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PORTUGUÊS

CARLOS ZAMBELI & THAÍS OLIVEIRA

APOSTILA COMPLETA

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL


ATENÇÃO!

O Concursos GG adverte que reproduzir e compartilhar apostilas, imagens e


aulas é crime de violação de direito autoral, previsto na Lei 9.610 e no art.
184, §§ 1º e 2º, do Código Penal, podendo gerar punição, culminando em
uma pena de reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
É muito importante ressaltar que o direito brasileiro realiza uma ampla
proteção ao direito de imagem, prevendo o dever de indenizar em caso
de sua violação. A proteção é de tamanha importância, que possui previsão
constitucional, no art. 5º, inciso V, da Constituição Federal.
Além disso, o Código Civil, em seu artigo 20, também confere proteção ao
direito de imagem, proibindo a divulgação de escritos, a transmissão da
palavra ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma
pessoa, sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a
boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
A Súmula nº 203 do Superior Tribunal de Justiça relata ainda que independe
de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
Portanto, o aluno que compartilha materiais, aulas e outros, possui o dever
de reparar pelo uso indevido da imagem, mesmo que não haja prova do
prejuízo e/ou dolo na conduta do agente. Além disso, ainda pode vir a sofrer
as sanções penais supracitadas.
Desta forma, é terminantemente proibido o rateio de materiais do curso
através de grupos de Whatsapp, Facebook, E-mail ou qualquer outro meio
de compartilhamento. Inclusive alertamos que a matrícula do aluno pode vir
a ser cancelada caso seja constatada a prática de rateio, conforme previsão
contratual.
Português
Prof. Carlos Zambeli
e Profª Thaís Oliveira

CLASSES DE PALAVRAS (MORFOLOGIA)

Começando a entender Português!

Na Morfologia, as palavras são estudadas isoladamente, geralmente se desconsiderando a função


que exercem dentro da frase ou do período, estudo realizado pela Sintaxe. Nos estudos morfológi-
cos, as palavras estão agrupadas em dez classes, que podem ser chamadas de classes de palavras
ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advér-
bio, Preposição, Conjunção e Interjeição.

1. SUBSTANTIVO

A palavra que dá nome aos seres, coisas, lugares, ideias, sentimentos. O substantivo faz parte da
classe de palavras variáveis da língua portuguesa. Isso quer dizer que pode apresentar flexões
de gênero, número e grau.
• lugares: Itália, Porto Alegre...
• sentimentos: raiva, ciúmes ...
• estados: alegria, tristeza...
• qualidades: honestidade, sinceridade...
• ações: corrida, leitura...

2. ARTIGO

Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado
de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.

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Detalhe zambeliano 1

Substantivação!

O jantar foi servido às 20h30min.

A Psicologia interessa-se pelo estudo do eu.

Detalhe zambeliano 2

Artigo facultativo diante de nomes próprios.

Tati chegou. / A Tati chegou.

Detalhe zambeliano 3

Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.

Sua turma é pequena no curso.

A sua turma é pequena no curso.

3. ADJETIVO

Adjetivo – palavra variável que caracteriza o substantivo, indicando-lhe qualidade, defeito,


estado, condição

• Material bom, menino agitado, moça elegante.

O adjetivo pode aparecer antes ou depois do substantivo.

• Elegante senhora / Senhora elegante

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Morfossintaxe do Adjetivo:

O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

• Você estava nervosa.

• A estudante nervosa foi mal na prova.

Locução adjetiva

Noite de chuva (chuvosa)

Atitudes de anjo (angelicais)

Pneu de trás (traseiro)

Seleção do Brasil (brasileira)

Detalhe zambeliano!

4. ADVÉRBIO

Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio
advérbio.

Dica do Zambeli!

Aqui dormi nesta semana.

Hoje eu estudei gramática no curso.

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Classificação dos advérbios:

Lugar – ali, aqui, aquém, atrás, cá, dentro...

Tempo – agora, amanhã, antes, ontem...

Modo – a pé, à toa, à vontade...

Dúvida – provavelmente, talvez, quiçá...

Afirmação – sim, certamente, realmente...

Negação – não, nunca, jamais...

Intensidade – bastante, demais, mais, menos

5. PREPOSIÇÃO

Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando
o segundo ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.

Regência verbal: Assisti ao vídeo do curso.

Regência nominal: Estou alheio a tudo isso.

Zambeli, quais são as preposições?


a – ante – até – após – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante – por
– sem – sob – sobre – trás.

Locuções Adjetivas – É uma pessoa de respeito.

Locuções Adverbiais – Tive de agir com medo.


De – Vim de carro. / Sou de Porto Alegre. / Gramática do Zambeli.
Em – Estou em apuros. / Sairemos em 15min. / Durmo em casa.

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6. PRONOME

Indefinidos

Não encontrei nenhum conhecido na aula do Zambeli.

Não encontrei nem um conhecido na aula do Zambeli.

DEMONSTRATIVOS

Este, esta, isto – perto do falante.


ESPAÇO Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.

Este, esta, isto – presente/futuro


TEMPO Esse, essa, isso – passado breve
Aquele, aquela, aquilo – passado distante

Este, esta, isto – vai ser dito


DISCURSO
Esse, essa, isso – já foi dito

RETOMADA
As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes me-
nos favorecidas, porque àquelas se dão oportunidades que se negam a estes.

E se fosse 3 elementos para retomar, Zambeli?


Emprego de este, esse e aquele em relação a três termos

Este: indica o que se referiu por último.


Esse: se refere ao penúltimo.
Aquele: indica o que se mencionou em primeiro lugar.

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Pessoais – retos e oblíquos

Retos – eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.

Oblíquos – Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos,


que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.

Átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.

• Enviaram aquele material do curso para mim.

• Enviaram-me aquele material do curso.

• Enviaram aquele material do curso para eu usar na aula.

7. NUMERAL
Indicam quantidade ou posição – um, dois, vinte, primeiro, terceiro.

8. INTERJEIÇÃO
Expressam um sentimento, uma emoção...

9. VERBOS

Indicam ação, estado, fato ou fenômeno da natureza.

• Guilherme passeava pelas ruas de Butiá.

• A Mari está enferma.

• Geou muito na serra.

10. CONJUNÇÕES
Ligam orações ou, eventualmente, termos. São divididas em:
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,
temporais, finais, proporcionais.

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QUE – Pronome Relativo ou Conjunção Integrante?

Pronome Relativo Conjunção Integrante

Deixa Ser Aquela Pessoa Meu Sol


(O Teatro Mágico) (Henrique e Juliano) (Vanguart)

Dentro de mim Você também tem Minha alma


Uma reza uma certeza Aquela pessoa Sabe que
viver é se entregar
Um canto-correnteza Não adianta negar
Sabendo que
Que me leva a ti Que tem passe livre
ninguém pode julgar
A te explicar que a dor Carta branca na sua vida
Se teve que olhar
Talvez venha nos visitar Pra ir e voltar quando quiser pra trás ou não

Nunca vai deixar de ser o que é Talvez


Se a vida me trouxer
o que eu pedi
Te encontro e faço
tudo o que quiser

EXERCÍCIOS

01. Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio).
1. A cerveja que desce redondo.

2. A cerveja que eu bebo gelada.

3. Zambeli é um professor exigente.

4. O bom da aula é o ensinamento que fica para nós.

5. Carlos está no meio da sala.

6. Leu meia página da matéria.

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7. Aquelas jovens são meio nervosas.

