem comandamento
- Sempre planejar, no mínimo um itinerário alternativo.
- Criar TAI para as situações de emergências (caso de emboscada, pane de vtr,
passagem de pontos críticos inevitáveis, etc).
- Ter os contatos de pontos de apoio como BPM e Delegacias.
- Se possível, pedir apoio aos órgãos de trânsito (CET, DER, PFR).
- Realizar um planejamento para passagem rápida de pedágio SFC.
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CAPÍTULO III
ARTIGO 1
1. GENERALIDADES
É a operação de GLO que permite a fração nível pelotão, realizar o controle e/ou
o bloqueio de vias. Estas vias podem ser classificadas em dois tipos:
a. Via rural
1) Estradas: não pavimentada.
2) Rodovia: pavimentada.
b. Via urbana: ruas e avenidas situadas em áreas urbanas, caracterizadas
principalmente por possuir imóveis e edificações ao longo de sua extensão.
2. FINALIDADE
A operação visa controlar o movimento de pessoas e\ou de materiais, realizando
abordagem de elementos suspeitos, prisão de marginais e principalmente intensificar a
operação presença das forças legais em áreas de risco, portanto pode-se dizer que as
principais finalidades são:
- Operação presença;
- Controlar movimento de veículos;
- Bloquear a passagem de material ilícito;
- Realizar a abordagem de pessoas não suspeitas;
- Realizar a abordagem a elementos suspeitos;
- Efetuar a prisão de criminosos.
3. PRICIPIOS BÁSICOS
Antes de se executar um PBCE/PBCVU, o responsável deve realizar as seguintes
medidas:
- Realizar o reconhecimento do local, a fim de verificar a existência de espaço
suficiente para estabelecimento do PBCE/PBCVU, de área estacionamento de viaturas e
veículos apreendidos.
- Estabelecer quais os objetivos principais a serem atingidos na operação;
- Programar o dia, o horário e a duração da operação (evitar congestionamento);
- Prever efetivo para compor os grupos na operação;
- Prever a necessidade de militares do sexo feminino;
- Prever meios de sinalização.
Em caso de mau tempo (garoa forte, chuva ou muita neblina) suspende-se
temporariamente ou encerra-se
- Caso a operação dure aalgumas
operação, a fimverificar
horas, de se evitar acidentes ede
a possibilidade danos.
mudanças de
ponto, pois quanto maior a duração, menor a sua efetividade no local.
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4. ORGANIZAÇÃO DO PBCE/PBCVU
PELOTÃO
Grupo de Comando
e Apoio
Equipe de
Segurança Equipe de
Aproximada Reação Equipe de
Guarda de Presos
Equipe de
Revista
a. Grupo de comando e Ap :
- Mantêm as comunicações e ligação com escalão superior;
- Controlar as atividades de Sup CL I e CL V;
- Providenciar o material necessário para montagem e funcionamento do
PBCE/PBCVU.
- Prever a necessidade de médicos e militares do segmento feminino.
b. Grupo de via :
Responsável pelo controle do trafego dentro da via, são os responsáveis pela
montagem dos obstáculos na via. Este é dividido em equipes:
3) Equipe de revista:
- Realiza a abordagem e revista de presos e veículos suspeitos.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
c. Grupo de Reação:
Este é dividido em equipes:
1) Equipe de Reação:
- É a força de reação ECD de intervir, face a alguma ameaça ao
PBCE/PBCVU.
2) Equipe de Guarda de Presos:
- Realizar a guarda de presos.
e. Grupo de Patrulha:
- Realiza o patrulhamento do perímetro do PBCE/PBCVU;
- Realiza a proteção da entrada e saída do PBCE/PBCVU;
OBS: O grupo de patrulha sempre cederá 02 (dois) homens para fechar a via,
antes do inicio da montagem do PBCE/PBCVU. Caso uma das missões do PBCE/PBCVU
seja anotar todos os veículos parados no PBCE/PBCVU, serão sacados dois elementos
do grupo de patrulha para executar esta missão.
5. TIPOS DE OCORRÊNCIAS NO PBCE/PBCVU
- Transporte clandestino de armas, munições e explosivos.
- Tráfico de entorpecentes.
- Tentativas de escape ao bloqueio.
- Resistência a prisão.
- Desacatos a autoridade.
Abordagem relâmpagos.
- Sequestros a marginais que acabaram de cometer o delito.
- Veículos furtados.
- Veículos com problemas na documentação.
- Embriagues e falta de documentação.
6. PRINCIPIOS BÁSICOS
a. Segurança:
É estabelecida em locais onde, sob vigilância, haja espaço suficiente para a reunião
dos indivíduos, para o estacionamento de viaturas e para a revista e averiguação de
suspeitos.
b. Rapidez:
Deve haver uma agilidade tanto na montagem do dispositivo, como na verificação dos
veículos e pessoas abordadas. Muita demora nestes procedimentos acarretam
congestionamentos no transito e desconforto para as pessoas que passam pelo local,
resultando num ponto negativo a presença da tropa no local.
c. Eficiência:
Combater ao máximo a probabilidade de atos ilícitos, caso a operação dure algumas
horas, verificar a possibilidade de mudanças de ponto do bloqueio, pois quanto maior a
duração, menor a sua eficácia no local.
d. Mobilidade:
O pelotão deve dispor de material leve e de fácil remoção, viaturas próprias, para ter
mobilidade para mudança de posição e variações nos diferentes lugares, no menor
espaço de tempo. (Mobilidade X Eficiência).
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Sinalizador eletrônico 12
Bastão de sinalização 04
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Colete de sinalização 22
Seta eletrônica 04
Lanterna portátil 06
Espelho de Inspeção 02
Detector de metal 04
Lombada Portátil 02
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OBS:
- O armamento é o de dotação da tropa, sendo aconselhável que os militares que
irão fazer a revista estejam com armas curtas e os seguranças estejam com calibre 12
Pol.O Pel deverá ter munição não letal
- O uso da MAG é a critério do Cmt Pel, de acordo com a missão e área de
atuação
- Outros materiais a serem levados para o PBCE/PBCVU: material de anotação,
câmeras fotográficas, geradores de eletricidade, lanternas, holofotes, megafones, apitos e
etc.
b) Para cada situação desta terá uma abordagem diferente pela tropa.
Transição de situação:
-Normalidade, pode passar para suspeito (atitudes)
-Normalidade/suspeito, pode passar para (criminoso)
11. ABORDAGEM
a) Elemento na Normalidade:
1)― Bom dia senhor(a)‖
2) Documentação do veiculo e CNH, por favor. Após a verificação da
documentação.
3) O Exercito Brasileiro agradece a cooperação, este é uma operação de
rotina para melhorar a segurança da população local.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3. Determinar que o(s) abordado(s) permaneça(m) com as mãos para trás (região da
lombar) durante todo o processo de vistoria, garantindo a segurança da ação.
4. O militar responsável pela vistoria informará o condutor/proprietário sobre o início
do procedimento no interior do veículo.
5. Inquirir o condutor/proprietário sobre a existência de armas ilegais, drogas e ou
objetos ilícitos no interior do veículo:
5.1. confirmada a existência de tais objetos, informar de maneira discreta aos
demais integrantes da equipe e adotar as providências previstas na Regra de
Engajamento e Caderno de Instrução de GLO.
6. Perguntar ao condutor/proprietário se há objetos de valor, carteiras, celulares,
talões de cheques, dentre outros.
7. Questionar onde se encontra(m) tal(is) objeto(s) e retirá-lo(s), na presença do
condutor/proprietário, colocando-os em local visível no interior do veículo.
8. Iniciar a vistoria interna do veículo seguindo a ordem sequencial dos 6
quadrantes, indicados na figura 2.
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3. Determinar que o(s) abordado(s) permaneça(m) com as mãos para trás (região da
lombar) durante todo o processo de vistoria, garantindo a segurança da ação.
4. O militar responsável pela vistoria informará o condutor/proprietário sobre o início
do procedimento.
5. Inquirir o condutor/proprietário sobre a existência de armas ilegais, drogas e ou
objetos ilícitos deixado(s) na motocicleta:
5.1. confirmada a existência de tais objetos, informar de maneira discreta aos
demais integrantes da equipe e adotar as providências previstas no POP de Abordagem
de Infrator da lei;
6. O militar responsável pela vistoria deverá:
6.1. retirar a chave do contato;
6.2. verificar sinais aparentes de dano na ignição (miolo) e chave;
6.3. confirmar se a chave é srcinal ou trata- se de ―chave micha‖;
6.4. entregar a chave ao encarregado da equipe;
6.5. observar se a motocicleta apresenta indícios de crime, como: marcas de
sangue, perfurações na lataria por disparos de arma de fogo, avarias recentes que
indiquem provável acidente de trânsito, dentre outros;
6.6. verificar se o painel apresenta espaços que possam ocultar objetos ilícitos.
Observar ainda detalhes de fixação e sinais de adulteração;
6.7. verificar se o tanque apresenta sinais de adulteração ou compartimentos falsos
encobertos por adesivos ou capas. Observar ainda sua correta fixação;
6.8. no banco:
6.8.1. pressionar, com as mãos, a região da espuma, na busca de objetos ilícitos;
6.8.2. verificar adesivos e capas removíveis;
6.8.3. caso o banco seja removível, retirá-lo para verificar a parte debaixo.
6.8.4. verificar a existência de numeração do chassi nesta região. Observar se
apresenta sinais de adulteração;
6.9. lateral direita:
6.9.1. verificar se há sinais de adulteração na carenagem, como a fixação por
velcron ou material similar que facilite a acomodação ou acesso a objetos ilícitos, inclusive
armas;
6.9.2. na impossibilidade de remoção da carenagem, utilizar lanterna e aparelho de
vistoria Boroscópio para vistoriar os espaços existentes que possam acomodar objetos
ilícitos;
6.9.3. sendo possível a remoção da carenagem, verificar locais como:
compartimento do filtro de ar, caixa de ferramenta, bateria, caixa de fusível, bem como
outros espaços;
6.10. traseira:
6.10.1. se houver baú ou similares, verificar seu interior;
6.10.2. verificar a fixação da carenagem traseira, os espaços entre: o para-lama e
quadro, embaixo
acondicionar doilícitos;
objetos baú, entre a placa e suporte, e demais vãos que possam
6.10.3. observar a fixação da placa, bem como lacre e sinais de adulteração;
6.11. lateral esquerda:
6.11.1. seguir a seqüência de ações previstas no subitem 6.9, para a vistoria na
lateral direita;
6.12. quadro:
6.12.1. verificar se apresenta sinais de adulteração, como marcas de solda, pintura
irregular, entre outras;
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Dispositivo do PBCE/PBCVU
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
CAPÍTULO IV
ARTIGO I
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
As operações militares de segurança de Pontos Sensíveis constituem-se em um
sistema organizado de proteção, contra ações dos APOP, em todas as direções das
instalações ou áreas designadas dentro da área de operações.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
- Tipo,
localização importância,
e distância finalidade
da Base e características gerais do Ponto Sensível (área,
de Operações);
- A possibilidade de reconhecer detalhadamente o Ponto Sensível;
- Levantamento do pessoal, equipamento e armamento necessários à operação.
(Elaboração do QOPM)
- Meio de transporte mais adequado e disponível para tropa e material;
- Itinerário de ida e volta, com a previsão de itinerário(s) alternativo(s);
- Verificar pontos críticos ao longo do itinerário e vias de acesso ao ponto;
- Locais adequados para colocação de obstáculos (internos e externos);
- Previsão de escalonamento e agravamento de obstáculos em profundidade;
- Local de estacionamento de Viaturas;
- Divisão dos grupos e dispositivo a ser adotado;
- Localização e emprego do Grupo de Reação;
- Identificar os pontos de comandamento sobre o Ponto Sensível;
- Previsão de uso de caçadores e observadores;
- Previsão do emprego das comunicações (emprego das IECOM);
- Ligações com o escalão superior e subordinado;
- Ligações com a Tropa de OCD que poderá ser acionada. (SFC);
- Estabelecimento dos sistemas de alarme;
- Estabelecimento de uma única entrada e saída do Ponto Sensível;
- Procedimentos no controle de entrada, saída e revista dos funcionários a pé e
motorizados;
- Uso do segmento feminino;
- Determinar locais para detidos e interrogatórios de elementos suspeitos;
- Necessidade de especialistas para manter o funcionamento do Ponto Sensível;
- Apoio de saúde para evacuação de feridos;
- Necessidade de suprimento classe I,III e V. (ração, combustível e munição);
- Necessidade de ressuprimento;
- Medidas a serem adotadas com a imprensa, no trato com o público civil, com
militares de outras forças, com funcionários e seguranças do local;
- Medidas a serem adotadas no caso de combate a incêndio (TAI);
-- Medidas
Medida aa serem
serem adotadas
adotas no em
caso de interceptação
caso de sabotagem,detentativa
comboio de
(TAI);
invasão, turba
predatória e turba pacifica;
- Adotar as medidas de segurança necessárias para o período da noite;
- Locais de descanso, higiene e alimentação da tropa;
- Estabelecer as TAIS (técnicas de ações imediatas) de acordo com regras de
engajamento;
- Medidas a serem adotadas na abordagem, na ocupação e desocupação da
instalação e
- Confeccionar o relatório detalhado e enviar ao escalão superior.
90
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
a) Organização:
Cmdo
da Tropa
Grupo de Comando:
- Coordenar e controlar a ocupação do PS.
Grupo de Sentinela:
- Estabelecer a defesa circular aproximada e posto de controle de circulação e
- Estabelecer barreiras e outras medidas de proteção aproximada.
Grupo de Patrulha:
- Estabelece a defesa circular afastada, principalmente em pontos dominantes
que circundam o local;
- Lançar patrulhas a pé ou motorizadas que irão rondar, constantemente, as
áreas próximas ao ponto;
- Estabelecer postos de bloqueio e controle de Vtr e pessoal nas vias de
acesso ao Ponto Sensível;
- Deter elementos suspeitos nas proximidades do Ponto Sensível;
- Instalar obstáculos nas proximidades do Ponto Sensível e
- Limpar os campos de tiro e obstáculos, de acordo com as necessidades do
grupo de sentinelas.
Grupo de Reação:
- Vasculhar minuciosamente todas as instalações do Ponto Sensível, se
possível acompanhado por um técnico local;
- Reforçar o controle de pontos críticos ou vulneráveis no interior do Ponto
Sensível, mediante ordem;
- Reforçar a defesa do perímetro interno e externo do Ponto Sensível, mediante
ordem;
- Reforçar o grupo patrulha, mediante ordem e
- Constituir-se numa força de reação, em condições de deslocar-se
rapidamente para qualquer setor e em condições de intervir contra os APOP.
91
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
6. MEDIDAS A SEREM
- Adotar medidas ADOTADAS
de controle APÓS(SFC)
de pessoal A OCUP AÇÃO:
- Estabelecer sistemas de alarmes
- Prever modificações dos itinerários e horários das patrulhas, postos de guardas
- Empregar obstáculos em locais críticos e em vias de acesso ao ponto.
- Treinar medidas de defesa do ponto.
7. MEDIDAS A SEREM ADOTADAS NA DESOCUPAÇÃO :
- Fazer manutenção e limpeza das instalações usadas.
- Fazer inspeção do equipamento e material individual
- Comunicar ao responsável da instalação sobre a desocupação
- Informar ao escalão superior da desocupação da instalação.
- Solicitar ao Escalão Superior a manutenção necessária nas instalações
danificadas pela tropa.(SFC)
- Confeccionar o relatório detalhado e enviar ao escalão superior.
8. SUGESTÃO
ApresentaremosDE MATERIAL PARA OPERAÇÕES
algumas sugestões de material a DE
ser SEGURANÇA
conduzido numaDEocupação
UM PS:
de PS, tanto em área rural ou urbana. Cabe ao comandante da fração buscar a melhor
configuração e o material necessário para o cumprimento da missão.
- Material de anotação (caneta, prancheta, papel) para identificação e controle de
pessoal e veículos;
- Caneta sinalizadora e apito;
- Equipamento de filmagens (filmadora com fita, máquina fotográfica com filme e
gravador com fita)
- Material para balizamento e sinalização de transito (cones, super cones, fita
zebrada, placas de sinalização e colete sinalizador);
- Mesa espelhada;
- Detector de metal portátil;
- Obstáculos portáteis (fura pneu, cavalos de frisa, ouriços e sacos de areia);
- Algemas, tonfas, coletes balísticos, máscara contra gases;
- Escudos balísticos;
- Conjunto gerador de eletricidade;
- Lanternas e material para iluminação noturna;
- Sistemas de alarme (improvisados ou padronizados);
- Equipamento de combate a incêndio;
- Armamento e munição não-letal (Cal 12 e Lç 37/38 mm ou 40mm, granada
Lacrimogêneo, fumígena e espargidores);
- Pipa d’água;
- Material de engenharia (serra elétrica, enxada, pá, picaretas) e
- Material individual (fardo de combate e fardo de bagagem).
