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DOMÍNIOS E ESTRATÉGIAS DE
INTERVENÇÃO EM CRIANÇAS E
JOVENS
ÍNDICE
Introdução ............................................................................. 2
Âmbito do manual ....................................................................................................................... 2
Objetivos ....................................................................................................................................... 2
Carga horária................................................................................................................................ 3
3.2.Grupo ....................................................................................................................................... 35
3.3.Família ...................................................................................................................................... 41
4.2.Ludoterapia .............................................................................................................................. 51
Bibliografia ......................................................................... 72
Termos e condições de utilização ....................................... 73
1
Introdução
Âmbito do manual
Objetivos
Conteúdos programáticos
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o Contextos institucionais
• Formas de intervenção com crianças e jovens
o Individual
o Grupo
o Família
• Estratégias de intervenção com crianças e jovens
o Expressão plástica
o Ludoterapia
o Técnicas de estimulação cognitiva
o Técnicas de treino de competências
Carga horária
• 25 horas
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1.Intervenção do/a Técnico/a de Apoio Psicossocial com
crianças e jovens
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1.1.Âmbitos e limites
As necessidades da criança
Necessidades cognitivas
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• As necessidades cognitivas incluem a estimulação sensorial e física e a
compreensão da realidade.
• Para o desenvolvimento adequado das crianças, no sentido de se tornarem
adultos
• autónomos, é fundamental a satisfação adequada destas necessidades,
através de
• processos cognitivos básicos, como a atenção e a concentração, a memória,
o raciocínio, as capacidades linguísticas e o desenvolvimento psicomotor.
• As crianças já nascem com uma série de capacidades sensoriais, uma
grande curiosidade e uma necessidade inata de compreender a realidade.
Necessidades socioemocionais
• As necessidades sociais e emocionais prendem-se com as condições que
devem cumprir-se para que os indivíduos tenham um desenvolvimento
afetivo adequado e adaptado às circunstâncias do meio envolvente.
• Constituem-se, ainda, como elementos necessários à aquisição de
estratégias de expressão de sentimentos e de interação com os outros.
• Nesta categoria inclui-se a necessidade de se sentir amado, protegido,
apoiado, aceite e motivado, de estabelecer relações de confiança tanto com
os cuidadores principais, como com os seus pares.
• Todos estes elementos são essenciais para o desenvolvimento do
autoconceito, da autoestima e do autocontrolo.
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• Facilitar estratégias para que as crianças desenvolvam ligações
significativas com os seus colegas, bem como relações de amizade e laços
sociais
• Facilitar um sentimento de pertença, de confiança nos outros e de controlo
do meio envolvente
• Aumentar a capacidade das famílias para cuidarem das suas crianças (ex.,
assegurar que pais ou cuidadores têm as competências necessárias para
apoiar uma criança stressada)
• Capacitar as crianças para que sejam agentes ativos na reconstrução das
suas famílias e comunidades e para que tenham um futuro esperançoso.
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necessários, identificando as entidades responsáveis pelos mesmos, de
modo a que os pais consigam responder adequadamente às necessidades
da criança protegendo-a e promovendo o seu bem-estar de forma eficaz e
sustentável.
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• Ter conhecimento dos recursos comunitários, em geral, e da organização,
adequação e disponibilidade dos recursos locais relativos à protecção em
particular.
Uma intervenção efetiva exige aos adultos um forte compromisso com crianças e
jovens e níveis altos de autoconfiança e de responsabilidade.
Um bom profissional nesta área tem, igualmente. que ter uma visão alargada do
contexto, uma compreensão da criança/jovem com quem trabalha e um grande
conhecimento sobre as questões ou situações que caracterizam a vida da
criança/jovem.
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Para se obterem resultados satisfatórios ao nível do estado de saúde das crianças
e dos jovens, é exigido que os técnicos se apresentem, também eles, saudáveis e
com atitudes positivas.
Limites da intervenção
O primeiro gesto profissional do trabalhador social consiste em estabelecer um
quadro de intervenção - e em mantê-lo - que permita a expressão da criatividade
do cliente (por exemplo: «pôr a fazer», em vez de «fazer no lugar de»,
responsabilizar, etc.).
O trabalho social é invadido pelo mito da «boa relação», que leva os trabalhadores
sociais a quererem ser o «objeto bom». O lado negativo deve também ser
assumido pelo profissional.
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Ao fixar os limites ou, eventualmente, ao recusar tomar integralmente conta da
pessoa, o trabalhador social deve assumir o confronto, o conflito, conflito esse que
é parte integrante do processo de ajuda e de autonomia.
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1.2.Questões éticas
Estes dois conceitos, problema ético e dilema ético, apesar de interligados, têm
finalidades diferentes.
O dilema ético pode ocorrer em situações em que o Técnico tem que escolher
entre duas ou mais direções éticas relevantes, mas contraditórias, ou quando as
alternativas resultam em consequências indesejadas para uma ou mais pessoas.
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frequentemente ameaçadas pela desagregação interna, mas também socialmente
expostas e literalmente atravessadas por uma multiplicidade de técnicos que, com
a melhor das intenções, procuram soluções para os múltiplos problemas com que
se deparam.
