ATSum 0000399-87.2023.5.21.0042 1grau

Fls.
: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região
Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo

0000399-87.2023.5.21.0042
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Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 27/05/2023

Valor da causa: R$ 44.190,13
Partes:
RECLAMANTE: VALERIA BATISTA CANDIDO
ADVOGADO: WAGNER SANTOS CHAGAS
ADVOGADO: ABRAAO ALLISON PEREIRA FONSECA DA SILVA
RECLAMADO: JMT SERVICOS DE LOCACAO DE MAO DE OBRA LTDA
ADVOGADO: CASSIO LEANDRO DE QUEIROZ RODRIGUES
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Fls.: 2
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21ª REGIÃO
CEJUSC_JT de 1º Grau Natal
ATSum 0000399-87.2023.5.21.0042
ATA DE AUDIÊNCIA
Aos 20 (vinte) dias do mês de junho do ano de 2023, às 14:00h, na

sala de sessões Tibau do Sul, do MM. CEJUSC-JT de 1º Grau Natal, sob a direção da
Excelentíssima Senhora Juíza do Trabalho SIMONE MEDEIROS JALIL, realizou-se
audiência relativa à Ação Trabalhista - rito sumaríssimo - número 0000399-
87.2023.5.21.0042, supramencionada.
Presente a parte autora VALERIA BATISTA CANDIDO, pessoalmente,

acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). WAGNER SANTOS CHAGAS, OAB 18312
/RN.
Presente a parte ré JMT SERVICOS DE LOCACAO DE MAO DE OBRA

LTDA, representado(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) Nailton Rodrigues de Freitas Vieira,
acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). GIULIANO DO CARMO TRAJANO, OAB
19267/RN.
Instalada a audiência em videoconferência e relatado o processo, as

partes presentes não conciliaram, POR ORA.
O canal de diálogo foi aberto e bem estabelecido entre os mediandos,

que estão abertos à negociação futura.
A sessão de mediação foi, portanto, frutífera, embora o acordo não

tenha sido alcançado neste momento processual.
Alçada fixada na inicial.
A reclamada ratifica a defesa apresentada sob o ID 96ff750. A parte

autora pede prazo para se manifestar sobre a defesa e documentos juntados, ao que
foi concedido prazo de cinco dias preclusivos.
As partes, no prazo preclusivo de cinco dias, deverão grafar as provas

que ainda pretendam produzir, indicando sua pertinência e finalidade.
Cientes as partes.
O Cejusc/RN Natal se coloca à inteira disposição. Caso as partes

queiram dialogar novamente neste ambiente, será um imenso prazer recebê-las para
uma rodada de geração de opções para a pacificação e resolução do processo.
Assinado eletronicamente por: SIMONE MEDEIROS JALIL - Juntado em: 20/06/2023 15:00:23 - 1d873fb
Fls.: 3
Devolva-se à Vara de origem para os fins de direito.
Nada mais.
Do que para constar, foi lavrada a presente ata, que vai

eletronicamente assinada na forma da lei.
SIMONE MEDEIROS JALIL

Juiz(a) do Trabalho
Ata redigida por EMILIO DE GREGORIO, Secretário(a) de Audiência.
Assinado eletronicamente por: SIMONE MEDEIROS JALIL - Juntado em: 20/06/2023 15:00:23 - 1d873fb
https://pje.trt21.jus.br/pjekz/validacao/23062014072254800000017793447?instancia=1
Número do processo: 0000399-87.2023.5.21.0042
Número do documento: 23062014072254800000017793447
Fls.: 4
PODER JUDICIÁRIO
12ª VARA DO TRABALHO DE NATAL
ATSum 0000399-87.2023.5.21.0042
CERTIDÃO PJe-JT
Certifico que os presentes autos foram devolvidos do Centro de

Solução de Conflitos, informando que restaram infrutíferas as tentativas de conciliação,
conforme Ata de ID 1d873fb, de 20/06/2023, tendo sido concedido prazo de 05 dias à
reclamante para apresentar réplica, a qual apresentou dentro do prazo, conforme ID
5257fd6; bem assim, igual prazo preclusivo às partes para grafarem as provas que
ainda pretendam produzir, indicando sua pertinência e finalidade.
Certifico que a reclamada apresentou manifestação de ID

4dff9aa, em 22/06/2023, requerendo o aprazamento de audiência de instrução, com o
depoimento pessoal da reclamante, bem assim, a parte reclamante não apresentou
manifestação quanto à produção de outras provas.
Certifico que os presentes autos estão assinalados com o Juízo

100% digital, sem que haja manifestação contrária pela demandada.
Em razão do exposto, faço conclusos os presentes autos.
Natal/RN, 28 de junho de 2023.
MARCOS ANTONIO BEZERRA DE FRANÇA
DESPACHO
Vistos, etc.,
Tendo em vista o teor da certidão supra, inclua-se o feito em

pauta de Audiência de Instrução Presencial para o dia 19/09/2023 às 09:00.
Intimem-se as partes de que deverão comparecer à audiência

de instrução para prestarem depoimento pessoal, sob pena de confissão (Súmula 74
Assinado eletronicamente por: LILIAN MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA - Juntado em: 21/08/2023 10:57:53 - 541c501
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do TST), bem como trazerem as suas testemunhas sob pena de preclusão.
NATAL/RN, 21 de agosto de 2023.
LILIAN MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA

Juíza do Trabalho Titular
Assinado eletronicamente por: LILIAN MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA - Juntado em: 21/08/2023 10:57:53 - 541c501
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PODER JUDICIÁRIO
12ª Vara do Trabalho de Natal
ATSum 0000399-87.2023.5.21.0042
RECLAMADO(A): JMT SERVICOS DE LOCACAO DE MAO DE OBRA
LTDA
ATA DE AUDIÊNCIA
Em 19 de setembro de 2023, na sala de sessões da MM. 12ª Vara do

Trabalho de Natal, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho LILIAN
MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista -
Rito Sumaríssimo número 0000399-87.2023.5.21.0042, supramencionada.
Às 09:00, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.
Presente a parte reclamante VALÉRIA BATISTA CANDIDO,

pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). ABRAÃO ALLISON
PEREIRA FONSECA DA SILVA, OAB 19706/RN.
Presente a parte reclamada JMT SERVICOS DE LOCAÇÃO DE MÃO DE

OBRA LTDA, representado(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) ELENILSON MELO DE BARROS,
acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). CÁSSIO LEANDRO DE QUEIROZ
RODRIGUES, OAB 6596/RN.
Instalada a audiência e relatado o processo.
Sem outras provas fica encerrada a instrução processual.
Razões finais reiterativas pelas partes, solicitando a parte autora que,

numa eventual condenação, a execução seja iniciada de ofício, independentemente
de nova manifestação da parte.
Segunda proposta de conciliação sem êxito.
Sessão de julgamento para o dia 19/10/2023, às 16h00.
Cientes as partes, nos termos da Súmula nº 197, do TST.

Juiz(a) do Trabalho
Ata redigida por MARCOS ANTONIO BEZERRA DE FRANCA, Secretário(a) de Audiência.
Assinado eletronicamente por: LILIAN MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA - Juntado em: 19/09/2023 09:52:33 - 5dc9506
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Assinado eletronicamente por: LILIAN MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA - Juntado em: 19/09/2023 09:52:33 - 5dc9506
Fls.: 8
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000399-87.2023.5.21.0042
ATA DE JULGAMENTO DA RECLAMAÇÃO Nº 399/2023
SENTENÇA PJe-JT
Aos 30 dias do mês de outubro do ano de 2023, estando aberta

a audiência na respectiva sala da 12ª Vara do Trabalho de Natal/RN, com a presença da
Sra. Juíza, Dra. Lilian Matos Pessoa da Cunha Lima, foram apregoados os litigantes,
VALERIA BATISTA CANDIDO
Reclamante
JMT SERVICOS DE LOCACAO DE MAO DE OBRA LTDA
Reclamada
Vistos etc.
Dispensado o relatório, em consonância com o disposto em

norma consolidada, tendo em vista tratar-se de rito sumaríssimo.
FUNDAMENTOS DA DECISÃO
Pretende, a autora, através desta ação, além da concessão do

benefício da justiça gratuita, o reconhecimento da rescisão indireta do contrato de
trabalho e a condenação da reclamada à devolução, em dobro, dos valores retidos a
título de empréstimo consignado bem como ao pagamento de férias acrescidas de 1/3,
em dobro; verbas rescisórias – aviso prévio indenizado, férias proporcionais (9/12)
acrescidas de 1/3 e multa rescisória de 40% sobre o FGTS; multas dos arts. 467 e 477
da CLT; indenização substitutiva do seguro-desemprego; e indenização por danos
morais. Pugna, ainda, pela liberação do FGTS recolhido em conta vinculada.
Relata, a obreira, em síntese, que foi admitida em 19/03/2019,

para o exercício da função de “atendente”, tendo sido desligada em 19/12/2022; que
percebeu, como última remuneração, o importe de R$ 1.685,60; que a reclamada
incorreu em constantes atrasos salariais; que jamais usufruiu das férias anuais; que,
por ocasião da rescisão contratual, a reclamada reteve os valores relativos ao débito
Assinado eletronicamente por: LILIAN MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA - Juntado em: 30/10/2023 14:00:11 - f926612
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remanescente do empréstimo consignado, mas não os repassou ao banco credor; que

a rescisão contratual por acordo entre as partes deve ser convertida em rescisão
indireta em face dos reiterados atrasos salariais; que a ausência do repasse dos valores
referentes ao empréstimo causou-lhe dano de ordem moral, conforme se verifica a
partir das chamadas telefônicas da instituição creditícia.
DA RESCISÃO INDIRETA – DO AVISO PRÉVIO E DAS FÉRIAS

PROPORCIONAIS
Tratando, inicialmente, do pedido de reconhecimento da

rescisão indireta do contrato de trabalho, a reclamada alega, em defesa, que o contrato
de trabalho foi rescindido por comum acordo entre as partes; que a reclamante alega a
rescisão indireta com base em hipotético atraso salarial, mas não houve atraso que
justifique a rescisão indireta pleiteada; que não há razões para a conversão pleiteada
pela obreira; que a reclamante não observou a imediatidade; que embora tenha havido
pequenos atrasos nos repasses salariais, a reclamante nunca demonstrou inquietação;
que o atraso não reiterado no pagamento de salários não autoriza a rescisão indireta.
No que pese a tese de defesa, a documentação acostada ao

feito sob ID. 179e4c7 confirma a alegação autoral de que a ré incorreu em reiterados
atrasos salariais no curso da contratualidade. Este fato, aliado ao princípio da
continuidade do vínculo de emprego, o qual constitui presunção favorável ao
empregado quanto ao seu interesse na manutenção do enfocado vínculo, permite
concluir que a rescisão contratual, no que tange à iniciativa da reclamante, de fato
resultou do seu descontentamento com aqueles atrasos, o que autoriza o
reconhecimento da rescisão indireta, com fulcro no art. 483, “d”, da CLT.
Ademais, em se tratando de ato faltoso que se prolongou no

curso da contratualidade, não há que se falar em ausência de imediatidade. Deste
modo, resolve, este Juízo, converter o distrato contratual (ID. 72633bc) em rescisão
indireta do contrato de trabalho.
Quanto às verbas rescisórias requeridas pela autora, o TRCT de