92
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO II
Legenda:
Vermelho – Área de interesse ( PF Temporários)
Amarelo – Área de influencia ( PF Fixo)
O Ponto Forte pode ser, de acordo com sua ocupação, do tipo fixo ou temporário:
93
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
O Valor para ocupar um Ponto Forte pode variar de acordo com missão um Grupo
de Combate até um Pelotão de Fuzileiros.
LIMITAÇÕES E VULNERABILIDADES
- condições precárias das instalações.
- condições reduzidas de conforto.
- dependência do apoio logístico.
94
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
95
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
CAPÍTULO V
ARTIGO I
1. INTRODUÇÃO
A Operação de Busca e Apreensão (OBA) é uma atividade planejada que tem por
objetivo
juiz. Temcumprir com segurança
por finalidade encontrarum mandado
e deter de busca
pessoas e apreensão
ou materiais expedido
que sirvam por um
de subsídio
para a solução de crimes, como armas, dinheiro, drogas, computadores, documentos, etc.
Durante a execução destas operações, existe a incerteza da situação a ser
encontrada no interior das construções, fazendo com que a segurança seja a principal
preocupação. Para cumprir esse tipo de missão, é importante a prática dos seguintes
fundamentos éticos:
a. disciplina – obediência e fiel cumprimento das ordens;
b. lealdade – fidelidade com os companheiros;
c. responsabilidade coletiva – responsabilidade solidária pelos atos praticados
durante uma ação no objetivo. Cada um é responsável não somente pelo seu ato, mas
também pelo do seu companheiro;
d. compromisso de matar – o elemento da fração deve ter consciência de que
ele deverá neutralizar aquele que ofereça uma ameaça ou perigo eminente contra a sua
vida ou de outrem; e
e. dev er d o sil ênc io – o elemento da fração deve saber que não pode comentar
onocumprimento de uma missão, atividades de instrução ou qualquer outro assunto tratado
âmbito da fração.
A entrada ou assalto ao local especificado no respectivo mandado é uma
ferramenta comum a outros tipos de operações, como por exemplo, o investimento a uma
localidade, onde as pequenas frações terão que progredir casa a casa a fim de eliminar
possíveis resistências no interior da localidade.
As técnicas, táticas e procedimentos (TTP) é que tornam a entrada em uma
ferramenta comum, contudo é importante destacar que essas TTP deverão estar de
acordo com a legislação vigente e às regras de engajamento previstas.
2. DEFINIÇÕES
a. Mandado de Busca e Apreensão
O mandado de busca e apreensão é o documento formal emitido pela
autoridade competente que ampara a execução de uma OBA.
A leitura do mandado deve ser realizada preferencialmente antes do assalto ao
aparelho. Em operações onde o sigilo seja fundamental para o cumprimento do mandado,
poderá ser lido depois, com os APOP já detidos.
Os mandados podem ser específicos, designando uma instalação, ou coletivos,
designando uma área claramente delimitada, autorizando a realização da busca em
diferentes locais dentro dos limites descritos, a critério das autoridades executantes.
b. Busca
É procura, revista ou pesquisa de pessoas, coisas ou mesmo rastros (vestígios)
e significa o movimento desencadeado pelos agentes do Estado para investigação,
96
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3. ORGANIZAÇÃO DO PELOTÃO
Em uma OBA, que pode ser do escalão Pel ou maior, a tropa que cumprirá a
missão deverá estar organizado conforme o organograma a seguir:
Cmt
EM/Cmdo Tu Caçadores
Cerco/
Assalto1 Isolamento2 Revista Acolhimento
97
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Observações:
1 - deverão ser previstas quantas frações forem necessárias para executar essa
tarefa; e
2 - essas duas tarefas poderão ser executadas por uma única fração, ou poderá
haver uma fração para cada tarefa.
4. TAREFAS
a. Força de Assalto
É a fração que realiza o movimento para o interior de um aparelho, a partir da
posição de assalto (PA), utilizando os meios necessários caso não haja consentimento do
proprietário após a leitura do mandado.
Deverá ser organizada com o valor mínimo de um Grupo de Combate (GC),
que realizará o assalto do aparelho. Logo, dependendo do nível de comando da operação
ou da dimensão do local a ser realizada a busca, poderá haver a necessidade de um
pelotão (Escalão de Assalto) ter os seus GC organizados em Grupos de Assalto. Para a
realização do assalto, deve-se atentar para a premissa básica de sempre manter dois
homens por cômodo. A Força de Assalto poderá ser reforçada por elementos
especializados (chaveiro, atendentes, socorristas, etc).
b. Força de Revista
É a fração responsável pela busca dentro do aparelho, revistando os cômodos,
inclusive dentro dos móveis e compartimentos escondidos, além de apreender materiais.
Pode ser apoiada por elementos especializados, como: peritos, cães
farejadores e outros necessários ao cumprimento do mandado. Deve conduzir material
específico: luvas de procedimento, espelhos, sacos plásticos, chaves de fenda, pinças,
etc.
c. Força de Cerco e Isolamento
Força de Cerco – é responsável por impedir a fuga de elementos de dentro do
aparelho e também por prover a segurança da Força Assalto durante sua aproximação do
aparelho.
Força de Isolamento – é responsável por evitar a entrada de indivíduos na área
da operação, sejam APOP, imprensa ou mesmo curiosos.
d. Força de Acolhimento
Em situações que necessitarem a retirada de civis da construção será
constituída uma Força de Acolhimento, responsável por acolhe-los e afastá-los do local,
realizar uma revista sumária e encaminhá-los ao local determinado pelo Comandante da
Operação.
e. Turma de Caçadores
É a fração responsável pelo tiro de comprometimento e observação do
aparelho para orientar a progressão e aproximação da Força de Assalto, levantar e
transmitir com oportunidade as informações, identificar e eliminar as ameaças (a princípio
mediante ordem).
Obs: a Turma de Caçadores pode ser passada em reforço ao pelotão pelo
comandante da Unidade caso haja a necessidade de emprego.
98
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
b. Aproximação
Para esta fase serão consideradas duas etapas e uma situação especial.
- 1ª Etapa
Nesta etapa é considerado o deslocamento do local de desembarque até a
Posição de Formação (PF), que em algumas situações poderá coincidir com o local de
desembarque.
A posição de formação é a última posição coberta e abrigada antes da Posição
de Assalto (PA).
Na PF os integrantes da fração já deverão estar com as armas principais
carregadas e destravadas, deverão realizar o último teste rádio e, em último caso, poderá
realizar alguma medida administrativa ou de coordenação necessárias ao prosseguimento
na missão.
Os integrantes da fração deverão conduzir o armamento na posição de pronto
3 (três) ou pronto 2 (dois), de acordo com a hostilidade do ambiente, mantendo a
observação no setor distribuído pelo comandante do grupo.
A Turma de Caçadores deverá estar em condições de guiar e prover a
cobertura da Força de Assalto, a partir do pronto do comandante desta Força na PF para
deslocar-se até a posição de assalto.
- 2ª Etapa
Nesta etapa, é considerado o deslocamento da PF até a PA.
Durante este deslocamento os integrantes da fração deverão conduzir o
armamento na posição de pronto 2 (dois), mantendo-se os setores já distribuídos e
poderão adotar a posição de pronto 3 (três) caso a situação exija.
Nesta situação o observador deverá manter o comandante do Escalão
informado do que acontece no interior do aparelho e também nas proximidades.
Na PA, a Força de Assalto deverá permanecer em condições de realizar a
entrada/assalto mediante ordem do comandante da fração e manter a segurança em
todas as direções.
O comandante da fração poderá coordenar o rodízio dos Grupos de Assalto,
caso o tempo em posição na PA seja prolongado por muito tempo.
Este rodízio será feito através de substituição na posição.
c. Leitura do Mandado
A leitura do mandado deve ser realizada preferencialmente antes da
entrada/assalto no aparelho. Em operações onde o sigilo e/ou a segurança dos elementos
envolvidos seja fundamental para o cumprimento do mandado, poderá ser lido depois,
com os APOP já detidos.
99
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Na situação em que o mandado for lido após a entrada, deverá ter sido feita a
limpeza de todos os cômodos, estabelecida a segurança internamente e identificado o
proprietário, para a realização da leitura.
A leitura poderá ser feita por elemento da tropa ou oficial de justiça, neste caso,
a tropa deve prover a sua segurança.
d. Assalto
Normalmente para a entrada no primeiro cômodo o Grupo de Assalto se
posicionará comoum
porta pode exigir umarrombamento,
todo na mesmao parede,
qual pode aoser
lado da entrada.
realizado A entrada
apenas na primeira
com a abertura da
fechadura com ferramentas (como a mixa), com o arrombamento mecânico (usando
aríete ou pé de cabra), com arrombamento usando espingarda Cal 12 (com munição
normal ou munição de gesso, na fechadura ou nas dobradiças) ou com arrombamento
explosivo. Também podem ser usadas granadas de luz e som após o arrombamento para
garantir a distração de APOP armados no cômodo. Essas técnicas também podem ser
usadas em outras portas dentro da construção.
Os militares ao realizar uma entrada irão se posicionar dentro do cômodo
invadido em paredes opostas. A técnica a ser empregada dependerá da posição que
forem identificados os perigos imediatos dentro do cômodo, é importante observar a
seguinte regra geral: o primeiro homem está sempre certo. Se o primeiro entrar para a
esquerda, o segundo entrará para a direita, e vice-versa.
Ao adentrar em um cômodo o militar irá, preferencialmente, investir contra o
maior perigo imediato naquele cômodo. Seu objetivo, a partir de então, é neutralizar essa
ameaça, seja usando seu armamento letal, não-letal ou através da verbalização. O
segundo que adentrar irá para o lado contrário, cobrindo desta maneira a retaguarda do
seu companheiro.
100
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
1) Quanto a técnica
a) Entrada em Gancho
Na aplicação desta técnica, o militar se posiciona junto à porta, tomando
cuidado para não apresentar o cano do seu armamento na abertura da porta e denunciar
sua posição.
No momento da entrada ele ―contorna‖ o batente da porta que está a seu lado
percorrendo a mesma parede que ele se encontrava.
- Realizar a observação “rápida” do canto
3 1 (1);
Gancho - Realizar o vasculhamento do canto(2) e na
sequência do canto (3).
- A passagem pela porta deve ser feita com
o Armto em Pronto 3;
- Ao cruzar a porta o Armto irá para a
posição de Pronto 2;
2 - Até a reali zação do vasculhamento no
canto (3) o mil itar deverá realizar a técnica
do 3º olho.
b) Entrada Cruzada
Na aplicação desta técnica, o militar posiciona-se junto à porta, tomando
cuidado para não apresentar o cano do seu armamento na abertura da porta e denunciar
sua posição.
No momento da entrada ele ―cruza‖ a porta de um batente a outro,
percorrendo a parede oposta a que ele se encontrava.
-responsável
O mili tar que realiza
pelos a entrada
cantos cruzada fica
(1) e (3);
- A limpeza dos cantos (2) será realizada
pelos demais integrantes do Grupo De
assalto;
- Uma vez dentro do aparelho, o militar
deverá utilizar a técnica do 3º olho.
101
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
c) Situação especial
(1) Portas centrais largas onde o grupo esteja posicionado dos dois lados da porta
e que possibilitam a passagem de dois militares ao mesmo tempo.
(2) Portas centrais estreitas onde o grupo esteja posicionado dos dois lados da
porta e que possibilitam a passagem de apenas um militar de cada vez.
não prossegue
deixando seu deslocamento,
de verificar o canto;
Ameaça Neutralizada
102
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
b) Dinâmica:
A entrada dinâmica será utilizada em operações de busca e apreensão onde
se priorize a agressividade e a rapidez. Este tipo de entrada é mais indicado quando
existir a possibilidade do APOP descartar ou destruir provas ou nas situações de resgate
de reféns, após a decisão pela entrada tática.
O acesso ao interior do aparelho deve ser realizado de maneira que permita
o máximo de velocidade à entrada tática.
103
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
LIMPO
4 LIMPO 1
LIMPO
2 LIMPO
3
LIMPO
LIMPO
F 4 1
E
A
G
COMANDANTE
H F D
B
E
F C
B
C G
E F
3 D G 2
105
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
e. Reorganização
Para esta fase serão estabelecidas medidas de coordenação e controle após a
limpeza de todos os cômodos.
Ela iniciará com o limpo do último cômodo, por isso é importante que o
comandante de grupo se posicione de tal forma que esteja acompanhando a entrada
nesse cômodo.
Iniciada esta fase, o comandante de grupo deverá percorrer todos os cômodos
e, se necessário, redistribuir seus homens de forma a melhorar a segurança no interior do
recinto.
Após verificado que o recinto está em segurança, o comandante de grupo
informa ao comandante imediato que o aparelho está em segurança e a situação atual
(feridos da tropa, feridos civis, materiais destruídos, danos ao patrimônio, etc).
REORGANIZAÇÃO
106
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
f. Busca e Apreensão
Esta fase caracteriza-se pelo trabalho de duas equipes: Acolhimento e Revista.
Inicialmente a equipe de acolhimento adentra o ambiente e recolhe APOP
detidos, civis feridos e militares feridos. Esta equipe realiza a revista pessoal nestas
pessoas e os conduz para fora do aparelho.
Logo em seguida, a equipe de revista inicia a busca detalhada nos cômodos. A
busca pode ser realizada por uma equipe específica (elementos em reforço) ou por
elementos da fração com essa tarefa específica, devendo ser tomadas todas as medidas
para a preservação
desnecessários das provas
ao aparelho e seuemobiliário
do aparelho,
devemvisando uma posterior perícia. Danos
ser evitados.
Após cumprida sua missão, a equipe de revista se retira do local.
g. Retirada
Esta fase se inicia com a saída e o pronto do comandante da equipe de revista.
O comandante do grupo de assalto dará o comando para a tropa preparar para
a retirada, quando se inicia a movimentação de todos os homens do grupo de assalto.
3 2
P Reu Marginais
P Reu Vítimas
4
P Re u Mortos ? 1
P Reu Feridos
RETIRADA
2 3
1 4
107
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
h. Retraimento
É o movimento inverso da entrada, realizado pelo grupo de assalto em direção
à PF ou a uma nova posição de assalto.
RETRAIMENTO
PF
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO II
ARROMBAMENTO EXPLOSIVO
1. INTRODUÇÃO
Esta Nota de Aula tratará de assuntos relativos à confecção de cargas explosivas
não convencionais, assim denominadas por não constarem em publicações de uso oficial,
sendo criadas a partir da adaptação das características dos explosivos e cálculos contidos
no manual C 5-25 às necessidades dos grupos de assalto que realizam as tarefas de
arrombamento explosivo.
naturezaOsempírica,
procedimentos utilizados
tendo sido parae aaprovados
testados confecçãoem
de exercícios,
cada tipo de carga são dee
adestramentos
demonstrações com significativo sucesso. Nada impede que a criatividade dos
operadores produza cargas mais eficientes.
2. OBJETIVOS DO ARROMBAMENTO EXPLOSIVO
- Garantir a entrada do grupo de assalto;
- Produzir efeito de choque;
- Vencer obstáculos barricados;
- Garantir a segurança dos elementos operacionais e vítimas.
109
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3. EXPLOSÃO
a. Conceito: Processo químico e físico caracterizado por uma grande velocidade
de transformação, pela formação de grande quantidade de gases em elevada temperatura
e por uma grande força expansiva que produz efeitos mecânicos e sonoros.
b. Efeitos primários:
1) Onda de choque:
- Onda mecânica, de imensa intensidade, com alta velocidade de detonação.
2) Sopro ou pressão:
- Divide-se em Pressão Positiva e Pressão Negativa
a) Pressão Positiva é a expansão multidirecional dos gases, formando círculos
concêntricos a partir do epicentro da explosão, gerando um vácuo atrás de si.
b) Pressão Negativa é o preenchimento abrupto do vácuo gerado pela onda
impelente.
3) Fragmentação:
- É a decomposição ou desintegração de objetos pela onda positiva, gerando
fragmentos.
4) Efeito térmico-incendiário:
- É a geração de altíssima temperatura pela explosão, a qual pode incendiar
objetos inflamáveis próximos ao local da explosão.
