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EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA COMO TRATAMENTO DA ATRESIA

MAXILAR

RAPID MAXILLARY EXPANSION AS A TREATMENT OF MAXILLARY ATHESIA

Clarice Riva Fernandes*


Leandro José de Souza Santos*
Leonardo Ferreira Silva*
Milena Márcia Macedo*
Philippe Paiva Reis*
Siddhartha Lopes de Fialho**

RESUMO

O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre expansão rápida da maxila,
ressaltando o uso dos aparelhos Hyrax e Haas. As discrepâncias maxilares são comumente
encontradas na clínica odontológica, como a atresia maxilar, que é uma deformidade
dentofacial caracterizada pelo estreitamento da arcada superior no sentido transversal,
resultando em uma relação não harmônica com a mandíbula e consequentemente uma oclusão
instável. Após o diagnóstico da atresia o objetivo terapêutico é a realização da disjunção
maxilar para ganho de dimensão transversal da maxila, ocasionando uma oclusão estável no
ponto de vista ortodôntico além de outras alterações relacionadas ao tipo facial, expansão
indireta da mandíbula, respiração nasal e ortopedia facial. Para a realização da disjunção
pode-se utilizar, dentre outras opções, o aparelho de Hyrax e de Haas que vão proporcionar a
ruptura abrupta da sutura palatina mediana na fase ativa do tratamento, e posteriormente vão
manter o espaço para que ocorra formação de osso no espaço gerado, ocasionando o ganho da
dimensão transversal necessária para cada caso. Conclui-se que a expansão rápida da maxila é
eficaz no tratamento da atresia maxilar e é indicada para pacientes que ainda não atingiram a
maturação óssea, não existe um consenso na literatura em relação ao protocolo de ativação, e
além disso, ambos os aparelhos não apresentam diferença significativa entre o início e o fim
do nivelamento, constatando até os dias atuais a eficácia de ambos para a realização da
expansão rápida da maxila.

Palavras-chave: Discrepâncias Maxilares. Atresia Maxilar. Sutura Palatina Mediana

* Acadêmicos do 8º Período do Curso de Odontologia da UNIVALE


** Especialista em Ortodontia.
Professor das disciplinas de Clínica Integrada e ESF da UNIVALE.

Endereço para correspondência:


Milena Márcia Macedo
Rua Alvorada, n° 56, Vila Bretas
Governador Valadares – MG- CEP
35030-032. Tel.: (31) 994721596
E-mail: mmm.lee@live.com
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ABSTRACT

The aim of this study was to review the literature on rapid maxillary expansion, highlighting
the use of Hyrax and Haas appliances. Maxillary discrepancies are commonly found in the
dental clinic, such as maxillary atresia, which is a dentofacial deformity characterized by
narrowing of the upper arch in the transverse direction, resulting in a nonharmonic
relationship with the mandible and consequently an unstable occlusion. After the diagnosis of
atresia, the therapeutic objective is to perform maxillary disjunction to gain transverse
dimension of the maxilla, causing a stable orthodontic occlusion and other facial type
changes, indirect jaw expansion, nasal breathing and facial orthopedics. . Performing the
disjunction, the Hyrax and Haas apparatus can be used, which will provide an abrupt rupture
of the midpalatal suture in the active phase of treatment, and subsequently maintain the space
for bone formation in the generated space, causing the gain of the transverse dimension
required for each case. It is concluded that rapid maxillary expansion is effective in the
treatment of maxillary atresia and is indicated for patients who have not yet reached bone
maturation. There is no consensus in the literature regarding the activation protocol, and in
addition, both devices do not present a significant difference between the beginning and the
end of the leveling, noting to the present day the effectiveness of both for the accomplishment
of the rapid maxillary expansion.

