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PREFEITURA BH
TRABALHO PELA VIDA
RELATÓRIO DE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
AMBIENTAL
Public Disclosure Authorized
CONJUNTO
CONJUNTO TAQUARIL
TAQUARIL VILA
VILA SÃO
SÃO JOSÉ
JOSÉ
Public Disclosure Authorized
Public Disclosure Authorized
FEVEREIRO
FEVEREIRO 2005
2005
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO
AMBIENTAL
CONJUNTO TAQUARIL
FEVEREIRO 2005
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
APRESENTAÇÃO
• Taquaril Urbanizado;
Observa-se que a maior parte dos impactos negativos refere-se à fase de execução
das obras. É preciso ressaltar, contudo, que tais impactos em sua maioria são
localizados e de curta duração, se restringindo à época das obras. Por outro lado, os
impactos mais significativos são positivos e terão efeito direto sobre os cursos d’água
da região e sobre a saúde e qualidade de vida da população.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
1.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROGRAMA ............................................. 1
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1 INTRODUÇÃO
O PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS contempla, na forma de estudos planejados das
intervenções, a urbanização do conjunto Taquaril e da vila São José/Pedro II, no sentido de
minimizar as péssimas condições de moradia, a dificuldade de um planejamento habitacional e
a gravidade dos problemas provocados pela ocupação desordenada que ocorreu nestes locais.
O município de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, situa-se na região Sudeste
do Brasil, sendo delimitado pelas seguintes coordenadas: latitudes 19º 46’ 35” e 20º 03’ 34” sul;
e longitudes 43º 51’ 27” e 44º 03’ 47” oeste de Greenwich. Faz divisas ao sul com os
municípios de Nova Lima e Brumadinho, a leste com Sabará e Santa Luzia, ao norte com
Santa Luzia e Vespasiano e a oeste com Ribeirão das Neves, Contagem e Ibirité.
VESPASIANO
L AGOA D
A
PAMP UL
HA
BRASIL SABARÁ
CONTAGEM
BELO HORIZONTE
MINAS
GERAIS
NOVA LIMA
IBIRITÉ
BRUMADINHO
A área territorial de Belo Horizonte, de 330 km2, abriga uma população de cerca de 2,2 milhões
de habitantes (IBGE – Censo de 2000). Considerando-se a região metropolitana de Belo
Horizonte (RMBH), a população totaliza mais de 5 milhões de habitantes, distribuídos em 9.000
km2 e 34 municípios.
O Conjunto Taquaril localiza-se na região Leste de Belo Horizonte na divisa com os Bairros
Alto Vera Cruz, Saudade e Granja de Freitas e com o Município de Sabará. Possui uma área
de 145,2 ha e uma população estimada de 30.204 habitantes.
A vila São José situa-se na Região Noroeste da cidade, numa área aproximada de 14,5
hectares, com densidade populacional de 593 habitantes por hectare, sendo sua área física
limitada pelos Bairros Jardim Alvorada, Alípio de Melo e São José, tendo a Av. Pedro II e o
Anel Rodoviário como importantes referências urbanas.
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A Figura 1.2 apresenta a localização do Taquaril e da vila São José no município de Belo
Horizonte:
São José
Taquaril
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Contatos:
Secretário: Murilo de Campos Valadares
Assessora: Maria Caldas
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O PROGRAMA BH - VILAS URBANIZADAS tem por objetivo principal ampliar a inclusão social
e urbana das comunidades carentes, em especial do conjunto Taquaril e da Vila São José, à
cidade formal.
Melhoria da qualidade de vida dos moradores que serão relocados em razão das
intervenções principais do projeto, sobretudo proporcionando a esse contingente
populacional condições sanitárias e de habitabilidade mais adequadas às suas
necessidades;
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Verifica-se que os principais problemas no conjunto Taquaril e na vila São José tiveram sua
origem ligada ao tipo de ocupação desordenada que se deu nestas áreas e que resultou numa
grande degradação ambiental e culminou em transformar o conjunto e a vila em bolsões de
pobreza, onde imperam extremas condições de insalubridade, tanto ao nível do saneamento
básico, quanto em relação ao risco geológico. Além disto, as duas vilas possuem um sistema
viário incompatível com as necessidades básicas que permitam uma acessibilidade segura e
confortável.
Embora, os problemas dos dois assentamentos em questão sejam muito parecidos o enfoque
das soluções que serão propostas para um é muito particular e diferencia-se sobremaneira.
A ocupação do Conjunto Taquaril iniciou-se em 1981, quando a área foi parcelada em grandes
chácaras. Em 1987 a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte reparcelou a área em 2000 lotes
de 150m², onde foram assentadas famílias de “sem casas”. Desde então vêem ocorrendo
sucessivas ocupações das áreas verdes e de preservação, das margens dos córregos, dos
talvegues, das ravinas e das áreas de altíssimas declividades e de risco geológico do conjunto.
Sendo assim, a intervenção proposta no Conjunto Taquaril propõe uma ação de recuperação
urbanística e ambiental, através da reestruturação dos sistemas viários, ambiental, sanitário e
habitacional do conjunto, levando em conta a difícil topografia local. Somente serão removidas
as famílias que tiverem suas moradias em locais sujeitos a risco geológico muito alto, áreas de
proteção ambiental ou em locais onde serão abertas novas vias.
Com relação à Vila São José, a área de intervenção direta do atual programa é hoje cenário de
uma situação muito precária. O córrego São José atravessa uma região altamente adensada e
às suas margens vivem cerca de 2.300 famílias em péssimas condições sanitárias e
ambientais. Além disso, a Vila São José/Pedro II se conforma em uma barreira física no que
diz respeito à acessibilidade local e do entorno devido à posição estratégica que ocupa, isto é,
estar localizada entre o final da Avenida Pedro II e inicio da Avenida Presidente Tancredo
Neves (região onde se verifica a possibilidade de implementação de importante eixo viário que
fará a ligação entre a área central de BH e as regiões Noroeste e Pampulha)
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APOIO À GESTÃO
TAQUARIL INTEGRAÇÃO DA INTEGRADA DE
URBANIZADO VILA SÃO JOSÉ POLÍTICAS SOCIAIS
E URBANAS
Não obstante os ganhos advindos das intervenções físicas deve-se notar que o Programa
favorecerá o fortalecimento da organização e mobilização comunitária do Taquaril e da vila São
José, a partir de um trabalho de participação da comunidade local a ser desenvolvido em
consonância com as intervenções físicas.
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Os principais cursos de água que formam a rede hidrográfica de Belo Horizonte são o ribeirão
Arrudas, em cuja bacia localiza-se o centro da cidade, e o ribeirão da Onça, que tem como seu
principal afluente o córrego Isidoro. Ambos os ribeirões nascem no vizinho município de
Contagem e correm no sentido sudoeste-nordeste. Dos 330 km2 que constituem a área do
município, 164 km2 (cerca de 50% do total) situam-se na bacia do ribeirão Arrudas e 158 km2
(cerca de 48% do total), na bacia do ribeirão da Onça. Os restantes, cerca de 2% do total, são
áreas que drenam diretamente para o rio das Velhas (Ver Figura 4.1).
Em Belo Horizonte há cerca de 694 quilômetros de cursos d’água, dos quais 28% encontram-
se revestidos (6% abertos e 22% fechados), correspondendo a 198 km de canais em concreto
armado. Restam, portanto, 496 km de córregos e ribeirões em leitos naturais e, destes, pouco
mais de 135 km situam-se na mancha urbana enquanto os demais se localizam em regiões
inadequadas ao parcelamento ou em áreas de preservação permanente.
A maior parte do leito do ribeirão Arrudas, bem como de seus tributários, encontra-se
canalizada. O processo de canalização remonta ao início do processo de urbanização de
Belo Horizonte, no princípio do século, quando foram canalizados o trecho do ribeirão
situado na área central da cidade e o córrego da Serra. Em seguida, diversos córregos de
sua bacia também sofreram o mesmo tipo de intervenção, dando lugar a avenidas
sanitárias sem preocupação com a preservação do curso natural de água.
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Fonte: DRENURBS
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A área do município caracteriza-se por relevo ondulado indo, em declive contínuo, da Serra do
Curral, ao sul, ultrapassando o ribeirão Arrudas e atingindo a bacia do ribeirão da Onça, ao
norte.
A altitude mínima situa-se na faixa dos 680 m, próxima à foz do ribeirão da Onça, e a máxima
em torno dos 1000m, na Serra do Curral. O sistema de drenagem percorre amplos vales de
fundo chato, resultantes da acumulação de sedimentos aluviais. Em vários locais, os cursos
d’água adquirem padrões ortogonais, manifestando o condicionamento da drenagem à
estrutura do substrato.
A variação anual do número de horas de insolação vai de 4,8 a 8,8 horas, observando-se os
valores maiores no período seco do ano. Por outro lado, a radiação solar diária incidente varia
de 180 a 260 watts/m2, ocorrendo os maiores valores no verão, notadamente nos meses de
janeiro e fevereiro.
Neste relatório adota-se a coluna estratigráfica sugerida por Dorr (1969), modificada por
Renger et al. (1994a), onde o QF apresenta-se constituído por quatro grandes unidades pré-
cambrianas, citadas a seguir da base para o topo:
• Complexo granito-gnáissico arqueano (Complexo Belo Horizonte);
• Seqüência metavulcano-sedimentar arqueana do Supergrupo Rio das Velhas (SGRV);
• Seqüência metassedimentar paleoproterozóica do Supergrupo Minas (SGM);
• Metassedimentos do Grupo Itacolomi.
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Próximo do contato com o complexo Belo Horizonte, a estrutura xistosa dos filitos esncontra-se
“perturbada” pelos efeitos do cisalhamento, encontrando-se sub-verticalizada. Ao longo do
córrego Taquaril, ocorre uma faixa contínua de largura de 50,0m, constituída por argilas
lateríticas de coloração avermelhada, pertecentes à Cobertura Terciário/Quaternária. Também,
ocorrem corpos aluvionares de pequena expressão ao longo do córrego, hoje, acrescidos de
contribuição antrópica, sob a forma de lixo. As distintas resistências das rochas, aliadas ao
intemperismo físico e químico, criaram processos erosivos naturais, que resultaram em uma
paisagem específica com encostas íngrimes, vale encaixado e cristas estreitas.
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As formações superficiais associadas a esse Domínio são representadas por solos residuais e
por depósitos aluvionares de espessuras e evolução diferenciadas. Em geral, o solo é espesso
com textura silto argilosa em áreas de relevo suave, enquanto nas áreas de relevo acidentado
é silto-arenoso.
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A área abrangida pelo município de Belo Horizonte apresenta sua geologia correspondente à
região do contato entre o embasamento granito-gnáissico e as rochas metassedimentares do
SGM. O SGRV não aflora no município.
Silva et al. (1995) dividem o município de Belo Horizonte em dois domínios litoestruturais e
morfológicos: Domínio do Complexo Belo Horizonte e Domínio das Seqüências
Metassedimentares.
O Domínio do Complexo Belo Horizonte ocorre em sua maior parte a norte da calha do ribeirão
Arrudas. Integra a unidade geomorfológica denominada Depressão Belo Horizonte,
abrangendo 70% do terrítório municipal. Neste domínio ocorrem principalmente rochas
gnáissico-migmatíticas que proporcionam um relevo de colinas de topo plano a arqueado com
encostas côncavo-convexas, altitudes entre 800 e 900m e depósitos cenozóicos. Espigões
alongados segundo direções N-S e E-W também ocorrem neste domínio.
O domínio das metassedimentares situa-se a sul da calha do ribeirão Arrudas e abrange 30%
do território municipal. Caracteriza-se pela diversidade litológica (itabiritos silicosos, itabiritos
dolomíticos, quatzitos puros e micáceos, filitos sericíticos e hematíticos e intrusões de
metadiabásios), estrutural e morfológica. O relevo apresenta vertentes íngremes, com altitudes
de até 1500m e um alinhamento de cristas orientadas segundo direção NE-SW.
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Conjunto Taquaril
LEGENDA
Gnaisse bandado
E sc ala
Gnaisse milonítico
0 3 km
Figura 3.2 - Mapa geológico de BH- Detalhe Conjunto Taquaril e Vila São José
A morfologia dos terrenos – a que se liga à geologia – marcada pela incidência de áreas
caracterizadas por elevada declividade e grandes desníveis locais, potencializa a ação do
escoamento superficial gerado a partir das intensas precipitações ocorrentes.
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Dentre as principais causas da degradação ambiental da maior parte dos cursos de água do
município, destacam-se:
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com problemas operacionais que vão desde a insuficiência de pessoal até a dificuldade de
punição dos infratores;
• Alta taxa de impermeabilização das áreas ocupadas – as leis de uso do solo anteriores a
1996 não incluíam a questão da taxa de permeabilidade. A legislação atual permite a
substituição de áreas permeáveis por caixas de retenção de vazão, as quais podem vir a
contribuir para atenuar o problema dos picos de cheia;
• Poluição proveniente do município de Contagem – algumas bacias do ribeirão da Onça e
uma do ribeirão Arrudas têm suas cabeceiras localizadas no município de Contagem. Os
córregos Sarandi, Água Funda e Água Branca (bacias do Onça e do Arrudas,
respectivamente) ingressam nos limites de Belo Horizonte com elevada carga poluidora
originária do município de Contagem.
4.1.1.6 Vegetação
Do ponto de vista vegetacional, o município de Belo Horizonte está inserido na área recoberta
pela Província Central ou dos Cerrados, próximo à faixa de transição desta com a Província
Atlântica (FERNANDES et al., 1990).
4.1.1.7 Fauna
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A cidade de Belo Horizonte surgiu sob a ótica da industrialização, mas alguns fatores
retardaram o amadurecimento industrial da cidade, a saber: crises econômicas da virada do
século 19 para o século 20; lutas políticas; e as dificuldades em resolver questões regionais e
urbanas, como transporte e energia.
Com a Primeira Guerra Mundial, o governo federal passou a conceder uma série de incentivos
ao setor produtivo, notadamente para a siderurgia, que encontra espaço privilegiado na Região
Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH, em virtude dos recursos minerais existentes nas
proximidades. Assim, em 1917 é fundada em Sabará a Companhia Siderúrgica Mineira, que
em 1921 é incorporada pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, associando-se ao grupo
empresarial mineiro original de capital Belgo-Luxemburguês. Novas siderúrgicas são criadas
nos anos vinte.
Nos anos trinta, Belo Horizonte apresenta um surto de industrialização inicial com a
implantação da cidade industrial, facilitada, em grande medida, pela oferta de energia elétrica,
mão-de-obra de baixo custo e matérias primas. As indústrias que vieram a se instalar nesse
período foram as do ramo da mineração e das atividades que lhe são associadas.
Com a crise econômica dos anos oitenta, a RMBH também entrou em processo de estagnação.
A área territorial de Belo Horizonte, de 330 km2, abriga atualmente uma população de cerca de
2,2 milhões de habitantes (IBGE – Censo de 2000). Considerando-se a região metropolitana de
Belo Horizonte (RMBH), a população totaliza mais de 5 milhões de habitantes, distribuídos em
9.000 km2 e 34 municípios.
O crescimento médio da população de Belo Horizonte tem sido pouco superior a 1% ao ano,
inferior ao crescimento vegetativo. Esse crescimento tem-se apresentado bastante desigual,
pois, enquanto as regiões centrais e bairros de classe média perdem população, há um
acentuado adensamento da região periférica pobre.
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4.1.2.2 Demografia
A Tabela 4.1 apresenta os dados censitários levantados junto ao IBGE, que caracterizam o
crescimento da população do município de Belo Horizonte no período de 1960 a 2000.
Entretanto, a partir da década de 70, Belo Horizonte vem apresentando uma dinâmica de
crescimento populacional caracterizada pelo acentuado declínio das suas taxas de crescimento
populacional.
EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DO
MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
0
1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996 2000
1
Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte: Baldim, Belo Horizonte, Betim, Brumadinho, Caeté, Capim
Branco, Confins, Contagem, Esmeraldas, Florestal, Ibirité, Igarapé, Itaguara, Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa,
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No período entre 1980 e 1991, tal como na Região Metropolitana, o crescimento demográfico
do município de Belo Horizonte concentrou-se nos vetores norte e oeste. As Regiões
Neves, Rio Acima, Rio Manso, Sabará, S. Luzia, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo, Taquaraçu de
Minas, Vespasiano.
2
AM – Aglomerado Metropolitano: municípios com áreas urbanizadas conurbadas: Belo Horizonte, Betim,
Contagem, Ibirité, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, São José da Lapa, Sarzedo e Vespasiano
3
Municípios não integrantes do Aglomerado: Baldim, Brumadinho, Caeté, Capim Branco, Confins, Esmeraldas,
Florestal, Igarapé, Itaguara, Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus Leme, Matozinhos, Nova
União, Pedro Leopoldo, Raposos, Rio Acima, Rio Manso, São Joaquim de Bicas, Taquaraçu de Minas
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Entre 1991 e 2000, manteve-se o crescimento da população nos vetores norte e oeste, todavia
com alterações significativas no crescimento das diversas regiões administrativas.
Ocorreu uma concentração muito maior do crescimento no vetor norte (Ver Tabela 4.4), sendo
mais da metade do acréscimo populacional do município absorvido pelas regiões da Pampulha,
Norte e Venda Nova. Nota-se queda na taxa de crescimento de Venda Nova e aceleração no
ritmo de crescimento da Região Norte e especialmente da Pampulha, região que apresentou a
maior dinâmica demográfica desta década. No vetor oeste de crescimento da cidade, o
Barreiro, embora tenha mantido um crescimento maior do que a média municipal, reduziu seu
ritmo de crescimento quase pela metade, perdendo participação no incremento da população
municipal. Por sua vez, as regiões Centro Sul e Oeste, embora tenham crescido pouco,
aumentaram ligeiramente seu ritmo de crescimento. O Noroeste, que estava estagnado,
perdeu uma população expressiva e o Leste continuou perdendo população, agora em ritmo
menos acelerado.
Tabela 4.4: População de Belo Horizonte por Regiões Administrativas- 1980 /1991/ 2000
Taxa de Taxa de
Região População População Cresciment População Cresciment
Administrativa 1980 1991 o 2000 o
80-91 91-00
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4.1.2.3 Emprego
Tabela 4.5: PEA por Posição na Ocupação, Belo Horizonte, 1993 e 1999
Pessoas %
Posição na Ocupação
1993 1999 1993 1999
Emprego com carteira 369.791 386.510 41,8 40,1
Funcionário público estatutário 70.531 67.900 8,0 7,0
Emprego sem carteira 123.026 145.151 13,9 15,0
Trabalhador doméstico com carteira 23.033 43.641 2,6 4,5
Trabalhador doméstico sem carteira 55.677 62.608 6,3 6,5
Conta própria 161.501 173.036 18,3 17,9
Empregador 37.748 45.316 4,3 4,7
Trabalho p/ o próprio consumo 22.733 25.098 2,6 2,6
Não-remunerado 20.402 15.478 2,3 1,6
Total 884.442 964.738 100,0 100,0
Fonte: PNADs 1993 e 1999, dados trabalhados.
Mesmo com essa redução, foram criados 16,7 mil postos de trabalho com carteira assinada no
período. A categoria de funcionários públicos estatutários apresenta uma redução real de 2,6
mil postos de trabalho no período. Assim, sua participação relativa recua de 8% para 7%. No
período foram criados 22,1 mil postos de trabalho sem carteira assinada, fazendo a
participação dessa categoria avançar de 13,9% para 15%. Os trabalhadores domésticos (com
e sem carteira) responderam pela criação de 27,5 mil postos de trabalho, com destaque para
os trabalhadores domésticos com carteira assinada, que evoluíram de uma participação relativa
de 2,6% para 4,5%. Os trabalhadores por conta própria responderam pela criação de 11,5 mil
postos de trabalho. Mesmo com esse desempenho, a sua participação relativa recuou de
18,3% para 17,9%. O comportamento da categoria “empregadores” vai no sentido contrário,
com uma evolução da sua participação relativa de 4,3% para 4,7%, com a criação de 7,6 mil
novos postos.
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Tabela 4.6: Domicílios e pessoas moradoras, por classe de rendimento nominal médio mensal
do chefe do domicílio (em R$), segundo administrações regionais de Belo Horizonte 2000
Renda média
Região Nº domicílios Nº pessoas
do chefe (R$)
Barreiro 69.746 262.194 550,27
Centro-Sul 82.833 260.524 3.150,11
Leste 72.191 254.573 915,17
Nordeste 75.465 274.060 703,34
Noroeste 95.916 338.100 866,40
Norte 50.780 193.764 578,00
Oeste 76.949 268.124 1.413,71
Pampulha 39.668 141.853 1.389,25
Venda Nova 64.894 245.334 615,19
Total BH 628.442 2.238,526 -
Fonte: IBGE – Censo Demográfico de 2000 – Dados trabalhados pelo GEIT/SMMAI
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A Tabela 4.7 a seguir apresenta a composição setorial do Produto Interno Bruto-PIB de Belo
Horizonte, no ano de 2000:
construção civ il
9,02
Arrecadação 1.489.170.506,24 transporte
Municipal (em R$
de dez/2000) 21,29 instituições financeiras
16,48
aluguel
Número de 323
agências SIUP
bancárias (2000)
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A cidade de Belo Horizonte, planejada para ser a capital de Minas Gerais, foi inaugurada em 12
de dezembro de 1897. O projeto, finalizado em maio de 1895, revelando algumas
preocupações básicas, como as condições de higiene e circulação humana, ordena o espaço
ocupado pela cidade e estabelece o traçado básico do sistema viário, criando três espaços
distintos: as zonas urbana, suburbana e rural.
No centro, o traçado geométrico e regular estabelecia um padrão de ruas retas, formando uma
espécie de quadriculado, vias largas com as avenidas dispostas em sentido diagonal.
Em 1906, em razão do avanço da ocupação, promoveu-se a primeira redefinição das zonas da
cidade.
No fim da I Guerra Mundial, em 1918, o setor industrial de Belo Horizonte ganhou impulso. Os
serviços urbanos foram ampliados para atender a uma população sempre crescente. Neste
período inauguraram-se grandes obras, como o viaduto de Santa Tereza, a nova Matriz da Boa
Viagem e o Mercado Municipal. Essa onda de progresso continuou ao longo da década de 30.
Na periferia, surgiram novos bairros. Cresceram nessa época os bairros de Lourdes, Barreiro,
Nova Suíça, Gameleira, Renascença, Sagrada Família e Parque Riachuelo. Muitas favelas
também começaram a se formar. A expansão da cidade aconteceu sem um maior controle ou
planejamento e isso trouxe sérios problemas urbanos. Muitos dos novos bairros não possuíam
os serviços básicos de água, luz e esgotos. Enquanto isso, o centro permanecia relativamente
vazio.
A partir da década de trinta, foram empreendidas várias iniciativas para melhor ordenar o
crescimento da cidade, com destaque para a definição de padrões para construção em vilas e
a obrigatoriedade da urbanização de novos loteamentos. Além disso, foram regulamentados os
serviços de água e esgotamento sanitário e definidas taxas de ocupação e gabarito de altura
das edificações.
A grande transformação da cidade ocorreu na década de 40, com o objetivo de renovar a
capital, promovendo um surto de desenvolvimento e modernização, tendo sido realizadas
diversas obras que projetaram internacionalmente o nome da cidade. Pode-se citar o
Complexo Arquitetônico da Pampulha inaugurado em 1943, um dos maiores exemplos da
arquitetura modernista brasileira. Também a construção de um conjunto habitacional no bairro
São Cristóvão foi uma iniciativa marcante, localizado na Avenida Antônio Carlos, que, na época
se chamava Avenida Pampulha. O Conjunto IAPI (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos
Industriários), como foi denominado, surgiu como uma alternativa para o problema da moradia
na cidade e como uma tentativa da Prefeitura de ordenar a região da Lagoinha.
Se a marca dos anos 40 foi a modernização da arquitetura da cidade, os anos 50 ficariam
conhecidos como a década da indústria, em razão do surto de desenvolvimento alcançado pela
capital. O centro da cidade tornou-se, então, uma área valorizada, principalmente para a
construção de edifícios e passou a sofrer especulação imobiliária. O desenvolvimento da
Cidade Industrial, nas proximidades de Belo Horizonte (Contagem) nessa década, foi
caracterizada pelo grande êxodo rural tendo a população da cidade dobrado, passando de
352.724 habitantes em 1950, para 693.328 habitantes em 1960. Surgiram novos bairros, uma
nova avenida foi aberta, sendo chamada de Cristiano Machado. Os problemas urbanos e a
falta de moradia tornam-se mais graves.
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Os anos 60 foram marcados pelo crescimento das indústrias e das instituições financeiras.
Nessa época, Belo Horizonte começou a irradiar seu crescimento e suas cidades vizinhas
também receberam muitos investimentos e fábricas. Esse progresso, contudo, não se fez sem
o agravamento das desigualdades e problemas sociais. O surgimento de inúmeras favelas
comprova o desequilíbrio causado pela concentração de renda.
Na década de 70, a cidade era o próprio retrato do caos. Com um milhão de habitantes, Belo
Horizonte continuava crescendo desordenadamente. Nas regiões norte e oeste e nos
municípios vizinhos, com a criação de distritos industriais e a instalação de empresas
multinacionais, a cidade tornou-se cada vez mais densa. A década de setenta foi marcada
pela preocupação com o desenvolvimento urbano do País, tendo sido editados vários
dispositivos legais tais como as Leis Complementares Federais 14/73 e 27/75, que
estabeleceram as regiões metropolitanas. Em Minas Gerais, as Leis Estaduais 6.695/75 e
6.765/76 trouxeram a regulamentação da Região Metropolitana de Belo Horizonte e instituiu o
Planejamento da Região Metropolitana de Belo Horizonte - PLAMBEL.
Em 1979, foi promulgada a Lei Federal 6.766, que introduziu novas exigências jurídicas e
técnicas para a implantação e comercialização de loteamentos urbanos e institucionalizou a
interferência da instância metropolitana na questão.
Na década de 80, surgiram loteamentos em áreas rurais da RMBH, dando origem aos
chamados condomínios fechados.
Estas duas leis permitiram expressar e regulamentar graficamente o território urbano, definindo
em detalhes cada região da cidade, jurídica e urbanísticamente, subsidiando os planos
governamentais de Ordenação e Gestão.
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As ZEIS são regiões nas quais há interesse público em ordenar a ocupação, por meio de
urbanização e regularização fundiária, ou em implantar ou complementar programas
habitacionais de interesse social, e que se sujeitam a critérios especiais de parcelamento,
ocupação e uso do solo, subdividindo-se nas seguintes categorias:
- ZEIS-1: regiões ocupadas desordenadamente por população de baixa renda, nas quais
existe interesse público em promover programas habitacionais de urbanização e
regularização fundiária, urbanística e jurídica, visando à promoção da melhoria da qualidade
de vida de seus habitantes e sua integração à malha urbana;
- ZEIS-2: regiões não edificadas, subutilizadas ou não utilizadas, nas quais há interesse
público em promover programas habitacionais de produção de moradias ou terrenos
urbanizados de interesse social;
- ZEIS-3: regiões edificadas em que o Executivo tenha implantado conjuntos habitacionais de
interesse social.
Belo Horizonte pode ser considerada a cidade brasileira com o maior trabalho de titulação em
áreas ocupadas irregularmente, contemplando ao mesmo tempo a melhoria urbanística das
vilas bem como seu aspecto jurídico.
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De forma geral, a ocupação informal do território foi marcada por faixas remanescentes do
tecido urbano que a princípio não se conformaram como interesse do mercado imobiliário,
normalmente por estarem situadas em encostas e baixadas, ao longo de cursos d’água e
faixas de domínio e/ou servidão.
Pode-se considerar que o fenômeno do surgimento das vilas e favelas remonta à construção
da cidade, inicialmente com caráter mais provisório e desenvolvendo-se ao longo dos grandes
eixos viários que se implantavam, fruto da inexistência de áreas na cidade previstas para
assentar os trabalhadores que vieram para sua construção e, por outro lado, indicando a
tentativa destes de estabelecerem-se próximos aos seus locais de trabalho.
Neste processo, diversas organizações da sociedade civil expressavam a luta pelo direito à
moradia, que, nos anos 1940, culminou com o surgimento das Associações de Defesa Coletiva
– ADC. No período de 1948 a 1959, essas entidades tiveram um papel importante na
organização dos movimentos populares. Até então, a população e a organização de vilas e
favelas eram basicamente tratadas como caso de polícia e as famílias viviam em pânico devido
às ameaças de desfavelamento.
No período de 1964 a 1980, a indústria da construção civil atuou intensamente, com recursos
do BNH (Banco Nacional da Habitação) e o mercado imobiliário voltou-se para as camadas de
maior renda. A COHAB (Companhia da Habitação) realizou uma oferta mínima de moradias
populares. Consolidou-se, neste período, o processo de metropolização de Belo Horizonte,
impulsionado pelo expressivo crescimento econômico da década de 1970 e pela incorporação
de novos espaços urbanos, através da produção em massa de loteamentos populares que
ampliaram a periferia para além das fronteiras do município.
Ainda durante a década de 70, aconteceram lutas contra a remoção de favelas, com destaque,
na ainda incipiente organização dos favelados, para a Federação dos Trabalhadores Favelados
de Belo Horizonte, a União dos Trabalhadores da Periferia – UTP e a Pastoral das Favelas.
A consolidação das favelas e o contínuo crescimento das ocupações resultaram numa nova
maneira de encarar estes assentamentos pelo Poder Público: ao invés de removê-los, caberia,
agora, integrá-los à cidade, através da implantação de infra-estrutura urbana. Nesta
perspectiva, destaca-se o PRODECON - Programa de Desenvolvimento Comunitário, criado
em 1978 e desenvolvido pelo governo estadual, que incorporava às suas ações princípios de
participação do público alvo.
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Ainda na década de 80, foram implantados vários conjuntos habitacionais pela Prefeitura, para
atendimento a famílias de baixa renda, porém com condições precárias de urbanização e
saneamento básico, com recursos da SEAC – Secretaria Especial de Ação Comunitária da
Presidência da República.
Já, em 1996, Belo Horizonte contava com uma população estimada de 2.088.177 habitantes e
639.874 domicílios, dos quais aproximadamente 90.326 domicílios e 378.790 habitantes
encontravam-se nas ZEIS - Zonas de Especial Interesse Social, distribuídos nas 9 (nove)
Regionais da Cidade (Ver Figura 4.4), representando 16,3% do total de domicílios e 18,1% do
total de habitantes do município, índices estes superiores aos apontados em 1991 de 14,1% e
15,3%, respectivamente.
Dados comparativos do IBGE para o período 91/964, apontam para Belo Horizonte um aumento
significativo do número de domicílios em Vilas e, principalmente de conjuntos habitacionais,
dando indicativos do crescimento da demanda por moradia de uma parcela da população que
tem dificuldade de ter acesso à moradia via mercado, e que busca essa alternativa como
solução (Ver Figura 4.5)
4
Dados trabalhados para o Plano Estratégico de Diretrizes de Intervenção em Vilas, Favelas e
Conjuntos Habitacionais, elaborado pela CEURB/UFMG, para a Urbel.
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0,70
3,50
7,20
Enquanto a população total cresceu a uma taxa de 0,7%, a de vilas apresentou índice bem
superior de 3,5% ao ano e a população de conjuntos atingiu a casa dos 7,2%, o que revela a
evolução e a dimensão do fenômeno da questão da moradia e da pobreza no período.
Nos últimos anos, os bairros de Belo Horizonte são apontados como o principal local de origem
dessas famílias, evidenciando o caráter da mobilidade entre bairros, fruto do processo de
empobrecimento da sociedade. Outro fator propulsor advém da migração das cidades do
interior do Estado e da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Tal cenário tem sido o
responsável por um processo constante de aporte de novas famílias às áreas já existentes,
bem como a ocupação de novas áreas nos últimos cinco anos.
Atualmente a cidade informal é composta por 202 áreas de interesse social (ZEIS), sendo 180
vilas e favelas e 22 conjuntos habitacionais populares. Estas áreas perfazem uma população
estimada de 496.801 habitantes, distribuídos em uma área aproximada de 16,65 ha dos 335
km² do município, o que indica que 22% da população carente de Belo Horizonte encontra-se
assentada em cerca de 5% do território, apontando para uma marcada disparidade no
processo de ocupação do solo da cidade (dados do “Universo de Trabalho da Urbel - julho de
2004).
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Existe ainda a Área de Proteção Especial (APE) do Cercadinho, também destinada à proteção
de mananciais, assim como a área de proteção da bacia da Barragem de Santa Lúcia,
instituída pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente- COMAM.
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Com uma área de 330,93 km², o município está totalmente inserido na bacia do Rio das
Velhas, sendo, 157,76 km² situados na bacia do Ribeirão da Onça (incluindo o seu afluente, o
Córrego Isidoro) e 163,63 km² na bacia do Ribeirão Arrudas. Apenas 9,54 km² contribuem
diretamente para a bacia do Rio das Velhas. Com exceção das áreas de proteção ambiental e
das áreas de parques, o restante do território (95%) é todo destinado à ocupação urbana.
Com relação à interceptação, a Tabela 4.8 resume a situação atual nas bacias do Arrudas, do
Onça e de contribuição direta ao Rio das Velhas no Município de Belo Horizonte.
Ressalta-se que, assim como Belo Horizonte, o município de Contagem é também carente
dessa infra-estrutura e, por estar contido parcialmente nas porções de montante das bacias do
Arrudas e do Onça, contribui significativamente para a poluição dos cursos d’água da capital.
Aproximadamente 50% dos esgotos gerados na Bacia do Onça (cerca de 455.000 habitantes)
e 25% na Bacia do Arrudas (cerca de 340.000 habitantes), dentro dos limites da cidade, não
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estão interceptados, originando lançamentos diretos nos cursos d’água por cerca de 35% da
população total do município, ou seja, 795.000 habitantes.
Outro aspecto importante a ser considerado é que só em outubro de 2001 entrou em operação,
a primeira estação de tratamento de esgotos de Belo Horizonte, a ETE Arrudas (Ver Figura
4.6). Em dezembro de 2002, a ETE Arrudas passou a operar com o tratamento a nível
secundário, aumentando assim sua eficiência na remoção da carga de poluição por matéria
orgânica, uma vez que, com o tratamento primário já era possível a remoção de boa parte dos
sólidos sedimentáveis presentes nos esgotos afluentes à estação.
ETE Arrudas
Decantadores
Secundários Decantadores
Tanques de
Primários
aeração
Esta situação tende a melhorar já que a outra grande estação de tratamento de esgotos
planejada para BH - a ETE Onça - está em construção e deverá entrar em operação em 2004.
Além disso, foi inaugurada, no final de 2002, a Estação de Tratamento das águas dos Córregos
Ressaca e Sarandi, na entrada da Lagoa da Pampulha, que, operando somente nos períodos
de estiagem, deverá melhorar a qualidade da água da represa. Outra ETE, essa de pequeno
porte, está operando no Bairro Pilar/Olhos d’Água, no Barreiro, e vai contribuir na despoluição
da Bacia do Córrego Bonsucesso.
Apesar desses avanços, porém, fica claro que, dentre as ações de saneamento, o
esgotamento sanitário é a que apresenta maior carência, principalmente se for considerado
que são as populações mais pobres que estão sujeitas a esta realidade, já que as áreas não
atendidas compreendem basicamente as vilas e favelas onde o atendimento por formas
convencionais de esgotamento sanitário, exige ações conjuntas de urbanização e/ou
remoções/desapropriações.
Esses locais apresentam maiores dificuldades para a execução de obras convencionais devido,
principalmente, aos seguintes fatores:
- O traçado e a largura de vielas e becos muitas vezes não permitem a implantação conjunta
de rede de drenagem e de esgotos;
31
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- A ocupação desordenada cria situações desfavoráveis como, por exemplo, fundos de vale
em interior de quarteirão, ausência de pontos de lançamento, formação de áreas de risco,
etc.;
- O dinamismo da ocupação dificulta o planejamento de ações de médio e longo prazo;
- A ausência e/ou precariedade de infra-estrutura urbana, muitas vezes executada pelos
próprios moradores, na maioria das vezes dificulta e encarece a implantação dos sistemas
de esgoto sanitário.
Como proposta para solução desses problemas, seria necessária a adoção de tecnologias
alternativas, tais como sistema condominial, estações elevatórias, pequenas estações de
tratamento coletivas ou individualizadas, sistema misto de drenagem e esgoto, com caixas
separadoras junto à interligação, rede de esgoto aérea ou ancorada na tubulação/galeria de
drenagem. Em alguns casos, inclusive, a solução pode passar pela remoção / desapropriação
de moradias.
Tendo em vista todos esses problemas, a Prefeitura de Belo Horizonte, ao definir o novo
arranjo institucional com a COPASA/MG, em Convênio assinado em 13/11/2002, tomou para si
a responsabilidade de atuar nas áreas de urbanização precária da cidade. Assim, a partir
dessa data, as ações de saneamento dentro das vilas e favelas serão implementadas de
maneira integrada pela PBH, com recursos repassados pela COPASA/MG, conforme os termos
do Convênio (o convênio será descrito detalhadamente no item 3.5.6).
Outra dificuldade encontrada nas áreas de vilas e favelas diz respeito à manutenção dos
sistemas. A ausência ou precariedade do sistema de coleta de lixo, associada à falta de
conscientização sanitária e ambiental se configuram, também, em um grave problema para a
vida útil das redes, que passam a demandar assim manutenção mais freqüente. Além disso, os
benefícios alcançados pela implantação de sistemas de esgotos ficam minimizados devido ao
elevado número de ligações domiciliares não executadas, por falta de adesão dos moradores
ao sistema oficial.
É fundamental um trabalho constante de eficiente parceria entre a Operadora dos Serviços e a
Administração Municipal, no sentido de sensibilizar os moradores dessas áreas para a
importância de ligarem suas instalações domiciliares ao sistema, bem como de, no momento
seguinte, fiscalizar e cobrar destes a adesão esperada, inclusive dando cumprimento ao
estabelecido pelo Código Sanitário Municipal – Lei N°. 4.323/86, Decreto N°. 5.616/87 e Lei N°.
7.031/96.
De acordo com o Código Sanitário, essa ligação é obrigatória, uma vez disponibilizado o
sistema de coleta por parte da operadora. Evidentemente a questão da situação de baixa renda
dessas populações precisa ser levada em consideração, no sentido de se facilitar ou
eventualmente dispensar o pagamento da taxa de ligação, além de garantir-lhes o direito ao
benefício da tarifa social.
A ausência de redes coletoras de esgotos, porém, não se restringe a vilas e favelas, apesar de
as mesmas apresentarem uma maior concentração desse problema. Existem outras áreas na
cidade que também não possuem esse serviço, como por exemplo, os loteamentos que não
foram aprovados pela PBH na época de sua ocupação.
Geralmente, o parcelamento dessas áreas não foi feito de forma adequada e a sua infra-
estrutura viária e sanitária não foi completamente implantada, gerando dificuldades na
viabilização técnica de soluções convencionais de esgotamento sanitário. À semelhança do
caso das vilas e favelas, torna-se necessária a utilização de tecnologias e estratégias
alternativas apropriadas à realidade desses locais.
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O restante das áreas não atendidas corresponde a locais de baixo adensamento, cuja
implantação de redes coletoras não apresenta viabilidade econômico-financeira para a
operadora dos serviços, dentro dos atuais critérios do crescimento vegetativo.
Quanto ao esgoto industrial, o Estudo sobre o Controle da Poluição Industrial das Bacias do
Arrudas e Onça contratado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM e concluído em
julho/96, indicou que o parque industrial de Contagem e Belo Horizonte é responsável por
9.600 kg de DBO5, o que corresponde a menos de 8% da carga de origem doméstica total da
mesma área.
Os estudos revelaram que apenas 32 empresas são responsáveis por 84% da vazão dos
efluentes industriais, 83% da carga de DBO5, 86% da carga de DQO, 95% dos sólidos em
suspensão e 96% dos metais pesados, sendo 19 delas responsáveis pela carga orgânica de
DBO5 , DQO e Sólidos em Suspensão e as outras 13 pela descarga de Metais Pesados.
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Av. Contorno
Em Belo Horizonte há cerca de 694 quilômetros de cursos d’água, dos quais 28% encontram-
se revestidos (6% abertos e 22% fechados), correspondendo a 198 km de canais em concreto
armado. Restam, portanto, 496 km de córregos e ribeirões em leitos naturais e, destes, pouco
mais de 135 km situam-se na mancha urbana enquanto os demais se localizam em regiões
inadequadas ao parcelamento ou em áreas de preservação permanente.
O sistema de drenagem natural do município de Belo Horizonte é composto, principalmente,
pelos ribeirões da Onça e Arrudas, sendo que as cabeceiras de ambos se situam em
Contagem.
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como é o caso das bacias dos córregos Acaba Mundo e Leitão. Nestas, em março de 1996,
registraram-se enchentes - resultantes de precipitações cuja recorrência não ultrapassou o
período de dois anos, causadoras de danos patrimoniais consideráveis. Em outros locais da
bacia ocorrem enchentes regularmente, em todos os períodos chuvosos, em razão do mau
funcionamento do sistema de drenagem ou por inexistência deste.
A bacia do ribeirão da Onça vem sendo urbanizada em período mais recente e seus
córregos encontram-se, em grande parte, desprovidos de canalizações. São freqüentes os
problemas de enchentes nos vales dos córregos tributários do ribeirão da Onça,
destacando-se as ocorrências nas sub-bacias dos córregos Vilarinho, Ressaca, Engenho
Nogueira e Cachoeirinha, todos canalizados e situados em regiões densamente
urbanizadas.
Tanto a bacia do ribeirão da Onça como a do Arrudas apresentam grande declividade e, como
conseqüência, escoamentos em velocidades muito altas.
O restante da drenagem refere-se aos afluentes diretos ao Rio das Velhas, localizados dentro
do município de Belo Horizonte, totalizando 10,50 km2. Os cursos d’água de BH desenvolvem-
se no sentido oeste-leste, em direção ao Rio das Velhas. Suas nascentes se encontram nos
municípios de Contagem e Belo Horizonte, sendo que o Arrudas ainda cruza o município de
Sabará, antes de afluir ao Rio das Velhas.
A Tabela 4.10 apresenta a proporção de áreas ocupadas pelos municípios nas bacias dos
córregos Arrudas, Onça e Velhas, numa área total de 429,89 Km2.(*)
Tabela 4.10: Proporção de áreas ocupadas pelos municípios nas bacias hidrográficas Arrudas,
Onça e Velhas
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As inundações ocorridas, nos últimos anos, nas avenidas sanitárias dos córregos do Acaba
Mundo, do Leitão, Vilarinho, Ressaca, além das enchentes recorrentes em diversos pontos da
cidade, colocam em evidência a vulnerabilidade do atual sistema. Além disso, o crescimento e
o adensamento informal da malha urbana, fora do controle dos processos de aprovação de
loteamentos e edificações, deu origem a uma série de loteamentos irregulares e favelas que,
por ocuparem áreas impróprias para assentamentos, como planícies de inundação e áreas de
risco geológico, constituem atualmente os locais de maior concentração dos problemas de
drenagem. A ausência de infra-estrutura de saneamento básico e as dificuldades de acesso
agravam a situação da drenagem pela poluição dos meios receptores por esgotos e lixo. Esta
situação é ainda mais grave em áreas periféricas do município, incluindo as áreas conturbadas
das bacias em Contagem e Sabará.
Pode-se concluir, portanto, que as ações de drenagem em Belo Horizonte foram, sobretudo
executadas com vistas a solucionar problemas de enchentes localizadas ou a viabilizar outras
metas de intervenção como, por exemplo, a implantação de avenidas sanitárias. Também
prevalecia, nesta época, a convicção de que os interceptores de esgotos somente poderiam
ser instalados caso também fosse implantada a avenida sanitária.
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Até os dias atuais, um número próximo a 200 km de cursos d’água foram submetidos a esta
concepção técnica de canalização associada à urbanização dos respectivos fundos de vale
onde, quase sem exceção, receberam via de tráfego do tipo avenida sanitária. Considerando-
se um custo médio de US$ 7 milhões para cada quilômetro de canal com avenida, tem-se que
foram aplicados cerca de US$ 1,4 bilhão em 100 anos, somente no sistema de
macrodrenagem da cidade. Isto posto, a crise do atual sistema de drenagem em Belo
Horizonte, pode ser vista sob 3 aspectos: o custo ambiental, o custo financeiro e o
funcionamento inadequado das canalizações da rede de macrodrenagem.
O custo ambiental do sistema tradicional de drenagem está na exclusão dos cursos d’água do
cenário urbano. As justificativas em geral apresentadas para esta exclusão e a conseqüente
implantação de canalizações são feitas sob os seguintes argumentos:
− O curso d’água transformou-se em esgoto a céu aberto;
− A comunidade deseja a canalização;
− A canalização é necessária para viabilizar a implantação de uma via;
− A canalização possibilita a implantação dos interceptores de esgotos;
− A canalização facilita a manutenção do córrego;
− O córrego deve ser canalizado para aumentar a velocidade de escoamento e reduzir os
níveis de pico das cheias e, conseqüentemente, reduzir as ocorrências de inundações.