- Efeito do calor no corpo humano:
110
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
c. Efeitos secundários:
Órgão
pressão. Os ―oco‖
órgãos oususcetíveis
mais preenchidoapor gases
danos são:são mais suscetíveis
ouvidos, ao efeito da
traquéia respiratória sobre
superior,
pulmões e traqueia gastrointestinal.
e. Normas de Segurança:
As mesmas prescritas no Cap 3 do Manual de Campanha C 5-25
EXPLOSIVOS E DESTRUIÇÕES do Exército Brasileiro.
112
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
CARACTERÍSTICAS Nº 6 Nº 8
Comprimento do estojo 45 mm
Diâmetro do estojo 6,5 mm
Resistência a água reduzida
Material do estojo alumínio
Carga de PETN 350 mg 500 mg
Carga de azida-tricinato 250 mg 300 mg
Peso da espoleta 1,3 g 1,5 g
b) Funcionamento:
fagulhas srcinadas na queima As espoletas
de um comuns
estopim. Sendosão detonadas
assim, pela ação
é importante que de
a
extremidade do estopim esteja em contato com a carga de inflamação da espoleta (ver
figura 2), de forma a permitir o contato físico da fagulha com a carga.
A espoleta é um explosivo intermediário entre o acionador e a carga
explosiva propriamente dita, realizando a detonação desta por simpatia.
Figura 4 – Estopim
B
molde
Cordel
detonante
Apoio
a) Procedimentos técnicos
O efeito produzido pela carga é diretamente proporcional à quantidade de
voltas de cordel detonante e ao posicionamento dos fios de cordel sobre o molde, de
forma a produzir um efeito direcional das ondas provocadas pela detonação do cordel. As
tabelas abaixo ilustram esses aspectos :
TIPO DE No DE VOLTAS
MATERIAL DA ANTEPARA
ANTEPARA DE CORDEL
Madeira oca 1
Madeira sólida 3
Portas de Madeira Madeira sólida de alta qualidade 4
Compensado 1 / 0,25 pol
Eucatex 2
Alvenaria comum 3
Alvenaria com azulejos internos 4
Paredes
Com azulejos e revestimento externo 5
Com tijolos de cimento 7
No DE VOLTAS DE
CORDEL CORDEL SOBRE O MOLDE
2 VOLTAS C
116
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3 VOLTAS
4 VOLTAS
5 VOLTAS
6 VOLTAS
Molde
Cordel Detonante
3) Carga tipo ―C‖ ou― telefone‖: É uma variação da carga tipo ―silhueta‖, cujo
molde possui o formato de um telefone ou C. Normalmente é empregada para a
destruição da maçaneta de uma porta (ver figura 7). De uma maneira geral segue a
mesma sequência de procedimentos para a confecção da carga tipo ―silhueta‖.
4) Carga impulsionada por água: É uma carga que utiliza a água como
enchimento, sendo empregada para a abertura de portas maciças de aço ou madeira.
Podem ser utilizados recipientes plásticos ou bolsas térmicas para acondicionar
o explosivo e a água. (ver figura 8). É importante que seja vedado os orifícios do
recipiente de forma a evitar vazamentos.
Cordel
Detonate
Cordel detonante
Composto C4
i. Distância de Segurança:
Cargas Externas:
Fórmula Básica
3
D = K W
D = Distância em Pés
K = Fator de Segurança, equivalente à Pressão de Detonação (PSI)
W = Peso do Explosivo TNT em LIBRAS
Cargas Internas:
Fórmula Básica
3
D = K W x 3
D = Distância em Pés
K = Fator de Segurança, equivalente à Pressão de Detonação (PSI)
W = Peso do Explosivo TNT em LIBRAS
119
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO III
TIRO DE COMPROMETIMENTO
Histórico
Durante a Guerra de Secessão nos EUA, o Coronel de Exército da União
HIRAM BERDAM treinou especialmente um batalhão com fuzis Sharp, dotados de
primárias lunetas telescópicas, com o corpo em bronze.
Esse batalhão recebeu a informal alcunha de ―Sharpshooters‖, cuja tradução
literal seria ―Atiradores afiados‖ ou ―Atiradores precisos‖, sendo que há o registro de um
dos seus integrantes, Califórnia Joe, que teria abatido um oficial confederado a uma
distância de 800 jardas (731,20 metros) de seu posto de tiro.
1. Definição
Tiro de Comprometimento é o disparo de arma de fogo contra um alvo
selecionado com o objetivo de incapacitá-lo instantânea e totalmente, neutralizando
ameaça que o mesmo esteja causando.
2. Peculiaridades
- É executado por militar especializado
- É a penúltima das alternativas táticas;
- É o tiro efetuado pelo Caçador, a partir do qual deve ser desencadeado o
assalto (é o sinal para o uso da força)
- Normalmente extingue a vida do causador da crise.
Aspectos Legais
Art.23, inciso III do CP. ―Não há crime quando o agente pratica o fato‖.
I – Estado de necessidade;
IIIII––Legitima defesa (própria
Estrito cumprimento ou delegal;
do dever outrem);
IV – Exercício regular do direito.
Análise
―As análises revelam, que os juristas entendem como legítima a atividade do
caçador, como um recurso eficaz para a preservação da vida de reféns, porém não
eximindo da responsabilidade penal quando este na necessidade do seu emprego de forma
letal vier a causar lesão ou óbito da vítima.‖
120
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3. Atiradores
a) Definições:
122
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
CAPÍTULO VI
ARTIGO I
CONTROLE DE DISTÚRBIOS
1. CONCEITOS BÁSICOS
a. Aglomeração: grande número de pessoas temporariamente reunidas.
Geralmente, os membros de uma aglomeração pensam e agem como elementos isolados
e não organizados. A aglomeração pode, também, resultar da reunião acidental e
transitória de pessoas, tal como acontece na área comercial de uma cidade em seu
horário de trabalho ou nas estações ferroviárias em determinados instantes.
b. Multidão: aglomeração psicologicamente unificada por interesse comum . A
formação da multidão caracteriza-se pelo aparecimento do pronome ―nós‖ entre os seus
membros, assim, quando um membro de uma aglomeração afirma – ―nós estamos aqui
pela cultura‖, ―nós estamos aqui para prestar solidariedade‖, ou ―nós estamos aqui para
protestar‖ pode-se também afirmar que a multidão está constituída e não se trata mais de
uma aglomeração.
c. Turba: multidão em desordem. Reunião de pessoas que, sob estímulo de
intensa excitação ou agitação, perdem o senso da razão e o respeito à lei, e pensam em
obedecer a indivíduos que tomam a iniciativa de chefiar ações desatinadas. A turba pode
provocar tumultos, distúrbios, realizar saques ou estar em pânico e fuga.
d. Tumulto: desrespeito à ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a
um desígnio
contra quem acomum de realizar
elas possa se opor.certo empreendimento,
O desrespeito à ordem épor
umameio de ação promovida
perturbação planejada
por meio de ações ilegais, traduzidas numa demonstração de natureza violenta ou
turbulenta.
e. Distúrbio: inquietação ou tensão que toma a forma de manifestação. Situação
que surge dentro do país, decorrente de atos de violência ou desordem prejudicial à
manutenção da lei e da ordem. Poderá provir de uma ação de uma turba ou se srcinar de
um tumulto.
f. Manifestação: demonstração, por pessoas reunidas, de sentimento hostil ou
simpático a determinada autoridade ou alguma condição ou movimento político,
econômico ou social.
g. Anonimato: a pessoa se anonimiza, perde sua identidade e,
consequentemente, seu senso de responsabilidade, o seu comportamento deixa de ser
social para se tornar coletivo.
h. Agentes de Perturbação da Ordem Pública: são pessoas ou grupos de
pessoas cuja atuação momentaneamente comprometa a preservação da ordem pública
ou ameace a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
i. Ameaças: são atos ou tentativas potencialmente capazes de comprometer a
preservação da ordem pública ou ameaçar a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
j. Massa: Grande quantidade de pessoas.
1) Tipos de massa
a) massas pacíficas:
Reúnem-se por motivos ―justos‖ ou pacíficos, pela própria característica
123
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
b) massas organizadas:
São grupos que possuem uma liderança mais definida, possuem relativa
disposição para enfrentar o policiamento local, além de terem objetivos específicos de
interesse de seu grupo social.
c) massas violenta:
São grupos que, muito das vezes, não possuem lideranças definidas,
mas que, por suas características, têm demonstrado ser uma preocupação quanto à
ordem pública.
2. DOUTRINAS:
Há duas vertentes doutrinárias mundiais no que tange às técnicas, táticas e
procedimento da Força de Choque.
-- evacuar prédios
restabelecer a ou instalações
ordem ocupados
no quadro deporummanifestantes;
conflito entreas forças policiais
e a força adversa;
- garantir a integridade do património público;e
- desobstruir vias de circulação.
4. CONDICIONANTES
O Cmt, em qualquer escalão, deverá cumprir a sua missão, atendendo às seguintes
condicionantes:
- Mínimo de danos à população e ao património;
124
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
5. ATIVIDADES A REALIZAR
A seguir são apresentadas as principais ações a realizar, referenciadas às fases
de uma OCD. No entanto, elas não se desenvolvem, necessariamente, na ordem citada.
Além disso, algumas ações desencadeadas inicialmente prosseguem ao longo de toda a
operação, aumentando ou diminuindo de intensidade.
a. Inteligência
- As atividades de inteligência em uma OCD devem se orientar para:
(1) Identificação das causas do distúrbio;
(2) APOP, em especial quanto à liderança, intenções, efetivos
e armamento;
(3) População, em especial quanto ao seu possível grau de participação
(incluindo líderes políticos); e
(4) Região de operações, em especial quanto aos acessos, pontos
sensíveis, postos de observação, obstáculos, sistemas de comunicações e
outros aspectos; são realizadas por equipes de reconhecimento e de inteligên
cia (normalmente velada), que devem infiltrar agentes na manifestação.
b. Operações Psicológicas
(1) As Operações Psicológicas (Op Psico) devem ser realizadas durante todas
as fases da OCD.
(2)São conduzidas por uma Equipe de Op Psico, integrada por pessoal
especializado.
menos tempo levar a turba para se dispersar, menos tempo terão os agitadores para incitá-
la à violência. Ao primeiro ato de violência, os líderes e os agitadores devem ser detidos e
retirados imediatamente do local.
(8) Os manifestantes devem ainda ser alertados sobre as medidas legais que
garantem o emprego da tropa e das consequências jurídicas no caso de qualquer desrespeito
ou agressão a mesma.
(9) A população deve ser orientada quanto à maneira de se conduzir, buscando-se
o máximo de defecções.
(10) As Op Psico devem ser desenvolvidas em coordenação com as Atividades
de Comunicação Social.
(11) A participação da mídia nas operações deve ser bem avaliada e coordenada
pelo Escalão Superior.
(12) Ação Psicológica no Público Interno:
- concientizar a tropa da necessidade da ação da F Ter;
- manter o moral e o senso de cumprimento do dever elevados; e -preservar e
assistir às famílias de integrantes da tropa que residam na área envolvida na Operação ou
em suas proximidades.
(13) Ação Psicológica no Público Externo:
- esclarecer que será preservada a segurança física da população ordeira;
- estimular lideranças comunitárias simpáticas à Operação;
- convencer a população a não participar das manifestações;e
- alertar os manifestantes sobre as medidas legais que garantem o emprego da
tropa e das consequências jurídicas no caso de agressão ou desrespeito àquela.
(14) Guerra Psicológica:
d. Cerco da Área
(1) No caso da operação caracterizar-se por uma ação de natureza OFENSIVA,
com o objetivo de dissolver uma manifestação ou desocupar uma área:
- o cerco da área conturbada deve ser realizado mediante
ocupação de posições de bloqueio nos acessos imediatos ou mesmo ao redor
da turba;
- tem também a finalidade de demonstração de força, para
causar forte impacto psicológico nos manifestantes;
- em princípio, deve ser permitido que os manifestantes e/ou
curiosos que desejarem, abandonem a área; e
- quando as negociações não surtirem o efeito desejado, o INVESTIMENTO,
quando necessário, será realizados por ultrapassagem, em um ou mais setores da linha de
cerco e, nesse caso, o Cmt da tropa manobrará com as posições de bloqueio com vistas a:
possibilitar
a) que nos momentos iniciais do investimento, os
126
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
e. Demonstração de Força
(1) A demonstração de força é caracterizada, em primeira instância, pela própria
tomada do dispositivo inicial;
(2) Deve-se buscar a dissuasão pelo efeito de massa;
(3) Meios de grande poder de destruição, tais como helicópteros,
veículos blindados e outros armamentos pesados devem ser utilizados como fator de
intimidação e
(4) Não deve ser usada a munição de festim.
f. Negociação
(1) A negociação deverá ocorrer durante todas as fases da operação, valendo-se
para isso dos recursos das operações psicológicas, da comunicação social e de reuniões
pessoais com as lideranças;
(2) O êxito da negociação depende, em grande parte, do efeito
dissuasório da demonstração de força;
(3) Deverá buscar-se, fundamentalmente, a solução pacífica do conflito, evitando-
se a ação ofensiva;e
127
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
(4) Poderá ser estabelecido um prazo para que seja cumprida a determinação
da autoridade legal.
g. Investimento
(1) O investimento é, normalmente, a ação decisiva, com o objetivo de controlar um
distúrbio, quando se esgotam todas as medidas preventivas.
(2) Com base na hipótese mais desfavorável, ou seja, a real necessidade de se ter
que desencadear a ação ofensiva - num cenário em que alguns militantes mais radicais
reajam com coquetéis "molotov" ou mesmo armas de fogo - devem ser previamente
posicionados os seguintes elementos:
(a) Equipe de Observação e Base de Fogos - Constituída de observadores,
caçadores, cinegrafistas, e rádio-operadores, ocupando posições em pontos dominantes -
em condições de identificar líderes e aqueles que reagem violentamente à ação da tropa
com pedras, coquetéis "molotov" e armas de fogo - para filmá-los e, mediante ordem,
atirar com munição de borracha ou real (de acordo com as regras de engajamento
estabelecidas).
(b) Força de Choque- constituída por tropas de choque, equipadas com escudos,
cassetetes, munição lacrimogênea, viaturas blindadas e de remoção de obstáculos, cães,
cavalos, etc.
- deve caracterizar-se por uma ação vigorosa, que tem como objetivo dispersar a
turba.
- em algumas situações de natureza defensiva, a Força de
Choque, numa 1a fase, permanece estática, não devendo ceder espaço e, caso
pressionada pela turba, reage com vigor, tomando atitude ofensiva, buscando
dissolvê-la no mais
(c) Força decurto
Reaçãoprazo.
- constituída de tropas do Exército, em especial de Unidades de Infantaria e
Cavalaria que permanecem em 2 escalão em condições de caso a Força de Choque seja
hostilizada com armamentos que superem sua capacidade de ação, serem empregadas
em substituição a ela, utilizando meios mais traumatizantes, tais como munição de
borracha e, em última instância, munição real.
- em princípio, a tropa não porta escudos nem capacetes especiais, tendo como
armamento básico o seu armamento de dotação.
- o dispositivo adotado não é emassado e assemelha-se a uma operação
ofensiva de combate urbano, com progressão por lanços, buscando proteção dos tiros
e de outros objetos lançados contra a tropa. A reação pelo fogo real só deve ocorrer
quando determinada pelo Cmt e de acordo com as regras de engajamento estabelecidas.
- as equipes de serviços gerais serão úteis para a recuperação
do património público, ou privado, que for danificado pela nossa tropa, durante
a operação.
- as equipes de serviços públicos e especiais serão utilizadas
para reparação das redes elétrica, telefónica, de água e outros serviços.
(d) Equipe ou Destacamento de Apoio
- constituída de pessoal de saúde, bombeiros, Op Psico, justiça, serviços gerais,
serviços públicos essenciais e outros.
(e) Reserva
- constituída de forças com características semelhantes à Força de Reação, em
condições de reforçar posições de cerco, reforçar a Força de Reação ou atuar como força de
cerco.
128
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particularmenteapresent
naturalmente, úteis apara esse fim, considerando
m os observadores a dificuldade de memorização que,
em tais situações.
(i) Provas que definam claramente a conduta da tropa devem ser também
providenciadas, a fim de resguardá-la contra acusações futuras.
h. Vasculhamento da Área
(1) É a operação que normalmente se segue ao investimento, em que
preponderam as ações de busca e apreensão, e tem por finalidade:
(a) capturar:
- líderes;
- elementos que cometeram atos violentos; e
- elementos procurados pela justiça, ou pela polícia.