ID. 45eaa90, devidamente assinado, evidencia o pagamento das férias proporcionais (9
/12, conforme pedido) acrescidas de 1/3, daí a improcedência do pedido neste
particular.
Por outro lado, diante do pagamento apenas parcial do aviso

prévio, conforme TRCT, mostra-se cabível a condenação da ré ao pagamento da
diferença remanescente.
Condena-se, pois, a reclamada ao pagamento do aviso prévio

indenizado (39 dias), devendo-se observar, para o cálculo, o contracheque mais recente
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acostado aos autos (novembro/2022, ID. e4bfe40), a dedução do valor já pago à autora
sob idêntico título, conforme TRCT de ID. 45eaa90, bem como a restrição ao valor
indicado na planilha de ID. bb7c673, em respeito aos limites da lide.
Frise-se que este Juízo não comunga do entendimento de que o

reclamante pode se utilizar de valores meramente exemplificativos na petição inicial,
pois a formulação de pedidos líquidos, imposta pelo legislador no art. 852-B, I, da CLT,
não é, a toda evidência, uma exigência vazia, tampouco se presta apenas a possibilitar
a fixação da alçada, já que, para tanto, bastaria a atribuição de um valor à causa.
DA MULTA RESCISÓRIA
No que tange o FGTS, como já pacificado por meio da súmula

461 do C. TST, "É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos
depósitos do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do
CPC de 2015)". Desse modo, não tendo, a reclamada, comprovado a realização de
qualquer recolhimento a título de multa rescisória sobre o FGTS, mostra-se devida a
sua condenação.
Assim, condena-se a ré a recolher, na conta vinculada da autora,

sob pena de execução, a multa rescisória de 40% incidente sobre a totalidade do FGTS
devido ao longo da contratualidade, devendo-se observar, para o cálculo, a evolução
salarial da reclamante, conforme extratos anexados ao feito, bem como a restrição aos
valores apontados na planilha de ID. bb7c673, em respeito aos limites da lide, ficando
autorizada, de todo modo, a dedução dos valores comprovadamente já recolhidos pela
ré sob idêntico título, conforme documentação comprobatória.
Após o trânsito em julgado, fica, a Secretaria, autorizada a

expedir o alvará liberatório da totalidade dos depósitos de FGTS já recolhidos pela ré
na conta vinculada da autora.
Ademais, comprovado o recolhimento da multa rescisória de

40%, resta, desde já, autorizada a expedição de alvará liberatório.
DAS MULTAS DOS ARTS. 467 E 477 DA CLT
Diante da inexistência, à época da audiência inaugural, de

verbas rescisórias incontroversas pendentes de adimplemento, descabe falar em
aplicação da penalidade prevista no art. 467 da CLT.
Lado outro, reconhecida a rescisão indireta do contrato de

trabalho, restou clarividente o descumprimento patronal em relação à obrigação de
Fls.: 11
pagar a integralidade das verbas rescisórias no prazo legalmente estipulado, daí a sua
condenação ao pagamento da multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT, no importe de R$
1.443,20, salário-base da obreira à época da rescisão, conforme contracheque.
DO SEGURO-DESEMPREGO
Quanto ao seguro desemprego, consoante o art. 477 da CLT,

com a redação dada pela Lei 13.467/2017, “na extinção do contrato de trabalho, o
empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social,
comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas
rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo”. Ainda, o § 6º do citado
dispositivo determina que “a entrega ao empregado de documentos que comprovem a
comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento
dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser
efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato”.
Em face do reconhecimento da rescisão indireta do contrato de

trabalho, e não tendo, o empregador, se desincumbido do ônus de comprovar o
cumprimento da obrigação inscrita no art. 477, caput e § 6º, da CLT, outra solução não
há, senão a sua condenação ao pagamento de importe equivalente, face à conversão
da obrigação de fazer em obrigação de pagar.
Neste passo, impõe-se a condenação da reclamada ao

pagamento da indenização substitutiva do seguro-desemprego, no importe
correspondente a cinco parcelas, nos termos dos arts. 3º, inciso I, alínea "a", e 4º, § 2º,
inciso I, alínea "b", da Lei nº 7.998/1990, com a redação dada pela Lei nº 13.134/2015.
DAS FÉRIAS EM DOBRO
Passando ao pedido de férias em dobro, a reclamada afirma que

a reclamante não comprovou o alegado descumprimento; que todas as férias devidas
foram pagas na rescisão contratual; que o art. 137 da CLT apenas prevê o pagamento
em dobro da remuneração das férias quando as férias não são concedidas ou são
concedidas após o período concessivo.
A documentação acostada ao feito (ID. 45eaa90 e ID. c54d541)

demonstra que as férias do período aquisitivo 2019/2020 foram concedidas após o
transcurso do período concessivo e que foram pagas na forma simples quando
deveriam tê-lo sido de forma dobrada, como preceitua o art. 137, caput, da CLT. Assim,
mostra-se devida a dobra das férias 2019/2020 acrescidas do terço constitucional.
De outro vértice, o TRCT de ID. 45eaa90 permite verificar que as

férias do período aquisitivo 2020/2021 foram indenizadas na forma simples quando da
rescisão contratual, quando deveriam ter sido pagas em dobro, haja vista que não
Fls.: 12
foram concedidas à trabalhadora no curso da contratualidade, mesmo já tendo

