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As palavras estão além dos sentidos denotativos. Elas carregam aspectos culturais, sociais
e morfológicos que precederam a gente, mas que chegam a nós como potentes
instrumentos para a comunicação, escrita, leitura… Diante dessa reflexão e com esses
belos versos de Cecília, me aventuro a questionar: a língua pode ser um dispositivo para a
criança conhecer mais sobre a sua cultura?
Nossa língua é composta, principalmente, por raízes africanas, indígenas e europeias que
se somaram aos diferentes aspectos regionais para compor o que entendemos hoje como
língua portuguesa.
Assim, acredito que possibilitar o acesso sobre as origens da língua brasileira para as
crianças é oportunizar que meninos e meninas conheçam e entendam a história do Brasil.
Bom, como poderíamos fazer isso?
As escolas são importantes portas de entrada para ensinar as crianças a história da nossa
língua, por meio de práticas que extrapolam o conteúdo em sala! Além disso, pais e
educadores exercem um papel fundamental para o acesso à literatura regional através de
livros!
Dialogar e refletir com as crianças sobre a historicidade que constituem a língua é permitir
uma maior conexão (e também apaixonamento!) com as nossas raízes!
Aprender uma nova língua é ampliar nosso repertório linguístico e cultural, como também
convocar diferentes circuitos neurais no processo de aprendizagem! Nesse processo,
encontramos novos vocabulários que convocam a nossa memória, atenção e emoções. O
nosso cérebro é capaz de estabelecer relações e associações entre o que já aprendemos
com novas experiências e essa conexão possibilita a proficiência de uma nova língua! Cada
caso com sua singularidade e atravessamentos, mas que não deixa de ser um caminho que
pode ser experimentado por todos e todas.
A infância tende a ser o momento mais adequado para o aprendizado de um novo idioma,
pois as crianças podem assimilar pronúncias e sons com mais facilidade, o que ajuda no
domínio da língua. Mas vale pontuar que a neurociência avança em estudos sobre a
plasticidade do nosso cérebro e aponta para a capacidade do ser humano aprender e
desenvolver habilidades ao longo da vida!
Portanto, experienciar o aprendizado de novas línguas é mobilizar não apenas aspectos
cognitivos, como também adentrar em outras culturas e mergulhar em potencialidades do
aprendizado!
e que as emoções têm um papel fundamental na formação das memórias, por meio do
sistema límbico, que avalia as informações recebidas e decide quais estímulos serão
mantidos ou descartados conforme a intensidade de impressão provocada. O autor
menciona ainda que a atenção é um fenômeno que deve ser compreendido à luz da
neurociência, mas não discorre sobre o assunto. Portanto, esse artigo corrobora o que
levantamos na revisão da literatura com relação à interdependência entre emoção e
memória. Entretanto, o autor não explora muito a relação entre neurociência e
aprendizagem de língua adicional