8. Ela estuda muito.

9. Não faltam pessoas bonitas aqui.

10. O bonito desta janela é o visual.

11. Vi um bonito filme brasileiro.

12. O brasileiro não desiste nunca.

13. A população brasileira reclama muito de tudo.

14. O crescimento populacional está diminuindo no Brasil.

15. Número de matrimônios cresce, mas gaúchos estão entre os que menos casam no país.

02. Preencha as lacunas com os pronomes demonstrativos adequados:


a) A grande verdade é ___________: foi o Zambeli o mentor do plano.

b) Embora tenha sido o melhor plano, ele nunca admitiu _________ fato.

c) Ninguém conseguiu provar sua culpa, diante _____________, o júri teve de absolvê-lo.

d) O país atravessa um momento delicado. __________ crise parece nunca acabar.

e) Assisti a uma aula de Português aqui no curso. Uma aula _________ é indispensável para mim!

f) Por que você nunca lava _________ mãos?

g) Ana, traga ____________ material que está aí do seu lado.

h) Ana, ajude-me a carregar _______ sacolas aqui.

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QUESTÕES

01. No texto, Maria José é descrita como alguém que apresenta características muitas vezes opostas, o
que a faz possuidora de uma rica personalidade.
Um adjetivo usado para caracterizar Maria José é “terna”, que, no texto, se opõe a
a) violenta
b) alegre
c) caridosa
d) doce
e) carinhosa

02. A palavra destacada em “bem mais portáteis” (parágrafo 4) traz para o trecho uma ideia de
a) adição
b) adversidade
c) comparação
d) extensão
e) soma

03. O trecho em que a palavra destacada expressa uma opinião do autor é


a) “Atualmente, somos mais de 126,4 milhões de brasileiros” (parágrafo 1)
b) “Infelizmente, basta ter um endereço de e-mail para ser rastreado” (parágrafo 3)
c) “modo como cada sociedade vem paulatinamente estruturando a sua política” (parágrafo 4)
d) “Independentemente da demanda de armazenamento de dados de clientes” (parágrafo 5)
e) “época em que todo mundo pode falar permanentemente o que quer.”(parágrafo 9)

04. Possui papel adjetivo no segmento a seguir, o termo em destaque:


a) “Falar é fácil, eu dizia a mim mesma [...]”
b) “O ciclo da vida e morte é um duro aprendizado.”
c) “Se a morte for um sono sem sonhos, será bom; [...]”
d) “Recorro à minha profissão de tradutora, que exerci intensamente [...]”

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05. As orações a seguir possuem preposição, EXCETO:


a) “Cair a ficha é se dar conta.” (4º§)
b) “Nascemos, ficamos em pé, crescemos [...]” (5º§)
c) “Nossos pregos são feitos de material maciço, [...]” (5º§)
d) “Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.” (6º§)
e) “Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes.” (1º§)

GABARITO
01. A 02. C 03. B 04. B 05. A

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DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO

Frase: É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação.


Na frase é facultativo o uso do verbo.
Oração: É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Período: É a oração composta por um ou mais verbos.

SUJEITO – é o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração.
• Que é que + verbo?

• Quem é que + verbo?

• Que é que se + verbo?

TIPOS DE SUJEITOS

1) Sujeito simples – é o sujeito determinado que possui um único núcleo, um único vocábulo di-
retamente ligado com o verbo.
• “Os fracos nunca podem perdoar.” (Gandhi)

• “Bate outra vez, com esperanças, o meu coração.” (Cartola)

• Discutiu-se esse assunto na aula do Zambeli.

“E ela tava mais linda


Cada vez que eu olhava.
O ciúme não tava batendo,
Tava dando porrada” (Henrique e Juliano)
2) Sujeito composto – é o sujeito determinado que possui mais de um núcleo, isto é, mais de um
vocábulo diretamente relacionado com o verbo.
• Sérgio, Zambeli e Gustavo são amigos.

• Ocorreram acidentes, assaltos e sequestros nesta comunidade.

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3) Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere.
a) com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente.
• “Perguntaram ao Dalai Lama:
– O que mais te surpreende na Humanidade?
E ele respondeu:
– Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recu-
perar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que
acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e
morrem como se nunca tivessem vivido.” (Dalai Lama)
b) com o verbo na 3ª p do singular (VI, VTI, VL) + SE
• Necessita-se de mantimentos para os desabrigados.

• Estuda-se em média 5h por dia.

• “Fica-se muito louco quando apaixonado.” (Freud)

4) Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na oração.


• haver significando existir, ocorrer, acontecer ou indicando tempo decorrido.
• Haverá mais concursos neste ano.

• Deve haver mais interessados naquela vaga.

• Há meses não faço testes de português.

• Deve haver aprovações deste curso.

• Devem existir aprovações deste curso.

• fazer indicando tempo ou temperatura.


• Amanhã fará dois dias que me inscrevi no curso.

• Irá fazer quatro meses que terminamos o namoro.

• Faz dias muito quentes no mês de março.

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• estar indicando clima.


• Estava muito quente no dia da prova.

• ser indicando hora, data ou distância.


• Agora são 19h45min.

• Hoje são 13 de setembro.

• Daqui a minha casa são quatro quadras.

• verbos que indicam fenômenos meteorológicos.


• Choveu bastante no verão passado.

• Está anoitecendo.

Obs.: quando empregados em sentido conotativo, haverá sujeito.


• Choveram gritos naquela sessão de votação.

5) Sujeito Oracional
• “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.” (Legião Urbana)

• É necessário que vocês estudem em casa.

• Convém que todos sejam honestos sempre!

TRANSITIVIDADE VERBAL

1) Verbo Intransitivo (VI) – verbo que não exige complemento.


• “O coração dispara, tropeça, quase para, me encaixo no teu cheiro” (Tiago Iorc)

• “Acorda, meu bem, amanhã já é outra história. Em paz, vamos viver o agora.” (Anavitória)

2) Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição.
Perguntamos “o quê? Ou quem?”
• “E eu vou contando os dias, vou roubando as horas, quero tanto me encontrar” (Vanguart)

• “Se for preciso, eu pego um barco, eu remo por seis meses, como peixe pra te ver.” (Rubel)

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3) Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição.
• “Hoje me lembrei do teu sabor, do gosto da tua boca antes de dormir.” (Tiago Iorc)

• É! Eu me esqueci da luz da cozinha acesa, de fechar a geladeira, de limpar os pés! Me


esqueci, Jesus, de anotar os recados, de todas janelas abertas.” (Teatro Mágico)

4) Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI) – verbo que precisa de 2 complementos. (OD e OI)
• “Eu quero partilhar a vida boa com você.” (Rubel)

• “Canta para mim qualquer coisa assim sobre você.” (Marcelo Camelo)

5) Verbo de Ligação (VL) – não indicam ação. Estes verbos fazem a ligação entre 2 termos: o
sujeito e suas características. Estas características são chamadas de predicativo do sujeito.
• “Tu é trevo de quatro folhas, é manhã de domingo à toa.” (Anavitória)

• “Meninas são bruxas e fadas. Palhaço é um homem todo pintado de piadas! Céu azul é o
telhado do mundo inteiro.” (Teatro Mágico)

Dica zambeliana:
A transitividade de um verbo depende do contexto.