decorrido o prazo previsto no art. 134 da CLT.
Por fim, quanto às férias do período aquisitivo 2021/2022, não

há que se falar em pagamento em dobro, haja vista que, à época da rescisão, ainda não
havia transcorrido o período concessivo. Em sendo assim, e considerando-se que
consta, do TRCT assinado pela reclamante, rubrica alusiva à quitação desta parcela
rescisória, não há o que deferir neste particular.
Logo, condena-se a reclamada ao pagamento da dobra das

férias dos períodos aquisitivos 2019/2020 e 2020/2021 acrescidas do terço
constitucional, devendo-se observar, para o cálculo, a evolução salarial da autora
conforme documentos de ID. c54d541 e ID. 45eaa90, bem como a restrição aos valores
indicados na planilha de ID. bb7c673, em respeito aos limites da lide.
DA RESTITUIÇÃO DO DESCONTO ALUSIVO AO EMPRÉSTIMO

CONSIGNADO
Quanto ao desconto referente ao empréstimo consignado, a

reclamada formula defesa no sentido de que a autora só efetuou o pagamento de 08
(oito) das 33 (trinta e três) parcelas adquiridas frente ao banco BMP MONEY PLUS SCD
S.A; que o contrato de empréstimo prevê a realização de desconto sobre as verbas
rescisórias até o limite legal; que, portanto, não houve conduta indevida da ré ao
descontar os valores referentes ao empréstimo consignado da reclamante; que o
contrato de empréstimo também prevê que o trabalhador se responsabiliza pelo
débito remanescente quando o desconto não é suficiente para quitação da totalidade
do débito.
Ocorre que a reclamante não se insurge contra a realização do

desconto, mas sim contra a ausência de repasse do valor descontado para o credor do
empréstimo, sendo que incumbia à reclamada comprovar que efetuou tal repasse, por
se tratar de fato impeditivo do direito alegado pela obreira (art. 818, II, CLT).
Nesse cenário, diante do diálogo de ID. a4eccc3 e do áudio de

ID. 7f863ae, os quais corroboram a ausência do comentado repasse, e não tendo, a ré,
juntado qualquer prova acerca do adimplemento desta obrigação, a condenação é
medida que se impõe, não havendo que se falar, no entanto, em devolução em dobro,
por ausência de previsão legal, cabendo salientar que não se aplica, ao caso, o art. 42,
parágrafo único, do CDC.
Assim, condena-se a reclamada a restituir à obreira o valor

correspondente ao desconto de empréstimo consignado lançado no TRCT (ID.45eaa90)
sob a rubrica “MULT7 CONSIGNADO”, no valor de R$ 2.461,38.
Fls.: 13
DO DANO MORAL
Apreciando a questão relativa ao dano moral, a reclamante aduz

que sofreu abalo moral decorrente das cobranças realizadas pela instituição financeira
em face da ausência do repasse, pela reclamada, do valor descontado no TRCT a título
de empréstimo consignado.
Embora não se possa negar que tal fato seja suscetível de causar
transtornos à trabalhadora, isto não constitui, por si só, motivo que enseje indenização
por dano moral, sendo necessária a evidência objetiva de que o prejuízo íntimo
alegadamente experimentado pela obreira tenha superado os dissabores típicos do
cotidiano, o que não restou comprovado nos autos (art. 818, I, da CLT e art. 373, inciso
I, do NCPC).
Logo, à falta de qualquer indício do abalo moral alegado pela

reclamante, improcede o pedido de condenação da reclamada ao pagamento de
indenização por danos morais.
DA JUSTIÇA GRATUITA
A reclamada impugna o pedido de justiça gratuita formulado

pela autora sob o argumento de que não restou comprovado o preenchimento dos
requisitos para deferimento do benefício bem como de que a reclamante se encontra
assistida por advogado particular.
Sem razão.
Consta, dos autos, declaração do advogado da autora (art. 105,

NCPC) no sentido de que a situação econômica em que esta se encontra não lhe
permite demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família.
Ademais, a documentação acostada ao feito comprova que a

obreira percebia remuneração inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo
dos benefícios do RGPS, o que autoriza a concessão do benefício da justiça gratuita em
seu favor (art. 5º, inciso LXXIV, da CF e art. 790, § 3º, da CLT), cabendo ressaltar que o
fato de a autora estar assistida por advogado particular não se presta, por si só, a
afastar o aludido benefício processual.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Nos termos do art. 791-A da CLT, "ao advogado, ainda que atue
em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo
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de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que
resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa".
Por sua vez, os arts. 85 e 86 do NCPC dispõem que "a sentença

condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor", sendo que,
havendo sucumbência recíproca, serão proporcionalmente distribuídas as despesas
entre os litigantes. Contudo, ressalva o art. 86, parágrafo único, do NCPC que, "se um
litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas
despesas e pelos honorários".
No presente caso, tendo formulado pedidos concernentes a

reconhecimento da rescisão indireta, verbas rescisórias, multas dos arts. 467 e 477 da
CLT, seguro-desemprego, férias em dobro, restituição de empréstimo consignado e
indenização por danos morais, a obreira sucumbiu quanto aos pedidos de férias
proporcionais, multa do art. 467 da CLT e indenização por danos morais.
No entanto, no que tange especificamente à disposição contida