(b) apreender:
-armas, munições, explosivos e outras provas materiais.
(2) É executado por equipes de busca, que recebem normalmente encargos por
área ou grupos de pessoas a serem revistadas.
(3) A tropa mais adequada à sua execução é a PE, podendo, em alguns casos, ser
realizada, no todo ou em parte, por outras Unidades do Exército.
(4) A Força de Reação e a Reserva podem receber a missão de realizar o
vasculhamento e, para isso, são reorganizadas em equipes de busca, cada uma com
responsabilidade sobre uma área específica.
(5) As buscas, quando no interior de residências, exigem mandado judicial e só
podem ser realizadas durante o dia. São, no entanto, as mais eficazes.
(6) Todos os comodos devemser revistadosna presença dos moradores e, quando
descoberto algum ilícito, lavrado o flagrante delito.
129
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(7) A revista de pessoas nas ruas é feita também pelas equipes que participaram
do cerco, do isolamento e da segurança da população.
Força OCD
FORÇA DE CHOQUE
- Constituída por tropa de choque, equipada com material e munições específicas de
controle de distúrbios com o objetivo de quebrar a resistência das forças adversas.
FORÇA DE REAÇÃO
- Constituída de tropas do exército (infantaria e cavalaria mecanizada), atuam caso a
força de choque seja hostilizada com armamentos que superem sua ação.
- agirá com reação pelo fogo real de acordo com as regras de engajamento
estabelecidas.
EQUIPE DE BUSCA
- Responsável pelo vasculhamento da área após o investimento visando capturar
líderes, elementos que cometeram atos violentos, contraventores, armamento, munições
e explosivos.
EQUIPE DE APOIO
- Constituída pelo pessoal de saúde, bombeiros, justiça, comunicação social e outras
equipes que se fizerem necessárias.
RESERVA
- Constituída de forças com características semelhantes a força de reação em
condições de reforçar a força cerco, força de reação ou atuar como força de choque.
Gerente de Crise
Smt U / GU
Sub Gerente
(Cmt U / GU)
Assessor
Pessoalde Assessor de
Inteligência
Assessor de Assessor de
Imprenssa Juridico
Escalão de Escalão de
Equipe de
Apoio Reserva Intervenção Cerco e
Isolamento Negociação
(Assalto)
(Segurança)
131
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ARTIGO II
FORÇAS DE CHOQUE
COMANDANTE DE PELOTÃO
ADJUNTO DE PELOTÃO
COMANDANTE DE COMANDANTE DE COMANDANTE DE
GRUPO CHQ GRUPO CHQ GRUPO CHQ
ESCUDEIRO ESCUDEIRO ESCUDEIRO
ESCUDEIRO ESCUDEIRO ESCUDEIRO
132
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a) EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
134
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2) Formações Ofensivas:
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3) Formações Defensivas:
a. Defensivas Dinâmicas:
139
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
- Escudos Acima: esta formação será utilizada quando o pelotão tiver que
adentrar em alguma construção, presídio ou outros locais em que a via de acesso
seja estreitado epelotão
integrantes há perigo
ficam de lançamentos
protegidos de objetos sob a tropa. Todos os
pelos escudos.
141
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b. Defensivas Estáticas:
- Guarda Baixa: quando os escudos são apoiados ao solo de forma unida, e
todos os integrantes do pelotão se abaixam para realizar a proteção do Pelotão.
- Guarda Baixa Emassada : quando os escudos são apoiados ao solo, sendo que
três escudeiros de uma extremidade e quatro escudeiros da outra extremidade se
posicionam
formação. É aacima dosformação
principal outros oito escudeiros
utilizada que,
quando da abaixo,
ameaça de formam a base da
arma de fogo.
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143
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d) COMANDOS
Advertência:
Pelotão Atenção!
Comandos propriamenteditos:
Direção: 12 horas!
Formação: guarda baixa!
Execução: posição!
Advertência:
Pelotão Atenção!
Comandos propriamenteditos:
Direção: 12 horas!
Posição: 10 metros à frente!
Formação:
em linha!
Execução:
Marche-marche! (acelerado)
Marche! (normal)
Advertência:
Pelotão Atenção!
Comandos propriamenteditos:
Direção: 12 horas!
Posição: 10 metros à frente!
Formação: em linha!
Execução:
Marcando cadência, marche!
145
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- Em linha
- Em cunha
Esta formação poderá ocorrer nas seguintes situações:
- Apoio Central:
É a formação que deixa um pelotão na linha de frente e o(s) outro(s) a
retaguarda em formação coluna por três, pronto para ser empregado em qualquer outra
formação a critério do comandante de companhia.
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- Em Escalão.
Nesta formação todos os pelotões estarão em escalão.
b) COMANDOS
Serão seguidos os mesmos tipos de comandos dados ao pelotão, contudo os
Cmt Pel deverão retransmiti-los. Exceto na formação Apoio Lateral com a Cia a 2 (dois)
pelotões, a base será sempre o Pel do centro do dispositivo. Os demais Pel adotarão as
formações adequadas ao comando emitido, agilizando a adoção da formação.
a. GENERALIDADES
O emprego da tropa está relacionado com o terreno em que ela irá atuar e com a
quantidade de pessoas que compõe a turba. Para definir o numero aproximado da turba,
deve-se fazer a seguinte operação: definir a área ocupada pela turba em metros
quadrados. Depois multiplicar por cinco se a multidão estiver comprimida, por quatro se
as pessoas se movimentam ou por três se estiverem caminhando.
- Ordem de Dispersão;
- Recolhimento de Provas;
- Emprego de Agentes Químicos e munição de elastômero;
- Emprego de Água;
- Carga de Cassetete;
- Detenção de Líderes;
- Atiradores de Elite; e
- Emprego de Arma de Fogo.
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149
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1) Resistência pacifica
- Atuação somente em extrema necessidade;
- Muitas vezes tem caráter pacífico;
- Em algumas situações os manifestantes permanecem deitados ou sentados ao
chão com a finalidade de prejudicar a ação militar; e
- Necessita
de gás pimenta, jatos odeemprego
água ou de equipamento
tinta, cães, etc. especial: cassetete elétrico, espargidor
2) Desobstrução de via
- Quase sempre há vias de fuga;
- A ação deverá ser a mais simples possível;
- Oportunista (não há muita disposição em resistir);
- Não requer equipamento especial da tropa de choque;
- Boa forma de utilização de agentes químicos (local aberto); e
- Em caso de necessidade utilizar viatura blindada para remoção de barricada.
a) Atividades críticas
-Posicionamento da tropa;
-Montagem do posto de comando;
-Confronto com manifestantes;
-Domínio da via pública e desobstrução;
-Detenção de infratores;
-Impedir o retorno e
dos manifestantes.
b) Contatos necessários
-Corpo de Bombeiros ;
-PE no Ct de trânsito (urbano ou rodoviário);
-Prefeitura Municipal (Pronto Socorro, guinchos, manutenção, etc);
-Segurança Velada (S2);
-Patrulhamento (velado e ostensivo).
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e) Manifestação Predatória
- Ao se intervir, atuar com planejamento, determinando os objetivos;
-- Atentar
Emprego para os locaisQuímicos
de Agentes onde são edeixadas
muniçãoasdeviaturas e apoios;
elastômero;
- Necessita de atuação de agentes da inteligência; e
- Preocupação com os equipamentos da proteção da tropa.
f) Manifestações
- Atuação somente em extrema necessidade;
- Muitas vezes tem caráter pacífico;
- Em caso de necessidade de se intervir atuar com planejamento, determinando
os objetivos;
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3) Eventos Relevantes
- É extremamente complicada, caso haja necessidade de intervenção (vias de
fuga);
- A quantidade de pessoas é sempre a maior preocupação;
- Cobertura por meios de comunicação;
- A atuação da tropa de OCD pode ser um fator agravante nestes casos; e
- Facilidade de visualização do local da operação.
- Ações de controle de distúrbios em locais de evento
- É extremamente difícil a intervenção pelo fato de que, nesses locais,
normalmente não há vias de fuga;
- A quantidade de pessoas é sempre a maior preocupação;
- Cobertura por meios de comunicação;
- A atuação da tropa pode ser um fator agravante nestes casos e
- Facilidade de visualização do local da operação.
4) Reintegração de posse
- Necessita planejamento apurado;
- Necessita negociação e paciência;
- Atuação nas primeiras horas da manhã;
- Verificação de itinerários alternativos (possibilidade de barricadas); e
- Difícil atuação de agentes de Inteligência.
b) Planejamento
- Levantamento do local;
- Reunião preparatória;
- Definição de missões; e
- Providências finais.
c) Preparação do terreno
- Equipe precursora ( Oficial S2);
- Emissão de ordens,Inspeção Final e saída;
- Início do comboio;
- Deslocamento;
- Chegada no local;
- Montagem de estacionamento e PC; e
- Posicionamento da tropa.
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d) Negociação
- Ciência aos invasores (leitura doMR);
- Negociação propriamente dita (2ª Fase);
- Verificação de possibilidade de resistência; e
- Ordem de dispersão/desocupação (Caso haja Rst).
- Sinais de resistência
- Vigilância;
- Sinais sonoros e visuais;
- Barricadas;
- Reuniões; e
- Imprensa no local.
e) Ocupação
- Posicionamento do Caçador e Tropa de intervenção (SFC) em pontos sensíveis
(equipe precursora);
- Desembarque da Tropa de OCD;
- Posicionamento no local da ocupação;
- Aproximação;
- Ordem de dispersão; e
- Início da retirada.
g) Rescaldo
- Socorro a feridos;
- Filmagem e coletade evidênciasda resistência;
- Encaminhamento ao Distrito Policial; e
- Triagem e encaminhamento de invasores.
h) Entrega ao proprietário
- Verificação da efetiva er integração de posse, juntamente com Oficial de justiça;
- Lavratura do termo de reintegração de posse; e
- Liberação das vias bloqueadas pela tropa de patrulhamento ostensivo.
i) Observações gerais
-- Em localdeslocar-se
Sempre edificado, apara
reintegração de posse
o local com Vtr Bld;é executada de cima para baixo;
- Reintegração é realizada nas primeiras horas da manhã; e
- Prever sempre apoio (braçais, logística, Bld, bombeiros, maquinário, Carro de
som, ônibus, saúde, etc).
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
CAPÍTULO VII
ARTIGO I
1. INTRODUÇÃO
Armas não-letais, como as suas respectivas munições não-letais, são aquelas
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3. CONCEITOS DIVERSOS
a. Legalidade
Remete à necessidade de que as ações devem ser praticadas de acordo com
os mandamentos da lei, não podendo se afastar da mesma, sob pena de praticar-se
ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o
caso.
b. Necessidade
Somente serão desencadeadas ações e medidas estritamente necessárias
ao cumprimento da missão.
c. Proporcionalidade
Correspondência entre a ação e a reação do oponente, de modo a não haver
excesso por parte do integrante da tropa empregada na operação.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
d. Progressividade
O uso da força deverá, sempre que possível, evoluir gradualmente, sempre a
fim de atingir o nível suficiente para neutralizar a ameaça, buscando preservar a
integridade física das pessoas, do material e das instalações afetadas.
e. Força mínima
É o menor grau de força necessária para, assegurando o cumprimento das
ações anteriormente especificadas, desestimular o Agente de Perturbação da Ordem
Pública (APOP) a prosseguir nos seus atos, causando-lhe o mínimo de danos
possível.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
f. Razoabilidade
Consiste na compatibilidade entre meios e fins da medida. As ações devem ser
comedidas e moderadas. Os danos provocados pela tropa não podem ser maiores
que os do APOP.
g. Ferimentos Permanentes
Ferimentos Permanentes são todos os danos causados às pessoas as quais
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5. PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO
Seu emprego será adequado quando:
a. A força letal não for apropriada.
Muito comum de acontecer quando a finalidade da operação de um modo geral
é de controle da população, onde não há legalidade, necessidade ou razoabilidade
para causar a morte a qualquer pessoa.
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b. A força letal for justificada e está disponível para uso, entretanto uma força
moderada poderá subjugar o agressor.
Ocorre em situações onde há algum tipo de agressão com finalidade letal
contra a tropa e há a possibilidade de se estabelecer contato com o APOP de forma
a força-lo à render-se.
Ex.: emprego do Incapacitante Neuromuscular em pessoa com refém tomado.
c. A força letal for justificada, mas seu uso poderá causar efeitos colaterais.
Realizar disparos em locais que devido sua alta densidade demográfica e
padrão de edificações podem atingir muitas pessoas que não estão envolvidas nas
agressões.
6. FASES DE EMPREGO
O emprego da tecnologia não letal passa por várias fases onde se deve ter
a. Planejamento
1) Cenário operacional
O estudo do cenário operacional estimado pode nos fazer focar para gerar e
articular requerimentos operacionais básicos na área das tecnologias não letais.
Este estudo do cenário pode nos trazer uma ideia básica das possibilidades
de acontecimentos e do estado final desejado para cada uma destas operações e
permitir que se planeje o estado operacional necessário e aptidões que nossas
tropas devem possuir.
Os cenários em GLO podem mudar em uma ampla gama do espectro do
combate onde podemos ir de uma situação de paz estável até uma crise onde ocorra
o emprego de armamento letal em combate com APOP.
Estes estudos nos trazem uma perfeita noção das necessidades de
desempenho dessas tecnologias que serão utilizadas.
2) Custos
Os custos das tecnologias não letais devem ser analisados de forma que se
possa ter a perfeita noção da viabilidade daquela tecnologia e sua real eficiência.
Além dos custos operacionais devemos ter em conta os custos de
manutenção, treinamento dos militares que estarão dotados de tais tecnologias e a
vida útil do material.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3) Aceitabilidade Pública
O emprego do meio não letal como uma iniciativa com a mais nobre das
intenções de preservar a vida e integridade física das pessoas envolvidas em
ameaças e crimes diversos muitas das vezes não é aceitável para todos.
Sendo a opinião pública um acidente capital das operações de amplo
espectro deve ser considerada de modo que o emprego do meio não letal não seja
encarado pela população como um meio de tortura e abuso dos militares sobre a
população.
Desta forma, em todas as oportunidades, deve ser feito um trabalho de
Comunicação Social para difusão adequada das informações à opinião pública da
ideia que a tecnologia não letal é uma forma de proteção que o Exército Brasileiro
possui para salvaguardar a vida e a saúde da população e de pessoas que cometem
crimes ameaçando o bem estar geral.
b. Aquisição
A aquisição de material para o cenário previsto deve ser realizada em alguns
passos que buscam aprimorar o processo para que sejam realizados os melhores
1) Necessidade
2) Mercado
3) Viabilidade
4) Distribuição
c. Emprego
1) Treinamento
O treinamento faz o militar ter a habilidade necessária para quando houver o
emprego da sua fração em GLO ele tenha condições de utilizar o material a ele
disponibilizado, tendo a perfeita noção do estado final desejado e das técnicas de
uso dos meios
2) Difusão à população
O conceito de difusão à população esta vinculado com a aceitabilidade
pública do emprego da força. O emprego do agente químico deve ser difundido nas
operações como forma de proteção às pessoas, estruturas e bens privados e
públicos.
Todo o emprego do agente químico deve ser precedido de avisos de seu
uso nas situações onde não se exija a surpresa. Isso cria a reação de autoproteção
160
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Como todo o uso da força o militar usuário destas tecnologia deve estar consciente
das premissas de uso desta tecnologia.
Cada operação é regulada pelas suas regras de engajamento e de suas
particularidades, porém o militar jamais deve se utilizar deste meio como forma de
extravasar suas emoções ou se impor perante fatos que não necessitem do uso da
força.
4) Tratamento pós incidente
Após o uso da tecnologia não letal, a população afetada poderá buscar
auxilio ou estar sob custódia/ preso e necessite de tratamento para os danos
causados pela tecnologia não letal utilizada.
O tratamento pós incidente devem incluir medidas para descontaminação
pessoal e material, posicionamento de equipes médicas preparadas para
emergências médicas, troca de conhecimento com OCS (Organizações Civis de
Saúde) e o correto encaminhamento para os locais mais aptos para os cuidados de
pessoas gravemente comprometidas.
Este tipo de ação deverá ser vinculada a ação de difusão à população
indicando a população para que procure o tratamento das equipes de tratamento
pós incidente posicionadas previamente.
d. Evolução
1) Lições aprendidas
As lições aprendidas das FPac devem contemplar uma vasta gama de
conhecimentos entre eles as observações e impressões tidas pela tropa que utilizou
a tecnologia não letal.
