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DO PÓS-GRADUAÇÃO EM ORTODONTIA
2023
1 2
Rafaela Lucena , Fabio Silveira
1
Discente do curso de Pós-graduação em Ortodontia da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino
Superior, Ilhéus, Bahia. e-mail: dra.rafaelalucena@hotmail.com
2
Docente do curso de Odontologia da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus, Bahia.
e-mail: f.sil@uol.com.br
RESUMO
A atresia maxilar é uma deformidade dentofacial cada vez mais presente, ela é caracterizada
pelo estreitamento da arcada superior no sentido transversal, causando uma divergência em
relação à mandíbula. Os pacientes nessas condições podem apresentar apinhamentos
dentários, discrepâncias mandibulares, mobilidade dos dentes, perdas múltiplas dentárias,
recessões gengivais, dificuldades respiratórias, sinusites de repetição, além de serem
respiradores bucais. A expansão rápida da maxila é um dos protocolos mais utilizados para as
correções dessas discrepâncias transversais em pacientes na fase de crescimento
O presente estudo foi realizado por meio de revisão de literatura com pesquisa nas
plataformas de pesquisa da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), Scielo e Pubmed. O objetivo com o trabalho foi realizar uma revisão de literatura
acerca do tema expansão rápida de maxila, apresentando suas principais indicações,
contraindicações, tipos de expansores.
ABSTRACT
Artigo Científico entregue como conclusão das atividades da Pós-graduação em Ortodontia, da Faculdade de
Ilhéus, dezembro de 2023.
Key word: Orthopedics. Expansion. Orthodontics.
1 INTRODUÇÃO
O primeiro artigo sobre expansão rápida da maxila foi publicado por Angel, em
1860. Esse artigo teve como proposito um tratamento, que excluísse a extração dentaria, para
pacientes que apresentavam atresia maxilar, comprovado através do alargamento da base
óssea maxilar e abertura de diastema entre os incisivos centrais. Entretanto, Angel sua técnica
foi desacreditada, devido ao pouco estudo, e, apenas quase um século depois outros autores
começaram novas estudos sobre o tema (Timms, 1999).
Artigo Científico entregue como conclusão das atividades da Pós-graduação em Ortodontia, da Faculdade de
Ilhéus, dezembro de 2023.
Nos Estados Unidos, Angle e Case, classificavam a ERM como um procedimento
de alto risco. Já na Europa, o procedimento realizado por Korkhaus, era considerado um
sucesso, o que o tornou interessante para outros pesquisadores, como Hass e Brodie.
Em 1961, Hass, começou o seu estudo acerca do sucesso ERM e para isso,
utilizou como amostra em seu estudo 8 suínos. No grupo experimental foi submetido a
instalação do aparelho expansor, com ativação de 10 dias. Com o sucesso do estudo, Hass deu
início ao tratamento em 10 pacientes com tinham grave atrasia maxilar; seus estudos
resultaram no desenvolvimento do aparelho disjuntor de Hass, utilizado até os dias atuais
(Barbosa, 2010).
A expansão rápida da maxila é indicada para pacientes que ainda não atingiram a
maturação óssea e deficiência transversal da maxila (Canuto et al., 2010). Além da
consolidação óssea, a ERM também é contraindicada em paciente que possuem grandes
inclinações dentoalveolares para vestibular, perda óssea, grandes recessões, ausência dentaria
múltipla, mobilidade posterior e em adultos com maturação esquelética avançada (Rossi;
Araujo 2009).
Segundo Bishara e Staley (1987) a consolidação óssea não é o único fator do
insucesso no tratamento, mas também pode ser proveniente do tipo de expansor e ao
protocolo. O protocolo de ativação deverá ser recomendado de acordo a idade do paciente. O
sucesso do tratamento também irá depender da contenção, recomendado após o uso do
expansor (Cardoso, 2010).
Embora escolha de um expansor ideal seja difícil, Ferreira et al., (2007)
preconizou a utilização do expansor Hyrax, devido a sua facilidade na higienização,
questionando o disjuntor de Hass, considerando que o acrílico que cobria o palato impactaria
alimentos causando irritações na área (Bierdeman, 1968). A ativação do Hirax é similar ao
protocolo de Hass e até a completa ossificação da satura, a contenção deve ser utilizada.
(Ferreira et al., 2007).
Foi observado através dos estudos de Bierdeman (1968) uma tendência maior da
vestibularização nos molares superiores. Com intuito de controlar a verticalização sobre esses
dentes, deu-se início ao desenvolvimento do disjuntor de McNamara, no qual havia uma
cobertura de acrílico na oclusal (Bergamaso, 2015). A cobertura oclusal em acrílico, além de
funcionar como solução no sentido vertical, foram também observadas alterações das
dimensões transversais, pois, o acrílico funcionava como um biteblock, o que facilitava a
expansão e a correção das mordidas cruzadas anteriores (McNamara Junior; Brudon, 1993).
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Ilhéus, dezembro de 2023.
Nos estudos desenvolvidos por Asanza et al. (1997) não foram observadas
grandes diferenças clínicas entre os expansores de Haas e de Hyrax. Embora os estudos Kilic
et al (2008) demostrem que a expansão maxilar seja superior nos disjuntores de hyrax. Em
contrapartida, segundo Scanavini et al (14 2006), existe um maior risco de recidiva nos
expansores de hyrax em comparação aos expansores de Hass.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de possuírem diferença entre si, os três aparelhos propostos para expansão
rápida da maxila são igualmente eficientes, tornando-se um grande recurso para o ortodontista
que e que pode ser utilizado para o tratamento de problemas associados ao comprimento e do
arco e deficiências transversais maxilares, tendo como principias alterações dento-
esqueléticas a abertura da sutura palatina mediana, provocando aumento transverso da maxila.
REFERÊNCIAS
As Referências devem ser escritas conforme exemplos apresentados anteriormente (NBR
6023:2002).
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Ilhéus, dezembro de 2023.
BERGAMASCO, F. C. Expansão Rápida da Maxila. 2015. 41 p. Trabalho de Conclusão do
Curso (Graduação em Odontologia)–Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2015.
Disponível em: <http://www.uel.br/graduacao/odontologia/portal/pages/arquivos/TCC2015/
FERNANDO%20CAMPANA%20BERGAMASCO.pdf>. Acesso em: jun. 2023. OK
BIEDERMAN, W. A hygienic appliance for rapid expansion. JPO J Pract Orthod 1968
Feb;2(2):67-70.
KILIC, N.; KIKI, A.; OKTAY, H. A comparison of dentoalveolar inclination treated by two
palatal expanders. Eur J Orthod 2008 Feb;30(1):67-72
TIMMS, D. J. The dawn of rapid maxillary expansion. The Angle Orthodontist, São
Francisco. v. 69, n. 3, p. 247-250. 1999. Disponível em: <http://www.angle.org
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/doi/pdf/10.1043/0003-3219(1999)069%3C0247:TDORME%3E2.3.CO%3B2?code=angf-
site>. Acesso em: nov. 2023. Ok
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