Você está na página 1de 22

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Licenciatura em Reabilitação Psicomotora


Unidade Curricular: Intervenção Precoce

Docente: Raquel Costa


Discentes: Inês Ferreira nº 38387; Lara Alves nº 39332; Sara Sampaio nº 38399

Vila Real, 2012


2
Índice
1- Introdução............................................................................................................................................. 5
2- Intervenção Precoce ............................................................................................................................. 7
3- Avaliação dos Programas de Intervenção Precoce ............................................................................... 9
4- Caracterização do STIP ........................................................................................................................ 10
5- O Processo de Construção de Boas Práticas: da Implementação ao Impacto do Projeto no STIP ..... 11
5.1- Caraterização do programa “O Processo de Construção de Boas Práticas” ................................... 11
5.2 - Contextos onde ocorre ................................................................................................................... 12
5.3 - Destinatários e respetivas famílias ................................................................................................. 12
5.4 - Entidade promotora e parcerias ..................................................................................................... 13
5.5 - Equipa de intervenção do programa .............................................................................................. 14
5.6 - Objetivos do programa ................................................................................................................... 15
6- Avaliação do Programa de IP .............................................................................................................. 18
6.1- Pontos fracos do programa ............................................................................................................. 18
6.2- Pontos fortes do programa .............................................................................................................. 19
6.3- Como inovar? ................................................................................................................................... 20
7- Considerações Finais ........................................................................................................................... 22
8- Bibliografia .......................................................................................................................................... 23

3
Índice de abreviaturas

IP- Intervenção Precoce


STIP- Serviço Técnico de Intervenção Precoce
IPI- Intervenção Precoce na Infância
IPSS- Instituições Privadas de Solidariedade Social
CERCI- Cooperativa de Educação e Reabilitação dos Cidadãos Inadaptados
PIP- Programa de Intervenção Precoce
UIAI- Unidade Integrada de Atendimento à Infância
TSEER- Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação

4
1- Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da unidade curricular Intervenção Precoce lecionada pela
docente Raquel Costa, que nos propôs a realização da avaliação de um programa de intervenção
precoce.
Após termos realizado várias pesquisas sobre o que é a Intervenção Precoce e termos estudado
os seus objetivos, fundamentos e formas de atuação, escolhemos o programa de intervenção precoce
que pretendíamos avaliar. O programa escolhido pelo grupo foi o projeto “Intervenção Precoce- O
Processo de Construção de Boas Práticas” que teve como principais promotores o Serviço Técnico de
Intervenção Precoce (STIP) e a Cooperativa TorreGuia. O projeto focaliza-se no STIP da Cercizimbra e
visa a promoção e identificação de boas práticas em IPI, assim como o estudo do seu processo de
construção.
Este é um tema de bastante importância e pertinência, tendo em conta que surge em idades
críticas e em períodos de desenvolvimento bastante importantes. Ao ser realizada entre os 0 e os 6
anos, a IP (Intervenção Precoce) permite que as crianças que possam ter algum atraso de
desenvolvimento, não percam oportunidades de experiencias que possam ser cruciais para o mesmo.
Da mesma forma, torna-se também mais fácil a intervenção nesta idade, pois a nível neuronal existe
uma maior plasticidade e é mais fácil intervir nestas idades onde as crianças ainda não estão
completamente maturadas a diversos níveis.
“O STIP é constituído por uma equipa local de Intervenção do concelho de Sesimbra (STIP-ELI
Sesimbra) integra de acordo com o decreto-lei nº 281/2009 o Sistema Nacional de Intervenção Precoce
na Infância através da celebração de um acordo de cooperação com o Ministério do Trabalho e
Segurança Social. A sua intervenção é desenvolvida ao nível das equipas locais que integram
profissionais do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, sob coordenação do elemento
designado pela Comissão de Coordenação Regional. Neste sentido o STIP-ELI Sesimbra identifica-se
como uma resposta social de Intervenção Precoce entendida como: “… o conjunto de medidas de apoio
integrado centrado na criança e na família incluindo ações de natureza preventiva e reabilitativa,
designadamente no âmbito da educação, saúde e ação social” alínea a), Art. 3º.” (retirado do web site
da Cercizimbra)
Neste trabalho iremos abordar aspetos do PIP (Programa de Intervenção Precoce) escolhido,
como:
 Realizar uma breve descrição do PIP escolhido- contexto onde ocorre, a quem é dirigido,
descrição da equipa de intervenção, normas de intervenção, entre outros;
 Referir quais os objetivos do PIP escolhido;
 Aferir e refletir acerca dos pontos fortes e fracos do PIP;

5
 Refletir acerca de toda a avaliação realizada acerca do PIP e propor pontos de inovação.
Todo o trabalho será suportado por literatura e fundamentado com opiniões dos elementos do
grupo. Após a realização do mesmo pretendemos:
 Ficar mais ricos a nível de conhecimentos na área;
 Compreender melhor o funcionamento dos STIP´s e de todos os serviços que integram qualquer
tipo de STIP;
 Sensibilizar a turma (através da apresentação oral) acerca do PIP escolhido.