Key-words: Jaw Discrepancies. Maxillary atresia. Mid Palatal Suture

INTRODUÇÃO

O estudo das discrepâncias maxilares é uma área de grande interesse científico na


odontologia, uma vez que as desproporções da maxila são comumente encontradas na clínica
odontológica. Os pacientes nessas circunstâncias podem apresentar apinhamentos,
mobilidades ou múltiplas perdas dentárias, discrepâncias mandibulares, recessões gengivais,
sinusites de repetição, dificuldades respiratórias, além da respiração bucal. Desse modo, a
expansão rápida da maxila (ERM) é utilizada com o objetivo de corrigir, através da disjunção
palatina, o desenvolvimento maxilar (MCNAMARA, 2000; RAMIRES et al., 2008).
A atresia maxilar é definida como uma deformidade dentofacial caracterizada pelo
estreitamento da arcada superior no sentido transversal, que causa uma divergência em
relação à mandíbula. Frequentemente está relacionada a problemas respiratórios e fonéticos,
tendo como característica clínica o palato ogival, mordida cruzada posterior uni ou bilateral,
além do apinhamento dentário. Concluído o diagnóstico, o objetivo terapêutico é retornar a
uma oclusão normal com a perfeita intercuspidação dos dentes (BERGAMASCO, 2015;
CAPELOZZA FILHO e SILVA FILHO, 1997).
As atresias podem ser classificadas como dentária, quando as bases ósseas são bem
desenvolvidas, mas com apinhamento dos dentes, ou óssea quando as bases ósseas estão
comprometidas, podendo haver ou não apinhamento dentário (AZENHA e MACLUF FILHO,
2009). São antigas as observações de que a atresia maxilar é um fenômeno comum, e que nas
diversas fases de dentição não ocorre autocorreção, respaldando a intervenção precoce
(SILVA FILHO et al., 1994).
Com isso, a terapêutica de disjunção da maxila pode ser realizada através de aparelhos
expansores dentomucossuportados, como o de Haas ou ainda dentossuportados, como o de
Hyrax. Nesse processo de expansão ortopédica da maxila a sutura palatina mediana é
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rompida, nessa região posteriormente ocorrerá um reparo com formação de tecido conjuntivo
e novo osso (apud RUIZ, 2017).
É de suma importância que o profissional tenha o conhecimento dos resultados
estéticos decorrentes da ERM, pois a mesma pode ocasionar a diminuição da largura do
corredor bucal resultante do aumento da dimensão horizontal tanto do arco dentário superior,
quanto da maxila, assim gerando um resultado estético favorável para o paciente. Além disso,
outra alteração importante está relacionada à respiração do indivíduo que será sujeito à
terapêutica. Na maioria dos casos de atresia maxilar ocorre a associação com a respiração
bucal, uma vez que, os músculos peribucais e mastigadores podem exercer uma influência
sobre a maxila ocasionando o palato ogival, protrusão incisiva, entre outras características.
Tais fatores estão diretamente relacionados com a respiração, e o correto tratamento da
mordida cruzada posterior possivelmente reestabelecerá o equilíbrio morfo-funcional,
melhorando assim a capacidade respiratória do paciente (WILTEMBURG e FERREIRA,
2018; SOLIVA, 1998).
Com isso, o objetivo deste presente trabalho é realizar uma revisão da literatura sobre
expansão rápida da maxila, ressaltando o uso dos aparelhos Hyrax e Haas.