Estas lições devem ser estudadas e comprovadas para que seja redefinida a
utilidade da tecnologia e sejam propostas mudanças em suas características
técnicas para futuras aquisições.
161
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
desejados.
7. MEDIDAS DE SEGURANÇA
a. não usar produtos com validade vencida;
b. seguir as prescrições da ficha técnica;
c. utilizar com prudência os agentes químicos, especialmente quando se tratar de
pequenas salas ou áreas confinadas;
d. deve ser utilizado somente por pessoal habilitado
e. utilizar o espargidor de OC diretamente no rosto, somente em caso de
necessidade comprovada;
f. em instrução, evitar a utilização de agentes químicos em dias úmidos e após
TFM;
g. evitar empregar armas e munições não-letais contra crianças, gestantes,
deficientes e idosos;
162
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO II
AGENTES QUIMICOS
1. CONCEITO
São todas substâncias que, por sua atividade química produzam, quando
empregado para fins militares, um efeito tóxico, fumígeno ou incendiário. Este efeito
2. CASSIFICAÇÕES
a. Quanto a classificação básica:
Tóxicos: compreende todos os agentes que, quando empregados contra
pessoal, para contaminar áreas e materiais produzam efeitos tóxicos.
Fumígenos: são todos os agentes que por queima, hidrólise ou condensação,
produzam fumaça ou neblina.
Incendiários: são todos os agentes que, após sua ignição, queimam a altas
temperaturas provocando incêndios e destruindo materiais.
b. Outras Classificações
Classificação quanto ao objetivo de uso
Quanto ao estado físico: sólidos, líquidos e gasosos.
Quanto ao emprego tático: causadores de baixa, inquietantes, incapacitantes,
fumígenos e incendiários.
Quanto à ação fisiológica: sufocantes, vesicantes, neurotóxico e hemotóxico.
Geral Emprego Tático Ações Fisiológicas
Sufocantes
Vesicantes
Causadores de Baixas
Neurotóxicos
Hemotóxicos
Tóxicos
Vomitivos
Inquietantes
Lacrimogêneos
Físicos
Incapacitantes
Mentais
163
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Não possuem
Fumígenos Fumígenos
classificação fisiológica
Não possuem
Incendiários Incendiários
classificação fisiológica
3. MÉTODOS DE DISPERSÃO
a. Por queima
Ocorre à ação de um dispositivo de acionamento do tipo queima (espoleta,
misto de ignição) e o agente é liberado lentamente, para o exterior, na forma gasosa
ou de aerossol. É o modo de dispersão de algumas granadas e dos tubos
Fumígenos.
É o meio mais utilizado em ações de Operação de controle de distúrbios.
Exemplos: projéteis de longo alcance Cal 38.1 mm, granada de mão lacrimogênea
de emissão, etc.
b. Por Explosão
É o caso dos agentes químicos que são lançados, acondicionados em
artefatos, que ao serem detonados, por ação da carga de arrebentamento, têm
destruído o invólucro que os acondiciona, sendo liberados instantaneamente.
Exemplo: granadas explosivas lacrimogêneas (Gl-305, GB-705).
c. Por Espargimento
O agente é lançado na forma líquida ou sólida, micropulverizado, de
espargidores instalados em aeronaves ou viaturas, espargidores portáteis ou ainda
por cassetete ou tonfa lançadora. Exemplo: munições jato direto (Gl 103, Gl 103/A).
d. Por volatilização
O recipiente de vidro que contém o agente é quebrado, permitindo sua
dispersão. Utilizados em ambiente onde não possam ser acionados outros materiais
convencionais, como granadas de emissão de agente lacrimogêneo, por
aquecimento ou explosivas de efeito moral. Exemplo: Ampolas de CS (Gl 109).
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
aéreas superiores e pele exposta, causa forte descarga de muco, saliva e lágrimas
de suas glândulas além de tosse, vertigens e aturdimento.(HU, 1989)
- Quanto ao emprego tático: tóxico
- Quanto à ação fisiológica: lacrimogêneo
- Quanto à persistência: em sua forma sólida é altamente persistente, mas, sob
a forma gasosa, é considerada não persistente;
- Quanto ao estado físico: É um agente sólido de cor branca;
- Efeitos fisiológicos: Forte sensação de queimadura nos olhos, acompanhada
de lacrimejamento intenso, sufocação, dificuldade de respiração e contrição do peito,
fechamento involuntário dos olhos, sensação de ardência da pele úmida, corrimento
nasal e vertigens ou aturdimento. Concentrações pesadas podem causar náuseas e
vômitos.
Convém ressaltar que o CS é um agente químico extremamente tóxico (HU;
1989) que pode gerar como metabólito no corpo humano o cianeto 1 e agentes
carcinogênicos2 que devem ser evitados de serem frequentemente produzidos pelo
organismo. Desta forma o uso de mascara contra gases deve ser sempre utilizada
pela tropa que emprega o CS.
1) Descontaminação
a) CN e CS:
(1) Dermal:
Voltar-se contra o vento;
Utilizar água corrente em abundância (mínimo 15 minutos);
Aplicação de solução de água (1 litro) e bicarbonato de sódio (três
colheres de chá);
Aplicação de pomadas anestésicas à base de lidocaína ou prilocaína;
1
O cianeto segundo Biller (2007. p 939) é um poderoso veneno para os mamíferos.
2
O termo carcinógeno, cancerígeno, ou carcinogênico refere-se a qualquer substância, isótopo, radiação ou outro agente físico
ou biológico que provoque, agrave ou sensibilize o organismo para o surgimento de um câncer (HU. 1989)
165
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que as células absorvam suas moléculas e, desta forma, potencializam a ação desta
causando a sensação de calor excessivo (queimadura) ou abrasão
excessiva.(CRUS-ORENGO, 2007).
- Quanto ao emprego: inquietantes.
- Quanto à ação fisiológica: lacrimogêneo.
- Quanto à persistência: em sua forma sólida é altamente persistente,
167
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168
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6. PROTEÇÃO
a. Máscara contra gases
1) Conceito:
A máscara contra gases é um equipamento de proteção individual, que
permite a permanência do homem em atmosfera gasada, sem que inspire ar
contaminado. É o principal meio de proteção individual, tanto em ambiente químico,
quanto biológico ou nuclear.
2) Generalidades:
Os outros meios de proteção complementam-na ou tem a mesma
importância, quando diante de determinados agentes. A primeira máscara contra gás
patenteada foi inventada pelo americano GARRET MORGAN, em 1914, e foi usada
pela primeira vez em 1916, no resgate de vítimas do desabamento de um túnel. Tão
grande importância é decorrente de que protege o aparelho respiratório, principal
porta de entrada dos agentes químicos para o organismo, e os olhos, também
altamente sensíveis aos agentes.
3) Tipos de máscaras contragases:
Existem vários tipos de máscaras contra gases, militares e civis. As
máscaras civis têm aplicação, principalmente, nas indústrias que possuem riscos de
169
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
- Máscaras de filtros:
170
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- Máscaras panorâmicas:
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- Máscaras semifaciais:
b. O filtro
O filtro que melhor se adequa à nossa atividade é do tipo combinado (com
suporte metálico, carvão ativado e papel filtrante) com nível de proteção contra
agentes químicos. É extremamente eficiente (99,97%) quando empregado para
gases e aerodispersóides do tipo HC, OC, CS e CN, ou seja, para fumígenos e
lacrimogêneos.
172
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E
Colocação da máscara contra gases:
A
1-levar os tirantes para a frente da
máscara;
2-empunhar a máscara com as duas
mãos à frente dela;
3-colocar a máscara no rosto, levando
as mãos para parte de trás da cabeça
trazendo os tirantes para trás;
G
4-puxar os tirantes na sequencia
1º-cima a direita
2º-baixo esquerda
3º-meio esquerda
4º-meio direita
5º-cima esquerda
6º-baixo esquerda
174
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
6) Teste de estanqueidade
Teste de estanqueidade
1-Colocar a máscara;
2-Tampar com a(s) mão(s) a(s)
entrada(s) do(s) filtro(s) de ar;
3-Inspirar forçadamente; e
4-Verificar se houve a entrada de ar
pelas laterais da máscara.
Obs: caso ocorra a entrada de ar pelas
borrachas laterais da máscara repetir o
F Nº 4 da colocação da máscara, se
persistir o problema refazer a colocação
da máscara.
7) Processo convencional:
a) Coloque as mãos espalmadas por dentro dos tirantes, de modo que
fiquem voltadas para dentro da máscara;
b) Eleve levemente a cabeça e coloque o queixo na base do facial da
máscara;
c) Deslize as mãos para cima e para trás, levando a máscara à sua posição;
d) Após colocada, regule os tirantes inferiores e médios sempre em
diagonal;
e) Se for o caso ajuste os tirantes superiores.
8) Processo prático:
Eleve a máscara acima da cabeça;
Deslize as mãos para baixo levando a máscara à sua posição;
Após colocada regule os tirantes inferiores e médios sempre em diagonal;
Se for o caso ajuste os tirantes superiores.
c. Cuidados com a máscara:
Após a utilização é conveniente que:
A máscara seja lavada com água morna (antes de lavá-la retire o filtro);
Ela seja submergida em solução germicida (evite o álcool, pois resseca a
borracha).
175
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Obs: Se for o caso, poderá utilizar escova com cerdas macias para retirar
sujeiras do facial da máscara.
Depois de seca:
Passar um pano nas partes de borracha;
Limpar o visor.
7. MEDIDAS DE SEGURANÇA
Não usar produtos com validade vencida;
Seguir as prescrições da ficha técnica;
Utilizar com prudência os agentes químicos, especialmente quando se tratar de
pequenas salas ou áreas confinadas;
Deve ser utilizado somente por pessoal habilitado;
Deve-se utilizar o espargidor de pimenta diretamente no rosto, apenas nos
casos de necessidade, respeitando a distância mínima de aplicação prevista no
manual técnico do equipamento e assegurando, dessa forma, a efetividade do
armamento pela criação de uma ―nuvem‖ de gás envolvendo o rosto.
Em instrução, evitar a utilização de agentes químicos em dias úmidos e após
treinamento físico;
Evitar empregar armas e munições não-letais contra crianças, gestantes,
pessoas com necessidades especiais e idosos;
Quando houver a utilização de granadas de efeito moral, a distância entre a
tropa e a turba deve ser avaliada criteriosamente para que pessoas não sofram
queimaduras ou lesões, em consequência da explosão, devendo evitar-se o
lançamento no meio da turba buscando suas extremidades.
8. CONSIDERAÇÕES TÁTICAS
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ARTIGO III
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
(2) Irritante
São substâncias que pelas suas características causam efeitos
irritantes no ser humano. As Convenções de Armas Químicas (Chemical Weapons
Conventions) estabelece regras e possibilidades de emprego por estes tipos de
agentes sendo liberados somente aqueles tidos como lacrimogêneos.
(3) Fumaças
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b) Debilitantes
São munições, agentes químicos e armas que por suas ações fisiológicas
provocam dor intensa, desconforto e/ou desconforto em seus objetivos. Estes
materiais não fazem necessariamente os objetivos cessarem suas ações, podendo
haver reações, agressões ou agravamento da crise caso seja incorretamente
empregados. Podem também ter seus efeitos diminuídos por ação de determinadas
drogas.
c) Protetores
Protetores são tecnologias que servem para impedir que as ações
agressivas de qualquer natureza surtam seus efeitos podem ser utilizados em
treinamento ou em operações.
5) Lançamento
Quanto ao lançamento as munições podem ser classificadas como manual
ou por armamento/ lançador.
2. ARMAS DE FOGO
As armas de fogo não letais são aquelas que em seu uso fazem a combustão de
propelentes, sendo no caso da munição não letal a pólvora negra.
O fato do propelente da munição não letal ser a pólvora negra envolve uma maior
demanda de manutenção do armamento para que não ocorra o acumulo de pólvora
no cano do armamento ocasionando o entupimento do cano e inutilização do
mesmo.
Além disso as munições de elastômero, principalmente em canos de calibre
gaugio 12 com ―choke", causa um rastro de borracha que somado ao resíduo da
pólvora negra faz que uma munição a cada 75 fique presa no interior do cano.
As cargas utilizadas nas armas de fogo não letais são pequenas e não permitem
que armas semiautomáticas realizem o ciclo de seus sistemas de alimentação, desta
forma as armas que possuem a possibilidade de emprego no modo semiautomático
devem ser sempre empregadas em repetição.
a. Lançadores de granadas ou de controle de distúrbios
Inicialmente criado para lançamento de granadas e explosivos os Calibres
37/38mm, bem como o calibre 40mm, foram adaptados para as operações de
controle de Distúrbios como plataforma de lançamento. Atualmente existe uma
181
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2) Choke
182
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
c. Armas a gás
Armas a gás são aquelas que têm seu sistema movimentado pela pressão de
gás comprimido ou CO2. Algumas armas possuem sistema de disparo através de
embolo e mola que realizam o tiro sempre com mesma energia cinética e outras
possuem a ação direta dos gases onde a energia cinética varia conforme a pressão
da carga dentro do cilindro de gás.
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Micro-ondas
Som
pulsos por segundo que enganam a musculatura humana causando titânia muscular
extrema (contração muscular involuntária), essas armas foram denominadas Armas
de incapacitação neuromuscular temporária (AINT).
3) Arma de incapacitação neuromuscular temporária (AINT)
As armas de Incapacitação Neuromuscular Temporária (AINT) são armas utilizadas
para incapacitação dos APOP alvo da tecnologia. Diferentemente de todas as outras
a) Jato direto
São munições que possuem no interior de seu corpo uma solução de
agente químico lacrimogêneo que deve ser lançada fora da direção do rosto das
pessoas, preferencialmente acima das pessoas que estejam sendo alvo desta
tecnologia.
b) Projetis rígidos
São todos os projetos que após o impacto sobre o corpo humano eles em
sua função normal não perdem o formato srcinal ou retornam a ela sem sofrer
alterações. Nesta categoria citam-se os projetis de elastômero e madeira.
c) Projetis deformáveis
Os projetis deformáveis são todos aqueles que após seu impacto normal
contra o corpo humano eles perdem sua forma srcinal e não retornam a ela
normalmente.
Esta classe de projeteis podem apenas sofrer a deformação ou romper
sua estrutura normal para liberar material que esteja em seu interior ou ter menor
resistência física que o corpo humano.
Estes projetis apresentam vantagens sobre os demais por serem mais
seguros porém muitas vezes apresentam distâncias máximas de emprego bastante
reduzidas.
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ARMAMENTO E MUNIÇÕES
1. Cal Gáugio 12.
a. Armamentos
O armamento Cal Gáugio 12 será descrito na matéria armamento munição e
tiro.
b. Munições de impacto controlado:
1) Jato direto:
Nomenclatura: GL – 103
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Jato direto‖.
Carga principal: CS ou OC (micro
pulverizado).
Diâmetro da partícula: < 0,5 mícron.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Distância mínima de disparo: 3
metros.
Disparo: espingardas de alma lisa,
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Nomenclatura: GL – 104
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Jato direto‖.
Carga principal: OC (solução).
Obs: Deve-se evitar utilizar essa munição com as espingardas cal 12, pois a mesma
contamina a arma com partículas de CS ou OC.
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1) Elastômero Rígido
São munições contendo borracha butílica prensada por isso são rígidas e
não perdem seu formato, motivo pelo qual suas necessidades de segurança são
maiores.
O tiro com estas munições deve ser direto com trajetória tensa para que
estes possam surtir o efeito desejado devendo ter como objetivo as pernas, tronco e
Nomenclatura: AM-403
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Tarugo único‖.
Material do projétil: Elastômero
macio.
Massa do projétil: 12 gramas.
189
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: AM-403/A.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Três esferas‖.
Material do projétil: Elastômero
macio.
Massa de cada projétil: 4,5 gramas.
Velocidade de cada projétil: 247 m/s
(média aproximada).
Energia Cinética de cada projétil:
131 Joules.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Distância de segurança: 20 metros.
Região a ser atingida: Pernas.
Armamento: Espingarda Cal 12.
Prazo de validade: 2 anos.
190
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Nomenclatura: AM-403/C
Fabricante: Condor S/A.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: AM-403/P.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Precision‖.
Material do projétil: Elastômero
2) Granadas Explosivas
Nomenclatura: GL - 101.(Figura 28)
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Projétil Detonante
com Carga Lacrimogênea‖.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga de projeção: Pólvora Negra.
Carga secundária:
(micropulverizado). CS
Diâmetro da partícula: < 0,5 mícron.
Alcance: 100 metros (ângulo de 45º).