ADJUNTO ADVERBIAL – termo que exprime circunstância, modificando o sentido de um verbo, de


um adjetivo ou de outro advérbio. É constituído por um advérbio ou por uma locução adverbial.
“Entrei na rua dela com meu carro rebaixado.
No meu porta-malas, escutando forró pesado,
Eu logo percebi, quando ela olhou pra mim,
Dei a volta por cima e chamei ela pra sair.
Ela aceitou o convite, a gente foi cair na farra.
Duas garrafas de vinho, ficou mal intencionada.
Foi no banheiro, do nada ela sumiu.
Quando fui procurar, com outro cara ela sumiu.” (Barões da pisadinha)

APOSTO – termo que apresenta uma explicação extra a respeito de outro, cujo intuito é o
esclarecimento.
• Porto Alegre, a cidade sorriso, aguarda você.

• Chegaram todos: pais, amigos e demais parentes.

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VOCATIVO – termo que evidencia o ser a quem nos dirigimos.


• “Ai, amor, Será que tu divide a dor do teu peito cansado com alguém que não vai te sarar?”
(Anavitória)

“Oh Rita, volta, desgramada.


Volta, Rita, que eu perdoo a facada.
Oh Rita, não me deixa!
Volta, Rita, que eu retiro a queixa.” (Tierry)

ADJUNTO ADNOMINAL é o termo que caracteriza e/ou define um substantivo. As classes de


palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são adjetivos, artigos, pronomes,
numerais, locuções adjetivas. Portanto se trata de um termo de valor adjetivo que modificara o
nome ao qual se refere.
Artigo – “ Colombo procurou as Índias, mas a Terra avisto em você.”
Adjetivos – A melhor aula é sempre aqui.
Pronome – “ E o teu cabelo está enrolado no meu peito?”
Numeral – Cinco pessoas reclamara dos dois colegas.
Locução adjetiva – “Enquanto o som do paredão toca/Cê gasta o seu batom de cereja”

TREINAMENTO ZAMBELIANO
Classifique os elementos sublinhados das orações abaixo.
a) O candidato voltou do curso.
____________________________________________________
b) Histórias incríveis contou-nos aquele colega.
____________________________________________________
c) O professor Zambeli ofereceu-lhe um lugar melhor no curso.
____________________________________________________
d) Procurei-a por todos os lugares.
____________________________________________________
e) Gabaritaram a prova.
____________________________________________________
f) Talvez ainda haja concursos neste ano.
____________________________________________________
g) Taxa de homicídio cresce em 15 anos no país.
____________________________________________________
h) A prova foi fácil.
____________________________________________________
i) Site oferece promoções aos clientes na internet.
____________________________________________________

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CONCORDÂNCIA VERBAL

REGRA GERAL

O verbo concorda com o núcleo do sujeito.


“Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis e,
por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir. Então a gente
não diz, apenas sente.” (Freud)

1) VERBO HAVER
O verbo haver é impessoal (permanecendo na 3º pessoa do singular) quando significa: existir, acon-
tecer, ocorrer. Formando locução com outro verbo, a impessoalidade a ele se estenderá.
• Nunca havia pessoas nesta sala.

• Está havendo oportunidades neste curso.

• Houve um assalto no banco.

2) SE

Pronome Apassivador Índice de Indeterminação do Sujeito


• Procuram-se alunos interessados. • Vive-se triste nesta época do ano.

• Não se sabe tudo na hora da prova. • Mora-se bem no bairro aqui.

• Nunca se estudaram tantos artigos. • Não se necessita de mais aula.

• Ligar-se-ão as pessoas certas neste curso. • Nunca se trata só de uma questão.

• Procura-se uma questão sobre o tema. • Assistiu-se a outras palestras.

• Vende-se este carro. • É-se muito estressado durante os estudos.

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Treina aqui rapidinho!


1) se – partícula apassivadora
2) se – índice de indeterminação do sujeito

a) Precisa-se de uma boa resposta. ( )

b) Não se perdoam certas palavras. ( )

c) Para chegar aqui, anda-se muito. ( )

d) Bergamota, nos dias de frio no sul, come-se no sol. ( )

e) Aqui se vive em paz! ( )

f) Discutiu- se, nesta semana, quando o gerente estava aqui, esse projeto. ( )

g) Alugam-se, durante o ano, quartos para estudantes. ( )

h) Repreendia-se o aluno e nada acontecia ( )

i) Necessitava-se de novas soluções. ( )

3) Expressões fracionárias ou partitivas = o verbo poderá ficar no singular ou ir para o plural.


• A maioria desses acidentes pode (podem) ser evitado (evitados).

• Três quintos do teste foi (foram) de questões objetivas.

• Mais da metade dos professores utiliza (utilizam) o quadro-branco.

4) Sujeito oracional
Quando o sujeito for representado por uma oração, o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.
• Estudar e aprovar constitui seu projeto.

• Seria legal se todos acordassem durante a aula.

• Não se indica que as pessoas fiquem aqui.

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CONCORDÂNCIA NOMINAL

REGRA GERAL

Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles se


referem.

CASOS ESPECIAIS

1) Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.


• Gosto de comer deliciosos bolos, pizzas e salgadinhos.

• Gosto de comer deliciosas pizzas, bolos e salgadinhos.

2) Substantivos de gênero e número diferentes mais adjetivo: concordância com o termo mais
próximo ou uso do masculino plural.
• Gostaria de pedir frango e costela bem passados.

• Gostaria de pedir frango e costela bem passada

3) ANEXO
• Seguem anexos os contratos.

• As cartas anexas devem conter envelope.

4) SÓ
• Edgar ficou só em casa.

• Sérgio e Edgar ficaram sós.

• Depois da guerra só restaram cinzas.

• Eles queriam ficar só na sala.

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Observação:
A locução adverbial a sós é invariável.

5) OBRIGADO – adjetivo
• “Muito obrigada”, disse a aniversariante aos convidados!

6) BASTANTE
Adjetivo = vários, muitos
Advérbio = muito, suficiente
• Recebi bastantes flores.

• Estudei bastante.

• Tenho bastantes motivos para estudar com você!

7) TODO, TODA – qualquer


TODO O, TODA A – inteiro
• Todo aluno tem dificuldades nos estudos.

• Todo o clube comemorou a chegada do jogador.

8) É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO, É PERMITIDO


Com determinante = variável
Sem determinante = invariável
• A sabedoria é necessária, sobretudo durante a prova!

• É proibida a entrada de concurseiros despreparados.

• A receita de pizza com requeijão é muito boa.

• É proibido cola durante as provas!

• É necessário inteligência na resolução das questões.

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9) MEIO
Adjetivo = metade
Advérbio = mais ou menos
• Adicione meia colher de açúcar.

• Isso pesa meio quilo.

• A porta estava meio aberta.

• Ela sempre fica meio nervosa nas provas.

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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

A regência estuda a relação entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e
objetos indiretos), ou as circunstâncias relacionadas a eles (adjuntos adverbiais).
É importante ressaltar que um verbo pode assumir valores semânticos diferentes com a simples
mudança ou retirada de uma preposição. Esse fato é um dos principais causadores de dúvida, tam-
bém, quando aprendemos crase, por exemplo.
O estudo da regência verbal exige, assim como diversos outros conteúdos da gramática, sabermos
mais também sobre os pronomes relativos.