no art. 467 da CLT, esta possui natureza estritamente processual, encontrando campo
para aplicação apenas quando inexistir controvérsia, aferida a partir do cotejo das
peças postulatórias (inicial e defesa), acerca do inadimplemento de verbas rescisórias.
Neste passo, a previsão contida na comentada norma consolidada, por se tratar de
penalidade, desafia uma interpretação restritiva, de sorte que somente pode vir a
desfavorecer, do ponto de vista financeiro, o devedor recalcitrante, não havendo como
se falar em sucumbência do obreiro para fins de quantificação de honorários
sucumbenciais de sua responsabilidade, ainda mais quando a impossibilidade de
aplicação de ofício da comentada regra é consequência de construção jurisprudencial.
Assim, a multa do art. 467 da CLT fica excluída da base de incidência dos honorários de
responsabilidade do reclamante.
Por esta razão, condenam-se as partes ao pagamento de

honorários de sucumbência recíproca, na forma do art. 791-A da CLT, fixados em 5%.
Quanto aos honorários devidos pela empresa ré em favor dos advogados da autora, o
percentual ora fixado deverá incidir sobre o valor da liquidação.
Por sua vez, em relação aos honorários devidos pela autora em

favor do advogado da reclamada, o percentual deverá ser calculado sobre o valor
atribuído na inicial aos pedidos aqui julgados improcedentes, excluída a multa do art.
467 da CLT (ou seja, férias proporcionais acrescidas de 1/3 e indenização por dano
moral).
Contudo, em se tratando de beneficiária da justiça gratuita, há

de ser considerado o disposto no art. 5º, LXXIV, da CF, que garante que "o Estado
Fls.: 15
prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de

recursos". Partindo-se da premissa que a hipótese vertente retrata uma situação em
que o obreiro comprovou satisfatoriamente a insuficiência de recursos para arcar com
despesas processuais, pelo menos até este estágio da tramitação processual, convém
aplicar ao caso sob exame o disposto no artigo 98, § 1º, VI, do CPC, que insere no
conceito da gratuidade da justiça, despesas com honorários advocatícios, cujo
dispositivo, quando combinado com o artigo 791-A, § 4º, da CLT, para daí se extrair a
interpretação mais favorável ao obreiro, somente desencadeia a exigibilidade da verba
se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o
credor vier a demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos
que justificou a concessão da gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais
obrigações.
A
propósito, no julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade n. 5.766, o Supremo Tribunal Federal declarou a
inconstitucionalidade da legislação que presume a perda da condição de
hipossuficiência econômica para efeito de aplicação do benefício de gratuidade de
justiça, em razão, por si só, do recebimento de créditos em ações judiciais.
Assim, este Juízo registra, desde já, a suspensão da exigibilidade

dos honorários sucumbenciais de responsabilidade da parte autora, cabendo ao credor
o ônus de comprovar, dentro do prazo da prescrição bienal intercorrente, que deixou
de existir a hipossuficiência ora reconhecida.
DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Em 18/12/2020, no julgamento conjunto das ADC’s 58 e 59/DF e

das ADI’s 5.867 e 6.021/DF, o Supremo Tribunal Federal declarou a
inconstitucionalidade da expressão “taxa referencial” contida no §7º do art. 879 da CLT,
decidindo, por maioria, que “até que sobrevenha solução legislativa, deverão ser
aplicados à atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial e à correção
dos depósitos recursais em contas judiciais na Justiça do Trabalho os mesmos índices
de correção monetária e de juros vigentes para as hipóteses de condenações cíveis em
geral (art. 406 do Código Civil), à exceção das dívidas da Fazenda Pública que possui
regramento específico (art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960
/2009), com a exegese conferida por esta Corte na ADI 4.357, ADI 4.425, ADI 5.348 e no
RE 870.947-RG (tema 810). 6. Em relação à fase extrajudicial, ou seja, a que antecede o
ajuizamento das ações trabalhistas, deverá ser utilizado como indexador o IPCA-E
acumulado no período de janeiro a dezembro de 2000. A partir de janeiro de 2001,
deverá ser utilizado o IPCA-E mensal (IPCA-15/IBGE), em razão da extinção da UFIR
como indexador, nos termos do art. 29, § 3º, da MP 1.973-67/2000. Além da indexação,
serão aplicados os juros legais (art. 39, caput, da Lei 8.177, de 1991). 7. Em relação à
fase judicial, a atualização dos débitos judiciais deve ser efetuada pela taxa referencial
Fls.: 16
do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, considerando que ela incide

como juros moratórios dos tributos federais (arts. 13 da Lei 9.065/95; 84 da Lei 8.981
/95; 39, § 4º, da Lei 9.250/95; 61, § 3º, da Lei 9.430/96; e 30 da Lei 10.522/02). A
incidência de juros moratórios com base na variação da taxa SELIC não pode ser
cumulada com a aplicação de outros índices de atualização monetária, cumulação que
representaria bis in idem”.
Na oportunidade, o STF decidiu modular os efeitos da decisão,

fixando as seguintes diretrizes: “(i) são reputados válidos e não ensejarão qualquer
rediscussão (na ação em curso ou em nova demanda, incluindo ação rescisória) todos
os pagamentos realizados utilizando a TR (IPCA-E ou qualquer outro índice), no tempo
e modo oportunos (de forma extrajudicial ou judicial, inclusive depósitos judiciais) e os
juros de mora de 1% ao mês, assim como devem ser mantidas e executadas as
sentenças transitadas em julgado que expressamente adotaram, na sua
fundamentação ou no dispositivo, a TR (ou o IPCA-E) e os juros de mora de 1% ao mês;
(ii) os processos em curso que estejam sobrestados na fase de conhecimento
(independentemente de estarem com ou sem sentença, inclusive na fase recursal)
devem ter aplicação, de forma retroativa, da taxa Selic (juros e correção monetária),
sob pena de alegação futura de inexigibilidade de título judicial fundado em
interpretação contrária ao posicionamento do STF (art. 525, §§ 12 e 14, ou art. 535, §§
5º e 7º, do CPC) e (iii) igualmente, ao acórdão formalizado pelo Supremo sobre a
questão dever-se-á aplicar eficácia erga omnes e efeito vinculante, no sentido de atingir
aqueles feitos já transitados em julgado desde que sem qualquer manifestação
expressa quanto aos índices de correção monetária e taxa de juros (omissão expressa
ou simples consideração de seguir os critérios legais)”.
Ocorre que, em 09/12/2021, foi publicado o acórdão relativo aos