Outro aspecto da crise é a pouca disponibilidade financeira da Prefeitura para dar continuidade
à construção de um sistema de canalizações, em geral muito caro, além dos custos inerentes à
sua manutenção. Somada a esta dificuldade está também a escassez de programas de
financiamento de obras públicas aos municípios por parte da União - recai atualmente sobre as
administrações municipais o fardo mais pesado do ônus financeiro dos custos de implantação e
manutenção dos sistemas de prevenção e controle de inundações.
O que agrava ainda mais esta situação é o fato de os municípios não disporem de meios de
tributação pela prestação destes serviços. Assim, as prefeituras encontram-se desprovidas de
condições financeiras para arcar com os elevados custos das novas obras e de manutenção do
serviço municipal de drenagem, forçando a busca de soluções alternativas de menor custo.
O último aspecto da crise é o funcionamento insatisfatório do sistema. Apesar das grandes
somas de recursos financeiros investidos em seu sistema de drenagem, Belo Horizonte
continua padecendo com as inundações. Muitos dos canais implantados funcionam de maneira
inadequada, não comportando as vazões para as quais foram projetados e recebendo cargas
de entulhos que obstruem a passagem das águas. Entre as causas da deficiência de
funcionamento de muitos desses canais, estão a metodologia de cálculo empregada
originalmente em seus projetos, as interferências com outros componentes da infra-estrutura
urbana, tais como a rede coletora de esgotos, adutoras, e os lançamentos indevidos de
resíduos sólidos, além dos problemas de assoreamento, ocupação das margens pela
população de baixa renda, etc.
A ausência de cadastro das redes é apontada por todos os setores como um problema básico,
mas contribuem para o agravamento desta situação a execução de obras de drenagem por
diferentes órgãos, a execução de obras sem projetos, principalmente pelos setores
responsáveis pela manutenção do sistema, e a não realização de “as built”, mesmo no contexto
da Sudecap, órgão mais bem estruturado para o controle destas informações.
A gravidade dos efeitos das inundações pode ser exemplificada através da comunicação feita
pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (COMDEC) em janeiro de
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1.991, onde, durante aquele mês, registraram-se 709 ocorrências de danos devido às chuvas,
sendo 112 inundações de residências e 102 desabamentos.
Em um levantamento dos registros de eventos de cheias noticiados pela imprensa local, foi
possível verificar que no período de 1.980 a 2.000 foram registradas 335 inundações devido a
transbordamentos de córregos e ribeirões, em sua quase totalidade revestidos com concreto. A
Figura 4.8 ilustra os registros noticiados pela imprensa local nas seis últimas décadas.
300 2.500.000
OC. INUNDAÇÃO
POPULAÇÃO
270
250
2.000.000
OCORRÊNCIAS DE INUNDAÇÃO
200
1.500.000
POPULAÇÃO
150
1.000.000
100
65 500.000
50
26
15 15
0 0
1940 1950 1960 1970 1980 1990
ANO
Fonte : Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte
De maneira muito objetiva, pode-se identificar, ainda, como causadores dos problemas de
drenagem da cidade, os seguintes:
• A ausência de um instrumento de planejamento, que oriente de forma global as
intervenções no sistema de drenagem, tendo as bacias como unidades de análise e
definição de critérios para a tomada de decisões, principalmente no que se refere à
concepção para tratamento dos fundos de vale ainda não canalizados;
• A ausência de gestão integrada do sistema municipal de drenagem, principalmente no que
se refere às interferências com as redes de água e esgotos sob a responsabilidade da
Copasa MG;
• A existência de lançamentos clandestinos de esgotos em redes de drenagem e de águas
pluviais em redes coletoras de esgotos, sem que se tenha um cadastro dessas ocorrências
nem uma definição clara quanto às responsabilidades institucionais para sua correção;
• A execução apenas parcial de obras de drenagem, seja por falta de recurso ou falta de
definições quanto à totalidade da intervenção necessária;
• A insuficiência da estrutura técnica e administrativa para fazer frente às demandas de obras
emergenciais, principalmente no âmbito das Administrações Regionais e das Divisões de
Manutenção, e dos setores responsáveis pela elaboração de projetos para o atendimento
com a agilidade necessária aos setores de manutenção;
• A resistência histórica com relação ao reconhecimento dos assentamentos informais (vilas,
favelas e loteamentos irregulares) como parte integrante da cidade para fins de ampliação
da infra-estrutura e serviços urbanos, com graves conseqüências para os problemas de
drenagem;
• A insuficiência ou pouca disponibilidade de dados climatológicos e hidrológicos que
possibilitem a calibração dos modelos utilizados a partir de informações regionalizadas.
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A produção diária de resíduos sólidos em Belo Horizonte é, em média, de 4,6 mil toneladas,
compreendendo os resíduos domiciliares e comerciais, das unidades de saúde e entulhos da
construção civil. Somente a produção de entulhos totaliza, aproximadamente, 2,0 mil t/dia.
O lixo doméstico é, em sua maior parte, disposto em sacos de plástico e recolhidos pela
Secretaria Municipal de Limpeza Urbana – SMLU, cujas atribuições incluem a coleta do lixo
doméstico, comercial e hospitalar e resíduos de poda, além de varrição e capina das áreas
públicas. Nos locais onde não é realizada a coleta, esse lixo é indevidamente lançado em
terrenos baldios ou cursos d’água. Cerca de 85% da população residente em Belo Horizonte
tem seu lixo recolhido de forma regular pela SMLU. Ainda assim, parcela da população que
reside em área de coleta depõe lixo e entulho nos cursos d’água.
A deposição ilegal de entulhos é, em boa parte, feita ao longo da malha viária urbana, em
terrenos da periferia ou às margens de córregos da cidade. Os resíduos predominantemente
constituídos de terra são recolhidos pelas respectivas administrações regionais. Os resíduos
sólidos retidos nas caixas das bocas-de-lobo ou encontrados nas calhas dos cursos d’água são
recolhidos pela SUDECAP.
46 39 41 42 39 38 41 41 39 42 41 48
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
39
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
3.785 3.550
3.166 3.229 3.191 3.110 2.953 3.225 3.100 3.098 3.130 3.234
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Figura 4.10: Coleta domiciliar- caminhão carroceria aberta- em vilas e locais de difícil acesso
(toneladas)- 2002
A coleta regular em vilas e favelas, em geral, apresenta maior cobertura de população atendida
naqueles núcleos menores ou que se desenvolveram de forma mais linear ao longo de ruas ou
avenidas, pois nestes casos, geralmente, é possível se fazer o atendimento com caminhão
compactador ou carroceria aberta, dentro do itinerário de atendimento da região regularmente
urbanizada do entorno. Os aglomerados são, em geral, os que apresentam mais deficiências
de atendimento, em função da maior complexidade viária com becos, escadarias, vielas e ruas,
em parte em boas condições físicas, em parte erodidos ou com esgotos a céu aberto, entre
outros problemas.
Em função disso, constata-se que é significativo o déficit do atendimento com coleta em vários
desses locais e a varrição não é executada. O percentual médio da população atendida por
coleta regular de lixo em vilas e favelas é de 70%.
Atualmente, a coleta diferenciada realizada pela PBH emprega cinco veículos compactadores,
é realizada no horário diurno e a freqüência é diária, atendendo majoritariamente
estabelecimentos de maior porte como hospitais (Públicos e Particulares), clínicas médicas e
veterinárias. A coleta nos postos de saúde é efetuada por dois veículos utilitários (Fiorinos).
40
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
12.798 13.062
2001 2002
Figura 4.11: Resíduos da coleta em estabelecimentos de saúde (Toneladas)
A coleta destes resíduos é feita, geralmente, por caminhões basculantes associados ou não a
pás carregadeiras. Cada máquina utiliza diariamente 06 (seis) caminhões tipo báscula. A
Prefeitura dispõe de 03 (três) máquinas e 18 (dezoito) veículos contratados para essa atividade
e os serviços são realizados durante uma semana no mês em cada uma das Gerências
Regionais de Limpeza Urbana. No último quadrimestre de 2002, a restrição da carga horária
dos serviços contratados contribuiu para a queda dos quantitativos removidos
comparativamente a 2001, conforme mostrado no Gráfico 4.4.6.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
G) Serviços de Multitarefa
As equipes de multitarefa realizam os serviços de limpeza em córregos, em áreas degradadas
pelo acúmulo de lixo, em áreas de risco (apoio à Defesa Civil), apoio à capina e roçada, além
de fortalecer e dar suporte à realização de campanhas de saúde pública. Outras atividades
realizadas referem-se à lavação de vias, limpeza de postes, pintura de meio-fio e atividades
executadas periodicamente em vias públicas no estilo mutirão como remoção de cartazes,
placas, faixas e recolhimento de resíduos diversos.
A destinação final dos resíduos coletados em Belo Horizonte é feita em apenas um aterro
sanitário, o qual recebe cerca de 4,55 mil t/dia de lixo e entulhos coletados pela SMLU.
Este aterro situa-se na Central de Tratamento de Resíduos - CTRS BR-040 (Ver Figura 4.12),
localizada às margens da BR-040, na Região Noroeste do município. A Central, que ocupa
uma área de 132 hectares e está em funcionamento desde 1975, já apresenta sinais de
esgotamento de sua vida útil.
Por ter uma vida útil restante de apenas dois anos, a Prefeitura Municipal está desenvolvendo
novos estudos e projetos relativos à implantação de uma nova unidade de tratamento de
resíduos sólidos. É necessária a licitação para concessão da nova destinação final dos
resíduos de Belo Horizonte.
Os resíduos destinados à reciclagem (cerca de 389 t/dia) são encaminhados para as estações
de reciclagem do Bairro Estoril e da Pampulha (Ver Figura 4.13).
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Pampulha)
Coleta seletiva de papel, metal e plástico 13,51 0,31
Coleta seletiva de vidro 2,24 0,05
Subtotal 340,51 7,85
TOTAL 4.336,58 100%
Fonte: Relatório Anual da Limpeza Urbana - 2002.
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O índice atual de atendimento pelo serviço de água potável em Belo Horizonte é de 99% (cerca
de 2,18 milhões de habitantes), percentual muito próximo da universalização do serviço. A
população não abastecida, estimada em cerca de 22 mil habitantes, corresponde
predominantemente àquela localizada em áreas isoladas, pouco adensadas, ou em
loteamentos urbanos irregulares.
Quanto à reservação, o sistema integrado da Região Metropolitana é composto de 34
reservatórios de macrodistribuição, possuindo volume total de 275.712 m3. O sistema de
microdistribuição da Região Metropolitana é composto de 103 reservatórios, com volume total
de 22.401 m3.
A extensão da rede de distribuição em operação é da ordem de 5.113 km. O volume anual de
água distribuído é de 235 milhões de metros cúbicos (7,45m3/s). O sistema conta com 99% de
hidrometração das ligações prediais. O índice de perdas físicas atual está estimado em 32% do
volume de água produzido, com perspectiva de diminuição para o padrão normal de 20%.
Esse bom nível de atendimento poderá manter-se a médio prazo, visto que os mananciais e as
unidades de produção do sistema atual apresentam capacidade para atender à demanda
prevista para toda a década em curso. A capacidade do sistema existente é de 15,3 m3/s, valor
que pode chegar a 22,1 m3/s com obras de porte relativamente pequeno. A vazão atualmente
produzida pela COPASA para suprir toda a RMBH é de 11,8 m3/s (77% da capacidade de
produção hoje instalada).
É importante observar que os mananciais utilizados para abastecer a Região Metropolitana de
Belo Horizonte situam-se em outros municípios e as respectivas captações não recebem a
contribuição dos cursos de água que atravessam a capital mineira. Não obstante, a jusante de
Belo Horizonte há rios importantes como o rio das Velhas e o próprio rio São Francisco, cuja
qualidade da água em muito depende das águas servidas e drenadas na cidade de Belo
Horizonte.
A malha viária se mostra descontínua. O acesso aos bairros, em geral, se dá por uma via
principal de penetração que converge para as vias de maior porte. Praticamente inexiste a
comunicação interbairros através de um sistema adequado e a ligação é feita por vias locais. A
importância do desempenho dos deslocamentos determina a hierarquização viária que decorre
da função da via independente de suas características físicas, principalmente fora da área
central de Belo Horizonte.
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São na maioria rodovias federais, construídas para atender às necessidades dos transportes
de longa distância, sem nenhuma preocupação com tráfego urbano, a não ser o anel rodoviário
construído com o objetivo de desviar da área central o tráfego de passagem que, porém, já se
acha totalmente envolvido pela trama urbana, tendo hoje um papel mais de via urbana que o
de uma rodovia.
Este sistema é complementado por outras vias que ligam Belo Horizonte aos demais
municípios da região metropolitana tais como:
- MG-010 (Via Norte) – Dá acesso a Vespasiano e a Lagoa Santa;
- MG-424 – Se liga à Via Norte, dando acesso a Pedro Leopoldo;
- MG-020 – Liga Santa Luzia a Belo Horizonte;
- BR-381 – A leste, liga Caeté a Belo Horizonte através da ligação MG-435 e a oeste dá
acesso a Contagem, Betim e Igarapé;
- MGT-262 (Antiga MG-5) – Dá acesso a Sabará;
- MG-030 – Interliga Raposos, Rio Acima e Nova Lima ao centro Metropolitano;
- MG-040 – Interliga a Cidade Industrial a Ibirité e Brumadinho;
- MG-050/BR-262 – Ligam Betim a Mateus Leme;
- MG-060/MG-050 – Ligam Esmeralda a Betim;
- LMG-808 – Liga Esmeralda a Contagem;
- LMG-806 – Liga Ribeirão das Neves a Venda Nova/Belo Horizonte.
O Anel Rodoviário circunda o centro metropolitano, ligando entre si grande parte das rodovias
citadas e mantém características de suporte ao tráfego de passagem. Ao cortar áreas
urbanizadas, gera graves conflitos com o uso do solo lindeiro, constituindo barreiras à
integração urbana.
As rodovias têm como continuidade os seguintes corredores urbanos, que convergem para a
área central de Belo Horizonte:
- Av. Cristiano Machado e Av. Antônio Carlos, no sentido norte;
- Av. Amazonas e Via Urbana Leste-Oeste, no sentido oeste;
- Av Nossa Senhora do Carmo e Av. Raja Gabaglia, no sentido sul;
- Av. José Cândido da Silveira, Rua Niquelina e Av. dos Andradas, no sentido leste.
Também fora do aglomerado as rodovias têm seqüência dentro da área urbana dos municípios,
através da utilização das principais avenidas, sendo classificadas como vias arteriais primárias
ou secundárias, de acordo com sua importância. Repete-se o conflito com o uso urbano,
exceção feita a Pedro Leopoldo, onde as rodovias tangenciam a área ocupada, e Ribeirão das
Neves e Vespasiano que possuem acessos próprios.
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Constata-se, que o que existe são trechos de vias inadequadas para as funções que
desempenham, não chegando a constituir um sistema ordenado. Segundo inventário realizado
existem atualmente em Belo Horizonte:
- 74km de vias de ligação;
- 933km de vias arteriais;
- 982km de vias coletoras.
Os dois corredores principais: Av. Amazonas e Av. Antônio Carlos carreiam volumes de tráfego
extremamente elevados e embora não tenham ainda atingido o ponto de saturação da sua
capacidade técnica, estes corredores, principalmente a Av. Antônio Carlos, são atualmente
bastante sobrecarregados nas horas de pico, devido a uma série de motivos, que limitam
praticamente o número admissível de veículos.
Um dos principais motivos, diz respeito ao adensamento da ocupação e uso intensivo não
residencial. A principal função dos corredores é o escoamento e a fluidez do tráfego. É
importante esclarecer que a Lei anterior à Lei 7.166/96 privilegiava o adensamento e a
instalação de usos comerciais comprometendo a fluidez em função da necessidade de
estacionamento, manobras, operação de carga e descarga afetando diretamente o tempo de
viagem do transporte coletivo.
A atual legislação, Lei 7.166/96, flexibiliza o uso não residencial em vias secundárias impondo
restrições nas vias arteriais e de ligação regional. Estabelecendo exigências quanto à área
mínima dos lotes, maior afastamento frontal, quantidade mínima de vagas e, áreas específicas
para carga e descarga, embarque e desembarque.
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São nos corredores secundários que se manifestam com maior amplitude os conflitos entre as
funções de circulação e acesso às áreas lindeiras. De fato, à medida que se intensificam os
usos terciários ao longo dessas vias, as necessidades somadas de paradas de coletivos,
estacionamento, manobras, operação de carga e descarga para suporte destas atividades,
tendem a provocar a diminuição de sua capacidade.
As características do sistema viário de Belo Horizonte são fortemente influenciadas pela
topografia acidentada do sítio onde foi instalada e se desenvolveu a cidade, assim como pelas
bacias dos Ribeirões Arrudas e do Onça e seus afluentes. Constituem ainda barreiras físicas
importantes, as linhas férreas de passageiros e de carga, o Anel Rodoviário de Belo Horizonte
e o conjunto formado pelo aeroporto da Pampulha / Lagoa / Jardim Zoológico / que impedem a
articulação entre regiões adjacentes, limitando as possibilidades de transposição.
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Meio Físico
A definição da área de influência indireta para o meio físico, conforme apresentado na
Figura 4.14, baseou-se na delimitação de bacia hidrográfica do córrego Olaria,
pertencente à bacia do ribeirão Arrudas;
Ribeirão Arrudas
Caetano
Furquim
Granja de Freitas
SABARÁ
Cor.
Olaria
BELO
HORIZONTE
Conj.
Taquaril
Flamingo
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O Conjunto Taquaril localiza-se na região Leste de Belo Horizonte na divisa com os Bairros Alto
Vera Cruz, Jonas Veiga e Granja de Freitas e com o Município de Sabará. Possui uma área de
145,2 ha e uma população estimada de 26.098 habitantes.
O conjunto subdivide-se em 14 setores, sendo 12 setores em BH e 2 em Sabará (Figura 4.15).
Os setores do Município de Sabará (13 e 14) também são conhecidos como Bairro
Castanheiras e não foram incluídos neste Programa.
GRANJA DE
FREITAS
BELO
HORIZONTE
SABARÁ
Ressalta-se que nos setores do conjunto Taquaril (13 e 14) que se localizam no município de
Sabará e que não foram incluídos no presente Programa, também se verificam ocupações em
áreas de risco ambiental e geológico (áreas de preservação permanente, de alta declividade e
com perfil geológico semelhante aos demais setores localizados em Belo Horizonte). Neste
sentido, deverão ser implementadas articulações institucionais com: (i) COPASA, no sentido de
reestruturação do sistema de esgotamento sanitário na bacia do córrego Olaria, no trecho do
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4.2.1.2.3 Geologia
A geologia estrutural da região do Taquaril acompanha o padrão regional da Serra do Curral,
estando as litologias observadas, salvo rochas intrusivas, orientadas segundo a direção NE-
SW com caimento para SE, com ângulos de mergulho variando na maioria dos casos entre 30o
e 70o.
Os filitos apresentam-se em grande parte bastante alterados, com coloração variando de vinho
a rósea. Geralmente apresentam-se truncados por dois e, às vezes, até quatro sistemas de
fraturas, que segundo SILVEIRA e CARNEIRO (1995) as atitudes preferenciais são
N60ºW/45ºNE, N10º-20ºW/90º-75ºNE, N05ºW/80ºSW e N30ºE/55ºNW. O filito fresco raramente
aflora. Apresenta coloração cinza esverdeada podendo ser observado próximo às drenagens e
em alguns cortes feitos para a construção das moradias.
Em relação ao contato solo/rocha pode-se dizer que este define uma superfície potencial de
escorregamento. As formações superficiais apresentam permeabilidade mais elevada que o
substrato de rocha alterada, originando no contato solo/rocha uma concentração e fluxo d'
água,
que alteram as características geotécnicas nesta região, dando origem a uma superfície
fragilizada. Entretanto, a pequena espessura das formações superficiais na região em estudo,
torna tal problema menos expressivo. Essas coberturas apresentam-se recobrindo saprólitos
(rocha extremamente alterada passando a solo, mas onde ainda se pode observar estruturas
da rocha original) e rochas alteradas.
4.2.1.2.4 Geomorfologia
Quanto a geologia, conforme citado anteriormente, os filitos apresentam se segundo a direção
NE-SW, com mergulho para SE e truncados por sistemas de fraturas, dependendo do setor.
Dessa forma, os cortes feitos segundo a direção NE-SW podem favorecer o desconfinamento
dos filitos, exceto quando o mergulho destes for para NW.
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4.2.1.2.5 Vegetação
A região do Taquaril apresenta vegetação típica de cerrado, com espécies herbáceas e
arbustivas de pequeno a médio porte. Esta vegetação é observada nas poucas áreas não
urbanizadas e nas linhas de drenagem. No interior do conjunto a vegetação original foi em
grande parte removida pela população local, e foram introduzidas árvores frutíferas.
A presença de bananeiras é indicada aqui como agente potencializador do risco. Sua
plantação em encostas, bem como sua disseminação por praticamente toda a área do
Conjunto Taquaril, constituem um quadro problemático que se agrava quando acrescido da
dificuldade de conscientização dos moradores para seus potenciais riscos.
Na verdade, a bananeira — uma grande erva da família das musáceas (Musa paradisiaca) —
possui um rizoma subterrâneo como caule, e é ele que dá origem a novas bananeiras. Suas
folhas, amplas, têm bainhas que se enrolam umas nas outras, formando um pseudotronco, e
em seus frutos já não existem sementes. Uma vez que elas são adaptáveis a climas quentes e
úmidos, a sua presença indica a ' proximidade' de água e, por isso mesmo, é um fator
preocupante que deve ser eliminado.
Uma vez sujeita ao processo de deslizamento, a encosta que possui bananeiras em seu perfil
estão propensas a um efeito destruidor mais acentuado, uma vez que a ação da gravidade
atuando sobre a massa escorregada, acrescida de troncos de bananeiras, constitui um fluxo de
material/detritos capaz de provocar danos muito mais sérios do que os já causados quando de
um escorregamento apenas de solo ou aterro.
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4.2.1.3.1 População
Segundo dados do Plano Diretor do Conjunto Taquaril, baseados no Censo IBGE, em 1991 a
população do Taquaril era de 11.013 habitantes. Hoje a população estimada é de 26.098
habitantes, o que significa que em dez anos a população quase triplicou.
4.2.1.3.2 Saúde
Segundo a Secretaria de Saúde do Município, Belo Horizonte possui ao todo 160 unidades
assistenciais distribuídas pelas regionais.
Tabela 4.14 - Unidades assistenciais ambulatoriais (próprias) da Secretaria Municipal de Saúde
- Belo Horizonte - 2000
Distrito Centro Laboratório Policlínica Unidade Unidade de Total
Sanitário de Especializada Emergência
Saúde
Barreiro 17 0 0 5 1 23
Centro Sul 11 3 2 1 0 17
Leste 13 1 2 3 0 19
Nordeste 19 0 0 1 0 20
Noroeste 19 1 1 3 0 24
Norte 14 1 0 1 1 17
Oeste 14 1 1 0 1 17
Pampulha 8 0 0 2 0 10
Venda Nova 12 0 0 0 1 13
Total 127 7 6 16 4 160
Fonte: PBH. SMSA. 2000
O conjunto Taquaril conta com dois postos de saúde (Novo Horizonte e Taquaril) sendo que é
considerada uma das 30 localidades onde mais se morre na capital e, em contrapartida, é um
dos 5 bairros com maior número de nascimentos. A taxa de mortalidade infantil, segundo o
Distrito Sanitário Leste (DISAL), é de 45 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos, enquanto a
média da cidade é de 26 óbitos. A alta taxa de mortalidade verificada no Taquaril é resultado,
dentre outras causas, das péssimas condições sanitárias do conjunto.
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Desde então a área vem sofrendo sucessivas invasões com a ocupação de áreas verdes,
margens de córregos, talvegues, ravinas, áreas de altíssima declividade e de risco geológico
muito alto. Este fato a torna uma das áreas de mais difícil solução urbanística de Belo
Horizonte, no que diz respeito a situações de risco, insalubridade ambiental e ocupação
desordenada.
Observa-se no processo de crescimento do Taquaril um aumento da área ocupada
(crescimento por expansão), além da ocupação e adensamento em áreas de preservação.
Grandes áreas livres no entorno imediato, principalmente no setor 2 abaixo da rua Diniz Dias e
nos setores 10, 11 e 12, acima da antiga estrada de Nova Lima, apontam para possibilidades
de novas invasões e expansão do aglomerado. São necessárias intervenções nestas áreas,
para que não se amplie a ocupação desregrada e todos os problemas que ela acarreta.
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De acordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo de Belo Horizonte, de 1996, o Conjunto
Taquaril está inserido nos seguintes zoneamentos:
• ZAR 2: Zona de Adensamento Restrito 2
• ZEIS 3: Zona Especial de Interesse Social 3
• ZP1: Zona de Proteção 1
A área do Taquaril que está sendo objeto deste programa localiza-se na ZEIS 3 e na ZP 1.
A ZEIS 3 abrange os setores 6, 7, 9 e parte dos setores 2, 5, 10, 11 e 12. A ZP 1 abrange a
parte dos setores 2 e 5 em suas partes baixas, às margens do Córrego Olaria e a parte dos
setores 10, 11 e 12 onde eles fazem o limite do Conjunto.
Figura 4.16: Setor 11. Área com precariedade de infra-estrutura. Notar vários cortes verticais
na encosta e cicatrizes de escorregamento.
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Os serviços prestados à população desta área como, por exemplo, transporte coletivo e
comércio localizam-se principalmente na vias regularizadas dos setores de 1 a 9 e nos bairros
Alto Vera Cruz e Granja de Freitas.
No geral existe afastamento entre as edificações com áreas livres para quintais, possibilitando
melhor ventilação e iluminação nas moradias. Vale lembrar que esse é um dos problemas mais
graves em vilas muito adensadas. A consolidação das edificações está diretamente
relacionada à infra-estrutura instalada através do sistema viário, saneamento, iluminação,
abastecimento de água e topografia.
Nas áreas de ocupação mais recente, como setores 10 a 12, e próximo aos talvegues
encontramos situações mais precárias de apropriação do espaço privado decorrentes de
espaço público desestruturado. As edificações possuem padrões construtivos piores e em
algumas áreas não há definição precisa dos lotes. Em contrapartida a densidade é mais baixa,
com maiores afastamentos entre as edificações. Apresentam-se, na Tabela 4.15, os padrões
de ocupação no Conjunto Taquaril, de acordo as características predominantes em cada área:
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As vias que acompanham ou são obliquas às curvas de nível são insuficientes, gerando vias
secundárias que vencem desníveis de até 90 metros até alcançar via veicular. Desse modo, o
deslocamento dos moradores fica prejudicado tendo eles que andar grandes distâncias, vias
muito íngremes e precárias. Da mesma forma essa situação é desfavorável à coleta de lixo, ao
acesso ou aproximação de ambulâncias, caminhões de mudanças e caminhões de gás dentre
outros. Esse problema é mais grave nos setores 2, 5, e, em especial, nos setores 10, 11 e 12.
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Figura 4.17 : Vista do Setor 5: vias muito íngremes e ocupação de fundo de vale
A rua Santa Cruz, no Setor 5, é um exemplo de vários fatos citados até aqui. Ela começa na
rua Ramiro Siqueira e acaba no campo de futebol próximo ao Córrego Olaria. O desnível entre
a rua e o campo de futebol é de 80 metros e para vencê-los foi construída uma escada com
359 degraus, sem patamares nem guarda-corpo. Com certeza essa solução facilitou o acesso
dos moradores à rua Ramiro Siqueira, mas se houvesse uma via no meio do quarteirão
paralela às curvas de nível a caminhada não seria tão longa.
4.2.1.4.4 Equipamentos
Os principais equipamentos que atendem o Taquaril são postos de saúde e escolas do
conjunto e dos bairros no entorno, principalmente Granja de Freitas, Alto Vera Cruz e Saudade.
Existe deficiência no atendimento, principalmente aos setores 10, 11 e 12, que se encontram
mais distantes dos equipamentos instalados.
A Escola Fernando Dias Costa e o Centro de Saúde Novo Horizonte são os únicos grandes
equipamentos localizados dentro do conjunto (no setor 07- rua Pedro Alexandrino de
Mendonça). Atendem à população de todos os setores, com exceção do 1 e parte do 2 (área
próxima à rua Diniz Dias).
As áreas com maior dificuldade de acesso a estes equipamentos são as localizadas próximo
aos talvegues (parte baixa dos setores 2 e 5) e setores 11 e 12. O sistema viário veicular
deficiente e desarticulado destas regiões dificulta o acesso de ambulâncias, transporte coletivo
ou escolar. Na maioria dos casos é necessário percorrer grande distância a pé, em vias
precárias e muito íngremes.
A Escola Júlio Soares localizada no Granja de Freitas atende também parte dos moradores do
setor 2, principalmente na área mais baixa, próximo à rua Diniz Dias. O principal acesso é feito
por trilhas ou caminhos que ligam a rua Diniz Dias e o beco que margeia o córrego Olaria às
ruas do Grupo e Olaria, já no Granja de Freitas. A maioria destas trilhas estão previstas para
serem abertas de acordo com o Plano Diretor do Granja de Freitas, sendo muitas utilizadas
atualmente para trânsito veicular.
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Na região a oeste dos setores 4, 6 e 8 localizam-se mais duas escolas e o centro de saúde do
Taquaril. A Escola Municipal Professora Alcinda Torres, localizada na rua Vasco Balboa,
atende principalmente o setor 1, e alguns moradores do 3. A Escola Jorge Ricardo Salum e o
posto de saúde localizados na rua Desembargador Bráulio, atendem os setores10 e 11, além
de moradores do Alto Vera Cruz. O principal acesso é pela rua Teixeira dos Anjos. Sendo a
área já urbanizada, é possível o acesso por transporte coletivo.
As quatro linhas de ônibus existentes não circulam na região interna do conjunto, em função da
precariedade do sistema viário local. O transporte coletivo passa apenas nas vias principais. A
identificação dos pontos de ônibus é difícil devido à ausência de placas de sinalização e
abrigos. São cinco as linhas de ônibus que atendem o Taquaril, sendo elas: 9803 (Taquaril –
Palmares), 901(Circular Leste), 9412 (Taquaril – Padre Eustáquio), 9208 (Taquaril – Conjunto
Santa Maria) e 9503 (Taquaril – Jaraguá).
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Tabela 4.16 - Organizações sociais destacando os grupos presentes no conjunto Taquaril, Belo
Horizonte.
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A rede de água dos setores 10, 11 e 12 foi instalada em toda a extensão dentro do programa
Pró-Sanear em 1996 (vide texto de esgotamento sanitário). Em função das altas declividades e
características friáveis do solo, este programa adotou para a rede de distribuição de água,
tubos assentados a céu aberto nos trechos em que fossem inadequadas as soluções clássicas.
Foram feitos serviços de eletrofusão dos tubos em PEAD e as obras foram concluídas em
1999. As redes estão depredadas em muitos trechos devido principalmente aos processos
erosivos nas vias, impacto resultante de tráfego, entre outros.
É comum encontrar tubulações rompidas, com grande volume de água vazando. Técnicos da
COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais, fazem manutenção regular na rede
de água. Não foram detectadas nestes setores áreas com intermitência no abastecimento, a
não ser temporariamente por danificação da rede.
Toda a região do Taquaril localiza-se em uma única bacia, do Córrego Olaria. Desta forma toda
a rede de esgotamento sanitário converge para este curso d’água, que deságua no ribeirão
Arrudas, já no Município de Sabará.
Nas margens do córrego foi instalado interceptor em vários trechos, mas a rede está danificada
(ver Figura 4.18) sendo o esgoto lançado no córrego Olaria. A rede interceptora está
implantada em terreno muito íngreme e sem infra-estrutura urbana (vias), é de difícil acesso
para manutenção e está exposta em muitos trechos, ficando sujeita à depredação, choque com
pedras, trânsito de pessoas e processo erosivo. Apenas no início do Córrego, no setor 12, o
interceptor esta em melhores condições sendo todo o esgoto da área lançado na rede. Apesar
disto existem também alguns PVs entupidos.
Devido à alta declividade da região existem grandes áreas com dificuldade de esgotamento
sanitário no Taquaril. Localiza-se principalmente próximo aos talvegues, onde a maioria das
casas estão em soleira negativa ou em locais de acesso precário. Nestes casos, algumas
edificações possuem fossas e outras lançam a céu aberto e nos cursos d’água.
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Estando a maior parte do Taquaril sem atendimento pela rede oficial, muitas áreas fazem
esgotamento por redes clandestinas executadas em mutirão pela comunidade. A maioria está
em situação precária, com vários trechos quebrados e entupidos, com esgoto correndo a céu
aberto (Ver Figura 4.19). Não existe padrão de material e diâmetro, sendo a maioria em pvc
DN100mm.
Figura 4.18: Córrego Olaria – Setor 2 Figura 4.19: Rua Itamaraty – Setor 5
Interceptor quebrado abaixo da Rua Esgoto a céu aberto e grande acúmulo de lixo
Teixeira dos Anjos
Vale fazer uma diferenciação entre o esgotamento sanitário nos setores de 1 a 9, de ocupação
mais antiga e nos setores 10, 11 e 12, de adensamento mais recente (posterior ao Plano
Diretor). Os primeiros setores possuem rede oficial apenas nas ruas principais, instaladas
quando do loteamento da área. A rede tinha problemas constantes de entupimento até que a
COPASA assumiu a manutenção regular, desentupindo-a em vários trechos.
Nas vias secundárias existem apenas redes clandestinas sendo a manutenção feita pelos
moradores. Em muitos casos, destas redes o esgoto é lançado á céu aberto nas ruas principais
ou diretamente nas bocas de lobo das ruas seguindo pelo sistema de drenagem e desaguando
no córrego. Algumas redes foram ligadas na oficial, muitas vezes de forma precária, com
caixas de passagem instaladas pelos moradores.
A rede de esgotamento sanitário dos setores 10, 11 e 12 foi instalada em toda sua extensão
dentro do programa Pró-Sanear em 1996 (juntamente com a rede de abastecimento de água),
contrariando diretrizes do Plano Diretor finalizado em 1995. De acordo com este, a área em
questão estava demarcada como de preservação ambiental, ou seja, de ocupação restritiva,
não devendo ser consolidada. Com a implantação das redes houve grande adensamento,
criando situações de risco e inviabilizando a desocupação total da área (devido ao alto índice
de relocação). Mesmo tendo sido a obra efetuada sem que fossem implantados os sistemas
urbanísticos e de drenagem esta rede poderá ser reaproveitada desde que sob a supervisão
técnica da COPASA.
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Existe rede oficial instalada em todas as vias dos setores 10, 11 e 12, a maioria em pvc, com
diâmetro variando entre 100 e 200 mm. Toda a rede esta ligada em interceptores nas duas
margens do córrego neste trecho e em um dos talvegues secundários no setor. Em função de
processos erosivos nas vias, grande parte da rede (implantada com profundidade inadequada)
esta exposta e rompida em muitos trechos. Com isto, encontramos vários pontos com esgoto a
céu aberto. Várias casas com soleira negativa e próximas aos talvegues secundários não
possuem ligações de esgoto, lançando diretamente nos talvegues e daí para o córrego.
Nos setores1 a 9 toda a rede oficial instaladas nas vias principais pode ser aproveitada, visto
haver poços de visita para manutenção em toda a extensão e estando as ruas já urbanizadas.
Devem ser reformulados, no entanto, os pontos de lançamentos que acontecem em redes de
drenagem (rua Teixeira dos Anjos e ao lado da Divinópolis) e no interceptor que está quebrado
em vários pontos. Na rua Padre Eustáquio a rede da COPASA lança o esgoto à céu aberto no
talvegue, em direção ao córrego. Os interceptores instalados devem ser refeitos dada a
precariedade da rede e dificuldade de manutenção. Afim de possibilitar a manutenção regular e
proteger a rede de choques, processos erosivos, etc., esta deve ser implantada sob vias
veiculares ou de pedestres, de acordo com as possibilidades e necessidades locais.
As redes feitas pelos moradores nas vias secundárias não devem ser reaproveitadas. A maioria
não possui poços de visita, algumas possuem trechos de entupimento e várias são lançadas à
céu aberto ou em redes de drenagem. O sistema de esgotamento sanitário nas áreas de
talvegues deve ser todo refeito, dado a precariedade das redes e grande quantidade de esgoto
correndo à céu aberto nos cursos d’água.
Nos setores de 10, 11 e 12 toda a rede deve ser refeita quando da urbanização da área, como
foi dito anteriormente. Além disto deve ser reestudado o esgotamento das casas com soleira
negativa que hoje lançam o esgoto à céu aberto nos talvegues.
As áreas próximo aos talvegues são as com maiores dificuldades para implantação e
manutenção de redes. Em função da alta declividade e precariedade de infra-estrutura,
principalmente acessibilidade, as redes instaladas nestes locais estão sujeitas à danificações,
agravadas pela dificuldade de manutenção. Nas partes mais baixas, onde o talvegue é mais
encaixado deverá ser previsto a relocação de todas as moradias na faixa de domínio para
possibilitar a instalação de interceptores.
Ressaltamos mais uma vez que, apesar de a maioria das vias possuírem rede de esgoto
instalada (oficial ou clandestina) o destino final de todo o esgoto é o córrego Olaria. Daí segue
para o Ribeirão Arrudas, sendo o ponto de lançamento em Sabará posterior à ETE que está
sendo implantada na divisa dos municípios.
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O conjunto Taquaril situa-se na Bacia do Córrego Olaria afluente da margem direita do rio
Arrudas.
Na porção da bacia do Olaria localizada em Belo Horizonte (margem esquerda), encontram-se
a totalidade do Conjunto Taquaril e do Conjunto Habitacional Granja de Freitas I e parte da Vila
Flamengo (88,4%) e dos Conjuntos Habitacionais Granja de Freitas II (49,6%) e Granja de
Freitas III (57,1%), assim como parte dos bairros Caetano Furquim, Saudade e Taquaril. O
córrego encontra-se em leito natural, percorrendo área bastante ocupada. Recebe a
contribuição dos esgotos sanitários oriundos dos locais citados anteriormente.
O conjunto Taquaril possui quatro sub-bacias de drenagem. Três delas (Sub-bacias 1,2 e 3)
deságuam no Córrego Olaria, principal curso d’água do Taquaril, sendo que a sub-bacia
deságua no Córrego Taquaril, afluente do Córrego do Cachorro Magro, pertencendo a bacia de
mesmo nome que não se encontra na área em estudo.
As principais vias do Taquaril possuem dispositivos de drenagem instalados. As demais vias
não possuem dispositivo de drenagem o que sobrecarrega o sistema de drenagem existente.
Na Sub-bacia 1 está inserida uma área bastante precária onde praticamente não existe
dispositivos de drenagem instalados. As ruas e os becos não são calçados e possuem
inclinações muito elevadas transformando-se em verdadeiras cachoeiras nas épocas de chuva.
Os cursos d’água localizados nessa bacia possuem grande quantidade de lixo e entulho que
dificultam a descida da água. Foram encontradas nessa sub-bacia manilhas de concreto onde
os cursos d’água são cortados por ruas, becos ou pontes.
Na Sub-bacia 2 os setores 6 e 7 escoam suas águas para os dispositivos instalados nas vias
principais. Os setores 2 e 5 jogam suas águas em um braço do Córrego Olaria sem nenhum
dispositivo que as capte. O talvegue localizado nos setores 2 e 5 encontra-se bastante poluído
e o lixo escoa pelas vias quando chove. Na Rua Industrial além da escada de drenagem há
também uma canaleta próxima à Rua Pedro Alexandrino de Mendonça.
Na Sub-bacia 3 que engloba parte do Setor 2 não há nenhum dispositivo de drenagem.
A sub-bacia 4 que engloba parte dos setores 2 e 3 também não possui dispositivos de
drenagem, com exceção de uma galeria de drenagem, que sai da rua Ramiro Siqueira, seguida
de uma canaleta de drenagem que captam toda a água desta encosta, desaguando no curso
d’água no fundo do vale.
Algumas vias possuem escada de drenagem. São elas:
- Rua Barroca (Setor 5)
- Rua Prado (Trecho localizado no Setor 5)
- Rua Santa Cruz (Setor 5)
- Rua Industrial (Setor 7)
- Rua José de Alencar (setor 10)
- Rua Aeroporto (Setor 11)
- Rua JK (Setor 11)
Há duas pequenas escadarias somente para drenagem no limite dos setores 2 e 5. Elas
captam a água do talvegue localizado na Rua Ramiro Siqueira e a encaminham para o córrego.
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Os garis não entram nas ruas onde os caminhões não passam para fazer a coleta de lixo. Os
moradores devem levar seus lixos até as vias principais, onde há coleta (TLDA), mas nem
sempre isso acontece. Os moradores dos fundos de vale e das margens dos córregos jogam
os seus lixos por ali mesmo contaminando o solo e os córregos.
A existência de grandes áreas com declividades muito altas e com pouca cobertura vegetal
potencializam os impactos negativos provenientes da ação das águas. Entretanto, o que mais
compromete as linhas de drenagem é o acúmulo de lixo, principalmente nos setores 2, 5, 10,
11 e 12. Inclusive, em uma destas áreas no setor 12 há um ponto de constante despejo de lixo
feito por caminhões caçamba.
O difícil acesso ao Setor 11 devido à sua topografia torna-o isolado e com mais carência de
serviços como o de coleta de lixo. A coleta é feita apenas no início da Rua JK e na Rua
Geralda de Pinto Tavares. Poucos moradores das proximidades destas ruas levam seus lixos
até elas. Os demais jogam-nos nas encostas e nos córregos.
Praticamente toda a extensão do Taquaril está atendida por rede de energia elétrica, com
tarifação da CEMIG. A maior parte da área possui iluminação pública razoável, com
posteamento predominantemente em concreto. Os postes de madeira encontram-se
principalmente nas vias locais.
As áreas com iluminação precária encontram-se principalmente nas áreas de ocupação mais
recente e com infra-estrutura urbana ruim. Além disto, há dificuldade de iluminação das regiões
mais baixas próximo aos talvegues. Dado a grande inclinação das vias, o grande desnível no
posteamento cria situações de risco, com a fiação baixa em muitos trechos.
71
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Observa se que os cortes verticais executados nesta região apresentam altura média de 3,5 m,
sendo comum também, a execução de seção mista do tipo corte e aterro. Associado a estes
cortes podemos notar a ocorrência de escorregamentos planares ou em cunha, algumas vezes
associados aos sistemas de fraturas existentes.
O entulho, composto geralmente por restos de construção civil, é também encontrado nos
setores do conjunto, distribuído aleatoriamente nos lotes. Associados a ele, pequenos volumes
de lixo doméstico são acumulados no entorno das moradias. A disposição deste material sobre
um terreno de declividades altas, associados a cortes verticais (por vezes em filito
desconfinado ou aterro) e lançamento de água servida sobre o mesmo, condicionam a
instabilização do terreno.
Os fatores naturais, tais como declividade do terreno, grau de alteração da rocha, estruturas
presentes na rocha, presença de formações superficiais e as linhas de drenagem, também são
definidores para as situações de risco, ao mesmo tempo em que configuram áreas non
aedificadi onde a ocupação não é possível.
Nesse sentido, é interessante observar, conforme apresentado no mapa a seguir, que as áreas
identificadas pela presença de risco médio e alto coincidem com as áreas de declividade
acentuada ou mesmo com as áreas de fundo de vale e ambientalmente degradas.
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No zoneamento dos graus de risco evidenciou-se que o Conjunto Taquaril corresponde a uma
área de risco crítica, com predomínio do alto risco. Comparando se a gravidade das situações
de risco temos, do menos para o mais problemático, os setores 7, 12, 9, 5, 2, 10 e 11, como
pode ser visto na Figura 4.20.
Figura 4.20: Comparação da gravidade das situações de risco nos setores do Taquaril,
contemplados pelo Programa BH Vilas Urbanizadas
O Mapa de Risco apresenta os graus de risco, definidos na área do conjunto Taquaril.
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A seguir são descritas as situações de risco para os setores do Taquaril, contemplados pelo
Programa BH Vilas Urbanizadas:
SETOR 1
Quanto a morfologia, o setor é restrito ao extremo NW do Taquaril, a área deste setor ocupa o
topo e lateral de pequena colina convexa, delimitada pela Granja de Freitas e talvegue de
direção NE. A Geologia local mostra filitos confinados a parcialmente confinados, pouco
alterados (nas zonas de fraqueza o intemperismo é mais intenso), de atitude principal NE/
70°SE. O setor apresenta pouca cobertura superficial detrítica cinza e declividades superiores
a 30%.