6
2- Intervenção Precoce

Por volta da década de 80 surge em Portugal, movimentos em prol da implementação da IPI,


sendo esta realizada com inspiração e fundamentação teórica nos modelos americanos.
“ A Intervenção Precoce na Infância (IPI) é um conjunto de serviços/recursos para crianças em
idades precoces e suas famílias, que são disponibilizados quando solicitados pela família, num certo
período da vida da criança, incluindo qualquer ação realizada quando a criança necessita de apoio
especializado para: assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal, fortalecer as auto-
competências da família e promover a sua inclusão social. Estas ações devem ser realizadas no contexto
natural das crianças, preferencialmente a nível local, com uma abordagem em equipa multidimensional
orientada para a família.” (European Agency for Special Needs Education, cit in Gronita et al., s.d.)
“ Num texto de 2002, Dunst e Bruder, definem IP como uma prática que diz essencialmente
respeito, aos serviços, apoios e recursos necessários para responder às necessidades das crianças. Inclui,
assim, atividades e oportunidades que visam incentivar a aprendizagem e o desenvolvimento da criança;
e, ainda, aos serviços, apoios e recursos necessários para que as famílias possam promover o
desenvolvimento dos seus filhos, criando oportunidades para que elas tenham um papel ativo neste
processo. A Intervenção Precoce dirige-se portanto à família, família essa que incluí obviamente a
criança e, é hoje entendida como uma prática que se baseia numa rede integrada de serviços, apoios e
recursos, que dão resposta às necessidades do conjunto da unidade familiar.” (Almeida, 2004)
A intervenção precoce representa assim um conjunto de apoios que podem ser prestados a
crianças entre os 0 e 6 anos que representam um grave risco de desenvolvimento e às suas famílias, por
uma série de serviços desde Educação, Saúde, Segurança Social, Instituições Privadas de Solidariedade
Social (IPSS) ou Cooperativas de Educação e Reabilitação dos Cidadãos Inadaptados (CERCIs). (Gronita,
Pimentel, Matos, Bernardo, & Marques, 2005)
O STIP, através de um acordo atípico com o Ministério do Trabalho e Solidariedade Social,
iniciou em 1993 a prestação de serviços de Intervenção Precoce destinados às famílias das crianças, com
os seguintes objetivos: (Gronita, Pimentel, Matos, Bernardo, & Marques, 2005)
 Prevenir atrasos no desenvolvimento de crianças em situação de risco;
 Apoiar e promover o desenvolvimento de crianças que manifestam já alterações no seu
desenvolvimento, quer estas estejam ou não associadas a uma situação de deficiências já diagnosticada;
 Apoiar e desenvolver as competências das famílias para que possam otimizar as oportunidades
de desenvolvimento dos seus filhos;

7
 Apoiar as famílias de acordo com as suas necessidades (emocionais, sociais, de saúde e
educação), nomeadamente as que decorrem do confronto com a situação do filho (a) que os levou a
procurar a Intervenção Precoce.
Neste sentido e após alguma reflexão acerca das pesquisas realizadas, podemos concluir que a
IP tem um papel muito importante em diversos níveis. Por abranger diversas áreas e envolver em todo o
processo tanto a criança como a família, este tipo de intervenção obtém resultados muito positivos. Não
esquecendo o fato de que esta intervenção é realizada entre os 0 e os 6 anos, podemos aferir, que
quanto mais cedo se tiver iniciado a IP maiores serão os benefícios para a criança.

8
3- Avaliação dos Programas de Intervenção Precoce

Segundo Bailey (2001) existem 4 níveis a ter em conta aquando da análise e avaliação dos PIP:
1. Concetual: já que a IPI adota um modelo que fortalece as famílias, e que leva a que estas
assumam um papel preponderante, tendo como objetivo capacitar as mesmas para ultrapassarem as
suas necessidades e para que sejam capazes de ser autónomos nas suas decisões relativamente à gestão
do seu tempo e dos seus recursos;
2. Político: é importante ter em conta que consta na legislação que é prioritário na IPI considerar a
ajuda às famílias como resposta às suas necessidades especiais;
3. Programático: deve ser tido em conta que a IPI envolve um conjunto diversificado de serviços
multifacetados;
4. Prático: avaliada neste aspeto, por envolver na sua prática as relações das famílias com os
profissionais, procurando sempre oferecer uma resposta individualizada a cada família e a cada criança.
Relativamente a estes aspetos supracitados, podemos aferir que vários modelos teóricos têm
vindo a suportar cada parâmetro de avaliação dos PIP, ou seja, muitos estudos referem que a presença e
envolvimento da família nas intervenções traz muitos benefícios para a criança (1); que não se pode
dicotomizar o papel da família e da criança, assim como os benefícios que advêm da intervenção para
ambos (2); qualquer trabalho de intervenção com crianças com atraso no desenvolvimento é realizado
por uma diversidade de técnicos de diferentes áreas que colaboram entre si (3) e diversos autores, na
área da psicomotricidade principalmente, referem que cada ser deve ser visto de uma forma holística,
como um ser único e individual e por isso a intervenção deve ser adequada a cada um (4). (Turnbull et
al., 2007 cit in Gronita, Matos, Pimentel, Bernardo, & Marques, 2011)
“Se a criança, os pais e a família se tornaram mais competentes e se a sua qualidade de vida
aumentou, poder-se-á considerar que a intervenção foi eficaz. “ (Gronita, Matos, Pimentel, Bernardo, &
Marques, 2011)