Embargos de Declaração opostos pela AGU, os quais foram acolhidos “tão somente
para sanar o erro material constante da decisão de julgamento e do resumo do
acórdão, de modo a estabelecer a incidência do IPCA-E na fase pré-judicial e, a partir do
ajuizamento da ação, a incidência da taxa SELIC (art. 406 do Código Civil)”.
Deste modo, e diante do caráter vinculante da decisão proferida

pelo STF (art. 102, §2º, CF/88), resolve, este Juízo, determinar que a atualização dos
valores decorrentes da presente condenação deve ser realizada mediante aplicação do
IPCA-E na fase pré-judicial e da taxa SELIC a partir do ajuizamento.
DIANTE DO EXPOSTO, resolve esta 12ª Vara do Trabalho de Natal

/RN, analisando a ação ajuizada por VALERIA BATISTA CANDIDO em face de JMT
SERVICOS DE LOCACAO DE MAO DE OBRA LTDA, no mérito, julgá-la parcialmente
procedente para condenar a reclamada a: 1) pagar, no prazo de até 48 (quarenta e oito)
horas após o trânsito em julgado, aviso prévio indenizado (39 dias); multa prevista no
Fls.: 17
art. 477, § 8º, da CLT, no importe de R$ 1.443,20; indenização substitutiva do seguro-

desemprego, no importe correspondente a cinco parcelas; dobra das férias dos
períodos aquisitivos 2019/2020 e 2020/2021 acrescidas do terço constitucional; e
devolução do desconto de empréstimo consignado lançado no TRCT (ID.45eaa90) sob a
rubrica “MULT7 CONSIGNADO”; 2) recolher, na conta vinculada da autora, no mesmo
prazo de até 48 horas após o trânsito em julgado, sob pena de execução, a multa
rescisória de 40% incidente sobre a totalidade do FGTS devido ao longo do contrato,
observados, em todo caso, os parâmetros constantes da fundamentação acima,
sobretudo os limites do pedido, tudo conforme o quadro demonstrativo em anexo,
parte integrante desta decisão para todos os efeitos legais e jurídicos.
Condenam-se as partes ao pagamento de honorários de

sucumbência recíproca, na forma do art. 791-A da CLT, fixados em 5%, conforme
fundamentação, ficando suspensa, desde já, a exigibilidade dos honorários
sucumbenciais de responsabilidade da parte autora, em conformidade com a decisão
proferida pelo STF nos autos da ADI n. 5766.
Atualização dos valores decorrentes da condenação mediante

aplicação do IPCA-E na fase pré-judicial e da taxa SELIC, sem cumulação de qualquer
outro índice, a partir do ajuizamento, conforme acórdão proferido pelo STF no
julgamento conjunto das ADC’s 58 e 59/DF e ADI’s 5.867 e 6.021/DF.
Sem incidência de contribuições previdenciárias e de imposto de

renda, tendo em vista a natureza das parcelas objeto de condenação.
Custas pela reclamada, calculadas sobre o valor dado à

condenação, tudo conforme o quadro demonstrativo em anexo, parte integrante desta
decisão para todos os efeitos legais e jurídicos.
Intimem-se as partes.
E, para constar, foi lavrada a presente ata, que vai assinada na

forma da lei.
NATAL/RN, 30 de outubro de 2023.

Fls.: 18
PODER JUDICIÁRIO
12ª Vara do Trabalho de Natal
ATSum 0000399-87.2023.5.21.0042
LTDA
ATA DE AUDIÊNCIA
Em 09 de novembro de 2023, na sala presencial de sessões da MM.

12ª Vara do Trabalho de Natal, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho
LILIAN MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA, realizou-se audiência presencial, relativa à
Ação Trabalhista – ATSum 0000399-87.2023.5.21.0042 supramencionada.
Presente a parte reclamante VALÉRIA BATISTA CANDIDO,

pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). ABRAÃO ALLISON
Ausente a parte reclamada JMT SERVICOS DE LOCAÇÃO DE MÃO DE

OBRA LTDA, e seu(s) advogado(s).
Instalada a audiência e relatado o processo.
Com a palavra pela ordem, disse o causídico da reclamante que sua

constituinte está formulando uma proposta de acordo da seguinte forma: liberação
dos valores depositados a título de depósito recursal no montante de R$ 12.665,14,
mais acréscimos legais e depósito do FGTS de conformidade com a quantia indicada
na planilha anexada à sentença. O Juízo determina a intimação da parte adversa para
que se manifeste em até cinco dias.
Em caso de inércia, intime-se a parte autora para contraarrazoar o

Recurso Ordinário de ID 4c3f171.