Notam-se que as vias de acesso são sem pavimentação ou possuindo pavimentação precária
estando algumas (beco Josefina e rua Diniz Dias) dispostas paralelas às curvas de nível e
outras transversais a estas (rua Vasco Balboa e beco Josefina).
Risco Baixo
A região delimitada como sendo de grau de risco baixo engloba a maior parte deste setor,
onde não se observam indícios de instabilidade aparente e as declividades não são
elevadas.
Risco Médio
As áreas definidas como de risco médio apresentam condições potenciais de
desenvolvimento de processos destrutivos, ou já apresentam o processo destrutivo
instalado, porém em um estágio de evolução inicial. O risco médio corresponde as
seguintes áreas:
• Uma pequena faixa entre o beco Josefina, rua Diniz Dias e rua Vasco Balboa. Notam-se a
execução de cortes subverticais efetuados pelos moradores, onde as moradias estão em
soleira negativa podendo serem atingidas por escorregamentos quando da evolução do
processo destrutivo. Identificou-se na rua Vasco Balboa o desenvolvimento de um
processo erosivo que encontra-se em adiantado estágio evolutivo.
• Área situada no beco Josefina, delimitada em função da proximidade da crista da encosta
íngreme deixando as moradias propensas a sofrerem processos de destruição caso haja
alguma intensificação do risco a montante.
• A porção junto a rua Diniz Dias que apresenta localmente, lançamento de aterros
executados sem nenhum controle de compactação, nos quais podem ocorrer processos
de escorregamentos caso esta área venha a ser ocupada.Pequenas porções entre o
talvegue abaixo da rua Diniz Dias e esta.
Risco Alto
O risco alto abrange a região da encosta Oeste do talvegue limite com o setor 2. Foram
identificados como processos geradores de situações de risco a ocorrência de
escorregamentos em rocha alterada, que são cortadas por sistemas de fraturas, causando
desplacamento da rocha (foto 35). Boa parte das moradias encontram-se em soleira
negativa e foram construídas no sistema tipo corte aterro, sendo o aterro lançado a
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Junto ao talvegue e no acesso que liga a rua Diniz Dias ao Beco Josefina observa-se o
acúmulo de lixo e entulho além do desenvolvimento de processo erosivo, possivelmente
deflagrado pelo escoamento da água servida.
SETOR 2
Sob o aspecto geomorfológico este setor ocupa todo o entorno lateral da colina convexa de
topo alongado, posicionada a norte do conjunto Taquaril, tendo caimento para noroeste e
nordeste.
Na Geologia local desta área, os filitos apresentam-se bem alterados ou saprolíticos, com
atitudes de foliação N70°E / 70°SE confinados, ou com direção EW e mergulho de 35° para
Sul, desconfinados e semi-desconfinados. Nota-se, também, a presença de cobertura detrítica
cinza pouco espessa.
A maioria das vias de acesso deste setor são transversais em relação às curvas de nível,
estando muitas destas dispostas segundo a linha de máximo declive. Um número expressivo
de vias são precárias não possuindo pavimentação nem drenagem, o que favorece a
instalação de processos destrutivos levando ao surgimento de situações de risco.
Risco Baixo
O risco baixo é mapeado na região compreendida pelo início das ruas Santa Efigênia e
Tirol, onde não se observaram indícios de instabilidade aparente.
Risco Médio
As áreas definidas com o grau de risco médio são:
• Aquelas com declividades superiores a 47% que até o presente momento estão
praticamente desocupadas:
− Pequenas porções entre o talvegue abaixo da rua Diniz Dias e esta;
− Área nas imediações do final da rua Coração de Jesus;
• Aquelas com declividades superiores a 47% que foram fracamente ocupadas:
− Pequena área entre as ruas do Horto, Saudade e Ramiro Siqueira;
− Porção entre a rua Coração de Jesus e a rua São Jorge:
• Algumas áreas com declividades inferiores a 47% que podem ser observados processos
instabilizadores em evolução:
− Pequena área próxima das ruas Diniz Dias com Divinópolis;
− Pequena porção entre o talvegue que segue abaixo da rua São Lucas e a curva da
rua Diniz Dias.
• Grande porção da encosta voltada para NW, onde o filito está confinado:
− Área adjacente a rua Horto e entre as ruas Diniz Dias e Ramiro Siqueira;
− Drenagem a leste da rua Divinópolis e a rua São Lucas continuando pelo talvegue;
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É importante ressaltar que nas áreas que estão fracamente ocupadas são observados
agentes potencializadores de risco geológico (principalmente água servida e esgoto
lançados aleatoriamente) e feições (pequenos cortes verticais e aterros para a construção
das moradias), caracterizando situações que podem evoluir e agravar a situação de risco
da área. Estas áreas devem receber uma atenção especial, no sentido de serem impedidas
da ocupação indiscriminada.
Risco Alto
No setor 2 foram mapeadas quatro grandes áreas de risco alto, são elas :
• Área situada na encosta voltada para noroeste, delimitada pelo talvegue (limite entre os
setores 2 e 1) e proximidades da rua Divinópolis. Verifica-se a existência de bananeiras e
acúmulo de lixo/aterro junto a drenagem, lançamento de água servida aleatoriamente,
erosões lineares em sulco, cicatrizes de escorregamento e/ou cortes verticais em solo,
aterro e rocha alterada, declividades superiores a 47% e encostas íngremes;
• Área na vertente oposta, com caimento para sudeste tendo como limite o talvegue que
faz limite com o setor 5. Destaca-se a atitude da foliação, que mostra-se desconfinada,
agravados pelos cortes verticais executados pelos moradores em uma área de
declividades maiores que 47%, encostas íngremes, acúmulo de lixo/aterro com presença
de escorregamentos, também cicatrizes de escorregamentos em solo e rocha alterada;
• Porção da encosta voltada para nordeste indo até o limite com o setor 14. Nesta área, há
a presença de encostas íngremes, onde o filito apresenta-se semi confinado, vários
cortes verticais, normalmente acima das moradias, erosões lineares e escorregamentos
em solo, aterro e rocha alterada
• Área entre as ruas Madalena e São Lucas, onde se verifica a presença de moradias
próximas à linha de drenagem e localizadas sobre uma área de aterro. Grande parte das
moradias possui cortes localizados próximos à construção.
As quatro situações são agravadas pela existência de fraturas (quatro sistemas principais
que truncam a foliação). Nota-se que, a montante, o nível de urbanização é menor e os
problemas são agravados por situações como, acúmulo de lixo, aterro e esgoto correndo a
céu aberto. Existem situações precárias, como por exemplo, moradias que foram
construídas muito próximas à linha de drenagem que recebe todo o esgoto, água servida e
lixo da porção superior e moradias situadas a menos de 1,0 m da base de cortes
subverticais com alturas superiores a da casa.
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Figura 4.21. Croquis esquemático mostrando a situação que ocorre em uma encosta.
• A segunda situação de risco muito alto localiza se próxima ao talvegue do córrego Olaria,
entre as Ruas São Jorge e Coração de Jesus, caracterizada pela alta declividade da
região, a presença de aterros, acrescidos de precárias construções;
• A terceira e última região de risco muito alto no setor 2 encontra-se no final da Rua Nova
Esperança abrangendo parte da encosta até o talvegue, nas proximidades do Beco dos
Gordos. A região caracteriza-se por edificações precárias, construídas próximas ao
talvegue em uma região de alta declividade (>47%) com presença de aterros e filitos semi
desconfinados.
SETOR 5
O setor 5 é delimitado pela rua Ramiro Siqueira (limite com os setores 4,6,7 e 9), pela rua
Teixeira dos Anjos (limite com o setor 11), pelo Córrego Olaria e talvegue de direção NE-SW
que o separa do setor 2.
A morfologia deste setor compreende toda uma meia encosta convexa, onde se observam
escarpas com afloramentos de rocha fresca, recortada por talvegues secundários que vertem
(direção NW-SE) para o córrego Olaria delimitados por dois talvegues principais e as ruas
Teixeira dos Anjos e Ramiro Siqueira.
A Geologia mostra filitos pouco alterados a alterados de atitudes de foliação EW / 35°S; N60°E
/ 45°SE, confinados a parcialmente confinados, recobertos por cobertura detrítica cinza de
espessuras oscilando entre menos de 1m até 3m.
Os acessos seguem o padrão geral da área, que é caracterizado por ruas em condições
precárias, dispostas em geral transversais em relação às curvas de nível, além disto os
sistemas de drenagem e esgotamento sanitário são precários.
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Além disto o filito apresenta-se confinado a parcialmente confinado, que associado a sistemas
de fraturas, desestabilizam a rocha e o terreno, favorecendo a geração de escorregamentos ou
queda de blocos.
Risco Baixo
Foram consideradas aquelas áreas estáveis (com ausência de indícios de instabilidade
aparente), que possuem declividade em geral inferior a 47%. Mesmo quando as
declividades são superiores a 47%, não se observam indícios de instabilização.
Risco Médio
Identificam-se pequenas áreas com grau de risco médio que apresentam condições
potenciais de desenvolvimento de processos destrutivos, ou já apresentam o processo
destrutivo instalado, porém em um estágio de evolução inicial. Nota-se a ação de agentes
potencializadores como cortes verticais e lançamento de água servida, além de várias
moradias estarem próximas aos cortes executados. Nestas áreas em geral as declividades
excedem 47%, no entanto, como citado, o estágio do processo destrutivo não é elevado.
Risco Alto
Ás áreas identificadas com grau de risco alto representam a maioria das situações de risco
neste setor. Como exemplo de situações de risco alto pode-se citar as ruas Princesa Isabel,
Riacho, Flamengo e parte do beco Pássaro Preto. Nestas ruas observam-se cortes e
fraturas favorecendo quedas de blocos e desplacamento de filitos. Escorregamentos de
solo e aterro também são comuns. Na encosta onde está a rua Expedicionários, a cobertura
vegetal foi totalmente removida, substituída por bananeiras e pode-se observar a água
servida sendo lançada na encosta. Na rua Aeroporto também observou-se o risco de queda
de blocos.
Apesar de alguns cortes verticais mostrarem o estado confinado e semiconfinado dos filitos
ao longo de toda a encosta, o risco geológico é predominantemente alto neste setor. Há
muitas moradias construídas a meia encosta e, nos aterros, geralmente, são introduzidas
bananeiras (Foto 37). Os cortes verticais e subverticais favorecem em alguns locais o
escorregamento de solo e aterro, conforme as Fotos 37 e 38.
Também foram observadas erosões nas ruas São João Baptista (Foto 40), Dom Rafael e
próximo à rua Riacho. Na rua São Jorge foi observado um pequeno sulco em função da
água servida. Entre a rua Aeroporto e rua Serra Negra observa-se um processo erosivo
ativo desenvolvendo-se sobre um acúmulo de aterro e lixo lançados a meia encosta.
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SETOR 6
A morfologia deste setor compreende dois trechos de meia encosta côncava, voltada para NW,
de alta declividade(cerca de 95% da área é de declividade maior que 47%). Observa-se na
Geologia local filitos alterados a saprolíticos, de atitude média de foliação N75°E / 50°SE,
confinados. O setor apresenta cobertura detrítica cinza pouco espessa, e declividades variando
entre 30% a 47%.
A maioria das vias de acesso existentes neste setor dentro da área de trabalho são
perpendiculares em relação às curvas de nível. Quase a totalidade das ruas são estreitas e
estão em estado precário, não possuindo pavimentação nem drenagem, o que favorece a
instalação de processos destrutivos.
Risco Baixo
Foram consideradas aquelas áreas estáveis (com ausência de indícios de instabilidade
aparente), que possuem declividade em geral inferior a 47%. Mesmo quando as
declividades são superiores a 47%, não se observam indícios de instabilização.
Risco Médio
A área deste setor caracterizada como de risco médio corresponde aos quarteirões
delimitados pelas ruas Olaria e Monte Castelo, e ruas Durval de Barros e Eldorado. Os
processo destrutivo caracterizam-se pelos escorregamentos em rocha alterada favorecidos
por cortes verticais expondo filitos semiconfinados fraturados e lançamento de água servida
Risco Alto
É gerado principalmente pela ausência de um sistema de drenagem nos becos, evidenciado
pela presença de erosões lineares, ocasionando escorregamentos de solo e rocha alterada,
agravados pela execução de cortes verticais próximo as casas.
SETOR 7
O setor 7 é delimitado pelas ruas Ramiro Siqueira (limite com o setor 5), Gleucy José de
Oliveira (limite com os setores 6 e 8) e Alexandrino Mendonça (limite com o setor 9).
Quanto a morfologia, o setor é caracterizado por encostas convexas intercaladas por vertentes
côncavas e talvegues encaixados com encostas íngremes. A Geologia local é de filitos
alterados a pouco alterados, de atitude EW / 65°S, que devido a morfologia (colina), a norte
apresenta-se confinado, e a sul do setor, desconfinado. Presença de cobertura detrítica
superficial e declividades predominantes entre 30% a 47%.
As vias de acesso neste setor são praticamente ortogonais às curvas de nível. A maioria destas
vias são precárias e em algumas como na rua Prado e Aparecida existem pequenas erosões.
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Risco Médio
Foram mapeadas algumas situações de risco médio no setor 7. Uma delas localizada entre
a rua Aparecida e Gleucy José de Oliveira onde observam-se pequenos sulcos na rua
Aparecida, cortes verticais a sub-verticais nos taludes, cicatrizes de escorregamento e
lançamento de água servida aleatoriamente sobre os cortes potencializando o processo
destrutivo. Outras duas áreas localizam-se entre as ruas Primeiro de Maio e Pai Tomás,
nota-se a existência de moradias bem próximas a cortes verticais executados nos taludes
pelos moradores. A ultima destas áreas localiza-se na rua Prado onde existe cortes
verticais em taludes.
SETOR 9
O setor 9 é delimitado pelas ruas Pedro Alexandrino Mendonça (limite com o setor 7), Gleucy
José de Oliveira (limite com o setor 8) e Teixeira dos Anjos (limite com os setores 10 e 11).
Quanto a morfologia, a área é constituída por uma encosta convexa de direção SE, com o
traçado das ruas acompanhando a linha de máximo declive.
A Geologia local deste setor apresenta diversas unidades geotécnicas, sendo principalmente
filitos não alterados a saprolíticos de foliação predominante N70°-80°E / 55°-85°SE, estando
em grande parte da área desconfinados. Observam-se também rochas básicas (Diabásio). O
setor é recoberto por cobertura detrítica cinza pouco espessa (NE) e outra cobertura
avermelhada de espessura média de 3m (SW) provavelmente relacionada a rocha básicas.
Quanto a declividade, existe grande heterogeneidade, não havendo predomínio significativo.
Quanto aos processos instabilizadores, podemos encontrar: lançamento de água servida, que
geram erosões lineares, além de agravar ainda mais o risco gerado pela execução de cortes
verticais, potencializados pela presença de bananeiras e encostas íngremes.
As vias de acesso neste setor são praticamente perpendiculares às curvas de nível, muitas
sem pavimentação.
Risco Baixo
Áreas estáveis (com ausência de indícios de instabilidade aparente), que possuem
declividade em geral inferior a 47%. Mesmo quando as declividades são superiores a 47%,
não se observam indícios de instabilização.
Risco Médio
As áreas definidas como de risco médio são:
• Área situada na porção central do setor onde se observam escorregamentos em solo e
rocha alterada, além da ocorrência de acúmulo de lixo e entulho (rua Jatobá);
• Área situada a sudoeste, abrangendo parte das Ruas Planalto, Mantiqueira, Coqueiro e
finalizando na Rua Anchieta, onde se observam cortes verticais nos taludes expondo
filitos desconfinados, altas declividades, além do padrão precário das vias de acesso que
não possuem sistema de drenagem eficiente.
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Risco Alto
Associadas à alta declividade, à cobertura saprolítica que ocorre em praticamente todo o
setor, às bananeiras e aos cortes verticais das moradias. Foram observados
escorregamentos de solo e aterro e, às vezes, de rocha alterada em toda a porção sul do
setor.
Na porção sul-sudeste do setor 9, a área limitada pelas ruas Itamarati, Gameleira e Teixeira
dos Anjos é também classificada como de risco alto. Nesta área há uma maior
concentração de agentes potencializadores, dentre os quais predominam a água servida e
cortes verticais. Também foram observados escorregamentos de solo e aterro (pontos 60,
62, 63, 64,65 e 66 no mapa 9). Observou-se que localmente há acúmulo de bananeiras.
SETOR 10
O setor 10 é delimitado pela rua Teixeira dos Anjos (limite com o setor 9), Fazenda Vista Alegre
e rua Águas Claras (limite com o setor 11).
Quanto a morfologia, situa-se em um morro delimitado por dois cursos d'água, de direções N-S
e E-NE. A Geologia local mostra filitos saprolíticos de atitude predominante NE / SE,
apresentando-se desconfinados a norte do setor, confinados a sul e parcialmente confinados a
leste. Há ainda uma fina camada de cobertura detrítica cinza e declividades predominantes
acima de 47%.
As ruas Jonas Veigas e Maria Helena até o córrego, estão pavimentadas, porém, as suas
continuações e as demais ruas do setor estão em condições precárias; problemas de
drenagem, pavimentação(ausência) e até mesmo rua interrompida por escorregamento(rua
Natural).
Os processos destrutivos presentes no setor são: poucas erosões lineares rasas e cicatrizes de
escorregamento circulares, potencializados por cortes subverticais, taludes contínuos, aterros a
meia encosta, lançamento de água servida e esgoto e alta declividade.
Risco Baixo
Foram consideradas como áreas de risco baixo aquelas áreas estáveis (com ausência de
indícios de instabilidade aparente), que possuem declividade em geral inferior a 47%.
Mesmo quando as declividades são superiores a 47%, não se observam indícios de
instabilização. Destaca-se uma pequena área das ruas Padre Eustáquio e Maria Helena.
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Risco Médio
O risco médio compreende áreas que atualmente estão fracamente ocupadas ou
desocupadas onde notam-se declividades elevadas associadas a predisposição do terreno
a ocorrência de situações de risco. Estas áreas devem receber uma atenção especial, no
sentido de serem impedidas da ocupação indiscriminada.
Risco Alto
Destaca se ao centro do setor, dentro da área trabalhada, a ocorrência de encosta íngreme
de grande desnível com cicatrizes de escorregamento e alta declividade junto a rua Padre
Eustáquio, onde há uma concentração de residências logo abaixo da situação de risco.
No talvegue paralelo a rua águas claras, existe vários escorregamentos de solo e aterro que
ocorrem desde a rua Natural, que está interrompida, ameaçando as casas do outro lado,
até bem próximo ao talvegue, (ponto 83).
SETOR 11
Limite nas ruas Águas Claras, Arco Íris e Castelo Branco (incluindo edificações das últimas),
Antiga Estrada de Nova Lima até rua Santa Maria, descendo por esta até o talvegue abaixo da
rua JK. A área entre o beco Pôr do Sol e a rua Teixeira dos Anjos, no final da rua Arco Íris,
também pertence a este setor.
Quanto a morfologia, o setor é descrito como vertente côncavo convexa de alta declividade,
entrecortada por vales encaixados voltados para NE. A Geologia local apresenta filitos
alterados a saprolíticos, mas, mesmo onde os afloramentos não estão muito alterados, nota-se
grande intemperismo nas zonas de fraqueza da rocha. A atitude da foliação é de NE / 40°-
59°SE, estando confinados a parcialmente confinados, recobertos pela cobertura detrítica
superficial pouco espessa.
Declividades acima de 47% ocorrem na maior parte da área.
Os processos destrutivos instalados são: erosão linear rasa, ravinas e voçorocamento nas
vertentes e escorregamentos; circulares, planares e em cunha. Todos agravados pelo
lançamento de água servida e esgoto nas encostas, cortes subverticais nas direções EW/N,
NW/NE e NE/NW, além de aterros a meia encosta.
Risco Médio
As áreas caracterizadas como risco médio possuem características similares as
encontradas nos demais setores, em especial no setor 2.
Risco Alto
As áreas caracterizadas como de risco alto correspondem às adjacências dos talvegues,
onde predominam extensas encostas íngremes, com ausência de um sistema de drenagem
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o que resulta em erosões lineares rasas e profundas. Há ainda o agravante de terem sido
executados inúmeros cortes verticais atrás das moradias e cortes tipo aterro/solo, e várias
cicatrizes de escorregamento.
Á área junto à rua JK, apresenta uma combinação de fatores que potencializam ainda mais
o risco, que são: aterro, rocha alterada e fraturada e grande desnível das casas em relação
a rua. Observa-se que o filito apresenta-se semi confinado e há ainda escorregamentos de
solo, aterro e rocha alterada;
A quarta área engloba uma edificação situada em uma região de grande declividade, junto
ao talvegue, suscetível a escorregamento de solo.
A quinta área apresenta grande desnível entre as duas casas, onde foi feito corte vertical
entre as moradias, local este em que já houve escorregamento de solo.
A última área situa se junto à encosta íngreme cortada pela drenagem. A presença de corte
atrás das duas casas e lançamento de água servida, agrava ainda mais a estabilidade da
encosta.
SETOR 12
Limite com o setor 11 na rua Santa Maria e no talvegue abaixo da rua JK, beco Pôr do Sol,
córrego Olaria e Antiga Estrada de Nova Lima.
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As ruas na maior parte das situações, são perpendiculares as curvas de nível, sendo seu
estado precário, com ausência de drenagem e pavimentação, algumas ameaçadas por
escorregamentos (beco Pôr do Sol).
Processos destrutivos tais como erosões lineares rasas e pequenos voçorocamentos são
comuns no arruamento. Há ainda escorregamentos circulares e em cunha no setor. Os agentes
potencializadores são: cortes subverticais na direção NE/NW, aterros a meia encosta e taludes
contínuos e ausência de drenagem nas ruas.
Risco Baixo
Existem no setor apenas dois locais de risco baixo, associados a declividades menores que
47% e sem a presença de agentes potencializadores de risco.
Risco Médio
As área de risco médio predominam no setor, associadas a declividades maiores que 47%,
com presença de erosões lineares, cortes verticais e escorregamentos, principalmente de
solo
Risco Alto
O risco alto corresponde às proximidades do talvegue limite com o setor 11 e dois pontos
próximos ao Córrego Olaria. Nestas áreas os cortes para a construção de moradias
expõem filitos semiconfinados, e em alguns locais, como no ponto 80, as fraturas causaram
escorregamento em cunha. Aterros a meia encosta e rocha alterada, ambos com presença
de escorregamentos, agravam a situação desses locais.
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P7
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Vazão de
Área da
Ponto Localização L (m) H(m) tc (min) CN Médio Pico
Bacia (ha) 3
(m /s)
Olaria a montante do
1 40 1.150 210 13 85 8,6
Afluente 1
2 Afluente 1 80 1.250 150 14 85 16,0
Olaria a jusante do
3 120 1.300 220 15 85 22,4
Afluente 1
Olaria a montante do
4 152 1.800 240 20 86 27,8
Afluente 2
5 Afluente 2 28 750 140 10 90 7,8
6 Olaria a jusante da Vila 193 2.500 260 25 87 34,3
7 Olaria na foz 300 3.500 370 34 87 46,4
Como se pode verificar, são vazões compatíveis com as calhas naturais dos cursos d’água,
especialmente considerando que as faixas laterais de APPs serão preservadas.
Q = 0,00185 . C2 . i . A , onde
− Q = vazão, em m3/s
− C2 = coeficiente de escoamento volumétrico
− i = intensidade pluviométrica, em mm/h
− A = área de contribuição, em ha
− 0,00185 = coeficiente de homogeneização das unidades
• Intensidade Pluviométrica - i
A intensidade pluviométrica foi determinada através das equações de chuvas intensas
elaboradas pela SUDECAP , cujas expressões são as seguintes :
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1.172,4 × T 0,1453
i=
( t)8331
sendo :
i = intensidade pluviométrica, em mm/h
T = período de recorrência, em anos
T = tempo de duração da chuva, em min.
• Período de recorrência - T
As vazões foram calculadas para 10 anos de período de recorrência .
tc = 57 . ( L3/H )0,385
onde :
tc = tempo de concentração, em min.
L = comprimento do trecho em estudo, em km
H = desnível geométrico, em m
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Apesar de não ser muito adensado se comparado a outras vilas, o Taquaril não dispõe de
áreas livres propícias à ocupação. As áreas livres existentes são de talvegues que devem ser
preservados ou possuem declividades muito altas. A exceção é a área no Setor 5 próxima ao
campo de futebol (lazer) e ao Córrego Olaria.
Entretanto, observando-se o entorno percebe-se áreas livres no Granja de Freitas, com espaço
para construção de conjuntos habitacionais para remoção de famílias em situação de risco do
Taquaril. Três conjuntos foram construídos e um está em execução. Entretanto, foram
destinados a famílias acampadas (Programa Habitar Brasil) e participantes do Movimento
Organizado dos Sem Casa, através do Orçamento Participativo da habitação.
Devido à topografia acidentada o Taquaril é rico em visadas. A Serra do Curral, por exemplo, é
vista de vários pontos principalmente dos Setores 7 e 9. Da Antiga Estrada para Nova Lima,
nos Setores 11 e 12 é possível avistar-se quase todo o conjunto além da bela vista da cidade
onde vê-se em destaque o Horto Florestal. No campo de futebol próximo ao Córrego Olaria
avista-se todo o Setor 5 e parte do Setor 2.
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A vila São José situa-se na Região Noroeste da cidade, numa área aproximada de 14,5
hectares, com densidade populacional de 593 habitantes por hectare (Ver Figura 4.22). Quanto
à propriedade, parte da área pertence a terceiros (particulares) e a faixa ao longo do córrego
ao Poder Público Municipal.
Figura 4.22: Vista da porção central da vila e sua precária interseção com os bairros do
entorno.
A ocupação da área se deu no fim da década de 70, sendo sua área física limitada pelos
Bairros Jardim Alvorada, Alípio de Melo e São José, tendo a Av. Pedro II e o Anel Rodoviário
como importantes referências urbanas.
A caracterização ambiental da vila São José de acordo com o Estudo de Impacto Ambiental do
Projeto Pedro II, elaborado em 1999, foi organizada para os três meios tradicionais da análise
ambiental: meio físico, biótico e antrópico. Este estudo adotou uma área de influência distinta
de acordo com cada meio estudado: físico, biótico e antrópico, sendo adaptada para temas
específicos sempre que recomendado pela disponibilidade de dados ou a incidência dos
impactos. As áreas de influência adotadas no EIA são apresentadas a seguir:
Meio Físico
A definição da área de influência para o meio físico, conforme apresentado no Mapa 4,
baseou-se na delimitação de bacia hidrográfica. Do ponto de vista ambiental, as
características do empreendimento que propiciam impactos positivos ou negativos,
gerando alterações na bacia hidrográfica, constituem predominantemente na canalização
do córrego São José e na redução das áreas de permeabilidade geradas pela ampliação
do sistema viário.
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Meio Biótico
A área de influência para o meio biótico abrange os bairros mais próximos ao
empreendimento, situados dentro do limite municipal de Belo Horizonte, que sofrerão ou
poderão sofrer interferências indiretas ocasionadas pela implantação do
empreendimento, uma vez que a melhoria no sistema de tráfego irá proporcionar uma
aceleração no processo de ocupação dos vazios urbanos existentes, ocasionando uma
aceleração no processo de remoção de árvores e áreas verdes remanescentes.
Considera-se que a área de influência para o meio biótico deve ser acrescida da área
ocupada pela Fundação Zôo-botânica e pela reserva ecológica da Universidade Federal
de Minas Gerais.
Meio Antrópico
A área de influência para o meio antrópico recebeu três denominações distintas visando
uma melhor diferenciação da análise, principalmente em termos do aprofundamento dos
estudos realizados. Conforme apresentado no Mapa a seguir, á área de estudos divide-
se em:
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A vila São José encontra-se instalada, preponderantemente, no talvegue do córrego São José,
tributário do córrego da Ressaca, que integra a bacia da represa da Pampulha (Bacia do
Onça).
O córrego São José tem uma extensão total de 2,75 km com 1,25 km canalizados e 1,50 km
por canalizar. O trecho não canalizado é constituído por um talvegue profundo com áreas
adjacentes íngremes e densamente povoadas (vila São José), o que implica situações de risco.
Devido à ausência de infra-estrutura na vila, há uma elevada alteração do seu quadro natural,
sendo que uma parcela expressiva dos seus taludes está ocupada com lixo doméstico.
O córrego é responsável por grande parcela da contribuição de carga orgânica para represa da
Pampulha, em função da elevada taxa de ocupação em sua bacia e devido ao fato dos esgotos
sanitários da vila São José e de algumas ruas dos bairros Jardim Montanhês e São Luiz serem
lançados sem qualquer tipo de tratamento neste curso d’água.
No entroncamento da Avenida João XXIII com a Avenida João Paulo I, o córrego São José
para a ser canalizado, inicialmente com uma galeria fechada e, posteriormente, em canal
aberto. Ao longo deste trecho existem interceptores de esgoto sanitário.
Na Avenida Pedro II, entre as ruas Henrique Gorceix e Carlos Góes, o solo encontra-se
totalmente ocupado e a drenagem natural foi substituída pela rede de drenagem pluvial, que é
constituída pela canalização do córrego do Pastinho, afluente do ribeirão Arrudas. Não há,
portanto, na atualidade, um curso d’água natural.
Na área abrangida pela Av. Tancredo Neves, o córrego Flor D’água, também conhecido como
córrego da Serra ou Serrinha foi canalizado. Esse córrego é tributário do córrego da Ressaca.
A Bacia da Pampulha faz parte da Bacia do Córrego do Onça que deságua no Rio das Velhas,
um dos principais formadores da Bacia do São Francisco. Sua área de drenagem abrange 97
Km2 dos quais 56% pertencem ao Município de Contagem. Os principais formadores do
Ribeirão Pampulha são o Ribeirão Sarandi e o Córrego da Água Funda que nascem no
município de Contagem e os córregos Ressaca e Mergulhão no município de Belo Horizonte. A
partir da confluência com o córrego Cachoeirinha o Ribeirão Pampulha passa a ser
denominado de Ribeirão do Onça.
4.2.2.2.2 Fisiografia
O talvegue do córrego São José caracteriza-se por um vale semi-encaixado, apresentando em
sua maioria vertentes com declividades médias a altas e significativas planícies de inundação
densamente ocupadas.
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Área de Influência
A Área de Influência caracteriza-se geologicamente por terrenos que se encontram inseridos
no Domínio do Embasamento Cristalino, representado pelo Complexo Belo Horizonte, no qual
predominam rochas gnaíssico-migmatíticas, localmente milonitizadas e em diferentes estágios
de alteração, apresentando ainda corpos de natureza básica e ultramáfica associados.
As formações superficiais associadas a este Domínio são representadas por solos residuais e
por depósitos aluvionares de espessuras e evolução diferenciadas. Em geral, o solo é espesso
com textura silto argilosa em áreas de relevo suave, enquanto nas áreas de relevo acidentado
ele é silto-arenoso.
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População Residente
A população residente na área de estudo do Projeto Pedro lI, segundo os dados secundários
disponíveis, atingia 237.057 habitantes em 1.996 e apresentava a distribuição mostrada na
Tabela 4.17.
Deve-se assinalar que uma parte significativa desta população deverá ser relocada em função
das obras, havendo também um contingente significativo residente no entorno da área de
intervenção que permanecerá no local após a conclusão dos trabalhos.
Nos levantamentos realizados pelo IPEAD, o número de domicílios existentes na vila São José,
que era igual a 1.837 em 1.996, passa para 2.158 em 1.998, enquanto a população atinge
8.567 pessoas (contra 7.814 em 1.996). Atualmente estima-se uma população em torno de
10.000 habitantes na vila São José.
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Densidade Demográfica
Utilizando-se os dados da Tabela 4.17 e as informações sobre as áreas dos setores censitários
que as compõem, podem ser calculadas as densidades demográficas verificadas no ano de
1.996. A Figura 4.23 mostra os resultados para o total das unidades consideradas:
62
26
100
Alargamento da av. Tancredo neves
55
Prolongamento da av. Pedro II - Outras
340
Prolongamento da av. Pedro II - Vila...
Alargamento da av. Pedro II
52
11
43
96
hab./ hectare
As menores densidades, por outro lado, estão no bairro Castelo (setores censitários 20, 21 e
46, considerados na área de adensamento)_ o setor censitário número um da área de
alargamento da Av. Pedro II, onde se encontra o aeroporto Carlos Prates, que ocupa um
terreno de grande extensão_ o setor censitário 16, no Jardim Montanhês, que contém uma
grande área desocupada, aos fundos dos equipamentos voltados para o Anel Rodoviário_ e o
bairro Manacás (setor censitário 45), onde deverá ser reassentada a população hoje residente
na vila São José.
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Alguns outros setores censitários localizados nos bairros Paquetá (setores censitários 7 e 8) e
Santa Terezinha (setores 25 e 48) também apresentam uma baixa densidade, não sendo
considerados na área de adensamento por apresentarem melhores alternativas de acesso que
os bairros Castelo e Manacás, julgando-se que sua baixa densidade esteja associada mais ao
padrão de uso e ocupação do solo que aos problemas de acesso.
Das edificações encontradas 95,6% têm uso residencial, sendo o índice de uso do lote para
outros fins como serviço, indústria, comércio e uso coletivo pouco significativo (4,4% do total).
As edificações em sua maioria são de alvenaria precária (98,5%), tendo sido encontradas
construções de adobe, tábuas e outros.
Os dados demonstram que o regime de ocupação dos imóveis em sua maioria é "próprio", com
93,18 % nesta condição e apenas 6,82% morando em regime de aluguel ou cessão.
4.2.2.3.3 Educação
Existe na área do entorno a Escola Municipal Inácio Andrade Melo, situada no bairro São José,
à rua Violeta de Meio, e a Escola Estadual Ursulina Andrade Meio, situada no bairro Jardim
Montanhês, à rua Flor de Vidro.
Atualmente a Escola Municipal oferece até a sexta série do primeiro grau e, à noite, atende a
população adulta com o curso de Suplência. A Escola Estadual também situa-se muito próximo
à Vila e oferece o primeiro grau completo, até a oitava série.
O atendimento ao primeiro grau pode ser considerado satisfatório, mas a população da Vila
convive com duas demandas relacionadas à questão educacional. Uma delas é a demanda
pelo atendimento às crianças com idade inferior a sete anos, creche e pré-escolar. Apenas um
pequeno número de crianças é atendido por creches particulares situadas no entorno. Outra
demanda é o atendimento de segundo grau. Com a valorização do ensino formal essa
demanda tem crescido, mas ainda é uma carência bastante comum em algumas áreas do
município.
O grau de escolaridade da população da vila São José é baixo, sendo que 49,1% da população
possui o 1º grau (completo ou incompleto) e o índice de analfabetismo atinge 28,9% da
população (analfabetos ou semi-analfabetos). Nota-se pelos dados que a população é
eminentemente jovem, sendo que 54,24% se insere na faixa etária de 0 a 21 anos.
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4.2.2.3.4 Saúde
Situação da Saúde
Para fazer esta avaliação foi considerada de fundamental importância a percepção que a
população tem sobre a sua própria saúde e a percepção dos profissionais de saúde sobre as
condições de assistência e de saúde da população por eles atendida.
A Vila São José está situada em uma área de grande degradação ambiental. A ocupação
desordenada do espaço, com moradias e vias de acesso precárias, além da total falta de
estrutura de saneamento, favorecem a proliferação de roedores e insetos vetores de uma
variada gama de doenças. No período das chuvas são muito freqüentes as enchentes que, não
raro, causam desabamentos de moradias e outros acidentes graves.
Chama a atenção a existência de um grande número de cães que perambulam pelos becos e
ruas, além de outros animais como cavalos e porcos. É notória a presença de muitas pessoas
desocupadas nas portas das casas, sendo muitas alcoolizadas.
100
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suficientes para reduzir este número para quatro casos em 1.997 e nenhum em 1.998. O
sarampo e a rubéola também foram doenças notificadas neste período cujo controle se
mostrou eficaz. Foram notificados ainda alguns casos de hepatite, sendo a maior parte deles
identificada como sendo causada por vírus tipo A, cuja transmissão é comum em áreas de
baixo nível sócio-econômico, onde falta o saneamento básico. Outra doença transmissível que
tem se mostrado importante na região da vila São José é a tuberculose, com 15 casos
notificados de janeiro a novembro de 1.998.
O centro de saúde funciona das 7 às 19 horas, é amplo, tem um bom padrão de construção e
ocupa um terreno de cerca de 1.100 m2. Possui cinco consultórios médicos e um amplo
consultório com três cadeiras para atendimento odontológico. Ao todo, conta com os serviços
de 47 profissionais, sendo 17 de nível superior e 30 de nível técnico e auxiliar. Com
atendimento médico nas áreas de clínica médica, pediatria e ginecologia, o centro de saúde
possui ainda atendimento de enfermagem, serviços de odontologia, psicologia e assistência
social. Através de programas específicos, é dada uma atenção especial ao combate à
desnutrição e ao controle do diabetes e da hipertensão arterial.
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De acordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo de Belo Horizonte, de 1996, a vila São José
classifica-se como Zona de Especial Interesse Social 1- ZEIS 1.
A descrição do uso e ocupação do solo apresentada no EIA da av. Pedro II considerou três
unidades definidas paras as áreas de influência do projeto:
• Área Beneficiada pelo Projeto Viário: Diversos bairros de Belo Horizonte e Contagem;
• Área de Adensamento: Bairros com possibilidade de sofrerem adensamento;
• Área de Intervenção: Toda a área diretamente afetada e entorno imediato do projeto,
incluindo a área para reassentamento da população da vila São José
Área de Adensamento
As denominadas áreas de adensamento, além de beneficiadas pelas obras no sistema viário,
deverão ter o processo de ocupação do solo alterado pela implantação da continuação da av.
Pedro ll. Estas áreas abrangem basicamente os bairros Manacás e Castelo e ainda uma área
desocupada constituída pelo loteamento Ouro Preto, situado entre o bairro de mesmo nome e
o Castelo, e pelo vazio a leste da avenida Tancredo Neves. Toda a área de adensamento,
apresenta problemas de acessibilidade, o que em parte explica a existência de tantos lotes e
áreas ainda desocupadas.
Área de Intervenção
A área diretamente afetada pela obra é analisada por trecho segundo a intervenção proposta
no projeto, de acordo com a Tabela 4.16:
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Situação Fundiária
A implantação do projeto demandará a relocação de várias atividades hoje desenvolvidas na
área, prevendo-se a indenização para os proprietários e reassentamento de parte da
população residente na vila São José.
Foram identificados pelo IPEAD, na Vila São José, um total de 2.258 imóveis, sendo a maior
parte para uso residencial (95,6%) e os restantes ocupados por pequenos estabelecimentos
comerciais. Apesar de não ter a propriedade do terreno, a maioria das construções identifica
das são próprias (93,2%), sendo os restantes dos imóveis alugados (3,59%) ou cedidos
(3,23%).
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Apresenta-se, a seguir uma breve síntese do Estudo Hidrológico, elaborado pela empresa
ENGESOLO, parte integrante da Memória Justificativa do Projeto Final de Engenharia
Urbana da VIA-210, trecho Anel Rodoviário e Av. João XXIII, contemplando ainda os
Projetos das Interseções com Anel Rodoviário e Av. Tancredo Neves.
O mosaico das bacias contribuintes à canalização proposta na vila São José é apresentado
no Mapa a seguir.
3 0,385
Tc = 57 (L /H)
sendo:
− Tc = tempo de concentração (minutos - valor mínimo adotado de 5 min.);
− L = comprimento do talvegue (Km);
− H = desnível médio (m).
o Vazão máxima provável calculada segundo o Método Racional;
Q = 0,278 x C I A
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sendo:
− Q = vazão máxima prevista para o período de recorrência T (m3/s);
− 0,278 = coeficiente de homogeneização das unidades;
− C = coeficiente de escoamento superficial “run-off”;
− I = Intensidade pluviométrica (mm/h);
− A = Área da bacia de contribuição em Km2.
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Av. Pedro II
SB-1 Anel Rodoviário
5
6 SB-20
2
Via 210
SB-26
4 18
7
17
SB-18
SB-8 9
16
11 SB-20
3 10
14
22
13
SB-21
SB-12 23
SB-24
SB-27
SB-25
SB-27
Av. Tancredo Neves Av. João XXIII
108
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Área de Influência
A cobertura vegetal da Área de Influência apresenta-se extremamente descaraterizada,
estando ocupada quase que totalmente pela malha urbana. Como estas áreas foram
ocupadas anteriormente por fazendas, como a Fazenda São José pertencente a Alípio
Ferreira de Mello e Ursulina de Andrade Mello, a vegetação, à época do parcelamento, já se
encontrava bastante degradada e substituída por áreas de pastagens.
Estas fisionomias são confirmadas através de alguns elementos arbóreos dispersos nas
áreas loteadas e nas principais áreas verdes da região, como o Parque Ursulina de Andrade
Mello, localizado no bairro Castelo, Fundação Zôo-Botânica de Belo Horizonte (bairro
Pampulha) e a Estação Ecológica da UFMG.
Papel importante é desempenhado pelas árvores existentes nos quintais das residências e
nos passeios e canteiros centrais de algumas avenidas, observando uma maior densidade e
porte nos bairros mais antigos e consolidados. A arborização das ruas dos loteamentos
ainda pouco ocupados, como o Manacás e o Castelo, ainda é rarefeita e, nos locais onde foi
implantada, observa-se o predomínio de plantas jovens.
Neste contexto, destacam-se duas áreas verdes representadas pelos parques municipais
Ursulina de Andrade Mello e a Fundação Zoo-Botânica, que podem ser vistos na Figura 5.2.
A área do Parque Ursulina de Andrade Mello foi doada ao município em 1.978, quando do
parcelamento da fazenda. Possui uma área total de 24,2 ha, recobertos em quase sua
totalidade por floresta semidecidual. Possui infra-estrutura mínima, em conformidade com o
projeto definido para outros parques dentro do Programa Parque Preservado, não possuindo
quadras ou outros equipamentos.
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A primeira corresponde à Área Verde 3 (AV 3 do CP 51-2-M), com 0,468 ha, situada na
confluência entre a rua Campos Nunes e a rua Três, imediatamente acima do conjunto
formado pelas quadras 48, 51 e 113 a 116, onde será reassentada grande parte dos
moradores da Vila São José. A Figura 4.25 apresenta detalhe desta área, observando-se a
presença de árvores de médio porte.
A segunda área refere-se à Área Verde 4 (AV 4 do CP 51-3-M) que possui uma extensão
aproximada de 6,57 ha e está situada à rua Francisca Santos Anastácia, ao lado da Escola
Municipal Jornalista Jorge Paes Sardinha. Na Figura 4.26 apresenta uma vista geral da
área, mostrando a cobertura predominantemente herbácea.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
em sua porção sul, junto ao bairro Jardim Montanhês. Da mesma forma que a AV-3, existe a
possibilidade de implantação no local de alguns equipamentos básicos, como sanitários,
portaria, play-ground, aparelhos de ginástica e até mesmo uma quadra poli esportiva.
Além dos parques municipais e das áreas verdes, existem áreas classsificadas como ADE 1
- Áreas de Diretrizes Especiais de Interesse Ambiental identificadas no Plano Diretor de Belo
Horizonte. Dentre estas, destacam-se duas em função de sua maior extensão e cobertura
vegetal mais expressiva, sendo a primeira situada dentro da Área Diretamente Afetada,
entre o bairro Manacás (rua Grande Otelo) e Alípio de MeIo (rua dos Geólogos), e a
segunda localizada entre o anel rodoviário e a rua Henrique Gorceix, na Área de Influência.
112
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
- Quadra 113 - Cobertura vegetal formada por cerrado já muito degradado, observando-se
a presença de alguns elementos típicos desta fisionomia, incluindo alguns indivíduos
arbóreos de porte baixo (2,5 a 4,0 m) dispersos na área;
- Quadra 114 - Cobertura vegetal quase inexistente com solo bastante exposto, sendo que
grande parte está ocupada pela Vila São José;
- Quadra 115 - Junto à rua Três, a vegetação está bastante degradada, com predomínio
de vegetação herbácea e ocorrência de áreas com solo exposto, incluindo um campo de
futebol. No ponto de confluência da avenida Coletora com a rua Dez, observa-se uma
cobertura vegetal mais expressiva, com a presença de maior adensamento de árvores
de médio porte (5,0 a 6,0 m) que formam um de tipo de bosque devido à limpeza do
subbosque. Predominam ai o angico do campo (Anadenanthera lalcata) e o louro (Cordia
trichotoma );
- Quadra 116 - Esta quadra será utilizada parcialmente, no trecho de confluência da rua
Leopoldo Campos Nunes com a rua Três. A cobertura vegetal é basicamente herbácea,
com gramíneas e outras espécies invasoras.
Na avenida Presidente Tancredo Neves, entre a rua Flor da Cachoeira e a avenida dos
Engenheiros, as residências existentes no lado esquerdo da avenida (sentido centro /bairro)
já possuem afastamento que permitirá o alargamento da pista.