9
4- Caracterização do STIP

“O STIP é uma valência da Unidade Integrada de Atendimento à Infância (UIAI), unidade da


Cercizimbra. Esta unidade, tem como missão dar resposta a necessidades do concelho de Sesimbra
relativas à faixa etária dos 0 aos 17 anos.
Assim, integra uma creche, um jardim-de-infância, um centro de animação para a infância e o
próprio STIP que, tendo o seu espaço físico próprio, partilham espaços e recursos comuns,
nomeadamente o espaço exterior, o que permite uma estreita convivência de diferentes profissionais,
crianças e famílias e articulação inter-valências. “ (Gronita, Matos, Pimentel, Bernardo, & Marques,
2011)
No final de setembro de 2005, data de início do presente projeto, o STIP pode caracterizar-se do
seguinte modo: tratava-se de um serviço com 9 profissionais de diferentes áreas de formação base,
como a educação de infância, educação especial e reabilitação, psicologia, terapia da fala e a política
social. (Gronita, Matos, Pimentel, Bernardo, & Marques, 2011)
“Todas as tomadas de decisão assentavam em momentos de reflexão e avaliação conjunta que
se concretizavam em reuniões de equipa, coordenadas em alternância, conformes as responsabilidades
assumidas por cada um dos profissionais. Estas reuniões asseguravam o princípio do funcionamento em
equipa de todo o serviço e são disto exemplo, as reuniões de discussão de casos, de núcleo e de
supervisão.” (Gronita, Matos, Pimentel, Bernardo, & Marques, 2011)

10
5- O Processo de Construção de Boas Práticas: da Implementação ao
Impacto do Projeto no STIP

“Uma metodologia de investigação/ação foi aquela que, desde o início, se considerou mais
adequada aos objetivos do projeto “O processo de construção de boas práticas”, já que, sendo centrada
no problema e no cliente e orientada para a ação, envolve o “avaliado” não só no diagnóstico como no
processo de aprendizagem para a resolução do problema. Nesta abordagem, o fortalecimento do
avaliado decorre da sua participação na investigação (Todhunter, 2001).
De acordo com este modelo, os dados encontrados deverão ser devolvidos em sessões
conjuntas em que avaliador e avaliado colaboram no sentido de encontrarem soluções que sejam
passíveis de implementar. Esta metodologia é concebida como um processo cíclico de mudança que
engloba três fases em que avaliador e avaliado colaboram sistematicamente: (1) diagnóstico preliminar,
recolha de dados e planeamento conjunto da avaliação – fase de input; (2) planeamento e
implementação de atividades concretas relacionadas com o processo de aprendizagem e que
conduzirão à mudança- ação/transformação; e (3) avaliação dos das mudanças ocorridas e dos
resultados – fase de out-put. Esta metodologia, quando corretamente implementada, capacita o
“avaliado” e dá lhe os instrumentos que lhe permitirão continuar num processo de autoavaliação e
reflexão, conducente a uma melhoria de todo o sistema.” (Gronita, Matos, Pimentel, Bernardo, &
Marques, 2011)

5.1- Caraterização do programa “O Processo de Construção de Boas Práticas”

“ O projeto foi, simultaneamente, responsável por um trabalho de capacitação das famílias


daquelas crianças, para que pudessem assumir plenamente o seu papel na educação dos seus filhos e no
apoio ao seu desenvolvimento, e pela realização de um estudo mais aprofundado que permitiu compilar
algumas práticas recomendáveis em Intervenção Precoce, adaptadas à realidade portuguesa.”
(Gulbenkian)
O programa considerou diversas características nos tipos de intervenção, tendo em conta as
necessidades que são identificadas pela criança, pela família e pela comunidade, procurando estruturar
uma intervenção que abrangesse essa mesma diversidade de aspetos. A dimensão comunidade aparece
com grande relevância neste projeto, sendo que através de uma vista holística, a IPI tem como principal
objetivo a implementação de uma sociedade inclusiva. A comunidade é desta forma encarada como um