REVISÃO DA LITERATURA

Para que a oclusão se apresente de forma estável se faz necessária a perfeita


intercuspidação dos dentes, sendo assim, a forma da arcada dentária assume considerável
efeito na ação mastigatória, fonética e estética, exercendo também efeitos sobre a respiração e
harmonia facial. Desta forma, a desarmonia entre as estruturas dentárias, esqueléticas e
musculares pode gerar um desequilíbrio do sistema estomatognático. A atresia maxilar é uma
deformidade dentofacial caracterizada pelo estreitamento da arcada superior no sentido
transversal, ocasionando uma divergência em relação à mandíbula, sendo de origem
multifatorial e frequentemente associada a problemas respiratórios e fonéticos, a mesma
clinicamente pode gerar mordida cruzada posterior uni ou bilateral, apinhamento dentário e
palato ogival (BERGAMASCO, 2015; CAPELOZZA FILHO e SILVA FILHO, 1997).
As deformidades dentofaciais são comumente encontradas na clínica odontológica
possuindo uma prevalência de 8% a 23% na dentição decídua e 10% em pacientes adultos,
diante de consideráveis valores nota-se a importância da preparação do profissional para o
correto diagnóstico da atresia maxilar. Após a obtenção do mesmo, a meta terapêutica visa à
oclusão normal, onde a maxila e a mandíbula guardem uma relação harmoniosa entre si, tal
relação será obtida por meio da ERM (BERGAMASCO, 2015; CAPELOZZA FILHO e
SILVA FILHO, 1997; MACGINNIS, 2018).
O primeiro caso já relatado de disjunção rápida da maxila foi feito por Angell na data
de 1860. No caso foi verificada a abertura da sutura palatina mediana por meio de evidências
como, o alargamento da base óssea maxilar e a presença do diastema entre os incisivos
centrais superiores. Na época os estudos em relação a essa área ainda eram escassos, o que
limitou a aceitação de Angell. Dessa forma, séculos depois outros autores começaram a
explorar esse âmbito (apud USINGER e DALLANORA, 2018).
A terapêutica dos aparelhos expansores está relacionada à sutura palatina existente na
maxila, a força de ação dos mesmos tem o objetivo de romper abruptamente essa sutura no
processo de expansão ortopédica da maxila. Após ser rompida, por um processo fisiológico
do organismo ela se reorganiza para que ocorra um reparo do tecido conjuntivo e formação de
um novo osso (SILVA FILHO, 1987).
Com o aumento dos estudos várias frentes de pesquisa foram surgindo, alguns
pesquisadores consideravam o procedimento de alto risco como Angle e Case. Haas também
foi estimulado e passou a desenvolver estudos inicialmente em porcos e posteriormente em
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pacientes. Os resultados desses estudos desenvolveram o aparelho disjuntor de Haas, utilizado