Este requisito é tão mais importante quanto sabemos que o esbatimento e mesmo
a indefinição daqueles limites é uma das características das famílias vulneráveis.
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Havendo necessidade de partilhar informação com equipas multidisciplinares que
operam no mesmo terreno, essas informações devem restringir-se ao estritamente
necessário, observando sempre o princípio da beneficência e não-maleficência.
Saber ouvir e calar, não emitir juízos de valor, não comentar, adotar uma atitude de
circunspeção e discrição, é não só uma exigência ética mas também uma medida
sensata para quem tem a vulnerabilidade como matéria-prima no seu trabalho.
Este princípio geral de intervenção tem implicações práticas, muito relevantes, que
devemos ter em atenção, desde logo, porque a intervenção exige o acesso a
informação sensível da esfera privada de todos os sujeitos envolvidos.
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2.Domínios da intervenção com crianças e jovens
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2.1.Saúde, doença, incapacidade e deficiência
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Para além de uma prevalência elevada, as perturbações mentais na infância e
adolescência apresentam ainda níveis elevados de persistência e constituem um
dos principais preditores dos problemas de saúde mental na idade adulta.
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Desenvolvimento, implementação, monitorização e avaliação de programas e
planos de prevenção de problemas educativos e de Saúde Psicológica,
dirigidos a indivíduos, grupos ou instituições.
Para além disso, reconhecem ainda a influência de outros fatores de proteção que
melhoram não só a aprendizagem, mas também o bem-estar e a Saúde
Psicológica.
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Nesse sentido, colaboram no desenvolvimento de projetos de promoção da Saúde
(Física e Psicológica), da resiliência, das competências socioemocionais e do
relacionamento interpessoal.
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Por exemplo, podem contribuir para a incorporação de informação sobre Saúde e
Higiene Mental, correta e adequada do ponto de vista desenvolvimental ou realizar
campanhas de divulgação de informação sobre Saúde, dirigidas aos contextos
escolares, locais de trabalho ou outras instituições.
A saúde é o resultado dos cuidados que cada indivíduo dispensa a si mesmo e aos
demais, da capacidade de tomar decisões, de controlar a sua própria vida e de
garantir que a sociedade em que vive ofereça a todos os seus membros a
possibilidade de gozar de um bom estado de saúde.
Qualquer pessoa, seja qual for a sua idade, sexo e condição económica, deve
beneficiar da Educação para a Saúde.
No entanto, é primordialmente junto das crianças e jovens que esta ação se deve
fazer sentir porque estamos a abranger indivíduos em fase de formação física,
mental e social que ainda não tiveram, muitas vezes, oportunidade de adquirir
hábitos insanos, sendo mais recetivos à aprendizagem de hábitos e assimilação de
conhecimentos.
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• as competências pessoais, empreendendo um desenvolvimento individual e
social mais informado e educado para a saúde, fortalecendo as
aprendizagens ao longo da vida; e
• a reorientação dos serviços, projetando a participação de todos para as
alterações necessárias na educação e na formação de profissionais.
Integram a equipa nuclear de saúde escolar, que deve ser composta de:
médico/delegado de saúde e enfermeiro e por diversos outros elementos de várias
áreas de formação no processo.
Princípios:
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• desenvolver e manter uma comunidade escolar democrática, inclusiva e
participativa;
• gerar nos alunos e pais/encarregados de educação o sentimento de
pertença na vida da escola;
• implementar estratégias de intervenção diversificadas;
• explorar as questões de saúde no contexto da vida dos alunos e da
comunidade;
• disponibilizar oportunidades de desenvolvimento das competências dos
professores e do pessoal não docente;
• criar ambiente social que fomente as relações abertas e sinceras no seio da
comunidade escolar;
• assegurar um espaço escolar seguro, respeitador do ambiente e promotor
de saúde;
• promover relações positivas entre a escola e a família, e a comunidade
alargada;
• desenvolver uma política de escola que propicie as melhores expectativas
dos alunos no que diz respeito às suas relações sociais e ao seu sucesso
escolar.
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Principais áreas de atuação
Objetivos
• Identificar os vários tipos de comportamentos relacionados com a violência;
• Apoiar ações de sensibilização e de promoção da saúde mental;
• Promover uma intervenção continuada e baseada no conhecimento, em
parceria com instituições competentes na matéria.
Objetivos
• Melhorar o estado de saúde global dos jovens;
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• Inverter a tendência crescente de perfis de doença associadas a uma
deficiente nutrição;
• Promover a saúde dos jovens, especificamente em matéria de alimentação
saudável e atividade física.
Objetivos
• Melhorar o estado de saúde global dos jovens;
• Contribuir para a definição de políticas em matéria de comportamentos
aditivos e dependências;
• Prevenir os consumos em meio escolar, através de debates, sessões de
sensibilização e outras estratégias de trabalho continuado com os alunos e
envolvendo toda a comunidade educativa.
