Você está na página 1de 3

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS

Disciplina: Próteses e órteses


Nome: Sandy Fernandes de Oliveira
Profª: Kênia Carvalho Coutinho

1. Registrar as orientações e/ou as órteses mais indicadas para cada patologia a


seguir:
- Fascite plantar;
ORIENTAÇÕES OU ÓRTESES:
Como tratamento, recomenda-se o uso de palmilhas de contato total com apoio do
arco longitudinal, calçados com solados anti-impacto e tratamento fisioterapêutico,
como crochetagem mioaponeurótica para reorganização dos tecidos locais.

- Esporão do calcâneo;
ORIENTAÇÕES OU ÓRTESES:
Nos casos de pés neutros, pode-se indicar calcanheiras acomodativas para alívio
local.
Essas órteses, chamadas de calcanheiras, podem ser puramente acomodativas, como
as en-contradas pré-fabricadas em lojas ortopédicas e esportivas, ou confeccionadas
sob medida, que apresentam apoio em borda lateral e posterior e alívio em borda
medial na região da tuberosidade medial do calcâneo. Esse tipo de órtese é chamada
de calcanheira com “U” assimétrico. É recomendado
orientar os pacientes a não caminhar descalço e utilizar calçados com saltos de 1,5-
2,0 cm para projetar anteriormente o centro de massa corpóreo. Pacientes com pés
planos ou cavos devem utilizar palmilhas customizadas com contato total e alívio na
região do calcâneo e realizar tratamento fisioterapêutico para alongamento da
musculatura plantar e combate ao processo inflamatório

- Metatarsalgia;
ORIENTAÇÕES OU ÓRTESES:
Esses pacientes devem evitar calçados estreitos e com saltos altos. Atividades de
impacto
com o antepé também devem ser suspensas. Nesses casos, indica-se o uso de
palmilha com apoio retrocapital central visando elevar o arco transverso anterior e
diminuir a pressão sobre a cabeça dos metatarsos centrais. Outra alternativa é a
utilização de calçados com solados rígidos e rocker anterior. Em algumas situações,
o procedimento cirúrgico é indis-pensável

- Síndrome de Charcot-Marie-Tooth;
ORIENTAÇÕES OU ÓRTESES:
Tratamento ■
Órtese plantar de contato total para apoio e proteção. Calçados com solados
biomecânicos.
Andador ou bengalas para redução de peso.
■ Meias de fibras naturais (algodão e lã) que sejam absorventes. ■
Amputação para os pacientes com deformidades graves e ulcerações infectadas que
não
respondem ao tratamento conservador.

- Hálux valgo;
ORIENTAÇÕES OU ÓRTESES:
O pé plano é caracterizado pelo desabamento parcial ou total do arco longitudinal
me-dial.
Análises simples, como o teste da ponta de pé, que permite analisar a correção do
arco plantar e a mobilidade subtalar, e o teste de Jack, no qual se observa a correção
do arco plantar quando se faz a extensão passiva do hálux (dedão), auxiliam na
classificação do pé plano. Geralmente, encontra-se nos pés planos um retropé
aduzido e pronado e um antepé
abduzido e supinado. Pacientes obesos, com frouxidão ligamentar e hipotônicos
geralmente apresentam pés pronados

- Discrepância no comprimento dos membros inferiores.


ORIENTAÇÕES OU ÓRTESES:
As compensações dos encurtamentos dos membros inferiores podem ser realizadas
por
meio de órteses plantares ou compensações externas aos calçados.
A indicação de órtese para encurtamento será específica para adultos e crianças. Nas
crianças que apresentam encurtamentos reais, deve-se compensar três quartos da
diferença de altura dos membros e reavaliar a criança com frequência, observando
alterações postu-rais significativas. Nos adultos, compensa-se encurtamentos a partir
de 0,8 cm quando houver queixas clí-nicas, como claudicação, fadiga muscular, dor
e desequilíbrio postural significativo. Pacien-tes com encurtamentos menores que
0,8 cm geralmente são assintomáticos e apresentam adaptações posturais.
Encurtamentos de 0,8-1,5 cm devem ser compensados com palmilhas 3/4, as quais
se-rão utilizadas dentro dos calçados fechados ou fixas em calçados abertos. É
importante que essas palmilhas respeitem os arcos longitudinal medial e lateral, ou
seja, não se deve simplesmente colocar uma calcanheira para compensação de um
encurta-mento, sobretudo se o paciente apresentar um pé cavo. Deve-se ter cuidado
com o aumento de pressão sobre os metatarsos. Para encurtamentos maiores de 1,5
cm, deve-se compensar parte da diferença dentro do
próprio calçado, e o restante, com plataforma fixada externamente ao solado. Para
compen-sações maiores que 4,0 cm, é necessário ter no solado uma angulação em
antepé ao nível da articulação metatarsofalangiana para facilitar a deambulação. Nos
casos de grandes encur-tamentos, deve ser discutida a confecção de uma
ortoprótese, visando maior funcionalidade e ganho estético

REFERÊNCIA: CARVALHO, José André. Órteses: um recurso terapêutico


complementar. 2. ed. Barueri: Manole, 2013. 376 p.

Você também pode gostar