até os dias atuais (BARBOSA, 2010).
O disjuntor de Hass é um aparelho dentomucossuportado, que divide as forças de
ativação entre dentes e palato, ele exerce a disjunção maxilar, melhorando assim a dimensão
transversal, o mesmo até o momento tem apresentado consideráveis resultados na correção
das más-oclusões classe III e pseudoclasse III, atresias maxilares mais graves e em pacientes
com insuficiência nasal (ALMEIDA et al., 2012; SILVA, 2012).
O aparelho ocasiona o aumento na largura do arco dentário e expansão palatina através
de um protocolo de ativação previamente estabelecido, e o sucesso do tratamento advém do
tempo de contenção, geralmente três meses com o disjuntor seguido de seis meses com a
placa de acrílico removível. Clinicamente essa expansão pode ser evidenciada pela abertura
gradativa do diastema presente nos incisivos centrais superiores (CAPELOZZA e SILVA,
1997; CARDOSO, 2010).
Com o tempo, notou-se uma desvantagem significativa na utilização do disjuntor de
Hass, que está relacionada à dificuldade de se manter uma boa higiene bucal durante seu uso,
então Biederman propôs o disjuntor de Hyrax, que como solução para o requisito da
higienização não apresenta a cobertura de acrílico no palato, facilitando a limpeza pelo
paciente (FERREIRA et al., 2007). Desta forma, o disjuntor de Hyrax proporcionou uma
melhora na higienização, no entanto, notou-se que nele existia uma tendência maior, quando
comparado ao disjuntor de Haas, de vestibularização dos molares ocasionada pela força de
ativação (BERGAMASCO, 2015; CARDOSO, 2010).
Para que se possa realizar a disjunção rápida da maxila alguns fatores devem ser
considerados, dentre eles a idade do paciente, amplitude das forças aplicadas, tipo de
expansor e contenção. Deve-se relacionar a idade com a maturação óssea para definir qual a
melhor técnica de expansão a se utilizar, nesses casos o melhor a se fazer é a correção precoce
da mordida por conta da formação óssea que ainda não ocorreu completamente, facilitando a
disjunção, além do fato de funcionar como uma reparação da guia de erupção dos
permanentes (NEVES et al., 2008; BELL, 1982). Outro benefício na realização da ERM está
relacionado ao ganho da largura transversal da maxila e as mudanças que a mesma irá
ocasionar na fisiologia respiratória. Existe uma conexão entre a cavidade nasal e a maxila,
logo, o aumento da dimensão transversal influencia diretamente na respiração nasal, também
promovendo mudanças de postura cervical e posição da cabeça, diminuindo a resistência de
entrada de ar e ocasionando a melhora na respiração (Baratieri et al., 2011; Capellette et al.,
2008; De Felippe et al., 2009; Halicioglu et al., 2010).
Além disso, o aumento do espaço da cavidade nasal vai permitir a melhora da saúde
nos tecidos intranasais e consequente melhora na saúde geral do indivíduo. Ocasionando
ainda uma diminuição na incidência de secreção nasal, melhora na audição, rinite alérgica,
melhorias na fala, no desempenho das atividades diárias e no sono, ou seja, está intimamente
ligada a uma melhora na qualidade de vida (WILTEMBURG e FERREIRA, 2002).
Após a ruptura da sutura palatina mediana, a terapêutica de disjunção segue o processo
de contenção para que haja a neoformação óssea, esse processo deve ser acompanhado para
que o profissional saiba o momento correto de retirada do aparelho. Esse acompanhamento é
realizado através de radiografias oclusais da maxila onde o nível de formação óssea na sutura
vai ser avaliado, assim que a sutura nova estiver completamente ossificada, o aparelho poderá
ser removido. Em alguns casos, o profissional opta por logo após remover o aparelho utilizar
uma contenção removível para minimizar os efeitos de recidiva (SILVA FILHO et al., 2008).
Um ponto importante que deve ser considerado pelo profissional ao realizar a ERM é
o tempo que a sutura palatina mediana levará para se reorganizar estruturalmente, por conta
da estabilidade dos resultados da terapêutica após o tratamento. O estudo afirma que é
necessário pelo menos três meses para a completa neoformação óssea da sutura palatina
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mediana. Um levantamento realizado em crianças no Curso de Ortodontia Preventiva e


Interceptativa da Profis, obteve como resultado que de cada quatro crianças que haviam se
submetido a ERM na dentição decídua, uma teve que passar novamente pelo processo,
mostrando uma quantidade considerável de recidiva após o tratamento. Na figura 1 será
possível observar a disjunção maxilar e a neoformação óssea através das radiografias oclusais
realizadas do início ao final do tratamento (SILVA FILHO et al., 2008).
Figura 1: sequência radiográfica para acompanhamento da ossificação da sutura palatina mediana. Antes do
processo de disjunção (A); Após a fase ativa da expansão (B); No período de contenção (C-G).

Fonte: SILVA FILHO et al. 2008


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A ativação ortopédica ocasionada pelo disjuntor ocorre através de forças direcionadas


aos suportes do aparelho que vão exceder o limite ideal para a movimentação dentária, o que
promoverá o rompimento da sutura e ganho na dimensão transversa da maxila. Para
realização da ERM foi proposto um protocolo de ativação estabelecido por Haas, no qual, em
pacientes com até 14 anos de idade, são estabelecidas quatro ativações iniciais e duas
ativações diárias; para pacientes de 15 a 18 anos, duas ativações iniciais e uma ativação
diária; entre 20 e 25 anos, uma ativação inicial e outra em dias alternados; acima de 25 anos, o
protocolo é o mesmo que o dito anteriormente, porém se torna necessária uma maior cautela,
e em caso de desconforto relatado pelo paciente, deve-se utilizar o protocolo com apenas duas
ativações semanais. (HAAS, 1961; HAAS, 1970).
O limite de força estabelecido deve ser respeitado pelo profissional, pois o excesso
delas em pacientes que possuem o aparelho dentomucossuportado ou osseossuportado pode
ocasionar úlceras ou áreas de necrose da mucosa palatina, uma vez que o seu suporte está na
região e a força gerada possivelmente ocasionará isquemia local, como pode ser observado
nas figuras 2 e 3. A falta de circulação sanguínea pode gerar lesões na região que só irão
regredir a partir do momento em que o fator causador for retirado, prejudicando o progresso
da terapêutica (CONSOLARO, 2009; SANTOS 2014).