Objetivos
• Contribuir para a melhoria dos relacionamentos afetivo-sexuais entre os
jovens;
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• Contribuir para a redução de possíveis ocorrências negativas decorrentes
dos comportamentos sexuais, como gravidez precoce e infeções
sexualmente transmissíveis (IST);
• Contribuir para a tomada de decisões conscientes na área da educação para
a saúde - educação sexual.
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2.3.Contextos institucionais
Quem trabalha com crianças acolhidas estará em condições de afirmar que estas,
na sua grande maioria, não querem estar na instituição sendo que, no que as
concerne, a família, nuclear ou alargada, é sempre a melhor opção.
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sentimentos que desperta na criança/jovem o que, por sua vez, potenciará o início
de uma relação de empatia.
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porém social, advém da capacidade de estabelecer e aceitar uma relação com as
limitações temporais e contextuais associadas ao acolhimento.
Nesta última têm um papel fundamental os técnicos, que se devem constituir como
um porto de abrigo para os jovens, com quem devem tentar estabelecer um
vínculo, que se pretende afetivo.
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• A cooperação entre as crianças e jovens;
• A promoção do sentimento de segurança.
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3.Formas de intervenção com crianças e jovens
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3.1.Individual
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Assim, o Plano será constituído por um ou mais projetos de intervenção, consoante
as necessidades identificadas na avaliação diagnóstica.
Importa neste caso, verificar o padrão relacional e comunicativo que a família mais
próxima desenvolve e, sempre que necessário, apoiar o desenvolvimento de uma
relação segura, que permita a promoção da autoestima e a diminuição da
culpabilidade na criança/ jovem.
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Caso o plano não seja devidamente programado e gerido, os técnicos acabarão
por ter que tomar decisões improvisadas, o que, certamente, não garante os
melhores resultados.
A organização é essencial para que os técnicos se sintam mais seguros e para que
transmitam à criança/jovem a calma e disponibilidade.
Uma vez que se trabalha no contexto de vida diário das crianças e dos jovens, os
momentos em que se concretizam as tarefas de rotina são uma excelente
oportunidade para que os técnicos promovam a aquisição e o desenvolvimento de
competências pessoais na criança/jovem e de concretização de projetos de
desenvolvimento socioeducativo individual.
Este género de intervenção exige uma reflexão cuidada sobre o modo como se
poderá associar as tarefas diárias aos objectivos pedagógicos de modo a permitir a
normalização da vida quotidiana.
Isto significa que para trabalhar aspetos de foro pessoal (como o controlo da
agressividade) não sejam apenas desenvolvidos programas específicos.
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• As intervenções focalizadas no desenvolvimento e manutenção das
interações devem ser consideradas prioritárias, mais do que as intervenções
orientadas para o controlo dos comportamentos
• Os profissionais têm que acreditar que o significado do comportamento
manifestado pela criança/jovem é mais importante do que o seu próprio
comportamento. lsto requer um profundo conhecimento e treino para
reconhecimento das diferentes manifestações de dificuldades e de recolha
de informação do dia-a-dia para dar corpo aos planos de desenvolvimento
socioeducativo e assegurar que as necessidades de desenvolvimento
individual são consideradas e trabalhadas
• Conhecer as diferentes manifestações e significados dos comportamentos é
um poderoso instrumento para formular intervenções que irão ajudar a
criança/jovem a compensar as vivencias do passado, aprendendo novos
padrões de interação que, no futuro, lhes proporcionarão relações sociais
saudáveis.
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3.2.Grupo
Esta última leva a "fazer algo", a atividade vê-se e define-se em termos de ação. O
programa inclui as atividades mas também tudo o que o grupo implementa para
levar a bom porto os seus objetivos.
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e criativa e poderão levar ao grupo um campo inesgotável de novas experiências.
Preparação:
A preparação envolve a definição dos objectivos (em consonância com uma prévia
avaliação das necessidades e potencialidades da criança/Jovem), a certificação
dos recursos necessários, a preparação física do espaço, a definição das normas
de funcionamento, etc.
Flexibilidade:
Estar preparado para alterar o plano sempre que necessário ou sempre que se
considerar que as alterações vão ao encontro das necessidades da criança/jovem.
Coragem:
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É difícil optar por experimentar novas estratégias, contudo, a realização de
actividades criativas, de jogos cooperativos ou outras iniciativas podem criar
oportunidades de prevalência para crianças/jovens que não têm habitualmente
bons desempenhos em outras actividades.
Para alem deste aspeto, quanta mais variado for a natureza das tarefas, maior a
probabilidade de se treinarem diferentes competências assim como se criam
diferentes interações entre a criança/jovem e os técnicos.
Caso isso se suceda, o mais provável e que a criança/jovem não tenha vontade de
repetir a atividade ou colaborar com outras crianças/jovens, resultante da
recordação que guardou da última experiência (a recordação de sentimentos de
zanga, vergonha ou culpabilidade em detrimento dos ganhos positivos).
Divertimento:
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As actividades têm de ser cuidadosamente planeadas pela função pedagógica ou
terapêutica que desempenham; não obstante, é por intermedio da diversão e do
lúdico que se conseguem alcançar os melhores resultados.