Neste trecho, não existe arborização de passeios laterais, observando-se algumas árvores
junto ao alinhamento frontal de algumas residências situadas à esquerda, entre a ruas Flor
de Abóbora e Flor da Serra.
Dentro da Área Diretamente Afetada, existe apenas uma área verde mais expressiva situada
ao lado da quadra 113, entre as ruas Grande OteIo, dos Geólogos e avenida João Paulo I.
Esta área está classificada como ADE 1, Área de Diretriz Especial de Interesse Ambiental,
conforme o Plano Diretor de Belo Horizonte.
A cobertura vegetal desta área é composta, basicamente, por espécies frutíferas em grande
densidade, como as mangueiras, ocorrendo ainda jabuticabeiras, abacateiros e frutas
cítricas, além de algumas árvores ornamentais, como o guapuruvu.
De acordo com as informações obtidas junto à BHTRANS, este terreno está sendo
desapropriado com vistas à implantação de uma Estação de Integração do BHBUS, sendo
apresentada uma proposta de modificação de sua categoria de uso. De acordo com o
projeto proposto, esta estação ocuparia apenas a parte do terreno situada junto à avenida
João XXIII, ficando o restante como área permeável associada à preservação da cobertura
vegetal.
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Levantamento da Arborização
Neste trecho inexiste qualquer arborização planejada, uma vez que o processo de
urbanização, representado pela Vila, ocorreu de forma espontânea e intensa, sendo os
espaços públicos de circulação bastante reduzidos e os de lazer inexistentes.
As vias laterais, cuja complementação será feita nesta etapa da obra, correspondem a
continuidade das ruas David Rabelo e a Flor de Figueira (margem direita), e os trechos das
ruas adjacentes ao conjunto habitacional a ser implantado (margem esquerda), também não
possuem qualquer tipo de arborização, visto que o traçado complementar proposto
encontra-se, em grande parte, ocupado pela Vila.
Pela margem direita e englobada como área marginal situa-se a Quadra 112, que será
afetada principalmente pelo "lay-out" da obra. Ela possui a vegetação mais expressiva de
toda a área analisada, apresentando vegetação arbórea mais adensada, representada
principalmente por espécies frutíferas e ornamentais. Observa-se nesta quadra as
mangueiras (Mangifera indica), predominantes na área, além de jaboticabeiras (Eugenia
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No trecho, ao longo do córrego São José e o entorno ocupado pela Vila, em função do
modelo irregular de ocupação e procurando evitar novas invasões, será necessária a
imediata remoção de todas as edificações situadas na área. Neste contexto o mesmo
ocorrerá com a vegetação existente que também será removida na sua totalidade, junto com
as moradias.
Considerando que esta vegetação é bastante esparsa e representada em sua totalidade por
frutíferas arbóreas e poucas ornamentais arbustivas, considera-se que o impacto ambiental
a ser causado, em termos de vegetação, é de pouca ou nenhuma expressividade.
No caso da área situada à margem direita, representada pela Quadra 112, o impacto será
causado pelo "lay-out" da obra, ou seja, a área destinada ao "off set" que ainda não está
precisamente delimitado. Desta forma considera-se que o corte das árvores estará restrito a
faixa desta quadra situada junto ao córrego São José. Considerando que a referida Quadra
somente será afetada parcialmente pela obra, ao longo do córrego, foram quantificados os
seguintes indivíduos:
• Jaboticabeira (Eugenia cauliflora) : 1
• Bananeiras (Musa paradisiaca) : 2
• Mangueiras (Mangifera indica) : 3
• Ipiu-Ipiu (Leucaena leococephala) : 1
• Guapuruvu (Schizolobium parayba) : 5 + 1 cortado
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Apenas 1% dos domicílios da vila São José dispõe de algum tipo de esgotamento sanitário
(rede pública, fossa ou sumidouro); ou seja, 99% do esgoto corre a céu aberto. Tanto o
esgoto a céu aberto, como o encaminhado para a rede coletora da COPASA são
posteriormente drenados para o córrego São José, contribuindo para alterar a qualidade das
águas superficiais deste corpo d’água.
Já o abastecimento de água e energia elétrica atinge uma parcela maior das moradias,
66,4% e 73,9%, respectivamente.
Um elemento que chama a atenção na vila São José é a presença de uma adutora da
COPASA. Ela é sub-aflorante e corta o córrego São José, num trecho de aproximadamente
20m, Trata-se de uma adutora de água tratada pertencente ao sistema Serra Azul- Manso,
com 800mm de diâmetro.
Na maior parte da vila São José inexistem redes de drenagem pluvial. Porém, em algumas
passagens e becos da vila, por iniciativa da comunidade ou da Prefeitura, forma implantadas
manilhas de diâmetros diversos, que acabam funcionando como rede coletora de
esgotamento sanitário e águas pluviais.
O córrego São José é tributário da margem direita do córrego Ressaca, pertencente à bacia
de contribuição da barragem da Pampulha (sub-bacia do ribeirão do Onça - tributário do rio
das Velhas).
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O córrego São José tem uma extensão total de 2,75 km com 1,25 km canalizados e 1,50 km
por canalizar. Na vila São José o córrego homônimo não é canalizado, sendo constituído por
um talvegue profundo com áreas adjacentes íngremes e densamente povoadas. No
entroncamento das avenidas João XXIII e João Paulo I, o córrego São José passa a ser
canalizado, inicialmente em galeria fechada e, posteriormente, em canal aberto. Ao longo
desse trecho, existem interceptores de esgoto sanitário.
Os esgotos sanitários da Vila São José e de algumas ruas dos bairros Jardim Montanhês e
São Luiz são lançados sem qualquer tipo de tratamento no córrego São José. Devido à
ausência de infra-estrutura, na região da Vila São José, há uma elevada alteração do seu
quadro natural.
O córrego São José é responsável por grande parcela da contribuição de carga orgânica
para represa da Pampulha; em função da elevada taxa de ocupação em sua bacia.
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Cor. Sarandi
Bacia do
córrego
Ressaca
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Quanto às condições do sistema viário interno, apenas 2,61% das vias são, pavimentadas
(Ver Figuras 4.28 e 4.29). A vila é servida por duas linhas de transporte coletivo e o serviço
de coleta de lixo é feito em três pontos, através de caçambas.
A vila se conforma em uma barreira física no que diz respeito à acessibilidade local e do
entorno devido à posição estratégica que ocupa, isto é, estar localizada entre o final da
Avenida Pedro II e inicio da Avenida Presidente Tancredo Neves (região onde se verifica a
possibilidade de implementação de importante eixo viário que fará a ligação entre a área
central de Belo Horizonte e as regiões Noroeste e Pampulha).
Figura 4.28 Vista do córrego São José, corpo Figura 4.29 Vista da rua Vila Nova (à esquerda,
receptor dos esgotos provenientes de moradias sem calçamento) que se constitui em uma das
da vila. poucas vias de penetração da vila
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Na área da vila São José não há sistema convencional de limpeza urbana. A SMLU não
realiza coleta domiciliar ou limpeza pública neste local, disponibilizando três caçambas em
pontos específicos de áreas limítrofes a esse aglomerado.
O Sistema existente na vila não funciona de forma satisfatória, por motivos diversos que vão
desde a distancia dos pontos de geração até o local de disposição temporária, incluindo-se
até mesmo, fatores culturais relacionados aos moradores. Prevalece, portanto, o
lançamento de lixo nos leitos de drenagem, em condições bastante desfavoráveis do ponto
de vista da saúde pública, higiene e meio ambiente. É importante salientar que as vielas e
becos que terminam nas margens do córrego São José são os locais onde há uma maior
concentração de lixo.
Para agravar mais essa situação, um elevado volume de entulho de cosntrução civil, oriundo
de vários pontos da cidade, está sendo lançado em terrenos baldios contíguos à vila São
José, contribuindo para aumentar os níveis de insalubridade e uso indevido do solo da
região.
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TAQUARIL URBANIZADO
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5.1.1.1.2 Infra-Estrutura
Reestruturação do Sistema Viário: A reestruturação do sistema viário do Taquaril
será feita com o intuito de melhorar a acessibilidade, integrando os setores do Taquaril,
bem como o seu entorno, ampliando as possibilidades de entrada no Conjunto.
125
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Os fatores naturais, tais como declividade do terreno, grau de alteração da rocha, estruturas
presentes na rocha, presença de formações superficiais e as linhas de drenagens, são
definidores para as situações de risco e condicionam o tipo e porte adequado da obra para
cada local.
De maneira geral, as obras para estabilização das áreas de risco e extinção de diversas
situações deste tipo estão já relacionadas ao próprio sistema viário implantado, à
urbanização prevista e, principalmente, às obras de drenagem pluvial, esgotamento sanitário
e recuperação de becos.
Porém, para os locais que constituem risco geológico e geotécnico e que não são tratados
com as próprias intervenções do Programa BH Vilas Urbanizadas, serão implantadas
contenções de pequeno e médio porte com drenagem associada, lançamento de concreto
projetado e colocação de tela vegetal nos taludes.
Outra forma prevista para tratamento de algumas áreas de risco é a simples destinação
destas áreas para reflorestamento e proteção de nascentes com a demolição de moradias
destas áreas para evitar novas ocupações.
Os muros atirantados para corte ou aterros terão altura a partir de 3,50 m com sobrecarga
de veículos ou 4,50 m sem sobrecarga. Já os muros com fundação em tubulões são
destinados às alturas menores de aterro, mas como solo de fundação de baixa capacidade
de suporte. Muros em concreto ciclópico são destinados para os locais onde será
necessária uma contenção em aterro de pequena altura (até 2,0 m), com fundação em
material de boa capacidade de suporte. Por fim, o solo grampeado a ser utilizado nos
trechos em corte com predominância de solo residual, em tráfego de veículos a montante e
altura até 4,0 m. tal solução consiste na colocação de chumbadores curtos em furos
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preenchidos com calda de cimento, sendo o talude resultante do corte revestido com
concreto projetado, o que evita escavações excessivas para implantação de muros de
gravidade ou custos adicionais com tirantes que seriam a solução convencional.
Como metas para a proteção dos fundos de vales, nascentes e tratamento dos talvegues
propõe-se a criação de áreas de proteção permanente, de no mínimo 15 m, da margem do
córrego Olaria, limitadas por vias de veículos ou de pedestres que permitam a instalação de
interceptores de esgoto sanitário.
Objetiva-se, deste modo, a preservação destas áreas, com vistas à sua reintegração à
paisagem urbana, além da implantação de áreas de lazer e convívio onde a topografia
permitir.
A faixa de proteção permanente, às margens do Córrego Olaria, foi aplicada apenas do lado
de Belo Horizonte. Será importante que este procedimento seja adotado também pelo
Município de Sabará, para que se consiga a preservação total das margens do córrego e
uma completa despoluição do mesmo.
Nos setores 10 e 11 será criada uma grande área de preservação ambiental, devido às
dificuldades topográficas de se instalarem vias aí.
Erradicação das Áreas de Risco Muito Alto não contempladas pelas Intervenções
Urbanísticas: O tratamento dado às áreas de risco muito alto tem o caráter de solucionar
de maneira imediata a situação de risco. Para tal são propostas intervenções específicas
para cada caso (Ver Tabela 5.1):
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Tabela 5.1: Tratamento das áreas com ocorrência de situações críticas de risco
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Serão relocadas 1.167 famílias (Ver Mapa 11 Relocações). A Tabela 5.2 apresenta a
quantidade de famílias que será relocada, de acordo com as causas da relocação:
Observa-se na Tabela 4.18 que as remoções em áreas de risco muito alto somam 577
famílias, no entanto, 437 destas famílias além de estarem em áreas de risco muito alto,
também se encontram em área de preservação permanente. As remoções em função de
obras somam 255 famílias, das quais 106 famílias além de ocuparem áreas diretamente
afetadas pelas obras, também estão localizadas em áreas de risco muito alto.
Em alguns locais pouco adensados foi feito um estudo de custo para conferir se seria mais
viável a abertura de uma via para atender poucas famílias ou a remoção destas. Na maioria
dos casos é mais viável economicamente a abertura das vias. Quando houve empate de
valores optou-se pela abertura da via evitando, assim, o impacto social gerado pelas
relocações.
Esta regra não foi obedecida nos setores 10 e 11 onde a topografia é muito acidentada
apresentando forte restrição à ocupação. Optou-se, então, pela criação nestes setores de
áreas de preservação ambiental. Esta opção resulta num maior número de relocações e
conseqüente custo mais elevado, no entanto evita as dificuldades técnicas de abertura das
vias nestes setores.
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pavimento térreo reservado para garagens ou para uso comercial e com apartamentos nos
demais pavimentos.
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5
Bolsa Moradia – Programa da Prefeitura Municipal que atende com um valor de R $ 200,00/ mês
para pagamento de aluguel
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Dentro deste enfoque serão priorizadas as idades correspondentes às faixas etárias entre 3
e 5 anos e 8 meses e 15 a 18 anos. Às crianças e jovens dentro desta faixa etária, assim
como à suas famílias, serão proporcionados todos os serviços sociais do município como
escola, saúde, inclusão produtiva e assistência social. Além das atividades que são
focalizadas, especificamente, nas crianças e jovens nas faixas etárias priorizadas, haverá
outras ações que beneficiarão a população em geral (Orientação técnica para construção,
Mobilização e comunicação social, Desenvolvimento Organizativo, Fortalecimento dos
centros de Saúde existentes).
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Atividades para Jovens com ONGs: Realização de oficinas conveniadas com ONGs.
Objetiva estimular, induzir ou promover a convivência comunitária, por meio de
atividades de cultura, esporte, educação e assistência social.
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Preparação dos Chefes de Família (10% dos chefes de família): O objetivo desta
atividade é a preparação dos chefes de família, que se encontram fora do mercado de
trabalho já há muito tempo, através do oferecimento de oficinas de preparação para o
trabalho, com atividades focadas na elevação da auto-estima e na formação de hábitos e
aquisição de competências. Para os chefes de família será organizado um ciclo
formativo e estabelecido os encaminhamentos possíveis, conforme a Tabela 5.3, a
seguir.
Tabela 5.3: Preparação dos Chefes de Família
Ciclo Formativo Encaminhamento
- Oficina de preparação para o - Reinserção no mercado
Preparação dos trabalho - Programas Sociais de combate
Chefes
de - Requalificação profissional. ao alcoolismo
Família - Oficina de conhecimentos - Cursos de alfabetização e
básicos de informática. elevação da escolaridade
- Elaboração de currículo
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Equipe técnica: Contratação de equipe social (composta por técnico social e da área
física) para a realização das atividades de mobilização e comunicação social. É de
grande importância a presença de profissional da área física neste trabalho já que o
mesmo é um produto multidisciplinar.
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Estas atividades prevêem curso de capacitação para a equipe (curso ministrado por
consultores sobre temas relevantes para o bom funcionamento do trabalho) e para os
integrantes da comunidade (curso ministrado para os 50 integrantes dos NUDEC s Núcleos
de Defesa Civil, com o objetivo de capacitá-los sobre as diversas políticas públicas, sobre
gestão comunitária e manutenção dos espaços públicos).
Tem por objetivo propiciar aos moradores uma leitura crítica da realidade, de forma que
estes possam ter elementos para participar de maneira efetiva da reflexão e realização de
ações. Esta capacitação/ instrumentalização será destinada aos integrantes do NUDEC
Taquaril, que exercerão o papel de interlocutores e multiplicadores de informações entre
comunidade e URBEL, garantindo a sustentabilidade da infra-estrutura implantada e dos
serviços criados.
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Serão capacitadas no Taquaril, 8 equipes de Saúde da Família (ESF), lotadas nos 2 Centros
de Saúde, compostas por:
- 8 médicos generalistas;
- 8 enfermeiras;
- 8 assistentes sociais;
- 16 auxiliares de enfermagem;
- 4 dentistas;
- 8 técnicas em higiene dental;
- 2 psiquiatras;
- 2 psicólogos.
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5.1.1.4.2 Titulação
A implementação das ações de regularização do Taquaril se dará de forma estrutural e
integrada àquelas de caráter urbanístico e de desenvolvimento social e obedecendo sempre
os estritos limites legais. O desenvolvimento dessas ações tem como critério fundamental a
participação popular, possibilitando o envolvimento da comunidade no decorrer de todo o
processo, garantindo a permanência dos benefícios alcançados e conferindo maior
legitimidade às intervenções. O processo de regularização do Conjunto Taquaril pressupõe
o cumprimento das etapas abaixo relacionadas:
a. Vistoria de identificação da área;
b. Identificação da propriedade;
c. Vistoria da área para identificação de áreas de risco geológico/geotécnico e outros;
d. Definição de estratégia de regularização;
e. Reunião com a comunidade para início ao processo de regularização e montar o Grupo
de Referência;
f. Levantamento topográfico planimétrico cadastral;
g. Aplicação e análise do cadastro sócio-econômico dos ocupantes do imóvel;
h. Estudos urbanísticos para elaboração da planta de parcelamento;
i. Adequação às intervenções propostas no Plano Global e outros;
j. Elaboração da planta de parcelamento;
k. Elaboração das normas de uso e ocupação do solo específicas para a área;
l. Reunião com a comunidade para apresentação da proposta de parcelamento;
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A Tabela 5.4 apresenta o escopo de todas as intervenções físicas que serão feitas no
Taquaril:
Tabela 5.4: Escopo das Intervenções Físicas no Taquaril
SISTEMA INTERVENÇÃO PROPOSTA
REQUALIFICAÇÃO E REVITALIAÇÃO URBANO AMBIENTAL
1.1 - Abertura de novas vias veiculares
-via do córrego Olaria
- via do setor 2
-via 1 do setor 5
- via do setor 7
- rua Arco-Iris (extensão e alargamento)
1 1.2 - Melhorias em ruas existentes
INFRA- - escadarias em ruas não veiculares com inclinação maior que 15%
ESTRUTURA - calçamento em ruas não veiculares com inclinação maior que 15%
- pavimentação e infra-estrutura das ruas JK, Arco-Íris, Ouro Branco
- alargamento da rua Diniz Dias
- consolidação da rua São Lucas
1.3 - Confecção de passeios
- passeio de 1m de cada lado em vias veiculares
- passeio de 1m de um lado apenas nas transposições de talvegue
2- 2.1 - Desocupação dos talvegues, fundos de vales e nascentes
RECUPERAÇÃO 2.2 - Criação de área de proteção permanente, de no mínimo 15m da
AMBIENTAL E
margens do córrego Olaria
CONTROLE DE
RISCOS 2.3 – Criação de área de proteção ambiental nos setores 10 e 11
Drenagem
3.1 - Implantação de redes de drenagem nas vias veiculares
3.2 - Implantação de bueiros no cruzamento com talvegues
3.3 - Implantação de sarjeta tipo A, boca-de-lobo, PV e caixa de passagem
nas vias veiculares
3.4 - Limpeza e recuperação das matas ciliares nos talvegues
Esgotamento Sanitário
3
3.5 – Implantação de rede convencional (DN de Ø200mm nas vias veiculares
SANEAMENTO
e Ø150mm nas vias de pedestres)
AMBIENTAL
3.6 – Implantação de rede condominial em locais de difícil acesso (Ø100mm)
3.7 – Regularização de todas as redes existentes
3.8 – Implantação de interceptor nas margens do córrego Olaria (Ø 250mm)
Limpeza Urbana
3.9 – Instalação de cestas de lixo em cada esquina das vias veiculares
3.10 – Instalação de infra-estrutura para coleta seletiva
3.11 – Instalação de pontos de apoio para trabalhadores da limpeza
3.12 – Implantação de escadas de dissipação no encontro de vias com
REQUALIFICAÇÃO E REVITALIAÇÃO URBANO AMBIENTAL
4- 4.1 – Relocação de 1.161 famílias
REASSENT./INDENIZ 4.2 – Construção de 16 edifícios com 20 apartamentos (320 apartamentos)
.
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A partir da classificação de uso do sistema viário feito nesta proposta e dos condicionantes
topográficos e geotécnicos, as vias existentes a serem mantidas e as novas vias a serem
criadas foram enquadradas em padrões urbanísticos que serão expostos a seguir, no Mapa
12 de Padrões. A Tabela 5.5 apresenta uma listagem de todos estes padrões:
• O terreno passa sempre no meio das vias com o intuito de balancear os volumes de
corte e aterro;
• Os arrimos de corte serão feitos de concreto armado;
• Os arrimos de aterro serão feitos em blocos de concreto;
• Todos os aterros serão reforçados com geossintéticos;
• A altura máxima dos muros é 3,5m.
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Etapa 1
A primeira etapa abrange o Setor 11 e uma pequena parte do Setor 5, incluindo-se aí a
consolidação de um trecho da Rua Teixeira dos Anjos.
Esta etapa está sendo também chamada de etapa de preparação para as subsequentes.
Nela serão tomadas as medidas mais urgentes e será construída a base para as etapas
seguintes. As intervenções a serem feitas nesta etapa são as seguintes:
O grande diferencial desta etapa para as outras é que nela está sendo proposta uma grande
mobilização social abrangendo toda a comunidade e órgãos governamentais, como Controle
urbano e SMLU, para conscientização e participação de todos.
Etapa 2
Esta etapa abrange o Setor 5 e uma pequena parte do Setor 2. As intervenções a serem
feitas nesta etapa são as seguintes:
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Etapa 3
Esta etapa abrange os setores 10, 11 e 12, que são os mais carentes de infra-estrutura e,
portanto, deveria ser prioritária em relação à etapa 2. No entanto, priorizou-se a etapa 2 pela
necessidade de se instalar um interceptor de esgoto ao longo do Córrego Olaria. As
intervenções a serem feitas nesta etapa são as seguintes:
Etapa 4
Esta etapa abrange os setores 1 e 2. As intervenções a serem feitas nesta etapa são as
seguintes:
Etapa 5
A etapa 5 atenderá os setores 6, 7 e 9. Essa área ficou para a última etapa por ser um das
melhores estruturadas do Taquaril. As intervenções a serem feitas nesta etapa são as
seguintes:
O Mapa 14 apresenta a revisão desta hierarquização feita após reunião com a comunidade.
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Não obstante os investimentos citados acima, a Prefeitura de Belo Horizonte vêm aplicando
recursos, sistematicamente, no Taquaril, em obras e serviços de manutenção viária e de
erradicação de áreas de risco.
Estas obras trarão melhorias e influenciarão o estudo que está sendo feito (Ver Tabelas 5.7
e 5.8). No entanto, são obras pontuais que não trarão benefícios generalizados:
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A Tabela 5.8 apresenta as ruas do Taquaril que, atualmente estão recebendo serviços de
manutenção:
Tabela 5.8: Obras de manutenção no conjunto Taquaril
Local Intervenção Custo (R$)
Rua Ercília Siqueira, - Muro de arrimo (3,5 x 25,6 m) 29.671,58
esquina com rua Divinóp. - Canaleta de crista
Rua Ercília Siqueira, ao - Muro de arrimo (2,5x18,5 m) 11.288,26
lado da rua São Pedro - Canaleta de crista
Rua Geralda Pinto - Recuperação e construção de contenção 62.997,92
Tavares – setor 10 (gabião)
- Implantação de acesso
- Implantação de rede de esgotamento sanitário
Rua Pindorama – setor 9 -Recuperação de encosta 3.600,60
-Retaludamento e tela vegetal
Rua Laguna – setor 9 - Recuperação e construção de guarda-corpo 4.619,50
Rua Coração de Jesus - Muro de arrimo (3,2 x 9,0 m) 7.457,31
- Drenagem - grelha
Rua Dom Rafael – setor 5 - Contenção (1,0 x 6,5 m) 12.862,70
- Pavimentação
Rua Gameleira – setor 9 - Drenagem Pluvial - escadaria 14.142,80
Rua Teixeira dos Anjos - Drenagem Pluvial – escadaria 18.386,20
(Final) - Pavimentação
TOTAL 165.026,87
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Não obstante os ganhos advindos das obras, deve-se notar que o Programa favorecerá o
fortalecimento da organização e mobilização comunitária do Taquaril, a partir de um trabalho
de participação da comunidade local a ser desenvolvido em consonância com as
intervenções físicas. Serão parte integrante deste trabalho as atividades de educação
ambiental, cuja implementação deverá concorrer para a conscientização e sensibilização da
população do Taquaril quanto ao imperativo de contribuir e agir para a preservação do meio
ambiente natural de forma condizente com as necessidades das gerações atuais e futuras.
Por fim, a redução de impactos nos córregos e nascentes do Taquaril, resultante das
intervenções que pretendem reestruturar o sistema ambiental, concorrerá para o benefício,
também, de comunidades assentadas a jusante dos cursos d’água, ainda que as mesmas
não estejam localizadas dentro dos limites da área a ser trabalhada.
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5.1.2.1.2 Infra-estrutura
As áreas para fins de reassentamento da população da vila São José, onde serão
construídos os conjuntos habitacionais serão dotadas da seguinte infra-estrutura:
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Figura 5.6: Vista de parte das áreas destinadas à relocação das famílias da vila São José
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Formas de Atendimento
A legislação vigente estabelece que o beneficiário do Projeto de Reassentamento não pode
possuir renda familiar superior a cinco Salários Mínimos (SM), requisito considerado como
critério básico no planejamento do Projeto de Remoção e Reassentamento. Foram previstas
três formas de tratamento a serem adotadas no atendimento à população da vila São José,
quais sejam:
Os que optarem pelo reassentamento e sua moradia atual for avaliada abaixo do custo da
unidade habitacional proposta para o reassentamento terão direito ao mesmo,
considerando-se que a situação sócio-econômica da família não será fator de discriminação
ou negação de direitos à efetivação do repasse da unidade habitacional.
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Tipologia habitacional
A tipologia a ser adotada é composta por condomínios verticais. As unidades habitacionais
terão, em média, 43,61 m2 de área. Foram previstas unidades habitacionais (UH´s) de dois
quartos, com possibilidade de rearranjos internos, viabilizando unidades de um e três
quartos, conforme a demanda de reassentamento apresentada e confirmada durante o
processo de remoção das famílias da Vila São José. A proposta é de verticalização através
de blocos de quatro pavimentos com quatro apartamentos por andar, totalizando 16 UH´s
por bloco.
2 Quartos 1 Quarto
A=44,85 m2 A=35,26 m2
3 Quartos
2 Quartos A=54,44 m2
A=44,85 m2
As áreas para fins de reassentamento da população da vila São José apresentam topografia
bastante acidentada, o que acarretou uma proposta de implantação das edificações em
desnível, procurando acompanhar ao máximo o terreno natural. Os blocos de apartamento
apresentarão desnível interno em torno de 1,50 metros e a geminação que se pretende visa
à redução de planos verticais e, conseqüentemente, de acabamentos.
A capacidade total prevista no projeto é de implantação de 1.552 unidades habitacionais de
dois quartos nos 97 blocos a serem distribuídos nas sete quadras selecionadas. A
possibilidade de arranjo prevê 388 unidades habitacionais de um quarto, cada uma com
área de 34,44 m², 774 de dois quartos e área de 43,61 m² e 388 de três quartos, tendo área
de 52,78 m².
Na quadra 48 está prevista a implantação de duas pré-escolas e de um Espaço BH
Cidadania, para atender à demanda das famílias residentes no conjunto habitacional. Não
foram previstas áreas comerciais e de serviço.
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• Educação
O projeto de reassentamento das famílias da vila São José adotou como critério básico
para escolha de área de reassentamento a proximidade desta com a de origem,
buscando minimizar o impacto da mudança de localização da moradia e,
conseqüentemente, sua interferência e impacto nos serviços de saúde e educação.
Nesse sentido, a demanda relativa à educação será absorvida nas 03 escolas públicas
próximas à vila, sendo duas estaduais e uma municipal, quais sejam: Escola Estadual
Guia Lopes, Escola Estadual Ursulina Andrade Melo e Escola Municipal Ignácio de
Andrade Melo.
162
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Dentro deste enfoque serão priorizadas as idades correspondentes às faixas etárias entre 3
e 5 anos e 8 meses e 15 a 18 anos. Às crianças e jovens dentro desta faixa etária, assim
como à suas famílias, serão proporcionados todos os serviços sociais do município como
escola, saúde, inclusão produtiva e assistência social.
Além das atividades que são focalizadas, especificamente, nas crianças e jovens nas faixas
etárias priorizadas, haverá outras ações que beneficiarão a população em geral (Orientação
técnica para construção, Mobilização e comunicação social, Desenvolvimento Organizativo,
Fortalecimento dos centros de Saúde existentes).
163
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Preparação dos Chefes de Família (10% dos chefes de família): O objetivo desta
atividade é a preparação dos chefes de família, que se encontram fora do mercado de
trabalho já há muito tempo, através do oferecimento de oficinas de preparação para o
trabalho, com atividades focadas na elevação da auto-estima e na formação de hábitos e
aquisição de competências. Para os chefes de família será organizado um ciclo formativo
e estabelecido os encaminhamentos possíveis, conforme a Tabela 5.11, a seguir.
Tabela 5.11: Preparação dos Chefes de Família
Ciclo Formativo Encaminhamento
- Oficina de preparação para o - Reinserção no mercado
Preparação trabalho
dos Chefes - Programas Sociais de
de - Requalificação profissional. combate ao alcoolismo
Família - Oficina de conhecimentos - Cursos de alfabetização e
básicos de informática. elevação da escolaridade
- Elaboração de currículo
164
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Jornal: O jornal local, com edição trimestral para cada morador da comunidade da
vila São José, terá por objetivo informar a comunidade sobre as intervenções que
acontecerão no conjunto, além de exercer papel educativo. Os serviços incluem projeto
editorial e gráfico, cobertura jornalística e fotográfica, redação, programação visual,
edição, impressão e distribuição porta a porta na vila e entorno e distribuição via mala
direta para órgãos e entidades afins.
Equipe técnica: Contratação de equipe social (composta por técnico social e da área
física) para a realização das atividades de mobilização e comunicação social. È de
grande importância a presença de profissional da área física neste trabalho já que o
mesmo é um produto multidisciplinar.
165
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Tem por objetivo propiciar aos moradores uma leitura crítica da realidade, de forma que
estes possam ter elementos para participar de maneira efetiva da reflexão e realização de
ações. Esta capacitação/ instrumentalização será destinada aos integrantes do NUDEC São
José, que exercerá o papel de interlocutores e multiplicadores de informações entre
comunidade e URBEL, garantindo a sustentabilidade da infra-estrutura implantada e dos
serviços criados.
O trabalho Social a ser desenvolvido pela URBEL, com a comunidade da vila São José,
estabelece como premissas o conhecimento do capital social, reconhecimento do cotidiano
local (como forma de entender a dinâmica das redes primárias e secundárias do tecido
social), a mobilização da população e a sua capacitação com vistas à sua participação nas
várias etapas do processo garantindo a sustentabilidade das ações e gestão compartilhada.
Equipe técnica: Contratação de equipe social (composta por técnico social e da área
física) para a realização das atividades de desenvolvimento sócio organizativo. È de
grande importância a presença de profissional da área física neste trabalho já que o
mesmo é um produto multidisciplinar.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
167
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Para o reassentamento das famílias da vila São José serão utilizados terrenos próximos à
área de intervenção, localizados nos bairros Manacás e São José. Esses terrenos foram
objeto de decreto de utilidade pública para fins de desapropriação de interesse social
sancionado pelo Prefeito Municipal de Belo Horizonte. Trata-se de seis quadras que
apresentam os seguintes zoneamentos:
• Quadra 48 – ZAP (Zona de Adensamento Preferencial)
• Quadra 51 – ZAP / ZEIS-1
• Quadra 113 – ZAP/ ZEIS-1
• Quadra 114 – ZAP /ZEIS-1
• Quadra 115 – ZAP
• Quadra 116 – ZAP
Embora o zoneamento predominante nas quadras seja ZAP, o projeto desenvolvido pela
URBEL optou por adotar os parâmetros urbanísticos da ZAR-2 (Zona de Adensamento
Restrito), predominante no entorno da vila. Conforme se pode constatar pelos dispositivos
legais apresentados anteriormente, os parâmetros estabelecidos para esta zona são
consideravelmente mais restritivos que os da ZAP e, portanto, resultarão em menores
impactos na região. De acordo com o projeto viário, será necessária ainda a desapropriação
de uma faixa de lotes classificados como ZAP para a implantação de novas pistas de
rolamento na Avenida Presidente Tancredo Neves.
Considera-se também importante constar entre as disposições legais aquelas que orientam
a Política Municipal de Habitação e de Reassentamento, em função das características das
famílias residentes na vila São José, cujos objetivos e diretrizes estão relacionados com a
Política Habitacional do Município de Belo Horizonte, aprovada pelo Conselho Municipal de
Habitação, e com a Política de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Belo Horizonte.
As definições contidas nessa política estabelecem como público alvo prioritário para os
programas de reassentamento as populações passíveis de remoção, moradores em áreas
de risco e de locais onde serão executadas obras públicas. A prioridade dada pela atual
Administração à vila São José decorre, portanto, desta diretriz, ou seja, trata-se de um dos
maiores assentamentos urbanos em área insalubre e de risco da cidade.
168
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
169
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
• o Poder Público, com base no que dispõe a Constituição Federal em seus artigos 5º,
incisos III e XXIV, e 170º, inciso III, poderá desapropriar, em razão da função social
da propriedade, as áreas necessárias à implantação do projeto. A desapropriação
para urbanização ou reurbanização está prevista no art. 5º “i” do Decreto Lei
3.365/41 com redação dada pela lei n.º 6.602/78, complementada pela Lei 6.766/79.
5.1.2.4.2 Titulação
A URBEL – Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte, responsável pela definição e
execução da Política Municipal de Habitação e pela aplicação da Lei do PROFAVELA, tem
acumulado vários anos de experiências na regularização de vilas, favelas e conjuntos
habitacionais de interesse social, beneficiando um grande número de famílias com o título
de propriedade da terra.
A implementação das ações de regularização da vila São José se dará de forma estrutural e
integrada àquelas de caráter urbanístico e de promoção social e, obedecendo sempre os
estritos limites legais. O desenvolvimento dessas ações tem como critério fundamental a
participação popular, possibilitando o envolvimento da comunidade no decorrer de todo o
processo, garantindo a permanência dos benefícios alcançados e conferindo maior
legitimidade às intervenções.
170
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
171
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Segundo o Plano Diretor de Belo Horizonte, deveriam ser criadas alternativas ao sistema de
tráfego radiocêntrico do município, mediante interligações transversais, usando trechos de
vias existentes e através da implantação de outras vias.
É neste contexto que se insere este Projeto Viário de Continuação da Av. Pedro II, a partir
de importantes intervenções em vias estruturais no município - avenidas Pedro II, Tancredo
Neves e João XXIII. O sistema proposto irá melhorar de forma significativa o trânsito nas
referidas regiões, tanto pela criação de novos acessos, como pelo desafogamento de
acessos existentes.
A Avenida Pedro II, juntamente com as Av. Tancredo Neves e João XXIII, irão compor um
dos mais importantes eixos de ligação da área central de Belo Horizonte, com as regiões
Noroeste e Pampulha. Atualmente, o seccionamento da Av. Pedro II na altura do Anel
Rodoviário e a inexistência dos trechos iniciais das Av. Tancredo Neves e João XXIII
impedem uma melhor estruturação da malha viária municipal, na região considerada.
Portanto, a implantação do sistema viário, na vila São José, numa extensão de 3,15 km,
facilitará a ligação viária do vetor norte, da região noroeste e de Contagem com o centro de
Belo Horizonte, e permitirá:
172
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
A intervenção na vila São José prevê a canalização do córrego São José, em galeria celular
de concreto, com a implantação de vias sobre o mesmo, contemplando a implantação de
trechos das Avenidas Pedro II, João XXIII e Tancredo Neves, na área onde atualmente
encontra-se a vila São José. As obras previstas pelo projeto são (Ver Figura 5.10):
IMPLANTAÇÃO DO
PROJETO VIÁRIO
Figura 5.10: Sistema Viário Proposto
Por outro lado, tem-se discutido na etapa de preparação do Programa, novas alternativas de
interseções entre a vias a serem implantadas, bem como com o Anel Rodoviário. Essas
173
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
alternativas, depois de estudadas, poderão tornar o sistema viário mais eficiente, bem como
reduzir o número de famílias reassentadas, o que implicaria diretamente no custo das
intervenções.
Portanto, em etapa posterior, deverão ser analisadas essas alternativas de forma mais
detalhada, para que o Projeto Executivo seja revisado levando em consideração a
implantação do canal a céu aberto e as alternativas mais viáveis em termos técnicos,
econômicos, ambientais e sociais.
174
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Av. Pedro II
Este trecho inicia-se na interseção da Av. Pedro II com Av. Tancredo neves e termina na
interseção da Av. Pedro II, com rua Henrique Corceix, correspondendo a um total de 1.907,7
metros de extensão. Como as intervenções são diferenciadas ao longo do trecho, três
segmentos foram determinados para melhor compreensão:
Segundo Segmento Entre a BR 262 (Est. 109 +14.36) e a rua Narciso Coelho
(Est. 86 + 18.71 Pedro II = Est. 0+0.00 alargamento), numa extensão de 455.65
metros. Tendo em vista que a Avenida Pedro II já se encontra com duas pistas de
rolamento com 10,50 m de largura, passeios laterais com 6,00 m e canteiro central
com largura variável entre 18 a 27 m, não estão previstas alterações viárias nesse
segmento. Será necessário apenas o rebaixamento do terreno, exatamente abaixo
do viaduto da BR 262, adequando-o para a interligação com o primeiro segmento.
Terceiro Segmento Entre as ruas Narciso Coelho (Est. 86+18.71 Pedro II = Est.
0+0.00 alargamento) e Henrique Gorceix (Est. 39+ 4.81) – Este segmento será
objeto de obras para alargamento da plataforma existente, em uma extensão de
784,81 metros. Será implantada uma pista de rolamento com 10,50 m de largura, à
direita da já existente(sentido bairro /centro), passando a plataforma a contar com
duas pistas de rolamento de 10,50 m, canteiro central de 1,00 m e passeios com
6,00 m, num total de 34,00 m de largura.
Primeiro Segmento: Entre a Avenida dos Engenheiros (Est. 151 + 0.00) e a rua Flor
da Cachoeira (Est. 175+0.00), numa extensão de 480 metros. A plataforma projetada
é de 50,00 m, sendo constituída por duas pistas de rolamento de 11,00 m, passeios
laterais com 6,00 m e canteiros central com 16,00 m. Para implantação desta
plataforma será executada um alargamento à direita da via existente (sentido
bairro/centro), hoje com uma pista de 11,00 m e passeio de 6,00m, possibilitando
assim uma continuidade uniforme da plataforma do trecho anterior da Av. Pedro II;
Segundo Segmento: Entre a rua Flor da Cachoeira (Est. 175+0,00) e Av. Pedro II
(Est. 194+ 176 Tancredo Neves = Est. 143+ 1,63 Pedro II), numa extensão de
381,76 metros. Será implantada a avenida com duas pistas de rolamento de 11 m,
passeios de 6 m e canteiro central de 16 m, numa plataforma total de 50 m de
largura.
175
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
No início deste trecho, entre as estacas 154 a 159, foi projetada uma transição linear da
plataforma de 50,00 para 31,00 m de largura, que passará a contar com duas pistas de
rolamento de 10,50 m, canteiro central de 4,00 m e passeios de 3,00m.
Interseções
Para acesso ao bairro Jardim Montanhês foi projetada uma trincheira na Rua Flor das
Pedras com extensão de 55 m e altura livre de 5,00 m e, para saída, uma passagem
sobre o Ramo F da interseção, a partir da Rua Flor das Cobras. Para possibilitar o
acesso às propriedades e edificações na Rua Flor das Pedras, junto ao trecho da
trincheira, foi projetada uma via de interligação das Ruas Silva Rezende e Flor das
Pedras.
b) Avenida Pedro II com Avenida João XXIII – Esta interseção, na altura da estaca 143,
receberá tratamento em nível, através de uma grande rotatória que garantirá todos os
movimentos possíveis. Para o controle da travessia da Avenida Pedro II está prevista a
implantação de semáforos. Logo abaixo do ramo G, será implantada a continuação da
Rua da Flagelação até a Rua da Crucificação que, devido à significativa diferença de
nível, não terá acesso à Avenida João XXIII. Neste local foi realizada numa detalhada
inspeção geológica de campo, devido aos aterros de alturas significativas, não sendo
constatada evidência de problemas para a fundação dos mesmos.
176
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177
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Foi implantada uma pista de rolamento com 10,50 m de largura, à direita da já existente
(sentido bairro/centro), passando a plataforma a contar com duas pistas de rolamento de
10,50m, do canteiro central de 1,00m e passeios com 6,00m, num total de 34,00m de
largura. Na quadra 115 do Bairro Manacás – área destinada à construção de unidades
habitacionais para o reassentamento de famílias da Vila São José – foram investidos R$ 8,5
milhões em obras de infra-estrutura viária, ao longo de aproximadamente 300 metros de
vias, e na edificação de 13 prédios (Ver Figuras 5.11 e 5.12), totalizando 208 unidades
habitacionais
178
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Vila
São José
179
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Prevê-se a criação de câmaras de planejamento que serão instâncias para a integração dos
projetos, bem como irão permitir o acompanhamento e controle dos projetos. Deste modo,
espera-se obter maior visibilidade dos programas estruturantes e de suas ações
empreendidas, propiciando um planejamento integrado mais dinâmico.
Este componente consiste de um conjunto de ações que visam a contribuir para que os
órgãos da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, com atribuições diretas no campo de ação
do Programa Vilas Urbanizadas, em especial a URBEL-Companhia Urbanizadora de Belo
Horizonte, exerça, com ainda maior eficiência e eficácia, as funções que lhe são próprias.
180
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
sua atualização é fundamental para que a prefeitura execute ações preventivas de infra-
estrutura, visando evitar a ocorrência de problemas. A análise de risco irá localizar,
diagnosticar, hierarquizar e mapear as situações de risco geológico, além de ser subsídio
básico para a definição de medidas de prevenção de acidentes.
A seguir são listados alguns benefícios específicos relacionados com a implantação do SIG:
• A digitalização da base cadastral fornece uma base única e adequada para abranger
os aspectos urbanos.
• Proporciona facilidades para a atualização dos dados.
• Facilita o acesso dos usuários às informações que sejam de seu interesse.
• Produção de mapas em papel, com o mesmo nível de atualização e confiabilidade da
base digital, de qualquer área, em qualquer escala e com a combinação desejada de
níveis de informação.
• Dados podem ser mais facilmente combinados, possibilitando consultas complexas
de forma rápida. Estas consultas podem respaldar decisões e subsidiar os projetos a
serem desenvolvidos.
• Permite que os dados possam ser rapidamente agregados segundo o critério
espacial.
• As tarefas que se baseiam no SIG terão um alto grau de automatização, resultando
em maior rapidez, precisão e confiabilidade dos procedimentos.
• Integra, pelo critério espacial, os dados gerados em cada setor, contribuindo para um
aproveitamento maior dos mesmos.
181
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
O programa de Arquitetura e Engenharia Pública que está sendo implementado nas áreas
de vilas e favelas pela PBH, em parceria com Instituições de Ensino, também irá contribuir
neste sentido, uma vez que oferece a oportunidade à esta população de acessar os serviços
de projetos de arquitetura e engenharia, permitindo uma ação pró-ativa no processo de auto
construção e orientação para a ocupação adequada de áreas predispostas ao risco
geológico.
182
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
É possível surgirem problemas, seja nas edificações ou nas áreas livres coletivas,
relacionados com falhas de execução na etapa de obras, uso inadequado por parte dos
moradores ou mesmo desgaste normal decorrente da ação do tempo. Para evitar o
comprometimento irreversível de suas condições de qualidade e conservação, a PBH
promove o monitoramento técnico sistemático e o tratamento adequado dos problemas
surgidos através de obras e ações de manutenção, sempre apurando responsabilidades e
trabalhando em parcerias, quando for o caso.
A participação efetiva das famílias na discussão do projeto, por exemplo, contribui para
evitar esse problema já que favorece uma melhor apropriação das soluções espaciais e
construtivas previstas por parte das famílias. Os casos mais comuns de descaracterização
referem-se à construção de “puxados” não previstos no projeto original, instalação de
atividades irregulares ou ocupação de logradouros e espaços de uso coletivo. Os técnicos
da URBEL/SMHAB fazem um trabalho educativo, de caráter preventivo, alertando os
moradores para as conseqüências negativas da descaracterização. Além disso, são feitas
vistorias sistemáticas para acompanhamento da situação. Em casos mais graves, quando
se esgotam as possibilidades de negociação, é necessária a atuação da fiscalização através
das SCOMGER, responsáveis em última instância por esse serviço.
Além dos possíveis transtornos já citados a população beneficiária lida com outros tipos de
dificuldades, cujo enfrentamento pode ser apoiado pelo trabalho de acompanhamento pós-
morar. A ocupação da nova moradia implica em novos compromissos financeiros, obrigando
as famílias por vezes a reforçar sua renda mensal. Entre esses encargos podem estar, por
exemplo, despesas referentes à mudança, gastos com acabamento da unidade residencial
de destino, taxa de administração de condomínio, taxas referentes a serviços de
saneamento e fornecimento de energia elétrica e, quando for o caso, prestação de
financiamento.