Figura 2 e 3: ulcerações na mucosa palatina, correspondentes as áreas de compressão da parte acrílica do


disjuntor palatino.

Fonte: CONSOLARO et al., 2009


Ainda em relação à amplitude das forças de ativação, deve-se ter o conhecimento de
que quando se atinge o final do crescimento ativo fisiológico as forças necessárias para
romper a sutura palatina mediana são significativamente altas, podendo ocasionar dor,
fenestração radicular (aparelhos dentossuportados) ou necrose da mucosa palatina (aparelhos
dentomucossuportados). Nesses casos, pode-se associar o processo de disjunção a um
procedimento cirúrgico, designado expansão cirurgicamente assistida, a mesma vai romper a
sutura e permitir a disjunção sem esses efeitos colaterais (CAPELOZZA FILHO et al., 1994).
Além da expansão cirurgicamente assistida como auxiliar no tratamento executado
com tipos variados de expansores, atualmente ocorreu um crescimento no uso dos
denominados mini-implantes, que tem como vantagem a prevenção da vestibularização dos
dentes posteriores superiores já que a força de ativação que existia anteriormente sobre eles é
colocada sobre o implante. Sua instalação é feita de maneira minimamente invasiva, não
possui riscos de fratura radicular e, além disso, é uma técnica de custo acessível (LUDWIG et
al., 2010; YILMAZ et al., 2015).
A morfologia da face é determinada pela posição da maxila em relação à mandíbula, e
a harmonia entre elas vai garantir uma oclusão funcional e uma estética agradável. A
expansão maxilar não vai gerar somente uma mudança nos ossos da face, mas também na sua
musculatura, promovendo uma tração muscular na direção necessária. A correção da
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dimensão transversal do arco superior vai propiciar a expansão indireta do arco inferior (apud
LIMA FILHO, 2009).
Após a expansão maxilar vai ocorrer uma redução nas forças oclusais que incidem nos
dentes inferiores, fazendo com que a arcada responda as forças musculares que incidem sobre
ela. Os músculos bucinadores que estão ligados a essa base vão se distanciar dos dentes
posteroinferiores, diminuindo a pressão da musculatura sobre a face vestibular dos elementos
dentários, tornando a pressão lingual maior, promovendo então essa expansão do arco inferior
(HAAS, 2000; LIMA et al. 2004).

Relato de caso

Para ilustrar como ocorre o diagnóstico da maloclusão e posterior tratamento através


da técnica de ERM será descrito a seguir um caso clínico realizado na Faculdade de
Tecnologia do IPE (FAIPE).
Paciente M.M.S. 16 anos de idade, procurou o curso de especialização de ortodontia
da FAIPE, com o objetivo de realização do tratamento ortodôntico. Após o pedido da
documentação, a paciente foi diagnosticada com perfil equilibrado, ausência de selamento
labial, atresia de maxila com mordida cruzada posterior do lado direito e relação classe I de
canino. Além disso, foi possível identificar que a paciente possuía elemento 46 comprometido
e dente 12 fortemente lingualizado.
Para este caso, foram propostas duas opções de tratamento: a primeira de disjunção da
maxila com aparelho Hyrax e reabilitação com implante dentário na região do elemento 46 e a
segunda opção consistindo na disjunção da maxila com aparelho Hyrax associado ao
fechamento de espaço na região do elemento 46 com auxílio de mini parafuso entre os dentes
44 e 45 para mesialização dos elementos dentários 47 e 48. A paciente optou pela segunda
opção. O tratamento teve início no dia 13 de maio de 2015, com a instalação do aparelho
Hyrax, e ativação por 10 dias de ¼ de volta de manhã e ¼ de volta à tarde.
Concluída a ativação, a paciente retornou e foi feita a solicitação de radiografia oclusal
e periapical juntamente com o travamento do aparelho Hyrax para contenção durante 3 meses.
Após esse período, foi removido o aparelho Hyrax e instalada a barra palatina por mais 6
meses para manter a disjunção. A partir disso foi iniciado o tratamento com aparelho fixo com
o objetivo de alinhamento e nivelamento.
Figuras 4, 5 e 6 - Fotos intrabucais iniciais