O trabalho desenvolvido com crianças e jovens deve, por várias razões, ser
mediado por actividades lúdicas. Pelo que os técnicos devem recorrer ao uso de
jogos e brincadeiras com um determinado objectivo.
As transições entre as actividades exigem uma gestão eficiente para garantir uma
melhor integração da criança/jovem nas actividades e para evitar que surjam
situações de atraso e pressa, que são sempre geradoras de tensão e ansiedade,
tanto para os técnicos como para a criança/jovem.
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• Modelar os comportamentos adequados, o que implica serem responsáveis
pela criança/jovem, respeitar os outros e o ambiente;
• Ser coerente e agir de acordo com os comportamentos que se exigem a
criança/jovem;
• Dar enfase ao sucesso;
• Encorajar a criança/jovem, mesmo quando não obtiveram sucesso. Esta
atitude desenvolve nelas a autoconfiança e a motivação para continuarem
as suas aprendizagens;
• Responder física, verbal e emocionalmente de forma clara, sem
ambiguidade, com consistência para que a criança/ jovem experimente e
adquira comportamentos socialmente desejáveis e situações de reforço
positivo sempre que ocorram;
• Conhecer e tratar a criança/jovem pelos seus nomes. É fundamental
aprendê-los rapidamente. Quando um adulto se dirige à criança/jovem pelo
seu nome, está, automaticamente, a dar-lhe uma responsabilidade social
dentro do grupo;
• Criar um clima social amistoso e afetivo onde o interesse pela criança/jovem,
como indivíduos, seja uma constante;
• Manter expectativas altas relativamente ao sucesso da criança/jovem nas
suas várias áreas;
• Criar um ambiente onde não haja grande liberdade nem grandes restrições.
Estes ambientes encorajam a não realização das tarefas e a testagem dos
limites por parte da criança/jovem;
• Participar nas realizações de actividades planeadas, mas nunca contra a
sua vontade;
• Valorizar os sentimentos da criança/jovem;
• Dar significado aos comportamentos;
• Estabelecer um diálogo onde o questionamento (por exemplo: "Como achas
que vais resolver esta situação?") e a proposta de alternativas (como: "Há
outras maneiras para conseguires alcançar o mesmo. Pensa Iá quais são.")
para a resolução de problemas seja constante em detrimento da linguagem
normativa e funcional (por ex. "Não faças isso", "Fazes tudo mal");
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• Manter uma comunicação fluida, escutar e respeitar as opiniões e sugestões
dos outros;
• Valorizar e criar condições para educar para os valores e para o exercício da
cidadania e da convivência.
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3.3.Família
Os Pais são indubitavelmente os que mais e melhor conhecem os seus filhos, bem
como aqueles que, pelo poder implícito da relação de vinculação significativa, mais
influência têm no seu desenvolvimento e na facilitação das mudanças desejadas ou
necessárias.
Nunca como hoje, os técnicos de acção social, educação, saúde ou justiça terão
estado tão atentos às necessidades das crianças e ao desempenho educativo dos
pais.
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Este trabalho de educação e formação parental deve promover a agência, a
capacitação e o empoderamento dos pais, ao permitir-lhes identificar as suas
potencialidades e assim potenciar os processos de mudança, em que são agentes,
aumentando o seu compromisso, implicação e envolvimento.
Confiança e privacidade
É indispensável a criação de espaços geradores de relações de informalidade e de
confiança, que funcionem como bases seguras para o questionamento e a reflexão
sobre as práticas parentais e que garantam a privacidade dos envolvidos, no
respeito e reserva da sua vida privada.
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em prática devem implicar uma reflexão sobre si próprio para que cada um se
possa confrontar com as dificuldades de ser pai/mãe.
Responsabilidade parental
Conquistar a motivação dos pais para a intervenção é tarefa primordial: mais do
que a mera participação deve procurar-se promover a sua colaboração e a co-
responsabilização no desenvolvimento de todo o processo, o que só será possível
através de uma criteriosa identificação e consequente resposta às suas reais
necessidades.
Capacitação
Descentrar a visão além de uma ideia de falta de competência passando a tomar
como ponto de partida as experiências, os saberes e as competências que os pais
tenham oportunidade de desenvolver, para que o impacto da intervenção seja, de
facto, significativo para os próprios.
Autonomia
A intervenção em Educação Parental deve ter como meta a promoção da
autonomia das famílias e dos seus membros.
Diversidade de famílias
Ter em atenção a grande diversidade de situações familiares, procedendo a uma
cuidadosa identificação dos factores de risco e dos factores de protecção para
cada família, bem como dos diferentes níveis em que atuam relativamente à
criança, procurando potenciar os factores de protecção e anular ou diminuir os
factores de risco.
Especialização
A intervenção deve ser específica no âmbito da Educação Parental sendo clara nos
seus objectivos, continuada, próxima e sistemática, sustentada numa base
conceptual e metodológica que oriente as opções relativas ao plano de
implementação e respetiva avaliação.