Na maior parte dos casos, conclui-se que só uma presença forte do poder público, quer seja
exercendo o poder de polícia, quer seja promovendo ações no âmbito das políticas sociais,
pode efetivamente oferecer uma possibilidade de saída dos impasses.
183
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
No caso dos reassentados da Vila São José, para garantia de que os imóveis atenderão os
objetivos da Política Municipal de Habitação, especialmente no que diz respeito à
priorização de atendimento das famílias de baixa renda, é necessário, além do
acompanhamento social visando a inserção sócio-econômica da população beneficiária, o
monitoramento constante da situação de ocupação das unidades residenciais. Para isso, a
PBH promove o controle sistemático das transferências oficiais de unidades habitacionais de
uma família para outra, quando autorizadas, assim como dos casos de transferências
irregulares, abandono, invasão ou troca de imóveis. Em casos extremos, o trabalho resulta
na atuação da PBH com apoio policial ou através de ações judiciais para ser reintegrada na
posse dos imóveis ocupados irregularmente.
Já no caso do Conjunto Taquaril, apesar de não ter sido realizado nenhum estudo específico
no âmbito municipal para verificar a efetividade da aplicação de dispositivos previstos na Lei
8137/00- capítulo IV (atualização da Lei do Profavela), existem evidências claras de que o
zoneamento (Zona de Especial Interesse Social), o lote padrão, os procedimentos previstos
para exclusão de áreas das ZEIS (alguns artigos e Anexo XIII), vêm contribuindo para que
mudanças significativas (tanto de ocupação/uso como do perfil da população local) não
aconteçam, mesmo reconhecendo as dificuldades de controle por parte das autoridades
locais.
184
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
A UPP estará composta por representantes dos diversos órgãos municipais envolvidos na
preparação do Programa e será conformada por uma Coordenação Geral e uma Supervisão
para cada uma das áreas correspondentes aos temas contemplados na proposta do Projeto.
A Unidade contará com o apoio de consultoria para desenvolvimento de suas atividades.
A UPP atuará como interlocutora junto ao Banco Mundial e órgãos municipais, estaduais e
federais envolvidos ou intervenientes na preparação do projeto.
6
Quando possível, poder-se-ão realizar “licitações condicionadas”, vale dizer, que somente serão
efetivadas uma vez celebrado o acordo de empréstimo. Caso seja adotado esse procedimento, esse
caráter da licitação estará indicado no edital respectivo. Medida dessa natureza pode contribuir, na
prática, para antecipar o início da execução das ações do projeto.
185
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
A UPP realizará amplo esforço para identificar outros fatores-chave que possam retardar ou
dificultar a execução do projeto e sugerirá as providências cabíveis em tempo hábil.
186
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
5.1.4.1.1 Componentes
A área de abrangência do PDDU foi composta pelos cursos d’água existentes no município
de Belo Horizonte, distribuídos nas bacias do Ribeirão Arrudas, Ribeirão da Onça, Ribeirão
do Isidoro e afluentes diretos do Rio das Velhas. O PDDU foi concebido para ser implantado
em 4 fases, onde a primeira consiste em:
• Diagnóstico do sistema existente, por bacia hidrográfica;
• Cadastro de macro e micro drenagem;
• Implantação de Sistema de Informações Geográficas para a drenagem urbana.
Em linhas gerais, as fases subseqüentes devem conceber:
• Campanhas de qualidade das águas e medição pluviométrica;
• Estudos para a gestão do sistema de drenagem, com modelagem específica;
• Campanhas de controle de poluição dos corpos d’água;
• Plano de execução de obras;
• Estudos para a operação otimizada do sistema, com programa de alerta contra
inundações.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
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5.1.4.2.1 Componentes
Dentre os córregos e ribeirões existentes no Município, foram escolhidos para figurar no
Programa aqueles que reúnem as seguintes condições:
• Encontrar-se em seus leitos naturais;
• Percorrerem áreas de significativo adensamento habitacional.
47 Bacias do
DRENURBS
190
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Tabela 5.12: Incidência das obra nas 10 bacias priorizadas no Programa DRENURBS
Desapropriaçã
Esgotament Sistem Áreas de
Drenage Famílias o
o a Uso
Córrego m Afetadas e Aquisição
Sanitário Viário Social
(km) (n.º) de Áreas
(m) (m) (m2)
(m2)
Ribeirão Pampulha/
0,44 674 16 38.455 -.- 38.455
1o de Maio
Engenho Nogueira em
2,81 46 em elaboração
elaboração
Baleares 1,37 2.006 76 6.989 1.300 2.537
Terra Vermelha 4,97 6.763 49 200.000 6.815 2.200
Ribeirão do Onça/
2.94 2.284 1723 126.960 4.173 -.-
Gorduras
Bonsucesso 22,6 24.567 710 288.742 12.691 86.833
Maria Carmem
1,26 13.526 171 149.541 970 144.624
Valadares
Ribeirão do Onça/
Nossa Senhora da 0,99 1.242 169 6.526 1.000 46.526
Piedade
Nado em
10,96 2267 em elaboração
elaboração
Piteiras 0,65 2.457 128 2.100 810 -.-
Fonte: Programa DRENURBS - Memória Técnica Básica, Belo Horizonte, Julho de 2003.
(*) atendimento previsto pelo PROAS – Programa de Reassentamento em função de risco ou Obras
Públicas, Secretaria Municipal de Habitação.
(**) atendimento através da construção de conjuntos habitacionais, Secretaria Municipal de Habitação.
Obs: Os córregos em negrito constituem a amostra representativa do Programa DRENURBS/BID.
7
Critérios e pesos adotados – densidade populacional (1), custo/habitante (6), taxa de impermeabilização (1),
cobertura de esgotamento sanitário (3), índice de coleta de lixo (4), incidência de IPTU (2), ocorrência de
enchentes (6), ocorrência de erosões (3), doenças de veiculação hídrica (7), ocupação de talvegues (2), situação
ambiental (7), mobilização social (5), remoção e reassentamento (7), interferência com obras viárias previstas
(4).
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Conjunto
Taquaril
Bacia Olaria
DRENURBS
Bacia
Taquaril
Bacia
Taquaril
Uma vez que o DRENURBS não prevê intervenções no conjunto Taquaril, reitera-se o
quanto é necessária a implantação do Programa BH Vilas Urbanizadas, no que se refere à
importante reestruturação da infra-estrutura urbana e ambiental que este Programa propõe
para o Taquaril.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
5.1.4.3.1 Componentes
O VIURBS prevê intervenções em 72 áreas do Município, sendo composto de 35
interseções viárias visando possibilitar integração de vias já implantadas com aquelas a
serem implantadas e propostas no programa, sendo o total de 66 obras viárias. Contempla
ainda seis áreas de revitalização urbanística, mobilizando recursos totais estimados em US$
440 milhões (quatrocentos e quarenta milhões de dólares).
As diretrizes propostas para atingir os objetivos do Programa são as seguintes:
• Implantar um sistema viário em acordo com a hierarquização proposta no Plano de
Classificação Viária do município no qual o "lay-out" de cada via seja pertinente ,às
características do uso do solo lindeiro, e compatível com a função que desempenha
dentro do sistema;
• Dotar o município de vias que promovam rotas de tráfego preferenciais não
radioconcêntricas, implantando ou complementando ligações transversais, buscando
evitar a passagem desnecessária dos usuários do sistema, pelo centro;
• Suprir equipamentos adequados e seguros para o atendimento entre as diversas áreas
urbanas durante o período de tráfego normal;
• Prover espaços seguros e agradáveis para o uso dos pedestres.
196
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Estas diretrizes se baseiam num enfoque hierárquico do sistema onde a especialização dos
canais pertinentes a cada nível de vias (ligações regionais, arteriais, coletoras e locais)
compõem diversos sub-sistemas articulados com funções de uso e nível de serviço definido.
Pretende-se desta forma alocar e dimensionar o sistema viário em função das demandas e
características de cada tipo de deslocamento, o torna-se economicamente desejável.
Busca-se ainda preservar as unidades ambientais dos efeitos danosos de uma circulação
indiscriminada, muitas vezes incompatível com sua capacidade ambiental. Claro está que se
pretende exercer controle sobre os efeitos do tráfego, melhorando as condições de
segurança, diminuindo a poluição sonora e atmosférica, com a conseqüente melhoria da
própria qualidade de vida destas áreas.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Programa Vilas
Urbanizadas
Continuação da
Av. Pedro II
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200
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Para tal, estruturou uma base de dados a partir de uma Pesquisa Amostral realizada de
novembro a dezembro de 1998, distribuída nas 9 administrações regionais, com objetivo de
proceder à caracterização sócio-econômica e organizativa das comunidades, bem como da
situação urbanística e domiciliar (dados da edificação, ocupação, infra-estrutura, serviços
urbanos e equipamentos, principais problemas e demandas das comunidades, dentre
outros).
A identificação das características das áreas de especial interesse social procura classificá-
las a partir de uma visão integrada das mesmas, na qual as condições físicas, sociais,
econômicas e de inserção urbana se interrelacionam de modo a permitir o estabelecimento
de prioridades de intervenção segundo conjuntos de ações a serem desenvolvidas pelo
poder público. Estas ações, centradas nas necessárias requalificações urbanísticas,
contemplam também a possibilidade de consolidação de relações locais, de
desenvolvimento social e de melhor articulação com o tecido urbano vizinho e com a cidade
como um todo, possibilitando o reforço de identidades positivas locais.
201
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
• Condição topográfica;
• Situação de risco;
• Condição das moradias;
• Infra-estrutura viária;
• Abastecimento de água;
• Esgotamento sanitário;
• Coleta de lixo.
• Renda familiar;
• Índice de Qualidade de Vida Urbana (IQVU) do entorno;
• Distância ao transporte coletivo;
• Tempo gasto no deslocamento casa-trabalho.
• Renda familiar;
• Condição de ocupação da moradia;
• Grau de associativismo.
202
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
A Figura 5.19 apresenta um esquema dos critérios de hierarquização das áreas por regional:
Situação
Regularização
Hierarquização Final para Ações
Integradas
Titulação + PGE
O Plano Global constitui-se em pressuposto básico para cada comunidade concorrer aos
recursos do Orçamento Participativo, além de estabelecer diretrizes para a regularização
fundiária, daí a importância de utilização dessa variável. Se a hierarquização geral das
necessidades parte das piores situações, consideradas de maior prioridade, para as
melhores, a priorização de intervenções em função apenas da situação de propriedade parte
das situações mais favoráveis, onde é mais fácil a ação de regularização, para as situações
203
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Além disso, são destacados também os assentamentos que, pelo Plano Diretor de Belo
Horizonte, se encontram em faixas de projetos viários futuros e indicados aqueles que, por
essas razões e pela presença significativa de situações de risco, deveriam ser objeto de
remoção.
“O Executivo deve elaborar, em até 12 (doze) meses após a promulgação desta Lei,
projeto de lei instituindo o Plano Estratégico de Diretrizes de Intervenção em Vilas,
Favelas e Conjuntos Habitacionais de Interesse Social, com indicativos gerais de
ações necessárias à recuperação sócio-urbanística-jurídica dessas áreas (...)”
Desta forma, o “Planão” tem por objetivo traçar diretrizes gerais e estabelecer prioridades
para as ações e intervenção em vilas, favelas e conjuntos habitacionais de interesse social.
204
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
205
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Observa-se, que o conjunto Taquaril é área prioritária, com nível 1 de prioridade, para todas
as matrizes de hierarquização do Planão para a Regional Leste, exceto para a Hierarquia de
Prioridades para Geração de Emprego e Renda, na qual o conjunto é prioridade 2.
206
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Prioridade 1
Taquaril
Legenda
Prioridade 1
Prioridade 2
Prioridade 3
Prioridade 4
Prioridade 5
Prioridade 6
Prioridade 7
Prioridade 8
Sem Prioridade
Limite de atuação da regional
207
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
5.1.4.5.1 Componentes
A Lei 8.260/01 determinou a formulação do PMS, quadrienal e atualizado a cada dois anos,
“destinado a articular, integrar e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e
financeiros, com vistas ao alcance de níveis crescentes de salubridade ambiental.” O Fundo
Municipal de Saneamento - FMS, outro instrumento que compõe o Sistema, destina-se a
financiar os instrumentos da Política Municipal de Saneamento, cujos programas tenham
sido aprovados pelo COMUSA” - Conselho Municipal de Saneamento.
É importante destacar que, segundo a lei, o PMS é o único instrumento hábil disciplinador
da aplicação dos recursos financeiros do Fundo Municipal de Saneamento, estando
inclusive vedadas quaisquer outras destinações.
Os objetivos do PMS, definidos na lei 8260/01, são os seguintes:
• Avaliar e caracterizar a situação da salubridade ambiental do Município, por meio de
indicadores sanitários, epidemiológicos e ambientais;
• Definir objetivos e diretrizes gerais, a partir de um planejamento integrado, em
consonância com outros planos setoriais e regionais;
• Estabelecer metas de curto e médio prazos;
• Identificar os obstáculos de natureza político-institucional, legal, econômico-financeira,
administrativa e tecnológica ;
• Formular estratégias e diretrizes para a superação dos obstáculos ;
• Caracterizar os recursos humanos, materiais, tecnológicos, institucionais e
administrativos necessários à execução das ações propostas;
• Estabelecer um cronograma de execução das ações formuladas;
• Definir os recursos financeiros necessários, sua origem e cronograma de aplicação;
• Definir programa de investimentos em obras e outras medidas relativas à utilização,
recuperação, conservação e proteção dos sistemas de saneamento, em consonância
com o Plano Plurianual de Ação Governamental.
208
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
A metodologia adotada orientou-se por três eixos de priorização, que definiram as bacias
elementares nas quais se mostram mais urgentes os investimentos em infra-estrutura e
serviços de saneamento:
• O Índice de Salubridade Ambiental – ISA, que quantifica a cobertura por serviços de
saneamento nas diversas unidades territoriais;
• A densidade populacional em cada bacia elementar, objetivando obter-se maior
abrangência do benefício em termos populacionais;
• A existência de programas de saneamento previstos e/ou em implementação por bacia
elementar, inclusive com a identificação da disponibilidade de recursos para esses
investimentos.
O ISA, instrumento de maior peso na definição das áreas prioritárias de intervenção, foi
construído a partir do somatório ponderado de índices setoriais referentes aos cinco
aspectos tradicionalmente identificados como componentes do saneamento ambiental –
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana e
controle de vetores. Assim, o ISA, nesta primeira versão do PMS, assumiu a seguinte
formulação:
ISA = [Iab] x 0,05 + [Ies] x 0,45 + [Irs] x 0,35 + [Idr] x 0,05 + [Icv] x 0,10
Em que:
- IAB: Índice de Abastecimento de Água - IDR: Índice de Drenagem Urbana
- IES: Índice de Esgotamento Sanitário - ICV: Índice de Controle de Vetores
- IRS: Índice de Resíduos Sólidos
209
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Os índices setoriais foram definidos para cada tipo de serviço, com pesos diferenciados de
acordo com a maior carência de atendimento ou mesmo com a fragilidade dos indicadores
adotados.
Obtidos os valores dos indicadores e índices setoriais (abastecimento de água, esgotamento
sanitário, drenagem urbana, resíduos sólidos e controle de vetores) e os do ISA por bacia
elementar, concluiu-se pela necessidade de se agregar outros aspectos na análise de
priorização das bacias elementares. Percebeu-se que a análise pura e simples dos aspectos
ligados à presença de infra-estrutura e de serviços de saneamento seria insuficiente para
uma definição mais coerente das prioridades de investimentos.
Neste primeiro Plano, a Vila São José (8º bacia elementar prioritária bacia córrego
Ressaca) e o Conjunto Taquaril (4º bacia elementar prioritária bacia Olaria) foram
considerados prioritários, reforçando o enfoque dado a eles pelo Programa Vilas
Urbanizadas.
210
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
211
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
212
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Por se tratar de uma bacia situada em área urbana, as ações do Programa trarão também
impactos positivos na qualidade de vida da população, notadamente para as camadas de
baixa renda, habitantes de áreas carentes. Estas populações encontram-se, muitas vezes,
ameaçadas por risco geológico, enchentes e doenças originadas das condições insalubres
às quais estão submetidas. Além disso, é importante ressaltar que a manutenção da lagoa
da Pampulha é condição fundamental para o amortecimento dos picos de cheias,
protegendo de inundação toda área a jusante da barragem.
Acrescente-se ainda que, apesar das condições atuais da Lagoa, a pesca é uma prática
freqüente da população de baixa renda para a complementação alimentar. Com a
recuperação da qualidade das águas, planeja-se o povoamento da lagoa com espécies
comestíveis para atendimento dessa atividade.
5.1.4.5.5 Componentes
O Plano de Intervenções prevê um elenco de medidas das quais a maior parte, tendo em
vista o “passivo ambiental” ainda existente na bacia, é de natureza corretiva e agirá no
sentido de minimizar os impactos ambientais constatados na região; propõem-se também
medidas preventivas que se aplicam especialmente às áreas de expansão urbana. Para
efeito de estruturação do plano, as intervenções encontram-se agrupadas em três
subprogramas: Saneamento Ambiental, Recuperação da Lagoa, Gestão e Planejamento
Ambiental, este último apoiado pelo Consórcio de Recuperação da Bacia da Pampulha. Os
subprogramas desdobram-se em componentes que podem incluir projetos diversos,
conforme apresentado no diagrama a seguir.
213
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
CONSÓRCIO DE RECUPERAÇÃO DA
PROPAM BACIA DA PAMPULHA
Recuperação das
Nascentes e Cursos Desassorea- Tratamento da Educação para as Monitoramento
Resíduos sólidos ilhas, enseada e Planejamento
áreas degradadas dágua mento da Lagoa poluição difusa águas ambiental
orla
Córregos: Ciruito
Proteção das Ampliação da Tratamento de Construção do Ilha da Mergulhão, Intermunicipal de Qualidade da Estudos
nascentes coleta de lixo fundo de vales novo vertedouro Ressaca Ressaca, Sarandi Percepção água Hidrológicos
e Bom Jesus Ambiental
Recuperação Central de
Interceptores de Dragagem de Projeto "Águas Qualidade do Uso e ocupação
de áreas tratamento de Ilha dos amores
esgoto sedimentos da Pampulha" peixe do solo
degradadas resíduos
Intervenções
Estação de
Urbanização de Rede coletora de Enseada do culturais e Centro Conservação de
reciclagem de Disposição final Hidrológico
vilas e favelas esgoto zoológico de recursos hídricos
entulho
Documentação
Formação de
Recuperação e
Usina de Aproveita- mento Revitalização da multiplicadores Conservação de
pavimentação de Sedimentológico
compostagem da areia orla em Educação recursos hídricos
vias
Ambiental
214
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215
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
5.1.4.6.1 Componentes
O sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte está sendo reestruturado com a criação de
uma rede de transporte integrada, tendo o metrô (trem metropolitano) como seu principal modo
estruturador.
Um segundo conjunto de linhas que atendem o entorno da Área Central, constituindo as linhas
interbairros do novo sistema também serão integradas aos serviços estruturais. Com o objetivo
de atender a viagens mais curtas, buscando o fortalecimento de novas centralidades, foram
propostas novas linhas circulares regionais.
Além das estações de integração, do uso de novas tecnologias de material rodante, dois outros
projetos são de fundamental importância para que sejam atingidos os objetivos propostos:
• O primeiro é a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica, facilitando os transbordos
e que permite a implementação de uma nova política tarifária. Este sistema entrou em
operação no ano de 2003 e vem sendo ampliado gradualmente.
• O segundo refere-se ao tratamento preferencial para o transporte coletivo nos principais
corredores.
Dos três principais corredores, dois já foram tratados: a avenida Cristiano Machado, com cerca
de 11km de pistas exclusivas e a av. Amazonas, que dispõe de cerca de 10km de faixas
preferenciais. A av. Antonio Carlos, corredor que apresenta o maior volume de ônibus em toda
a cidade, está sendo tratada com vistas à priorização do transporte coletivo.
Apesar disso, a configuração atual da rede de transporte coletivo (aliada à frota de transporte
individual) ainda sobrecarrega o sistema viário nos diversos corredores de transporte da cidade
e, particularmente, na Área Central. Em conseqüência, diversos trechos da rede apresentam
um nível de congestionamento elevado que reduz significativamente a velocidade operacional
dos ônibus.
estudo concluído em 1998, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria
com a Associação Nacional de Trnsporte Público (ANTP) 8. No caso de Belo Horizonte, o
número adicional de veículos, foi estimado em 315, o que equivale a 11,73% da frota total. O
impacto desta deseconomia no custo operacional é da ordem de 6%, que tem reflexo direto na
tarifa e onera, desnecessariamente, todos os usuários. Além deste impacto, o referido estudo
indica a ocorrência , em BH de deseconomias da ordem de R$22,5 milhões/ano, relativas a
tempo de viagem, consumo de combustível, poluição e sistema viário.
A qualidade do serviço oferecido vem sendo incrementada e cada nova estação de integração
possibilita oferecer aos usuários menores intervalos entre as viagens, atendimento com
veículos mais adequados nas linhas troncais - ônibus com entrada baixa e articulados - e mais
opções de destino.
Em 2004, além da criação da tarifa regional, reduzindo os custos das viagens dentro de uma
mesma região, estão sendo ampliadas as possibilidades de integração via bilhetagem
eletrônica. Além disto foram construídos quatro pequenas estações para distribuição da
demanda do metrô na Área Central.
8
Redução das Deseconomias Urbanas com a Melhoria do Transporte Público. Rio de Janeiro/São
Paulo. IPEA/ANTP, 1998.
218
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Portanto, a intervenção proposta na vila São José, pelo Programa BH Vilas Urbanizadas, irá
beneficiar e subsidiar a continuidade do Programa BHBUS através da implantação da estação
Alípio de Melo, que irá criar uma nova rota de priorização do transporte coletivo na Área
Central, que é uma medida de importância estratégica para o funcionamento do trânsito do
município.
219
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
220
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
5.1.4.7.2 Componentes
O Programa BH Cidadania, cuja fase de implantação foi iniciada há cerca de um ano em áreas-
piloto situadas nas noves regionais administrativas da cidade, entra agora em sua fase de
expansão.
• Direito á Educação: ênfase na educação infantil, para crianças de zero a cinco e oito
meses e educação para jovens / adultos;
• Direito á Saúde: investimento em ações de prevenção em saúde, buscando promover
mudanças efetivas dos hábitos e condições de vida das famílias;
• Inclusão Produtiva: voltado para a questão de autonomia familiar, prevê ações de
qualificação profissional, encaminhando ao mercado formal de trabalho e organização para
a prestação de serviços autônomos;
• Socialidade: pretende estimular, induzir ou promover a convivência comunitária, por meio
de atividades de cultura, esporte, educação e assistência social.
221
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
O Taquaril está localizado em uma região de relevo acentuado com declividades muito altas. A
infra-estrutura sanitária existente no Taquaril é insatisfatória. O índice de vias com
esgotamento sanitário e drenagem é baixo e ocorre apenas nas vias principais. O sistema de
coleta de lixo é bastante deficiente, principalmente devido à topografia local muito acidentada
que dificulta o acesso de caminhões de lixo.
223
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Este fato mostra claramente que as condições de salubridade ambiental no conjunto são
realmente muito precárias e, portanto, reforça a intervenção proposta pelo Programa BH Vilas
Urbanizadas, no conjunto Taquaril.
Conforme mencionado, na faixa lindeira ao córrego São José identifica-se uma região
altamente adensada onde as famílias residem em péssimas condições sanitárias e ambientais.
São moradias de baixo padrão construtivo, em condições de alto nível de insalubridade e
submetidas a processos de instabilidades e risco. O Programa BH Vilas Urbanizadas objetiva,
através da remoção e reassentamento de todas as famílias residentes na vila, melhorar as
condições de habitabilidade da população, em termos de adensamento e qualidade da
habitação assim como a recuperação físico-ambiental desta área, acabando com as situações
de instabilidade e de risco. A implantação de interceptores irá eliminar os lançamentos
inadequados de esgoto, interrompendo as condições de insalubridade e garantindo a melhoria
na qualidade de vida da população da vila e de seu entorno.
O atual seccionamento da Av. Pedro II na altura do anel rodoviário e a inexistência dos trechos
iniciais das Av. Tancredo Neves e João XVIII impedem uma melhor estruturação da malha
viária municipal nesta região. A continuidade da Avenida Pedro II, juntamente com as Avenidas
Tancredo neves e João XVIII, proposta pelo Programa BH Vilas Urbanizadas irá compor um
dos mais importantes eixos de ligação da área central de Belo Horizonte, com as regiões
noroeste e Pampulha.
A continuidade da Av. Pedro II, no local onde hoje se encontra instalada a vila São José foi
considerada prioritária para intervenção pelo PROGRAMA VIURBS, reforçando o enfoque dado
a este componente no Programa Vilas Urbanizadas. No entanto, o VIURBS não possui
recursos para a implantação deste importante projeto viário.
224
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Além disto, o projeto viário em questão irá possibilitar a articulação entre as av. Pedro II e
Tancredo Neves, compondo mais um segmento da via transversal, denominada 210 que, no
futuro, através da implantação de projetos complementares em outras vias do município,
pretende ligar a região do Barreiro, em Belo Horizonte, ao CEASA, em Contagem.
Do ponto de vista viário, é nesta estratégia que se insere o Programa BH Vilas Urbanizadas, a
partir de importantes intervenções em vias estruturais do município - avenidas Pedro II,
Tancredo neves e João XVIII. O sistema proposto irá melhorar de forma significativa o trânsito
nas referidas regiões, tanto pela criação de novos acessos, como pelo desafogamento dos
acessos existentes.
Portanto a implantação do projeto viário irá consolidar o corredor da av. Pedro II, como
estruturante da bacia da Pampulha, contribuindo para um maior aproveitamento da infra-
estrutura viária.
Para possibilitar a implantação do projeto viário será necessária a canalização do córrego São
José, em galeria fechada. O córrego São José integra a sub-bacia da represa da Pampulha,
bacia do ribeirão do Onça. Entre os córregos não canalizados que compõem a bacia da
Pampulha, o córrego São José aparece como responsável pela maior parcela de contribuição
de carga orgânica à represa da Pampulha, em função da elevada taxa de ocupação em sua
sub-bacia. A canalização e interceptação dos esgotos da vila São José irá reduzir
consideravelmente os problemas de assoreamento e poluição da Lagoa da Pampulha.
225
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Os principais pontos do Plano Diretor do Granja de Freitas que beneficiam o Taquaril são:
As áreas previstas para uso residencial suprem uma falta de áreas livres com potencial para
esse fim no Taquaril. Além disso, essas zonas correspondem a uma das áreas de expansão do
Taquaril, no Setor 2 e que poderão ser utilizadas para a construção de moradias para as
famílias que por ventura precisarem ser removidas do Taquaril.
As articulações do Setor 2 com o Granja de Feitas propostas no Plano Diretor já existem hoje
em forma de caminhos. Concorda-se que essas vias são as principais alternativas para essa
articulação e que a ligação por via veicular será prejudicada pela topografia acidentada. Das
propostas viárias feitas apenas um trecho da rua Olaria foi concretizado. Segundo a Divisão de
Obras (DVPJ) da Urbel não há previsão para que o restante do sistema viário seja consolidado.
Isso só deve ocorrer quando as áreas destinadas ao uso residencial sejam consolidadas para
que não estimule uma ocupação desordenada das mesmas.
226
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
extensão, a passagem futura da Bus Way, a ser implantada ao longo da Via 210 e, indicada na
Etapa III. O canal aberto proposto, se mantém nesta Etapa.
Etapa IIB – Derivação da Alternativa II – com viaduto
Etapa III - Esta solução contempla a implantação futura da Bus Way. Nesta Etapa, far-se-á
necessário o cobrimento de parte do canal aberto proposto na Etapa I.
Foi elaborada uma avaliação preliminar baseada nos custos fornecidos pela SUDECAP para a
alternativa de projeto. A simulação a seguir deverá ser detalhada com maior profundidade
quando da revisão do projeto, levando em consideração o monitoramento de tráfego, a ser
implementado pela BHTRANS, com o objetivo de definir os anos ideais de implementação das
etapas II e III. Entretanto, para fins de análise de sensibilidade elaboramos três cenários cujos
resultados apresentamos a seguir:
229
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
• Cenário 1 – Segunda etapa iniciando no ano 8 e terceira etapa iniciando no ano 15;
• Cenário 2 – Segunda etapa iniciando no ano 11 e terceira etapa iniciando no ano 19;
• Cenário 3 – Segunda etapa iniciando no ano 13 e terceira etapa no ano 20;
230
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988, diz, em seu Título III
(“Da Organização do Estado”) que compete à União, aos Estados e aos Municípios:
Além disso, diz que compete à União e aos Estados legislar, concorrentemente, sobre:
• Floresta caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
minerais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.
• Igualmente, no seu Capítulo VIII (“Da Ordem Social”) diz que:
• Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado
Com relação aos Recursos Hídricos, o principal enfoque dado pela Carta Magna é o seguinte:
• Todos os corpos d’água passaram a ser de domínio público, ou seja: com dominialidade da
União e dos Estados e do Distrito Federal.
A Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente,
criou o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão consultivo e deliberativo.
Posteriormente, o Decreto 99.274, de junho de 1990, estabeleceu o SISNAMA – Sistema
Nacional de Meio Ambiente, integrado, essencialmente, pelo CONAMA e pela Secretaria do
Meio Ambiente (depois transformada em Ministério do Meio Ambiente, através da Lei nº 8.490,
de novembro de 1992).
232
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Em janeiro de 1995, uma Medida Provisória alterou o nome do Ministério do Meio Ambiente,
inserindo-lhe a expressão “Recursos Hídricos”, criando então a SRH - Secretaria de Recursos
Hídricos, dentro do âmbito do próprio ministério.
Em 08 de janeiro de 1997 foi promulgada a Lei 9.433, que instituiu a Política Nacional de
Recursos Hídricos e criou o SINGRH - Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos; essa Lei substituiu, parcialmente, o Código das Águas (Lei de Direito de Água do
Brasil), promulgado em julho de 1.934. Principais tópicos da Lei das Águas, pertinentes ao
assunto em pauta:
Em 17 de julho de 2000 foi promulgada a Lei N0 9.984, que dispõe sobre a criação da ANA –
Agência Nacional de Águas, entidade integrante do SINGRH e responsável pela
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. Em termos de administração
pública, a lei que instituiu a ANA inova ao dizer que a autarquia será dirigida por uma Diretoria
233
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Colegiada, cujos membros terão tempos de mandato, somente podendo ser exonerados de
suas funções se ocorrerem motivos especiais, devidamente explicitados no mencionado texto.
No capítulo relativo ao Meio Ambiente, diz que todos têm direito ao Meio Ambiente
ecologicamente equilibrado, incumbindo ao Estado outras atribuições correlatas:
A política ambiental no Estado de Minas Gerais teve início em 1.977, através do Decreto N0
18.466 de 29 de abril, quando foi criada a Comissão de Política Ambiental – COPAM, atual
Conselho Estadual de Política Ambiental, órgão colegiado paritário de caráter deliberativo,
constituído por representantes do poder público e da sociedade civil.
Posteriormente, em julho de 1997, a Lei nº 12.581 altera a estrutura da Secretaria de Estado
do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável - SEMAD, que passa a ser, em nível
estadual, o coordenador do SISNAMA e do SINGRH. Na mesma lei, são integrados, à estrutura
da SEMAD, os seguintes órgãos:
• COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental;
• CERH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos;
234
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Em 27 de dezembro de 1.991 foi promulgada a Lei N0 10.561, que dispõe sobre a política
florestal no Estado de Minas Gerais, sendo que alguns de seus dispositivos foram alterados
pela Lei N0 13.048, de 17 de dezembro de 1998.
“A Lei Florestal de Minas Gerais (Lei 10.561 de 27/12/91), de iniciativa do Poder Legislativo do
Estado, foi recentemente substituída pela Lei n° 14.309, de 19/06/2.002, que dispõe sobre as
políticas florestal e de biodiversidade no Estado de M.G. Esta legislação se compatibiliza com o
Código Florestal no que respeita às medidas de proteção das florestas e demais formas de
vegetação.
236
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Em 29 de Janeiro de 1.999 foi promulgada a Lei N0 13.199, que dispõe sobre a Política
Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências, sendo que de acordo com o Capítulo
VIII, Art. 60, tem-se: “Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei N0 11.504,
de 20 de junho de 1994”.
Conforme o Art. 19, a outorga do direito de uso de recursos hídricos efetivar-se-á por ato do
IGAM.
237
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Integram o SEGRH-MG:
• A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
• O Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH-MG;
• O Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM;
• Os comitês de bacia hidrográfica;
• Os órgãos e as entidades dos poderes estadual e municipais cujas competências se
relacionem com a gestão de recursos hídricos;
• As agências de bacias hidrográficas.
Aos comitês de bacia hidrográfica, órgãos deliberativos e normativos na sua área territorial de
atuação, compete:
− Promover o debate das questões relacionadas com os recursos hídricos e articular a
atuação de órgãos e entidades intervenientes;
− Arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados com os recursos
hídricos;
− Aprovar os Planos Diretores de Recursos Hídricos das bacias hidrográficas e seus
respectivos orçamentos, para integrar o Plano Estadual de Recursos Hídricos e suas
atualizações;
− Aprovar planos de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de
recursos hídricos, inclusive financiamentos de investimentos a fundo perdido;
− Aprovar a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos de
grande porte e com potencial poluidor;
238
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− Estabelecer critérios e normas e aprovar os valores propostos para cobrança pelo uso de
recursos hídricos;
− Definir, de acordo com critérios e normas estabelecidos, o rateio de custos das obras de
uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo, relacionados com recursos hídricos;
− Aprovar o Plano Emergencial de Controle de Quantidade e Qualidade de Recursos Hídricos
proposto por agência de bacia hidrográfica ou entidade a ela equiparada, na sua área de
atuação;
− Deliberar sobre proposta para o enquadramento dos corpos de água em classes de usos
preponderantes, com o apoio de audiências públicas, assegurando o uso prioritário para o
abastecimento público;
− Deliberar sobre contratação de obra e serviço em prol da bacia hidrográfica, a ser
celebrada diretamente pela respectiva agência ou por entidade a ela equiparada nos
termos desta Lei, observada a legislação licitatória aplicável;
− Acompanhar a execução da Política Estadual de Recursos Hídricos na sua área de
atuação, formulando sugestões e oferecendo subsídios aos órgãos e às entidades
participantes do SEGRH-MG;
− Aprovar o orçamento anual de agência de bacia hidrográfica na sua área de atuação, com
observância da legislação e das normas aplicáveis e em vigor;
− Aprovar o regime contábil da agência de bacia hidrográfica e seu respectivo plano de
contas, observando a legislação e as normas aplicáveis;
− Aprovar o seu regimento interno e modificações;
− Aprovar a formação de consórcios intermunicipais e de associações regionais, locais e
multissetoriais de usuários na área de atuação da bacia, bem como estimular ações e
atividades de instituições de ensino e pesquisa e de organizações não governamentais, que
atuem em defesa do meio ambiente e dos recursos hídricos na bacia;
− Aprovar a celebração de convênios com órgãos, entidades e instituições públicas ou
privadas, nacionais e internacionais, de interesse da bacia hidrográfica;
− Aprovar programas de capacitação de recursos humanos, de interesse da bacia
hidrográfica, na sua área de atuação;
− Exercer outras ações, atividades e funções estabelecidas em lei, regulamento ou decisão
do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, compatíveis com a gestão integrada de
recursos hídricos.
Tem-se ainda que “A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos
de grande porte e com potencial poluidor compete, na falta do Comitê de Bacia Hidrográfica, ao
COPAM-MG, por meio de suas Câmaras, com apoio e assessoramento técnicos do IGAM, nos
termos do artigo 5º da Lei nº 12.585, de 17 de julho de 1997”.
239
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
- Art. 12 - São ZEIS as regiões nas quais há interesse público em ordenar a ocupação,
por meio de urbanização e regularização fundiária, ou em implantar ou complementar
programas habitacionais de interesse social, e que se sujeitam a critérios especiais de
parcelamento, ocupação e uso do solo, subdivindo-se nas seguintes categorias:
I - ZEIS-1, regiões ocupadas desordenadamente por população de baixa renda,
nas quais existe interesse público em promover programas habitacionais de
urbanização e regularização fundiária, urbanística e jurídica, visando à promoção
240
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Art. 29 - A Subseção XII, da Seção II, do Capítulo III, do Título II da Lei nº 7.165, de 1996
passa a vigorar acrescido do seguinte art. 32-A:
Seção I
Do PROFAVELA
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Art. 138 - O PROFAVELA tem como objetivo orientar as ações públicas ou privadas
que impliquem na urbanização ou na regularização fundiária das ZEIS-1 e das ZEIS-3.
Parágrafo único - A regularização fundiária das ZEIS compreende os processos de
regularização urbanística e de regularização jurídica do domínio da terra em favor dos
ocupantes, visando:
I - melhorar a qualidade de vida da população;
II - adequar a propriedade do solo a sua função social; e
III - exercer efetivamente o controle sobre o solo urbano.
Seção II
Dos Planos Globais Específicos para Intervenção Estrutural
Art. 139 - Fica instituída a figura dos Planos Globais Específicos a serem elaborados
para cada ZEIS-1 e ZEIS-3 sob a coordenação do Executivo, com aprovação do
Conselho Municipal de Habitação - CMH e ouvido Conselho Municipal de Política
Urbana - COMPUR.
Art. 140 - Os Planos Globais Específicos para cada ZEIS deverão considerar três níveis
de abordagem: físico-ambiental, jurídico-legal e sócio-organizativo, elaborados
concomitamente e contendo, no mínimo:
I - levantamento de dados referente à situação jurídico-legal, sócio organizativa e físico-
ambiental;
II - diagnóstico integrado da situação sócio-organizativa, físico-ambiental e jurídico-
legal;
III - proposta integrada de intervenção social, física e de regularização fundiária;
IV - cronograma de implantação das atividades, com priorização de intervenções e
estimativas de custo; e
V - as diretrizes para Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.
Parágrafo único - Para efeito de ordenação territorial, o Plano Global Específico para
cada ZEIS-1 e ZEIS-3 poderá subdividi-las em áreas de categorias diferenciadas, em
função dos potenciais de adensamento, da necessidade de proteção ambiental e das
características de expansão das mesmas, sujeitas a índices ou parâmetros urbanísticos
próprios.
Seção III
Do Parcelamento do Solo
Art. 143 - Os projetos de parcelamento das ZEIS-1 e ZEIS-3 serão aprovados pelo
Executivo a título de urbanização específica de interesse social, em conformidade com
o art. 4º, inciso II, da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979.
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Art. 144 - Para o parcelamento do solo de cada ZEIS deverá ser elaborado:
I - levantamento topográfico planialtimétrico cadastral; e
II - pesquisa sócio-econômica, físico-ambiental e jurídico-legal, de forma censitária.
Subseção II
Da Ocupação do Solo
Art. 160 - Nos lotes ocupados por mais de uma família, o parcelamento e a titulação
serão precedidos de Estudo Básico de Ocupação efetuados com a participação dos
moradores, para definição das frações ideais respectivas, quando necessário.
Art. 161 - As obras de novas edificações, reformas e ampliações das existentes estarão
sujeitas às disposições do decreto específico, que fixará parâmetros urbanísticos
necessários à ocupação da área, tais como os Coeficientes de Aproveitamento do Solo,
os Afastamentos, as Alturas Máximas permitidas nas divisas dos lotes, as Taxas de
Permeabilização e as Quotas Mínimas de terreno por unidade habitacional, exceto
aquelas destinadas a reassentamentos em áreas acima de 1.000 m², que deverão
seguir os parâmetros de ocupação do solo da ZEIS-2.
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Na esfera estadual adota-se o mesmo modelo definido para esfera federal (composto por um
órgão central, órgão deliberativo e órgãos executivos). No estado de Minas Gerais, a ação dos
órgãos governamentais em meio ambiente está centrada na Secretaria de Estado de meio
Ambiente e desenvolvimento sustentável – SEMAD.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
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O SEGRH-MG deverá contar ainda com a participação das Agências de Bacia. Órgãos
Executivos que deverão se encarregar de operacionalizar as políticas e diretrizes
estabelecidas pelos Comitês de Bacia. Embora diversos Comitês já estejam em
funcionamento no Estado de Minas Gerais, não foi ainda possível criar as suas agências
em razão de dificuldades relacionadas com a escolha de seu formato jurídico.
Num trabalho integrado com as diretrizes definidas nos conselhos, tem a responsabilidade
de promover a preservação e conservação da flora e da fauna sob os critérios do
desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis, bem como a realizar
pesquisas em biomassa e biodiversidade.
Por ser Minas um Estado de intensa vocação florestal, o IEF atua de forma descentralizada
nas diversas regiões mineiras, através de escritórios regionais e Florestais, em parceria
com as prefeituras municipais na realização do uso sustentado dos recursos naturais.
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O IEF atua em diversos programas de: fomento florestal, assistência técnica para proteção
de solos e mananciais, proteção e recomposição de matas ciliares. Além disso, o IEF
administra diversas Unidades de Conservação (Parques Estaduais, Reservas Biológicas,
Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental) em Minas Gerais, destinadas
principalmente à conservação e preservação da fauna e flora. É também de sua
competência a execução e o desenvolvimento de uma a Política de Pesca e Aquicultura
Sustentável, além de buscar a recuperação dos recursos pesqueiros em Minas Gerais.
Fundação Estadual do meio Ambiente - FEAM
Desenvolve a “Agenda Marrom”, um projeto que busca o controle das atividades industriais
, minerárias e de infra-estrutura. Por isso, enprega técnicas de avaliação e planejamento
ambiental e vem desenvolvendo e aplicando novos instrumentos para a fiscalização e
licenciamento das atividades.
O Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM é o órgão responsável pelo planejamento e
administração de todas as ações direcionadas à preservação da quantidade e da qualidade
dos recursos hídricos em Minas Gerais, responsabilizando-se pela “Agenda Azul” do setor.
Conforme os princípios da Política Nacional (Lei Federal 9.433/97) e Estadual (Lei Estadual
13.199/99) dos Recursos Hídricos, a água é um bem finito, vulnerável e de valor
econômico. A gestão das águas deve visar a utilização múltipla e ser realizada de forma
descentralizada e participativa, considerando-se a bacia hidrográfica como unidade de
planejamento e de gestão.
O IGAM é o órgão estadual responsável pela administração da outorga para uso de água. A
outorga é o instrumento pelo qual o usuário recebe uma autorização ou concessão para
fazer uso da água e está condicionada às prioridades estabelecidas nos Planos de
Recursos Hídricos. Para implementar empreendimentos que utilizem ou interfiram nos
recursos hídricos de domínio estadual é necessário solicitar a outorga junto ao IGAM.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Secretaria Municipal
de Meio Ambiente e
Saneamento Urbano
SMMAS
Gerência de Gerência de Recursos Ger.Áreas Verdes e Gerência de Ger. Exec.do Gerência do Parque Ger.Parque
Licenciamento e Hídricos e Saneamento Gestão Ambiental Normatização e Análise COMAM e Planejamento Municipal das Mun. Américo Gerência do
Fiscalização Ambiental Urbano Técnico-Processual Serviços Mangabeiras Rennèe Giannetti PROPAM
GEAV
GELF GESB GENA
GPQM GPQA
Ger.
Ger. Licenciam. Ger.Suporte e Gerência de Manejo e
Iinfra-Estrutura e Progr. Espec. Meio Amibiente Ger.Manejo
Orientação aos Serv.de M; Amb. e Educação Ambiental
Parcelamento Solo Educ.Amb. e Projetos Especiais
Saneamento Urbano
Proj. Especiais
GEMEPE
GESOMA
GEEDA Gerência de
Projetos Sociais
Ger. Progr.Espec. e Controle da
Poluição Sonora
Gerência de
Apoio Operacional
Ger.Controle
da Poluição Veicular
Estrutura Organizacional da Secretaria Mu
Ger.Apoio
Administrativo
Financeiro
Ger.
Manutenção eSegurança
Legislação:
Decreto nº 10.549, de 09 de março de 2001
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Criado pela Lei Municipal nº 4.253/ 1986, está vinculado à SMMAS, tendo o Secretário Municipal
como seu Presidente. É composto por quinze membros efetivos e quinze suplentes, com mandato
de um ano, sendo:
• um Presidente, o Secretário Municipal de Meio Ambiente;
• um representante de cada um dos seguintes organismos:
− Câmara Municipal de Belo Horizonte;
− Secretaria Municipal de Atividade Urbana;
− Secretaria Municipal de Cultura;
− Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP;
− Secretaria Municipal de Saúde;
− Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG;
− Associação Comercial de Minas - ACM;
− Federação das Associações de Moradores de Bairros e Favelas de Belo Horizonte;
− Coordenadoria de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico, Artístico Cultural,
Estético e Paisagístico da Procuradoria Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais;
• um representante escolhido entre cada um dos seguintes conjuntos de órgãos e entidades:
• Entidades civis criadas com finalidade específica de defesa da qualidade do meio ambiente,
com atuação no âmbito do Município de Belo Horizonte;
• Entidades civis representativas de categorias profissionais liberais com atuação no âmbito
do Município de Belo Horizonte;
• Universidades e unidades de ensino superior, públicas ou não, que operem no Município de
Belo Horizonte;
• Sindicatos de trabalhadores de categorias profissionais não liberais, com base territorial no
Município de Belo Horizonte.