PRONOME RELATIVO
1. QUE:
• Retoma pessoas ou coisas.
O programa de computador de que preciso chegou.
O amigo em que confio é o Betinho.
A série a que eu assisto chama-se “Casas Extraordinárias”
2. CUJO:
• Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.
A prova cujo assunto eu não sei será amanhã!
A namorada com cuja opinião concordo estava me criticando.
A rainha a cujas ordens obedeço é a mais bela do reino.
3. ONDE:
• Só retoma lugar. Seu sinônimo é EM QUE, o qual pode ser usado em mais contexto.
O país aonde irei é perto daqui.
O problema em que estou metido pode ser resolvido ainda hoje.

PRINCIPAIS VERBOS

• Assistir
Sentido de ajudar, dar assistência, auxiliar: VTD
O professor não assistiu os alunos durante a prova O professor não os assistiu.
A polícia assiste todas as vítimas de trânsito.

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Sentido de ver, olhar, presenciar: VTI (preposição “a” obrigatória)


Assisti ao espetáculo “Fuerzabruta” Assisti a ele.
O filme a que eu assisti chama-se “Divertidamente”.
• Aspirar
Sentido de inalar, cheirar, sorver: VTD
Aspirei esse fedor de fritura.
As pessoas aspiram o ar poluído das cidades.
Sentido de desejar, ambicionar: VTI (preposição “a” obrigatória)
Quem não aspira ao cargo? Quem não aspira a ele?
A vaga a que todos aspiram está neste concurso.
• Pagar e Perdoar
Quando se refere a alguma coisa: VTD
Pagou a conta.
Perdoei o incidente.
Quando se refere a uma pessoa: VTI (preposição “a”)
Pagou ao garçom.
Perdoei ao meu pai
Quando se refere a alguma coisa a alguém: VTDI
Pagou a dívida ao banco.
Pagamos ao garçom as contas da mesa.
• Visar
Sentido de pôr o visto, assinar: VTD
Você precisa visar atrás do cheque.
Sentido de apontar, mirar: VTD
O Capitão Nascimento visou o traficante.
Sentido de desejar, almejar, ambicionar: VTI
Os estudantes visam ao cargo público.
Aquela era a vaga a que eu visava.
• Implicar
Sentido de acarretar, ter consequência: VTD
Passar no concurso implica sacrifícios.
Essas medidas econômicas implicarão mudanças na minha vida.

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Sentido de ter birra, implicância: VTI (preposição “com”)


Ela sempre implica com meus amigos!
• Preferir
Esse verbo é transitivo direto e indireto, assim exige a preposição “a”: X a Y
Prefiro concursos federais a concursos estaduais.
Gabriel preferia a massa ao vegetal.
• Ir, Voltar, Chegar
Usamos as preposições “A”, ou “DE”, ou “PARA” com esses verbos.
Chegamos a casa.
Foste ao curso?
• Esquecer, Lembrar
Esses dois verbos são pronominais, ou seja, quando acompanhados de pronome, precisam de com-
plemento preposicionado: VTI (preposição “de”)
Eu nunca me esqueci de você!
Esqueça aquilo.
O aluno cujo nome nunca lembro foi aprovado.
O aluno de cujo nome nunca me lembro foi aprovado.

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CRASE

OCORRE CRASE

1) Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO,
haverá crase.
• Eles não se referem às brigas da turma.

• Não consigo ser indiferente à desumanização das pessoas.

2) Àquele = a este, àquela = a esta, àquilo = a isto


• Ele fez referência àquele aluno.

• Nunca disseram a verdade àquelas pessoas.

• Suas queixas são idênticas às de seus colegas.

3) Nas locuções femininas


• à frente de; à espera de; à procura de; à noite; à tarde; à esquerda; à direita; às vezes; às pres-
sas; à medida que; à proporção que; à toa; à vontade, etc.

• Vamos estudar à noite.

• Sinto-me à vontade nesta sala, Zambeli.

4) Na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão “meio-dia”; se


aparecer AO antes de “meio-dia”, devemos colocar o acento, indicativo de crase no A.
• Ele saiu às duas horas e vinte minutos. (ao meio dia)

• Ele está aqui desde as duas horas. (o meio-dia).

5) Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO DA,
haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.
• Vou à Bahia. (volto da). Vou a São Paulo (volto de).

Obs.: se o nome do lugar estiver acompanhado de uma característica (adjunto adnominal), o acen-
to será obrigatório.

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• Vou a Portugal. Vou à Portugal das grandes navegações.

6) Antes da palavra “casa”, haverá o acento indicativo de crase somente quando ela estiver es-
pecificada.
• Retornou a casa. Retornou à casa dos pais.

7) Antes da palavra “terra”, haverá o acento indicativo de crase, se ela estiver especificada, se
for empregada como planeta ou for possível substituí-la por solo.
• O navegador retornou a terra. Ele chegou à terra das cucas.

• O aviador desceu à terra.

• Lançou a semente à terra que comprara.

8) Antes da palavra “distância”, haverá o acento indicativo de crase, se ela estiver especificada.
• Ficou à distância de 10m.

• Ficou a distância.

CRASE OPCIONAL

1) Antes de nomes próprios femininos.


• Entreguei o presente a Tati (ou à Tati).

2) Antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no singular.


• Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga). Mas não fiz à sua.

3) Depois da preposição ATÉ.


• Fui até a escola. (ou até à escola).

NÃO OCORRE CRASE

1) Antes de palavras masculinas.


• Ele saiu a pé.

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• Nunca vendemos a prazo.

2) Antes de verbos.
• Estou disposto a colaborar com ele.

• Começou a chover.

3) Antes de artigo indefinido.


• Fomos a uma empresa especializada.

• Entreguei meu material a uma funcionária do curso.

4) Antes de alguns pronomes


• Passamos os dados do projeto a ela.

• Eles podem ir a qualquer restaurante.

• Refiro-me a esta aluna.

• A pessoa a quem me dirigi estava atrapalhada.

• O restaurante a cuja dona me referi é ótimo.

5) Depois de preposição.
• Eles foram para a praia.

• A aula começou após as 9h.

6) Quando o A estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.


• Refiro-me a pessoas que são competentes.

• Nunca obedeça a pessoas que você não conhece.

7) Em locuções formadas pela mesma palavra.


• Tomei o remédio gota a gota.

• (cara a cara, lado a lado, face a face, passo a passo, frente a frente, dia a dia, etc.)

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EXERCÍCIO

01. Utilize o acento indicativo de crase quando necessário


a) Enviarei a você as informações referentes as nossas atuais atividades.

b) Com relação a suas habilidades, procure dar mais ênfase as que se referem a pintura.

c) Você vai a aula hoje?

d) Escreveram a ti antes de escreverem a mim!

e) Telefone a ela, depois a você e a todas as nossas amigas.

f) A cena a qual assistimos foi lamentável.

g) Prefiro maçã a pera.

h) Prefiro a maçã a pera.

i) Os preços continuam a subir.

j) Prefiro aquela maçã aquele mamão.

k) Entreguei a bolsa aquela que atendeu ao portão.

l) Refiro-me as exportações e não as importações.