11
parceiro e alguém essencial para a realização deste programa. (Gronita, Intervenção Precoce- o
Processo de Construção de Boas Práticas)
Assim, este programa descentra-se da criança para se focar na família, tendo em conta os vários
fatores que influenciam o desenvolvimento da criança. Para que tal seja possível, é necessária a criação
de uma rede de suporte informal mas também formal, de apoio às famílias. Assim, abrange domínios
como: criança, família, recursos do programa, serviços prestados e numa perspetiva ecológica envolve
as parcerias sociais. Por outro lado, este programa reflete acerca da influência do modelo norte-
americano nos PIP, mas valoriza o fato de eu este programa tenta adaptar à realidade e cultura
portuguesa, o que não é normalmente observado. (Gronita, Intervenção Precoce- o Processo de
Construção de Boas Práticas)
No final do ano de 2008 terminou o projeto, que acompanhou cerca de cem crianças com idades
inferiores aos 6 anos. (Gulbenkian)

5.2 - Contextos onde ocorre


O estudo incide sobre o Serviço Técnico de Intervenção Precoce da Cercizimbra (STIP), cuja área
de abrangência é o concelho de Sesimbra e zonas confinantes. O concelho é constituído por 3
freguesias (Santiago, Castelo e Quinta do Conde), situa-se no distrito de Setúbal. Nos últimos anos tem
havido registo que afirmam existir um número crescente da densidade populacional, atingindo em 2006,
segundo o Instituto Nacional de Estatística 48110 habitantes. Mais de metade desta população
encontra-se entre os 25 e os 64 anos (26640), sendo que também é crescente o número de casais
jovens. Na data do documento

5.3 - Destinatários e respetivas famílias

Foram identificadas como participantes no estudo, todas as famílias e crianças que eram
apoiadas pelo STIP. No início de cada ano letivo verifica-se uma alteração acentuada da população
atendida pelo serviço, isto é, algumas famílias iniciam o atendimento e outras deixam de ser
acompanhadas (devido ao ingresso no 1º ano do ensino básico, por volta dos 6 anos de idade, e ao
ingresso pela primeira vez de crianças em creches e jardins de infância). Deste modo, considerou-se
adequado apresentar a população atendida pelo STIP, por ano letivo.

 Ano letivo 2005/2006: neste ano letivo, foram atendidas no STIP 62 crianças. Destas crianças,
apenas 52 foram abrangidas pelo projeto (3 crianças não estavam em apoio à data de recolha de dados,
1 não tiveram autorização para participar no estudo e 1 criança só foi identificada junto da equipa de

12
avaliação no início do ano letivo 2006/2007). Destas 52 crianças verifica-se que a maioria tem entre 4 a
6 anos, e os tipos de situações de risco mais frequentes são os de Condição Estabelecida e os de Risco
Envolvimental. No final do ano letivo, finalizaram o atendimento no STIP apenas 22 crianças. Destas, 19
ingressaram no 1º ano do ciclo básico e 3 começaram a 3 intervenção exclusivamente pelos apoios
educativos.

 Ano letivo 2006/2007: estiveram em atendimento no STIP 69 crianças (34 crianças que
transitaram do ano anterior, mais 35 crianças que iniciaram atendimento neste ano letivo - algumas
crianças foram saindo de atendimento, outras foram entrando.) Destas crianças, apenas 52 foram
abrangidas pelo projeto, pois 17 famílias não deram a sua autorização para participação no projeto.
Destas 52 crianças, à semelhança do ano anterior, verifica-se que a maioria tem entre 4 a 6 anos, e os
tipos de situações de risco mais frequentes são os de Condição Estabelecida e os de Risco Envolvimental.
No final do ano letivo, finalizaram o atendimento no STIP 19 crianças. Destas, 15 ingressaram no 1º ano
do ciclo básico, 3 começaram a ter intervenção exclusivamente pelos apoios educativos e 1 mudou-se
com a família para um país estrangeiro.

 Ano letivo 2007/2008: neste ano estavam em atendimento no STIP 45 crianças (11 iniciaram
atendimento no STIP este ano letivo – 2007/2008 e 34 transitaram do ano anterior). Relativamente a
estas 45 crianças, 6 famílias não deram autorização para a sua participação no projeto.