• um cientista, tecnólogo, pesquisador ou pessoa de notório saber, dedicado à atividade de
preservação do meio ambiente e à melhoria da qualidade de vida, de livre escolha do
Prefeito Municipal de Belo Horizonte.
Lei Federal Nº 6.938, de 1981, dispõe sobre a competência da União e dos Estados no que se
refere ao Licenciamento Ambiental. Os municípios podem e devem participar dos processos de
licenciamento ambiental nos níveis Estadual e Federal. Porém, a competência municipal para
licenciamento de atividades potencialmente poluidoras será apenas aquelas consideradas de
impacto estritamente local ou aquelas que forem delegadas elo estado ao Município por
instrumento legal ou convênio.
Em Minas Gerais o COPAM tem delegado competência para os municípios que dispõem
capacitação operacional na área ambiental para licenciar empreendimentos de impacto local. Este
é o caso de Belo Horizonte que dispõe de uma Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA e
um conselho municipal de meio ambiente em pleno funcionamento e, portanto o Programa BH
Vilas Urbanizadas será licenciado pelo município.
O Convênio firmado entre a PBH e a SEMAD, aos 05 de março de 1985, possui como objeto,
definido por sua Cláusula Primeira:
"...a cooperação técnica entre a SECRETARIA DE ESTADO e entidades a ela vinculadas, em
especial a Comissão de Política Ambiental/COPAM, a SECRETARIA MUNICIPAL, visando à
realização de atividades conjuntas orientadas no sentido de promover a proteção, a conservação
e a melhoria do meio ambiente, no município de Belo Horizonte."
Seu prazo de vigência é indeterminado, de acordo com a Cláusula Sexta, e assim, permanece em
vigor até a presente data, uma vez que não foi denunciado pelos partícipes.
Com o escopo neste Convênio o município de Belo Horizonte vem exercendo a atribuição de
licenciar ambientalmente os empreendimentos cujos impactos gerem repercussão apenas local."
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Este sistema deverá gerar, incorporar, tratar e disponibilizar informações que sirvam para o
cadastro, diagnóstico, monitoramento e gerenciamento de áreas e atributos afetos à gestão
ambiental das áreas de intervenções do Programa DRENURBS, através da instalação de
estações computacionais interligadas entre as gerências da SMMAS.
Deverão ser desenvolvidas aplicações apoiadas em técnicas de geoprocessamento,
compatibilizando análises espaciais feitas sobre o cadastro georeferenciado das informações
ambientais a ser constituído, com as bases espaciais georeferenciadas do Programa DRENURBS
e do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Compreende serviços que promovam a capacitação dos gestores e técnicos da SMMAS e das
unidades executoras de ações ambientais das SCOMGER, em função de criar o conhecimento
organizacional, além de subsidiá-los teórica e metodologicamente, para a prática do
planejamento, monitoramento e avaliação da política de meio ambiente, tendo como foco a gestão
dos recursos hídricos, a tecnologia voltada para a recuperação e manutenção da cobertura
vegetal, o controle sobre os resíduos poluidores das águas e sua relação com o meio antrópico,
principalmente para as bacias hidrográficas integrantes do Programa DRENURBS 1ª Etapa.
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O presente relatório de Avaliação Ambiental servirá para entrar com o pedido de licença prévia do
Programa Vilas Urbanizadas no Conjunto Taquaril. A OLA (Orientações para Licenciamento
Ambiental) já foi requerida em novembro de 2004.
O “Complexo Viário da Av. Pedro II e Reassentamento da Vila São José - Projeto Pedro lI”,
localizado à Av. Pedro II e bairros adjacentes, obteve a Licença Prévia - LP com condicionantes,
concedida pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMAM, na reunião ordinária do dia 21
de março de 2.000.
• Execução das obras de infra-estrutura das quadras. Implantação das quadras 113, 115, 116
e 48, compreendendo basicamente a execução dos serviços de terraplanagem, obras de
drenagem, contenção das quadras 113 e 116, urbanização da quadra 116 e área adjacente
aos prédios edificados na quadra 115, bem como as obras de contenção.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
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Para mensuração dos efeitos ambientais, foram utilizados os critérios de avaliação de impactos
descritos a seguir:
Fase de Ocorrência
Diz respeito ao período em que o impacto deverá ocorrer:
• Fase de planejamento;
• Durante a execução das obras e implementação das ações;
• Após a implantação do Programa, na sua fase de operação/utilização.
Causa-Efeito
Avalia se o impacto resulta diretamente de uma ação ou intervenção do Programa, ou se é um
efeito indireto das ações ou obras a serem implantadas:
• D - Direta (decorre de uma ação do empreendimento);
• I - Indireta (é conseqüente de outro impacto).
Periodicidade
Diz respeito à duração do impacto, avaliando se o mesmo é temporário, permanente ou cíclico.
• T - Temporária (ocorre uma única vez, durante um certo período);
• P - Permanente (depois de instalada, não tem fim definido);
• C - Cíclico (repete-se ciclicamente durante a implantação/operação do empreendimento).
Tempo de Ocorrência
Diz respeito ao momento em que o impacto ocorre, tendo como referência o início da fase a
que ele se refere - planejamento, execução, operação/utilização:
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Reversibilidade
Refere-se à possibilidade do impacto ser revertido ou não, mediante a adoção de medidas ou
conclusão de etapas:
• R - Reversível (pode ser revertido);
• I - Irreversível (não pode ser revertido, mesmo c/ medidas mitigadoras).
Abrangência Espacial
Avalia-se se o impacto é local, isto é, se é restrito à área de influência direta do Programa, ou
se ele tem uma abrangência maior, podendo impactar determinada região, ou ainda se tem um
caráter estratégico por impactar uma grande área do município de Belo Horizonte e outros
vizinhos.
• L - Local (impacto cujos efeitos se fazem sentir apenas nas imediações ou no próprio sítio
onde se dá a ação);
• R - Regional (impacto cujos efeitos se fazem sentir além das imediações do sítio onde se
dá a ação);
• E - Estratégico (impacto cujos efeitos têm interesses coletivos ou se fazem sentir em nível
nacional).
Magnitude Relativa
Diz respeito à intensidade do impacto, ou seja, à sua capacidade de alterar o ambiente,
podendo ser classificada como alta, média e baixa magnitude, de acordo com o grau de
comprometimento da qualidade ambiental que o impacto impõe. Serão adotados os valores 1,
2 ou 3 para Magnitudes Baixa, Média ou Alta, respectivamente.
Em síntese, a Tabela 7.1 ilustra alguns parâmetros básicos considerados e suas respectivas
qualificações, conforme utilizado na caracterização dos impactos ambientais:
Parâmetro Qualidade
Pequena - 1
Magnitude Média - 2
Grande - 3
Total
Reversibilidade Parcial
Nula (irreversível)
Curta
Duração Média
Longa
Pontual
Abrangência Local
Regional
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
As obras previstas no Programa BH Vilas Urbanizadas para o Conjunto Taquaril e para a Vila
São José serão executadas em áreas já descaracterizadas pela ocupação e má utilização do
espaço urbano. As intervenções físicas propostas para o conjunto Taquaril, para as quais
serão avaliados os possíveis impactos ambientais estão listadas na Tabela 7.2. As
intervenções físicas propostas para vila São José, para as quais serão avaliados os possíveis
impactos ambientais estão listadas na Tabela 7.3.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Tabela 7.3: Intervenções Físicas a serem avaliadas ambientalmente - Integração Vila São José
- Programa BH Vilas Urbanizadas
Entretanto, tendo em vista que alguns impactos gerados na fase de planejamento e execução
das obras são comuns aos dois componentes (Taquaril Urbanizado e Integração Vila São
José), os mesmos serão descritos previamente, antes da análise específica de cada
componente.
266
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Estes impactos ambientais temporários gerados durante o período de obras são de caráter
reversível e, em geral, aceitos pelos moradores, quando são devidamente informados sobre
o empreendimento e os benefícios para a região. A abrangência desse tipo de impacto é
local.
Supressão da Vegetação
Conjunto Taquaril
As intervenções previstas dentro do Programa BH Vilas Urbanizadas pelo seu caráter
estruturante ordenam e reconformam o tecido urbano do Conjunto Taquaril. Nesse sentido,
a eliminação de algumas espécies arbóreas torna-se inevitável.
De modo geral, a supressão da vegetação para implantação das intervenções propostas no
Conjunto Taquaril será localizada e de pequena magnitude, afetando pequenas áreas, não
se prevendo casos onde haverá a remoção total do fragmento. A retirada de árvores
ornamentais, frutíferas e nativas isoladas ou na forma de pequenos agrupamentos situados
nas áreas diretamente afetadas será a situação mais comumente encontrada, já que as
áreas em intervenção se encontram bastante antropizadas.
Portanto, trata-se de um impacto negativo que terá inicio com os trabalhos de movimento de
terra, sendo permanente e de abrangência localizada já que se restringe às áreas onde
estão previstas as intervenções e de baixa magnitude considerando o estado de alteração
antrópica havida no Conjunto Taquaril.
268
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
O impacto de degradação da fauna foi considerado insignificante, tendo em vista que está
intimamente associado à retirada dos poucos indivíduos remanescentes da mata ciliar, que,
atualmente, não tem condição de abrigar e alimentar as espécies silvestres ainda
ocorrentes no município. Também a ictiofauna não possui condições de sobrevivência
atualmente, nas águas poluídas. Espera-se, inclusive, que as condições ambientais finais
venham a propiciar melhor condição de suporte para a fauna ocorrente na região.
Risco de Acidentes
O risco de acidentes é um impacto presente em obras de engenharia, de maneira geral. No
caso do Programa BH Vilas Urbanizadas a multiplicidade e o volume de obras previstos no
Taquaril e na Vila São José ressaltam este impacto como merecedor de atenção e de
medidas que visem a sua atenuação.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS PREFEITURA BH
Geração de bota-fora
A implantação do sistema viário (Taquaril e São José) e da galeria de drenagem (São José)
irá gerar material de bota-fora, o que se traduz em impacto negativo. Soma-se a este
volume, todo o material, basicamente orgânico, oriundo das atividades de destocamento,
desmatamento e limpeza dos terrenos, bem como o material resultante do processo de
demolição das moradias pertencentes às famílias que serão removidas, tanto no Taquaril,
quanto no São José.
A criação de áreas de bota-fora, a princípio, pode se constituir em um impacto negativo, na
medida em que pode desestabilizar um sistema anteriormente estável. Entretanto, se o
material de bota-fora for aproveitado para tratamento de algum foco de erosão já instalado,
a produção de material torna-se um fato positivo.
Para o conjunto Taquaril o volume de corte não poderá, a princípio, ser utilizado para a
realização de aterro, devido às características não adequadas dos materiais e, portanto
este impacto é negativo, temporário, de abrangência local e média magnitude.
Geração de empregos
A implantação do Programa BH Vilas Urbanizadas no Conjunto Taquaril deverá gerar como
um de seus impactos positivos um significativo número de empregos, em função das
características do empreendimento, em duas fases distintas: durante o período de obras e
após a sua implantação.
Durante as obras, deverá haver uma forte demanda por mão-de-obra não especializada nos
diversos tipos de intervenções a serem executadas na área do Conjunto, seja na
construção das vias de acesso as vilas, nas obras de saneamento e principalmente na
construção de moradias e recuperação de becos e ruas. Este tipo de mão-de-obra deverá
ser recrutada em grande parte no Conjunto, dadas as características do tipo de serviço
necessário. Estima-se a “grosso modo” uma geração de até mil empregos diretos e
indiretos durante as obras do empreendimento.
Após a implantação do empreendimento, espera-se que com a abertura das vias e o tipo de
construção prevista com implantação de lojas e a criação de uma rede de comércio e de
serviços, possibilite a geração de empregos e a criação de pequenos negócios. Por outro
lado, os equipamentos de uso comum a serem implantados, possibilitariam oportunidades
de emprego a serem, em parte, preenchidas pela população da área.
Nesse sentido, o impacto de geração de empregos temporários e permanentes é altamente
positivo beneficiando não só a população do Conjunto como também de seu entorno e, em
certo ponto, o próprio Município.
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
271
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
A maior parte dos impactos negativos refere-se à fase de execução das obras (Conforme já
mencionado no Item 7.2.2- alteração na qualidade de vida da população residente nas áreas
próximas ás obras; possibilidade de erosão do terreno pela retirada da camada superficial do
mesmo; risco de acidentes; deterioração das condições urbanísticas e paisagísticas e
comprometimento da qualidade das águas durante as obras), sendo considerados, na maioria
das vezes, impactos de baixa magnitude, localizados e de curta duração, se restringindo à
época das obras.
Remoção da população
Um complicador para a execução deste conjunto de obras diz respeito ao trajeto dos
interceptores, sendo que para a implantação de alguns trechos, haverá a necessidade de
remoção de população, ação esta que será objeto de estudo específico e detalhado na
Política de Reassentamento Involuntário do conjunto Taquaril.
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
condições sanitárias locais. A seguir são descritos os principais impactos negativos específicos
da operação do sistema de esgotamento sanitário:
Melhoria das condições sanitárias hoje existentes nos locais beneficiados, evitando-
se a proliferação de vetores e de mau cheiro, bem como o aspecto desagradável dos
cursos d’água e também dos becos e vias
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Observa-se que a maior parte dos impactos negativos refere-se à fase de execução das obras.
É preciso ressaltar, contudo, que tais impactos são de baixa magnitude, localizados e de curta
duração, se restringindo à época das obras. Por outro lado, os impactos mais significativos são
positivos e terão efeito direto sobre os cursos d’água da região (córrego Olaria e ribeirão
Arrudas a jusante do Olaria) e sobre a saúde da população.
A maior parte dos impactos negativos refere-se à fase de execução das obras (Conforme já
mencionado no Item 7.2.2- alteração na qualidade de vida da população residente nas áreas
próximas ás obras; possibilidade de erosão do terreno pela retirada da camada superficial do
mesmo; risco de acidentes; deterioração das condições urbanísticas e paisagísticas), sendo
considerados, na maioria das vezes, impactos de baixa magnitude, localizados e de curta
duração, se restringindo à época das obras.
274
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
9
Ver no item 7.2.2 os demais impactos da implantação do sistema de drenagem no Taquaril
275
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Entretanto a preservação ambiental proposta para as áreas ao longo dos cursos d’água e
talvegues do Taquaril, libera um espaço adicional junto à calha dos mesmos, para
escoamento do acréscimo de vazão previsto, que não é significativo
276
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
7.3.1.2 Infra-Estrutura
A maior parte dos impactos negativos resultantes da implantação do sistema viário refere-
se à fase de execução das obras (Conforme já mencionado no Item 7.2.2- alteração na
qualidade de vida da população residente nas áreas próximas ás obras; geração de bota-
fora; incômodos causados pelo transporte de bota-fora; supressão da vegetação;
possibilidade de erosão do terreno pela retirada da camada superficial do mesmo; risco de
acidentes; deterioração das condições urbanísticas e paisagísticas e comprometimento da
qualidade das águas durante as obras). Os demais impactos relativos à reestruturação do
sistema viário no Taquaril são descritos a seguir:
Remoção de famílias
Um impacto negativo da implantação de sistema viário diz respeito à necessidade de
remoção de população residente nos locais onde serão abertas as novas vias. Prevê-se a
remoção de cerca de 255 famílias, devido a abertura de vias (sendo que destas famílias
106 se encontram em áreas de risco muito alto).
Algumas vias veiculares propostas (Vias dos Setores 2, 5 e 7, parte da Via do Olaria e Rua
Arco Íris), e algumas vias propostas de pedestres se localizam em área de risco geológico
alto ou muito alto, portanto, existe a possibilidade das intervenções no sistema viário
complicarem as situações de risco geológico do conjunto Taquaril. Entretanto, sua função
principal é a erradicação da situação de risco.
Melhoria da acessibilidade
As intervenções previstas para reestruturação do sistema viário propiciarão a melhoria na
acessibilidade nas moradias com novas alternativas e adequação das condições atuais de
deslocamento.
É um impacto positivo e de abrangência local, que possibilita também a implantação dos
serviços de saneamento básico, o acesso dos serviços de emergência, segurança, coleta
de lixo, fornecimento de gás e transporte público. Como também permite facilidade de
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
acesso aos equipamentos públicos da região, aos existentes no Conjunto e aos que serão
construídos.
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Em alguns locais pouco adensados foi feito um estudo de custo para conferir se seria mais
viável a abertura de uma via para atender poucas famílias ou a remoção destas. Na maioria
dos casos é mais viável economicamente a abertura das vias. Quando houve empate de
valores optou-se pela abertura da via evitando, assim, o impacto social gerado pelas
relocações. No entanto, esta regra não foi obedecida nos setores 10 e 11 onde a topografia é
muito acidentada apresentando forte restrição à ocupação. Optou-se, então, pela criação
nestes setores de áreas de preservação ambiental. Esta opção resultou num maior número de
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Remoção de famílias
Um impacto negativo da implantação de sistema viário diz respeito à necessidade de
remoção de população residente nos locais onde serão abertas as novas vias. Prevê-se a
remoção de cerca de 255 famílias, devido a abertura de vias (sendo que destas famílias
106 se encontram em áreas de risco muito alto).
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Remoção de famílias
Um impacto negativo referente ao controle de áreas de risco diz respeito à necessidade de
remoção de população residente em áreas de risco geológico muito alto. As remoções em
áreas de risco muito alto somam 577 famílias. Destas, 437 famílias além de estarem em
áreas de risco muito alto, também se encontram em área de preservação permanente.
Porém, para os locais que constituem risco geológico e geotécnico e que não são tratados
com as próprias intervenções do projeto urbanístico, serão implantadas contenções de
pequeno e médio porte com drenagem associada.
Outra forma prevista para tratamento de algumas áreas de risco é a simples destinação
destas áreas para preservação ambiental com a demolição de moradias destas áreas para
evitar novas ocupações.
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Para tanto, o remanejamento das famílias será feito pela relocação das famílias para as
unidades habitacionais a serem construídas no Granja de Freitas, pelo reassentamento das
famílias através do PROAS ou pelo processo de indenização. Maiores detalhes podem ser
obtidos no Política de Reassentamento Involuntário do Taquaril, em anexo.
Remoção de Famílias
Considerando que a maioria das famílias a serem removidas se encontra em áreas de
preservação ou de risco, conformando uma situação precária de habitabilidade, a retirada
dessas famílias possibilita a melhoria do padrão habitacional da população, tanto para o
reassentamento via PROAS quanto para o reassentamento nas unidades habitacionais a
serem construídas. Nesse sentido, o impacto positivo tem abrangência local, magnitude
elevada e duração permanente.
10
Bolsa Moradia – Programa da Prefeitura Municipal que atende com um valor de R $ 200,00/ mês para
pagamento de aluguel
282
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Entretanto, a mudança de residência de famílias dos locais onde estão instaladas a muitos
anos constitui um impacto negativo significativo quando consideramos a necessidade de
adaptação a novo padrão construtivo, o rompimento dos laços de vizinhança e a geração de
ansiedade na população removida quanto ao seu local de destino, nestes dois últimos
casos principalmente, quando as famílias não permanecem no Conjunto. Assim,
considerando o impacto negativo, sua duração passa a ser temporária e de média
magnitude, sendo que sua abrangência permanece como local considerando a área de
destino das famílias.
283
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284
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Dentro deste enfoque serão priorizadas as idades correspondentes às faixas etárias entre 3 e 5
anos e 8 meses e 15 a 18 anos. Às crianças e jovens dentro desta faixa etária, assim como à
suas famílias, serão proporcionados todos os serviços sociais do município como escola,
saúde, inclusão produtiva e assistência social. Além das atividades que são focalizadas,
especificamente, nas crianças e jovens nas faixas etárias priorizadas, haverá outras ações que
beneficiarão a população em geral (Orientação técnica para construção, Mobilização e
comunicação social, Desenvolvimento Organizativo, Fortalecimento dos centros de Saúde
existentes).
3
Os impactos do componente de Desenvolvimento Social do Conjunto Taquaril estão descritos a
seguir.
Promoção da Cidadania
Verificou-se que a partir da reestruturação e da intervenção junto à comunidade com o
trabalho de acompanhamento social, aliado a seus impactos positivos pós-implantação,
propiciando a integração interna do Conjunto Taquaril e com seu entorno, a inserção
socioeconômica da população residente e melhoria da qualidade de vida, garante-se a
ampliação dos direitos de cidadania, que se tornou um dos aspectos mais beneficiados pelo
empreendimento.
Também se tem o procedimento de regularização fundiária com a titulação de terreno e o
repasse da propriedade aos moradores do Conjunto Taquaril e, posteriormente, a
valorização dos bens patrimoniais. Aliado a isso, o simples fato de o cidadão ser
reconhecido e respeitado pelo poder público o transforma completamente, garantindo a sua
inserção na sociedade organizada. Numa intervenção deste porte, a participação da
comunidade em todas as etapas do projeto propicia a ampliação dos direitos de cidadania.
Trata-se de impacto extremamente positivo, de abrangência local, ocorrendo na operação
do empreendimento, de duração permanente, e magnitude elevada.
Aumento do número de crianças de 0 a 6 anos na pré-escola
Trata-se de um impacto positivo, resultante da ampliação do número de pré-escolas no
Conjunto Taquaril. Sua magnitude é considerada alta, uma vez que vai estar contribuindo
para suprir a grande demanda por atendimento na educação infantil na região.
286
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Apresenta-se, a seguir, a avaliação final dos impactos com reflexos positivos (Tabela 7.5) ,
negativos (Tabela 7.6) e de difícil qualificação (Tabela 7.7), de acordo com os critérios de
valoração apresentados acima.
288
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IMPACTOS POSITIVOS
Significativos Moderados Pouco Desprezíveis
Significativos
Possibilidade de geração de Fortalecimento da Entrosamento entre -
empregos e aumento de mobilização comunitária Secretarias e
renda em função da Órgãos da
contratação de mão de obra Administração
para os trabalhos pública
Redução das áreas de risco Aumento das áreas - -
geológico verdes
Redução do lançamento de Valorização dos imóveis - -
esgotos nos córregos e a céu da área de entorno
aberto
Melhoria das condições Ampliação das áreas de
sanitárias e de infra-estrutura lazer e de convívio
urbana
Melhoria da qualidade de Aumento do Controle - -
água do ribeirão Arrudas e do sobre Atividades
córrego Olaria Irregulares
Consolidação de novos - -
Melhoria da acessibilidade enfoques culturais e
ambientalistas
Eliminação de pontos de Geração de Renda - -
concentração de lixo
Melhoria das condições de Inclusão Social de - -
saúde da população Jovens
Mobilização comunitária e - - -
elevação da auto-estima da
população
Ampliação da Infra-Estrutura - - -
de Atendimento à Saúde
Redução da Violência no - - -
Conjunto Taquaril e no seu
Entorno
Promoção da Cidadania - - -
Aumento do número de - - -
crianças de 0 a 6 anos na pré-
escola
Melhoria do padrão - - -
habitacional da população
reassentada
Reassentamento das famílias
Possibilidade de - - -
Regularização Fundiária
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IMPACTOS NEGATIVOS
Significativos Moderados Pouco Significativos Desprezíveis
- Desestruturação das Geração de expectativas Interferências das obras de
comunidades e e insegurança da infra-estrutura e
transtornos provocados população da área de equipamentos urbanos
pela remoção intervenção e entorno
compulsória de famílias
- Aumento das despesas Alteração na qualidade de Eventual instalação de
familiares com tarifas vida da população processo erosivo em função
de saneamento básico residente nas áreas da remoção da camada
próximas às obras superficial do solo
- Possibilidade das Supressão da vegetação Possibilidade de exalação de
intervenções propostas mal odor na elevatória
complicarem as
condições de riscos
geológicos
- - Geração de Sedimentos -
- - Deterioração das -
condições urbanísticas e
paisagísticas
- - Risco de acidentes -
- - Descargas eventuais de -
esgotos para manutenção
da elevatória
- - Geração de Bota-fora -
- - Ampliação da cheia -
natural do córrego Olaria
e Transferência da cheia
para jusante
290
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disposição final dos esgotos domésticos sem qualquer tipo de tratamento nos córregos e a
céu aberto. O interceptor proposto, por sua vez, será conectado ao interceptor existente ao
longo do córrego Ressaca, sendo que o tratamento será feito na ETE Onça, em fase final
de construção.
292
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
293
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No item 4.2.2.6 foi apresentado o Estudo Hidrológico elaborado pela empresa ENGESOLO,
parte integrante da Memória Justificativa do Projeto Final de Engenharia Urbana da VIA-
210, trecho Anel Rodoviário e Av. João XXIII, contemplando ainda os Projetos das
Interseções com Anel Rodoviário e Av. Tancredo Neves.
O canal projetado no córrego São José irá desaguar no canal existente do córrego Gloria,
que deságua seqüencialmente no córrego Ressaca.
A vazão máxima provável da bacia do córrego São José não é significativa a nível de
influenciar as vazões à jusante, tendo em vista que a bacia do córrego São José possui
uma área pequena (aproximadamente 7% da área da bacia do córrego Ressaca). Além
disto, frente a situação atual de grande urbanização da bacia do córrego São José, a
canalização deste córrego não provocará modificação significativa no regime atual.
Atenção especial deve ser dada à destinação da “vasa” removida quando da canalização
dos cursos d’água. IMHOFF, em seu trabalho “Manual de Tratamento de Águas
Residuárias”, utiliza a expressão “vasa” para indicar as camadas de lodos sedimentados
nos fundos dos corpos hídricos. Esses lodos são formados por sólidos flutuantes, cujas
origens podem ser:
• Esgotos domésticos;
• Efluentes industriais;
• Resíduos arrastados pelas águas pluviais.
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organismos que promovem a digestão anaeróbia, com elevada produção de metano e gás
sulfídrico. Dessa forma, quando da dragagem, a ser realizada logo no início da construção
da canalização, atenção especial deverá ser dedicada a disposição final do material retirado
dos fundos dos cursos hídricos, pois o material da vasa pode se encontrar altamente
contaminado.
Recuperação físico-ambiental das áreas ao longo do talvegue do córrego São José
A canalização do córrego São José e a remoção das famílias irão propiciar a eliminação
das áreas de risco ao longo do talvegue do referido córrego, beneficiando as famílias ali
residentes com melhoria significativa da qualidade de vida.
A implantação das vias nos fundos de vale, ao par de proporcionar condições de
interligação e estruturação das áreas urbanas em que se inserem, permitirá solucionar
problemas oriundos do processo descontrolado de expansão urbana, típico das cidades
brasileiras que receberam o impacto do crescimento urbano acelerado.
7.4.1.2 Infra-Estrutura
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O reassentamento/ indenização dos moradores da vila São José será realizado de acordo com
o Plano Básico de Desapropriação e Reassentamento Involuntário - PDRI da Vila São José,
que caracteriza a comunidade envolvida, apresenta as diretrizes e as alternativas de
reassentamento, a proposta de monitoramento e avaliação bem como a estrutura de
responsabilidade institucional do PDRI, os custos e as fontes necessárias para implementação
do Projeto.
A concepção e elaboração das propostas contidas neste documento estão baseadas nas
diretrizes da Política Municipal de Habitação de Interesse Social de Belo Horizonte (PMH,
1994) e em consonância com a Política de Reassentamento do Banco Mundial (diretriz
operacional “Assentamento Involuntário” - OD 4.30 de 1º de Julho de 1990).
Dentro dos limites da vila São José não existem equipamentos sociais utilizados pelos
moradores. Os serviços públicos de saúde, educação e assistência social que atendem esta
comunidade estão nos bairros de seu entorno.
Segundo o EIA Projeto Pedro II, deverá ser considerada, para avaliação dos impactos, a
população residente na vila não incluída no banco de dados do IPEAD à época do
cadastramento, além dos moradores sob o viaduto do Anel Rodoviário. Para esse público,
também sujeito ao deslocamento, sugere-se, caso não contrarie a Política Municipal de
Habitação, as mesmas alternativas de reassentamento abertas à população da vila. Na
impossibilidade de adoção desta medida, deve-se estudar valores de indenização compatíveis
com os modelos de ocupação do imóvel e que garantam o deslocamento da família para outra
área.
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Remoção de famílias
A mudança de residência de famílias dos locais onde estão instaladas a muitos anos
constitui um impacto negativo significativo quando consideramos a necessidade de
adaptação a novo padrão construtivo, o rompimento dos laços de vizinhança e a geração de
ansiedade na população removida quanto ao seu local de destino, nestes dois últimos
casos principalmente, quando as famílias não permanecem na área. O impacto passa a ser
negativo, sua duração passa a ser temporária e de média magnitude, uma vez que o
reassentamento se fará em área bem próxima à vila.
Reassentamento de famílias
Além dos problemas relacionados às condições ambientais, que dizem respeito aos riscos
de inundação e solapamento das margens e à falta de saneamento básico, as habitações
nos fundos de vale, de maneira geral, apresentam baixo padrão construtivo, ou seja, na
maioria desses casos, são desprovidas de conforto, às vezes sem instalação sanitária e
sem canalização interna para abastecimento de água. Além disso, em grande parte das
áreas ocupadas não há regularização fundiária. O reassentamento das famílias para áreas
com condições ambientais adequadas, com moradias apresentando nível mínimo de
conforto e com a propriedade regularizada traduz-se em um impacto positivo e relevante
para o conjunto das famílias envolvidas.
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A intervenção no habitat de vetores e reservatórios deverá ser antecedida por ações visando
a redução da população desses animais, de modo a controlar o seu deslocamento para
outros locais próximos, bem como manter a vigilância epidemiológica e ambiental na área. O
setor de zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde deverá ser acionado para a execução
das ações de controle da população de animais errantes ou abandonados. A implantação
dessas medidas é de responsabilidade da PBH, através da Secretaria Municipal de Saúde e
seus diversos segmentos
300
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
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Sendo assim, o impacto identificado é extremamente positivo, tendo início com a execução
das intervenções, mas com duração permanente e magnitude elevada.
Trata-se de um impacto positivo, que se inicia na fase de implantação e perdura com sua
operação, sendo permanente, de abrangência local e magnitude média.
302
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Promoção da Cidadania
Verificou-se que a partir da reestruturação e da intervenção junto à comunidade com o
trabalho de acompanhamento social, aliado a seus impactos positivos pós-implantação,
propiciando a integração interna da vila São José e com seu entorno, a inserção
socioeconômica da população residente e melhoria da qualidade de vida, garante-se a
ampliação dos direitos de cidadania, que se tornou um dos aspectos mais beneficiados pelo
empreendimento.Também se tem o procedimento de regularização fundiária com a titulação
de terreno e o repasse da propriedade aos moradores da vila São José e, posteriormente, a
valorização dos bens patrimoniais.
Aliado a isso, o simples fato de o cidadão ser reconhecido e respeitado pelo poder público o
transforma completamente, garantindo a sua inserção na sociedade organizada. Numa
intervenção deste porte, a participação da comunidade em todas as etapas do projeto
propicia a ampliação dos direitos de cidadania. Trata-se de impacto extremamente positivo,
de abrangência local, ocorrendo na operação do empreendimento, de duração permanente,
e magnitude elevada.
303
PREFEITURA BH
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Ainda com referência à transferência dos lotes aos ocupantes, a legislação federal que trata
das licitações e contratos administrativos - Lei 8.666/93, prevê a dispensa de licitação, por
interesse social, para alienação de imóveis.
Com base nas informações acima e em consonância com a autorização legislativa do Art.
13 e as determinações constantes dos Art. 14 e 15 da Lei 3.995/85 - Lei do PROFAVELA,
propõe-se que os lotes de propriedade do Município sejam transferidos diretamente a seus
ocupantes através da outorga de escritura de compra e venda, na qual consta a destinação
específica de moradia do ocupante e sua família ou o seu comprometimento com os
demais usos possíveis na área, e, ainda, a obrigação do beneficiado de, em caso de
alienação do imóvel, fazê-la a pessoa que se enquadre nas normas e diretrizes do
PROFAVELA, ouvindo-se, para tanto, o Executivo Municipal, através da URBEL, que
comparecerá ao ato na qualidade de interveniente.
304
PREFEITURA BH
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305
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A abrangência deste impacto limita-se á áreas de mais baixa densidade no entorno da área
de intervenção, principalmente nos bairros Manacás, Castelo e loteamento vazio adjacente
a esses bairros.
306
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Apresenta-se, a seguir, a avaliação final dos impactos com reflexos positivos (Tabela 7.8) e
negativos (Tabela 7.9) no meio ambiente, de acordo com os critérios de valoração
apresentados anteriormente.
Tabela 7.8: Avaliação Final dos Impactos Positivos - Vila São José
307
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Tabela 7.9: Avaliação Final dos Impactos Negativos - Vila São José
Impactos Negativos - Vila São José
Significativos Moderados Pouco Significativos Desprezíveis
Desestruturação das Alteração na Geração de expectativas Incômodos provocados
comunidades e qualidade de vida da e insegurança da pelo transporte de bota-fora
transtornos provocados população residente população da área de
pela remoção nas áreas próximas intervenção e entorno
compulsória de famílias às obras
Aumento das Supressão da vegetação Possibilidade de erosão do
despesas familiares terreno pela retirada da
-
com tarifas de camada superficial do
saneamento básico mesmo
Ampliação da cheia Interferências das obras
- natural do córrego de infra-estrutura e -
São José equipamentos urbanos
Transferência da Risco de acidentes
- cheia para jusante -
Tabela 7.10: Avaliação Final dos Impactos de Difícil Qualificação - Vila São José
308
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Belo Horizonte possui uma população de cerca de 400.000 habitantes (20%) que vivem em
áreas chamadas de Vilas e Favelas, sujeitas a altos índices de vulnerabilidade social e urbana.
Estes assentamentos apesar de na maior parte das vezes serem estrategicamente localizados
na estrutura urbana (proximidades de áreas de concentração de infra-estrutura urbana e social,
conseqüentemente de fontes e alternativas de obtenção de trabalho e renda), constituem
ocupações irregulares de terrenos públicos e privados. Nessa condição, boa parte deles
possuem contra-indicações físicas (declividades acentuadas, risco geológico, propensão a
inundações etc) e de acessibilidade (sistema viário, transporte urbano, equipamento sociais
etc), o que os tornam bolsões de pobreza e de concentração de déficits de infra-estrutura
urbana, destacando-se as deficiências de habitação e de serviços públicos. Alem disso, tais
assentamentos vêm apresentando altas taxas de crescimento demográfico e de adensamento
urbano, o que os tornam extremamente dinâmicos face ao insuficiente aparato de controle
institucional e de atendimento às demandas sociais em geral disponível no poder público, quer
no âmbito municipal, estadual e federal.
Por essas peculiaridades, a PBH criou unidades especificas para atendimento dessa clientela
social expressiva, destacando-se a URBEL e as estruturas, descentralizadas ou não, do tipo
CREAR e NUDEC, voltadas para as áreas de risco onde se localizam, ainda, mais de 10.000
moradias, distribuídas em todas as regionais do município. No caso especifico do Taquaril e
Vila São José, tais estruturas estão atuantes, diretamente no local ou através das regionais.
Alem disso, o município atua por meio de programas estruturantes (DRENURBS,
VIURBS,PLANÃO, PROPAM, BHBUS, BH CIDADANIA etc) que visam a cidade como um todo,
mas cuja aplicabilidade, nas áreas de urbanização não convencional e de ocupação irregular,
se torna mais complexa, requisitando a conscientização e participação formal e informal da
população, bem como padrões tecnológicos de habitabilidade, de urbanização e de
atendimento social diferenciados.
Nessas áreas ocorre, também, a atuação de órgãos estaduais e federais, em aspectos
essenciais como abastecimento de água, esgoto, energia elétrica, e políticas públicas como
combate a fome e exclusão social, segurança publica, defesa civil, dentre outras.
Conseqüentemente, reputa-se como altamente positivo o impacto ambiental do componente de
Apoio á Gestão Integrada de Políticas Sociais e Urbanas, da forma como está estruturado no
Programa Vilas Urbanizadas, destacando-se, resumida e estrategicamente, as seguintes
diretrizes:
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8 MEDIDAS MITIGADORAS
8.1 DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS COMUNS AO
CONJUNTO TAQUARIL E A VILA SÃO JOSÉ
Já foram realizadas, durante a 1º etapa do Projeto Pedro II, reuniões quinzenais com grupos
de referência (formado por atores sociais da comunidade e entorno), objetivando
implementação das ações de comunicação social, na vila São José.
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A Tabela 8.1 apresenta o preço da Tarifa aplicada pela COPASA/MG para os clientes
cadastrados na tarifa social:
A tarifa mínima social estabelecida pela COPASA para unidades residenciais situadas em
áreas não servidas por redes coletoras de esgoto, mas com abastecimento de água, é de
R$ 5,13. Com a implantação da rede de esgotos esta tarifa passará a ser o dobro, ou
seja, R$ 10,26, já que se tributa o mesmo valor da água para o serviço de esgoto.
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O filito, como qualquer rocha com plano de clivagem definido, comporta-se bem e as
intervenções de engenharia nessas rochas são relativamente fáceis, quando a mesma
encontra-se confinada. O desconfinamento da rocha pode provocar movimentação entre
os seus vários planos de clivagem, direções preferenciais de ruptura, e provocar rupturas
planares muito comuns nessas estruturas. É comum também a ruptura em cunha, quando
mais de uma direção de clivagem desconfina-se.
No entanto, o desconfinamento não é condição única para a ocorrência da ruptura. Nos
taludes rochosos, os mecanismos de instabilização são controlados pelo seu grau de
alteração e pelas anisotropias existentes no maciço, tais como xistosidade, juntas, falhas,
etc., cujas relações com os mecanismos de instabilização são regidas pelos seguintes
fatores:
• Distribuição espacial das descontinuidades, relação entre suas altitudes (direção
e mergulho) e a geometria dos taludes e encostas;
• Presença e natureza dos materiais de preenchimento destas descontinuidades;
• Irregularidades nas superfícies das descontinuidades;
• Cisalhamentos e movimentos anteriores;
• Ângulo de desconfinamento.
Portanto, na maioria dos processos de instabilização de encostas e taludes, atuam mais
de um condicionante, agente, causa ou fator, concomitantemente.
Para todos os casos existem soluções de engenharia que minimizam ou eliminam a
condição de risco. Para tanto, estudos preliminares (topográficos, geológicos-geotécnicos,
análise de estabilidade) são fundamentais para a definição do Projeto Básico e das
soluções geotécnicas adequadas.
As Figuras 7.1 a 7.3 apresentam exemplos de soluções que foram usadas na abertura de
vias em áreas de risco geológico no Taquaril.
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MEDIDAS MITIGADORAS:
− Agilização dos procedimentos que se fizerem necessários para aprovação de
modificação no parcelamento do solo em decorrência da intervenção;
− Permissão para se adotar a área total do terreno original no cálculo do potencial
construtivo dos lotes parcialmente desapropriados;
− Adoção de procedimentos simplificados para obtenção de nova licença de
funcionamento (ou manutenção da licença atual) para atividades transferidas para
outro terreno dentro do mesmo trecho;
− Adequação paisagística das vias a serem implantadas, buscando atender a
população local;
− Elevação da oferta de áreas verdes e de espaços livres de lazer, em extensão
compatível com o volume e as características da população;
− Adequação de equipamentos coletivos;
− Tratamento urbanístico e paisagístico das áreas de convivência;
− Manutenção permanente das áreas públicas;
− Acompanhamento social das famílias reassentadas antes e durante o processo de
transferência;
− Estabelecimento de formas objetivas de monitoração após a transferência das
famílias.
325
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MEDIDAS MITIGADORAS:
− Acompanhamento sistemático do processo de ocupação pela Prefeitura;
− Aplicação de instrumentos de política urbana previstos em lei para minimizar a
apropriação particular dos benefícios gerados pelos investimentos públicos;
− Reavaliação dos sistemas de drenagem, coleta de esgotos e de águas pluviais e
abastecimento de água;
− Reavaliação da capacidade dos equipamentos públicos de suporte ao uso residencial
e implantação e/ ou adequação dos serviços públicos existentes (educação, saúde,
segurança).
MEDIDAS MITIGADORAS:
Permanente vigilância epidemiológica ambiental e vigilância social na área
Estas medidas deverão ser tomadas considerando dois níveis distintos: o primeiro de
atenuação do volume de poeira gerado (umidificação do solo, por exemplo) e o segundo
de melhoria das condições de assistência aos grupos de maior risco na população.
Acionar o setor de zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde para a execução das
ações de controle da população canina
A intervenção no habitat dos vetores e reservatórios deverá ser antecedida por ações
visando a redução da população desses animais, de modo a controlar o seu
deslocamento para outros locais próximos, bem como manter a vigilância epidemiológica
ambiental e a vigilância social na área.
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O Programa prevê a ampliação da coleta de lixo no conjunto Taquaril, bem como a eliminação
dos atuais pontos de concentração de lixo, que se localizam em grande parte nas linhas de
drenagem. Estas ações conjugadas aos investimentos propostos para o sistema de
esgotamento sanitário promoverão a melhoria das condições sanitárias do conjunto, com
reflexos positivos sobre o ambiente urbano.
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Todos os anos, especialmente no período chuvoso, verifica-se que a população da vila de sofre
as conseqüências de inundações e deslizamento de terrenos, colocando em risco as moradias
e vidas humanas. Os transtornos atingem principalmente a população lindeira ao fundo de vale
e nas áreas de declividades mais acentuadas ou densamente ocupadas.
As más condições do sistema viário interno á vila provoca inúmeras dificuldades no quotidiano
dos moradores, especialmente no que se refere à destinação dos resíduos sólidos, os quais,
regra geral, são despejados no córrego São José e em suas imediações, agravando o
escoamento das águas servidas e pluviais, tornando as condições ambientais e de moradia ali
críticas, pela proliferação de vetores de doenças transmissíveis, poluição do ar e
contaminação do corpo d’ água.
Alem disso, as dificuldades impostas pela acessibilidade externa, devido ao fato de que a Vila
São José situa-se marginalmente ao Anel Rodoviário, agravam as já precárias condições
desse assentamento urbano, pois o anel implica numa série de dificuldades adicionais pela
natureza do seu tráfego e a insegurança gerada pelas suas inadequadas condições viárias e
de manutenção.
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Isso porque o Programa prevê a construção de novas moradias, no entorno da nova via, para
todos aqueles que optaram pela unidade residencial, beneficiando cerca de 2.050 famílias
inclusive com o acompanhamento social e econômico que a nova situação requer, ou seja,
enfatizando a possibilidade de que as relações sociais, culturais, comunitárias e econômicas
das famílias possam ser de alguma forma respeitadas, considerado o critério espacial da
localização atual, e não sejam desestruturadas, como ocorreria em localizações distantes da
atual.
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O Programa BH Vilas Urbanizadas, como se espera haver demonstrado neste estudo, deverá
significar a recuperação de qualidade ambiental em sua área de incidência, notadamente a
sub-bacia do córrego São José, proporcionando, ainda, a implantação de vias importantes do
sistema viário municipal, notadamente pela continuidade da avenida Pedro II e de suas
conexões nas regiões Noroeste e Pampulha.
A situação futura que se espera alcançar no município, segundo esse prognóstico, deverá
demonstrar que o Programa - e seus impactos positivos, inerentes à própria natureza das
intervenções, (i) provocará benéfica interferência no ambiente urbano e natural hoje
profundamente degradado, (ii) promoverá a melhoria da qualidade de vida da população do
município, tanto a direta quanto a indiretamente afetada, e (iii) implantará os princípios de
articulação ambiental e social integrada no tratamento das questões de planejamento da
ocupação e adequação da sub-bacia do São José.
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• Queda na população residente nas áreas de intervenção e entorno da vila São José
• Aumento da População na área de adensamento da vila São José
• Aceleração do processo de ocupação da área de adensamento da vila São José
• Alteração no uso e ocupação do solo na área do entorno
Observa-se que a maior parte dos impactos negativos refere-se à fase de execução das obras.
É preciso ressaltar, contudo, que tais impactos são na sua maioria de baixa magnitude,
localizados e de curta duração, se restringindo à época das obras. Por outro lado, os impactos
mais significativos são positivos e terão efeito direto sobre os cursos d’água da região e sobre
a saúde e a qualidade de vida da população do conjunto Taquaril e da vila São José.