Fonte: RUIZ et al., 2017


Figuras 7 a 9 - Fotos intermediarias do tratamento

Fonte: RUIZ et al., 2017


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Figura 10 - Foto oclusal com uso do aparelho Hyrax

Fonte: RUIZ et al., 2017

Figuras 11 a 13 - Fotos com uso do aparelho fixo, após a disjunção da maxila

Fonte: RUIZ et al., 2017

Figura 14 - Foto oclusal com uso da barra palatina para contenção


durante 6 meses

Fonte: RUIZ et al., 2017


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DISCUSSÃO

Brinder (2004), Ngan et al. (1998) e Hoppe et al. (2019) estão de acordo que uma
deficiência no sentido transversal da maxila é conhecida como atresia maxilar, ou seja,
quando se tem uma diminuição nesse sentido, podendo ser uni ou bilateral e é de origem
multifatorial. Essa atresia pode causar apinhamento dentário, palato ogival, mordida cruzada
posterior e também um desequilíbrio funcional, ocasionando uma assimetria facial.
A ERM resulta não apenas em um efeito ortopédico, mas também gera um efeito
ortodôntico de movimentação dentária para o sentido vestibular na fase ativa do tratamento,
sendo necessária uma sobrecorreção para melhora da oclusão, de acordo com Câmara (2019)
e Ferreira (2007).
Cardoso (2010) e Bergamasco (2015) objetivam que o disjutor de Hyrax possui maior
tendência para vestibularização dos dentes posteriores na realização da ERM, quando
comparado ao disjuntor de Haas.
Segundo Ferreira (2007) e Silva Filho et al. (1994) pelo fato do disjuntar de Haas ser
de difícil higienização Biederman propôs o disjuntor de Hyrax que não possui a cobertura de
acrílico no palato, fazendo com que a higienização seja facilitada.
Ao realizar a ERM deve-se ficar atento ao utilizar os aparelhos dentomucossuportados
por conta da possibilidade de gerar úlceras ou áreas de necrose na mucosa palatina durante o
período de ativação, segundo Capelozza Filho et al. (1994), Consolaro et al. (2009) e Santos
et al. (2014). Para Bell (1982) e Moyers (1987) é melhor que se realize a técnica de ERM
precocemente, uma vez que a mesma devolverá o redirecionamento normal para erupção dos
dentes permanentes e favorecerá uma oclusão normal. Entretanto, Rabelo et al. (2002)
afirmam que na literatura não existe uma concordância sobre qual é a idade fixa a ser
estipulada para a realização da ERM.
O insucesso não vem somente da faixa etária, mas também está correlacionada a
fatores de risco, dentre eles o tipo de expansor e o tempo de ativação utilizado em cada caso,
de acordo com Bishara e Staley (1987).
Pastori et al. (2008) preconiza que a idade para realização da ERM na literatura possui
grande variação, sendo a mais aceita de 14 anos de idade em mulheres e 16 anos de idade em
homens. Segundo Consolaro et al. (2008), Malmström e Gurgel (2007) a realização da ERM
em pacientes adultos é ineficaz pelo fato de o pico de crescimento já ter sido ultrapassado.
Neves et al. (2008) observaram uma facilidade maior ao trabalhar com pacientes ainda na fase
puberal, até 13 anos de idade, podendo realizar até aos 18 anos por conta da não consolidação
da maturação óssea. Porém Chamberland et al. (2008) afirmam obter sucesso com a faixa
etária entre 15 e 54 anos.
O protocolo de ativação recomendado dependerá da idade do paciente. Linder et al.
(1979) e Wertz (1970) implica em acionar o parafuso em uma volta completa por dia, com 2/4
de manhã e 2/4 à tarde, durante o período de 1 a 2 semanas, dependendo da magnitude da