5.4 - Entidade promotora e parcerias

A entidade promotora deste projeto é a TorreGuia, cooperativa de solidariedade social,


constituída em Janeiro de 2000. Desde a sua constituição, inclui nos seus objetivos atividades de Apoio à
Família, pelo que na sua estrutura organizativa tem vindo a consolidar o seu Gabinete de Apoio à
Família, onde o presente projeto se enquadrou. (Gronita, Matos, Pimentel, Bernardo, & Marques, 2011)
“Tendo em conta os seus objetivos, este projeto requeria uma articulação interinstitucional que
se traduzisse numa dinâmica comunitária. Assim, foram estabelecidos protocolos de articulação entre a
entidade promotora, a Torreguia, e o conjunto de parceiros, designadamente: (1) Fundação Calouste
Gulbenkian; (2) Cercizimbra; (3) Câmara Municipal de Sesimbra; (4) Rotary Club de Sesimbra.” (Gronita,
Matos, Pimentel, Bernardo, & Marques, 2011)
A Fundação Calouste Gulbenkian determinou a Intervenção Precoce como uma área de
intervenção prioritária e que se enquadrava na atual conceção de apoio dos seus Serviços de Saúde,
pelo que este projeto mereceu a sua aprovação, financiamento e acompanhamento.

13
A Cercizimbra – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de
Sesimbra, CRL tem em funcionamento um Serviço Técnico de Intervenção Precoce (STIP) desde 1993 e
manifestou, desde o primeiro contato, o desejo e empenho nesta parceria. O projeto focaliza-se no
serviço acima designado e visa a promoção e a identificação de boas práticas em intervenção precoce,
assim como o estudo do seu processo de construção.
Ao longo da existência da Cercizimbra, a Câmara Municipal de Sesimbra tem sido um dos seus
principais parceiros quer ao nível do financiamento quer ao nível da definição de políticas locais de
educação especial e reabilitação. Com uma articulação estreita em diversos projetos e respostas
concelhias, a Câmara Municipal de Sesimbra associou-se ao projeto logo que convidada.
Sempre contando com a comunidade em que está inserida, foi a partir de 1992 que a
Cercizimbra desenvolveu uma estratégia de articulação regular, intensa e mais organizada com a
comunidade empresarial do concelho. É neste enquadramento que o Rotary Club de Sesimbra tem
constituído um organismo aliado daquela instituição em diversas respostas à população atendida pela
Cercizimbra, tendo-se associado de imediato, como parceiro do presente projeto.

5.5 - Equipa de intervenção do programa

Ao longo do estudo houve alterações significativas na equipa do STIP ao nível dos profissionais
que dela fizeram parte. Estas mudanças foram importantes para a investigação pela repercussão que
tiveram na equipa em estudo. Deste modo, considerámos relevante a apresentação de uma
caracterização da equipa do STIP, por ano letivo, tal como é apresentado no projeto.
No ano letivo 2005-06, a equipa do STIP era constituída por 12 profissionais. A coordenação do
serviço era (e continuou a ser ao longo dos três anos do projeto) assegurada por uma das técnicas
superiores de educação especial e reabilitação (TSEER) com formação em terapia familiar.
Durante o ano letivo 2006-07 registaram-se três alterações na constituição da equipa: demissão
da animadora sociocultural, cuja substituição a equipa não considerou adequado proceder. Em sua
substituição, foi contratado um técnico de serviço social que permaneceu apenas no ano letivo acima
referenciado. Houve a entrada de mais uma educadora de infância, colocada pelo Ministério da
Educação e ainda a entrada de uma TSEER a realizar um estágio profissional. No início deste ano letivo a
equipa do STIP era constituída por 14 profissionais.

14
No ano letivo 2007-08 houve mudanças ao nível dos profissionais contratados pela Cercizimbra
e que já pertenciam à equipa do STIP antes do início do estudo. Assim, saíram da equipa do STIP, uma
terapeuta de fala, por término do contrato de trabalho e outra terapeuta de fala que apresentou o seu
pedido de demissão. Para substituição destas duas profissionais, a instituição contratou apenas uma
profissional da mesma especialidade.
Por decisão unilateral e alegadamente por alterações das diretrizes do Ministério da Educação
para a Educação Especial, as educadoras de infância anteriormente colocadas por aquele Ministério na
equipa do STIP deixaram de aí desempenhar a sua atividade, sem serem substituídas.
Paralelamente, no início do ano letivo de 2007-2008, regressou à equipa do STIP uma educadora
de infância, pertencente aos quadros da Cercizimbra, depois de um período de licença sem vencimento.
Devido a estas alterações, neste ano letivo a equipa do STIP ficou constituída apenas por 10
profissionais.
Quanto às habilitações académicas dos profissionais, apenas um possui bacharelato, todos os
outros têm habilitações académicas ao nível da licenciatura ou pós-graduação, havendo ainda dois que
possuem Mestrado.
Relativamente, ao tempo total de serviço dos profissionais da equipa do STIP, verificou-se que 7
dos profissionais trabalhava há mais de 6 anos, em IPI, no início do projeto. Desses profissionais, apenas
a educadora de infância colocada pelo Ministério da Educação tinha menor tempo de experiência em IP.
Em suma, em todo o processo intervieram profissionais como, psicólogos, terapeutas da fala,
animadora sociocultural, terapeuta ocupacional, entre outros. (Gronita, Matos, Pimentel, Bernardo, &
Marques, 2011)