Tempo de retardo: 8,0 s (+ - 2,0 s).
Composição da coluna de retardo:
Pólvora Negra.
192
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193
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
que possui sistemas de gatilho apenas e toda a troca de munição deve ser realizada
pelo operador.
194
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a)Nomenclatura do armamento
b) Aparelho de pontaria
O aparelho de pontaria do AM 600 funciona de duas formas através de trilho
de pontaria (para alvos a 20m) e com duas alças de pontaria (para 30 e 40m)
Foto aparelho de pontaria
c) Avaliação de distâncias
O aparelho de pontaria do AM600 pode ser utilizado como auxiliar para
avaliação de distâncias permitindo ao atirador buscar maior precisão e segurança
em seus disparos. Através da alça de pontaria o militar identifica o alvo e realiza a
medição da silhueta que aparece em seu aparelho de pontaria.
Esta avaliação é individual e aproximada, portanto o atirador deve realizar a
medição com o aparelho de pontaria por diversas vezes em pessoas a 20m, 40m e
80m para habituar-se com as medidas que ele visualiza através da alça de pontaria.
195
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
1-ABRIR O CANO;
2-INSERIR
MUNIÇÃO;
196
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3-LEVANDO A
CORONHA À
FRENTE FECHAR
O CANO;
4-ATIRAR; E
5-APÓS O TIRO
REPETIR O “1” E
GIRAR PARA
RETIRAR O
CARTUCHO
UTILIZADO.
OBS: NÃO
RETIRAR O
CARTUCHO
PERCUTIDO COM
ASE
MÃO PARA NÃO
QUEIMAR NO
MANUSEIO DO
MATERIAL.
e) Tiro
TIRO DIRETO TIRO PARABÓLICO
197
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
b. Munições:
1) Jato direto
Nomenclatura: GL – 103/A
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Jato direto‖.
Carga principal: CS
(micropulverizado).
Diâmetro da partícula: < 0,5
mícron.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Distância mínima de disparo: 3
metros.
Armamento: lançadores no calibre
37/38 mm (AM-600/AM 507 C),
38.1 mm ou 40 mm.
Prazo de validade: 5 anos.
apenas com lançadores próprios pois o uso destes com armamento AM600,
contamina o cano da arma e contamina o atirador.
198
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GL – 104/A
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Jato direto‖.
Carga principal: OC.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Distância mínima de disparo: 3
metros.
Armamento: lançadores no calibre
37/38 mm (AM 507 C), 38.1 mm ou
40 mm.
Prazo de validade: 5 anos.
199
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
2) Impacto
a) Projetil rígido
Nomenclatura: AM-404.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Três esferas‖.
Quantidade de projéteis: 03.
Material do projétil: Elastômero
macio.
Massa de cada projétil: 28 gramas
Velocidade de cada projétil: Não
mensurada.
Energia Cinética de cada projétil:
Não mensurada.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Distância de segurança: 20 metros.
200
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura:AM-404/12E
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Doze esferas‖.
Quantidade de projéteis: 12
Material do projétil: Elastômero macio.
Massa de cada projétil: 4,5 gramas.
Velocidade de cada projétil: Não
mensurada. Energia Cinética de cada
projétil: Não mensurada.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Distância de segurança: 20 metros.
Região a ser atingida: Pernas.
Armamento: calibres 37/38 mm (AM
600/AM 507 C), 38.1 mm ou 40 mm.
Prazo de validade: 5 anos.
201
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
b) Projetil deformável
Nomenclatura:AM-470.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Soft Punch‖.
Quantidade de projéteis: 1
Material do projétil: projetil expansível
com borracha e talco.
Massa de cada projétil: 78 gramas.
Velocidade de cada projétil: Não
mensurada.
Energia Cinética de cada projétil: Não
mensurada.
202
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3) Granadas fumígenas
a) Lacrimogêneas
Nomenclatura: GL-201.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Médio Alcance‖.
Calibre: 38,1 mm.
Alcance: 60 a 90 metros.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Tempo de emissão: 20 segundos.
Composição do Misto lacrimogêneo:
CS, Pólvora de BS e Graxa.
Composição da coluna de retardo:
Pólvora Negra.
Lançamento: Por meio de armamento
próprio.
Armamento: lançadores no calibre
37/38 mm (AM-600/AM 507 C), 38.1
mm ou 40 mm.
Prazo de validade: 5 anos.
203
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GL – 202.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Longo Alcance‖.
Calibre: 38,1 mm.
Alcance: 90 a 120 metros.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Nomenclatura: GL-203/L.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Cartucho lacrimogêneo com
carga de múltipla emissão‖.
Calibre: 37/38,1 mm.
Alcance: 70 a 90 metros.
Tempo de emissão: 25 segundos (cada
pastilha).
Composição do Misto lacrimogêneo:
CS, Clorato de Potássio e Açúcar.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Quantidade Pastilhas: 05.
Armamento: lançadores no calibre 37/38 mm
(AM-600/AM 507 C), 38.1 mm ou 40 mm.
Prazo de validade: 5 anos.
204
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GL-203/T.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Cartucho lacrimogêneo com
carga de tripla emissão‖.
Calibre: 37/38,1 mm.
Alcance: 70 a 90 metros.
Tempo de emissão: 25 segundos (cada
pastilha).
Composição do Misto lacrimogêneo:
CS, Clorato de Potássio e Açúcar.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Quantidade Pastilhas: 05.
Armamento: lançadores no calibre 37/38
mm (AM-600/AM 507 C), 38.1 mm ou 40
mm.
Prazo de validade: 5 anos.
b) Sinalização
Nomenclatura: GL – 204.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―fumigena
colorida‖.
Calibre: 38,1 mm.
Alcance: 120 metros.
Carga de Projeção: Pólvora
Negra.
Tempo de emissão: 20
segundos.
Composição do Misto
lacrimogêneo:
CS, Pólvora de BS e Graxa.
Composição da coluna de
retardo:
Pólvora Negra.
205
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
206
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
a. Granadas fumígenas:
Possuem como seu componente principal, agentes químicos que podem causar
tanto um efeito ambiental quanto um efeito fisiológico. Não possuem distância de
segurança, cabendo ao operador observar a direção do vento, tipo de terreno e se o
ambiente é aberto (possibilidade das pessoas se evadirem do local). Deve-se ter
cautela quando utilizadas em locais confinados, visto que as partículas podem
diminuir a taxa de oxigênio do local ocasionando uma asfixia.
1) Lacrimogêneas:
O objetivo do agente químico lacrimogêneo será o de causar desconforto ao
oponente, diminuindo sua capacidade combativa e operativa através da irritação
ocular, dermal, vias aéreas superiores, além de poder comprometer o sistema
gástrico e pulmonar quando em longas exposições. Os agentes lacrimogêneos mais
207
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GL – 301.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Média-Condor‖.
Princípio de funcionamento: Misto de
Ignição.
Tempo de emissão: 17 segundos.
Composição do Misto lacrimogêneo:
CS, Pólvora de BS e Graxa.
Composição da coluna de retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
Nomenclatura: GL – 302.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Maxi-Condor‖.
Princípio de funcionamento: Misto de
Ignição.
Tempo de emissão: 25 segundos.
Composição do Misto lacrimogêneo:
CS, Pólvora de BS e Graxa.
Composição da coluna de retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
208
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GL – 303.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Mini-Condor‖.
Princípio de funcionamento: Misto de
Ignição.
Tempo de emissão: 10 segundos.
Composição do Misto lacrimogêneo:
CS, Pólvora de BS e Graxa.
Composição da coluna de retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
Nomenclatura: GL – 300/T.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Granada Lacrimogênea de
Tríplice Emissão‖.
Princípio de funcionamento: espoleta ogival
de tempo.
Tempo de emissão: 15 segundos (cada
pastilha).
Tempo de retardo: 2,5 segundos
Composição da coluna de retardo:
Zarcão, Silício e Nitrocelulose.
209
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Tríplice Emissão‖.
Princípio de funcionamento: espoleta ogival
de tempo.
Tempo de emissão: 25 segundos (cada
pastilha).
Tempo de retardo: 2,5 segundos
Composição da coluna de retardo:
Zarcão, Silício e Nitrocelulose.
Composição do Misto Lacrimogêneo:
CS, Clorato de Potássio e Açúcar.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Quantidade de Pastilhas: 03.
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
210
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GL – 309
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Rubber Ball‖.
Princípio de funcionamento: espoleta ogival
de tempo.
Tempo de emissão: 25 segundos.
Tempo de retardo: 2,5 segundos
Composição da coluna de retardo:
Zarcão, Silício e Nitrocelulose.
Composição do Misto Lacrimogêneo:
CS, Clorato de Potássio e Açúcar.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
Quantidade de Pastilhas: 01.
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
211
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GL – 310
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Bailarina‖.
Princípio de funcionamento: espoleta
ogival de tempo.
Tempo de emissão: 25 segundos.
Tempo de retardo: 2,5 segundos
Composição da coluna de retardo:
Zarcão, Silício e Nitrocelulose.
Composição do Misto Lacrimogêneo:
CS, Clorato de Potássio e Açúcar.
Carga de Projeção: Pólvora Negra.
212
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
2) Cobertura:
A fumaça apresenta uma alta densidade devido a queima de metais pesados
(zinco, níquel, ferro, etc), proporcionado a formação de uma parede, teto ou cortina
de fumaça, impedindo a visualização da tropa e possibilitando a sua movimentação
tática no terreno. A fumaça é composta por uma mistura hexacloretana que,
inspirada em grande quantidade, pode cristalizar no organismo culminando em
3) Sinalização:
A fumaça produzida por esta granada possui uma composição inócua sólida
(clorato de potássio, lactose e corante), podendo ser inspirada sem consequências á
saúde. Tem como objetivo a identificação da Tropa no terreno para apoio aéreo e
eventual resgate de feridos. Os corantes são nas cores: azul, vermelha, laranja e
amarela, com o objetivo de contrastar com o terreno, facilitando a localização.
213
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: SS-601.
Fabricante: Condor S/A.
Princípio de funcionamento: Misto de
Ignição.
Tempo de emissão:
Verde: 40 segundos
Demais cores: 60 segundos
Composição do misto sinalizador:
Clorato de Potássio, Lactose e Corante.
Composição da coluna retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
Obs: Desde que as granadas fumígenas funcionem da maneira pela qual foram
projetadas, não haverá risco de explosão. Porém, a utilização inadequada, a
alteração artesanal do produto ou um eventual defeito do fabricante poderá criar a
característica explosiva, de natureza defensiva, já que seu corpo é constituído de
alumínio e a velocidade de transformação é desconhecida. Exemplo: A obstrução do
orifício de escape de gases poderá ocasionar o alívio descontrolado da pressão no
interior do corpo da granada fumígena, ocasionado uma explosão mecânica .
b. Granadas explosivas
Seu objetivo é o de diminuir a capacidade combativa e operativa do oponente
através da deflagração de sua ogiva. Causam impacto psicológico, direcionando a
multidão para um local seguro, fora da zona vermelha de ação, local este
denominado de via de fuga. Atualmente estas granadas possuem 02 colunas de
retardo (uma no capacete e outra no corpo da granada), proporcionado a ejeção do
capacete antes de sua deflagração, impedindo a sua projeção como estilhaço.
Ademais, o seu corpo é de borracha butílica prensada, produzindo estilhaços com
baixo potencial lesivo (desde que respeitada a distância de segurança preceituada
pelo fabricante). O artefato é equipado com acionador de percussão tipo E.O.T.
214
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
1) Outdoor:
Granadas específicas para emprego em ambiente aberto. Possui, em sua
maioria, tempo de retardo para a explosão de 2,5 segundos e distância de
Nomenclatura: GL – 304.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Efeito Moral‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora Branca.
Carga secundária: Talco (inerte).
Composição do corpo da Granada:
PVC (rígido ou flexível).
215
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GL – 306.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Identificadora‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora Branca.
Carga identificadora: Carboximetilcelulose.
Composição do corpo da Granada:
PVC (flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 2,5 s(+ - 0,25 s).
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
Nomenclatura: GL – 307.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Luz e Som‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora Branca.
Carga secundária: Misto ofuscante
(Al, Mg, Nitrato de bário e Nitrato de estrôncio).
Composição do Corpo da Granada:
PVC (rígido ou flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 2,5 s (+ - 0,25 s).
Raio de segurança: 10 metros.
Número de decibéis:
(Mensurado em 1987,167
pelo CFarm).
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
2) Indoor:
Granadas específicas para emprego em ambiente fechado ou confinado.
Possui tempo de retardo para a explosão de 1,5 segundos e distância de segurança
de 5 metros do local da explosão.
216
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GB - 704.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Efeito Moral -
Indoor‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga secundária: Talco (inerte).
Composição do corpo da Granada:
PVC (flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 1,5 s
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
Nomenclatura: GB - 706.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Identificadora -
Indoor‖.
Princípio
Carga dedearrebentamento:
funcionamento: E.O.T.
Pólvora
Branca.
Carga identificadora:
Carboximetilcelulose.
Composição do corpo da Granada:
PVC (flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º
retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º
retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 1,5 s
Lançamento: Manual.
Prazo de validade:5 anos.
217
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GB - 707.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Luz e Som - Indoor‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga secundária: Misto ofuscante
(Al, Mg, Nitrato de bário e Nitrato de
estrôncio).
Composição do corpo da Granada:
PVC (flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 1,5 s
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
218
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GA – 100/A.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Adentramento‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga secundária: Misto ofuscante
(Al, Mg, Nitrato de bário e Nitrato de
estrôncio).
Composição do corpo da Granada:
Aço.
Colunas de retardo: 01.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Tempo de retardo: 1,5 s
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
Não possui capacidade de troca de
refil.
219
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GA – 100.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum:
Princípio ―Adentramento‖.
de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga secundária: Misto ofuscante
(Al, Mg, Nitrato de bário e Nitrato de
estrôncio).
Composição do corpo da Granada:
Aço.
Colunas de retardo: 01.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Tempo de retardo: 1,5 s
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
Possui capacidade de troca de refil,
sendo reutilizada por até 25 vezes.
220
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GM – 100.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Multi-impacto‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga secundária: Talco e 130 balins de
borracha.
Composição do corpo da Granada:
borracha.
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão,
Tempo desilício e nitrocelulose.
retardo: 3s
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
221
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
c. Granadas mistas:
Quando uma granada após a sua deflagração vier a formar uma nuvem
lacrimogênea, esta granada será considerada mista. Cabe salientar que qualquer
outro tipo de nuvem que não seja lacrimogênea caracterizará a granada como
explosiva. Estas granadas também podem ser classificadas como outdoor e indoor e
seu método de lançamento pode ser por artefato adaptado ou manualmente.
1) Outdoor
Nomenclatura: GL - 305.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Mista‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga secundária: CS
(micropulverizado) e talco.
Diâmetro da partícula: < 0,5 mícron.
Composição do corpo da Granada:
PVC (rígido ou flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 2,5 s (+ - 0,25 s).
Raio de segurança: 10 metros.
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
222
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GL - 308.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Mista‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga secundária: OC
(micropulverizado)
Composição do corpo da Granada:
PVC (rígido ou flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º
retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º
retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 2,5 s (+ - 0,25 s).
Raio de segurança: 10 metros.
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
2) Indoor:
Nomenclatura: GB -S/A.
Fabricante: Condor 705.
Nome comum: ―Mista - Indoor‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga secundária: CS
(micropulverizado) e talco.
Composição do corpo da Granada:
PVC (flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 1,5 s
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
223
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GB - 708.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Pimenta - Indoor‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga secundária: OC
(micropulverizado).
Composição do corpo da Granada:
PVC (flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 1,5 s
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
Nomenclatura: GM - 101.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Multi-impacto CS‖.
Princípio
Carga de de funcionamento:Pólvora
arrebentamento: E.O.T.
Branca.
Carga secundária: CS
(micropulverizado) 130 balins de
borracha.
Composição do corpo da Granada:
PVC (flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 3 s
Lançamento: Manual.
Prazo de validade: 5 anos.
224
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Nomenclatura: GM - 102.
Fabricante: Condor S/A.
Nome comum: ―Multi-impacto
Pimenta‖.
Princípio de funcionamento: E.O.T.
Carga de arrebentamento: Pólvora
Branca.
Carga secundária: OC
(micropulverizado) 130 balins de
borracha.
Composição do corpo da Granada:
PVC (flexível).
Colunas de retardo: 02.
Composição da coluna de 1º retardo:
Zarcão, silício e nitrocelulose.