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Deve ter-se em consideração que parte considerável do sucesso de uma
intervenção desta natureza depende da qualidade da acção dos profissionais, além
das características e especificidades do programa/projeto.
Intervenção integrada
A intervenção deve ser articulada com a rede de recursos existentes na
comunidade, garantindo a sua sustentabilidade e continuidade no tempo, de modo
a assegurar resultados efetivos e duradouros.
Supervisão e avaliação
A intervenção deve ser objeto de supervisão e de avaliação dos processos e da
equipa técnica, num acompanhamento que tenha por fim o desenvolvimento de
uma intervenção cada vez mais qualificada e, consequentemente, com resultados
mais positivos.
Princípios orientadores
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A intervenção deve ser orientada pelos seguintes princípios:
• Toda a família, desde que devidamente apoiada, pode vir a ser capaz de
estabelecer compromissos e a desenvolver sentimentos de pertença, fatores
determinantes na restituição da personalidade e no reforço da autoestima
• A maior parte dos compromissos humanos resultam de uma aprendizagem
• A pessoa é fundamentalmente dinâmica e todo o ser humano é capaz de
efetuar escolhas de forma responsável
• As intervenções devem ser de natureza pragmática e devem ter como
enfoque técnicas de resolução de problemas.
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4.Estratégias de intervenção com crianças e jovens
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4.1.Expressão plástica
A perceção tátil dos materiais, (plasticina, argila, tecidos, papel, cartão, etc.),
proporciona à criança a descoberta, através do uso das mãos (cortar, rasgar, colar,
modelar), a forma e a textura.
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• a promoção da reutilização de materiais, transformando criativamente
objetos, atribuindo-lhes novas funções;
• o estímulo à representação de ideias, objetos, pessoas e emoções;
• a seleção de atividades considerando aspetos do desenvolvimento das
crianças.
Para além disso, através da colagem podemos refletir com as crianças sobre vários
elementos, tais como a cor, a forma e a textura.
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Assim, os desenhos das crianças devem ser valorizados, uma vez que
representam aquilo que para elas tem mais significado.
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Podemos listar algumas boas práticas a desenvolver neste domínio:
• O recurso a diferentes estratégias de intervenção, proporcionando às
crianças envolvidas experiências diversificadas;
• A concretização de experiências com a linguagem plástica proporcionando
oportunidades de comunicação e expressão e de desenvolvimento da
criatividade;
• A articulação entre atividades escolares formais e as atividades realizadas;
• A promoção da participação das crianças, fortalecendo o sentido de grupo
e de comunidade;
• O caráter lúdico, criativo, expressivo presente nas diferentes intervenções;
• A adequação das propostas aos contextos, considerando as problemáticas
identificadas, e ajustando as diferentes iniciativas às caraterísticas
individuais e ao coletivo;
• A cooperação entre os diferentes profissionais, facilitando dados e
partilhando objetivos comuns de intervenção junto das crianças;
• A resposta a problemas identificados na realidade escolar/institucional por
professores e outros intervenientes;
• A concretização de trabalho colaborativo.
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4.2.Ludoterapia
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Assim, podemos encarar a ludoterapia para as crianças como a psicoterapia para
os adultos.
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A sala onde elas decorrem que deve ser de chão e parede laváveis, com móveis
simples, na qual deve haver uma torneira ou bacia para permitir brincar com água,
tinta, plasticina, etc. Tanto o teto como o chão deviam ser de fácil manutenção e
resistentes aos materiais utilizados na sala.
A caixa lúdica deve ser individualizada e trancada, sendo manipulada somente pelo
próprio paciente; a porta deve estar trancada para garantir a privacidade da relação
dentro da sessão, sendo o contato com os pais reduzido ao mínimo de modo a
evitar
interferências na relação entre a criança e o terapeuta.
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Isto deve-se ao facto da criança puder ter liberdade para escolher qual o seu meio
de expressão, produzindo assim uma maior autonomia na mesma.
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O papel do técnico vai passar por responder a ambos os níveis através das
respostas de compreensão empática, através do jogo, interagindo com a criança
como se fosse a pessoa evocada por ela, ou então respondendo através de
situações reais.
No que se refere aos resultados que este tipo de Ludoterapia revela, a maioria dos
estudos comprova a eficácia da terapia.
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problemas, na ativação de processos e no acionamento de meios para conseguir
atingir os objetivos, assim como atestam que a ludoterapia aumenta as
competências motoras, cognitivas, emocionais e de autorregulação da criança.
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2) Compensação, em que as funções que se encontram preservadas ajudam
a compensar aquelas que se encontram deficitárias;
3) Substituição, em que são utilizadas ajudas externas para compensar a
função.