5.6 - Objetivos do programa

Os objetivos do projeto foram traçados no momento da sua definição, ou seja, em 2005,


com o envolvimento de todas as instituições que estabeleceram parecerias, procurando dar
resposta às necessidades por estes manifestadas.
Com este estudo, pretende-se desenvolver um processo de seleção, recolha e
interpretação de informação que permitisse emitir juízos ou tomar decisões, com vista a
identificar modelos, procedimentos e respostas de qualidade, adequados à realidade e
caraterísticas da população atendida.
Os objetivos gerais abordados foram:
 Consolidar e intensificar parcerias;

15
 Atender um maior número de crianças/famílias;
 Melhorar a qualidade do apoio prestado;
 Aumentar o número de atividade de caráter preventivo;
 Avaliar todo o processo e a construção de boas práticas na IP;
 Contribuir para a promoção da saúde, bem-estar e qualidade de vida das famílias com
crianças dos 0 aos 6 anos, que evidenciem problemas de desenvolvimento ou que se
encontrem em risco de atraso de desenvolvimento;
 Aumentar os recursos materiais e humanos da equipa de Intervenção Precoce
envolvida;
 Promover a avaliação de diferentes metodologias de intervenção no âmbito da
Intervenção Precoce.
Relativamente ao objetivo que faz referência à avaliação do processo e da construção de boas
práticas nos PIP, Júlia Serpa Pimentel esclarece que dessa forma pretende contribuir para a
construção de um modelo adaptado à realidade portuguesa e para a formação em serviço dos
profissionais de IP. (Gronita, Intervenção Precoce- o Processo de Construção de Boas Práticas)
Para que os objetivos estabelecidos pudessem ser concretizados findo o projeto, foram
realizadas algumas alterações por parte das parcerias e da própria equipa do programa. Essas
alterações passaram por uma maior flexibilidade do horário dos profissionais, tendo em conta
que o horário das 9h às 17h pudesse não ser compatível com as famílias; foram afetos mais
recursos humanos, acrescentaram-se mais 3 profissionais; a nível material também foram
realizadas novas aquisições; os profissionais tiveram oportunidade de usufruir de um diferente
tipo de formação profissional e promoveu-se um estudo avaliativo intrínseco ao programa, que
o STIP solicitou para que desta forma pudesse saber quais os pontos a inovar, o que se pode
melhorar e o que deve ser mantido. Essa avaliação, intitulada “Avaliação do processo de
construção de boas práticas” fez parte do programa, desde a sua conceção até ao término, no
fim dos 3 anos.
Resultantes dos objetivos gerais foram também criados os seguintes objetivos específicos:
 Assegurar o pleno funcionamento da equipa de Intervenção Precoce da Cercizimbra;
 Promover a articulação interinstitucional no âmbito da Intervenção Precoce na zona
geográfica em análise;

16
 Identificar necessidades de formação por forma a potenciar as competências dos
profissionais de Intervenção Precoce;
 Promover a avaliação da metodologia de intervenção desenvolvida, em articulação com
uma equipa externa de investigação, credenciada para a avaliação de programas neste âmbito
de intervenção;
 Assegurar a divulgação dos resultados obtidos junto dos diversos serviços de
Intervenção Precoce a funcionar a nível nacional, com vista à disseminação de boas práticas ao
nível da Intervenção Precoce.

17
6- Avaliação do Programa de IP

Esta avaliação foi realizada pelos elementos do grupo, que suportada pela literatura
utilizada durante as pesquisas, irá enunciar alguns pontos fortes do programa, pontos fracos e
ainda a forma como inovar.

6.1- Pontos fracos do programa

Ao longo dos 3 anos do projeto, a equipa de intervenção viu-se confrontada com alguns
imprevistos, que a obrigaram a algumas alterações ao que previram inicialmente. Para além
disso, à medida que foram sendo aplicados alguns instrumentos, a equipa foi apercebendo-se
das suas limitações.
Um dos objetivos fundamentais do projeto, sendo este um estudo de investigação-ação,
era a devolução dos resultados parciais à equipa do STIP. Segundo o Despacho Conjunto nº
891/99, ponto 6.3.3. alínea e), as equipas deveriam partilhar informação entre si, reunindo-se
frequentemente para tal. Este facto não é visível com a periodicidade necessária neste projeto.
Todas as crianças selecionadas para integrar qualquer projeto de IP, devem ser
previamente avaliadas por um centro de desenvolvimento ou em consultas, segundo o que nos
diz o Despacho Conjunto 891/99, ponto 7.2. Sendo assim, outro ponto fraco a apontar a este
projeto é que, apesar de existir um método de avaliação do impacto da Intervenção Precoce no
desenvolvimento da criança, como não existiram avaliações iniciais de desenvolvimento de
todas as crianças da amostra, foi impossível a utilização do Índice Proporcional de Mudança
(criado pelo programa, para poder avaliar o desenvolvimento das crianças durante o programa-
as crianças são avaliadas no início e no fim do programa) que tornaria possível determinar os
efeitos da Intervenção Precoce.
Segundo o ponto 6.2.1., alíneas d) e e) do despacho supracitado, as famílias devem ser
autónomas na utilização dos recursos disponíveis na IP e poderem assim contribuir para a
qualidade e eficácia dos apoios que são prestados. Desta forma torna-se necessário que os
instrumentos utilizados pelo projeto para a avaliação do mesmo, sejam acessíveis a todas as
famílias sem exceção, no que remete à linguagem usada nos mesmo e possibilidades de

