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Patologia e Reforço em

Estruturas de Concreto Armado


Prof. Ivan Francklin Junior
Ementa: Inferências não detectadas, Condições de exposição, Manifestações patológicas mais
frequentes, Diagnóstico, Prognóstico (previsão baseada no diagnostico) e Terapia (tratamento).
Profilaxia (prevenção), Recuperação e Reparo. Análise de projeto para recuperação, reformas e
ampliações. Patologia das estruturas de concreto. Reforço de pilares, vigas e lajes de concreto armado.
Metodologia da análise patológica. Equipamentos e instrumentos para inspeção das patologias.

Bibliografia Básica:
• Andrade Perdix, M.C., 1992. Manual para diagnóstico de Obras Deterioradas por Corrosão de
Armaduras. São Paulo: Pini.
• Cánovas, M.F., 1988. Patologia e Terapia do Concreto Armado. São Paulo: Pini.
• RIPPER, THOMÁZ; SOUZA, VICENTE C.M. de. Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas
de Concreto. São Paulo: Editora Pini, 2001. 255 p.

Bibliografia Complementar:
• TOMÁZ, Ércio. Trincas em Edifícios - Causas, Prevenção e Recuperação. São Paulo: Editora Pini,
2002. 194 p.
• Mehta, P.K., Monteiro, P.J.M., 2008. Concreto: Estrutura, Propriedades e Materiais. São Paulo: Pini.
• Helene, P.R.L., 1986. Corrosão em Armaduras para Concreto Armado. São Paulo: Pini/Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT)
Procedimentos avaliativos

• Etapa 1 – questões de múltipla escolha utilizando o


aplicativo Zip Grade (Valor 25 pts)
• Etapa 2 – Apresentação de seminário e entrega de artigo
(Valor 30 pts)
• Etapa 3 – Visitas Técnicas e Práticas Laboratoriais. (10 pts)
Temas seminários
Tema 1 : Carbonatação do concreto; (Julia e Jeferson)
Tema 2 : Ataque por cloretos em estruturas de C.A.; (Gabriele e Erick)
Tema 3 : Patologias provocadas por sulfatos; (Gustavo e Larissa)
Tema 4 : Reação álcali-agregado; (Luis Henrique e Deise)
Tema 5 : Técnicas de recuperação e reforço em estruturas de C.A.; (Felipe e Thiago Nogueira)
Tema 6 : Técnicas de recuperação e reforço em estruturas de C.A.; (Guilherme e Pedro)
Tema 7 : Técnicas de inspeção das estruturas de C.A. – Ensaios destrutivos; (Carol e Ramon)
Tema 8 : Técnicas de inspeção das estruturas de C.A. – Ensaios não destrutivos; (Thales e Mario)
Tema 9 : Métodos de investigação da microestrutura da concreto; (Kener e Renan)
Tema 10 : Lixiviação e Fluorescência do concreto; (Isadora e Cleycielen)
Tema 11 : Causas de fissurações de natureza física em estruturas de concreto armado. (Thiago e Carlos)
TÓPICOS DE ESTUDO
• Estrutura Interna do Concreto;
• Patologias em Estruturas de Concreto Armado;
• Durabilidade do Concreto e Aço;
• Recuperação e Reforço em Estruturas de
Concreto Armado;
• Técnicas de Inspeção das Estruturas.
Concreto : Estrutura Interna
CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA
Constituída pelo tipo,
ESTRUTURA quantidade, tamanho,
forma e pela
distribuição das fases
presentes em um sólido.
Macro Nano/Micro (Mehta e Monteiro, 2008)
§ Macroestrutura

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


– estrutura visível a olho nu (1/5 mm = 200 ㎛)
§ Microestrutura

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


● porção aumentada
microscopicamente de uma
macroestrutura
(aumento de 105 vezes)

MEV
CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA
§ O AGREGADO
A estrutura da pasta na vizinhança de partículas de
agregado graúdo é, comumente, muito diferente da
estrutura da matriz de pasta.