atresia maxilar. Capelozza et al. (1997) afirma que além do protocolo descrito anteriormente,
pode-se utilizar ¼ de volta pela manhã e ¼ de volta à noite. Caldas (2019) recomendou a
realização de ativações de ¼ de volta a cada doze horas, durante o período de quinze dias.
Stuart et al. (2003) e Persson e Thilander (1977) afirmam que a ossificação da sutura
palatina mediana pode se iniciar no período juvenil, porém ainda não existem estudos que
possam estabelecer o período etário em que vai ser iniciado ou finalizado esse processo. No
entanto, outros autores chegaram a conclusão que um grau avançado de fechamento da sutura
raramente vai ser encontrado até os 30 anos de idade.
Imediatamente após a disjunção maxilar começa a ossificação da sutura palatina
mediana. Em trabalhos histológicos, há evidencias de ossificação após quinze dias de
tratamento, porém após a observação das imagens radiográficas foi possível observar que a
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ossificação não se completou até o terceiro mês, segundo Brin (1981), Cleall et al. (1965) e
Starnbach et al. (1966). Walters (1975) afirma que é necessário no mínimo seis meses para a
completa ossificação da sutura palatina mediana.
O expansor Hyrax é o mais indicado tanto para a técnica de expansão rápida da maxila
cirurgicamente assistida quanto para a ERM, considerando o fato da facilidade maior em
relação a higienização da cavidade, e por promover menores danos a mucosa palatina,
afirmam Ferreira et al. (2007) e Rossi et al. (2009).
Baratieri (2011), Capellette (2008), De Felippe (2009), Halicioglu (2010), Wiltemburg
et al. (2002) relatam que a ERM vai ocasionar mudanças no sistema respiratório devido a
relação existente entre maxila e cavidade nasal. Afirmam também que por conta do ganho de
dimensão transversal na maxila a entrada de ar será facilitada.
Garib et al. (2005), Claro et al. (2006) e ) e Lagravere et al. (2010) afirmam que o
aparelho de Hyrax possui um aumento interdental maior entre molares e pré-molares e um
aumento transversal posterior.
Segundo Scanavini et al. (2006), Almeida et al. (2012) e Asanza et al. (1997) não há
diferença significativa entre o aparelho de Hass e Hyrax no tratamento de disjunção, pois não
foi possível verificar diferença entre o inicio do tratamento até o fim do nivelamento. Porem,
Oliveira et al. (2004) acreditam que os expansores dentomucossuportados garantem maiores
resultados ortopédicos do que os dentossuportados.

CONCLUSÕES

De acordo com a literatura consultada conclui-se que:


● A expansão rápida da maxila é eficaz no tratamento da atresia maxilar com o uso do
aparelho de Hyrax e de Haas;
● A ERM está indicada para pacientes com maturação óssea incompleta, não existindo uma
concordância na literatura quanto à melhor idade para o tratamento;
● Entre os autores citados não existe um consenso sobre o protocolo de ativação a ser
utilizado;
● Os efeitos da ERM vão além de simplesmente ortodônticos, estão relacionados com o tipo
facial, respiração, ortopedia e qualidade de vida, demonstrando a importância do
acompanhamento multiprofissional durante o processo de realização da terapêutica;
● Atualmente não existe na literatura um consenso que possa descrever entre os aparelhos de
Hyrax e de Haas qual seria o mais eficaz para a realização da ERM.

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