Estratégias:
• Dar um alerta antes de questionar
• Permitir tempo extra para as respostas orais
• Dar a conhecer aos alunos a lição ou o texto que se vai trabalhar antes do
início da atividade
• Dividir o texto em pequenas secções
• Tomar opcional a tarefa de ler em voz alta
• Promover a utilização da capacidade visual na leitura
• Verificar, discretamente, a compreensão por parte das crianças/jovens dos
materiais e do que lhes é exigido nas tarefas
• Considerar mais a qualidade do que a quantidade
Recursos:
• Apoio por professores de ensino especial
• DVD de textos
• Terapia da fala para diagnóstico e terapia
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Dispraxia oral - Dificuldades de Articulação
Estratégias:
• Proporcionar sessões de terapia da fala
• Promover regras de apresentação oral, enfatizando a necessidade de falar
lentamente, e realçando a entoação e a expressão
Recursos:
• Jogos e dinâmicas de grupo promotores da comunicação
• Terapia da fala
• Roleplay
• Listas de tarefas e de instruções
Estratégias:
• Criar oportunidades para a prática de determinados sons
• Permitir na turma, que a leitura em voz alta seja opcional
• Formar pares ou grupos de crianças/ jovens para a realização das tarefas
orais, elegendo um estudante para falar alto e dar o resultado do trabalho de
grupo
• Testar, de forma discreta, a compreensão dos materiais de aprendizagem e
das tarefas requeridas
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• Repetir as instruções, sempre que necessário
• Dividir e intervalar, cuidadosamente, as tarefas
• Fornecer técnicas e praticas para facilitar a identificação de aspetos chave
• Dar feedback positive em cada etapa alcançada
• Diferenciar os resultados obtidos
• Dar mais tempo para a realização das tarefas
• Sintetizar os resultados obtidos ou os assuntos tratados
Recursos:
• Apoio à leitura
• Organizadores visuais e gráficos
• Listas de termos-chave
• Gravação de textos
• Gravação de respostas
Estratégias:
• Organizar o espaço o melhor que for possível
• Dar tempo extra à criança/jovem para responder
• Fornecer por escrito ou em gráficos:
• Horários
• Escalas
• Diários
• Mapas
• Minimizar as mudanças e prepará-las com antecedência
• Maximizar as rotinas
• Monitorar as tarefas
• Definir regras claras quanta aos comportamentos esperados
• Evitar o uso de linguagem abstrata
• Verificar se as crianças/jovens compreenderam as tarefas, os textos, etc.
• Monitorizar cuidadosamente o trabalho em grupo
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• Usar técnicas de comunicação para desenvolver habilidades não-verbais e
formas de interação social
• Reforçar habilidades de comunicação adequadas
• Propor tarefas concretas e de realização manual
Recursos:
• Terapeuta de Fala
• Professores de Ensino Especial
• Recursos e apoios escritos ou figurativos
• Ustas impressas com tarefas e instruções
• jogos de comunicação
• Roleplay para facilitar a leitura
• Organizadores visuais e gráficos
• Listas de termos-chave
• Gravação de textos
• Gravação de respostas
Estratégias:
• Usar textos simples sempre que possível
• Dividir o texto em secções e verificar o nível de compreensão em cada uma
delas
• Encorajar a utilização de uma régua ou de um orientador de papel enquanto
lê
• Ensinar ou fornecer vocabulário específico
• Fornecer tempo extra para a resolução de tarefas de leitura e de
compreensão
• Permitir que a leitura em voz alta seja opcional
• Dar a oportunidade de ensaiar antes de ler em voz alta
• imprimir os textos com tamanho de letra maior
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Recursos:
• Terapeuta de Fala
• Textos gravados
• Professores de Ensino Especial
• Leitura a pares
• Estratégias de gestão de tempo
• Marcadores de linhas
• Regras e guias orientadores
• Computadores com software específico
Estratégias:
• Tomar consciência da organização e apresentação dos textos escritos
• Usar estruturas de planeamento: mapas conceptuais e organizadores
gráficos
• Encorajar a utilização das TIC
• Fornecer fotocópias com notas escritas e conceitos-chave
• Aceitar que a ortografia e uma dificuldade
• Marcar as palavras bem escritas e dar um modelo correto para a escrita de
palavras com erro
• Usar meios alternativos para a apresentação
Recursos:
• Textos gravados
• Professores de Ensino Especial
• Escrita a pares
• Revisão de textos a pares
• Processador de texto
• Organizadores de escrita
• Software apropriado
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Disgrafia- Escrita manual
Estratégias:
• Encorajar a escrita em computador
• Encorajar a escrita com intervale de dois espaços para facilitar a correção
• Lembrar a importância que tem uma boa postura e segurar bem a caneta ou
o lápis
• Dar mais tempo para as tarefas escritas
• Aceitar o trabalho escrito, desde que legível
• Assegurar-se de que a escrita manual não inibe a expressão de ideias
Recursos:
• Professores de Ensino Especial
• Escrita a pares
• Processador de texto
• Suportes de lápis
• Software apropriado
• Guias para a escrita manual
Discalculia- Aritmética/Matemática
Estratégias:
• Usar exemplos e materiais concretos para facilitar a compreensão das
tarefas
• Fornecer lembretes visuais do processo e dar instruções para a resolução
por etapas
• Permitir a utilização da tabuada ou de uma calculadora
• Fornecer um glossário com a terminologia utilizada
• Permitir tempo extra
• Fornecer tempo extra para a revisão e perceção dos erros
Recursos:
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• Materiais concretos
• Tabuadas e calculadoras
• Ajudas visuais
• Guias
• Ajudas organizativas
Memória Auditiva
Estratégias:
• Dividir a informação em diferentes partes
• Fornecer referências visuais
• Repetir instruções, sempre que necessário
• Alertar sempre que se vão transmitir instruções e informações importantes
• Fornecer instruções escritas, sempre que possível
• Levar, discretamente, as crianças/jovens a repetir as instruções para
assegurar a compreensão
• Dar estratégias alternativas que favoreçam a memorização (ex. mapas
conceptuais, anotações extras, sublinhados, etc.)