Feita tal avaliação concernente à quantidade e qualidade dos impactos gerados pela
implantação do Programa BH Vilas Urbanizadas, conclui-se pela viabilidade ambiental do
mesmo, desde que as medidas mitigadoras sugeridas sejam efetivamente empreendidas.
336
PREFEITURA BH
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No caso das vias a serem implantadas, tanto as vias veiculares e de pedestres do Taquaril
quanto o sistema viário a ser implantado na vila São José, as mesmas serão conservadas e
mantidas pela própria municipalidade.
A implementação da coleta de lixo no Taquaril e da vila São José estará a cargo da SMLU-
Secretaria Municipal de Limpeza Urbana, que aliada a ações de educação ambiental irá
garantir a limpeza e a adequada destinação final dos resíduos sólidos destas áreas.
Estão também sendo previstas, dentro do contexto do Projeto, ações relativas à ampliação da
Educação Ambiental.
As intervenções propostas para os setores do Taquaril situados em Belo Horizonte terão
obrigatoriamente reflexo nas condições de vida da população do Taquaril que reside nos
setores localizados em Sabará e que não foram incluídos no Programa e onde também se
verificam ocupações sujeitas a riscos ambientais e geológicos, semelhantes aos dos setores de
BH. De forma a garantir a sustentabilidade das intervenções propostas no Taquaril deverão ser
viabilizadas articulações institucionais com: (i) COPASA, no sentido de reestruturação do
sistema de esgotamento sanitário na bacia do córrego Olaria, no trecho do município em
Sabará;(II) Prefeitura de Sabará, para um possível entendimento ou compromisso com vistas
ao benefício global de todo o conjunto Taquaril.
O Plano de Gestão Ambiental (Capítulo 11) proposto deverá garantir as condições de
sustentabilidade do Programa BH Vilas Urbanizadas
337
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
As políticas operacionais do Banco Mundial são vitais em seus esforços para promover a
redução da pobreza e o desenvolvimento sustentável. Um subconjunto dessas políticas
necessita que os impactos ambientais potencialmente prejudiciais e determinados impactos
sociais dos projetos de investimento do Banco Mundial sejam identificados, evitados ou
minimizados onde for possível, além de mitigados e monitorados.
Embora o Banco tenha estabelecido políticas ambientais e sociais há mais de 20 anos, a sua
Direção criou pela primeira vez o conceito de política de salvaguarda em 1997 para enfatizar a
importância deste conjunto específico de políticas operacionais com a finalidade de atingir os
seus objetivos sociais e ambientais e melhorar a qualidade de suas operações.
338
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
PO/PB-4.01- Fazer uma triagem prévia dos impactos potenciais Consultar os grupos afetados e as
Avaliação e escolher o instrumento apropriado para avaliar, ONGs o mais cedo possível
Ambiental minimizar e reduzir os efeitos potencialmente (para os projetos nas categorias A e
adversos. B).
PO/PB 4.04 – Não financiar projetos que degradem ou Consultar a comunidade local sobre
Habitat convertam os habitats críticos. Apoiar projetos que planejamento, desenho
Natural afetem os habitats não críticos somente no caso e monitoramento dos projetos.
de não haver alternativas disponíveis e se
existirem medidas de mitigação.
PO 4.09 – Apoiar as abordagens integradas para gestão de Consultar a comunidade local sobre
Gestão de pragas. Identificar os pesticidas que podem ser planejamento, desenho e
Pragas financiados pelo projeto e desenvolver o plano monitoramento dos projetos.
apropriado para gestão de pragas com o objetivo
de tratar dos riscos.
PO/PB 4.12 – Assistir as pessoas desalojadas em seus esforços Consultar os reassentados e a
Reassentame para melhorar ou pelo menos restaurar a sua Comunidade hospedeira; incorporar
nto qualidade de vida. as visões expressas nos planos de
Involuntário reassentamento; listar as opções
propostas pelos reassentados.
PO 4.20 – Identificar os impactos prejudiciais Consultar os povos indígenas
Povos e desenvolver um plano para abordá-los. Projetar durante todo o ciclo do projeto.
Indígenas benefícios que reflitam as preferências culturais
dos povos indígenas.
PO 4.36 – Apoiar a exploração florestal sustentável e Consultar a comunidade local, o
Atividades orientada para a conservação. Não apoiar a setor privado e grupos de interesse
Florestais extração comercial de madeira nas florestas na área da floresta.
tropicais úmidas primárias.
PO/PB 4.37 – No caso de grandes represas, realizar análises Nenhuma consulta pública.
Seguranças técnicas e inspeções de segurança por
de Barragens profissionais independentes.
PO 4.11.03 – Investigar e inventariar os recursos culturais Consultar as agências, ONGs e
Propriedade potencialmente afetados. departamentos universitários
Cultural Incluir medidas de mitigação quando houver apropriados.
impactos prejudiciais ao patrimônio cultural físico.
PO/PB 7.50 – Verificar se existem acordos com os proprietários Nenhuma consulta pública.
Vias ribeirinhos e garantir que os estados ribeirinhos É necessária a notificação dos
Navegáveis sejam informados e não façam objeções às proprietários ribeirinhos.
Internacionais intervenções do projeto.
PO/PB 7.60 - Garantir que os pretendentes às áreas disputadas Nenhuma consulta pública.
Projetos nas não façam objeções ao projeto proposto. Os pretendentes serão informados.
áreas em
litígio
339
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
O Banco faz uma análise ambiental preliminar de cada um dos projetos propostos para
determinar o grau e o tipo apropriado de AA. O Banco classifica o projeto proposto dentro de
uma das quatros categorias, dependendo do tipo, localização, sensibilidade e escala do projeto
e a natureza e magnitude dos potenciais impactos ambientais, conforme demonstrado na
Tabela 10.3
Tabela 10.3: Categorias dos Projetos na AA
340
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Para algumas das intervenções propostas pelo Programa BH Vilas Urbanizadas, já foram
realizados estudos de impacto ambiental, relatórios de impacto ambiental e planos de controle
ambiental.
Foi elaborado um amplo plano de gestão ambiental envolvendo: sistema de gestão ambiental
durante a implantação do empreendimento e programas de:
1. Sistema de Gestão Ambiental
2. Comunicação Social
3. Educação Ambiental
4. Eliminação de Ligações Cruzadas e Incentivo à Adesão ao Sistema de Esgotos
5. Monitoramento Geológico das Áreas de Risco do Taquaril
6. Monitoramento da Qualidade das Águas
7. Monitoramento Hidrológico
8. Plano (vila São José) e Política (conjunto Taquaril) de Desapropriação e
Reassentamento Involuntário
9. Fortalecimento Institucional
10. Manual Ambiental de Construção onde constam as principais diretrizes e regras
ambientais a serem adotadas na execução das obras das intervenções previstas;
É importante salientar que esse projeto trata de uma conjugação de intervenções de caráter
urbanísticas e de caráter social, o que traz como impacto positivo não só a redução da
vulnerabilidade urbana da população como também da sua vulnerabilidade social.
Complementarmente, ações de fortalecimento de gestão e de fortalecimento institucional
buscam promover a integração entre os diversos projetos estruturantes da PBH com o
Programa Vilas Urbanizadas e a promoção dos órgãos executores do Programa,
especialmente a Secretaria de Meio Ambiente. Como a PBH atualmente já desenvolve um
Programa chamado DRENURBS, cujo foco é a recuperação e a preservação dos fundos de
vale de Belo Horizonte, as ações propostas, dentro do Programa Vilas Urbanizadas, para
fortalecimento da Secretaria de Meio Ambiente e das demais instituições ambientais, gestoras
e executoras do Programa, vêm apenas complementar àquelas que já estão sendo
desenvolvidas no DRENURBS.
Consulta Pública
A Consulta Pública do Programa Vilas Urbanizadas será efetuada na próxima reunião do
COMAM – Conselho Municipal de Meio Ambiente. A opção por se fazer essa Consulta no
COMAM foi pelo fato de que o Conselho é composto por integrantes da sociedade civil,
membros da Secretaria de Meio Ambiente do Município, entidades de classe, representantes
de organizações não governamentais e de órgãos licenciadores, tais como FEAM, IGAM e IEF.
A Consulta Pública está prevista para ser realizada na segunda quinzena de fevereiro/05,
quando então seus resultados serão incorporados ao RAA do programa.
341
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Habitat naturais são áreas terrestres e marítimas nas quais ainda existe a maioria das espécies
nativas da flora e fauna. A conservação de habitats naturais, como outras medidas que
protegem e melhoram o ambiente, é essencial para o desenvolvimento sustentável em longo
prazo. Conseqüentemente, o Banco, apóia a proteção, manutenção e reabilitação dos habitats
naturais e as suas funções nos seus estudos econômicos e setoriais. O Banco apóia e espera
que os mutuários tratem cuidadosamente a gestão dos recursos naturais, a fim de assegurar
oportunidades para o desenvolvimento ambientalmente sustentável.
A política do Banco sobre habitat naturais garante que os projetos de infra-estrutura e outros
projetos não causem danos excessivos ou injustificados aos habitat naturais. Portanto, os
projetos financiados pelo Banco Mundial:
• Não deverão causar danos aos habitat naturais críticos;
• Deverão evitar ou procurar minimizar o dano aos demais habitat naturais;
• Se o dano for necessário e justificado, deverá ser mitigado na forma adequada como parte
do próprio projeto, geralmente mediante a preservação de áreas compensatórias.
Segundo a Lei Florestal de Minas Gerais (Lei 10.561 de 27/12/91), lei esta compatível com o
Código Florestal Nacional, em áreas de preservação permanente, a supressão de vegetação
nativa somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social,
devidamente caracterizado e motivado em procedimento administrativo próprio, quando não
existir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto. A supressão de vegetação
em área de APP situada em área efetivamente urbanizada dependerá de autorização do órgão
municipal competente, desde que o município possua conselho de meio ambiente com caráter
deliberativo e plano diretor, mediante anuência prévia do órgão estadual competente,
fundamentada em parecer técnico. Consideram-se efetivamente urbanizadas as áreas
parceladas e dotadas da infra-estrutura mínima, segundo as normas federais e municipais.
As áreas do Programa BH Vilas Urbanizadas (Taquaril e Vila São José) enquadram-se dentro
da caracterização de áreas urbanizadas do Código Florestal, e por essa razão, suas áreas de
APP são tratadas de forma diferenciada, buscando sempre atender às especificações de faixas
mínimas de APPs definidas no Código, mas conciliando com a realidade de urbanização do
local, de forma a minimizar os impactos sociais.
O Município de Belo Horizonte, conforme exigência do Código para licenciamentos
diferenciados em áreas urbanizadas, possui conselho de meio ambiente com caráter
342
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deliberativo e plano diretor. Por essa razão está capacitado a avaliar com critério os pedidos de
supressão de vegetação ou manutenção de áreas ocupadas dentro das APPs. Assim, alguns
critérios de largura de faixa de APPs e ocupação foram adotados diferentemente dos definidos
pelo Código, em especial no conjunto Taquaril.
No conjunto Taquaril, serão retiradas as famílias das APP, no entanto, a faixa de desocupação
é variável, tendo em vista questões técnicas, sociais e econômicas. A faixa mínima adotada
será de 15 m. Essas áreas são extremamente adensadas e a adoção de faixas maiores
provocaria a relocação de um nº de famílias aproximadamente 70% maior do que o projeto
prevê hoje, o que traria implicações extremas em impactos sociais e econômicos.
Por outro lado, em outras áreas foram adotadas faixas superiores a 30 m. Isto porque o critério
utilizado para proposição das áreas de preservação levou em conta não somente o
atendimento às normas legais (faixa non aedificandi de proteção dos cursos d’água) e de
erradicação de moradias situadas em áreas de risco, como também da erradicação de
moradias isoladas, que embora estivessem em área adequada para habitação encontravam-se
desconectadas do contexto urbano proposto, sendo que a sua permanência poderia incentivar
a ocupação de áreas próximas restritivas a ocupação. Assim sendo, a quantificação final do
reassentamento considerou, cumulativamente, o critério acima explicitado. Este critério
acarretou um pequeno aumento no nº de relocações, mais o benefício social e de
sustentabilidade do Programa é evidente.
De uma forma geral, a implantação do Programa BH Vilas Urbanizadas trará impactos muito
positivos para habitats naturais do Taquaril, tendo em vista a recuperação de grande parte dos
seus fundos de vale, através da liberação das APPs e da melhoria da qualidade de água do
Córrego Olaria.
Na Vila São José, todas as famílias serão retiradas do fundo de vale, liberando a faixa de APP.
No entanto, tendo em vista a necessidade de implantação de eixo viário, essa faixa não será
revegetada. Sobre ela será implantado será implantada o próprio sistema viário. Dependendo
da solução a ser adotada para as interseções entre as vias, o canal poderá ser mantido a céu
aberto com taludes revegetados. Além disso, restarão áreas remanescente que poderão sofrer
tratamento paisagístico. Mesmo que o canal seja implantado em calha fechada, os impactos
positivos dessa implantação são incontestáveis. A via não só melhorará a acessibilidade de
toda uma região importante de Belo Horizonte, como também inibirá a reocupação de uma
área com condições extremas de insalubridade. Associado a isso, o programa ainda apoiará a
implantação de um parque na região, o qual promoverá uma reestruturação do sistema de
referências da região, com a criação de áreas de lazer e integração.
343
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
A opção por se fazer apenas uma Política de reassentamento para o conjunto Taquaril justifica-
se pelo fato de que muitas intervenções físicas deverão ainda ser detalhadas em nível de
projeto básico antes da implementação do programa. No entanto, essa decisão não gera riscos
para a implementação do programa (em termos financeiros). O nº de famílias hoje estimado
para reassentamento ou relocação na região leva em consideração todas aquelas famílias
assentadas em áreas de risco, em áreas de preservação ambiental e em áreas de interface
com as intervenções físicas. Além dessas, a estimativa ainda leva em consideração àquelas
famílias que, mesmo não estando em áreas sujeitas à remoção, em função da remoção da
vizinhança, passam a sofrer um isolamento físico. Logo, a estimativa é bastante conservadora.
Já na Vila São José, a construção de um PDRI foi possível, tendo em vista que a área já possui
um projeto executivo definido e um cadastro censitário elaborado.
59 1.108
O PDRI elaborado para a Vila São José apresenta uma síntese dos quantitativos preliminares
para as modalidades de reassentamento, definidas com base na caracterização demográfica
da vila (cadastro censitário 1998) e nas opções de reassentamento propostas. Essa síntese é
apresentada na Tabela 10.5 a seguir.
736 1.314
344
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
345
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
O PGA contempla os programas ambientais e sociais que buscam, tanto mitigar efeitos
negativos das intervenções físicas, quanto maximizar os efeitos positivos do programa, além
das ações de controle e monitoramento. A Tabela 11.1 relaciona os sub-programas concebidos
no Plano de Gestão Ambiental e os respectivos custos associados:
TOTAL R$ 3.000.000,00
346
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O Programa BH Vilas Urbanizadas terá como Mutuário, no contrato com o Banco Mundial, a
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e como organismo de coordenação geral a Secretaria
Municipal da Coordenação de Política Urbana e Ambiental - SCOMURBE.
347
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SCOMURBE
Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte- URBEL
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Urbano
Secretaria Municipal de Assistência Social
BHTRANS
Companhia de Saneamento de Minas Gerais - Operadora Estadual
Secretaria Municipal de Coordenação de Gestão Regional Leste
Secretaria Municipal de Coordenação de Gestão Regional Noroeste
348
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
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11.1.2.4 Metodologia
A metodologia propõe que a Comunicação Social esteja diretamente associada à Mobilização
Social e fundamenta-se numa intervenção ativa e participativa, cuja finalidade reside na
organização das ações em um processo orgânico de transformação da realidade das
comunidades nas quais se pretende atuar.
355
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
A Comunicação Social deverá atuar como um agente facilitador e conciliador das atividades do
Programa, na área física, e, portanto, deve produzir um elo que agregue as suas ações, para
que ele seja, na sua totalidade, apreendido, vivenciado e apropriado pelos cidadãos e que,
após concluído, seja capaz de garantir a qualidade do uso dos espaços modificados e
requalificados.
11.1.2.5 Atividades
As ações do Plano de Comunicação serão organizadas em três módulos, que devem ser
desenvolvidos de forma integrada para o alcance dos objetivos propostos.
356
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11.1.2.7 Cronograma
11.1.2.8 Orçamento
357
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11.1.3.1 Introdução
A Figura a seguir mostra a correlação dessas ações, assim como os respectivos públicos-alvo
e instrumentos previstos em cada uma das metodologias adotadas.
11.1.3.2.2 Público-alvo
O público a ser abrangido pela educação ambiental extensiva divide-se em dois segmentos, a
saber:
• População municipal em geral;
• Público escolar do ensino infantil, fundamental e médio de escolas públicas e privadas
instaladas no município.
358
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
11.1.3.3.2 Público-alvo
O público alvo da educação ambiental local encontra-se segmentado em dois grupos, a saber:
• Comissões locais a serem compostas por representantes de escolas, associações de
bairro, conselhos regionais populares, organizações ambientais, grupos empresariais,
lideranças e outros;
• Comunidades do entorno imediato das intervenções do Programa;
11.1.3.4.2 Público-alvo
Todos os segmentos e grupos envolvidos pelo presente Programa de Educação Ambiental, ou
seja:
• População municipal em geral;
• Público escolar;
• Comissões Locais das Regionais;
• Comunidades das regionais focalizadas pelo Programa BH Vilas Urbanizadas;
• Comunidades do entorno imediato das intervenções.
11.1.3.6 Cronograma
A execução deste sub-programa deverá ser realizada durante toda implementação do
Programa BH Vilas Urbanizadas. Prevê-se, inicialmente o detalhamento da concepção do
Programa e a contratação de empresa de consultoria especializada.
359
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360
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Infantil
Médio
Mensagens Cartilhas do
educativas: aluno (A1, A2 e Vídeos Cartilha tipo B
TVs A3) e do Cartilha tipo B Mapa da bacia
Rádios professor (A4) Capacitação de lideranças Visita pedagógica
Revistas Vídeos Elaboração de diagnóstico por porta a porta (mutirão)
Jornais Bótons e Regional
Ônibus panfletos Trabalhos de mobilização e
Concurso sensibilização
municipal de
redação
MONITORAMENTO SÓCIO-AMBIENTAL
Acompanhamento dos resultados do Programa de Educação Ambiental
LEGENDA:
361
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
11.1.4.1.1 Objetivos
O Sub-programa de Eliminação de Ligações Cruzadas pretende alcançar os seguintes
objetivos:
• Evitar que continuem chegando aos cursos d’água esgotos domésticos após ter sido
concluído o sistema de coleta e de transporte de esgotos até aos interceptores e ETEs.
• Evitar que o sistema de esgotamento sanitário (redes, interceptores e ETEs) tenha seu
funcionamento prejudicado pela sobrecarga de águas pluviais nele indevidamente
introduzidas.
11.1.4.1.2 Atividades
• Cadastramento de todas as redes coletoras e interceptores;
• Pesquisa e eliminação das ligações cruzadas (esgoto ligado em rede pluvial e água pluvial
ligada em rede de esgoto) nas redes dos sistemas públicos;
• Pesquisa e eliminação de ligações cruzadas nas ligações domiciliares;
• Pesquisa e eliminação de lançamentos clandestinos de esgotos em cursos d’água,
talvegues e terrenos vagos;
• Pesquisa e conserto de redes rompidas;
• Interligação de segmentos de redes interrompidos
As atividades deverão ser desenvolvidas por bacia de esgotamento e a sua programação deve
ser estabelecida pela COPASA, dentro dos seguintes limites:
• Data limite para início: coincidente com o início das obras dos interceptores das respectivas
sub-bacias do Programa;
• Data limite para término: 6 meses após a conclusão das obras dos interceptores.
362
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
363
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Esta tarefa estará a cargo da URBEL que será fortalecida pelo atual Programa, por meio de
implantação de geoprocessamento e capacitação técnica para fiscalização e monitoramento
das ZEIS e áreas de risco.
O plano deverá ser implantado desde o início das intervenções e será executado durante todo
o período de implantação do Programa. Seu custo é estimado em R$ 400.000,00.
364
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
No caso específico do componente “Integração da Vila São José”, o alcance desse objetivo
geral possibilitará atingir outros propósitos:
- remoção e reassentamento de famílias ocupantes de áreas com interferência direta no
Programa;
- melhorar a qualidade de vida dos moradores que serão reassentados em razão das
intervenções do projeto, sobretudo proporcionando a esse contingente populacional
condições sanitárias e de habitabilidade mais adequadas às suas necessidades;
- reduzir a incidência de doenças de veiculação hídrica e os focos de propagação de
moléstias transmissíveis por insetos e roedores;
- melhorar as condições operacionais de transposição do Anel Rodoviário, dotando a região
de mais uma alternativa de acesso para o tráfego;
- assegurar a criação da acessibilidade a todas as áreas do município e consolidar o corredor
da Avenida Pedro II como estruturante da Bacia da Pampulha;
- proporcionar à população destes assentamentos alternativas para desenvolvimento de
atividades de lazer e recreação fazendo sua inserção na cidade forma.
Organização comunitária
Conforme mencionado, o município de Belo Horizonte conta, com uma estrutura de
participação social expressa pelas inúmeras entidades que atuam no município, quer em seus
inúmeros conselhos quer através das sociedades/associações constituídas no âmbito das
regiões urbanas em que se encontra subdividida a ação municipal.
365
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Dentro dos limites da vila São José, não existem equipamentos sociais utilizados pelos
moradores. Os serviços públicos de saúde, educação e assistência social que atendem esta
comunidade estão nos bairros de seu entorno, com pode ser observada na figura 4 do anexo
PDRI.
Entretanto, ao se tratar de ação que afeta diretamente famílias específicas não resta dúvida
que a condução do processo participativo a partir das entidades representativas
municipais/regionais não se faz suficiente. Neste caso, a necessidade de envolver a população
diretamente afetada no processo de reassentamento.
Fase 2: Remoção
• Formação de Grupos por opção de reassentamento ("Grupo PROAS" e "Grupo do
apartamento");
• Promoção de reuniões com as comissões de acompanhamento da remoção, visando ao
repasse de informações sobre as etapas dos trabalhos e a preparação para a mudança;
• Promoção de discussões sobre normas de uso e ocupação das áreas comuns,
constituição de condomínio e elaboração de regimentos internos;
• Visita a outros conjuntos construídos pela Política Municipal de Habitação, como o
Conjunto Habitacional Itatiaia Serrano, construído em regime de mutirão autogestionário
e os conjuntos habitacionais na Vila Senhor dos Passos;
• Promoção da mudança das famílias.
11
Projeto Pedro II – Remoção e Reassentamento da Vila São José – PBH/URBEL, 1999
12
A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – 7.166/96 no Capítulo VI – Do Grupo de Referência
das ZEIS 1 e ZEIS 3 incentiva a criação de Grupo de Referência para acompanhar as ações públicas.
366
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Alternativas de reassentamento
Encaminhamento para efetivar o reassentamento independente: indenização de
benfeitorias, com as etapas: Montagem do processo, avaliação do imóvel,negociação e
fechamento do processo.
Encaminhamento via PROAS que compreende: repasse de informações e organização da
população, avaliação do imóvel, identificação e escolha do imóvel para compra e
acompanhamento da mudança.
736 1.314
367
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Não obstante os benefícios que as intervenções possam trazer para as populações residentes
no conjunto Taquaril, e seu entorno, devem-se reconhecer os possíveis efeitos negativos
inerentes aos remanejamentos populacionais involuntários: (i) perda de laços de vizinhança e
parentesco, de redes de apoio e solidariedade; (ii) aumento de despesas anteriormente não
existentes (transporte, impostos e taxas, por exemplo); (iii) diminuição de oportunidades de
trabalho e renda pela mudança do local de moradia, por exemplo.
368
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
59 1.108
Dentre as inúmeras atividades a serem desenvolvidas, nesta primeira fase dos trabalhos,
destacam-se:
• Criação do Grupo Executivo
• Montagem de TR para contratação dos serviços quando terceirizados
• Montagem de sistema de acompanhamento
• Mobilização dos recursos internos.
369
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Essa fase se inicia com uma ampla divulgação do Projeto e de sua respectiva Política de
Reassentamento, que deverá anteceder o processo de selagem das casas e posterior
cadastramento.
Preparação do material para a identificação e selagem dos domicílios, tais como plantas, selos
e planilhas de selagem;
Visita aos locais de cadastramento para definições técnicas sobre o processo de
identificação dos domicílios;
Identificação dos domicílios e do nº de famílias por domicílio – selagem dos domicílios;
Elaboração do formulário padrão de cadastro;
Aprovação do formulário padrão de cadastro e preparação do material de campo;
Treinamento da equipe de cadastradores;
Aplicação de cadastro;
Criação da máscara do banco de dados;
Revisão e codificação dos cadastros;
Digitação dos cadastros;
Conferência da consistência do banco de dados;
Processamento do banco de dados.
Paralelamente ao cadastro socioeconômico, deverá ser realizado o cadastro físico dos imóveis
para efeito de avaliação das benfeitorias. Tais atividades deverão consubstanciar o projeto de
indenização que alimentará o processo de escolha de alternativas de reassentamento. Deverá,
também, ser realizado o estudo de alternativa para reassentamento das unidades econômicas
existentes na área.
No bojo do amplo processo de discussão que deverá acompanhar todas as atividades a serem
desenvolvidas, durante essa fase, deverão ser identificados os grupos de interesse para cada
uma das alternativas de reassentamento propostas.
Para efetivação de todo este processo e, de acordo com metodologia adotada pela URBEL,
serão demandadas as seguintes ações:
Reunião inicial de contato com o grupo para apresentação do Programa e da Política de
Reassentamento; esclarecimentos sobre formação de um grupo de referência e suas
atribuições; e apresentação da proposta de acompanhamento do trabalho social.
Reuniões com os Grupos de Referência (e/ou Grupos e Interesse de Reassentamento)
constituídos, visando esclarecer e aprofundar os aspectos expostos na reunião geral;
370
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Nesta fase, inclui-se o detalhamento do projeto executivo do novo conjunto, que deverá ser
apresentado e discutido com as famílias que optaram por tal alternativa. Deverá, também, ser
efetuado o levantamento dos equipamentos urbanos da região onde os novos conjuntos vão
ser construídos, tais como: escolas, postos médicos, creches, associação de moradores e
outros que possam ser de utilidade da população. Inclui-se, também, nesta macro-atividade a
construção das novas unidades habitacionais.
As famílias que optarem pela alternativa PROAS deverão neste momento apresentar a URBEL
as alternativas de imóveis para avaliação e negociação. Durante este período deverá, também,
ser concluído o processo de reassentamento independente, com a consecução das respectivas
indenizações.
Ainda neste momento, deverão ser identificadas e focalizadas as famílias e/ou pessoas que
devido às condições de composição famíliar (indivíduos sós), idade (idosos) ou mesmo
situação socioeconômica (sem renda) deverão ser objeto de atenção especial na implantação
do plano. Destaque-se que tal identificação tem como objetivo desenvolver mecanismo que
possibilitem a identificação de soluções adequadas de inserção social para os
indivíduos/grupos inseridos em tais situações.
Em resumo, considerando-se cada uma das alternativas postas pelo presente Plano, essa
Fase envolve as seguintes ações:
371
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Montagem do processo
Avaliação do imóvel
Negociação
Fechamento do processo
A situação de mudança deverá ser acompanhada diretamente pela equipe responsável pela
implementação do Plano que deverá disseminar informações relativas as intercorrências que
poderão advir no decorrer da mesma tais como: controle de bens pessoais, cuidados no
372
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
transporte dos bens, cuidados com os animais domésticos e acondicionamento de objetos que
façam parte do comércio local (papelão, ferro velho e outros) etc.
Conforme metodologia adotada pela URBEL, destaca-se, desde já, que antes da efetiva
mudança para as novas unidades habitacionais deverá ser realizado todo um processo de
preparação da população que envolve desde a distribuição das unidades habitacionais entre as
famílias beneficiárias até a vistoria do empreendimento, após conclusão da obra.
Para que se obtenha sucesso neste amplo processo de formação e informação, deverão ser
elaborados e distribuídos materiais educativos como: cartazes, folhetos, cartilhas, maquetes,
entre outros.
Fase V – MONITORAMENTO
A implantação da Política de Reassentamento e do PDRI será conduzida de forma a alimentar
um sistemático processo de monitoramento e avaliação que deverá atuar na retroalimentação
da condução do processo. O processo avaliativo permanente a ser implementado deverá ser
focado na avaliação dos seguintes aspectos: mudança de padrões de habitabilidade; inserção
social; e sustentabilidade do programa, tanto na perspectiva econômico-financeira, quanto na
implementação de práticas ambientalmente sustentáveis. O detalhamento do processo de
monitoramento e avaliação constante dessa fase deverá constituir uma das atividades a serem
desenvolvidas na FASE II de implantação do presente Plano.
Fase VI - AVALIAÇÃO
Nessa fase será realizada a avaliação dos impactos resultantes da Política de Reassentamento
e do PDRI, tendo como objetivo identificar a eficácia de suas ações em relação aos objetivos
gerais do Projeto. Essa avaliação que deverá ser realizada em um processo de pesquisa de
caráter longitudinal tem como objetivos específicos:
Avaliar as transformações ocorridas no contexto da qualidade de vida das populações
beneficiadas com o programa em tela, incluindo as dimensões sociais, econômicas e
ambientais;
Avaliar as alterações nos padrões de inserção social e urbana dos beneficiados tanto no
que concerne a integração nos recursos oferecidos pela cidade quanto aos processos
organizativos e de desenvolvimento da sociabilidade e construção da cidadania;
Avaliar os ganhos de sustentabilidade socioeconômica-ambiental em âmbito
local/municipal;
Avaliar a sustentabilidade econômica e financeira do Programa.
Na implementação desta ação deve-se ter bastante presente que avaliação de impactos
pós-ocupação implica identificação de um quadro complexo de conseqüências em cadeia
resultantes de um projeto implantado ou a ser implantado em uma determinada região ou
em um determinado território. Compreende necessariamente a identificação de:
Cenário preexistente;
Transformações verificadas em diferentes tempos.
373
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Dessa forma, a avaliação a ser realizada deverá partir do diagnóstico da situação de cada
comunidade/família, a ser obtida quando da realização do cadastro socioeconômico,
independentemente do tipo de tratamento que lhes será conferido.
Constituem objeto de avaliação, tanto as famílias diretamente afetadas pelo programa, como o
conjunto do assentamento afetado e/ou conjunto habitacional para onde foram transferidas as
famílias reassentadas, fazendo-se possível desde já indicar, preliminarmente, as seguintes
dimensões de avaliação:
Condições de vida: saúde, educação, lazer, alimentação, saneamento ambiental,
trabalho e renda; capacitação para o trabalho, padrões de habitabilidade individual;
Incorporação de práticas sustentáveis: usos da água e respectivas fontes; instalações
sanitárias; relações com o rio;
Organização e Inserção social: relações societárias, práticas associativas e
cooperativas;
Condições urbanas: infra-estrutura urbana, ambiente construído, padrões de
habitabilidade local, acesso aos serviços urbanos.
Para cada uma das dimensões anteriormente assinaladas serão identificadas as variáveis
relevantes e adequadas a serem tomadas como elemento de avaliação e deverão ser
identificados os respectivos indicadores de avaliação, os quais deverão ser replicados em cada
um dos momentos de levantamento a ser realizado.
374
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Esses impactos podem ser manejados com critérios e métodos adequados de construção. A
Prefeitura incluirá nos editais de obras a obrigatoriedade de execução de diretrizes e
procedimentos construtivos ambientalmente adequados, constantes de manual ambiental de
construção, minorando sensivelmente os transtornos acima citados
O Manual Ambiental foi baseado em manuais elaborados pelo Engº Alexandre Fortes para
projetos similares junto às prefeituras de Betim, Belo Horizonte e Juiz de Fora, em Minas
Gerais.
375
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Assim, o Plano de Fortalecimento Institucional, ora em fase de detalhamento, terá como foco
prioritário a gestão urbana por meio da URBEL, a gestão ambiental, por meio da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Urbano e a gestão da drenagem urbana por meio
da SUDECAP.
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
O edital de licitação das obras deverá estabelecer os requisitos ambientais mínimos a serem
atendidos pelas empresas construtoras na fase de licitação das obras. Deve-se exigir das
empresas proponentes:
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
A realização dessa reunião semanal, que deve ser rápida e objetiva, possibilita não só planejar
adequadamente os trabalhos de implantação das obras, como verificar o cumprimento desse
planejamento, num horizonte de tempo que permita ao Gerenciamento Ambiental estar sempre
à frente das atividades da construção, podendo, dessa forma, atuar preventivamente na
conservação do meio ambiente.
Relatórios Ambientais durante a Construção
379
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Durante a execução das obras, o acompanhamento dos aspectos ambientais deve ser
realizado por meio de uma série de relatórios periódicos. Esses relatórios, de periodicidade
mensal, devem contemplar, de um lado, as realizações quantitativas nos aspectos ambientais,
permitindo a medição e o pagamento correspondente à empresa construtora. Por outro lado,
devem apontar as medidas adotadas para cumprimento das demais exigências do
licenciamento, possibilitando o acompanhamento por parte do empreendedor e do órgão
licenciador.
Os relatórios para acompanhamento devem ter, sempre que possível, registros fotográficos da
evolução da obra e das medidas e programas ambientais, servindo, posteriormente, aos
programas educação ambiental e comunicação social.
TAQUARIL URBANIZADO
Requalificação e Revitalização Urbano Ambiental
Saneamento Ambiental
Infra-estrutura
Recuperação Ambiental e controle de riscos
Reestruturação do Sistema Habitacional
Construção e recuperação de moradias
Desenvolvimento Social
Criação de Centro “BH Cidadania”
A execução dessas obras envolve uma seqüência de atividades no campo que, dependendo
da natureza do terreno, do uso urbano ou rural e da cobertura vegetal existente, podem ter
impactos variáveis sobre o meio ambiente.
A Prefeitura de Belo Horizonte faz acompanhamento e fiscalização de obras que, entre outros,
visam diminuir os transtornos das obras públicas para a coletividade. Estão nele listadas
medidas de proteção ao canteiro de obras e a vizinhança; orientações quanto às inspeções das
edificações vizinhas, procedimentos relativos aos serviços de terraplanagem, demolições e
remoções, drenagem urbana, pavimentação e obras complementares de urbanização além de
medidas de controle do bota-fora, detalhamento da sinalização de advertência a ser
implantada, entre outros procedimentos.
O Manual Ambiental de Construção envolve, entre outros: (i) a gestão ambiental dos canteiros
de obra e acampamentos de trabalhadores; (ii) o controle ambiental das atividades de
construção com exigências de controle de ruído, horários de funcionamento, atividades de
terraplanagem, abertura de valas, reaterro, transporte e guarda temporária de material, seja de
bota-fora ou de insumos da construção civil, e de atividades de etc; (iii) controle de trânsito; e
380
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• Canteiro de Obras;
• Planos de Gerenciamento de Riscos e de Ações de Emergência na Construção;
• Educação Ambiental dos Trabalhadores e Código de Conduta na Obra;
• Saúde e Segurança nas Obras;
• Gerenciamento e Disposição de Resíduos;
• Controle de Ruído;
• Pátio de Equipamentos;
• Controle de Trânsito;
• Estradas de Serviço.
• Obras especiais
- Áreas Urbanas;
- Cruzamentos de Rodovias e Ferrovias;
- Travessias de Cursos d’Água;
• Obras Comuns
- Abertura da Faixa de Obras
- Abertura da Vala
- Transporte e Manuseio de Tubos
- Colocação dos Tubos
- Cobertura da Vala
- Limpeza, Recuperação e Revegetação da Faixa de Obras
- Plano de manejo e disposição final de material dragado dos rios e córregos
- Plano de Controle e Recuperação das Áreas de Empréstimo e de Bota-Fora
381
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A primeira diretriz que deve nortear o planejamento das construtoras, com relação à sua infra-
estrutura de apoio em campo, refere-se às características das comunidades existentes nas
vizinhanças das áreas que serão afetadas, no sentido de que as atividades de obra, o
funcionamento do canteiro e o convívio com os trabalhadores, mesmo por período de tempo
reduzido, não venham a acarretar impactos negativos significativos na qualidade de vida das
populações.
Normalmente, as atividades de obra e o afluxo de mão-de-obra durante a construção
constituem um fator de incentivo às atividades econômicas das localidades e, assim, podem
propiciar um impacto positivo. No entanto, conforme o tamanho e as peculiaridades de cada
comunidade, impactos negativos podem ocorrer, tais como:
• Sobrecarga na infra-estrutura de serviços urbanos;
• Aumento das demandas e conseqüente elevação de preços de bens e serviços;
• Alterações no comportamento e convívio social da comunidade.
382
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Não será permitido o abandono da área de canteiro sem recuperação do uso original, nem o
abandono de sobras de materiais de construção, de equipamentos ou partes de equipamentos
383
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Documentação fotográfica, retratando a situação original das áreas do canteiro e das faixas de
obras dos coletores e interceptores, da macro e micro drenagem, das vias e da urbanização
deve ser obrigatoriamente elaborada e utilizada durante a execução dos serviços de
restauração, visando a comparação da situação dessas áreas antes e depois da construção
das obras.
A construtora deve garantir que todo o reabastecimento será feito considerando que devem
estar disponíveis, para utilização imediata, os necessários equipamentos e materiais, bem
como a tomada de medidas mitigadoras, para conter possíveis vazamentos que possam
alcançar áreas sensíveis, como os cursos d'água.
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A construtora deve preparar uma lista sobre o tipo, quantidade, local de armazenamento de
contenção e material de limpeza para ser usado durante a construção. A lista deve incluir
procedimentos e medidas para minimizar os impactos no caso de derramamento.
A construtora deve realizar um inventário dos lubrificantes, combustíveis e outros materiais que
possam acidentalmente ser derramados durante a construção.
Áreas de armazenamento de contenção não devem ter drenos, a não ser que os fluidos
possam escoar dessas áreas contaminadas para outra área de contenção ou reservatório,
onde todo o derramamento possa ser recuperado.
Procedimentos de limpeza devem ser iniciados assim que o derramamento for contido. Em
nenhuma circunstância se deve usar o equipamento de contenção para armazenar material
contaminado. Em caso de derramamento, a construtora deve notificar a Supervisora e a
Coordenação Ambiental da UGP, através de seu Responsável Ambiental.
385
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
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É possível antever alguns tipos de acidentes que podem ocorrer nesse tipo de obra: acidentes
decorrentes de trânsito de veículos; da utilização de equipamentos e ferramentas; no desmonte
de rochas; lesões causadas por animais selvagens ou peçonhentos; doenças causadas por
vetores transmissores, parasitas intestinais ou sexualmente transmissíveis, dentre outros.
Deverá ser feita a estruturação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, com
funcionários da empresa construtora, a qual se reunirá periodicamente e deverá elaborar o
Mapa de Riscos Ambientais e definir os Equipamentos de Proteção Individual, a serem
utilizados pelos diferentes setores das obras, cuidando para que sejam utilizados e mantidos
estoques de reposição.
388
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Durante a execução das obras, é prevista a geração de dois tipos de resíduos: sólidos e
sanitários.
O gerenciamento ambiental dos resíduos sólidos está baseado nos princípios da redução na
geração, na maximização da reutilização e da reciclagem e na sua apropriada disposição.
O canteiro deve contar com sistema de coleta interna de resíduos sólidos, os quais devem ser
colocados em locais próprios para serem recolhidos pelo sistema público de coleta e
disposição. Deve haver uma negociação a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Saneamento Urbano visando a utilização desse sistema.
Deve haver um perfeito controle sobre o lixo doméstico gerado no canteiro de obras. O lixo
deve ser recolhido separadamente (orgânico/úmido e inorgânico/seco) para que possam ter
destino final diferenciado. O lixo deve ser colocado em local adequado para ser recolhido pelo
serviço de limpeza urbana do município ou, especificamente no caso do lixo seco (papel,
papelão, vidro, plástico, latas, etc), disponibilizado para ser recolhido por pessoas da
comunidade próxima para a sua posterior reciclagem.
No transporte de entulho e lixo, para evitar a perda do material transportado deve ser evitado o
excesso de carregamento dos veículos, além de ser mantida uma fiscalização dos cuidados
necessários no transporte, tais como em relação à cobertura das caçambas ou carrocerias dos
caminhões com lona.
A disposição final do entulho de obra deve considerar o que preconiza a Resolução CONAMA
no. 307, de 07 de julho de 2002, que estabelece:
Art. 3º Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta
Resolução, da seguinte forma:
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de
infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos
(tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto
(blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais
como os produtos oriundos do gesso;
389
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Art. 4º Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e,
secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.
§ 1º Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos
domiciliares, em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d`água, lotes vagos e em
áreas protegidas por Lei, obedecidos os prazos definidos no art. 13 desta Resolução.
§ 2º Os resíduos deverão ser destinados de acordo com o disposto no art. 10 desta
Resolução.
Art. 10. Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:
I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou
encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de
modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou
reciclagem futura;
III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade
com as normas técnicas especificas.
IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas.
Art. 13. No prazo máximo de dezoito meses os Municípios e o Distrito Federal deverão
cessar a disposição de resíduos de construção civil em aterros de resíduos domiciliares e em
áreas de "bota fora".
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor em 2 de janeiro de 2003.
Com relação aos resíduos sanitários, havendo infra-estrutura no local os efluentes líquidos
gerados pelo canteiro de obras só devem ser despejados diretamente nas redes de águas
servidas após uma aprovação prévia da Fiscalização do empreendedor, em conjunto com a
PBH.
Não existindo infra-estrutura, devem ser previstas instalações completas para o tratamento dos
efluentes sanitários e águas servidas por meio de fossas sépticas, atendendo aos requisitos da
norma brasileira NBR 7229/93, da ABNT.
Quanto aos resíduos oriundos das oficinas mecânicas, das lavagens e lubrificação de
equipamentos e veículos, deve ser prevista a construção de caixas coletoras e de separação
dos produtos, para posterior remoção dos óleos e graxas através de caminhões ou de
dispositivos apropriados.
O canteiro deve contar também com equipamentos adequados para minimizar a emissão de
gases e para a diminuição de poeira (caminhão-pipa).
390
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
A construtora deve prever a execução das seguintes ações, juntamente com a seleção do local
do canteiro de obras:
• Previsão dos principais resíduos a serem gerados, com estimativas iniciais de suas
quantidades;
• Levantamento dos aterros e locais adequados para a disposição dos resíduos previstos;
• Elaboração de um plano de redução da geração, reciclagem e manejo/disposição de
resíduos;
• Estabelecimento de acordos com os órgãos locais para a utilização de equipamentos e
instalações de tratamento/disposição de resíduos;
• Inclusão, no programa de treinamento ambiental dos trabalhadores, dos aspectos de
manejo de resíduos;
• Fiscalização contínua sobre as atividades geradoras de resíduos durante a fase de obras.
A principal meta a ser atingida é o cumprimento das legislações ambientais federal, estadual e
municipal vigentes, tanto no tocante aos padrões de emissão quanto no tocante à correta e
segura disposição dos resíduos.
Algumas áreas mais sensíveis, como as Áreas de Preservação Permanente, devem ser
especialmente protegidas quanto à disposição ou aplicação de resíduos no solo.
Várias atividades previstas no contexto da implantação das obras poderão gerar alteração dos
níveis de ruído, entre as quais destacam-se aquelas relacionadas à preparação do terreno -
corte de árvores, implantação do canteiro de obras, movimentação de terra, trânsito de
caminhões/bota-fora, recebimento de materiais, transporte de pessoal, concretagem em muros
de arrimo, e outras atividade afins.
O ruído e as vibrações provenientes da execução dessas atividades deverão ser minimizados.
É importante exercer um controle à emissão de ruídos por motores mal regulados ou com
manutenção deficiente. Os silenciadores dos equipamentos deverão receber manutenção
rotineira para permanecer funcionando a contento. Deve ser evitado o trabalho no horário
noturno (das 22 até as 7 horas).
Deve ser realizada uma campanha, antes do início das obras, para medição do ruído nos locais
de intervenções, junto aos principais receptores. Deverão ser consideradas as características
de uso dos locais de intervenção, os principais equipamentos previstos nas obras e suas
características de emissão de ruído com o objetivo de garantir o necessário atendimento à
legislação vigente: CONAMA 1/90, Norma ABNT NBR 10151 e legislação Municipal Lei
4253/85.
Conforme o resultado da avaliação preliminar, deverão ser previstas medidas para minimização
e controle dos níveis de ruído esperados, tais como restrição de horários de operação,
tapumes, etc.
391
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Deverão ser estabelecidos critérios de filtração e recuperação de óleos e graxas, de forma que
os refugos ou perdas de equipamentos não escoem, poluindo o solo e sendo levados aos
cursos d’água.
394
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
As obras e serviços em vias públicas devem ser executadas com a indispensável cautela da
adequada sinalização, durante o dia e a noite, e de acordo com os elementos de sinalização
diurna e noturna recomendados e descritos nas Normas de Sinalização de Obras da
BHTRANS.
