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1 INTRODUÇÃO
A expansão rápida da maxila (ERM) vem sendo utilizada ao longo dos anos
com o objetivo de corrigir a deficiência transversal da maxila nos pacientes em fase
de crescimento, é definida como procedimento de abertura e separação da sutura
palatina mediana, por meio de um aparelho disjuntor ativada sob uma força em um
determinado tempo (HASS, 1961). Porém nem sempre é possível alcançar essa
expansão, pois em pacientes adultos já existe a ossificação e maturação da sutura
mediana o que torna um fator determinante em casos de insucesso no tratamento de
disjunção (SOARES et al., 2011).
Ao diagnosticarmos dimensões transversais da maxila reduzidas, podemos
observar características como mordida cruzada posterior, que pode ter origem
dentária (normalmente afetam ou dois dentes) ou esquelética (afetam mais dentes,
maxila deficiente). Essa discrepância de origem esquelética é resultado de
desenvolvimento errado, falta de estímulo de desenvolvimento na largura da base da
maxila, hábitos parafuncionais, causando então uma diferença negativa das medidas
do arco superior em relação ao arco inferior. (SANTA’ANA; GURGEL, 2006).
Segundo Franco et al. (2008) para um correto diagnóstico é necessário manipular o
paciente em relação cêntrica, telerradiografias frontais e a avaliação dos modelos de
estudo da relação dos caninos em oclusão a fim de diagnosticar se a mordida
cruzada é relativa ou absoluta.
A recuperação da deficiência transversal é indispensável para o tratamento
ideal de diversos tipos de más oclusões, diante de um diagnóstico de uma arcada
maxilar esqueleticamente atrésica, o tratamento de escolha é a expansão ortopédica
da maxila, envolvendo a separação da sutura palatina mediana (RIBEIRO et al.,
2010).
Em pacientes jovens, sem maturidade da sutura palatina, a ERM pode ser
realizada por meio de um aparelho disjuntor que pode ser do tipo Hyrax ou Hass.
Para confirmar a separação da sutura palatina, decorrente das ativações regulares,
e até alcançar a expansão desejada é necessário o abrir diastema entre os incisivos
centrais que pode ser confirmado através de radiografias oclusais (FRANCO et al.,
2008).
Vários disjuntores palatinos podem ser usados, dentomucossuportado que é o
do tipo Hass, muco-ósseosuportado que é fixado com mini-implantes. A idade do
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2 OBJETIVO
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A
Figura 1: A) Reconstrução tridimensional oclusal da maxila a partir da tomografia computadorizada, a
sutura palatina mediana fechada. B) Recostrução tridimensional da maxila a partir da tomografia
computadozizada,demonstrando a sutura palatina mediana aberta.
Fonte: Ribeiro et al. (2010).
Figura 2: Schematic drawing of the maturation stages observed in the midpalatal suture. It is a
simplification of the sutural morphology and should not be used for diagnosis. Sutural morphology can
vary between stages, and diagnostic criteria are based on the decision tree in B) and the definitions
of the 5 stages, B) Decision tree for classification of the maturation stages of the midpalatal suture.
Fonte: Angelieri et al. (2013).
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Figura 3 :Desenho esquemático dos estágios de maturação observados na sutura palatina mediana.
É uma simplificação da morfologia das suturas e não deve ser utilizado para o diagnóstico. Morfologia
sutural pode variar entre os estágios, e os critérios diagnósticos são baseados em árvore de decisão
em B) e as definições das cinco etapas, B) Árvore de decisão para a classificação dos estágios de
maturação da sutura palatina mediana.
Fonte: Angelieri et al. (2013).
Figura 7: Componentes do aparelho para ERMAI: A) implantes de titânio, B) parafuso para fixação,
C) anel intermediário de aço, D) expansor tipo Hyrax e E) bandas.
Fonte: Garib et al. (2007)
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Figura 10: Aparelho para ERMAI instalado. Notar sistemas de ancoragem instalados sobre os
molares e implantes.
Fonte: Garib et al. (2007).
Figura 14: A) Before treatment. B) Immediately after expansion. C) Four months after expansion.
A) Antes do tratamento. B) Imediatamente após expansão. C) Quatro meses após expansão.
Fonte: Garib et al. (2008).