• Simplificar instruções
Recursos:
• Organizadores gráficos
• Gravadores
• Calculadoras
• Sinalizadores
• Lápis coloridos
• Tecnologias de informação e Comunicação
• Apoio por especialistas
Memoria visual
Estratégias:
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• Fornecer suportes escritos e orais
• Antecipar situações cuja resolução seja difícil
• Promover o uso de mnemónicas e rimas
• Promover o uso da cor
• Promover a utilização de várias fontes informativas
• Ensinar técnicas de visualização
Recursos:
• Revisor ortográfico
• Lápis de cor
• Sublinhados
• Apoio por especialistas
Estratégias:
• Fornecer modelos e estruturas para as respostas esperadas
• Permitir tempo extra para a realização das tarefas
• Utilizar técnicas para questionar a criança ou jovem: Nome (pausa) Pergunta
(pausa)
• Resposta, Reconhecimento e louvor
• Verificar, discretamente, a compreensão da criança/jovem e repetir as
instruções sempre que necessário
Recursos:
• Exemplos de estruturas e formatos
• Bons modelos e utilização de trabalhos já realizados
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4.4.Técnicas de treino de competências
1.Competencias e conhecimento
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• saber como comunicar e como tomar decisões;
• usar mecanismos de defesa, competências culturalmente adequadas,
competências vocacionais, gerir conflitos, de forma culturalmente
apropriada;
• saber a quem se dirigir para ter informações)
Resultados:
• desenvolvimento cognitivo relacionado com a aprendizagem e criatividade
potenciado;
• aquisição de competências para a vida e competências vocacionais.
2.Bem-estar Emocional
• sentir-se em segurança,
• confiar nos outros,
• ter autoestima,
• ter esperança no futuro
• ter objetivos realistas.
Resultados:
• maior sensação de segurança e confiança;
• comportamento pro-social e aumento do autocontrolo (menor frustração,
revolta, e agressividade, maior cooperação);
• maior sentimento de esperança no futuro.
3.Bem-estar Social
• ligação a cuidadores,
• relacionamento com pessoas da mesma idade,
• sentimento de pertença a uma comunidade,
• retomar atividades culturais e tradições,
• participação voluntária e respeitosa em responsabilidades domésticas
adequadas, e
• meios de subsistência)
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Resultados:
• aumento da capacidade de assumir papeis socialmente adequados;
• aumento do trabalho em rede e da coesão social;
• inclusão social mais sustentada.
2.Autoconhecimento:
• a capacidade de reconhecer as suas próprias emoções e pensamentos e a
sua influência no seu comportamento; avaliar as forças e limitações próprias;
ter confiança e otimismo.
3.Autogestao:
• a capacidade de regular as suas próprias emoções, pensamentos e
comportamentos de forma eficaz (ex. gestão de stress, controlo de reações
impulsivas, motivar-se a si próprio, estabelecer e trabalhar em direção a
objetivos pessoais e académicos).
4.Consciencia social:
• a capacidade de se colocar no papel do outro e de criar empatia;
• entender normas sociais e éticas do comportamento;
• reconhecer o apoio e os recursos familiares, escolares e comunitários
5.Competencias de relacionamento:
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• a capacidade de estabelecer e manter relações saudáveis (ex. comunicar
com clareza, escuta ativa, cooperação, resistir a pressões sociais
inadequadas, negociação de conflitos, procurar e oferecer ajuda).
Estratégias:
• Encorajar a participação em dinâmicas de roleplay
• Fornecer às crianças/ jovens exemplos de comportamentos não agressivos,
que podem ser usados em situações que poderiam levar à agressão
• Usar o roleplay para simular tais situações e permitir que as crianças/ jovens
exercitem criticamente os diferentes padrões possíveis
• Ensinar às crianças/ jovens respostas aceitáveis e adequadas a ataques
físicos/ verbais. Com efeito, as crianças/ jovens necessitam de ter um leque
de alternativas comportamentais disponíveis para utilizar em situações
inesperadas. Se ela nunca exercitou nenhuma, a tendência é agir de forma
semelhante àquela como foi atacada
• Reconhecer explicita e elogiosamente as crianças que substituem respostas
agressivas por comportamentos desejáveis, não agressivos
• Encorajar, no caso de crianças/ jovens inibidas ou alheias ao ambiente
social, interação social com os companheiros. É importante designar uma
criança/ jovem para realizar uma atividade ou porjeto no grupo, dando-lhe
tarefas específicas que exijam a cooperação
• Incentivar a formação de grupos de pares para apoiar as dificuldades de
compreensão de algumas crianças/ jovens
• Provocar o trabalho em parceria com um companheiro mais velho ou com
um adulto voluntário, de forma a que estes lhe possam oiferecer modelos
adequados de participação, e que a criança/ jovem possa ser reconhecida
positiviamente, sempre que manifeste comportamentos semelhantes
• Ensinar comportamentos sociais adequados e específicos para todas as
crianças/ jovens como, por exemplo, estabelecer contacto visual, responder
a contactos verbais, iniciar contactos verbais, seguir instruções, responder a
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cumprimentos, cumprimentar pessoas por iniciativa própria, usar formas
socialmente adquadas de manifestar insatisfação, etc.