A sinalização adequada das obras deve ser feita não só para atender às exigências legais, mas
também para proteger trabalhadores, transeuntes, equipamentos e veículos.
Qualquer obra nas vias públicas que possa perturbar ou interromper o livre trânsito ou oferecer
perigo à segurança pública não será iniciada sem prévios entendimentos com a Prefeitura
Municipal e com o órgão responsável pelo trânsito - BHTRANS. Nenhuma obra em rua
transitada por pedestres ou veículos será iniciada sem prévia sinalização para o seu desvio,
tudo de acordo com as autoridades competentes ou entidades concessionárias de serviços de
transportes.Todas as providências relativas ao assunto serão da responsabilidade exclusiva da
Contratada.
Vias de acesso sujeitas a interferências com a obra deverão ser deixadas abertas com
passadiços ou desvios adequados, que serão construídos e mantidos pela Contratada. Vias de
acesso fechadas ao trânsito deverão ser protegidas com barricadas efetivas, com a devida e
convencional sinalização de perigo e indicação de desvio, colocados os sinais antecedentes de
advertência. Durante a noite, essas barreiras deverão ser iluminadas e, em casos em que o
risco de acidentes seja maior, serão postados vigias ou sinaleiros devidamente equipados para
orientação, evitando acidentes.
Toda a obra que interferir nas vias de tráfego deverá ter autorização BHTRANS, onde caberá a
este órgão liberar ou não a execução da obra no sistema viário e fiscalizar com o intuito de
prover segurança a pedestres e veículos, além de garantir fluidez do tráfego.
395
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Os equipamentos empregados pela Contratada deverão ter características que não causem
danos em vias públicas, pontes, viadutos, redes aéreas, etc. Quaisquer danos desse tipo serão
reparados pela Contratada, sem ônus para o empreendedor (Contratante). Quando a
Contratada necessitar transportar cargas excepcionalmente pesadas ou de dimensões
avantajadas, que possam causar algum transtorno ao trânsito, deverá informar previamente à
Fiscalização, de modo a estabelecerem as rotas, dias e horários a serem utilizados. Caberá à
Contratada toda a responsabilidade e providência pertinente.
Deverá haver na obra cópia xerox ou fotocópia autenticada dos documentos de liberação da
área de serviço pelo órgão de trânsito com jurisdição sobre o local.
De modo geral, os sinais usados durante a execução das obras serão de advertência. Porém,
sempre que as condições exigirem serão utilizados também sinais de regulamentação,
fornecidos e instalados diretamente pelo órgão responsável pelo trânsito.
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
A sinalização noturna será feita com os mesmos dispositivos utilizados na sinalização diurna,
acrescidos de sinalização luminosa e outros dispositivos refletivos.
Além das recomendações normalmente indicadas para as obras, o mesmo cuidado e atenção
deverá ser dispensado à sinalização noturna dos equipamentos móveis ou semimóveis, que
muitas vezes precisam ficar estacionados na rua durante a execução dos serviços.
A sinalização refletiva tem por fim refletir toda a luz incidente, tornando claramente visível, em
sua totalidade, o dispositivo em que é aplicada. A refletividade de um elemento de sinalização
pode ser conseguida por meio de dispositivos especiais (olhos-de-gato, películas refletivas e
outros) ou de tintas que possuam essas propriedades.
Tintas refletivas serão utilizadas na pintura das faixas amarelas dos cavaletes zebrados e dos
demais dispositivos da sinalização diurna que venham a ser utilizados à noite.
A sinalização luminosa pode ser constituída por um mais dos tipos descritos a seguir:
• Sinalização a querosene - compõe-se de um recipiente para o querosene e para o pavio
grosso, que é extraído para fora do local à medida que é utilizado. São usados na
sinalização de locais que não dispõem de outro tipo de iluminação. Serão colocados à
altura adequada e perto dos sinais que se quer tornar visíveis.
• Lâmpadas vermelhas comuns - Quando houver necessidade e a critério da Fiscalização,
serão utilizadas lâmpadas vermelhas comuns ou baldes de plástico vermelhos perfurados.
• Sinalização rotativa ou pulsativa - Em locais de grande movimento poderão ser exigidos
sinalizadores rotativos ou pulsativos, que são visíveis a grande distância.
A Contratada poderá usar qualquer recurso técnico para iluminação da sinalização. Quando for
usado exclusivamente sistema elétrico, a partir da rede comum da concessionária, deverá
haver gerador de emergência no local e operador permanente. As redes elétricas deverão ser
duplas, com lâmpadas alternadas, alimentadas pelos dois circuitos diferentes, providos de
navalhas, com fusíveis diferentes, sendo a rede usada exclusivamente para iluminação elétrica.
O sistema de emergência poderá ser de bateria com "cut-off" automático. Quando for usado
outro tipo de iluminação, com "lampiões", esses serão protegidos das intempéries e serão
mantidos no local operários encarregados de reabastecê-los durante a noite. Os montes de
material escavado que permanecerem expostos serão caiados.
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Praticamente toda a extensão das obras do sistema de esgotamento está localizada em áreas
urbanas com acesso rodoviário já existente. No entanto, em situações especificas pode-se
necessitar da abertura de estrada de acesso para intervenções de esgotamento sanitário,
macrodrenagem, etc.
Para que sejam evitados problemas ambientais comuns a essas obras de acesso provisório,
duas diretrizes básicas devem ser seguidas. A primeira refere-se à localização e dimensão
dessas obras de apoio, que devem ser projetadas com os seguintes cuidados:
• O traçado deve evitar interferências com áreas de interesse ambiental e a fragmentação de
habitat natural.
• Os materiais de construção (solo, cascalho) devem ser provenientes de jazidas que serão
recuperadas.
• A via deve conter dispositivos de drenagem e de controle da erosão adequados.
No caso dessas estradas de serviço passarem a integrar a rede de estradas vicinais locais,
devem ser tratadas como se fossem parte das obras principais, ou seja, replanejadas e
dotadas de todas as características que seriam exigidas normalmente para a implantação e
manutenção de vias vicinais.
Antes do início das atividades de obra, devem ser verificadas as condições dos acessos
existentes, principalmente no que se refere à capacidade de carga das travessias e à
capacidade de suporte da pista de rolamentos.
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PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Havendo necessidade de manejo de redes de serviços públicos, tais como água, luz, gás e
telefone, que inevitavelmente resultam em interrupções no fornecimento desses serviços, tal
fato deve ser comunicado à comunidade, com a devida antecedência, sendo que qualquer
manejo só será efetuado na presença de equipes de emergência das concessionárias.
A poeira resultante das atividades deve ser controlada, utilizando aspersão de água por
caminhões-pipa. Os caminhões e demais equipamentos só poderão circular em vias públicas
com pneus e rodas devidamente limpos. Para tanto, a empresa construtora deve prever locais
adequados para aspersão de água e limpeza.
As obras previstas no Programa BH Vilas Urbanizadas poderão ter interferências com vias
urbanas estruturais e rodovias estaduais e federais.
399
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Onde não for possível a escavação a céu aberto devem ser adotados métodos não-destrutivos,
tais como a utilização de “tubo camisa”, um revestimento metálico colocado previamente à
tubulação a ser instalada, servindo de proteção e guia para a passagem.
As travessias de cursos d’água devem ser executadas obedecendo a projetos específicos para
cada caso, em conformidade com o que for estabelecido nos documentos do Licenciamento
Ambiental. Em muitos casos, a travessia de cursos d’água pode ser realizada fixando-se a
tubulação nos tabuleiros ou pilares de pontes rodoviárias ou ferroviárias. Nesses casos, a
instituição responsável pela estrada (DNIT, RFFSA) deve ser consultada formalmente.
Para evitar o aporte de substâncias contaminantes ao corpo d’água, a construtora deve seguir
as medidas de prevenção contra derramamento de poluentes. Produtos e efluentes perigosos,
como produtos químicos, combustíveis e óleos lubrificantes, só podem ser armazenados a uma
distância mínima de 200 metros da margem de cursos d' água, em conformidade com a
legislação vigente.
400
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Nos locais onde existirem rochas que necessitam ser desmontadas com a utilização de
explosivos, as empreiteiras devem tomar todas as precauções exigidas pela legislação e pelas
normas específicas existentes. Essas precauções podem ser sintetizadas em:
Os grandes fabricantes, como a Barbará (tubos e conexões de ferro fundido dúctil), a Tigre
(tubos e conexões de PVC), e outros têm manuais próprios. A ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas tem publicadas Normas, Especificações e Métodos para fabricação, ensaios
e recebimento desses materiais.
Adicionalmente, deverão ser seguidas também as condicionantes ambientais descritas a
seguir.
A tubulação deverá acompanhar o relevo existente, dentro dos limites de curvatura admitidos
em projeto, sendo, neste caso, minimizada a execução de cortes e aterros (terraplenagem).
Somente quando a morfologia do terreno não permitir o uso de equipamentos que possam
401
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
operar com segurança e também não haja uma área de trabalho acessível ou eficiente, é
permitida a execução de cortes e aterros. Esses trabalhos são precedidos de um projeto,
submetido à aprovação prévia da Fiscalização (e Supervisora).
• As laterais da faixa devem ser claramente delineadas, certificando-se de que não irá
ocorrer nenhuma limpeza além dos seus limites;
• As árvores a preservar devem ser marcadas com bandeiras, cercas, ou algum outro tipo de
marca, antes de iniciar a limpeza;
• Vegetação tipo arbustos, matos rasteiros e árvores devem ser cortados no nível do chão,
procurando-se deixar as raízes intactas, nas Áreas de Preservação Permanente.
• Todas as cercas encontradas devem ser mantidas pelo uso de um sistema temporário de
colchetes. O colchete deve ser construído com um material similar ao da cerca. Em
nenhum momento, deve-se deixar uma cerca aberta;
• As cercas permanentes devem ser refeitas com o mesmo material e nas mesmas
condições que existiam antes da construção;
• As árvores devem ser tombadas dentro da faixa;
• Qualquer árvore que cair dentro de cursos d’água ou além do limite da faixa deve ser
imediatamente removida;
• As árvores localizadas fora dos limites da faixa de domínio não devem ser, em hipótese
alguma, cortadas com o objetivo de obter madeira, evitando-se a poda dos galhos
projetados na faixa;
• A madeira não especificamente designada para outros usos deve ser cortada no
comprimento da árvore e ficar organizadamente empilhada ao longo da delimitação da
faixa, para ser usada como estiva ou para controlar a erosão. As estivas devem ser
necessariamente removidas do trecho, depois que a construção estiver concluída;
• A madeira não deve ser estocada em valas de drenagem ou dentro de áreas úmidas, a não
ser que as condições específicas do local permitam.
De uma forma geral, a vala deve ser aberta e preparada, considerando-se as recomendações a
seguir apresentadas.
O solo superficial (camada orgânica) e o solo mineral escavado devem ser separados, durante
o processo de escavação, e armazenados separadamente.
O solo superficial orgânico deve ser removido na sua profundidade detectada.
Em nenhuma circunstância o solo superficial poderá ser usado como revestimento de fundo da
vala.
Interferências subterrâneas devem ser localizadas, (tubulações e cabos) escavadas
cuidadosamente e identificadas. As autoridades envolvidas (concessionárias, agências) devem
ser notificadas.
Tampões de valas são partes da vala que interrompem a continuidade da vala que está aberta.
Tampões macios são solos compactados ou sacos de areia colocados sobre a vala durante a
escavação. Tampões duros são partes da vala que ainda não foram escavadas.
402
PREFEITURA BH
PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Em declives íngremes, os tampões servem para reduzir a erosão e a sedimentação das valas
e, com isso, diminuir os problemas de descarga na base do declive, onde geralmente estão
localizadas áreas de ambientes sensíveis, cursos d’água e áreas alagadiças. Além disso, os
tampões permitem que o gado e os animais selvagens possam atravessar a vala. As medidas
que devem ser aplicadas aos tampões das valas são as apresentadas a seguir.
Para evitar que os tampões macios fracassem no controle da passagem da água, eles devem
ser mais compridos do que altos, feitos de camadas compactadas e construídos ao longo das
valas. Devem ser inspecionados regularmente pela empreiteira, para evitar que se rompam.
A instalação dos tampões deve ser coordenada junto com a instalação das banquetas e calhas
d’água provisórias, para com isso poder desviar, com eficácia, a água para fora da faixa de
obras.
Quando os tampões localizados acima de corpo d’água ou áreas alagadiças são removidos, a
água que acumulada atrás delas deve ser bombeada para uma área bem vegetada, ou filtrada
antes dos tampões serem removidos.
Os tubos devem ser distribuídos ao longo da pista, de maneira a não interferir com o uso
normal dos terrenos atravessados.
• Execução de uma inspeção minuciosa das condições das paredes laterais e do fundo da
vala;
• Esgotamento preferencial da vala, nos casos da ocorrência de água no seu interior, de
forma a permitir uma inspeção detalhada das suas paredes laterais e do seu fundo;
• Verificação dos trechos da vala aberta em rocha, visando um repasse das condições de
suas paredes e do seu fundo, com a remoção de eventuais ressaltos que venham a
comprometer a segurança da tubulação;
• Recolhimento de detritos detectados no interior da vala, tais como: pedaços de madeira,
tacos e sacos de apoio da tubulação, protetores de bisel dos tubos, pedras soltas, luvas,
lixas, escovas, restos de papel feltro, lã de vidro, fitas de polietileno, embalagens de
comidas, etc.
• Revestimento do fundo da vala com camada de solo isento de pedras e outros materiais
que possam danificar o revestimento da tubulação nos trechos de vala aberta em rocha, ou
onde, na superfície do fundo da vala, o terreno estiver muito irregular;
403
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PROGRAMA BH VILAS URBANIZADAS
Deve ser feita uma inspeção para a verificação de eventuais danos nos tubos e no seu
revestimento original, com a execução dos reparos que se fizerem necessários.
Sempre que o serviço de colocação dos tubos for interrompido deve ser verificado se a
tubulação colocada na vala está com as suas extremidades tamponadas, para impedir a
entrada de animais, detritos e outros objetos estranhos.
O serviço de cobertura deve ser iniciado logo após a colocação da tubulação na vala e a sua
aprovação pela Fiscalização, de forma que:
Em princípio, todo o material oriundo da escavação da vala deve ser recolocado nela,
tomando-se o cuidado para que a camada externa de solo vegetal venha a ocupar a sua
posição original.
As camadas recolocadas devem ser constituídas de solo solto e macio, retirado do material
escavado da própria vala, isento de impurezas e detritos. Na impossibilidade de contar com o
material escavado da vala - caso de trecho em rocha - deve ser providenciado o transporte do
material de uma área de empréstimo previamente escolhida, cujo solo atenda aos requisitos
especificados.
Nos trechos em rampa com declividade acentuada, o material de cobertura deve ser totalmente
compactado, para evitar deslizamento ou erosão.
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Quando requerida a compactação do reaterro da vala, devem ser colocadas camadas de altura
compatível com o tipo de solo e o grau de compactação desejado. A compactação junto à
tubulação deve ser feita com soquete manual. Na camada superficial do terreno, a
compactação do solo deve ser reduzida, objetivando facilitar o desenvolvimento do sistema
radicular das espécies a serem utilizadas na revegetação.
Deve ser executada uma sobrecobertura ao longo da vala, para compensar possíveis
acomodações do material e o aparecimento de focos de erosão. O solo deve cobrir toda a
parte superior da vala, visando facilitar a estabilização do terreno. A sobrecobertura não deve,
entretanto, ser executada nos seguintes casos:
Nos casos em que não for possível executar a sobrecobertura da vala, deve ser providenciada
a compactação do material de cobertura.
Os serviços de limpeza e recuperação da faixa de obras devem ser definidos em função dos
seguintes princípios básicos para a minimização dos impactos causados ao meio ambiente:
• Adoção de métodos para zelar pela proteção ao solo, pelo combate à erosão e pela
manutenção da integridade física da tubulação, com a correspondente estabilidade da vala
onde for implantada;
• Devolução, à faixa de obras e aos demais terrenos atravessados e/ou próximos da
tubulação, do máximo de seu aspecto e condições originais de drenagem, proteção vegetal
e de estabilidade, restaurando todos os eventuais danos ecológicos e socioeconômicos
causados às propriedades de terceiros e aos bens públicos, assim como aos sistemas
hidrográficos e aos mananciais, afetados pela construção da rede coletora.
Em áreas sujeitas a ação erosiva intensa, tipo voçorocamento, em face do risco da tubulação
ficar exposta, a restauração da faixa de obras deve ser executada simultaneamente com as
fases de montagem da rede coletora.
Deve ser feita documentação fotográfica, retratando a situação original da faixa, visando a
comparação da situação da área atravessada ou envolvida pela obra, antes e depois da
construção da rede coletora, dos serviços de drenagem, vias e urbanização.
Além da restauração definitiva das instalações danificadas pela obra, os serviços devem
englobar a execução de drenagem superficial e de proteção vegetal nas áreas envolvidas, de
forma a garantir a estabilidade do terreno, dotando a faixa de obras, a pista, a vala e a
tubulação enterrada de uma proteção permanente.
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Nos pontos onde a faixa interceptar rios e corpos d’água, deve ser executada a restauração
das margens e taludes.
Deve ser realizada a limpeza completa da faixa de obras e das pistas de acesso, assim como
dos demais terrenos e estruturas de apoio utilizados nos serviços de construção e montagem
da rede coletora.
Exceto quando estabelecido de outra forma, devem ser desativados todos os acessos
provisórios, assim como eliminados ou removidos pontes, pontilhões, estivas e outras
instalações provisórias utilizadas na execução dos serviços de construção e montagem da rede
coletora.
As cercas de divisas de propriedades, divisas de áreas de pastagem e/ou de culturas, assim
como portões, porteiras, mata-burros, etc., devem ser restauradas ou reinstaladas
integralmente como eram no seu estado original, tudo de conformidade com o registrado no
cadastramento de benfeitorias e no documentário fotográfico executado previamente nas
propriedades.
Deve ser executado o replantio de espécies nativas em áreas contíguas aos remanescentes
atingidos, a partir da coleta de mudas e sementes nas áreas desmatadas, desde que
autorizado pelo órgão ambiental licenciador. Devem também ser selecionadas espécies de
maior adaptabilidade e rapidez de desenvolvimento, levando-se em conta a necessidade da
reintegração paisagística.
Devem ser priorizadas, para a revegetação, as áreas íngremes e as margens de cursos d’água,
consideradas por lei como de preservação permanente, as quais apresentam maiores riscos de
danos ambientais, como erosões e assoreamentos.
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surgimento de processos erosivos. Para tal, deverá ser utilizado um coquetel de espécies
vegetais de gramíneas e leguminosas de rápido crescimento, preferencialmente nativas.
Na restauração de áreas cultivadas devem ser adotados cuidados especiais para assegurar
que os terrenos possam ser preparados em condições para o plantio, ou seja, com o substrato
recuperado no seu nível original, permitindo a sua reintrodução ao uso original pelos
proprietários.
As áreas de canteiros de obras que não forem utilizadas para outro fim posteriormente devem
ser revegetadas.
Os canteiros possuem superfícies como estradas internas e pátios muito compactadas pelo
trânsito de máquinas e caminhões. Para a revegetação, inicialmente deve ser feita uma
subsolagem para romper as camadas compactadas das superfícies em pauta.
Basicamente três tipos de áreas degradadas podem ser geradas pela implantação das obras
do Programa BH Vilas Urbanizadas, além da própria faixa de execução das obras: áreas de
empréstimos de materiais naturais (eventualmente necessários para aterros, revestimento de
estradas de serviço ou preenchimento de valas); bota-foras; e local do canteiro de obras.
Essas áreas, ao término da construção, deverão ser trabalhadas de modo que as suas novas
condições situem-se próximas às condições anteriores à intervenção, procurando-se devolver a
esses locais o equilíbrio dos processos ambientais ali atuantes anteriormente, ou permitir a
possibilidade de novos usos.,
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A seleção das áreas de jazidas a serem exploradas são feitas pela construtora e aprovadas
pela Supervisão, em função das distâncias de transporte até o local de utilização do material.
No planejamento prévio das obras já se saberá qual o volume a ser retirado de cada jazida e,
conseqüentemente, a extensão da superfície a ser alterada. Pode ocorrer alguma diferença
entre os volumes necessários e disponíveis planejados e a real execução, em função de
condições do solo que só são observadas durante a execução, mas essas diferenças
geralmente não são significativas.
De qualquer forma, é importante que cada jazida seja claramente delimitada em campo, pois,
da mesma forma que não se deve pagar por um volume não utilizado, também não se deve
alterar uma superfície sem motivo. Deve-se sempre respeitar as áreas de interesse ecológico
(áreas em bom estado de conservação natural e áreas de preservação permanente), evitando-
se, sempre que possível, alterar as condições naturais desses ambientes.
A cobertura vegetal deverá ser removida somente na área prevista e delimitada para
exploração, onde ocorrerá a decapagem do estéril, e em período imediatamente precedente a
essa operação, de forma que logo após o desmatamento ocorra a decapagem. A retirada da
vegetação deverá ocorrer na medida em que for havendo necessidade de se explorar cada
jazida, evitando-se o desmatamento de várias jazidas em um mesmo período. Os cuidados
nessa fase são:
• Delimitar a área a ser desmatada e a área onde será feita a estocagem do solo superficial,
para posterior recuperação das áreas alteradas.
• Orientar os operários quanto aos processos de retirada da vegetação, no sentido de
reaproveitar os restolhos vegetais.
• Evitar a queima da cobertura vegetal, encontrando destino para os troncos vegetais que
forem cortados e estocar quando possível os restolhos vegetais juntamente com o solo,
para utilização futura na reabilitação de áreas degradadas.
Decapagem do estéril
Definir previamente a espessura do horizonte considerado como solo fértil, quando este existir,
e fazer a remoção dessa camada para as áreas delimitadas para a estocagem. A camada de
solo fértil compreende, em geral, uma espessura de até 30 cm (pode ser bem menor), onde se
concentram as maiores quantidades de matéria orgânica e a atividade biológica do solo.
O solo fértil removido e estocado deverá ser conservado para uso posterior nos setores
degradados a serem reabilitados, podendo ser utilizado também na cobertura da superfície
final do bota-fora.
Estocagem do solo
Para a estocagem do solo fértil, é recomendável fazer o depósito em local plano, formando
pilhas regulares não superiores a 2 metros de altura. No sentido de prevenir a erosão e o
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carreamento de partículas mais finas, a base da pilha deverá ser protegida com troncos
vegetais (do desmatamento da própria área) e toda sua superfície deverá ser recoberta com
restolhos vegetais;
Escavação
Sinalizar e cercar as áreas em exploração para evitar acidentes com pessoas ou animais. A
área deverá permanecer cercada com estacas de madeira e arame farpado.
Durante a operação da lavra, os trabalhadores deverão usar equipamentos de proteção
individual (luvas, botas, capacetes e óculos de proteção e máscara contra poeiras).
Transporte de materiais
Durante o transporte dos materiais até a área de utilização ou até os depósitos de estocagem,
atenção especial deverá ser dada às estradas de serviço utilizadas, controlando a velocidade
dos veículos e sinalizando as pistas para evitar acidentes com outros usuários.
Recuperar eventuais trechos deteriorados da estrada.
Fazer o controle da manutenção e regulagem periódica dos caminhões como forma de evitar
emissões abusivas de ruídos e gases.
Controlar a poeira durante a estiagem através da aspersão de água nos acessos dentro da
área do projeto. As cargas de material terroso devem ser transportadas com coberturas de
lona.
Drenagem superficial
Os trabalhos de drenagem superficial das áreas a serem exploradas se farão necessários
somente se a operação ocorrer durante o período chuvoso, de forma que o objetivo principal da
drenagem superficial nesse caso será o de facilitar os trabalhos de exploração, evitando que as
áreas a serem exploradas fiquem submersas.
Nas jazidas de solo, durante o período chuvoso, deverão ser abertas valetas de drenagem no
entorno da área de exploração visando controlar e evitar o fluxo superficial para dentro da
escavação.
As pilhas de estoque de solo acumulado devem ser protegidas, tanto em suas bases como na
superfície. Deve-se colocar na base das pilhas troncos de madeiras e recobri-las com restolhos
vegetais, evitando-se o carreamento e transporte de sedimentos.
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• Sistematização dos terrenos, os quais deverão ficar com inclinação suave, compatível com
a direção predominante de escoamento das áreas vizinhas, evitando-se criar locais sem
escoamento natural;
• Leve compactação dos terrenos, para sua estabilização;
• Recobrimento de toda a área com a camada superficial de solo orgânico, anteriormente
removida e estocada. Deverá ser colocada uma camada de solo orgânico, de forma regular,
com a mesma espessura da camada original, no mínimo, obedecendo a conformação
topográfica e recobrindo toda a superfície. A finalidade dessa cobertura é de reconstruir um
horizonte orgânico sobre o solo depositado, contendo o húmus que propiciará a absorção
dos elementos nutrientes pelas espécies vegetais a serem implantadas.
De modo geral, tanto para recuperação da condição anterior quanto para implantação de
pastagens, a fixação da vegetação será mais rápida e eficiente se for feita a correção da
fertilidade do solo, o que consiste em duas ações complementares: a calagem, que é a
correção da acidez do solo, normalmente feita com a adição de calcário dolomítico; e a
adubação, por meio da adição de nutrientes químicos ou orgânicos. As quantidades a serem
aplicadas devem ser indicadas depois de análise do solo, em laboratórios específicos.
A incorporação do calcário ao solo deve ser feita por meio de gradagem, no mínimo 3 meses
antes do plantio. A incorporação dos adubos se faz juntamente com o plantio.
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Para recompor uma cobertura também arbórea, deve ser prevista a aquisição de mudas de
espécies vegetais em estabelecimentos especializados ou viveiros da região. Dependendo do
tamanho da área a ser recuperada, pode ser necessário que o próprio empreendedor instale
um canteiro para a produção das mudas. A quantidade de mudas deve ser calculada em
função da área superficial a ser recuperada e do espaçamento recomendado para cada
espécie.
O terreno deve ser preparado antecipadamente para receber as mudas. Deve-se preparar as
covas e o adubo para enchimento das covas. Após o plantio, fazer o acompanhamento do
crescimento das plantas, aplicando-se tratos culturais como eliminação de ervas daninhas,
combate a formigas, etc.
O plantio deve ser feito preferencialmente no início do período chuvoso, que na região de Belo
Horizonte corresponde ao final novembro ou início de dezembro. Por ocasião do plantio alguns
cuidados devem ser tomados:
• o plantio das mudas deve ser executado em nível, visto que o local possuirá uma suave
declividade;
• ao retirar a muda do saquinho deve cuidar-se para que o torrão não quebre, danificando o
sistema radicular. Após a remoção da muda os recipientes plásticos devem ser recolhidos e
dispostos em local adequado;
• realizar um suave embaciamento ao redor da muda, por ocasião do plantio, propiciando um
melhor armazenamento de água;
• ao plantar as mudas deve tomar-se o cuidado de não encobrir o caule da planta, uma vez
que isso pode causar morte das mudas por afogamento.
• Colocar tutores nas plantas para evitar a quebra dos galhos.
O replantio deverá ser realizado 45 dias após o plantio, visando repor as mudas mortas.
O processo de recuperação de uma área que recebeu mudas de espécies arbóreas exige que
se faça o controle e o acompanhamento dos resultados obtidos. Esse acompanhamento
consiste em:
• Adubação de cobertura em cada cova, por no mínimo 3 (três) anos consecutivos;
• Coroamento e limpeza no entorno das mudas;
• Replantio de mudas que se fizerem necessárias;
• Realização de desbastes e podas;
• Combate às formigas, inclusive nas redondezas, num raio de 200 metros, até que se tenha
controle total das formigas cortadeiras;
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Bota-Foras
Podem ser implantados bota-foras de dois tipos: temporários e permanentes.
Bota-foras temporários podem ser formados durante as escavações de valas e cortes cujos
materiais são utilizados para o recobrimento das valas e recomposição dos taludes. Nesses
casos, esses bota-foras devem estar nos limites da faixa e serem providos de dispositivos de
controle de drenagem e contenção de sedimentos, visando evitar o carreamento de material
para os talvegues a jusante.
Bota-foras permanentes podem ser necessários caso haja grandes volumes de material
retirado e que não devam ser aproveitados no reaterro e cobrimento das valas, tais como
rochas e solos expansivos. Devem ser dispostos em locais com aprovação prévia do
proprietário da área, e também ser precedidos de vistoria pelos Responsáveis pela Gestão
Ambiental, da construtora, da Supervisora e do Empreendedor, bem como ser licenciados
pelos órgãos ambientais competentes, se assim for requerido. Deve-se observar que já existem
bota-foras licenciados pela prefeitura e este ainda possuem volume passivo de recebimento de
resíduos.
Os materiais formados por blocos e matacões podem ser dispostos ao longo da faixa, desde
que haja anuência do proprietário e dos Responsáveis pela Gestão Ambiental. Esses materiais
deverão ser arranjados adequadamente, recobertos por solos e revegetados.
A seleção de áreas para bota-fora deve ser organizada em conjunto com a Prefeitura
Municipal, aproveitando o material para corrigir pequenas áreas degradadas e estabelecer
aterros em outras obras próximas ao local do bota-fora.
Sempre que possível, o terreno deverá ser mantido plano ou com pouca declividade. Em
terrenos com declividade superior a 20%, recomenda-se a construção de bancadas, também
denominadas terraços em patamar (terraceamento). O terraceamento visa diminuir a
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14 ESTIMATIVA DE CUSTOS
A planilha apresentada a seguir foi elaborada em fevereiro de 2005 e encontra-se em processo
de ajustamento. Portanto, poderá ter seus custos modificados e programas incluídos,
especialmente na área de gestão ambiental.
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CUSTOS
TOTAL DO PROJETO (Componente social) 953.700 749.137 1.172.514 1.269.408 855.241 5.000.000 15.000.000
1- DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇAO INFANTIL 317.754 354.822 697.174 759.927 176.877 2.306.554 6.919.662
1.1 Ampliação do Nº de espaçõs na Pre-Escola Crianças 3 a 5 anos e 8 meses240 240 480 480 0 1.440 316.667 353.734 696.087 758.840 176.877 2.302.205 6.906.614
1.1.1 Construção de Pre-Escolas 1 Pre-escolas novas 1 1 2 2 6 950.000 316.667 316.667 316.667 633.333 633.333 0 1.900.000 5.700.000
1.1.2 Equipamento das Pre-Escolas 2 Set Equipagem 1 1 2 2 6 39.147 13.049 0 13.049 13.049 26.098 26.098 78.294 234.881
1.1.3 Material de Consumo (PBH) Mat.Consumo p/escola 61.021 20.340 0 18.674 39.014 78.028 118.709 254.426 763.278
Caixa Escolar (gastos de manutenção e funcionamento) 6 caixa esc.p/escola 0 1 2 4 6 13 35.950 11.983 0 11.983 23.967 47.933 71.900 155.783 467.350
Compra (materiais de consumo) 6 compra mat.cons.p/escola 0 1 2 4 6 13 20.071 6.690 0 6.690 13.381 26.762 40.143 86.976 260.928
Reposição (mobilia) 6 reposição mobilia p/escola 0 0 1 2 4 7 5.000 1.667 0 0 1.667 3.333 6.667 11.667 35.000
1.1.4 Despesas de Custeio (PBH) Despesas p/escola 16.035 5.345 0 5.345 10.690 21.380 32.070 69.485 208.455
Energia Elétrica 6 energia p/escola 0 1 2 4 6 13 5.554 1.851 0 1.851 3.703 7.405 11.108 24.066 72.199
Água e Esgoto 6 agua p/escola 0 1 2 4 6 13 7.245 2.415 0 2.415 4.830 9.660 14.490 31.395 94.185
Telefonia 6 telefonia p/escola 0 1 2 4 6 13 3.236 1.079 0 1.079 2.158 4.315 6.473 14.024 42.071
1.2 Capacitação dos funcionários da Pre-escola Funcionários capacit. 26 26 52 52 0 156 1.087 1.087 1.087 1.087 0 4.349 13.048
1.2.1 Capacitação de Doscentes Doscentes capacit. 16 16 32 32 0 96 202 67 743 743 743 743 0 2.973 8.920
Capacitador 4 Hs.capacitação 40 40 40 40 0 160 52 17 693 693 693 693 0 2.773 8.320
Material Didático 4 Mat.p/turma 1 1 1 1 0 4 150 50 50 50 50 50 0 200 600
1.2.2 Capacitação de Cantineiro, Lactarista, Cozinherio etc Outros capacitados 10 10 20 20 0 60 252 84 344 344 344 344 0 1.376 4.128
Capacitador 4 Hs.capacitação 16 16 16 16 0 64 52 17 277 277 277 277 0 1.109 3.328
Material Didático 4 Mat.p/turma 1 1 1 1 0 4 200 67 67 67 67 67 0 267 800
2- SOCIALIDADE DE JOVENS 0 244.928 290.217 360.095 429.973 1.325.213 3.975.638
2.1 Atividades para jovens com ONGs (40% dos jovens de 15 a 18 anos) Jovens atendidos 0 325 325 325 325 1.300 645 215 0 95.198 139.757 209.635 279.513 724.103 2.172.308
2.1.1 Oficinas conveniadas com ONGs 0 13 13 13 13 52 13.210 4.403 0 95.198 139.757 209.635 279.513 724.103 2.172.308
Equipamento e Material Permanente (1 set por vila) 2 Set.equip.por vila 0 2 0 0 0 2 37.980 12.660 0 25.320 0 0 0 25.320 75.960
Oficinas base: 25 jovems por turma 5 Custo p/joven 0 325 650 975 1.300 3.250 380 127 0 41.208 82.416 123.624 164.831 412.078 1.236.235
Oficineros da cultura 5 Custo p/joven 0 325 650 975 1.300 3.250 84 28 0 9.100 18.200 27.300 36.400 91.000 273.000
Oficineros de esportes 5 Custo p/joven 0 325 650 975 1.300 3.250 33 11 0 3.537 7.074 10.611 14.148 35.371 106.113
Lanches 5 Lanches 0 325 650 975 1.300 3.250 148 49 0 16.033 32.067 48.100 64.133 160.333 481.000
2.2.1 Formação Profissional e preparação para o mercado de trabalho 0 149.730 150.460 150.460 150.460 601.110 1.803.330
Aumento de escolaridade p/Jovens com E.Fundamental Incompleto (12% dos joven 15 a 18) 5 Jovens de 15 a 18 s/EF 90 100 100 100 390 2.181 727 0 65.430 72.700 72.700 72.700 283.530 850.590
Aumento de escolaridade p/Jovens com E.Médio incompleto (8% dos jovenns 15 a 18) 5 Jovens de 15 a 18 s/EM 50 60 60 60 230 1.548 516 0 25.800 30.960 30.960 30.960 118.680 356.040
Preparação dos Chefes de família (10% dos chefes das flias) 5 Chefes de flia 250 200 200 200 850 702 234 0 58.500 46.800 46.800 46.800 198.900 596.700
3- DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 635.946 149.387 185.123 149.387 248.390 1.368.233 4.104.700
3.1 Mobilização e Comunicação Social Flias comunicadas x ano 8.500 8.500 8.500 8.500 8.500 8.500 144.970 70.417 70.737 70.417 70.737 427.277 1.281.830
3.1.1 Infraestrutura 4.733 1.333 1.333 1.333 1.333 10.067 30.200
Palco (2 por ano x 2 vilas) 2 Palcos 4 4 4 4 4 20 1.000 333 1.333 1.333 1.333 1.333 1.333 6.667 20.000
Recurso audiovisual (aparelho de son, vídeo, filmadora, projetor,TV) 2 Equipamentos 1 1 10.200 3.400 3.400 0 0 0 0 3.400 10.200
3.1.2 Jornal de edição trimestral (8.500 exemplares por trimestre para todas as famílias) 3 Journais 34.000 34.000 34.000 34.000 34.000 170.000 2 1 17.000 17.000 17.000 17.000 17.000 85.000 255.000
3.1.3 Programa de radio (2 campanhas anuais x 2 vilas) 3 Programa de radio 4 4 4 4 4 20 2.500 833 3.333 3.333 3.333 3.333 3.333 16.667 50.000
3.1.4 Material de divulgação 5.287 4.967 5.287 4.967 5.287 25.793 77.380
Folders institucionais (3 edições na vida do projeto: 400 folders x 2 vilas x3 = 2400 exemplares) 3 Folders inst. 800 800 800 2.400 1,20 0,40 320 0 320 0 320 960 2.880
Folders comunitários por família (2 edições de 8.500 folders por ano x 2 vilas) 3 Folders comunit. 34.000 34.000 34.000 34.000 34.000 170.000 0,25 0,08 2.833 2.833 2.833 2.833 2.833 14.167 42.500
Banner (8 baners por ano x 2 vilas) 3 Banner 16 16 16 16 16 80 150 50 800 800 800 800 800 4.000 12.000
Faxas (50 faixas por ano x 2 vilas) 3 Faxas 100 100 100 100 100 500 40 13,3 1.333 1.333 1.333 1.333 1.333 6.667 20.000
3.1.5 Teatro comunitário para divulgação (150 hs anuais x 2 vilas) 5 Hs.teatro anuais 300 300 300 300 300 1.500 65 22 6.500 6.500 6.500 6.500 6.500 32.500 97.500
3.1.6 Equipe Técnico de Divulgação 30.800 30.800 30.800 30.800 30.800 154.000 462.000
Estagiarios (2,5 estagiarios x 12 meses para as 2 vilas) 3 Estagiarios anual 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 13 5.280 1.760 4.400 4.400 4.400 4.400 4.400 22.000 66.000
Técnico da área social (1 técnico para as 2 vilas) 3 Técnico social anual 1 1 1 1 1 5 52.800 17.600 17.600 17.600 17.600 17.600 17.600 88.000 264.000
Técnico da área infraestrutura física (0,5 técnico para as 2 vilas) 3 Técnico infra anual 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 3 52.800 17.600 8.800 8.800 8.800 8.800 8.800 44.000 132.000
3.1.7 Cadastro socioeconómico censitário: "Marco zero" (na entrada, universo de 8.500 famílias) 3 Cadastro p/flia 8.500 8.500 25 8 70.833 0 0 0 0 70.833 212.500
3.1.8 Promoção da Educação Ambiental 6.483 6.483 6.483 6.483 6.483 32.417 97.250
Curso de capacitação para a Equipe (30 técnicos que atendem as duas vilas; 2 cursos por ano) 4 Curso equipe 2 2 2 2 2 10 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 25.000 75.000
* Horas de preparação e aplicação: 80 hs por curso x 2 por ano 4 Hs capacitação 160 160 160 160 160 800 60 20 3.200 3.200 3.200 3.200 3.200 16.000 48.000
* Hospedagem, alimentação, transporte dos participantes 4 Diarias e transp.por curso 2 2 2 2 2 10 1.300 433 867 867 867 867 867 4.333 13.000
* Material, equipamentos, etc 4 Sets de material por curso 2 2 2 2 2 10 1.400 467 933 933 933 933 933 4.667 14.000
Curso de capacitação para a Comunidade (50 pessoas que atendem as 2 vilas, 2 cursos por ano) 4 Curso comunidade 2 2 2 2 2 10 600 600 600 600 600 3.000 9.000
* Horas de preparação e aplicação: 5 dias por curso x 4 hs/dia x 2 cursos/ano 4 Hs capacitação 40 40 40 40 40 200 35 12 467 467 467 467 467 2.333 7.000
* Folders para 50 pessoas x 2 cursos por ano 4 Folders 100 100 100 100 100 500 1,2 0,4 40 40 40 40 40 200 600
* Material, equipamentos, etc 4 Sets de material por curso 2 2 2 2 2 10 140 47 93 93 93 93 93 467 1.400
Visitas de monitoria (50 pessoas que atendem as 2 vilas) 4 883 883 883 883 883 4.417 13.250
* Onibus ( 2 visitas por ano para cada uma das 2 vilas) 4 Onibus 4 4 4 4 4 20 300 100 400 400 400 400 400 2.000 6.000
* Lanche (50 pessoas por cada vila, 2 vezes ao ano) 4 Lanches 200 200 200 200 200 1.000 3,5 1,2 233 233 233 233 233 1.167 3.500
* Materiais (50 camisetas, convites e accessórios por ano, para equipe da Comunidade) 4 Materiais 50 50 50 50 50 250 15 5 250 250 250 250 250 1.250 3.750
3.2 Desenvolvimento Organizativo 77.087 76.720 112.137 76.720 112.137 454.800 1.364.400
3.2.1 Infraestrutura 41.167 40.800 40.800 40.800 40.800 204.367 613.100
Aluguel de escritorio (1 por vila) 6 Aluguel anual 2 2 2 2 2 10 7.200 2.400 4.800 4.800 4.800 4.800 4.800 24.000 72.000
Equipamentos (quadros) 2 Equipamentos 2 2 550 183 367 0 0 0 0 367 1.100
Aluguel de carro (1 por vila) 6 Aluguel anual 2 2 2 2 2 10 18.000 6.000 12.000 12.000 12.000 12.000 12.000 60.000 180.000
Vigias (2 por vila) 6 Vigias 4 4 4 4 4 20 18.000 6.000 24.000 24.000 24.000 24.000 24.000 120.000 360.000
3.2.2 Estagiarios comunitários (2 por vila) 3 Estagiarios comunitarios 4 4 4 4 4 20 3.840 1.280 5.120 5.120 5.120 5.120 5.120 25.600 76.800
3.2.3 Equipe Técnico de Desenvolvimento Organizativo 30.800 30.800 30.800 30.800 30.800 154.000 462.000
Estagiarios (2,5 estagiarios x 12 meses para as 2 vilas) 3 Estagiarios anual 3 3 3 3 3 13 5.280 1.760 4.400 4.400 4.400 4.400 4.400 22.000 66.000
Técnico da área social (1 técnico para as 2 vilas) 3 Técnico social anual 1 1 1 1 1 5 52.800 17.600 17.600 17.600 17.600 17.600 17.600 88.000 264.000
Técnico da área infraestrutura física (0,5 técnico para as 2 vilas) 3 Técnico infra anual 1 1 1 1 1 3 52.800 17.600 8.800 8.800 8.800 8.800 8.800 44.000 132.000
3.2.4 Cadastro socioeconómico amostral: "Monitoramento" (no ano 3 e na saída - 4.250 famílias cada vez) 3 Cadastro p/flia 4.250 4.250 8.500 25 8 0 0 35.417 0 35.417 70.833 212.500
3.3 Fortalecimento dos Centros de Saúde 78 26 44 0 0 148 63.224 0 0 0 0 63.224 189.671
3.3.1 Curso para Equipes da Saúde da Família (2 turmas de 35 pessoas) 4 Pessoal da ESF capac. 0 26 44 0 0 70 6.833 0 0 0 0 6.833 20.500
Capacitador (120 hs de curso por turma; 40hs pagas)(3 turmas de 30 pessoas=90) 4 Hs.capacitação 120 0 0 0 0 120 80 27 3.200 0 0 0 0 3.200 9.600
Material Didático 4 Mat.p/turma 3 0 0 0 0 3 300 100 300 0 0 0 0 300 900
Passagens/Diárias 4 Pass/Diaria p/pessoa 90 0 0 0 0 90 111 37 3.333 0 0 0 0 3.333 10.000
3.3.2 Curso para Agentes Comunitários da Saúde 4 ACS capacit. 78 0 0 78 1.237 0 0 0 0 1.237 3.710
Capacitador (40 hs de curso) 4 Hs.capacitação 40 0 0 0 0 40 0 0 0 0 0 0 0 0
Material Didático 4 Mat.p/turma 1 0 0 1 200 67 67 0 0 0 0 67 200
Vale Transporte 4 10 vales p/pessoa 1.170 0 0 0 0 1.170 3 1 1.170 0 0 0 0 1.170 3.510
3.3.3 Equipamento Especializado para os 3 centros de saúde existentes 2 3 55.154 18.385 55.154 0 0 0 0 55.154 165.461
3.4 Creação de espaço BH Cidadania 350.666 2.250 2.250 2.250 2.250 359.666 1.078.998
3.4.1 Construção de Centro BH Cidadania(1 por vila) 1 Construção Centro BH 2 0 0 0 0 2 492.189 164.063 328.126 0 0 0 0 328.126 984.378
3.4.2 Equipamento 2 Equipamento Centro BH 2 0 0 0 0 2 33.810 11.270 22.540 0 0 0 0 22.540 67.620
3.4.3 Custeio (gastos de funcionamento) 6 Custeio 2 2 2 2 8 3.375 1.125 0 2.250 2.250 2.250 2.250 9.000 27.000
3.5 Estudos e pesquisas 0 0 0 0 63.267 63.267 189.801
3.5.1 Estudos de impacto A DEFINIR 3 Estudos 1 1 189.801 63.267 0 0 0 0 63.267 63.267 189.801
PREFEITURA BH
TRABALHO PELA VIDA