Juíza do Trabalho
AtaAssinado
redigida por AURICELIA
eletronicamente SOUZA
por: LILIAN MATOS ALMEIDA
PESSOA DA CUNHA LIMA,- Secretário(a) de
Juntado em: 09/11/2023 Audiência.
13:02:34 - 666268f
Fls.: 19
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000399-87.2023.5.21.0042
CERTIDÃO PJe-JT
CERTIFICO que, em audiência (ID 666268f), na qual estava

ausente a reclamada, a reclamante formulou proposta de acordo.
CERTIFICO que a reclamada peticionou sob o ID 666268f

concordando com os termos propostos pela reclamante.
Em razão do exposto, procedo à conclusão dos autos.
Natal/RN, 14 de novembro de 2023.
HELOMARA FABÍOLA RODRIGUES DA SILVA
TÉCNICA JUDICIÁRIA
DESPACHO PJe-JT
Vistos, etc.
1) Tendo em vista o teor da Certidão acima, resolve este Juízo

determinar o encaminhamento dos autos ao CEJUSC, para fins de designação de
audiência de conciliação.
2) Deverão os autos retornar conclusos oportunamente, após a

devolução dos autos pelo CEJUSC.
NATAL/RN, 17 de novembro de 2023.

Assinado eletronicamente por: LILIAN MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA - Juntado em: 17/11/2023 00:25:45 - d231739
Fls.: 20
PODER JUDICIÁRIO
CEJUSC_JT de 1º Grau Natal
ATSum 0000399-87.2023.5.21.0042
LTDA
ATA DE AUDIÊNCIA
Em 29 de novembro de 2023, na sala de sessões da MM. CEJUSC_JT de

1º Grau Natal, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho SIMONE
MEDEIROS JALIL, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo
número 0000399-87.2023.5.21.0042, supramencionada.
Presente a parte reclamante VALERIA BATISTA CANDIDO,

pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). ABRAAO ALLISON
Presente a parte reclamada JMT SERVICOS DE LOCACAO DE MAO DE

OBRA LTDA, representado(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) Nailton Rodrigues de Freitas
Vieira, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). MARINA MADRUGA CARRILHO,
OAB 11166/RN.
O canal de diálogo foi aberto e bem estabelecido entre os mediandos

que se mostraram dispostos à negociação.
A sessão de conciliação foi frutífera.
Instalada a audiência e relatado o processo, as partes resolveram

conciliar, homologando o Juízo a conciliação nos seguintes termos:
VALOR DO ACORDO - R$ 12.665,14
VALOR RECLAMANTE - R$ 8.865,59
VALOR HONORÁRIOS CONTRATUAIS - R$ (30%)
FGTS OBRIGAÇÃO DE FAZER NO VALOR DE 2.050,33
Ficará a cargo do Juízo da Vara de origem expedir o competente

ALVARÁ JUDICIAL para:
a) Levantar os valores constantes no depósito recursal de id: 922def0
Assinado eletronicamente por: SIMONE MEDEIROS JALIL - Juntado em: 29/11/2023 17:35:33 - abaa470
Fls.: 21
b) Transferir 30% para a conta bancária do advogado da reclamante

Titular: ABRAAO ALLISON PEREIRA FONSECA DA SILVA CPF n°: 089.886.904-86 Banco
/Código: Nu Pagamentos S.A. / 0260 Agência:0001.Conta Corrente: 19986269-4
c) Transferir o saldo remanescente acrescido de juros e correção

monetária, para a conta da reclamante VALERIA BATISTA CÂNDIDO, CPF/MF sob o n°
045.262.144-50, Banco/Código Banco do Brasil / 001 Agência: 2035-4 Conta Corrente:
59833-x
Além dos valores acima consignado, a reclamada deverá até o dia 22

/01/2024, regularizar o a multa de 40% do FGTS do período laboral no valor mínimo
de R$ 2.050,33 (calculados em sentença) perante a conta vinculada do trabalhador,
sob pena de multa de 50%.
Com a comprovação nos autos, poderá a Vara de origem expedir

ALVARÁ JUDICIAL para transferir os valores para a conta do reclamante com retenção
de 30% em favor do seu advogado.
A parte AUTORA dá geral e plena quitação pelo objeto da inicial

ficando estipulada multa de 50% sobre a parcela inadimplida.
A parte autora e/ou seu advogado ficam, desde já, cientes de que,
deixando de informar perante o juízo originário, por petição nestes autos, qualquer
inadimplência referente ao presente acordo, no prazo de 05 (cinco) dias após seu
vencimento, será tida como quitada a verba.
CUSTAS:
Custas pela parte Ré já pagas e comprovadas, conforme id: 2c0fde4
Não há retenção da parcela relativa ao Imposto de Renda na fonte-

IRRF, considerando que nos presentes autos está caracterizado que em face do
descumprimento da executada em pagar verbas salariais devidas ao exeqüente,
acumulou parcelas que, se tivessem sido pagas, na época própria, no final de cada
mês, estariam isentos de retenção do tributo, bem como o que dispõe a Lei 12350/10
de 20 de dezembro de 2010 regulamentada pela Instrução Normativa RFB nº 1127 de
07/02/2011.
ACORDO HOMOLOGADO.
Tendo em vista a recomendação da corregedoria, em que determina

que o cumprimento dos termos e condições pactuadas, bem como a execução de
acordo, processar-se-ão perante o Juízo de Origem, devolvam-se os autos à vara de
origem para realização das demais diligências necessárias ao cumprimento do
acordo celebrado nos autos.
Fls.: 22
As partes declaram que acompanharam a digitação da presente ata

em sua totalidade estando de acordo com tudo o que foi consignado na presente
ata, não assinado o presente termo por se tratar de processo judicial eletrônico e
diante da teleaudiência. As partes ficam cientes, em razão da Lei Geral de Proteção
de Dados n.º 13.709/2018 (LGPD), que a presente ata será utilizada para fins de
cumprimento de ordem judicial e será encaminhada ao agente financeiro tendo
estes acesso aos dados bancários para estes fins.
Em caso de inadimplência, fica desde já requerida a execução, sendo