Composição da coluna de 2º retardo:
Pólvora Negra.
Tempo de retardo: 3 s
Lançamento: Manual.
225
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
d. Lançamento
1-SEGURAR A
GRANADA COM O
CAPACETE DA
GRANADA PRÓXIMO
AO DEDO INDICADOR;
2-COLOCAR A TECLA
DO CAPACETE NO
CENTRO DA PALMA
DA MÃO;
3-EMPUNHAR O
GRAMPO DA
GRANADA E GIRAR NO
SENTIDO HORÁRIO
PARA LIBERAR A
ALÇA DO GRAMPO;
4-APÓS O ESTALO DA
LIBERAÇÃO DA ALÇA
DO PINO, GIRAR O
GRAMPO NO SENTIDO
ANTIHORARIO ATÉ O
GRAMPO SAIR DE SUA
POSIÇÃO INICIAL
226
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
5-PUXAR O GRAMPO
DA GRANADA NA
DIREÇÃO DO CORPO,
PARA A LATERAL DA
GRANADA
OBS: NÃO PUXAR O
GRAMPO DA
GRANADA PARA CIMA
POIS PODERÁ SOLTAR
O EOT E INUTILIZAR A
GRANADA.
6-REALIZAR O
LANÇAMENTO DA
GRANADA.
227
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
LANÇAMENTO RASTEIRO
228
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
229
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
cordão deverá ser eficiente, pois aplicar excesso de força poderá romper o cordão
antes de acionar a espoleta. O tracionamento do cordão com pouca força pode não
ser suficiente para gerar o choque necessário ao acionamento da espoleta. O
lançamento deverá ser imediato, pois, se a granada possuir algum tipo de
adulteração ou defeito de fábrica (falta de orifício de escape de gases, por exemplo),
a granada poderá explodir e produzir um efeito de estilhaçamento semelhante ao de
uma granada defensiva. Caso a granada não funcione, deverá aguardar ao menos
03 minutos e realizar uma observação sem manuseio. Se a granada não apresentar
alteração visível em seu corpo, a mesma poderá ser manipulada livremente. Porém,
se o corpo apresentar um inchaço, juntamente com excesso de temperatura,
formação gasosa exterior e corpo em movimento, deverá ser aberto um perímetro de
segurança (aproximadamente 25 metros), pois esta granada poderá explodir ou ser
lançada em elevada velocidade.
b) Granadas manuais de funcionamento do tipo EOT: O grampo de
segurança somente poderão ser retirados quando for dada a ordem de lançamento
da granada em questão. Caso o pino seja retirado e ocorra a contra-ordem,
impedindo o lançamento, o operador deverá procurar um local seguro para fazê-lo,
não colocando o pino srcinal em hipótese alguma, pois o percutor poderá ser
liberado involuntariamente, causando um incidente. Em caso de operação em local
fechado, onde não haja espaço pra o lançamento, deverá ser realizado o
procedimento de emergência, qual seja:
- Colocar um clipe de alumínio mais espesso no orifício de segurança,
procedimento este executado por outro militar, pois o lançador deverá continuar
segurando a granada;
- O militar de apoio deverá enrolar uma fita crepe entorno da alça de
segurança, sendo esta liberada lentamente pelo lançador; e
230
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
231
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
CAPÍTULO VIII
ARTIGO I
ESPINGARDAS CAL.12
1. Generalidades
232
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
1) Características:
- Calibre: 12 ga
- Comprimento do cano:19‖ (482,6mm)
- Comprimento total: 1000mm
- Capacidade de munição: 7+1
- Peso (desmuniciada): 3250g
- Coronha: madeira com soleira de borracha
a) Medidas preliminares:
- Retirar a bandoleira;
- Abrir a arma (telha para retaguarda);
- Inspecionar a câmara e o tubo de alimentação (tátil e visualmente);
- Fechar a arma (telha para frente);
- Travar a arma.
b) Desmontagem 1˚ escalão:
233
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
d) Montagem 1˚ escalão:
- Posicionar a telha na armação;
- Encaixar o ferrolho sobre os trilhos;
- Introduzir o ferrolho para dentro da culatra trazendo a telha para a
retaguarda e agindo simultaneamente no localizador direito;
- Continuar o movimento para a retaguarda agindo o retém do tubo de
alimentação e na sequência agindo no retém do ferrolho;
- Colocar o cano;
- Atarraxar o bujão do tubo de alimentação.
e) Medidas complementares:
3) Manejo:
a) Carregar a câmara;
c) Disparar;
d) Disparar a arma novamente;
e) Descarregar a arma sem efetuar disparos; e
a) . Desmontagem:
Medidas preliminares:
- Retirar a bandoleira.
- Colocar a arma na ação ―pump‖.
- Abrir a arma (telha para retaguarda).
- Inspecionar a câmara e o tubo de alimentação tátil e visualmente.
- Fechar a arma (telha para frente) agindo no retém do ferrolho.
- Travar a arma.
b) Sequência Desmontagem 1˚ escalão:
235
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
236
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
d) . Montagem 1˚ escalão:
1) Sequência da montagem
- Colocar a mola do ferrolho dentro do impulsor do ferrolho.
- Colocar o ferrolho dentro do impulsor do ferrolho.
- Colocar o pino do ferrolho com a ranhura perpendicular ao corpo, na
posição seis horas.
- Colocar a mola do percussor e percussor dentro do ferrolho.
- Colocar o pino do percussor.
- Posicionar a corrediça na armação e encaixar o impulsor do ferrolho –
ferrolho.
- Introduzir o impulsor do ferrolho – ferrolho para dentro da caixa da
culatra levando a corrediça para a retaguarda.
- Colocar a alavanca de manejo.
- Colocar a telha agindo no registro de tiro.
- Colocar o cano.
- Colocar o zarelho.
- Atarraxar o anel de fixação do cano.
- Colocar a braçadeira cano – tubo de alimentação.
2) Medidas complementares:
- Abrir a arma (telha para retaguarda).
- Inspecionar a câmara e o tubo de alimentação tátil e visualmente.
- Fechar a arma (telha para frente) agindo no retém do ferrolho.
- Destravar a arma.
- Apontar a arma para uma direção segura efetuar um disparo em seco.
- Travar a arma.
- Colocar a bandoleira.
237
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO II
BALÍSTICA
2. Calibre
Calibre Real - É a medida exata do interior do cano de uma arma. Geralmente,
apesar de sua fidelidade métrica, não dá nome a armas e munições. O calibre real
costuma ser expresso em milímetros ou em frações de polegadas;
Calibre Nominal - É o calibre que serve para designar as munições e armas, e
geralmente não correspondem ao calibre real delas.
3. Tipos de Projéteis
Munição de arma raiada Munição de arma sem raia
238
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
4. Efeito da Munições
Poder de parada ou ―Stopping Power‖, definição:
Termo criado por norte-americanos, "stopping power" possui uma tradução
que deve ser levada em consideração em sua literalidade, ou seja, "poder de
parada". Capacidade do projétil de parar o oponente com um disparo. Fatores que
influenciam o ―Stopping Power‖:
- Influência dos tipos projéteis.
- Influência do peso dos projéteis.
- Influência da velocidade dos projéteis (carga de pólvora).
- Influência do alvo atingido (ex: sob efeito de drogas).
239
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240
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Capacete Balístico
Nível: II
Material: Aramida
Colete Balístico
Nível: IIIA
Material: Aramida
241
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6. TABELA BALÍSTICA
242
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CAPÍTULO IX
EXTRATOS DE LEGISLAÇÕES
ARTIGO I
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I
Da Destinação e Atribuições
Seção II
243
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CAPÍTULOII
DA ORGANIZAÇÃO
Seção I
244
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Seção II
CAPÍTULO III
DO ORÇAMENTO
245
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
CAPÍTULO IV
DO PREPARO
Art. 14. O preparo das Forças Armadas é orientado pelos seguintes parâmetros
básicos:
CAPÍTULO V
DO EMPREGO
Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos
poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz,
é de responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro de
Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma
de subordinação:
246
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
247
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
CAPÍTULO VI
Art. 16. Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar
com o desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo
Presidente da República.
III -ao
respeito contribuir
mar; para a formulação e condução de políticas nacionais que digam
Art. 17A. Cabe ao Exército, além de outras ações pertinentes, como atribuições
subsidiárias particulares: (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
VII – atuar, de maneira contínua e permanente, por meio das ações de controle
do espaço aéreo brasileiro, contra todos os tipos de tráfego aéreo ilícito, com ênfase
nos envolvidos no tráfico de drogas, armas, munições e passageiros ilegais, agindo
em operação combinada com organismos de fiscalização competentes, aos quais
caberá a tarefa de agir após a aterragem das aeronaves envolvidas em tráfego
aéreo ilícito. (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
249
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
CAPÍTULO VII
Art. 19. Até que se proceda à revisão dos atos normativos pertinentes, as
referências legais a Ministério ou a Ministro de Estado da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica passam a ser entendidas como a Comando ou a Comandante dessas
Forças, respectivamente, desde que não colidam com atribuições do Ministério ou
Ministro de Estado da Defesa.
Art. 21. Lei criará a Agência Nacional de Aviação Civil, vinculada ao Ministério da
Defesa, órgão regulador e fiscalizador da Aviação Civil e da infraestrutura
aeronáutica e aeroportuária, estabelecendo, entre outras matérias institucionais,
quais, dentre as atividades e procedimentos referidos nos incisos I e IV do art. 18,
serão de sua responsabilidade.
Art. 22. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
250
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO II
251
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas ações de caráter
geral a participação em campanhas institucionais de utilidade pública ou de
interesse social." (NR)
"Art. 17 ..................................................................................
..............................................................................................
"Art. 18 ..................................................................................
VII – atuar, de maneira contínua e permanente, por meio das ações de controle do
espaço aéreo brasileiro,
nos envolvidos no tráfico contra todosarmas,
de drogas, os tipos de tráfego
munições aéreo ilícito,
e passageiros com ênfase
ilegais, agindo
em operação combinada com organismos de fiscalização competentes, aos quais
caberá a tarefa de agir após a aterragem das aeronaves envolvidas em tráfego
aéreo ilícito.
252
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
"Art. 17. Cabe ao Exército, além de outras ações pertinentes, como atribuições
subsidiárias particulares:
III – cooperar com órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos
delitos de repercussão nacional e internacional, no território nacional, na forma de
apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução;
a) patrulhamento;
b) revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves; e
c) prisões em flagrante delito."
253
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ARTIGO III
DECRETA:
Parágrafo único. Nas situações de que trata este artigo, as Forças Armadas
atuarão em articulação com as autoridades locais, adotando-se, inclusive, o
procedimento previsto no art. 4º.
e) contatar,
militares, em situação
o Governador de ou
do Estado, atuação das Federal,
do Distrito Forças Armadas
conformecom as apolícias
o caso, fim de
articular a passagem de efetivos da respectiva polícia militar ao controle operacional
do comando militar responsável pelas operações terrestres.
256
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Art. 8º Para o emprego das Forças Armadas nos termos dos arts. 34, 136 e
137 da Constituição, o Presidente da República editará diretrizes específicas.
257
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO IV
Título V
Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
Capítulo II
Das Forças Armadas
Art. 142 - As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais
e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
258
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO V
259
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar
o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá
ser reduzida de um a dois terços.
LEGÍTIMA DEFESA
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
260
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
261
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO VI
EXTRATO DO CODIGO DE PROCESSO PENAL
FLAGRANTE
262
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ARTIGO VII
EXTRATO DO CÓDIGO PENAL MILITAR
DESACATO
DESOBEDIÊNCIA
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais
grave.
263
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ARTIGO VIII
EXTRATO DO CODIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR
BUSCA
Art. 171. A busca domiciliar consistirá na procura material portas adentro da casa.
Art. 172. Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem,
para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas obtidas por meios criminosos ou guardadas ilcitamente;
c) apreender instrumentos de falsificação ou contrafação;
d) apreender armas e munições e instrumentos utilizados na prática de crime ou
destinados a fim delituoso; e) descobrir objetos necessários à prova da infração ou à
defesa do acusado;
f) apreender correspondência destinada ao acusado ou em seu poder, quando haja
fundada suspeita de que o
conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; g) apreender
pessoas vítimas de crime;
h) colhêr elemento de convicção.
DEFINIÇÃO DE CASA
Art. 173. O têrmo "casa" compreende:
a) qualquer compartimento habitado;
b) aposento ocupado de habitação coletiva;
c) compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
Não compreensão
BUSCA DOMICILIAR
Art. 175. A busca domiciliar será executada de dia, salvo para acudir vítimas de
crime ou desastre. Parágrafo único. Se houver consentimento expresso do morador,
poderá ser realizada à noite.
Art 176. A busca domiciliar poderá ordenada pelo juiz, de ofício ou a requerimento
das partes, ou determinada pela autoridade policial militar.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Art. 177. Deverá ser precedida de mandado a busca domiciliar que não for realizada
pela própria autoridade judiciária ou pela autoridade que presidir o inquérito.
III - se aforma
mesma casa estiver
como no desabitada, tentará localizar
caso de ausência o proprietário, procedendo da
do morador.
§1 O rompimento de obstáculos deve ser feito com o menor dano possível à coisa
ou compartimento passível da busca, providenciando-se, sempre que possível, a
intervenção de serralheiro ou outro profissional habilitado, quando se tratar de
remover ou desmontar fechadura, ferrolho, peça de segredo ou qualquer outro
aparelhamento que impeça a finalidade da diligência.
Reposição
265
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
§2 Os livros, documentos, papéis e objetos que não tenham sido apreendidos
devem ser repostos nos seus lugares.
§3 Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores
mais do que o indispensável ao bom êxito da diligência.
BUSCA PESSOAL
Art. 180. A busca pessoal consistirá na procura material feita nas vestes, pastas,
malas e outros objetos que estejam com a pessoa revistada e, quando necessário,
no próprio corpo.
Art. 181. Proceder-se-á à revista, quando houver fundada suspeita de que alguém
oculte consigo:
a) instrumento ou produto do crime;
b) elementos de prova.
Art. 183. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar
retardamento ou prejuízo da diligência.
Art. 184. A busca domiciliar ou pessoal por mandado será, no curso do processo,
executada por oficial de justiça; e, no curso do inquérito, por oficial, designado pelo
encarregado do inquérito, atendida a hierarquia do pôsto ou graduação de quem a
sofrer, se militar.
266
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO IX
EXTRATO DO CODIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial: Infração – gravíssima;
Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do direito de dirigir;
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO X
SÚMULA VINCULANTE Nº 11
268
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ARTIGO XI
LEI DE SEGURANÇA NACIONAL
Art 1º. Esta lei prevê crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão:
I- A integridade territorial e a soberania nacional;
II- O regime democrático, a federação e o Estado de Direito;
III- A pessoa dos chefes dos poderes da União.