18
resposta, o que não acontece no presente PIP. Como exemplo é o facto do “ Questionário de
Satisfação para Famílias não contemplar uma hipótese de cotação – Não aplicável - que poderá
enviesar as respostas, uma vez que as famílias são “obrigadas” a responder de acordo com a
escala, mesmo que não se identifiquem com algumas questões, às quais, se pudessem, não
responderiam. Também os guiões de entrevista para os profissionais, assim como os das
entrevistas de expectativas e satisfação, utilizadas com as famílias, instrumentos concebidos
pela equipa do projeto e baseados numa extensa e exaustiva lista de práticas recomendadas
americanas (Sandall, et al., 2005) se poderão ter tornado instrumentos demasiado longos,
complexos e de difícil compreensão”. (Gronita, Matos, Pimentel, Bernardo, & Marques, 2011)
Referenciando o Despacho Conjunto nº891/99, a intervenção deve ser
direcionada quase exclusivamente na criança, envolvendo-a no seu contexto familiar. A
intervenção nunca deve dar supremacia à família e comunidade, que não são os principais alvos
dos PIP. Sendo assim, um dos pontos fracos relevante a enumerar é a descentralização da
criança, dando maior relevância à família da mesma.

6.2- Pontos fortes do programa

Este projeto de IP destaca-se por algumas caraterísticas positivas e bastante próprias. É


constituído por uma equipa de profissionais com diferentes formações que tentam partilhar
saberes para melhor equacionar a sua intervenção. Em relação às habilitações académicas dos
profissionais, apenas um tem bacharelato, todos os outros têm habilitações académicas ao
nível da licenciatura, pós-graduação, havendo ainda dois que possuem mestrado, indicando
que todos os profissionais têm especialização na área da intervenção precoce, sendo
importante salientar que 7 profissionais têm especialização em terapia familiar, permitindo um
melhor contacto com as famílias intervencionadas. É relevante salientar que a coordenadora do
projeto é uma técnica superior de educação especial e reabilitação (TSEER), com formação em
terapia familiar que continuou a sê-lo ao longo dos três anos do projeto. (Gronita, Matos,
Pimentel, Bernardo, & Marques, 2011)
Este projeto foi divulgado pelos elementos das equipas de intervenção em encontros
científicos nacionais e internacionais, simpósios, congressos, conferências e publicações,
permitindo um melhor conhecimento do mesmo pelo público em geral e desta forma foram

19
também partilhados saberes e conclusões preliminares na área da IPI. Também baseado neste
projeto, foram publicadas duas brochuras destinadas à família e aos profissionais não
especializados em Intervenção Precoce. Uma destas brochuras, intitulada “Os nossos filhos são
diferentes: como podem os pais lidar com uma criança com deficiência”, foi utilizada como
suporte bibliográfico na realização do presente trabalho.
Neste programa é dada grande relevância à participação da comunidade no mesmo,
sendo o principal objetivo desta participação contribuir para a potencialização de uma
sociedade inclusiva, sendo também definidos objetivos específicos dirigidos à própria
comunidade. Esta interação e envolvimento começam logo no início das definições de ideias e
na conceção de projeto, sendo a comunidade também encarada como um parceiro.
Foi garantido o pleno funcionamento da equipa e a sua capacidade para atingir os seus
objetivos:
 Compensou-se financeiramente a flexibilização do horário dos profissionais da equipa,
uma vez que o horário das 9h às 17h, muitas vezes não é compatível com a disponibilidade real
das famílias;
 Foram afetos mais recursos humanos -mais 3 profissionais;
 Foram atribuídos mais recursos materiais – diversos materiais psicopedagógicos e
equipamentos audiovisuais e informáticos;
 Os profissionais tiveram acesso a diferentes tipos de formação profissional;
 Promoveu-se o estudo avaliativo intrínseco ao projeto que correspondeu
essencialmente a um desejo da equipa do STIP que necessitava de saber que procedimentos
deveria manter/reforçar e quais os que deveria melhorar. (Gronita, Matos, Pimentel, Bernardo,
& Marques, 2011)
Outro ponto forte a identificar é a preocupação por parte da equipa técnica, em que o projeto
se desenvolva da melhor forma, percecionar quais os pontos a inovar, o que melhorar e as práticas que
se devem manter.