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QUESTÕES

01. “A primeira marca do príncipe soberano é o poder de dar lei a todos em geral, e a cada em particu-
lar. Mas isso não basta, e é necessário acrescentar: sem o consentimento de maior nem igual nem
menor que ele.” “O soberano de uma República, seja ele uma assembleia ou um homem, não está
absolutamente sujeito ..I.. leis civis. [...] E, para medirmos a inovação assim introduzida, basta re-
corrermos ..II.. frase de um teólogo do século XII: “A diferença entre o príncipe e o tirano é que o
príncipe obedece à Lei e governa ..III.. seu povo em conformidade com o Direito.”
Preenchem corretamente as lacunas I, II e III do texto, na ordem dada:
a) às – à – o
b) às – a – ao
c) as – à – ao
d) às – a – o
e) as – à – o

02. Quanto ...... origens do ruído, o pensador David le Breton ...... associa ao utilitarismo, com que se
relaciona, por vezes, ...... racionalismo, que dispõe a experiência dos sentidos em segundo plano.
Preenche as lacunas da frase acima, correta e respectivamente, o que se encontra em:
a) as − às − ao
b) a − a − ao
c) às − às − ao
d) as − as − o
e) às − as − o

03. O sinal indicativo de crase pode ser acrescido, por ser facultativo, à expressão destacada em:
a) Meditar é aprender a estar aqui, agora. (5º parágrafo)
b) se voltavam ávidos a técnicas milenares de relaxamento... (2º parágrafo)
c) Agora sente o sol aquecendo as escamas. (3º parágrafo)
d) o macarrão que esfria, a minha frente. (6º parágrafo)
e) Esquece as moscas. (3º parágrafo)

04. A constante exposição à mídia acaba levando o filósofo... (último parágrafo)


No segmento acima, o sinal indicativo de crase deverá ser mantido caso se substitua “mídia” por
a) imprensa.
b) programas.
c) meio de comunicação.
d) debates.
e) propagandas.

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05. O sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão em:
a) Tenho preocupações referentes à questões ambientais.
b) Medidas de proteção à infância precisam ser tomadas por governos.
c) Devem-se fazer campanhas para aumentar às preocupações sanitárias.
d) À partir do início da faculdade é necessário estudar muito.
e) Você confere, à seguir, os documentos dos clientes.

GABARITO
01. A 02. E 03. D 04. A 05. B

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ORAÇÕES

ORAÇÕES COORDENADAS

Orações Coordenativas – ligam termos que exercem a mesma função sintática, ou orações inde-
pendentes. Subdividem-se:
1) Assindéticas – não se unem por meio de conjunção.
• “E ela parou, olhou, sorriu, me deu um beijo e foi embora.” (Natiruts)

• “Voltou do trabalho, tomou banho, foi deitar-se”.

2) Sindéticas – unem-se por meio de conjunção. Classificam-se como


1) aditivas: expressam ideia de adição, soma, acréscimo.
e, nem, não só... mas também, mas ainda, etc.
• A corrupção atinge todas as camadas da sociedade e incide em alguns comportamentos.

• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)

• Ela não trabalha nem estuda.

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2) adversativas: expressam ideia de oposição, contraste.


mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante, etc.
• “Eu queria querer-te e amar o amor, (...) tudo métrica, rima e nunca dor, mas a vida é real e de
viés” (Caetano Veloso)

• “A minha vontade é forte, porém minha disposição de obedecer-lhe é fraca.”


(Carlos Drummond de Andrade)

3) alternativas: expressam ideia de alternância ou exclusão.


ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja...seja
• “A amizade é o grande palavrão das mulheres, quer para permitir que o amor entre, quer para
o pôr fora da porta.” (Charles Saint-Beuve)

• “Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza”

4) conclusivas: expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse antes.
logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista disso então, pois (depois
do verbo) etc.
• “Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.”

• “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se cha-
ma amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.”
(Dalai Lama)

5) explicativas: a segunda oração dá a explicação sobre a razão do que se afirmou na primeira ora-
ção.
pois, porque, que.
• “Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar. Nessa hora fique
firme, pois tudo isso logo vai passar.” (Jeneci)

• “Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa” (Chico Buarque)

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ORAÇÕES SUBORDINADAS

Dependem de uma oração principal. Podem ser: adverbiais, substantivas ou adjetivas.


Orações Subordinadas Adverbiais – ligam duas orações sintaticamente dependentes e mostram
circunstâncias.
Causais: exprimem o motivo (a causa, a razão) da ação da oração principal.
porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, pois (anteposto ao verbo).
• As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.

• Já que você não vai, eu não vou

Condicionais: exprimem circunstância, uma condição para outra ação ocorrer.


se, caso, contanto que, desde que, a menos que, a não ser que, uma vez que (+ verbo no subjun-
tivo)
• Uma vez que você aceite a proposta, assinaremos o contrato.

• Se não fosse a liberdade de expressão, algumas manifestações artísticas só existiriam entre


quatro paredes.

Consecutivas: exprimem consequência, o resultado de uma ação.


{tão, tal, tamanho, tanto} ...que, de modo que, de maneira que, de forma que
“Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.” (Fernando Pessoa)

Comparativas: expressam semelhança, relações, diferenças.


como, que (precedido de mais ou menos), assim como, tanto ...quanto
• “O amor é como o sol, sabe como renascer.” (Natiruts)
• É mais fácil lidar com uma má consciência do que com uma má reputação. (Friedrich Nietzsche)

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Conformativas: expressam conformidade.


como, conforme, segundo, consoante, de acordo com*...
• “Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação que recebem, uma recompensa ou um
castigo.” (J. Petit Senn)

• Segundo atesta recente relatório do Banco Central, a economia brasileira é viável.

Concessivas: expressam um fato que poderia opor-se à realização do que se declara na oração prin-
cipal.
embora, se bem que, ainda que, apesar de que, mesmo que, conquanto, posto que, por mais que.
• “Mesmo que ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar
agora e fazer um novo fim.”

• “Você é um problema que eu quero ter, mesmo sabendo que eu não consigo resolver..
(Maiara e Maraisa)

• Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido
suficientemente fraco para entrar. (Caio Fernando Abreu)

Temporais: exprimem o tempo, o momento, de um acontecimento. A relação pode ser de simulta-


neidade, anterioridade, posterioridade…
quando, logo que, assim que, mal, sempre que, antes que, enquanto, depois que, desde que,
sempre que, cada vez que
• “Quando eu estiver cantando, fique em silêncio” (Cazuza)

• Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram,
perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remé-
dio. (William Shakespeare)

Finais: indicam a finalidade ou o objetivo da ação expressa na oração principal.


a fim de que, para que, para*.
• Eu queria estudar para gabaritar essa prova.

• “Você tem um segundo para aprender a me amar; você tem a vida inteira para me devorar.”
(Cazuza)

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Proporcionais: destacam a intensidade de um fato, da qual depende a intensidade do fato expresso


na principal.
à proporção que, à medida que, quanto mais ...., (tanto) mais, quanto menos...
• “O erro só é bom enquanto somos jovens. À medida que avançamos na idade, não convém que
o arrastemos atrás de nós.” (Johann Goethe)

• Quanto mais vivo a minha vida, mais experiências vão acontecendo.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


Geralmente são introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e “se”.
As orações subordinadas substantivas exercem uma função sintática em que, normalmente, o nú-
cleo é um substantivo.
1. Subjetivas – funcionam como sujeito.
• “É imprescindível que você estude com o Zambeli”.

• Convém que você revise hoje.

• Pareceu-me que a criança chorava.

2. Objetivas Diretas – funcionam como objeto direto.


• Eu disse que estudaria português!

• O colega avisou que só faltavam quinze minutos para o término da prova.

3. Objetivas Indiretas – funcionam como objeto indireto, ainda com preposição.


• Eles gostaram de que eu falasse vinte vezes a mesma coisa!