• Terceira fase zona de transição


região interfacial entre as partículas de
agregado graúdo e a pasta (10 a 50 ㎛)

● geralmente + fraca do que as outras duas fases


● influência direta no comportamento mecânico do concreto
§ Cada fase é de natureza multifásica

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


– agregados – matriz de pasta e zona de
• vários minerais transição
• microfissuras • distribuição heterogênea de
fases sólidas (diferentes tipos e
• vazios quantidades)
• poros
• microfissuras
§A estrutura do concreto não permanece estável

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


(não é uma característica intrínseca do material)
a matriz da pasta e a zona de transição estão sujeitas a
modificações
CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA
Microestrutura da fase Agregado

§ Fase agregado
– Mais resistente do que as outras duas fases (pouca
influência na resistência do concreto convencional/normal)

§ Fase agregado é principal responsável pela:


● massa unitária do concreto
Influência da:
● módulo de elasticidade do concreto Densidade e Resistência
do agregado.
● estabilidade dimensional do concreto
Visual
Análise

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


ESTRUTURA DA FASE AGREGADO

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


§ As características físicas do agregado que têm influência nas
propriedades do concreto, são:
–volume
–tamanho
–porosidade
–forma
–textura

§ Características químicas são menos importantes no


comportamento mecânico do concreto convencional/normal, porém
o conhecimento da mineralogia é essencial para prevenir patologias
como a RAA, por exemplo.
§ O tamanho e a forma do agregado graúdo podem afetar a

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


resistência do concreto de forma indireta.

Partículas grandes, alongadas e chatas do


agregado graúdo
Tendência da água exsudada
internamente acumular-se na
vizinhança destas partículas
Enfraquecimento da zona de
transição pasta-agregado

Mehta e Monteiro (2008)


Estrutura da zona de transição do concreto

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CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA
§ Hidratação da pasta de Cimento Portland

3 HORAS 10 HORAS
§ Hidratação da pasta de Cimento Portland - (aos 28 dias)

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Grãos de Hadley, com formação da Portlandita precipitada em forma de
etringita em placas de placas em meio ao C-S-H
monosulfaluminato, cercado por C-S-H Silva e Cincotto (2001)
CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA
Estrutura da Zona de Transição
CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA
ESTRUTURA DA PASTA
ENDURECIDA

§ Resultante das reações químicas


entre os minerais do cimento Portland
(cálcio, sulfato, aluminato e íons
hidroxilas) e a água

§ As fases não são uniformemente


distribuídas e nem são uniformes em
tamanho e morfologia
Mehta e Monteiro (2001)
CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA
Sólidos na pasta de cimento endurecida

§ São quatro as principais fases sólidas da pasta de cimento

● Silicato de cálcio hidratado (C-S-H)


● Hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) - portlandita
● Sulfoaluminatos de cálcio hidratado (C-A-S-H) - etringita
● Grãos de clínquer não hidratado
Sólidos na pasta de cimento endurecida

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– Silicato de cálcio hidratado
(C-S-H)
● 50 a 60% do volume de
sólidos da pasta
● não é um composto bem
definido
● Principal componente pela
resistência mecânica
Sólidos na pasta de cimento endurecida

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– Hidróxido de cálcio
(Ca(OH)2) - Portlandita
● 20 a 25% do volume de
sólidos da pasta
● Cristais grandes (prismas
hexagonais)
● Contribuição para
resistência limitada
Sólidos na pasta de cimento endurecida

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– Sulfoaluminatos de cálcio
hidratado (C-A-S-H) -
etringita
● 15 a 20% do volume de
sólidos da pasta
● a presença de
monossulfato hidratado
torna o concreto
vulnerável ao ataque por
sulfatos.
Sólidos na pasta de cimento endurecida

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


Grãos de Hadley (Clinquer não
hidratado)
Podem ocorrer na microestrutura
da pasta

Monteiro (2001)
CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA
§ MICROSCOPIA

ÓTICA
2.000 x Microscópio Eletrônico
de Varredura - MEV Microscópio Eletrônico
100.000 x de Transmissão - MET
200.000 x
§ MICROSCOPIA – Preparação amostras

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


ÓTICA

MEV
Algumas investigações (Micrografias)

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


Diamond (2001)
Algumas investigações (Micrografias)

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Diamond (2001)
Algumas investigações (Micrografias)

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C-S-H

Monteiro (2001)
Algumas investigações (Micrografias)

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finas placas cristalizadas sobre o gel maciço gretado (RAA) no poro de
agregado concreto
Hasparyk (1999)
Dimensões

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


Referências

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA


FUSCO, Pericles Brasiliense. Tecnologia do concreto estrutural: componentes,
durabilidade, resistência mecânica, corrosão, compressão . 2. ed. São Paulo: Pini, 2012.

ISAIA, G. C. (Ed.). Concreto: ciência e tecnologia. São Paulo: IBRACON, 2011. v. 2.

MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: microestrutura, propriedades e


materiais. São Paulo: Instituto Brasileiro do Concreto, 2014.

ISAIA, G. C. (Ed.). Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de


materiais. 2. ed. São Paulo: IBRACON, 2010. 2 v.

NEVILLE, Adam M. Propriedades do concreto. 3. ed. São Paulo: Pini, 2015.


OBRIGADO!

CONCRETO : ESTRUTURA INTERNA

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