desnecessária a citação da reclamada ou a sua notificação dos termos do CPC, já que
regularmente ciente da dívida. Fica o réu ciente que, em caso de inadimplência, terá
imediatamente o seu nome incluído no banco de dados relativo ao rol de devedores
para fins de expedição da CNDT E SERASA. Por sua vez, na hipótese de total quitação
do presente acordo, independentemente de despacho e, após o lançamento dos
valores pagos/recolhidos, os autos serão ARQUIVADOS.
Do que para constar, foi lavrada a presente ata, que vai eletronicamente assinada na
forma da lei.
O CEJUSC NATAL se coloca à inteira disposição. Sempre que partes e

advogados queiram dialogar neste ambiente, será um imenso prazer recebê-los para
uma jornada de geração de opções para a pacificação e resolução do processo.
Devolva-se à Vara de origem.
SIMONE MEDEIROS JALIL

Juiz(a) do Trabalho
Ata redigida por CLAUDIO BULHOES LIMA, Secretário(a) de Audiência.
SUMÁRIO
Documentos
Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura
1d873fb 20/06/2023 15:00 Ata da Audiência Ata da Audiência
541c501 21/08/2023 10:57 Despacho Despacho
5dc9506 19/09/2023 09:52 Ata da Audiência Ata da Audiência
f926612 30/10/2023 14:00 Sentença Sentença
666268f 09/11/2023 13:02 Ata da Audiência Ata da Audiência
d231739 17/11/2023 00:25 Despacho Despacho
abaa470 29/11/2023 17:35 Ata da Audiência Ata da Audiência

ATSum 0000399-87.2023.5.21.0042 1grau

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Fls.

Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 27/05/2023

Aos 20 (vinte) dias do mês de junho do ano de 2023, às 14:00h, na

Presente a parte autora VALERIA BATISTA CANDIDO, pessoalmente,

Presente a parte ré JMT SERVICOS DE LOCACAO DE MAO DE OBRA

Instalada a audiência em videoconferência e relatado o processo, as

O canal de diálogo foi aberto e bem estabelecido entre os mediandos,

A sessão de mediação foi, portanto, frutífera, embora o acordo não

Alçada fixada na inicial.

A reclamada ratifica a defesa apresentada sob o ID 96ff750. A parte

As partes, no prazo preclusivo de cinco dias, deverão grafar as provas

O Cejusc/RN Natal se coloca à inteira disposição. Caso as partes

Devolva-se à Vara de origem para os fins de direito.

Do que para constar, foi lavrada a presente ata, que vai

SIMONE MEDEIROS JALIL

Ata redigida por EMILIO DE GREGORIO, Secretário(a) de Audiência.

Certifico que os presentes autos foram devolvidos do Centro de

Certifico que a reclamada apresentou manifestação de ID

Certifico que os presentes autos estão assinalados com o Juízo

Em razão do exposto, faço conclusos os presentes autos.

Natal/RN, 28 de junho de 2023.

MARCOS ANTONIO BEZERRA DE FRANÇA

Tendo em vista o teor da certidão supra, inclua-se o feito em

Intimem-se as partes de que deverão comparecer à audiência

do TST), bem como trazerem as suas testemunhas sob pena de preclusão.

NATAL/RN, 21 de agosto de 2023.

LILIAN MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA

Em 19 de setembro de 2023, na sala de sessões da MM. 12ª Vara do

Às 09:00, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte reclamante VALÉRIA BATISTA CANDIDO,

Presente a parte reclamada JMT SERVICOS DE LOCAÇÃO DE MÃO DE

Instalada a audiência e relatado o processo.

Sem outras provas fica encerrada a instrução processual.

Razões finais reiterativas pelas partes, solicitando a parte autora que,

Segunda proposta de conciliação sem êxito.

Sessão de julgamento para o dia 19/10/2023, às 16h00.

Cientes as partes, nos termos da Súmula nº 197, do TST.

LILIAN MATOS PESSOA DA CUNHA LIMA

Ata redigida por MARCOS ANTONIO BEZERRA DE FRANCA, Secretário(a) de Audiência.

ATA DE JULGAMENTO DA RECLAMAÇÃO Nº 399/2023

Aos 30 dias do mês de outubro do ano de 2023, estando aberta

VALERIA BATISTA CANDIDO

JMT SERVICOS DE LOCACAO DE MAO DE OBRA LTDA

Dispensado o relatório, em consonância com o disposto em

Pretende, a autora, através desta ação, além da concessão do

Relata, a obreira, em síntese, que foi admitida em 19/03/2019,

remanescente do empréstimo consignado, mas não os repassou ao banco credor; que

DA RESCISÃO INDIRETA – DO AVISO PRÉVIO E DAS FÉRIAS

Tratando, inicialmente, do pedido de reconhecimento da

No que pese a tese de defesa, a documentação acostada ao

Ademais, em se tratando de ato faltoso que se prolongou no

Quanto às verbas rescisórias requeridas pela autora, o TRCT de

Por outro lado, diante do pagamento apenas parcial do aviso

Condena-se, pois, a reclamada ao pagamento do aviso prévio

Frise-se que este Juízo não comunga do entendimento de que o

No que tange o FGTS, como já pacificado por meio da súmula

Assim, condena-se a ré a recolher, na conta vinculada da autora,

Após o trânsito em julgado, fica, a Secretaria, autorizada a

Ademais, comprovado o recolhimento da multa rescisória de

DAS MULTAS DOS ARTS. 467 E 477 DA CLT

Diante da inexistência, à época da audiência inaugural, de