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ARTIGO XII
LEI DAS DROGAS
USUÁRIO
Art 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo,
para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação
TRAFICANTE
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender,
expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar,
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
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ARTIGO XIII
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
Art. 6. É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para
os casos previstos em legislação própria e para:
III ––os
osintegrantes
integrantesdas Forçasreferidos
de órgãos Armadas;nos incisos do caput do art. 144 da
Constituição Federal;
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos
Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições
estabelecidas no regulamento desta Lei;
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000
(cinqenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço;
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do
Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência
da República;
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, III, da
Constituição Federal;
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os
integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias;
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas,
nos
I – termos
para osdesta Lei; das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas
integrantes
atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento
desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental;
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de
Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário;
I - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os
Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de
seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de
segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de
Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP;
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de
sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que
seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma
de fogo estiver registrada em nome do agente.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas
adjacências,
como em avia
finalidade pública
prática deou em crime:
outro direção a ela, desde que essa conduta não tenha
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou
restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO XIV
LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS
Parágrafo
coloca único.suspensa
ou deixa Na mesma penaque,
coisa incorre aquele
caindo que,
em via sem as
pública oudevidas
em lugarcautelas,
de uso
comum ou de uso alheio, possa ofender, sujar ou molestar alguém.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO XV
a) à liberdade de locomoção;
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
f) à liberdade de associação;
h) ao direito de reunião;
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança,
permitida em lei;
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
275
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
ARTIGO XVI
EXTRATO C 85-01
1 PREMISSAS BÁSICAS
a. A decisão de emprego da Força Terrestre em ações de GLO é de
responsabilidade do Presidente da República, podendo ocorrer tanto em ambiente
urbano quanto rural.
b. Na hipótese de emprego da Força Terrestre para a garantia da lei e da ordem
impõe-se observar o seguinte:
1) a atuação da força terrestre ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas
em ato do Presidente da República, depois de esgotados os instrumentos
destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, relacionados no Art 144 da Constituição Federal;
2) consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da
Constituição Federal quando, em determinado momento, forem eles formalmente
reconhecidos pelo respectivo Chefe do Poder Executivo Federal ou Estadual como
indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão
constitucional;
3) na hipótese de emprego nas condições previstas no tópico anterior, após
determinação do Presidente da República, serão ativados os órgãos operacionais
das Forças Armadas, que desenvolverão, de forma episódica, em área previamente
estabelecida e por tempo limitado, as ações de caráter preventivo e repressivo
necessárias para assegurar o resultado das operações na garantia da lei e da
ordem;
4) determinado o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem,
caberá à autoridade competente, mediante ato formal, transferir o controle
operacional dos órgãos de segurança pública necessários ao desenvolvimento das
ações para a autoridade encarregada das operações, a qual deverá constituir um
centro de coordenação de operações (CCOp), composto por representantes dos
órgãos públicos sob seu controle operacional ou com interesses afins;
5) considera-se controle operacional, para fins de aplicação da Lei
Complementar nº 97, de 09 de junho de 1999, o poder conferido à autoridade
encarregada das operações, para atribuir e coordenar missões ou tarefas
específicas a serem desempenhadas por efetivos dos órgãos de segurança pública,
obedecidas as suas competências constitucionais ou legais; e
6) o empregoatividade
são considerados e o preparo das
militar Forças
para Armadas
fins de nado
aplicação garantia
art. 9º,da lei eII,da
inciso ordem
alínea c,
do Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 - Código Penal Militar.
c. Nas operações de GLO, o êxito não se restringe somente à neutralização ou
captura da Força Adversa (APOP), mas inclui a conquista e manutenção do apoio da
população.
d. A Concepção Estratégica do Exército para a GLO fundamenta-se na realização
de ações permanentes de caráter preventivo, privilegiando as estratégias da
Presença e da Dissuasão. Para isso, o Exército deve:
276
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3. CONCEITOS BÁSICOS
a. Operações de Garantia da Lei e da Ordem (Op GLO) – Operações militares
conduzidas pelas Forças Armadas, por decisão do Presidente da República, de
forma episódica, em área previamente estabelecida e por tempo limitado, com o
propósito de assegurar o pleno funcionamento do estado democrático de direito, da
paz social e da ordem pública.
b. Segurança Integrada (Seg Intg) – Expressão usada nos planejamentos de GLO
da F Ter, com o objetivo de estimular e caracterizar uma maior participação e
integração de todos os setores envolvidos.
c. Forças Adversas (APOP) – São pessoas, grupos de pessoas ou organizações
cuja atuação comprometa o pleno funcionamento do estado democrático de direito,
a paz social e a ordem pública.
d. Ordem Pública – Conjunto de regras formais que emanam do ordenamento
jurídico da nação, tendo por escopo regular as relações sociais de todos os níveis do
interesse público, estabelecendo um clima de convivência harmoniosa e pacífica,
fiscalizado pelo poder de polícia e constituindo uma situação ou condição que
conduza ao bem comum.
e. Segurança Pública – Garantia que o Estado proporciona à Nação a fim de
assegurar a ordem pública, ou seja, ausência de prejuízo aos direitos do cidadão,
pelo eficiente funcionamento dos órgãos do Estado.
f. Ordem Interna – Situação em que as instituições públicas exercem as
atividades que lhe são afetas e se inter-relacionam, conforme definido no
ordenamento legal do Estado.
g. Situação de Normalidade – Situação na qual os indivíduos, grupos sociais e a
Nação sentem-se seguros para concretizar suas aspirações, interesses e objetivos,
porque o Estado, em seu sentido mais amplo, mantém a ordem pública e a
incolumidade das pessoas e do patrimônio. As APOP podem estar atuantes, sem
entretanto, ameaçar a estabilidade institucional do País. No plano legal, caracteriza-
se pela plena vigência das garantias individuais e pela não utilização das medidas
de defesa do Estado e das instituições democráticas. Nesta situação, o emprego da
F Ter pode ser determinado, caso fique caracterizado o comprometimento da ordem
pública.
h. Situação de Não-Normalidade – Situação na qual as APOP, de forma potencial
ou efetiva, ameacem a integridade nacional, o livre exercício de qualquer dos
Poderes, o ordenamento jurídico em vigor e a paz social, acarretando grave
comprometimento da ordem pública e da ordem interna. Caracteriza-se pela
intervenção da União nos Estados ou no Distrito Federal, ou pela decretação do
estado de defesa ou do estado de sítio.
i. Comprometimento da Ordem Pública – Situação em que os órgãos de
segurança pública não se mostram capazes de se contraporem, com eficácia, às
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
1. GENERALIDADES
a. As ações de GLO devem ter por base um cuidadoso planejamento, elaborado
durante a situação de normalidade.
b. Coerente com os conceitos apresentados no capítulo anterior, o planejamento
das ações de GLO deve ser consubstanciado em um Plano de Segurança Integrada
(PSI) ou em um Plano de Operações (P Op).
c. Os planejamentos de GLO são feitos até o escalão subunidade independente,
quando esta for responsável por um subsetor de segurança integrada.
282
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
GENERALIDADES
Deve-se levar em consideração que as operações desenvolver-se-ão dentro de
um quadro de normalidade institucional, onde não será adotada nenhuma medida de
defesa do Estado, ou de não-normalidade institucional, quando serão adotadas as
referidas medidas.
É importante ressaltar, também, que o emprego da F Ter estará respaldado por
instrumento jurídico, definido quando da emissão da ordem do Presidente da
República e, ainda, que já terão sido esgotadas todas as possibilidades de solução
pacífica ou o emprego de meios de segurança pública.
285
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
4. INVESTIMENTO
a. Caso o prazo para cumprimento da missão permita, a hora do investimento
deve ser protelada de modo que as condições de sobrevivência na área cercada
(corte dos serviços públicos essenciais – água, energia elétrica, telefone etc.)
comecem a funcionar como instrumento de pressão sobre a APOP, com a
consequente desagregação das relações sociais internas e enfraquecimento das
lideranças.
b. Deve-se utilizar o recurso da finta, ensaiando-se a tomada do dispositivo em
horários diferentes,
real da ação. Essasdefintas
modovisam
a produzir insegurança
a desgastar e incerteza
as APOP no quequanto ao momento
concerne as suas
medidas de defesa.
c. Nesse período de espera, devem ser adotadas todas as medidas que levem ao
enfraquecimento das lideranças, buscando, com isso, isolá-las da massa.
d. No interior da formação que a tropa adotar para o investimento, deverão ser
posicionados os militares encarregados de fotografar e filmar. Eles devem dirigir
suas objetivas buscando focalizar particularmente as lideranças. A simples presença
das máquinas, ―flashes‖ e luzes, funciona como fator de inibição para atuação dos
286
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
1. COMUNICAÇÃO SOCIAL
a. Os três ramos da comunicação social – as relações públicas, as informações
públicas e a divulgação institucional – devem ser intensamente explorados no curso
das operações de GLO.
b. A Comunicação Social tem por objetivo principal preservar a imagem da
Instituição junto à opinião pública. Para isso, o escalão executante deverá:
1) manter a boa apresentação de seu pessoal;
2) exteriorizar postura firme e serena, demonstrando boa educação no trato
com a população;
3) valer-se de um oficial de comunicação social para o relacionamento com os
jornalistas, de modo a antecipar-se aos desdobramentos dos fatos, minimizando as
especulações e as controvérsias produzidas pela mídia; e
4) na ocorrência de crise, deverá haver sempre um encarregado de transmitir a
palavra oficial da Força Terrestre (porta-voz).
c. Fatores condicionantes
1) O conhecimento da área de operações e de sua população é imprescindível
ao planejamento e à execução da comunicação social.
2) Os comandantes envolvidos na operação, em todos os níveis, devem ter
sempre em mente que o sucesso de sua operação depende da conquista e/ou
manutenção do apoio da população.
d. Emprego dos meios de Comunicação Social
1) Considerações gerais
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
incremento(7) estabelecer
do poder açõesda voltadas
de combate para o efortalecimento do moral e
tropa empregada;
(8) zelar pela boa imagem da Força, orientando as tropas empregadas
para a manutenção da boa apresentação individual e a exteriorização de postura
serena e firme, demonstrando boa educação no trato com a população.
j) Caberá ao O Com Soc da operação:
(1) planejar, coordenar, orientar e executar as atividades de Com Soc;
(2) organizar, orientar e estabelecer as normas gerais de ação para a
Ouvidoria;
288
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
2. OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS
a. O emprego de Op Psc em apoio às Op GLO será realizado tendo como
premissas básicas maximizar a possibilidade de sucesso da tropa, minimizar a
possibilidade de enfrentamento e preservar vidas.
b. O planejamento de Op Psc é realizado no mais alto escalão. As etapas do
processo de planejamento e execução seguem as normas estabelecidas no manual
específico e em documentos doutrinários emitidos pelo Estado-Maior do Exército.
c. A responsabilidade de realizar o planejamento inicial de emprego de Op Psc é
da Seção de Operações do escalão considerado. O planejamento das campanhas
de Op Psc, bem como o detalhamento do emprego dos produtos e ações é
atribuição da OM de Op Psc, por intermédio de militares especializados.
d. Para um emprego adequado de Op Psc é necessário, além do conhecimento
da legislação de emprego das Forças Armadas em GLO, o desenvolvimento das
seguintes atividades: estudos do LEA da A Op, da manobra do escalão considerado,
da situação de Op Psc e dos públicos-alvo envolvidos.
e. O planejamento de Op Psc será materializado por meio do Anexo de Op Psc ao
P Op ou O Op do escalão considerado. Esse Anexo terá como Apêndice o
Planejamento das Campanhas de Op Psc que consubstanciará as campanhas, os
objetivos, os produtos e as ações que serão envolvidas durante o emprego de Op
Psc.
f. Para que seja possível a antecipação de emprego de Op Psc nas Op GLO é
necessário o acompanhamento da conjuntura nacional dos principais
acontecimentos, principalmente daqueles que possam evoluir para uma crise,
acarretando o emprego da F Ter ou das Forças Armadas.
g. A rápida evolução dos acontecimentos pode minimizar o tempo de emprego de
Op
ParaPscqueantes
se da tropa,
tenha mas não suprime
o emprego as de
adequado etapas do processo
Op Psc, de planejamento.
maximizando os efeitos
desejados, deve-se disponibilizar o máximo de informações sobre a A Op e os
diversos públicos-alvo visualizados.
h. Fatores Condicionantes
1) Integração com a Inteligência
a) A integração das Op Psc com a Inteligência se dará desde antes dos Plj
das Op GLO, ainda na fase de levantamento e acompanhamento da conjuntura
nacional.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
3. ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA
a. Só um
particular minucioso
atenção para aconhecimento
população quedas APOP
nela e pode
reside, da área de operações,
proporcionar com
condições
para a neutralização ou supressão da capacidade de atuação da APOP com o
mínimo de danos à população e o menor desgaste para a força legal. A atividade de
inteligência deve anteceder o início de uma operação de GLO propriamente dita,
sendo desenvolvida desde a fase preventiva, na situação de normalidade,
produzindo conhecimentos no nível estratégico-operacional (possibilidades,
vulnerabilidades e prováveis linhas de ação das forças adversas e ambiente
operacional) e no nível tático (forças adversas, terreno e condições climáticas e
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
4. NEGOCIAÇÃO
a. Para esta atividade, o comandante da força empregada deve ser assessorado
por pessoas com conhecimento e, se possível, com experiência em gerenciamento
de crises.
A negociação deve ser aproveitada como oportunidade para levantamento de
inteligência, de modo a facilitar ações futuras.
b. Nas operações de garantia da lei e da ordem são consideradas duas fases de
negociação:
1) 1ª fase
a) Conduzida por pessoas não pertencentes à força empregada, podendo
ser políticos, autoridades dos três poderes ou elementos da sociedade civil. Entre
tais pessoas devem estar incluídos mediadores e autoridades com poderes para
oferecer concessões, compensações e estabelecer limites.
b) A força empregada pode participar dessa fase da negociação, a fim de
proporcionar segurança aos negociadores e/ou atuar como elemento de dissuasão.
c) O sem
esgotamento, emprego efetivo
sucesso, da da
da 1ª fase Força Armada é uma consequência do
negociação.
2) 2ª fase
a) Conduzida sob responsabilidade do comandante da força empregada,
partindo do pressuposto que todas as concessões possíveis já foram feitas e que
não foram suficientes para solucionar o impasse de forma pacífica.
b) Nessa fase, os únicos fatores a negociar são, se houver fatos que o
justifiquem, o prazo e a forma como a força adversa vai cumprir o determinado pela
lei – por exemplo, concessão de um prazo maior para aguardar os meios de
transporte para a evacuação de pessoal de área ocupada.
292
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
293
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
e. Pessoal especializado
Na constituição da força a ser empregada na área, deve-se prever a inclusão de
especialistas nas áreas relacionadas com os assuntos civis. Esses especialistas são
grupados em equipes funcionais.
As equipes funcionais de assuntos civis são organizadas conforme a necessidade
de cada operação. Quando os órgãos civis estão estruturados e capazes de atuar,
as equipes funcionais da F Ter podem se limitar à presença de oficiais de ligação,
junto àqueles órgãos.
2. OBJETIVOS
As operações tipo polícia têm por objetivo:
a. controlar a população;
b. proporcionar segurança à tropa, às autoridades, às instalações, aos serviços
essenciais, à população e às vias de transporte;
c. isolar a APOP de seus apoios;
d. impedir a saída de elementos da APOP de uma área;
e. diminuir a capacidade de atuação da APOP e restringir sua liberdade de
atuação;
f. apreender material e suprimentos da APOP; e
g. restabelecer o controle de áreas, instalações ou vias de transporte ocupadas
indevidamente pelas APOP.
3. MEIOS A EMPREGAR
a. Todas as unidades operacionais da F Ter, com prioridade para as de arma-
base, são aptas para a execução de operações tipo polícia, com destaque para as
unidades de Polícia do Exército, dada a sua natureza.
b. A unidade que executa operações tipo polícia pode executar, simultaneamente,
operações de combate, as quais serão objeto de manual específico.
c. As unidades de Polícia Militar são especialmente aptas à execução de
operações tipo polícia.
d. Outros elementos civis, como guardas municipais e elementos de controle de
trânsito, podem permanecer em suas atividades específicas e terem suas ações
coordenadas pela F Ter, no planejamento e execução das operações tipo polícia.
4. AÇÕES A REALIZAR
a. Estabelecimento de Postos de Bloqueio e Controle de Estradas (PBCE)
1) Os PBCE são estabelecidos para controlar o movimento da população da
área; capturar membros da APOP; isolar a APOP na área de operações e impedir a
entrada de seus apoios e reforços; e restringir a liberdade de movimento das APOP.
2) Os PBCE podem ser permanentes ou inopinados e seus efetivos podem
variar de um grupo de combate a um pelotão.
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Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015
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1. FINALIDADE
a. A finalidade do Centro de Coordenação de Operações (CCOp) é permitir a
coordenação necessária do planejamento e execução nas operações de GLO,
facilitando a conjugação e integração de esforços e a ligação entre os órgãos da
esfera federal e os da esfera estadual e municipal que tenham responsabilidade na
segurança pública e/ou em outras áreas ligadas à atuação do Estado.
b. O CCOp não é um órgão de execução, mas de planejamento, de coordenação
do emprego de nossos meios e de integração com outros órgãos e de assessoria.
2. ATRIBUIÇÕES
De modo geral, cabe ao CCOp, de acordo com o nível em que for estabelecido:
a. realizar o planejamento coordenado e integrado das medidas de GLO;
b. acompanhar a execução das medidas de GLO;
c. facilitar a integração entre os diferentes órgãos, entidades e repartições com
responsabilidades na execução de medidas de GLO;
d. assessorar
meios disponíveis,osuas
comando de segurança
possibilidades integrada
e limitações; e ao qual pertence sobre os
e. coordenar o emprego dos meios postos à disposição e/ou em apoio.
3. ORGANIZAÇÃO
a. O CCOp é organizado nos moldes de um estado-maior (EM), baseando-se no
EM do escalão terrestre considerado (ZSI, ASI ou SASI), devendo, a critério do Cmt
responsável, ser chefiado por seu Ch EM.
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NOTA
ciopglo@yahoo.com.br e ou ciopglo@ciopglo.ensino.eb.mil.br
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“Anexo 1”
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