• A professora insistiu muito em que os alunos tivessem aulas de recuperação..

4. Completivas Nominais – funcionam como complemento nominal.


• Tenho convicção de que ele estudará um dia!

• Os eleitores tinham crença em que o candidato fosse honesto.

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5. Predicativas – funcionam como predicativo do sujeito. Ou seja, há verbo de ligação.


• “O problema de estudar é que, na aula, eu entendo tudo!”

• O certo é que ninguém se responsabilizou pelo crime.

6. Apositivas – funcionam como aposto. Lembre-se da pontuação.


• Desejo-lhe uma coisa: que entenda um dia a matéria!

• Isto é certo: que seremos aprovados.

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EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

A oração pode estar enunciada na ordem direta, observando a seguinte sequência:


Sujeito + Verbo + Complementos Verbais + Adjunto Adverbial
O bancário oferecerá o produto aos clientes após a demonstração.

Todas as turmas do primeiro andar da ala esquerda do prédio sairão hoje.

Não se separam por vírgula:


→ Predicado de sujeito = “Acontecerá, alguma coisa amanhã!”

→ Objeto de verbo = “Contamos, aos alunos, todos os detalhes”.

→ Adjunto adnominal de nome = “A questão, de Português, foi anulada facilmente!”

EMPREGO DA VÍRGULA

• Coordenados

• Deslocados

• Intercalados

• Elipses

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COORDENADOS
1) para separar itens de uma série. (Enumeração)
• Um arquiteto, um engenheiro e um empreiteiro foram contratados pela empresa.

• “Eu tenho uma proposta para te fazer: eu, você, dois filhos e um cachorro; Um edredom, um
filme bom no frio de agosto. E aí, cê topa?” (Luan Santana)

2) para separar orações coordenadas assindéticas.


• “A garrafa precisa do copo, o copo precisa da mesa, a mesa precisa de mim e eu preciso da cer-
veja.” (Marília Mendonça)

• Alguns reclamam, outros protestam, ninguém reivindica.

3) As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações coordenadas são as
que indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou, ou ... ou, ora ... ora), adversidade
(mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação (porque, pois).
• Ela me convidou, pois sou sua amiga!

• Siga o mapa, ou peça informações.

• O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória

4) para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os sujeitos sejam dife-
rentes.
• “Acordei mais uma vez embriagado, e o seu cheiro impregnado na minha roupa.” (Marília Mendonça)

• Os sentimentos podem mudar com o tempo, e as pessoas não entendem isso!

• Inúmeros alunos só comem e dormem nas férias

DESLOCADOS
1) para separar o adjunto adverbial deslocado.
Na terça-feira, a comissão temporária que examina a modernização do Código de Defesa do Consu-
midor (CDC) debateu a necessidade de regras para publicidade infantil.

Encontrei, hoje pela manhã, alguns professores reunidos com o diretor.

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Quando o adjunto é pequeno, mesmo estando deslocado, não é necessário isolá-lo


por vírgula, a não ser que a ênfase o exija

Amanhã irei rever alguns amigos.

Todos os envolvidos na criação precisam hoje preencher o formulário.

2) para separar orações adverbiais, especialmente quando forem longas.


No final da aula, Paulo escreveu uma fórmula, porque era importante!

Estudou bastante, para que pudesse obter um bom resultado nas avaliações.

3) para separar as orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto desenvolvidas


quanto reduzidas.
Nossas intenções, conforme todos podem comprovar, são as melhores.

Os alunos, terminada a aula, saíram sem despedir-se.

Ao ver o estrago, retirou-se apavorado, mas, como estava escuro, derrubou tudo.

INTERCALADOS
1) para separar o aposto.
Sempre segui duas dicas: estude e seja feliz!

“Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.”
(Drummond)

2) para separar o vocativo.


Caros alunos, vocês estão entendendo?

Mariana, aquela professora de português já chegou?

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3) para separar expressões explicativas, retificativas, continuativas, conclusivas ou enfáticas (aliás,


além disso, com efeito, enfim, isto é, em suma, ou seja, ou melhor, por exemplo, etc).
Além disso, precisamos completar as tarefas.

Queremos, por exemplo, fazer algumas provas antigas.

Enfim, faça o que você decidir.

4) Orações Subordinadas Adjetivas


a) Restritivas – delimitam o sentido do substantivo antecedente (sem vírgula). Encerram uma qua-
lidade que não é inerente ao substantivo.
As emoções que nos atormentam nos momentos de raiva acabam mais atrapalhando do que aju-
dando!

As rosas que são vermelhas embelezam meu jardim.

b) Explicativas – explicações ou afirmações adicionais ao antecedente já definido plenamente


(com vírgula sempre). Encerram uma qualidade inerente ao substantivo.
A telefonia móvel, que facilitou a vida do homem moderno, provocou também situações constran-
gedoras.

Nossa família, que sempre foi unida, amparou-a afetuosamente.

Preocupava-se demais com o colega, que nunca lhe retribuía os favores.

ELIPSES
1) para assinalar supressão de um verbo.
“Os tristes acham que o vento geme; os alegres, que ele canta.” (Veríssimo)

Eu preciso de ajuda; meu colega, de uma boa explicação.

A vida é um jogo; o destino, um parceiro temível.

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EMPREGO DO PONTO-E-VÍRGULA

1) para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula ou que en-
cerrem comparações e contrastes.
Havia vários fatores que corroboravam sua personalidade agressiva: morava numa região muito
violenta, na qual tiros e facadas eram algo comum; nunca teve acesso à escola e à boa informação,
por não desfrutar as condições econômicas básicas para isso; era espancado pelo pai quando tinha
seis anos de idade; etc.

Muitos se esforçam; poucos conseguem.

2) para separar orações em que as conjunções adversativas ou conclusivas estejam deslocadas.


O colega sempre conversava durante as aulas; as pessoas da turma, todavia, não suportavam aque-
la atitude.

Vamos terminar este namoro; considere-se, portanto, livre deste compromisso.

EMPREGO DOS DOIS-PONTOS

Aparece após uma oração completa.


Foram escolhidas três cores diferentes: verde, amarelo e lilás

Joana entregou à Maria: uma pasta e duas fotos.

Joana entregou à Maria os documentos: uma pasta e duas fotos.

1) para anunciar uma citação.


Lembrando um poema de Fernando Pessoa: “Para ser grande, sê inteiro.”
2) para anunciar uma enumeração, um aposto, uma explicação, uma consequência ou um esclare-
cimento.
Conheço três pessoas legais neste curso: meu vizinho, meu primo e meu irmão.

Não há razão para tanto estresse: tudo já está resolvido.

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ACENTUAÇÃO

A acentuação tem grande importância no nosso cotidiano porque não só nos auxilia a pronunciar as
palavras corretamente, como também a identificar a classe gramatical a que pertencem, a compre-
ender qual o seu sentido, entre outras funções.