• Discultir o comprotamento desejado com as demais crianças/ jovens,
promovendo nelas a sua tomada de consciência e a compreensão do
comportamento significativo de uma interação construtiva;
• Estabelecer, juntamente com as crianças/ jovens, padrões de conduta para
a convivência coletiva, bem como a previsão de consequências para o
cumprimento ou para a sua ausência do acordado pelo grupo;
• Procurar desenvolver uma relação positiva com a criança/ jovem que
apresenta comportamentos desadequados, recebendo-a sempre com
simpatia, conversando com ela em momentos apropriados, reconhecendo
explicitamente os seus ganhos e avanços, por menores que sejam, e
procurando identificar os seus interesses e motivações;
• Estabelecer a cooperação das demais crianças/ jovens em atividades de
treino de habilidades sociais;
• Recorrer ao apoio de elementos da equipa técnica em caso de situações de
crise na concretização ou alteração das estratégias abordadas;
• Estabelecer a normalização de procedimentos a serem rapidamente
adotados, para lidar de forma eficiente com comportamentos particularmente
difíceis;
• Orientar as demais crianças/ jovens sobre a forma de agir para estabelecer
um relacionamento com os companheiros que apresentam comportamentos
não adaptativos, ensinando-os a responder a situações específicas;
• Estimular a criança/ jovem que apresenta esses comportamentos a
envolver-se em todas as atiidades cívicas, artísticas, desportivas e sociais
da instrituição juntamente com os demais colegas.
Estratégias:
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• Usar sempre um mesmo sinalizador, como por exemplo uma dica que
chame a atenção das crianças/ jovens antes de lhes apresentar uma
informação verbal (“escutem” ou “Está na hora de começar!)
• Agrupar as crianças/ jovens em semicírculo, ou em U, para favorecer o
contacto visual entre todos
• Usar a proximidade física para encorajar a atenção das crianças/ jovens
• Arranjar áreas de trabalho individual, nas quais haja poucas oportunidades
de distração, sejam elas visuais ou auditivas
• Ajudar as crianças/ jovens a organizar o seu horário, as suas atividades, o
seu material de trabalho, a sua mesa de estudo, etc.,
• Apresentar orientações para as tarefas, quer verbalmente, quer por escrito,
• Iniciar o ensino da organização do trabalho, com poucas orientações, e
aumentá-las gradualmente,
• Apresentar modelos às crianças/ jovens de organização do trabalho,
• Encorajar as crianças/ jovens a pensar antes de falar, exercitando com elas
um “tempo para pensar” de 5-10 segundos, antes de apresentar uma
resposta
• Estimular o desenvolvimento da autonomia para todas as crianças/ jovens
de um mesmo grupo
• Estabelecer, sempre com clareza e objetividade, os horários, as rotinas, as
regras e a sequencialização das atividades para todas as crianças/ jovens
• Usar estratégias de aprendizagem cooperativa para promover a
aprendizagem de todas as crianças/ jovens e o desenvolvimento de relações
psoitivas entre elas
• Criar um ambiente social e de aprendizagem acolhedor e securizante.
Estratégias
• Apoiar o jovem na utilização dos recursos da comunidade: centro de saúde,
hospital, instituições de lazer e desporto
• Garantir a sua inscrição nas consultas de planeamento familiar
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• Promover a autonomia no que se refere à utilização dos transportes
• Apoiar a gestão crítica e sensata da mesada ou bolsa
• Promover a aprendizagem das tarefas domésticas básicas, designadamente
das da higiene da casa e confeção de alimentos
• Promover a inserção do jovem em grupos com interesses semelhantes
• Promover a aprendizagem de conhecimentos e a apropriação de funções da
parentalidade
• Apoiar os jovens na procura de emprego, designadamente na pesquisa de
ofertas, elaboração do currículo e entrevistas de seleção
• Encaminhar os jovens para as UNIVA e centros de emprego
• Apoiiar o jovem na inserção do mercado de trabalho, designadamente na
compreensão das normas institucionais, da dependência hierárquica, etc.
• Apoiar o jovem na compreensão plena dos compromissos que implicam uma
relação a dois – partilha e responsabilização de projetos futuros, direitos e
igualdade de oportunidades.
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Bibliografia
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Termos e condições de utilização
AVISO LEGAL
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