Iida et al. (2008) propôs uma ERMAO utilizando um parafuso expansor tipo
Hyrax ancorado em quatro mini-implantes no palato (FIGURA). E afirma que o
protocolo proposto é de fácil instalação e proporciona uma boa estabilidade, já que
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possui ancoragem óssea. A instalação dos mini-implantes, que não podem entrar
em contato com as raízes dos dentes, são feitas após as osteotomias laterais da
maxila, das placas pterigoideas, da parede nasal lateral e osteotomia sargital. Após
uma semana de período de latência, o disjuntor é ativado 1mm por dia até atingir a
expansão desejada e então colocada uma barra lingual como contenção para
manter a expansão. A inflamação do palato é evitada por resinas que são colocadas
recobrindo os parafusos após sua instalação. O tratamento ortodôntico pode ser
iniciado após três meses (Figura 15).
Figura 15: The positions of the screw insertion into palatal bone are determined on the dental cast
model prior to the operation to avoid the damage for dental root.
Fonte: Iida et al. (2008).
Figura 16: Fabrication and application of the MARPE: A)fabrication on the cast; B-D) placement of
the appliance and expansion procedure for 6 weeks;E) after consolidation and arch alignment at 10
months.
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Figura 23
Fonte: Suzuki (2014).
Figura 24
Fonte: Suzuki (2014).
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. Figura 25
Fonte: Suzuki (2014).
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4 DISCUSSÃO
Após estudos realizados em crânio humano seco, Garib et al. (2007), afirmam
que e expansão rápida ancorada em implantes poderá potencializar a eficiência da
expansão ortopédica e reduzir o custo periodontal dos procedimentos de expansão
convencional, porém alguns detalhes precisam ser cuidadosamente avaliados:
Limites do seio maxilar devem ser identificados e bem estudados durante
planejamento;
A posição das raízes pode dificultar a escolha da posição do implante;
A densidade óssea do palato pode ser um fator de risco se não houver
planejamento, domínio da técnica, deve-se aumentar o travamento do implante
em áreas mais densas, para posteriormente suportar carga durante a disjunção;
Em estudo realiza por Garib et al. (2008) onde foi realizado expansão em uma
paciente de 14 anos com mordida cruzada posterior unilateral utilizando disjuntor
tipo Hyrax, dois implantes palatinos e ancoragem em dois molares permanentes
houve expansão maxilar eficaz ,a proporção de expansão das bases ósseas e
ativação do parafuso era semelhante ao do convencional que apoia-se em
dentes, porém houve significativamente menos vestibularização dos dentes
posteriores, sendo assim o procedimento reduziu o risco de problemas
periodontais. O aparelho ficou em uma região mais posterior do palato por em
relação aos aparelhos convencionais e por ser uma região mais resistente a
separação da sutura era necessário mais força para abrir a sutura (HASS, 1961) por
isso a expansão foi concluída após doze dias de expansão enquanto os aparelhos
convencionais geralmente abrem a sutura após doze dias de ativação.
Soares et al. (2011) comparou dois tipo de disjunção com aparelho tipo
Hass em um paciente com maturidade óssea avançada , no primeira tentativa
utilizou aparelho tipo Hass e a sututa palatina apresentou-se resistente à força da
disjunção, na segunda tentativa foi usado um aparelho tipo Hass modificado com
barras laterais fundidas e fixado com mini-implantes , então a sutura mediana foi
rompida mostrando que tal dispositivo associado a mini-implantes, muco-
ósseosuportado, é uma opção tratamento de sucesso para paciente com
maturidade óssea.
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4.2.1 Dentários
4.2.2 Inclinação
4.2.3 Etrusão
aplicadas pelo aparelho são transmitidas diretamente para o osso alveolar (IIDA et
al., 2008).
Na expansão proposta por Lida et al. (2008) os autores afirmam que este
dispositivo contribuiu para tratamento de adultos com problemas periodontais, pois a
ancoragem do expansão é independente da saúde periodontal, porém a
desvantagem é que antes da ativação é necessário fazer uma osteotomia e menos
estabilidade durante a consolidação periodontal.
Sant’na e Gurgel (2006) afirmam que a ERMAC preserva a saúde periodontal,
melhora a respiração nasal e estética facial, pequena mobilidade trans e pós-
operatória e estabilidade a longo prazo.
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5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARIB, D. G. et al. Rapid maxilary expansion using palatal implants. JCO, v.42, n.
11, p. 665-671, nov., 2008.
HASS, A. J. Rapid expansion of the maxillary dental arch and cavity by opening the
midpalatal suture. Angle Orthod, Appeton, v. 35, n. 2, p 73-90, 1961.
LIONE, R.; FRANCHI, L.; COZZA, P. Does rapid maxillary expansion induce adverse
effects in growing subjects? Angle Orthod., v.83, n. 1, p. 172-182, Jul. 2012.