Sílaba

VOGAL

• Pode ser formada por uma vogal, um ditongo ou um tritongo, acompanhados ou não de
consoante.
Eu U.ru.guai A.plau.dir Sa.pa.to Trans.por Fór.ceps
• A sílaba pode ser definida pela sua intensidade como:
Tônica: forte Átona: fraca
• Dessa forma, a sílaba tônica é aquela pronunciada com mais intensidade e pode ou não
ter um acento gráfico. Todas as palavras com mais de uma sílaba têm uma tônica.
Sor.te A.le.gri.a Ó.ti.mo Me.do Li.vro A.ca.bou

Dessa forma, dependendo da posição da sílaba tônica nas palavras, há como classificá-las de três
formas:
• Proparoxítona: a antepenúltima sílaba é tônica.
rá.pi.do lâm.pa.da leu.có.ci.to
• Paroxítona: a penúltima sílaba é tônica.
ba.na.na sa.pa.to sa.bi.a
• Oxítona: a última sílaba é tônica.
u.ru.bu sa.ci sa.bi.á
• Monossílabo: há apenas uma sílaba, que pode ser tônica ou átona.
mês pé mau pois com

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ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Esse acento é uma marca da escrita que indica a vogal tônica de algumas palavras. Apesar de nem
todas as sílabas tônicas serem acentuadas, essa marca aparecerá na mesma posição do acento tô-
nico.

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO

→ Proparoxítonas
Todas são acentuadas.
Á.ra.be Plás.ti.co Pês.se.go

→ Paroxítonas e Oxítonas
Essas duas regras de acentuação são longas, por isso é preferível verificar o quadro a seguir e saber
as etapas de identificação da acentuação.

A(s), E(s), O(s), EM, ENS Restante

Paroxítonas

Oxítonas

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E.lé.tron Bên.ção Pa.ra.béns


Ca.fé Ca.fe.zi.nho His.tó.ri.co
His.to.ri.ca.men.te Hí.fen Hi.fens

REGRAS ESPECIAIS
Os acentos a seguir só ocorrem devido a fenômenos fonológicos.
• Ditongo Aberto -EI -EU -OI: apenas em oxítonas e monossílabos.
Pa.péis Céu He.rói
Cha.péu An.zóis Dói

• Paroxítona terminada em Ditongo*: assegura a pronúncia como ditongo e não hiato.


Má.goa Sé.rie Gló.ria
Far.má.cia Re.ló.gio Mé.dia

• Hiatos – acentuam-se I e U quando:


• Sozinhos ou acompanhados de -s.
• Não forem precedidos de ditongo.
• Não forem seguidos de -nh.
Ra.i.nha E.go.ís.mo Vi.ú.va
Tra.mam.da.í Bai.u.ca Ba.ú

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ACENTOS DIFERENCIAIS
• Forma verbal pôr é acentuada para diferenciá-la da preposição por.
• Forma verbal pôde (pretérito perfeito do indicativo) é acentuada para diferenciá-la de pode
(presente do indicativo).
• Os verbos ter e vir, e seus derivados, quando conjugados na terceira pessoa do plural do pre-
sente do indicativo, são acentuados para diferenciá-los da conjugação da terceira pessoa do
singular.

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DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL

USO DOS PORQUÊS

Existem 4 possibilidades de uso dos porquês. Cada uma delas representa uma mudança não só na
escrita do termo, como também na classe gramatical da qual faz parte. Devido a isso, é importante
compreender que o contexto – ou seja, a apicação dentro de uma frase ou de um texto – é o princi-
pal responsável por nos mostrar qual dos 4 tipos deve ser utilizado.

1) POR QUE
→ Utiliza-se para introduzir perguntas;
→ Utiliza-se quando se troca por “motivo” “razão”;
→U
 tiliza-se quando se troca por “pelo qual” – nesse caso, há uma preposição e um pronome rela-
tivo na nossa construção.
“Por que as pessoas sadias adoecem?
Bem alimentadas, ou não…
Por que perecem?
Tudo está guardado na mente!” (Criolo)

• Ainda não se sabe por que houve o rompimento das barragens de rejeito de minério em Mariana.

• A tragédia por que passam as pessoas dessa cidade é triste.

2) POR QUÊ
→ Aplica-se esse porquê pelos mesmo motivos do porquê anterior. Porém, este é acentuado devi-
do ao fato de estar no final da frase. A pontuação, portanto, é o que faz ele ser acentuado.
• “Já não me preocupo se eu não sei por quê. Às vezes, o que eu vejo quase ninguém vê.”
(Legião Urbana)

• Você não estuda muito, por quê?

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3) PORQUE
→ Este introduz ideia de causa e explicação. Equivale a “pois”, “já que”. Este porquê pertence à
classe das conjunções.
“Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.” (Cecília Meireles)

• Não saiam da aula porque o professor já vem.

4) PORQUÊ
→ Vem sempre acompanhado de um artigo, pronome, numeral (um determinante). Este porquê
pertence à classe dos substantivos.
• Você tem seus porquês para estar aqui!

• Preciso de cinco porquês neste caso!

Além dos porquês, para estudarmos a ortografia da nossa língua, é bastante importante compreen-
der o sentido das palavras a partir dessa escrita. A ortografia é responsável por estabelecer padrões
para a forma escrita das palavras. Para se desenvolver essas regras, utilizam-se ou critérios etimo-
lógicos (ligados à origem da palavra), ou critérios fonológicos (ligados aos fonemas representados).
A partir disso, parece fazer mais sentido confundirmos a escrita de alguns termos específicos. Por
isso, estudaremos agora essas convenções.
Til – deve ser usado para indicar a nasalização das vogais a e o. põem, lã, chão, visões.
Cedilha – coloca-se debaixo de c antes de a, de o e de u para representar um som específico e não
pode iniciar palavras. Assim, antes de e e i, deve-se usar c. caça, maciço, açúcar.
Homônimos – são palavras com significados diferentes, mas que são pronunciadas de forma pare-
cida. Essas palavras podem ser divididas em homônimos perfeitos, homônimos homófonos e ho-
mônimos homógrafos.
• Homônimos perfeitos
Grafia (escrita): igual
Fonética (som): igual
Significado: diferente

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manga são cedo


rio morro sexta
leve verão caminho

• Homônimos homófonos
Grafia (escrita): diferente
Fonética (som): igual
Significado: diferente

assento acento
alto auto
cinto sinto
conselho concelho
concerto conserto

• Homônimos homógrafos
Grafia (escrita): igual
Fonética (som): diferente
Significado: diferente

gosto cor
molho jogo
começo colher

Parônimos – são palavras que apresentam significados diferentes embora sejam parecidas na grafia
ou na pronúncia.

A princípio: no início Ao encontro de: favorável Emergir: vir à tona


Em princípio: em tese De encontro a: contra Imergir: afundar

Amoral: indiferente à moral Delatar: denunciar Descrição: ato de descrever


Imoral: contrário à moral Dilatar: ampliar Discrição: modéstia

Descriminar: inocentar Emigrar: sair da pátria.


Eminente: elevado, célebre.
Discriminar: separar, Imigrar: entrar em
Iminente: próximo.
segregar, discernir país estranho.

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Tráfego: movimentação
Flagrante: evidência Ratificar: confirmar
de veículos
Fragrante: aromático Retificar: corrigir
Tráfico: negócio ilícito

Infligir: aplicar pena Mandado: ordem judicial Absolver: perdoar


Infringir: transgredir Mandato: delegação de poder Absorver: aspirar

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ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS

As palavras, em basicamente todas as línguas, são formadas por partes que podem ou não apresen-
tar um significado. Chamamos essas partes carregadas de sentido de “morfemas”.

des-leal-dade

Nosso estudo inicia-se, então, a partir dos tipos de morfemas que podemos identificar nas palavras.