6.3- Como inovar?

20
Na opinião do grupo a primeira mudança que deve existir é relativa à participação da
família no projeto. Considera-se a participação desta fundamental, contudo, a maior
importância deve ser dada à criança, sendo esta o alvo de intervenção.
De seguida, um dos pontos de mudança deste projeto seria a avaliação inicial de todas
as crianças participantes no mesmo, de modo a possibilitar a aplicação de um método de
avaliação do impacto da Intervenção Precoce no desenvolvimento de cada criança.
O Questionário de Satisfação das Famílias deveria ser revisto, de forma a ser criado um
questionário mais individualizado possibilitando respostas mais livres em que cada um possa
expressar a sua opinião.
Por fim deveria ser estabelecido um horário pela equipa, a ser cumprido
impreterivelmente, de forma a esta reunir mensalmente, para serem trocadas ideias e opiniões
acerca do projeto.

21
7- Considerações Finais
O processo de Construção de Boas Práticas é um programa que envolve a família e a
comunidade na IP, sendo que a criança é uma figura descentrada de todo o processo. Uma das
maiores preocupações deste programa centra-se na implementação de uma sociedade
inclusiva, e uma comunidade que saiba lidar com a diferença. Nota-se ao longo de todo o
processo uma grande preocupação, com a tentativa de melhorar os seus métodos e práticas,
tendo em vista um melhor apoio às famílias e à comunidade que apoiam a criança com
problemas.
Finda a realização deste trabalho, o grupo registou alguns pontos fortes neste programa,
contudo pensamos que os pontos fracos observados são relativos a aspetos demasiado
importantes, para que este possa ser considerado um bom Programa de Intervenção Precoce.
Um dos pontos fracos observados de extrema importância é a descentralização da
criança no processo. A criança deve ser neste contexto o elemento de maior importância,
sendo que o programa deve ser dirigido à mesma e esta deve estar envolvida e participar
ativamente em todo o processo. O facto de ser a comunidade e a família o ponto fulcral deste
programa e não a criança, constitui assim um ponto fraco. Contudo, de outro ponto de vista,
podemos afirmar que é benéfico e relevante a comunidade e família estarem envolvidas em
toda a intervenção, fornecendo uma maior sensibilização para a área e auxiliando
indiretamente o processo de todas as crianças.
Relativamente à escolha do programa de Intervenção Precoce para a realização do
presente trabalho, o grupo sentiu bastantes dificuldades, pois tornava-se difícil discernir de
todos os resultados de pesquisa quais os que preenchiam os requisitos. Após termos escolhido
o programa, tornou-se mais fácil perceber em que consistia o mesmo e em responder aos itens
solicitados. Contudo, apercebemo-nos de que este pode ser um programa criado apenas para a
avaliação do Serviço Técnico de Intervenção Precoce, contudo como o mesmo respondia aos
itens solicitados, continuamos com a realização do trabalho.

22
8- Bibliografia

Almeida, I. C. (2004). Intervenção Precoce: Focada na criança ou centrada na família e na comunidade?


Análise Psicológica, pp. 1 (XXIII): 65-72.

Gronita, J. (s.d.). Intervenção Precoce- o Processo de Construção de Boas Práticas. Obtido em 27 de


novembro de 2012, de Resultados do Projeto apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian:
http://www.gulbenkian.pt/media/files/fundacao/programas/PG%20Desenvolvimento%20Humano/pdf/
Comunica____oJG-GulbenkianEnviada.pdf

Gronita, J., Matos, C., Pimentel, J. S., Bernardo, A. C., & Marques, J. D. (2011). Intervenção Precoce: O
Processo de Construção de Boas Práticas. Cercizimbra, TorreGuia- Cooperativa de Solidariedade Social.

Gronita, J., Pimentel, J. S., Matos, C., Bernardo, A. C., & Marques, J. D. (2005). Os nossos filhos são
diferentes- Como podem os pais lidar com uma criança com deficiência. (P. G. Humano, Ed.) Fundação
Calouste Gulbenkian.

Gulbenkian, F. C. (s.d.). Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano. Obtido em 27 de novembro


de 2012, de Intervenção Precoce- Crianças e Jovens em Risco:
http://www.gulbenkian.pt/section154artId2007langId1.html

Pimentel, J. S. (s.d.). A importância da avaliação de programas para a promoção da qualidade da


prestação de . Fundação Calouste Gulbenkian.

Serviço de Intervenção Precoce. (s.d.). Obtido em 28 de 11 de 2012, de Cercizimbra:


http://www.cercizimbra.org.pt/index.php/respostassociais/servico-tecnico-de-intervencao-precoce

23

Você também pode gostar