RADICAL

É a menor unidade (morfema) portadora de significado na qual podemos alocar afixos. É a base,
também, para identificarmos uma família de palavras.

pedra
pedreiro – pedregulho – pedrada – pedraria

A base comum entre todas as palavras é o que identificamos como radical. Assim, pedr- é o morfe-
ma que permanece o mesmo entre os exemplos apresentados.

01. A flutuação entre as pronúncias de v e b perceptível em palavras como vassoura e bassoura, verga-
mota e bergamota, esteve também presente na formação da Língua Portuguesa, de tal forma que
atualmente, palavras da mesma família podem apresentar uma ou outra letra na mesma posição. É
o caso da família de palavras a que pertence
a) aborrecimentos
b) embalagens
c) envolvem
d) inviolabilidade
e) lambuzados

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VOGAL TEMÁTICA

É uma parte da palavra que a auxilia na mudança de forma, principalmente em verbos, substantivos
e adjetivos (sim, as classes de palavras).

bonita mares cantar

Nos verbos, a vogal temática nos auxilia a verificar o tipo de conjugação à qual o verbo pertence.
Para essa classe, são apenas 3 tipos de vogais:

amar 1ª conjugação
beber 2ª conjugação
sorrir 3ª conjugação

Para os substantivos e adjetivos, há também apenas 3 tipos de vogais:

casa vogal temática em a


pente vogal temática em e
cachorro vogal temática em o

A partir disso, é interessante perceber que a vogal temática é como um extensor e é importante ter
esse conhecimento porque, ao unirmos alguns sufixos às palavras, a vogal temática tem papel fun-
damental nesse novo contato.

AFIXOS

Os afixos são morfemas que também vão se unir a um radical. Há dois tipos: os sufixos, que se
unem ao final do radical; e os prefixos, que se unem ao início do radical. Vamos observar a palavra
usada no início da nossa aula:

des-leal-dade
prefixo radical sufixo

Percebam que esse tipo de morfema, por mais que tenha uma carga de sentido, não aparece livre-
mente em um texto. Ou seja, os afixos devem sempre estar unidos a um radical base.

Prefixos Sufixos
indeciso levemente
infeliz jornaleiro
imigrar jornalista

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DESINÊNCIAS

Nesta parte, estudaremos as possíveis flexões dos morfemas. Há dois grupos de palavras que se
enquadram aqui: os nomes (substantivos, adjetivos, artigos, pronomes, numerais) e os verbos. Dá
para começar a perceber a importância desse conteúdo, pois, no estudo das classes de palavras,
fica mais evidente ainda a forma como cada classe se relaciona à outra.
No estudo dos morfemas, há as desinências nominais e as desinências verbais. Nas classes dos no-
mes, as desinências indicam gênero (feminino e masculino) e número (singular e plural).

leitor leitora

Na classe dos verbos, as desinências indicam modo-tempo ou número-pessoa.

cantássemos
cant á sse mos

radical vogal temática modo-tempo número-pessoa

A partir de nossos estudos sobre a estrutura das palavras, podemos iniciar outro: os processos de
formação de palavras.
O processo de criação de novas palavras precisa acompanhar a evolução social. Assim, novas pala-
vras são desenvolvidas basicamente todos os dias, ou você acha que o termo fax sempre existiu?
Inclusive, se pararmos para pensar, ele já nem é tão usado assim. Os dois processos que mais apa-
recem em prova são derivação e composição.

DERIVAÇÃO

Nesse processo, as palavras são originadas de outros vocábulos. Isso pode acontecer a partir do
acréscimo ou da supressão de afixos.

DERIVAÇÃO PREFIXAL
Ocorre quando há o acréscimo de um prefixo ao radical.
contrapor incapaz desligar
Há alguns prefixos que merecem a nossa atenção, pois é comum de aparecer em questões o valor
semântico de alguns:

Provação, negação,
afônico, anemia, anônimo,
a-, an- insuficiência, carência,
anoxia, amoral.
contradição.

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Companhia, sociedade, cumplicidade, compadre,


cum-, com-, con-, co-, cor-
concomitância condutor, colaborar.
Negação, ação contrária, desventura, discordância,
de(s)-, di(s)-
cessação de um ato ou estado. difícil, desinteressante.
esforço, esvaziar, evadir,
Movimento para fora,
ex-, es-, e- expatriar, expectorar, emigrar,
mudança de estado.
esforçar
Sentido contrário, negação,
in-, im-, i- incorrigível, ilegal, ignorância
privação impenitente.

DERIVAÇÃO SUFIXAL
Ocorre quando há o acréscimo de um sufixo ao radical.
felizmente sapataria maresia
Lembre-se de que os sufixos derivacionais podem mudar a classe gramatical da palavra, transfor-
mando um verbo em um substantivo, por exemplo.

DERIVAÇÃO PREFIXAL SUFIXAL


Ocorre quando há o acréscimo de um prefixo e de um sufixo ao radical. Neste caso, é importante
ressaltar que, caso seja necessário remover um dos afixos acoplados, a palavra ainda existirá e fará
sentido no português. Outro fato importante é que a palavra deve ser derivada, primeiramente, no
âmbido da classe gramatical a que ela já está. Somente depois é que se deriva a palavra para outra
classe gramatical.

IN FELIZ MENTE

DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA
Aqui, há também a soma de um prefixo e de um sufixo a um radical. Porém, isso acontece AO MES-
MO TEMPO (simultaneamente). Ou seja, caso removamos um dos afixos, a palavra não existe e não
faz sentido no português.

EN TARDE CER

DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Ocorre quando a criação de uma palavra é feita pela eliminação do sufixo da palavra derivante (ou
seja, palavra que forma a derivada). Além disso, a palavra que perde o sufixo muda de classe gra-
matical.

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beijar beijo
consumir consumo
pescar pesca

DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA
Ocorre quando há troca na categoria de classe gramatical da palavra sem mudança na forma da
palavra, o que não aconteceu em nenhum dos casos anteriores.

Meu pai adora ouvir o pássaro cantar. O cantar do pássaro é muito melódico e bonito.

COMPOSIÇÃO

Nesse processo, diferente do que acontece nos processos de derivação, em que há uma palavra
como base e outras formadas a partir dela, iremos ter novas palavras a partir da união de radicais.

sofá-cama passatempo embora

Para uma classificação mais estrutural quanto à união dos radicais, o processo de composição pode
ser dividido em duas partes

JUSTAPOSIÇÃO

Aqui um radical é justaposto ao outro. Isso significa que não há alteração em relação à fonética dos
radicais sendo usados. Pode-se usar hífen aqui

couve-flor pontapé guarda-chuva

AGLUTINAÇÃO

Já nesse caso, os radicais são combinados e há, portanto, a perda de elementos fonéticos.

planalto hidrelétrica fidalgo

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OUTROS PROCESSOS

Hodiernamente, há outros processos que são considerados para a prova como base de formação
de novas palavras para as línguas. Vejamos alguns mais recorrentes.

HIBRIDISMO
Neste caso, é necessária uma análise sobre a etimologia da palavra (sua origem).

automóvel televisão empipocar

NEOLOGISMO
Aqui ocorre o emprego de novas palavras, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mes-
ma língua ou não (ou seja, podem ocorrer com elementos de outras línguas). É basicamente qual-
quer palavra nova.

temakeria abobado deletar

ESTRANGEIRISMO
Ocorre, diferente do hibridismo, a incorporação de uma palavra ou expressão estrangeira a outra
língua receptora. Pode-se manter a pronúncia e grafia ou adaptá-las.

xampu abajur design

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